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Alvo desta vez são membros da minoria yazidi. Famílias perseguidas têm duas opções: conversão ou morte
Alvo desta vez são membros da minoria yazidi. Famílias perseguidas têm duas opções: conversão ou morte
Iraquianos que fugiram da violência na província de Nínive, chegar à província de Sulaimaniya - Reuters
O grupo jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) matou pelo menos 500 membros da minoria yazidi no Iraque em sua ofensiva contra o norte do país, informou neste domingo à agência Reuters o ministro iraquiano de Direitos Humanos, Mohammed Shia al-Sudan. Segundo ele, os terroristas sunitas também enterraram vivas algumas de suas vítimas, incluindo mulheres e crianças. Cerca de 300 mulheres foram sequestradas como escravas, completou ele.
"Temos evidências notáveis obtidas juntos aos yazidis e também imagens da cena do crime, que mostram que as gangues do Estado Islâmico executaram ao menos 500 yazidis após tomarem Sinjar", disse Sudani em entrevista por telefone, em sua primeira declaração à imprensa sobre a questão. Sinjar é a antiga CASA dos yazidis, uma das cidades capturadas pelos jihadistas que consideram a comunidade "adoradores do diabo" e dizem que eles devem se converter ao Islã ou enfrentar a morte.
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Acabou ao meio-dia de domingo um prazo para que 300 famílias yazidi se convertam ao Islã ou enfrentem a morte nas mãos dos militantes. Não ficou imediatamente claro se o ministro iraquiano estava falando sobre o destino dessas famílias ou sobre outros no conflito. "Algumas das vítimas, incluindo mulheres e crianças, foram enterradas vivas em sepulturas comuns espalhadas em e ao redor de Sinjar", disse Sudani.
Os militantes extremistas do EIIL consideram todos os não muçulmanos e islâmicos xiitas infiéis, e em muitas cidades capturadas o grupo impôs regra severa: converter-se, pagar por proteção, fugir ou morrer. O surpreendente avanço dos jihadistas sunitas, a partir de junho, criou a maior onda de instabilidade no país desde a retirada das TROPAS estrangeiras do território, em 2011. Em pouco tempo, os terroristas capturaram a segunda maior cidade do país, Mosul, e outros locais importantes, como o município de Tikrit e a região de Ambar, no oeste iraquiano.
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Os Estados Unidos realizaram neste sábado outra série de bombardeios seletivos contra alvos do grupo jihadista. O primeiro dos ataques foi feito por aviões de combate e drones (aeronaves não tripuladas), segundo o Comando Central dos Estados Unidos, encarregado do Oriente Médio. O bombardeio teve como objetivo destruir dois veículos blindados que estavam disparando contra os yazidis perto do monte Sinjar. Alguns minutos depois, durante outro ataque, um avião americano bombardeou e destruiu outros dois veículos blindados e um caminhão armado. O terceiro ataque deste sábado aconteceu quando uma aeronave americana destruiu um veículo blindado na mesma região.
Os EUA realizaram também duas séries de lançamentos de alimento e água para as dezenas de milhares de refugiados isolados no monte Sinjar, uma ajuda humanitária apoiada pelos governos da França e Grã-Bretanha.
"Em algumas das imagens que obtivemos existem filas de yazidis mortos com tiros na cabeça, enquanto os combatentes do Estado Islâmico comemoram e balançam suas armas sobre os corpos", disse Sudani. "Essa é uma atrocidade cruel." O Estado Islâmico, que declarou um califado em partes do Iraque e da Síria, levou milhares de yazidis e cristãos a fugirem para salvar suas vidas durante seu avanço para perto da capital regional curda Arbil. Os yazidis, seguidores de uma religião antiga derivada do zoroastrismo, estão espalhados ao longo do norte do Iraque e fazem parte da minoria curda do país.
Confira as características de algumas minorias ameaçadas no Iraque:
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Cristãos
Cristãos iraquianos buscam abrigo na igreja de São José, em Arbil, no norte do Iraque depois de fugirem de suas aldeias invadidas por terroristas
O número de cristãos no Iraque caiu de aproximadamente 1,5 milhão em 2003 para algo entre 350.000 e 450.000 atualmente, estimativa que corresponde a menos de 1% dos habitantes do país. A maioria vive na província de Nínive, no norte do país. Além de Qaraqosh – a maior cidade cristã do país, tomada pelos jihadistas em 7 de julho –, outros locais como Bartella, Al Hamdaniya e Tel Kef também abrigam cristãos.
Os cristãos no país são de diversas etnias e denominações, mas a maioria é de católicos assírios ou caldeus – uma das várias igrejas iraquianas com nomes que remontam às origens do cristianismo –, descendentes de povos da Mesopotâmia que falam aramaico.
Abaixo, vídeo da Vice com jihadistas do EIIL. ATENÇÃO: algumas cenas são fortes:
(Com agência Reuters)
Fonte:Veja
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