Um amigo cristão e o livro “Uma Vida com Propósitos” foram algumas das ‘ferramentas’ usadas por Deus para tirar o campeão olímpico do que ele mesmo chamou de ‘fundo do poço’.
Nos dias atuais, o nadador Michael Phelps é citado como o atleta olímpico mais condecorado de todos os tempos, com 22 medalhas conquistadas, sendo 18 delas de ouro, em quatro Olimpíadas. Mas em setembro 2014, ele chegou a pensar em suicídio, segundo revelou a Revista norte-americana ‘ESPN’, em sua edição de 18 de julho.
“Eu era um trem desgovernado”, disse Phelps à ESPN. “Eu era como uma bomba-relógio, esperando para explodir. Eu não tinha auto-estima. Houve momentos em que eu não queria estar aqui. Aquilo não era bom. Eu me sentia perdido”.
Foi nessa mesma época que os jornais e sites publicaram uma foto sua consumindo drogas. Ele também havia sido preso duas vezes em 10 anos por dirigir alcoolizado – a última, em 30 de setembro de 2014, quando sua vida “chegou ao fundo do poço”.
Os dias que se seguiram foram vividos por Phelps, principalmente em seu quarto, em sua casa de Baltimore (EUA), pensando em suicídio.
Naquela época, Phelps disse que estava pensando: “Este é o fim da minha vida … Quantas vezes eu fiz besteiras? Talvez o mundo seria melhor sem mim”.
Phelps disse que se isolou, não comia, e quase não dormiu durante pelo menos uma semana, enquanto ele continuava mantendo a ideia de se matar.
Mas então seu amigo cristão, de longa data, o astro da Liga de Futebol Americano, Ray Lewis o ajudou sair daquela situação depressiva. Lewis chamou seu amigo Phelps e lhe disse: “Este é o momento em que lutamos. É o momento em que nosso verdadeiro caráter se mostra. Não desista. Se você desistir, todos nós perdemos”.
Lewis convenceu Phelps a procurar ajuda no ‘Meadows’, uma clínica de reabilitação comportamental, próximo de Phoenix.
Phelps atendeu o conselho de seu amigo e deu entrada na clínica de reabilitação, carregando um livro que ganhou de Lewis, “Uma Vida com Propósitos”, escrito pelo pastor Rick Warren.
Após sofrer com o sucídio do próprio filho, o pastor e escritor Rick Warren e sua esposa Kay, passaram a alertar a igreja sobre questões, como esquizofrenia e suicídio. (Foto: Saddleback) |
Depois de ler o livro por alguns dias no Meadows, Phelps chamou Lewis para conversar.
“Cara, este livro é muito louco!”, exclamou o nadador. “A coisa que está acontecendo… oh meu Deus… meu cérebro, eu não posso agradecê-lo o suficiente. Estou ‘pirando’, cara. Você salvou a minha vida”.
Phelps disse à ESPN que o livro o ajudou a acreditar que há um poder maior que ele e que há um propósito para ele neste planeta.
O livro de Warren também convenceu Phelps se reconciliar com seu pai distante, Fred, que se divorciou de sua esposa, quando Phelps tinha apenas 9 anos de idade.
Quando pai e filho se viram pela primeira vez, depois de tantos anos de separação, eles se reconciliaram em um grande abraço.
Depois que ele saiu do Meadows em novembro de 2014, Phelps voltou a treinar para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Três meses depois, ele pediu à sua namorada de longa data, Nicole Johnson, para ser sua esposa. Em 5 de maio do ano passado, Nicole deu à luz Boomer Robert, seu primogênito com Phelps.
A lenda americana mostrou que ele ainda tem o que é preciso para ser um campeão em vários eventos, se mostrando o mais rápido nos 200m, 100m borboleta e 200m borboleta no Campeonato Norte-americano de 2015.
Enquanto ele estava comemorando seu 31º aniversário em 30 de junho, Phelps qualificou-se em três distâncias individuais e também se classificou para a equipe olímpica de natação dos Estados Unidos, nos jogos do Rio de Janeiro.
Phelps disse que os jogos do Rio 2016 serão sua quinta e última Olimpíada.
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