sábado, 13 de junho de 2015

Crente pode ter um(a) namorado(a) zumbi?

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Por Denis Monteiro


Hoje, dia 12 de Junho, comemora-se nacionalmente o Dia dos Namorados e em todo lugar podemos ver os corações, frases e comerciais de TV que fazem referência a data com um apelo estritamente comercial. Apesar de tudo isso, ainda temos os filmes românticos, ou comédia romântica. Um em especial, lançado em 2013 que faz sucesso entre os adolescentes é o filme "Meu namorado é um zumbi". 

O filme se passa em um cenário pós-apocalíptico, tendo a cidade dividida entre os vivos e os mortos que não estão totalmente mortos (zumbis). Em certa altura do filme, um grupo de amigos vivos tiveram a "brilhante" ideia de ir até o outro lado do muro, onde estão os zumbis, a fim de coletar comida e medicamentos de lojas e casas que ficaram do lado zumbi. Em certo local onde estão os amigos vivos, os zumbis, que estão atrás de comida (cérebro humano), percebem a movimentação de humanos e vão até o local a fim de comer eles.

Dado a cena de ação onde os zumbis entram em confronto com o grupo de amigos, um zumbi chamado "R" não tem o desejo de comer o cérebro da garota Julie. No entanto, "R" defende Julie dos outros zumbis, não permitindo que ela seja devorada pelos zumbis famintos. E, sendo assim, de todo o grupo somente ela permanece viva, só que agora ela deve se fingir de morta (e se esconder) para que os outros zumbis não a devorem. E assim um começa se aproximar do outro com outras intenções.

Só que Julie terá um empecilho, o seu pai, que é o general que comanda as tropas contra os zumbis. Como já é de se pensar, é óbvio que ele vai contra a decisão de sua filha e tenta matar o zumbi. Ao fazer isto, eles percebem que "R", ao ser atingido pelo tiro, teve uma reação diferente dos outros que já foram mortos (definitivamente), pois conta Julie que, quando um zumbi é atingido por um tiro ele não sangra, só que "R" está sangrando dentro da água. 

Após a cara de dúvida do General, a sua filha Julie diz que o que curou "R" foi o verdadeiro amor e que todos os outros zumbis precisam de amor para que possam viver uma vida (quase) normal ao ponto de se recuperarem. 

A história é bonita e engraçada, mas o que podemos aprender com isso? 

Namoro não é evangelismo! 

Se Julie deu o seu amor ao "R" (o zumbi) e esse amor fez com que um morto voltasse a vida, tenha certeza que não é o seu amor que irá fazer com que seu namorado ou namorada venha à Cristo para ser salvo(a). Este filme não é um modelo a ser seguido e aplicado à nossa vida cristã achando que no final o descrente se converterá. 

Há dois trechos no filme que me chamou a atenção:

• Como mostrei acima, após a cena onde "R" leva Julie consigo para outro local, ela teve que se esconder (no avião) e até se comportar como uma morta, para que os outros zumbis não descobrissem que ela estava viva e fosse devorada. A cena é bem cômica quando Julie começa a fazer barulhos estranhos com a garganta, no entanto, você já parou para refletir que as pessoas que namoram descrentes elas nunca agem como crentes e sim como descrentes, pois elas não querem ser tachadas de caretas e, assim, não sofrerá nenhuma represaria por isso. 

Desde o momento que o General, pai de Julie, descobre que sua filha se uniu aos zumbis, ele foi contra. No entanto, no final, após a cena do tiro seu pai aceita o fato e percebe que houve uma mudança em "R". Essa cena parece que irá descer lagrimas do olhos e ascende a chama no coração. Mas já parou para imaginar que mesmo que pela infinita misericórdia de Deus, o seu (ou sua) namorado(a) venha a se converter você ficou todo esse tempo debaixo da desobediência de Deus? 

Mas o que a Bíblia tem a dizer sobre isso? 

Na Lei

Deuteronômio 7.1-4: "Quando o SENHOR, teu Deus, te introduzir na terra a qual passas a possuir, e tiver lançado muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu; e o SENHOR, teu Deus, as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas aliança, nem terás piedade delas; nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações; não darás tuas filhas a seus filhos, nem tomarás suas filhas para teus filhos; pois elas fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do SENHOR se acenderia contra vós outros e depressa vos destruiria."

Nos livros históricos

Esdras 9.1-4: "Acabadas, pois, estas coisas, vieram ter comigo os príncipes, dizendo: O povo de Israel, e os sacerdotes, e os levitas não se separaram dos povos de outras terras com as suas abominações, isto é, dos cananeus, dos heteus, dos ferezeus, dos jebuseus, dos amonitas, dos moabitas, dos egípcios e dos amorreus, pois tomaram das suas filhas para si e para seus filhos, e, assim, se misturou a linhagem santa com os povos dessas terras, e até os príncipes e magistrados foram os primeiros nesta transgressão. Ouvindo eu tal coisa, rasguei as minhas vestes e o meu manto, e arranquei os cabelos da cabeça e da barba, e me assentei atônito. Então, se ajuntaram a mim todos os que tremiam das palavras do Deus de Israel, por causa da transgressão dos do cativeiro."

Neemias 13.23-27: "Vi também, naqueles dias, que judeus haviam casado com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas. Seus filhos falavam meio asdodita e não sabiam falar judaico, mas a língua de seu respectivo povo. Contendi com eles, e os amaldiçoei, e espanquei alguns deles, e lhes arranquei os cabelos, e os conjurei por Deus, dizendo: Não dareis mais vossas filhas a seus filhos e não tomareis mais suas filhas, nem para vossos filhos nem para vós mesmos. Não pecou nisto Salomão, rei de Israel? Todavia, entre muitas nações não havia rei semelhante a ele, e ele era amado do seu Deus, e Deus o constituiu rei sobre todo o Israel. Não obstante isso, as mulheres estrangeiras o fizeram cair no pecado. Dar-vos-íamos nós ouvidos, para fazermos todo este grande mal, prevaricando contra o nosso Deus, casando com mulheres estrangeiras?" 

Nos profetas

Malaquias 2.10-12: "Não temos nós todos um mesmo Pai? Não nos criou um mesmo Deus? Por que agimos aleivosamente cada um contra seu irmão, profanando a aliança de nossos pais? Judá tem sido desleal, e abominação se cometeu em Israel e em Jerusalém; porque Judá profanou o santuário do Senhor, o qual ele ama, e se casou com a filha de deus estranho. O Senhor destruirá das tendas de Jacó o homem que fizer isto, o que vela, e o que responde, e o que apresenta uma oferta ao Senhor dos Exércitos."

No Novo Testamento

2 Coríntios 6.14-18: "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? 15 Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? 16 Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. 17 Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei, 18 serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso."

2 Coríntios 7.1: "Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus."

Veja que em todas as passagens que proíbe a união mista tem em vista a Lei de Deus e a nossa aliança com Ele. Perceba que o argumento "se eu namorar com um descrente eu posso trazer ele para a igreja" é falho, porque diz a Lei: "não darás tuas filhas a seus filhos, nem tomarás suas filhas para teus filho; pois elas fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses" (Dt 7.3,4). Ou seja, Deus alerta o Seu povo de que, quem na verdade é evangelizado é o crente e não o descrente. É mais fácil o crente se desviar da aliança e servir outros deuses do que o descrente servir a Deus. Mesmo que você conheça casos que deram certos de pessoas descrentes que casaram com crentes e depois de um tempo vieram à Cristo, saiba que não foi o seu amor por ela(e) que fez isso, mas a eleição de Deus e Sua misericórdia. No entanto, você se arriscaria a estar em desobediência com Deus por causa deste amor? Obedecer é melhor do que sacrificar. 

Não somente isso, mas as consequências futuras existem. Por exemplo, se uma crente casar-se com um descrente a quem os filhos, que nascerão deste matrimônio, seguirão? Ou seja, como cumprir com o mandamento dado aos pais de instruírem os seus filhos na Lei do Senhor? 

Se você tem um namorado ou namorada não cristã, termine esse relacionamento - mesmo que seja uma decisão difícil -, pois a vontade de quem devemos cumprir é a vontade de Deus. Continue amigo desta pessoa e, ai sim, evangelize-a (sem namorar) e, se Deus converte-la verdadeiramente e o seu amor por ela continuar, casem-se e tenham uma família debaixo da aliança de Deus, fazendo a vontade do Senhor e um santificando o outro.

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Fonte: Bereianos
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