Quando Roma Downey e Mark Burnett receberam a proposta de dirigir uma releitura do drama épico ‘Ben-Hur’, o casal de cineastas de Hollywood fez o que sempre faz antes de tomar qualquer decisão: ambos oraram, pedindo por sabedoria e pelas bênçãos de Deus.
“Eu não consigo pensar em qualquer projeto, grande ou pequeno, que eu já me envolvi e que não tenha sido acompanhado de muita oração”, disse Downey, que junto ao seu marido é uma produtora executiva da Paramount Pictures, em um depoimento ao site cristão norte-americano ‘Gospel Herald’.
“Decidimos que mesmo sendo algo ousado, nós estávamos prontos para o desafio. Lembre-se que corajosamente assumimos a série ‘A Bíblia’, e estamos interessados em histórias que iluminam a escuridão. ‘Ben-Hur’ faz isso. A história está cheia de luz. Nós somos crentes, por isso, entendemos o quão poderosa uma oração pode ser. Quando dois ou mais estão reunidos em Seu nome, coisas extraordinárias podem acontecer”.
Escrita por Keith Clarke e John Ridley, que ganharam um Oscar pelo filme “12 Anos de Escravidão”, esta releitura de “Ben-Hur” conta a história fascinante de Judah Ben-Hur (Jack Huston), um príncipe judeu que foi falsamente acusado de traição por seu irmão adotivo Messala (Toby Kebbell), em Jerusalém durante o tempo de Jesus Cristo (Rodrigo Santoro). Assim como a versão de 1959, Ben-Hur é repleto de ação e aventura, mas nesta nova produção, temas como perdão, graça e reconciliação puxam a trama — o que torna a história ainda mais relevante nos dias atuais.
“Nós amamos a maneira como [Ridley] contou uma história que, na sua essência era uma história de vingança, mas ele apresentou-a de uma forma que se concentrou em temas, como perdão e reconciliação. Isso foi algo que importante para nós”, disse Downey.
Downey confessou que uma cena em particular a deixou extremamente comovida. O sangue de Jesus Cristo, vertido na cruz, sendo capaz de regenerar Ben-Hur e sua família, foi classificada pela diretora como inesquecível.
“Eu me encontrei naquela encosta fria em Matera (Itália), onde filmamos as cenas da crucificação naquela manhã”, ela lembrou. “Surgiu um clima sombrio sobre a equipe, enquanto nós levantamos aquelas três cruzes no monte e nos preparávamos para colocar Rodrigo Santoro e os outros dois atores lá em cima. Mesmo que fosse apenas uma encenação, não tem como não ser afetado emocionalmente, recriando aquela cena em particular da história e do sacrifício que Jesus fez por nós”.
O casal, que já produziu cinco filmes cristãos, revelou que a palavras de 1ª Timóteo 6:12 os guiaram durante todo o processo de filmagem: “Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na presença de muitas testemunhas”, diz o verso.
“Como você pode levar a mensagem de Jesus e do cristianismo a mais pessoas? O entretenimento é uma oportunidade enorme”, explicou Burnett. “Olhe para a série ‘Toque de Um Anjo’ — dez anos, quase 300 episódios, vinte milhões de pessoas por semana dando audiência. E agora Ben-Hur. Aqui está um filme de ação, aventura, épico. Sim, ele é muito divertido, é um filme, é enorme. E deve ser. Mas nele é tecda a história de Jesus e a mensagem de que a vingança não compensa”.
Ben-Hur também é estrelado por Morgan Freeman, Nazanin Boniadi, e Johan Philip Asbæk. A produção já está em cartaz nos cinemas brasileiros.
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