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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Vídeo – Pastor Silas Malafaia diz que ativistas gays querem destruir a família e calar evangélicos controlando a mídia; Assista na íntegra


Vídeo – Pastor Silas Malafaia diz que ativistas gays querem destruir a família e calar evangélicos controlando a mídia; Assista na íntegra

Por Tiago Chagas
Na última edição do programa Vitória em Cristo, o pastor Silas Malafaia dedicou boa parte do tempo para falar sobre o que classificou de “tentativa de destruição da família e da desconstrução da heteronormatividade”.
O pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo atentou para o conceito de que o conceito de família tradicional é importante para a manutenção do equilíbrio social: “Família não é uma questão de evangélicos. É uma questão de civilização”, disse, citando uma das propostas da militância homossexual como ilustração do que pode ser imposto à sociedade com as exigências dos ativistas: “Uma conversa que até em certidão de nascimento não vai poder colocar pai e mãe”.
Falando aos evangélicos, Malafaia disse que “quando a Bíblia fala que nós temos que transformar o mundo, eu garanto pra vocês que não é dentro da igreja”, disse, fazendo referência ao texto de Romanos 12:2. “A igreja evangélica brasileira, durante muitos anos, ela ficou no monte da religião, dentro de quatro paredes, como se fossemos anjos, e não cidadãos. Como é que vamos transformar o mundo se não questionarmos o modus vivendi dessa sociedade?”, questionou.
“Há um jogo pra nos alijar do processo democrático”, disse Malafaia, citando que há uma patrulha contra a opinião de líderes religiosos, o que enfraqueceria a democracia. O pastor ainda voltou a criticar a postura das igrejas dizendo que “nosso povo tem medo de confrontar a sociedade”.
Malafaia citou em sua fala, iniciativas de ativistas gays contra ele como indício de uma orquestração contra a postura adotada por líderes evangélicos, de confrontar as pretensões da militância homossexual, e disse que o pastor Marco Feliciano seria uma espécie de “bode expiatório”.
“Tenho divergências com ele, mas não sou criança. Eu sei ver o jogo que é feito, e pasmem: aqueles que dizem defender os direitos humanos, todos eles, são a favor do aborto. Que moral esses camaradas tem? [...] Acordem líderes evangélicos! Não tem nada a ver com ele. É um jogo ideológico para nos denegrir e alijar de todo o processo. E agora todos os deputados do PT renunciaram à comissão [que Marco Feliciano preside]. Quer dizer que não é uma questão de um deputado, é questão partidária. Depois vem bater na nossa porta, pra pedir votos, com a cara mais lavada e dizer que são nossos amiguinhos”, bradou o pastor Malafaia.
O pastor ainda apontou uma questão, que segundo ele, mostra a imparcialidade dos veículos de comunicação em geral no episódio: “A mídia, que mais de 40 dias assentou o pau em Marco Feliciano, mostrando protestos com palavrão – que eles não mostram – com ofensas… Os evangélicos foram à Comissão de Constituição e Justiça e fizeram um protesto pacífico, sem uma palavra, sem palavrão, por dois condenados do mensalão, e a imprensa… pouco se falou disso aí”.
Silas Malafaia resumiu as questões mencionadas por ele dizendo que o método dos grupos e políticos envolvidos na “tentativa de desconstrução da família” passa por uma espécie de mordaça: “Querem controlar a mídia e nos calar nos veículos de comunicação. É uma minoria, que vem aí com uma história de marco regulatório”, afirmou.
O pastor convidou os telespectadores para participarem da manifestação que será feita em Brasília, no dia 05 de junho, às 15h00, e citou nomes de diversos líderes evangélicos que estão incentivando o evento.
Confira no vídeo abaixo, a íntegra da edição do programa Vitória em Cristo do último sábado, 27 de abril:
Fonte:Gospel+

Violência e Educação - Uma Visão Cristã


Por Augustus Nicodemus Lopes
A Carta de Princípios da Universidade Presbiteriana Mackenzie deste ano é Violência e Educação. Infelizmente, é um tema muito atual. Indicadores recentes indicam o crescimento assustador do índice de violência na cidade de São Paulo e em outras capitais. Segue o texto da Carta.



CARTA DE PRINCÍPIOS 2013
VIOLÊNCIA E EDUCAÇÃO



Introdução

A violência está em toda parte. Não podemos passar um dia sem ouvir uma notícia sobre atos violentos nos meios de comunicação. Entretanto, mesmo ocorrendo em nosso país, em nossa cidade, em nosso bairro, a questão pode ficar um pouco distanciada e acadêmica, até que sejamos nós mesmos vítimas da violência, ou até que alguém próximo a nós sofra algum tipo de agressão. Assaltos e sequestros são cada vez mais comuns, deixando de ser um pesadelo apenas para os ricos. Uma estatística recente, na cidade de São Paulo, indica que uma em cada duas pessoas já foi assaltada.[1]

O Dicionário Houaiss define violência como a "ação ou efeito de violar, de empregar força física (contra alguém ou algo) ou intimidação moral contra (alguém); ato de violência, crueldade e força." No aspecto jurídico, é descrita como "constrangimento físico ou moral exercido sobre alguém, para obrigá-lo a submeter-se a vontade dos outros; coerção." Já a Organização Mundial de Saúde (OMS) define violência como "a imposição de um grau significativo de dor e sofrimento evitáveis".

De que formas a violência se manifesta?
Seria uma tarefa interminável listar as maneiras pelas quais a violência acima definida se manifesta. O conceito é muito amplo e inclui atentados à vida, propriedade, liberdade de consciência, locomoção e de religião. A lei brasileira tipifica formas de violência como assassinato, sequestro, roubo, estupro e outros crimes contra a pessoa ou contra a propriedade.

Aqui incluímos a agressão física resultante de preconceito racial e de gênero, a violência nas escolas e o bullying, o assédio moral e sexual no trabalho, a violência contra as mulheres - inclusa a violência doméstica - a violência contra crianças e idosos, e mesmo a violência do trânsito nas grandes cidades.
Não poderíamos deixar de mencionar também as guerras e os crimes de guerra que têm acompanhado a humanidade desde tempos imemoriais. E por que não incluir também o aborto, que é responsável pela morte de milhões de seres humanos anualmente?

A violência é um problema moderno restrito a um grupo?
Nenhuma classe social, gênero, raça ou cultura estão isentos da manifestação de atos violentos em todas as formas descritas acima. Temos registro de atos violentos desde as culturas mais antigas até as mais modernas e progressivas em nossos dias. Temos a tendência de sempre olhar o nosso tempo como o pior que já existiu, mas basta um olhar breve pela história para verificarmos que a violência, a crueldade e a impiedade sempre acompanharam o ser humano.

Um dos registros mais antigos de violência é o assassinato de Abel por seu irmão Caim, episódio registrado na Bíblia e que remonta a milhares de anos (Gênesis 4).

Em nossos dias, mesmo que se considere que as periferias das grandes cidades sejam os locais de maior violência, onde os índices de pobreza e de falta de acesso à educação são maiores, não se pode ignorar a manifestação da violência entre os ricos, educados e nobres, bem como nos países mais modernos e desenvolvidos financeiramente.

Por que há pessoas tão violentas?
Há várias teorias sobre as causas da violência. Quase todas elas têm em comum o conceito de que o ser humano é, intrinsecamente, bom e que se torna violento devido a fatores e influências externas. Entre estes, a pobreza, a desigualdade social, o baixo acesso à justiça estatal, a influência do meio e da criação familiar, os grupos sociais a que se pertence, a falta de acesso à educação, além da herança genética. Aqui podemos lembrar também que a sensação de poder, segurança e impunidade de pessoas muito ricas por vezes conduz ao uso da violência.

Uma visão cristã acerca da origem da violência não descarta tais fatores, mas aponta como a causa mais profunda da violência a corrupção do coração humano. Nas palavras de Jesus Cristo,
“Do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os homicídios, os adultérios, as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez” (Marcos 7.21-22).

De acordo com Tiago, discípulo de Jesus Cristo, as guerras – uma das mais fortes manifestações da violência – têm origem no coração humano:“De onde vêm as guerras e contendas que há entre vocês? Não vêm das paixões que guerreiam dentro de vocês?” (Tiago 4.1).

A violência se abriga no coração de cada pessoa e infelizmente pode ser despertada em diferentes graus por diferentes motivos. Pela graça de Deus, fatores externos como o temor das consequências, por exemplo, inibem tais manifestações nas pessoas, de forma que normalmente não somos tão violentos como teoricamente poderíamos ser.

Como já dissemos, a corrupção do coração humano como causa primária não exclui as causas secundárias, mas nos ajuda a entender a origem do problema e a diagnosticá-lo mais precisamente.

Devemos sempre ser contra a violência?
A violência deve ser combatida sempre, em todas as suas formas, pois representa um atentado à vida, dignidade e liberdade humanas. Algumas ideologias baseadas numa visão de mundo materialista e determinista terminaram logicamente no uso da violência como meio para alcançar determinados fins, como o fascismo, o nazismo e governos totalitários. Da mesma forma, conceitos errados sobre Deus e a religião têm sido usados para promover o fundamentalismo religioso e guerras “santas” através dos tempos.

Há ainda a violência contra a religião. Pesquisas recentes identificam o Cristianismo como a religião mais perseguida no mundo, com cerca de 200 milhões de cristãos submetidos a algum tipo de violência.[2] Todas estas manifestações da violência devem ser combatidas pelos meios legais e legítimos.

Qual o papel do Estado no combate à violência?
A violência, em todas as suas formas, produz danos pessoais, psicológicos e morais, muitos deles irreparáveis. Além disto, traz pesados encargos financeiros ao Estado para manter o aparato policial, o sistema carcerário e o processo judiciário, afora o sistema de saúde, pensões e benefícios às vítimas da violência e até para familiares de detentos que a praticaram.


Do ponto de vista cristão a violência está intrinsecamente instalada no coração humano, como a sua universalidade bem o atesta. Todavia cremos que podemos diminui-la e minimizar seus efeitos maléficos tratando as causas externas. Aqui entra a figura do Estado, que, de acordo com a Bíblia, tem um papel importante no combate e no controle da violência:“Pois os governantes não devem ser temidos, a não ser pelos que praticam o mal. A autoridade é serva de Deus, agente da justiça para punir quem pratica o mal” (Romanos 13.3-4).

Como agentes da justiça, divinamente ordenados para este fim, os governos devem tomar medidas visando a diminuir a violência. Isto incluiria aprovar e fazer cumprir leis justas, melhor policiamento, melhores condições carcerárias, aprimoramento do sistema judiciário, combate às drogas e ao tráfico de armas, implantação de projetos sociais e, destacadamente, o acesso à educação, que resultaria em melhor desenvolvimento social e econômico dos cidadãos.

Diante do grande desafio que a violência representa para o Estado, os cristãos deveriam se lembrar da orientação bíblica para que intercedam em oração pelas autoridades governamentais, pelo ideal de uma vida “tranquila e sossegada, em toda a piedade e honestidade” – isto é, sem violência (1Tm 2.2).

As medidas oriundas do Estado deveriam ser acompanhadas de uma mudança interior que produza um novo apreço pela vida e pela dignidade do próximo. E aqui é que entra a educação confessional.

Qual o papel da educação confessional cristã?
A educação confessional cristã é aquela que se processa a partir de valores e princípios éticos, morais e espirituais que têm como fundamento a revelação de Deus na Bíblia. É disto que fala o Artigo III do Estatuto da nossa Universidade:“A Universidade Presbiteriana Mackenzie tem como característica essencial a adoção de um Código de Ética baseado nos ditames da consciência e do bem, que reflitam os valores morais exarados nas Escrituras Sagradas, voltados para exercício crítico da cidadania”.

Estes valores morais mencionados são o resultado da compreensão cristã de que o ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus e que, portanto, tem dignidade e valor intrínsecos. Os direitos humanos fundamentais são resultantes desta imagem e semelhança e da nossa crença de que o certo e o errado são realidades externas a nós e que o valor da vida humana não é algo relativo. Além disto, cremos na realidade do juízo de Deus, que um dia haverá de estabelecer a plena justiça no mundo.

Na visão cristã de mundo não cabe ao indivíduo ações violentas como reações à violência. A manutenção da lei e da ordem não pertence a um grupo ilegal de “vigilantes” ou “justiceiros” que massacram indiscriminadamente, sob a cobertura de estarem punindo os criminosos. Cidadãos conscientes não devem apoiar as ações fora da lei, por mais convenientes que elas pareçam e por mais criminosos que sejam os massacrados. O cristão não se gloria na guerra de quadrilhas, nem deve passar pelos seus lábios a famosa frase: “ladrão bom é ladrão morto”. Para o cristão, as autoridades estabelecidas são ministros de Deus para aplicação dos princípios de justiça e proteção dos cidadãos.

Uma educação confessional cristã deve integrar os valores morais bíblicos com o processo educacional de forma a preparar para o mundo pessoas que não somente possam contribuir nas suas áreas de expertise como também fazer a diferença num mundo marcado pela violência. Aqui o papel do professor em sala de aula e a progressiva conscientização do aluno são decisivos.

Conclusão
Podemos começar a diminuir a violência do mundo em nosso próprio ambiente escolar e universitário, enfrentando e combatendo o bullying, o preconceito racial e social, as agressões verbais e físicas e qualquer outra manifestação, aberta ou velada, da violência em nosso meio. A atitude dos estudantes é crucial para isto.

Mas, acima de tudo, busquemos em Jesus Cristo, o Príncipe da Paz, as forças para perdoar, amar e servir ao próximo. Somente corações em paz podem evitar a guerra, refutando o uso da violência. Disse Jesus:“Deixo- lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo” (João 14.27).

Rev. Dr. Augustus Nicodemus Lopes
Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie

A Chancelaria agradece a todos os que contribuíram para a elaboração da Carta de Princípios 2013 com suas sugestões.


[1] Cf. http://educacao.uol.com.br/disciplinas/atualidades/violencia-urbana-homicidios-no-brasil-superam-numeros-de-paises-em-guerra.htm
[2] Veja por exemplo http://www.telegraph.co.uk/news/religion/9762745/Christianity-close-to-extinction-in-Middle-East.html
Fonte:O Tempora! O Mores!


CGADB se posiciona contra pontos polêmicos do Novo Código Penal



Entre eles a legalização do aborto, das drogas e da prostituição
por Leiliane Roberta Lopes

CGADB se posiciona contra pontos polêmicos do Novo Código PenalCGADB se posiciona contra pontos polêmicos do Novo Código Penal

A reforma do Código Penal Brasileiro, projeto que tramita no Senado Federal, foi um dos temas discutidos pelos pastores presentes da 41ª Assembleia Geral Ordinária da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) que aconteceu no início do mês de abril na cidade de Brasília.
Os presentes concordaram em elaborar um documento para ser entregue ao senador Pedro Taques (PDT/MT), relator da Comissão Especial do Senado que discute o novo Código Penal dando o parecer das CGADB a respeito do tema.
Entre os assuntos tratados na “Carta de Brasília” está a posição das Assembleias de Deus contra os pontos mais polêmicos: o aborto, a legalização da prostituição, a criminalização da homofobia e a descriminalização das drogas.
O deputado federal Marcos Rogério (PDT-RO), que é membro da AD, foi encarregado para apresentar a carta ao senador e comentou sobre estes principais pontos que vão contra os princípios constitucionais e a preservação da família.
O senador Pedro Taques se comprometeu a ouvir e apreciar todos os argumentos da CGADB que informou que até o mês de dezembro o Senado deve discutir as mais de 500 emendas apresentadas antes de devolver o projeto para a Câmara.
Leia na íntegra o documento do Fórum Político da CGADB:
Os ministros das Assembleias de Deus no Brasil, reunidos na 41ª Assembleia Geral Ordinária da CONVENÇÃO GERAL DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS NO BRASIL (CGADB), nos dias 08 a 12 de abril de 2013, acatando proposta do I FÓRUM POLÍTICO DA CGADB, diante das iniciativas de segmentos liberalistas que defendem a destruição de valores éticos e morais, conquistados ao longo dos séculos, como apanágio da Democracia, vêem a público para MANIFESTAR SEU POSICIONAMENTO cristão e ético com relação às seguintes ameaças de caráter constitucional, ideológico, filosófico e social, contra os valores e princípios morais, nos seguintes assuntos:
I – CONTRA O DIREITO NATURAL À VIDA
O artigo 5°. da Constituição brasileira garante “a inviolabilidade do direito à vida”, bem como a outros direitos essenciais à liberdade e a igualdade entre a sociedade.
1. ABORTO – O anteprojeto do “Novo Código Penal Brasileiro” (NCP) prevê a descriminalização do aborto, banalizando a destruição de seres humanos, no ventre materno. É uma terrível agressão ao direto natural à vida. Esse anteprojeto prevê, em seu Artigo 128: “Não há crime de aborto se: … IV – por vontade da gestante até a 12ª semana da gestação, quando o médico ou psicólogo constatar que a mulher não apresenta condições de arcar com a maternidade.”
- A CGADB é contrária a essa medida, por resultar numa licença ao direito de matar seres humanos indefesos, na sacralidade do útero materno; em qualquer fase da gestação, por ser um atentado contra o direito natural à vida. A palavra de Deus diz: “… e não matarás o inocente” (Ex 23.7).
2. EUTANÁSIA E ORTOTANÁSIA – O anteprojeto do Novo Código Penal prevê, em seu Art. 122, que “Matar, por piedade ou compaixão, paciente em estado terminal, imputável e maior, a seu pedido, para abreviar-lhe sofrimento físico insuportável em razão de doença grave”. “Pena – prisão, de dois a quatro anos”.
§1º O juiz deixará de aplicar a pena avaliando as circunstâncias do caso, bem como a relação de parentesco ou estreitos laços de afeição do agente com a vítima.
- A CGADB é contrária a essa medida e favorável à supressão do parágrafo primeiro, tendo em vista que não existe direito de se tirar a vida, considerando que a vida é um direito jurídico indisponível. Como cristãos, entendemos que vida é um dom de Deus, e só a Ele cabe o direito de dispor desse bem natural que é a vida.
II – LEGALIZAÇÃO DA PROSTITUIÇÃO
1. CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEIS. O anteprojeto do NCP prevê, em seu Art. 188: “Constranger alguém que tenha até 12 anos à prática de ato libidinoso, diverso do estupro vaginal, anal ou oral. Pena – Prisão, de quatro a oito anos”. Na legislação atual, a idade mínima para considerar-se vulnerável é de 14 anos.
- A CGADB é contrária à redução da idade para a penalização de crimes sexuais contra vulneráveis, por entender que a Sociedade Mundial de Pediatria considera “criança” o indivíduo de até 14 anos. A criança é objeto de elevada valorização por parte de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, quando expressou: “Deixai vir a mim os meninos… pois dos tais é o Reino de Deus” (Mc……..). Concordar com essa previsão legal é concordar com o incentivo e a legalização da pedofilia.
2. FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO DE MENORES. O Art. 189 da proposta do NCP não penaliza a submissão, a indução, a atração e a exploração de pessoas com mais de 12 anos, para a prática da prostituição.
- A CGADB é contrária a essa medida, por ser um incentivo à prostituição, que é uma atividade degradante, que avilta a dignidade do corpo humano, criado por Deus, para ser “templo do Espírito Santo” (1 Coríntios 6.19,20).
3. “PROFISSIONAIS DO SEXO”. O anteprojeto do NCP prevê legalização de casas de prostituição, bem como dos chamados “profissionais do sexo”, atividade hoje considerada ilegal.
- A CGADB é contrária a tal proposta, pois a prostituição é atividade degradante, que se caracteriza pelo vil comércio do corpo, em total afronta aos elevados princípios morais que norteiam os costumes de povos civilizados. Como cristãos, temos total repúdio à prostituição, por se considerado grave pecado à luz da palavra de Deus. (…………………). Concordar com tal medida é equiparar a prostituição a qualquer outra atividade honrosa e lícita, desenvolvida pelos cidadãos de uma nação.
III – CONTRA A FAMÍLIA
1. UNIÃO ESTÁVEL E CASAMENTO ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO.
1.1. O Supremo Tribunal Federal aprovou a união estável de pessoas do mesmo sexo, considerando-a “entidade familiar”, em dissonância com o Art. 226, da Constituição Federal, que reconhece “entidade familiar” a união entre homem e mulher, inclusive a “união estável”, entre homem e mulher, para efeito da proteção do Estado.
1.2. O Projeto de Lei 122/ 2006, no Art. 16, parágrafo 5º, prevê punição, com 2 a 5 anos de prisão, para quem discordar da prática homossexual; e considera constrangimento, “de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica”, no Art. 20, parágrafo 5º,
- A CGADB é contrária a tais propostas, visto que, a equiparação da união sexual entre pessoas do mesmo sexo a “entidade familiar” afronta a Constituição e, acima de tudo, por ir de encontro ao princípio bíblico para o casamento, que deve ser constituído pela união entre um homem e uma mulher, conforme Gênesis 1.27 e 28;
- Deus fez o casal, formado de “macho e fêmea; prever punição para quem discordar da prática ou união homossexual, por motivo de ordem ética ou filosófica, é instituir o “delito de opinião”, que só existe nas piores ditaduras..
IV – A FAVOR DA DESCRIMINALIZAÇÃO DAS DROGAS
1. LEGALIZAÇÃO DAS DROGAS. O anteprojeto do “Novo Código Penal”, em tramitação no Senado propõe a liberação de certa quantidade de droga por indivíduo, durante 5 (cinco) dias, bem como o cultivo para consumo próprio.
- A CGADB é contrária a qualquer forma de liberação ou descriminalização de drogas por entender que essa medida enseja a possibilidade de maior circulação das drogas, além de não haver evidência científica de qualquer benefício real ao usuário; Países que liberaram as drogas colheram péssimos resultados morais para a sociedade, e estão rediscutindo tais medidas liberalistas.
Brasília, 12 de abril de 2013
Mesa Diretora da CGADB
Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil
Fonte:gospelprime

DANIEL: UM HOMEM QUE FEZ DIFERENÇA Parte 3/3

Por Eli Vieira

3-PORQUE ELE CONFIAVA EM DEUS Dn 6.23
Quando estudamos a vida de Daniel, podemos ver a sua confiança no Senhor desde a sua mocidade ao ser educado juntamente com os seus companheiros na Babilônia depois de ter sido arrancado do seu país, ele não se conformou com o sistema babilônico, mesmo sendo escolhido para aprender a cultura e a língua dos caldeus.Podemos dizer ao ser escolhido para estudar na universidade da Babilônia, ele permaneceu fiel ao Senhor Dn 1.8,9.Mesmo diante de um presente de oportunidades, pois o no Império Babilônico ele recebeu algumas promoções, Daniel não deixou de confiar em Deus, pois ele foi promovido( chefe dos sábios, presidente Dn 1.20,21; Dn 2.17-23,48,49; 4.9;5.11; Dn 6.2). Ele não permitiu que suas promoções o afastassem da presença do Senhor, mais cada dia  passou a buscar a  face do Deus Soberano, derramando-se diariamente na sua presença (Dn 6.10), mesmo em um mundo de oportunidades, ele não se corrompeu, mas fez a diferença.A confiança de Daniel, era resultante do seu conhecimento do Deus vivo, que age e intervem na história do homem, mesmo sendo transcendente, ele é imanente, por isso contemplamos a sua coragem ao resistir as petulantes tentações, principalmente nos cargos ou funções que ele ocupou. Ele não se conformou com o mundo, mesmo tendo passado por provações no reinado de Nabucodonosor, Belsazar, Dario e Ciro. Ele não deixou de testemunhar que existia um Deus soberano que dirige e sustenta o mundo(Dn 2.200ss; 5.17ss;6.20) assim ele marcou a história e continua falando ainda hoje.
A vida de Daniel não foi fácil, foi marcada por lutas e vitórias.Como disse o ex-presidente americano Theodore Roosevelt:" nunca houve um homem que viveu de maneira fácil e cujo nome seja digno de ser relembrado" . Deus estava sustentando o seu servo em cada momento de sua vida. Quando olhamos para outros homens de Deus, podemos ver que eles enfrentaram grande lutas. Olhe para a vida de José filho de Jacó. Um jovem cheio de sonhos e expectativas, foi abandonado pelos seus próprios irmãos e vendido como escravo(Gn 37.1-28). No Egito foi acusado falsamente pela esposa do seu senhor e lançado no cárcere (Gn 39.1-20), mas o Senhor era com ele por que ele confiava em Deus(Gn 39.21-23). Deus não deixa nem desampara aqueles que nEle confiam (Isaías 64.4), foi o Senhor  que mudou a situação de José(Gn 41.16,25,37-46). Diante de todas lutas e provações José sabia que Deus estava no controle, conforme podemos ver sua declaração ao responder aos seus irmãos:"não temais; acaso, estou eu em lugar de Deus? Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida" (Gn 50.19,20).
Meu querido, nós não estamos vivendo na Babilônia ou no Egito, mas a nossa atualidade é tão desafiadora como no tempo de Daniel. Nos nossos dias, podemos ver homens  egoístas, injustos, invejosos, falsos, tanto no mundo como na igreja militante, pois estes buscam tão somente os seus interesses pessoais. Muitos hoje, dizem  que confiam em Deus, mas estão se deixando levar pelas finas iguarias deste mundo.
Hoje, precisamos de homens como Daniel, que mesmo diante das adversidades da vida não se conformou com o mundo, não se preocupou com o seu emprego, com o seu status, antes preferiu ser fiel, ser jogado na cova dos leões, mas não abandonou a sua confiança em Deus (Dn 6.16-23). Meus irmãos, não podemos amar este mundo depravado, que cada vez mais tem se afastado do Deus vivo, já é tempo de nos levantarmos como homens e mulheres de Deus para fazermos diferença em nosso país, mesmo que tenhamos que enfrentar o desprezo, a prisão, os leões, etc. O nosso Deus não mudou, foi Ele quem livrou seu servo da cova dos leões e da mãos daqueles que queriam acabar com a sua vida. Portanto, você precisa se entregar a Deus e confiar nEle independente das circunstâncias  que esteja passando na certeza que Deus proverá, ele está no controle da minha e da tua vida. Deus é Soberano, você  foi chamado para honra e glória dEle.
Somente a glória de Deus.


Jovem argelino é demitido do emprego por conta da fé cristã


Na Argélia, os cristãos são regularmente vítimas de discriminação nos locais onde trabalham. Esta é a realidade de Sadek, um jovem de 22 anos, que mora na cidade de Tizi N'Berber (localizada ao norte da província de Béjaïa Sadek). Ele entrou para o Exército em 2011, mas viu sua carreira desmoronar depois de um colega de trabalho ter descoberto uma Bíblia em seu armário
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"Eu estava muito feliz em me juntar ao Exército", disse Sadek. “Esse era o meu sonho de infância, e no início, não tive problemas com ninguém, eu nem havia, sequer, mencionado a minha fé.” No entanto, tudo mudou quando seu companheiro de quarto encontrou uma Bíblia e outros livros cristãos entre os pertences de Sadek. "Ele queixou-se aos nossos superiores", contou o jovem.
Sadek relembra esse fato e mostra-se visivelmente afetado. Ela conta que imediatamente após ser delatado, foi convocado por seu coronel, que o expulsou de sua missão sem mais explicações. Além disso, Sadek  foi indiciado a comparecer em um tribunal militar de Constantino. O seu crime? Possuir livros cristãos. Sadek fica chocado com o desenrolar dos acontecimentos: "Eu não entendi o que aconteceu comigo. Eu nunca disse a ninguém sobre a minha fé cristã dentro do quartel e os livros eram para o meu uso pessoal”, argumentou.
De fato, a jovem Sadek teve de ir ao tribunal para ser julgado, não porque ele cometeu um crime ou desobedeceu a seus superiores, mas porque ele tinha livros cristãos em seu armário: "Para minha surpresa eu fui condenado a dez anos de prisão e ao pagamento de uma multa tão grande quanto à soma de todo o dinheiro que o Exército havia gastado comigo: todos os custos da minha acomodação, comida e treinamento, enquanto estava no Exército."
Intervenção benéfica
Sadek seria preso pela posse de livros cristãos, se não fosse por uma intervenção extremamente necessária e muito especial: "Quando recebi o documento do tribunal e li que seria condenado a dez anos de prisão, fiquei muito triste", disse ele. "Mas, felizmente, Deus usou um funcionário, que estava no tribunal militar, para me livrar dessa decisão. Este homem, um coronel, e também um nativo da região de Béjaïa, esteve envolvido na manipulação do meu caso. Ele convenceu o tribunal a encerrar a ação judicial contra mim”, conta Sadek, aliviado. Após a intervenção do oficial, o jovem foi libertado.
Embora ele tenha conseguido escapar da prisão, Sadek perdeu o emprego no Exército. Esta história é apenas uma, de várias outras que expressam a realidade da discriminação no local de trabalho enfrentada por muitos cristãos na Argélia, especialmente aqueles que trabalham no setor público. 
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoAna Luíza Vastag

União com o Deus Trino


Por Sinclair Ferguson

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Você já imaginou como seria estar há horas de distância da morte — não como um idoso, mas como alguém condenado a morrer, embora inocente de qualquer crime? O que você iria querer dizer àqueles que você conhecem e que mais amam você? Você, certamente, lhes diria o quanto você os amava. Você poderia esperar ser capaz de dar-lhes algum conforto e confiança — apesar do pesadelo que você mesmo estava encarando. Você iria querer abrir seu coração e dizer as coisas que são mais importantes para você.


Tal atitude seria certamente digna de louvor. É claro, seria pura natureza humana — porque foi isso que Jesus fez, como o apóstolo João relata no Discurso do Cenáculo (João 13-17).
Há vinte e quatro horas de sua crucificação, o Senhor Jesus expressou seu amor de maneira rara e delicada. Ele levantou da mesa da ceia, amarrou uma toalha de servo em sua cintura, e lavou os sujos pés de seus discípulos (incluindo, aparentemente, os de Judas Iscariotes; João 13:3-5, 21-30). Foi uma parábola ativa, como João explica: “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim” (v. 1).
Ele também falou palavras de profundo conforto a eles: “Não se turbe o vosso coração” (14:1).
Ainda assim, Jesus fez muito mais. Ele começou a mostrar a seus discípulos “as profundezas de Deus” (1 Coríntios 2:10). Quando lavou os pés de Pedro, lhe disse que ele entenderia suas ações apenas “depois” (João 13:7). Igualmente para o que ele disse, pois ele começara a revelar a seus discípulos a natureza interior de Deus. Ele é Pai, Filho e Espírito Santo — a Santa Trindade.

A Glória do Mistério Revelada

Muitos cristãos tendem a pensar na Trindade como uma doutrina antiprática e especulativa. Mas o Senhor Jesus não pensa assim. Para ele, ela não é especulativa nem antiprática — mas exatamente o contrário. Ela é o fundamento do evangelho. Sem o amor do Pai, a vinda do Filho, e o poder regenerador do Espírito Santo, simplesmente não poderia haver salvação. (Unitarianos, por exemplo, não podem ter expiação feita por Deus para Deus).
Durante seu Discurso de Despedida, Jesus explicou a Filipe que vê-lo é ver o Pai (João 13:8-11). Ainda assim, ele mesmo não é o Pai; do contrário, ele não poderia ser o caminho para o Pai (João 14:6). Ele também está “no” Pai, e o Pai está “nele.” Esta mútua habitação é, como os teólogos dizem, “inefável” — além de nossa habilidade de compreender. E ainda assim, não está além da habilidade da fé de crer.
Além disso, o Espírito Santo reside no âmago deste vínculo entre o Pai e seu Filho. Mas agora, o Pai enviou seu Filho (que está “no” Pai). Tal é o amor do Pai e do Filho pelos crentes, que eles virão e farão dos crentes sua morada.
Como assim? O Pai e o Filho vêm habitar no crente através da habitação do Espírito Santo (14:23). Ele glorifica a Cristo (16:14). Ele toma o que pertence a Cristo, dado a ele pelo Pai, e mostra a nós. Mais tarde, quando temos o privilégio de ouvir de longe a oração de nosso Senhor, Jesus semelhantemente fala sobre a íntima comunhão com Deus que o sustentou tão maravilhosamente: “tu, ó Pai, [estás] em mim e eu em ti” (João 17:21).
De fato, isso é teologia profunda. Ainda assim, virtualmente a mais profunda afirmação que podemos fazer sobre Deus é que o Pai está “no” Filho e o Filho “no” Pai. Parece tão simples que uma criança pode ver. Pois, qual palavra pode ser mais simples que no?
Ainda assim, isso também é tão profundo que as melhores mentes não podem sondar. Pois, sempre que buscamos contemplar a pessoa do Pai, descobrimos que não podemos fazê-lo sem pensar em seu Filho (pois ele não pode ser um pai sem um filho). Nem podemos contemplar este filho à parte do Pai (pois ele não pode ser um filho sem pai). Tudo isso é possível porque o Espírito ilumina quem o Filho de fato é, como Aquele único através de quem podemos vir ao Pai.
Assim, nossas mentes simultaneamente dilatam de prazer nesta trindade em unidade, e ainda assim são esticadas além de suas capacidades pela noção da unidade na trindade. Quase tão atordoante é o fato de que Jesus revela e ensina tudo isso para ser a verdade do evangelho que mais firma a vida, conforta o coração, dá equilíbrio e alegria (15:11).
A Trindade é tão vasta em significância porque pode trazer conforto a homens levados ao limite pela atmosfera de tristeza prestes a submergi-los. O Um trino é maior em glória, mais profundo em mistério, e mais belo em harmonia do que todas as outras realidades na criação. Nenhuma tragédia é grande demais para oprimi-lo; nada que é incompreensível para nós o é para ele, cujo próprio ser é incompreensível para nós. Não há trevas mais profundas do que as profundezas do interior de Deus.
Talvez seja compreensível, então, que Jonathan Edwards pudesse escrever em sua Narrativa Pessoal:
Deus apareceu glorioso para mim, por causa da Trindade. Ela me fez ter pensamentos exaltantes sobre Deus, que ele subsiste em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. As mais doces alegrias e deleites que experimentei, não foram aquelas que surgiram de uma esperança em meu próprio bom estado; mas em uma direta visão das coisas gloriosas do evangelho. Quando desfruto dessa doçura, ela parece me carregar acima dos pensamentos de meu próprio estado; parece em tais momentos uma perda que não posso suportar, desviar meus olhos do glorioso e prazeroso objeto que contemplo sem mim, e voltar os olhos para mim mesmo, e meu próprio bom estado.
Mas a revelação da Trindade está de fato relacionada com nosso “próprio bom estado.”

A Maravilha da União revelada

O objetivo do ensino de Jesus não é meramente chocar nossas mentes ou agitar nossas imaginações. É nos dar um senso do vasto privilégio da união com ele.
Desde o princípio destas poucas horas de ministério, Jesus falou sobre seus discípulos terem uma “parte” com ele (João 13:8). Ele também explicou que o Espírito revela aos cristãos que eles estão “em Cristo” e que ele está neles (14:20). Esta é uma união tão real e maravilhosa que sua única analogia real — assim como seu fundamento — é a união do Pai e do Filho através do Espírito. Os discípulos desfrutariam a união com o Filho e, portanto, teriam comunhão com o Pai através do Espírito. “Vós o conheceis,” disse Jesus, “porque ele habita convosco e estará em vós” (v. 17). Estas enigmáticas palavras não se referem ao contraste do relacionamento entre o Espírito e os crentes da antiga aliança (“convosco”) e da nova aliança (“em vós”). Elas são frequentemente entendidas dessa maneira, mas Jesus está na verdade dizendo: “Vocês conhecem o Espírito, porque ele está com vocês em mim, mas ele virá (no Pentecostes) para estar em vocês como justamente Aquele que tem sido meu constante companheiro (e nesse sentido, ‘em vocês’). Assim, ele não é outro senão Aquele que é o vínculo de comunhão entre o Filho e o Pai desde toda a eternidade.”
Assim, ser unido com Cristo é ter parte em uma união criada pela habitação do Espírito do Filho encarnado que está ele mesmo “no” Pai como o Pai está “nele.” União com Cristo significa nada menos que comunhão com todas as três pessoas da Trindade. Não é que a natureza divina esteja infundida nos crentes. Nossa união com Cristo é espiritual e pessoal — efetuada pela habitação do Espírito do Filho do Pai.
Note, então, o raro e delicado quadro que Jesus pinta para expressar a beleza e a intimidade dessa união: ela envolve nada menos que o Pai e o Filho fazendo morada no coração do crente (v. 23).
Significativamente, Jesus não exige que os crentes façam uma dúzia de coisas — exceto crer e amar. Pois esta é a percepção (“naquele dia vós conhecereis”; v. 20) da realidade e da magnitude dessa união com Deus Trino através da união com Cristo que transforma o pensamento, o sentimento, a disposição, o amor e, consequentemente, as ações do crente. Nessa união, o Pai apara os ramos da vinha para dar mais fruto (15:2). Na mesma união, o Filho guarda todos aqueles que o Pai lhe deu (17:12).
Não me surpreende que John Donne tenha orado:
Invade meu coração, Deus trino; pois fazes tudo, menos bater; respire, brilhe, e busque consertar; Que eu levante e permaneça, me derrube, e empenhe Tua força para quebrar, soprar, queimar, e fazer-me novo. Eu, como uma cidadela usurpada por outros, Trabalho para deixa-lo entrar, mas ah, sem resultado; Razão, vosso vice-rei em mim, eu deveria defender, Mas está cativo e se prova fraco ou falso. Ainda assim em estima te amo, e seria alegremente amado, Mas estou noivo de teu inimigo; Divorcie-se de mim, desate ou quebre o nó novamente, Leve-me contigo, me aprisione, pois eu, a menos que me encantes, nunca serei livre, Nem nunca serei puro, a menos que me arrebates. (Holy Sonnets XIV – Santos Sonetos XIV)


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Por Sinclair Ferguson. Extraído do site www.ligonier.org. © 2013 Ligonier Ministries. Original: Union with God the Trinity.
Este artigo faz parte da edição de Fevereiro de 2013 da revista Tabletalk sobre “União com Cristo”.
Tradução: Alan Cristie. Editora Fiel © Todos os direitos reservados. Original: União com o Deus Trino (Sinclair Ferguson)


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A União com Cristo nas Epístolas de Paulo


Por  J.V. Fesko

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Uma das passagens mais espantosas da Escritura aparece na abertura da epístola de Paulo aos efésios, onde o apóstolo literalmente começa do início de tudo quando escreve: “E amor [isto é, Deus] nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo” (1:4-5). Conforme Paulo revela todas as bênçãos que os crentes recebem, ele ancora a salvação em Cristo com a repetição de uma frase: “Nele…” Paulo escreve, “Nele temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados [...] de fazer convergir nele[...] todas as coisas [...], nele [...] fomos também feitos herança,  [...] tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa” (vv. 7-13, ênfase minha). Paulo repete o refrão “nele,” que nos aponta para a doutrina da união com Cristo. Mas o que exatamente é união com Cristo?
Em sua Teologia Sistemática, Louis Berkhof define a união com Cristo como “aquela união íntima, vital e espiritual entre Cristo e seu povo, em virtude do que ele é a fonte da vida e da força de seu povo; de sua bendição e salvação.” Há diversas passagens ao longo das Escrituras que revelam que os crentes são unidos a Cristo: Nós somos os ramos e Jesus é a vinha (João 15:5); Jesus é a cabeça e nós somos seu corpo (1Co. 6:15-19); Cristo é o fundamento e nós somos as pedras vivas unidas ao fundamento (1Pe. 2:4-5); e o casamento entre o marido e a mulher aponta derradeiramente para a união entre Cristo e os crentes (Ef. 5:25-31). Além dessas imagens bíblicas, a específica frase “em Cristo” ocorre umas vinte e cinco vezes nas epístolas de Paulo. Podemos dizer que a união com Cristo ocasiona todos os benefícios de nossa redenção. A questão 69 do Catecismo Maior de Westminster, por exemplo, pergunta: “Que é a comunhão em graça que os membros da Igreja invisível têm com Cristo?” E então responde: “A comunhão em graça que os membros da igreja invisível têm com Cristo é a participação da virtude da sua mediação, na justificação, adoção, santificação e tudo o que nesta vida manifesta a união com Ele .”
A resposta do Catecismo Maior é facilmente verificada a partir da Escritura. Por exemplo, como vimos acima, somos escolhidos “nele” antes da fundação do mundo (Ef. 1:4). Paulo escreve à igreja em Roma que “não há condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus” (Rm. 8:1), que é outra maneira de dizer que aqueles que estão unidos a Cristo são justificados. Qualquer um que está “em Cristo Jesus” é um filho de Deus através da fé (Gl. 3:26). Além disso, se os Cristãos habitam em Cristo, eles dão muito fruto; eles produzirão boas obras (João 15:5). Somente Cristo nos dá nossa salvação, quer seja considerado como um todo ou como diferentes benefícios individuais, como a justificação e a santificação.
Qual é a significância do fato que os crentes são unidos a Cristo? Teólogos reformados têm argumentado historicamente que há diversos aspectos diferentes da nossa união com Cristo. Por exemplo, somos unidos a Cristo em termos de nossa eleição “nele.” Não fomos habitados pelo Espírito Santo neste ponto e unidos a Cristo pela fé porque nem sequer existíamos exceto na mente de Deus. Todavia, somos unidos a Cristo em termos da decisão do Pai de eleger pecadores caídos individuais e redimi-los através de seu Filho. Consequentemente, nesse sentido, somos unidos a Cristo no decreto da eleição.
Há um segundo aspecto da união com Cristo, que alguns chamaram de nossa união representativa ou federal. No ministério terreno de Cristo, tudo o que ele fez, ele fez em nome de sua noiva, a igreja. Quando ele foi batizado no Rio Jordão, que era um batismo de arrependimento, ele não estava confessando pecado pessoal, visto que era um cordeiro sem mácula — ele não tinha pecado (Marcos 1:4; 1 Pedro 1:19). Ao invés disso, como representante do povo, ele estava agindo em nome do povo. Consequentemente, não apenas em seu batismo, mas em seu cumprimento de toda vírgula e til da lei, em seu perfeito sofrimento, sua ressurreição e sua ascensão — tudo o que Cristo fez foi em nome de sua noiva. Os perfeitos sofrimento e guardar a lei de Cristo se tornam nossos através da fé — eles são imputados, ou creditados, a nós. A ressurreição de Cristo é representativa, em que conforme a cabeça é levantada, também o corpo, a igreja, será levantado precisamente da mesma maneira. Agora, como Cristo se assenta em sessão real à destra de seu Pai celestial, nós estamos assentados com Cristo e governamos com ele nos lugares celestiais (Ef. 1:20-21).
Um terceiro aspecto de nossa união com Cristo é o que alguns chamam de união mística ou pessoal. Esta é a habitação pessoal do crente pela fé através da pessoa e da obra do Espírito Santo. Várias passagens falam dessa dimensão de nossa união com Cristo, incluindo Efésios 2, onde o apóstolo Paulo explica que somos membros da casa de Deus, edificada na fundação dos apóstolos e profetas, com Cristo como a pedra angular. Sobre esse grandioso e definitivo templo, Paulo escreve que nós crescemos “para santuário dedicado ao Senhor,” e nele nós estamos “juntamente sendo edificados para habitação de Deus no Espírito” (v. 22).
Durante a cerimônia de casamento, quando um homem e uma mulher ficam diante do ministro, eles são dois indivíduos separados. No fim da cerimônia, contudo, eles são declarados “marido e mulher.” São unidos; e ambos se tornam “uma só carne” (Gn. 2:7; Ef. 5:25-31). A propriedade de cada indivíduo se torna a propriedade de ambos. Mas em nossa união matrimonial com Cristo, a gloriosa troca é muito maior. Nosso pecado e nossa culpa são imputados a Cristo, e sua perfeita guarda da lei e seu sofrimento são imputados a nós — o que é nosso se torna dele, e o que é dele se torna nosso. Por causa da união representativa que compartilhamos com Cristo, o Pai não mais olha para nós como pecaminosos, mas vê apenas a justiça e a santidade de Cristo.
A Questão 60 do Catecismo de Heidelberg pergunta: “Como você é justo diante de Deus?” O catecismo, então, dá uma resposta muito tranquilizante:
Apenas por uma genuína fé em Jesus Cristo; isto é, embora minha consciência me acuse de que pequei gravemente contra todos os mandamentos de Deus e não guardei nenhum deles, e ainda sou inclinado a todo mal, ainda assim Deus, sem qualquer mérito meu, por pura graça, concede e imputa a mim as perfeitas satisfação, justiça e santidade de Cristo, como se eu nunca tivesse tido ou cometido qualquer pecado, e como se eu mesmo tivesse cumprido toda a obediência que Cristo transmitiu a mim; se eu apenas aceitar tal benefício com um coração crente.
E quanto a santidade pessoal e boas obras? Elas não são mais necessárias? Os crentes estão livres da necessidade de fazer boas obras por causa de sua justificação? Eles são livres para pecar?
Estas são perguntas que Paulo enfrentou após falar das glórias de nossa justificação pela graça somente, através da fé somente e em Cristo somente em Romanos 3 a 5. Paulo responde com seu conhecido e enfático “De maneira nenhuma!” à pergunta de se os cristãos são livres para pecar por causa de sua justificação. A realidade para qual ele aponta como a razão pela qual não podemos mais viver em pecado, é nossa união com Cristo:
Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição. (Rm. 6:4-5)
Em outras palavras, em nossa união com Cristo, recebemos não apenas o benefício da justificação, mas também temos o benefício da santificação. Muitas pessoas pensam que sua santificação, sua transformação espiritual e conformação à imagem santa de Cristo, é simplesmente uma questão de tentar com mais vontade, vestir toda sua armadura moral — de decidir ser mais santo. Contudo, uma coisa que deveria estar clara é que Jesus claramente nos diz que a única maneira de produzirmos fruto é se habitarmos nele: “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (João 15:5).
Devemos perceber que não devemos viver para a vida, mas a partir dela — fomos crucificados com Cristo e não somos mais nós que vivemos, mas Cristo que vive em nós (Gl. 2:20). Cristãos têm a grande certeza de que quando somos unidos a Cristo pela fé, nós recebemos a Cristo plenamente e todos os benefícios da redenção, não apenas alguns deles.

tbt-unionPor J.V. Fesko. Extraído do site www.ligonier.org. © 2013 Ligonier Ministries. Original: Union with Christ in Paul’s Epistles
Este artigo faz parte da edição de Fevereiro de 2013 da revista Tabletalk sobre “União com Cristo”.
Tradução: Alan Cristie. Editora Fiel © Todos os direitos reservados. Original: A União com Cristo nas Epístolas de Paulo (J.V. Fesko)


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Sinais e Selos de União (Joel Beeke)


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Assim como ele chamou o mundo á existência pelo poder de sua Palavra (Sl. 33:6-9; Hb. 11:3), assim também Deus traz sua igreja à existência pelo poder do chamado do evangelho (2Ts. 2:13-14; 1Pe. 2:9-10). Tal chamado nos invoca à união com Cristo pela fé, como um povo sob o Deus trino (Ef. 4:4-6). A igreja é definida por nosso chamado á comunhão com Cristo e uns com os outros, como Paulo lembra aos coríntios: “À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos. [...] Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1Co. 1:2a, 9; e ao longo do capítulo).
A comunhão com Deus em Cristo está no âmago do cristianismo empírico. A plenitude da alegria da igreja é ter comunhão uns com os outros e com o Pai e o Filho (1 João 1:3-4). Por causa de nossa união com Cristo como membros de seu corpo, a igreja (Ef. 1:22-23), o Espírito de Cristo que habita em Cristo como cabeça, habita em todos os seus membros (Rm. 8:9).
O Espírito que habita é a essência de nossa comunhão com o Pai e com o Filho (2Co. 13:14; Ef. 2:18). João Calvino disse: “O Espírito Santo é o elo pelo qual Cristo eficazmente nos une a si mesmo” (Institutas 3.1.1). Como marido e mulher são “uma só carne,” nós somos “um só espírito” com o Senhor Jesus (1Co. 6:16-17). Imagine o quão próximo você seria de um amigo se sua própria alma pudesse habitar nele. Tal é a intimidade de Cristo com cada um de seus membros através da habitação do Espírito Santo. Esse mesmo Espírito nos batiza em um único corpo de Cristo, nos unindo em fé, adoração e serviço (1 Co. 12:12-13; Confissão Belga, Artigo 27).
Portanto, não deveria ser surpresa que os sacramentos da igreja confirmam e manifestam nossa união com Cristo e uns com os outros. Gálatas 3:26-28 diz:
Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes. Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.
Gálatas 3:26 diz claramente que somos salvos pela fé, não por qualquer uma de nossas obras, quer sejam obras morais como guardar os Dez mandamentos, ou obras cerimoniais como a circuncisão, o batismo ou a Ceia do Senhor (veja também 2:16; 5:2). Ainda assim, o versículo 27 diz que aqueles que foram batizados, se revestiram de Cristo e, portanto, são “um em Cristo.” Como isso deve ser entendido? Eles devem olhar para seu batismo não como uma causa, mas como um sinal de sua união com Cristo pela fé e, nele, uns com os outros. Em seu Catecismo de 1545, Calvino estabelece esta definição:
O que é um sacramento? Uma atestação da graça de Deus que, por sinal visível, representa coisas espirituais para cunhar as promessas de Deus mais firmemente em nossos corações, e tornar-nos mais certos delas. (Q. 310)
Se o próprio sacramento do batismo nos uniu a Cristo e nos salvou, seria inconcebível para Paulo escrever que “Porque não me enviou Cristo para batizar, mas para pregar o evangelho” (1Co. 1:17). Por que pregar o evangelho se os resultados desejados poderiam ser obtidos simplesmente ao batizar todas as pessoas? O evangelho, não o batismo, é “o poder de Deus para a salvação” (Rm. 1:16). Calvino disse:
Não devemos ser tomar o sinal terreno de maneira a buscar nossa salvação nele, nem devemos imaginar que ele tem um poder peculiar incluso nele. Pelo contrário, devemos empregar o sinal como uma ajuda, para nos levar diretamente ao Senhor Jesus, para que encontremos nele nossa salvação e [...] felicidade. (Catecismo Q. 318)
Assim, Paulo nos adverte em 1 Coríntios 10:1-5 que nós podemos receber os sacramentos mas ainda sermos incrédulos, não-convertidos e, derradeiramente, rejeitados por Deus:
Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos sob a nuvem, e todos passaram pelo mar, tendo sido todos batizados, assim na nuvem como no mar, com respeito a Moisés. Todos eles comeram de um só manjar espiritual e beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo. Entretanto, Deus não se agradou da maioria deles, razão por que ficaram prostrados no deserto.
Note como ele faz alusão aos sacramentos da nova aliança falando do batismo, de comida e de bebida. Sacramentos não salvam e nem podem salvar.
Isso significa que o batismo e a Ceia do Senhor são apenas cerimônias de recordação? De maneira nenhuma. Os apóstolos frequentemente exortaram os crentes a olhar para trás para seu batismo como um sinal de sua união com aquele que morreu e ressuscitou (Rm. 6:3-4; Gl. 3:27; Ef. 5:25-26; Cl. 2:12; 1Pe. 3:21-22). O pão que partimos e o cálice que abençoamos são a comunhão do corpo e do sangue de Cristo (1Co. 10:16). Utilizados em fé, são meios de aproximar-se de Cristo, acessar os benefícios de sua obra expiatória aplicando-a a nós mesmos e encontrando graça para viver para Deus (Rm. 6:1-14).
Os sacramentos são meios pelos quais Cristo, através da obra de seu Espírito, oferece as si mesmo a nós para ser recebido por fé. É por isso que Paulo falou de receber comida e bebida “espirituais” de Cristo (1Co. 10:3-4), de ser batizado pelo Espírito e beber do Espírito (12:13), assim como ser cheio do Espírito (Ef. 5:18).
Calvino escreveu: “Se falta o Espírito, os sacramentos não podem efetuar nada.” (Institutas 4.14.9). E mais:
O Espírito verdadeiramente é o único que pode tocar e mover nossos corações, iluminar nossas mentes e encorajar nossas consciências; para que tudo isso seja julgado como sua própria obra, que louvor seja atribuído a ele somente. Não obstante, o próprio Senhor faz uso dos Sacramentos como instrumentos inferiores como lhe convém, sem que eles de maneira nenhuma depreciem o poder de seu Espírito. (Catecismo Q. 312)
Quando a igreja se reúne em nome de Cristo e celebra a Santa Ceia em memória dele, temos real comunhão ou comunhão espiritual com Cristo. Note a repetição da palavra “comunhão” (do grego koinōnia: “comunhão, participar ou partilhar em comum”) de várias formas em 1 Coríntios 10:16-20:
Porventura, o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do único pão. Considerai o Israel segundo a carne; não é certo que aqueles que se alimentam dos sacrifícios são participantes [koinōnoi] do altar?  Que digo, pois? Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor? Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados [koinōnous] aos demônios.
O que Paulo quis dizer ao falar que participar do pão e do cálice é a “comunhão” do corpo e do sangue de Cristo? Em parte, ele quis dizer que somos através disso unidos como “um corpo” (v. 17). Temos comunhão uns com os outros. Mas há mais. Calvino disse: “Mas de onde, lhes pergunto, vem essa koinōnia (comunhão) entre nós, senão pelo fato de que somos unidos a Cristo?” (comentário em 1Co. 10:16).
Paulo usa a mesma linguagem de koinōnia com respeito aos adoradores do Antigo Testamento. Comendo os sacrifícios, eles tinham comunhão no altar. Eles compartilharam uma refeição com Deus na base do sacrifício de sangue e através de um sacerdócio ordenado. A igreja compartilha uma refeição pactual com o Senhor, banqueteando em sua presença mediante graça comprada por sangue.
Paulo também usou a mesma linguagem para adoradores pagãos: eles têm comunhão com demônios. Eles adoram na presença de espíritos imundos. Paulo está dizendo que os adoradores de fato se conectam com os seres caídos que adoram. Se tomamos parte com demônios, esta é uma forma de adultério espiritual que provoca o ciúme de Deus (v. 22). Obviamente tal “comunhão” é uma realidade espiritual de grande significado. Paulo define essa adoração pagã em direto contraste com a Ceia do Senhor, obviamente querendo que as vejamos como paralelas (v. 21).
Assim, vemos o que Paulo quer dizer com “a comunhão do sangue de Cristo.” Nós renunciamos os poderes de Satanás e temos comunhão espiritual com o próprio Cristo, crucificado por nós, e agora ressurreto e exaltado como nosso Cabeça e Sumo Sacerdote espiritual. Nós banqueteamos nos benefícios de sua morte expiatória e no poder de sua vida infinita. Calvino disse que a Ceia é “um banquete espiritual, em que Cristo afirma a si mesmo como sendo o pão que dá vida, no qual nossas almas se alimentam de verdadeira e bendita imortalidade [João 6:51]” (Institutas 4.17.1).
Valorizemos os sacramentos como “preciosas ordenanças de Deus” para serem usados através da fé em Cristo. Se os usarmos como “hipócritas, nos quais o mero símbolo desperta orgulho,” nossa confiança é colocada no lugar errado, e os símbolos físicos são vazios. Mas se os recebermos como aqueles que são unidos a Cristo através de verdadeira fé, vemos “as promessas que eles exibem da graça do Espírito Santo” (comentário de Calvino em Gl. 3:27), e, através da fé, Cristo habitará cada vez mais em nossos corações (Ef. 3:16-17).

tbt-unionPor Joel Beeke. Extraído do site www.ligonier.org. © 2013 Ligonier Ministries. Original: Signs and Seals of Union
Este artigo faz parte da edição de Fevereiro de 2013 da revista Tabletalk sobre “União com Cristo”.
Tradução: Alan Cristie. Ministério Fiel © Todos os direitos reservados. Original: Sinais e Selos de União (Joel Beeke)


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