sábado, 4 de junho de 2022

Cristãos chineses usam códigos para se comunicar na internet


Os cristãos usam uma língua codificada para encobrir as palavras proibidas e não serem banidos ou terem os posts deletados por ‘conteúdo ilegal’’

Por causa das novas restrições aos conteúdos religiosos online, é necessário criatividade para manter as atividades na internet

nova legislação da internet na China exige que as pessoas tenham permissão específica para criar ou publicar conteúdo religioso. Sabe-se que alguns cristãos tentam ao máximo se comunicar de maneira criativa pelo WeChat, aplicativo de interação virtual usado por muitas pessoas em todo o país.  

“Os cristãos usam uma língua codificada para encobrir as palavras proibidas e não serem banidos ou terem os posts deletados por ‘conteúdo ilegal’”, disse um contato da Portas Abertas. Uma advertência alertando o uso de palavras impróprias pode aparecer na tela de quem publica conteúdo considerado como violação pela nova legislação. 

“Até agora, ainda conseguimos nos reunir virtualmente usando algumas ferramentas de comunicação e plataformas. Por causa do novo regulamento, estamos ainda mais cuidadosos na escolha das palavras nos textos e nas conversas. Temos que fazer diversas edições nos artigos antes de publicá-los online. Parceiros tentaram recriar contas cristãs públicas que tinham sido banidas da rede social, mas a ação falhou, pois rapidamente as contas foram encontradas e banidas novamente”, relatou uma testemunha local. 

Vigilância aumenta no interior da China 

Em algumas províncias, atividades online de igrejas foram interrompidas e não puderam voltar ao ar. A suspeita é de que membros da igreja usaram as palavras consideradas impróprias durante os encontros e por isso foram banidos. Desde a implementação do novo regulamento, as suspensões são recorrentes. 

“A medida aumentou nossa preocupação. O acesso a recursos espirituais e os relacionamentos foram enfraquecidos. Ainda há salas de acesso, mas menos pessoas participam a cada dia. Ainda assim, nunca deixamos de encontrar formas de permanecermos conectados online”, compartilha uma fonte local. 

Um artigo da Radio Free Asia relatou que “autoridades na China lançaram um treinamento em massa para sentinelas apagarem conteúdos religiosos não aprovados pelo governo, estreitando o controle na internet. Ainda não há certeza se esses treinamentos estão acontecendo de fato, mas é possível e provável que estejam alcançando várias partes do país e limitando ainda mais as atividades religiosas online”.  

Bíblias para a China 

As restrições a conteúdo religioso não acontecem apenas no mundo virtual na China. As autoridades dificultam o acesso a Bíblias e outros materiais que podem fortalecer espiritualmente e anunciar a boas novas a tantos chineses que precisam de Jesus. Ajude cristãos chineses a terem acesso à palavra de Deus


Pedidos de oração
 

  • Peça ao Senhor sabedoria e discernimento para os cristãos na China, especialmente pastores e líderes. Que eles encontrem formas de se comunicar e permaneçam firmes e unidos em Cristo. 
  • Clame por paz e proteção para os irmãos chineses. Que a nova medida não atemorize ou desanime os corações. 
  • Interceda pelas autoridades chinesas. Que se convertam ao Senhor Jesus e que a igreja encontre liberdade para anunciar as boas novas. 
    Fonte: Portas Abertas

sexta-feira, 3 de junho de 2022

NÃO CHORES!



Texto: Lucas 7.11-17

Meus irmãos, jamais devemos nos esquecer desta grande verdade. “O MUNDO QUE NOS CERCA ESTÁ CHEIO DE TRISTEZAS. ENFERMIDADES, DORES, POBREZA, TRABALHO ÁRDUO, E PROBLEMAS EXISTEM POR TODOS OS LADOS”, CAUSANDO EM MUITOS DESESPERO E CHORO.

O evangelista Lucas nos diz, que Jesus depois de ter passado por Cafarnaum  e curado o servo do centurião no dia seguinte ele foi para a cidade de Naim, quando se aproximava do portão daquela cidade  se depara com um cortejo fúnebre logo na entrada. Ao falar sobre este fato Lucas, deixa bem claro que a mulher era viúva e que o enterro era do seu único filho. O mestre Jesus sentiu o sofrimento daquela mulher e sabia que aquele filho era muito mais que um filho, representava a sua esperança, honra e o seu futuro, pois seria através dele que teria a condição de sobreviver naquela sociedade.

Aquela mulher tinha todos os motivos pra chorar naquele momento. Se a mulher tinha motivos pra chorar, Jesus também tinha seus motivos pra dizer o que disse. E os motivos de Cristo não só fazia com que ela parasse de chorar, como também a todos os que estavam em volta no cortejo, parassem também.

Neste texto podemos VER JESUS DIZENDO: NÃO CHORES! Mas, porque Ele disse a mulher não chores!?

1º – PORQUE JESUS É O DEUS DE TODA A CONSOLAÇÃO (Lc 7.12,13)

Não era Pedro, nem Tiago, Mateus, João ou muito menos qualquer um de nós, seres humanos limitados, que por mais que nos esforcemos em consolar ou porque somos amigos chegados da família ou da pessoa aflita, mesmo assim não conseguiremos consolar alguém neste momento com nossas palavras. Nesta hora as palavras não consolam!

Mas, quem falava com aquela mulher era o Deus de toda a Consolação. “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação! É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus” 2Co 1.3,4. Cristo pode consolar a qualquer um e em qualquer circunstância. Seja a mais adversa possível, Ele nos consola!

Quem sabe você está chorando neste momento, não pela perda de um filho, mas por outras perdas que teve durante a sua vida. E alguns disseram pra você não chorar, mas nada adiantou até o exato momento. Por mais que você tenha motivos pra chorar, mas hoje Cristo está te dizendo: “Não Chores!” e Ele tem motivo pra dizer isso pois Ele é o Deus de toda a consolação, somente Ele pode te consolar e acalmar o teu coração aflito.

2º – PORQUE PARA JESUS NADA É IMPOSSÍVEL(7.14)

A mulher ainda não havia compreendido que, quem estava diante dela era o Criador do mundo,  o Sustentador do Universo e Autor da Vida (Nm. 16.22 – At. 3.15).Jesus é o Deus do impossível - “Pois para Deus nada é impossível” (Lc. 1.37). “Nenhum dos seus planos podem ser impedidos” (Jó 42:2).

Jesus quando disse: “não chores!  aquela mulher, Ele não disse na condição humana Dele. Pois como homem Ele não teria condição de consolar aquela mulher com palavras. Ele disse na condição Divina, sabendo que para Ele nada era impossível, e estava prestes a efetuar um grande milagre. Ele sabia que poderia ressuscitar aquele jovem.

Pois tanto o querer quanto o efetuar pertence a Deus (Fp. 2.13), e Cristo tanto quis, como fez o milagre na vida daquele rapaz o ressuscitando dos mortos, e restaurando a mulher o que ela havia perdido. Este é o nosso salvador, ele não está morto, não a nada a temer, nem a morte pode nos assustar, porque Jesus venceu a morte, e na cruz nós contemplamos a morte da morte na morte de Cristo.

3º – PORQUE JESUS É O AUTOR DA VIDA(7.15)

Jesus sendo o autor da vida, ele podia e pode transformar a  morte em vida “Vede, agora, que Eu Sou, Eu somente, e mais nenhum deus além de mim; eu mato e eu faço viver; eu firo e eu saro; e não há quem possa livrar alguém da minha mão”. Jesus é este que fere, mas também sara e dar a vida.  (Dt. 32.39).Quando Jesus disse pra ela não chorar, ele sabia o que ia realizar ali diante de todos. 

Quem sabe alguma coisa na tua vida morreu, e isto é mais um motivo pra você chorar, porém o Autor da Vida está te dizendo: Crê somente, e verás a Glória de Deus! Não desanime, quem sabe sua alegria e sua esperança morreram. Pode ser que sua alegria e sua esperança já estão sendo levadas ao cemitério, e mesmo que já esteja avançado no caminho, Cristo pode parar este cortejo e ressuscitar a sua alegria e a sua esperança e te dar vitória.

Em nome de Jesus! Meu amado, por mais que você tenha motivos para chorar, por causa de algumas circunstâncias e adversidades que enfrenta na sua vida. Jesus têm muito mais motivos para nos consolar, nos abençoar e nos dar vitória. E é por esses motivos que têm, que Ele é compelido à nos dizer: “Não Chores!”, e quando Ele diz esta frase, Ele se responsabiliza para sermos de fato consolados, restaurados e mais do que vitoriosos porque Ele nos ama e nele está a verdadeira vida.

Pr.  Eli Vieira

quinta-feira, 2 de junho de 2022

Como um ministério cristão resgatou 300.000 ucranianos

 


Missionária da Awakening Europe evangelizado refugiados na fronteira da Ucrânia. (Foto: Instagram Michael Job)

A rede inclui 20 denominações cristãs, quase 60 organizações e ministérios e mais de 500 igrejas.

A Ucrânia passou a ser o epicentro do noticiário mundial desde que foi invadida pela Rússia, no final de fevereiro. Antes disso, pequenos grupos de cristãos em todo o país e Europa Oriental formaram conexões sobre seu desejo de compartilhar o Evangelho por meio do esporte.

Durante 14 anos, esses cristãos colaboraram, compartilharam recursos e se comunicaram em uma rede que cresceu para 218 locais. Após a invasão da Ucrânia, eles entraram em ação.

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O trabalho é conjunto, enquanto o governo e as organizações humanitárias se concentram nas prioridades nacionais, a rede ministerial se concentra em cuidar de “todos os bairros, todas as casas e todas as famílias que estão em crise”.

A rede inclui 20 denominações cristãs, quase 60 organizações e ministérios e mais de 500 igrejas.

Eles trabalham com a real dor e necessidade dos vulneráveis e os métodos mais eficazes e de baixo custo para levar solução às pessoas desesperadas.

A atual crise provocada pela guerra já evacuou 274.000 ucranianos, todos apoiados e ajudados pela rede, de acordo com uma atualização de vídeo gravado em abril, apenas um mês após o início dos esforços para ajudar a população. Agora, esse número já aumentou drasticamente.

Mobilização

A Eternity News fez um levantamento junto à rede, mostrando como esta operação tem se tornado possível.

Em março, a rede estabeleceu um “Centro de Ajuda de Comando” – uma equipe de 16 líderes baseados na Ucrânia, Romênia, Polônia, Moldávia e Estados Unidos. A equipe está em contato 24 horas por dia, 7 dias por semana, permitindo que eles tomem decisões rápidas.

O centro de comando chega às pessoas localizadas em áreas perigosas para fornecer maneiras seguras de evacuar aqueles que têm seu próprio transporte. Para aqueles sem transporte, uma frota de 400 carros dirigidos por voluntários está de prontidão para evacuar “alvos específicos”.

A rede também comprou quatro ônibus de 50 passageiros, duas ambulâncias e 15 vans de 20 passageiros para ajudar a evacuar aqueles sem transporte – principalmente de cidades em zonas de guerra como Kyiv, Nikolaev, Chernihiv, Kharkiv, Mariupol e Zaporizhzhia – para áreas mais seguras, no oeste da Ucrânia.

Outros 119 “Centros de Ajuda” foram criados em três estados da Ucrânia – em Khmelnitsky, Ternopil e Zakarpattia. Estes são operados por diferentes organizações e indivíduos associados à rede do ministério esportivo e funcionam fora de igrejas, academias, escritórios, casas e escolas.

Assistência

Mais de 12.000 pessoas passam por esses centros todos os dias. Aqui eles coletam alimentos e necessidades básicas, e às vezes ficam por algumas noites em acomodações temporárias.

Alguns centros de ajuda fornecem suporte regular, enquanto outros fornecem assistência pontual, incluindo o fornecimento de 2.000 sacos de dormir e colchões, 180 colchões de solteiro, 20 geradores elétricos, 40 fogões a gás portáteis e 20 sistemas de purificação de água.

Levar suprimentos para as pessoas no terreno requer uma linha de montagem bem organizada. Os itens são comprados na Europa, entregues e classificados na Romênia e depois transferidos para armazenamento na Ucrânia e na Moldávia.

O centro de ajuda do comando coordena onde e quando a ajuda é necessária, e motoristas voluntários de diferentes organizações e igrejas a entregam ao destino final, incluindo centros de ajuda. De lá, voluntários em carros e a pé vão para apartamentos, porões e abrigos para fornecer suprimentos às pessoas.

No início de abril, quase 600 toneladas de ajuda foram distribuídas. 81.000 pessoas receberam pacotes de alimentos de 7 kg – o suficiente para alimentar uma família de quatro pessoas por uma semana – através de centros de ajuda, 15 hospitais e outros locais de distribuição, informou a Eternity.

Grupos vulneráveis

O processo de evacuação da rede do Ministério do Esporte é igualmente meticuloso. À medida que mulheres, crianças, idosos e deficientes físicos chegam à fronteira, os membros das igrejas locais estão lá para recebê-los e servir chá e comida enquanto as pessoas esperam em longas filas.


Missionária ajuda crianças, mulheres e idosos na fronteira da Ucrânia. (Foto: Instagram Michael Job)

Por outro lado, organizações parceiras acolhem refugiados e fornecem cobertores quentes, cartões SIM, refeições quentes e instruções para encontrar abrigo temporário antes de continuar sua jornada. Cerca de 7.500 pessoas são atendidas diariamente na fronteira.

Esforço conjunto

Outros 31 centros de ajuda baseados na Romênia, Polônia e Moldávia oferecem acomodação temporária para evacuados por até 30 dias. As equipes do ministério fornecem alimentos e itens essenciais, e também envolvem as crianças em atividades diárias, incluindo esportes, escola e aulas de descoberta da Bíblia. Existem grupos de cura de trauma e estresse para mulheres e homens, e cultos em ucraniano e russo.

Os refugiados ucranianos também recebem recursos bíblicos por meio de organizações parceiras. Mission Eurasia e Bible Mission imprimiram mais de um milhão de Bíblias de Ação para crianças, Novo Testamento para adultos e 2000 Faith Comes By Hearing, dispositivos bíblicos de áudio e vídeo que estão em produção para refugiados.

Após sua curta estadia nos centros de ajuda, os refugiados recebem até seis meses de acomodação por meio de uma rede de moradias confiáveis ​​em toda a Europa Ocidental – inclusive na Itália, Alemanha, Letônia, Portugal e Holanda.

Milhões de dólares em doações de pessoas de todo o mundo – incluindo a Austrália – financiaram os esforços de ajuda de organizações na Ucrânia que fazem parte da rede do ministério do esporte. A organização norte-americana de formação de discípulos Our Legacy, que administra o movimento esportivo Ready Set Go, é apenas um dos muitos canais pelos quais esse financiamento está sendo coordenado.


Oração na fronteira da Ucrânia. (Foto: Instagram Michael Job)

Nosso Legado tem missionários em campo na Ucrânia e parceiros de uma igreja na cidade de Kamyanka, na Ucrânia Central. E esta igreja é apenas uma das muitas engrenagens da rede que evacua e transporta deslocados internos em toda a Ucrânia e entrega alimentos e suprimentos aos necessitados.

Embora as pessoas de fora possam se perguntar sobre a escala, a coordenação e os resultados alcançados por essa rede do ministério do esporte trabalhando em conjunto, isso não é surpresa para os de dentro.

Como uma atualização da rede afirma: “Desde o primeiro dia, a equipe de liderança teve a capacidade física, mental e espiritual para servir os ucranianos de maneira imediata e organizada”.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO ETERNITY NEWS

Lições no Livro de Atos: As Orientações de Jesus

 

Pastor: Ronaldo Lidório

Jesus havia sido morto e ressuscitado. Diz a Palavra que Ele permanece 40 dias com os discípulos conversando sobre as coisas do Reino de Deus. Também os orientou a não saírem de Jerusalém sem serem antes revestidos de poder pelo Espírito Santo.

Em Atos 1:2 lemos: “até ao dia em que, depois de haver dado mandamentos por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que escolhera, foi elevado às alturas”.

Já vimos que os discípulos foram escolhidos por Cristo pelo desejo do próprio Cristo, não por habilidades ou particularidades humanas. Somos salvos por Deus apenas por sua misericordiosa graça!

Encontramos também neste verso uma palavra emblemática. Lemos que Jesus gastou aqueles dias dando “mandamentos por intermédio do Espírito Santo” e depois foi elevado aos céus. A expressão aqui usada é “entellomai”, que significa dar uma ordem, ou encarregar alguém de alguma coisa durante a sua ausência. Era palavra usada para um senhor que, viajando, confia a sua casa ao mordomo e lhe instrui de forma clara aquilo sobre o qual precisa ter especial atenção.

Estas instruções de Jesus falam à mente, como lembrando quem somos e o que devemos fazer, e à alma, construindo profunda convicção de fé, pois são dadas “por intermédio do Espírito Santo”.

Como igreja de Cristo, somos herdeiros dos seus ensinos dados por intermédio do Espírito Santo e pelos apóstolos, na Palavra de Deus.

Isto significa três coisas por demais importantes. Primeiro, Jesus não nos deixou órfãos. Enviou-nos o Consolador que nos guia em toda a verdade e em todo o caminho. Ele está conosco todos os dias!

Segundo, as instruções dadas por Jesus aos apóstolos foram registradas na Bíblia Sagrada, portanto, somos guiados por Deus na Sua Palavra. Este é o rico tesouro que temos em mãos, que precisamos dele aprender a cada dia.

Terceiro, Jesus encarregou a sua igreja dos seus negócios na terra. Somos chamados para sermos sal que salga, luz que brilha e árvore que frutifica. Nossa identidade e missão devem estar impregnadas desta verdade.

Busque na Palavra, em oração e no Espírito Santo, a cada dia, ser relembrado das incomparáveis verdades que Ele nos deixou, suas orientações para crermos, amarmos, seguirmos e servimos a Cristo com tudo o que somos e tudo o que temos.

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Progredindo na Escola da Fé

 

Como podemos Progredir na Escola da Fé?

Gênesis 12:10 – 13:18

A vida pode ser difícil”, escreveu Amy  Carmichael, missionária na índia. “Às vezes o inimigo vem como uma inundação. Mas essa é a hora de provar nossa fé e de viver aquilo que cantamos” (Candlesin the Dark, p. 51).

Não dá para confiar numa fé que não se  pode provar. Pedro comparou as provações do cristão à prova do ouro na fornalha (1 Pe 1:7), e o patriarca Jó usou a mesma imagem: “Mas ele sabe o meu caminho; se ele me provasse, sairia eu como o ouro” (Jó 23:10). O propósito de Deus ao permitir as provações não é apenas avaliar nossa fé, mas também purificá-la e remover toda a escória. Deus sabe que tipo de fé nós temos, mas nós não sabemos; a única maneira de progredir na “escola da fé” é passar nas provas.

Assim como Abraão, passamos por três provas especiais para progredir na “escola da fé”: as circunstâncias (Gn 12:10), as pessoas Gn 12:11 – 13:4) e as coisas (Gn 13:5-18).

1. CIRCUNSTÂNCIAS (Gn 12:10)

 Deixar sua família e viajar para uma terra desconhecida, Abraão deu um grande passo de fé. Depois que chegou, viu Deus pela segunda vez e ouviu sua promessa. Abraão e Sara, provavelmente, esperavam assentar-se e aproveitar o novo lar, mas Deus tinha outros planos. Em vez disso, permitiu que houvesse uma grande fome sobre a terra. Não há nenhum registro de que Abraão tivesse enfrentado escassez de alimento em Ur ou Harã, mas agora que estava na terra de Deus, precisava encontrar comida para um grupo grande de pessoas e para todos os seus rebanhos (ver Gn 14:14).

Por que Deus permitiu essa falta de alimento? Para ensinar a Abraão e Sara uma lição fundamental na “escola da fé”, uma lição que você também deve aprender: muitas vezes, as vitórias são seguidas de provações. Esse princípio é ilustrado pela história de Israel. Assim que o povo foi liberto do Egito, sofreu a perseguição do exército egípcio e viu-se encurralado diante do mar Vermelho (Êx 12 -15). Vitória seguida de provação. Deus os livrou, mas logo passaram por outra prova: a falta de água (Êx 15:22-27). Depois disso veio a fome (Êx 16) e um ataque dos amalequitas (Êx 17). As provações vêm depois das vitórias.

“Pensei que aceitar a salvação iria resolver todos os meus problemas”, disse-me um recém-convertido. “Mas agora sei que a fé em Cristo criou para mim uma série de problemas novos! Só que, agora, duas coisas são diferentes”, acrescentou com um sorriso. “Não enfrento esses problemas sozinho, pois o Senhor está comigo. Além disso, sei que ele permite as dificuldades para meu próprio bem e para a glória dele.”

Um dos inimigos da vida de fé é o orgulho. Quando você alcança uma vitória, pode ficar confiante demais e começar a dizer a si mesmo que é capaz de derrotar qualquer inimigo a qualquer hora. Começa a depender de suas experiências passadas e de seu conhecimento cada vez maior da Palavra, em vez de depender inteiramente do Senhor. Isso explica o motivo da promessa de 1 Coríntios 10:13 ser precedida de uma advertência no versículo 12: “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia”. Deus não queria que Abraão se tornasse orgulhoso nem que ficasse confiante demais, assim colocou a ele e sua fé na fornalha da provação.

Depois de ter alcançado uma grande vitória pela fé, espere um ataque do inimigo ou uma prova do Senhor – ou ambas as coisas. Essa é a única maneira de crescer na fé. Deus usa as circunstâncias difíceis da vida para fortalecer os músculos da sua fé e guardá-lo de confiar em outra coisa que não seja a Palavra dele. Não tente fugir dos problemas. Não vai dar certo.

Em vez de permanecer na terra e de confiar que o Senhor o ajudaria, Abraão “desceu […] ao Egito” (Gn 12:10). Na Bíblia, o Egito é símbolo do sistema do mundo e de sua escravidão, enquanto a terra de Israel é um retrato da herança das bênçãos que Deus tem para você (Dt 11:10-12). Quando as pessoas iam para Jerusalém, subiam até a cidade; mas quando iam para o Egito, desciam àquela terra. Em termos espirituais, “descer para o Egito” significa duvidar das promessas de Deus e correr para o mundo em busca de ajuda (ver Nm 11; 14; Is 30:1, 2; 31:1; e Jr 42:1 3ss).

Quando as circunstâncias se complicarem e você se vir dentro da fornalha da provação, fique onde Deus o colocou até que ele diga para você se mover. A fé nos coloca no rumo da paz e da esperança, mas a incredulidade nos leva à inquietação e ao medo. “Aquele que crer não foge” (Is 28:16). Em tempos de provação, a pergunta importante não é: “Como posso sair dessa situação?”, mas sim: “O que posso aprender com essa situação?” (ver Tg 1:1-12). Deus está trabalhando para edificar sua fé.

Somente Deus tem o controle das circunstâncias. Você está mais seguro passando por uma grande fome dentro da vontade dele do que vivendo num palácio fora da vontade dele. Alguém disse muito bem: “A  vontade de Deus jamais o conduzirá a um  lugar em que a graça de Deus não pode  guardá-lo”. Abraão não foi aprovado no teste das circunstâncias e  afastou-se da vontade de Deus.

2. Pessoas (Gn 12:11 – 13:4)

Uma vez no Egito, Abraão enfrentou uma nova série de problemas. Isso acontece porque, se alguém foge de uma prova, logo enfrenta outra. Uma vez que você se matricula na “escola da fé”, não tem como “desistir do curso” só porque não passou em uma prova. Deus tem um propósito a cumprir em você e por meio de sua vida, e ele fará todo o necessário para que seja bem sucedido (Si 138:8; Fp 1:6).

Em Canaã, Abraão só precisava lidar com a falta de alimento. No Egito, porém, teve de tratar com um Faraó arrogante e seus oficiais. O Faraó era considerado uma divindade, mas não era um deus como o Deus de Abraão – amoroso, generoso e fiel. Abraão logo descobriu que teria sido melhor lidar com as circunstâncias de Canaã do que com o povo no Egito.

Para começar, Abraão deixou de confiar e começou a tramar. Abraão não tinha um  altar no Egito, e não o vemos clamando ao Senhor em busca de orientação e de ajuda. Quando o pastor Warren Wiersbe trabalhava com o ministério Mocidade para Cristo, ouvia seu amigo e colega Pete Quist com frequência nos lembrava de que “Crer é viver sem tramar”. Quando você pára de confiar na Palavra de Deus, começa a apoiar-se na sabedoria humana, e isso traz problemas (Pv 3:5, 6; 1 Co 3:1 8-20). Abraão e Sara trouxeram consigo de Ur uma meia verdade” (Gn 20:13). Usaram-na no Egito e em Gerar (Gn 20), e, mais tarde, seu filho, Isaque, adotou o mesmo esquema (Gn 26). Quando você se pega tramando a fim de escapar de problemas com pessoas, tome cuidado; coisas piores ainda estão por vir!

Além disso, Abraão deixou de confiar e começou a temer. Quando você se encontra  no lugar que Deus escolheu, não precisa jamais temer; isso porque a fé e o temor não podem habitar no mesmo coração (Is 12:2; Mc 4:40). O temor do Senhor conquista todos os outros medos (Sl 112; Is 8:13). Mas “quem teme ao homem arma ciladas” (Pv  29:25). Deus havia dito, repetidamente, a  Abraão: “Eu farei”, mas Abraão dizia: “os egípcios […] vão” (Gn 12:12; ênfase minha). Deixou de olhar para o Senhor e começou a olhar para as pessoas.

Ocorreu, ainda, outra mudança: ele deixou de preocupar-se com os outros e passou a preocupar-se consigo mesmo. Mentiu e explicou a Sara o motivo: “para que me considerem por amor de ti” (Gn 12:13). Como marido, Abraão deveria ter pensado primeiro na esposa e não em si mesmo (1 Pe 3:7; Ef 5:25, 28, 29). Na verdade, nem sequer deveria tê-la levado consigo! Um marido que não está dentro da vontade de Deus pode causar inúmeros problemas para a esposa e a família.

Isso nos leva à quarta mudança: ele deixou de trazer bênçãos e começou a trazer julgamento. Deus chamou Abraão para ser uma bênção às nações (Gn 12:1-3). No entanto, por causa da desobediência de Abraão, o Faraó e sua casa receberam julgamento (v. 17). O mesmo ocorreu anos depois em Gerar (Gn 20). Se você deseja ser uma bênção para outros, então fique dentro da vontade de Deus. Jonas fugiu da vontade de Deus e causou uma tempestade que quase afundou o navio. Assim como Jonas, Abraão perdeu seu testemunho diante de incrédulos e teve de sofrer a vergonha e a  repreensão.

Em sua graça, Deus cuidou de seu servo e tirou-o de uma situação difícil. Se Sara tivesse se tornado uma das esposas do Faraó, o que teria acontecido com a promessa do Redentor? Quando não deixamos Deus controlar nossa vida, ele prevalece e cumpre seus propósitos, mas nós pagamos um alto preço por nossa desobediência.

Abraão aprendeu a lição, arrependeu-se e “saiu” do Egito (Gn 13:1). Quando desobedecemos à vontade de Deus, a única coisa certa a fazer é voltar para o lugar onde deixamos o Senhor para trás e recomeçar (1 Jo 1:9). Na “escola da fé”, nenhum fracasso é permanente. Abraão voltou para sua tenda e seu altar e para uma vida de “peregrino e estrangeiro”.

Alguém, observando esse episódio de passagem, pode concluir: “O que aconteceu com Abraão não foi tão ruim. O Faraó deu-lhe muitas riquezas (Gn 12:16; 13:2) e Sara recebeu Agar, uma serva só para si Gn 16:1). Deus perdoou o pecado de Abraão, e ele começou de novo. Então, qual é o problema?”

O “problema” é que tudo o que Abraão recebeu no Egito acabou causando transtornos. Por causa de sua grande riqueza, Abraão e Ló não puderam mais viver juntos e precisaram separar-se (Gn 13:5, 6). Agar, a escrava egípcia, trouxe divisão e tristeza para aquele lar (Gn 16). Uma vez tendo provado o que havia no Egito (no mundo), Ló começou a medir tudo pelos parâmetros de lá (Gn 13:10, 11), e isso levou à queda e ruína de sua família. A desobediência não traz nenhum benefício.

A lição prática de tudo isso é simplesmente esta: nunca abandone seu altar. Mantenha-se em comunhão com Deus, quaisquer que sejam as circunstâncias. Se você desobedeceu, e Deus o está disciplinando, volte para o lugar onde você deixou o Senhor e coloque as coisas em ordem. Lembre-se: “A vida cristã vitoriosa é uma série de recomeços”. Isso não serve de desculpa para pecar, mas é um incentivo ao arrependimento.

3. Coisas ( Gn 13:5 -18 )

Fico imaginando quantas brigas de família foram causadas pelo amor ao dinheiro. O jornal sempre traz reportagens de famílias lutando nos tribunais por causa de uma herança ou de um prêmio de loteria. Pessoas que costumavam amar e gostar umas das outras começam a atacar-se só para conseguir dinheiro; mas o dinheiro não é capaz de comprar as bênçãos que a família concede gratuitamente.

Abraão pode ter sido reprovado nos dois  primeiros testes, mas passou com nota máxima no terceiro. Essa provação não foi fácil, pois envolvia terras e riqueza. No entanto, Abraão deu o exemplo daquilo que todo o  cristão deve fazer quando se vê envolvido em disputas por coisas materiais.

Abraão resolveu ser um pacificador e não um encrenqueiro. O problema entre Abraão  e Ló não foi causado pela terra, pela falta de comida, pela riqueza (os dois eram muito ricos) nem pelos pastores (Gn 13:7). O coração de todo problema é o problema do coração. O coração de Ló estava nas riquezas e realizações do mundo, enquanto Abraão só desejava agradar a Deus. “Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?” (Am 3:3)

Foi triste uma contenda separar parentes chegados (Gn 13:8). Porém, mais triste ainda foi ela ser testemunhada pelos pagãos da terra onde os dois habitavam (v.7). Quando cristãos entram em conflito, isso prejudica o testemunho do Senhor. Ao longo de meu ministério pastoral, muitas vezes visitava parentes e amigos não cristãos de membros da igreja, procurando levá-los a se interessar pelas coisas espirituais, só para descobrir que sabiam de todas as “brigas de igreja” que aconteciam na cidade. Não é de se admirar que nosso Senhor orou para que seu povo fosse um, a fim de que o mundo pudesse crer (Jo 17:20-23). A união dos cristãos é um bom aroma e dá frutos (Sl 133). A desunião, porém, transforma esse bom perfume em mau cheiro e o pomar em deserto.

O texto de Tiago 3:13 – 4:10 explica por que Ló era um agitador e não um pacificador. Seu coração não estava em ordem com Deus. Ele seguiu a sabedoria deste mundo (como seu tio, Abraão, havia feito no Egito) e não a sabedoria de Deus. A sabedoria e a riqueza do mundo, que parecem dar tanta satisfação, no final, só trazem decepção.

A cobiça – um apetite insaciável por mais coisas – leva a todo tipo de mal (1 Tm 6:10). A fim de conseguir mais dinheiro, as pessoas mentem (Pv 21:6), maltratam os outros (Pv 22:16), usam de meios desonestos para enriquecer (Pv 28:8) e afligem a própria família (Pv 1 5:27). “A cobiça é o começo e o fim do alfabeto do diabo”, escreveu Robert South, “é o primeiro mal a surgir na natureza corrupta e o último a morrer”.

Abraão havia causado problemas no Egito porque estava no lugar errado, e Ló causou problemas em Canaã por estar no lugar errado: Na realidade, seu coração estava no Egito (Gn 13:10). De acordo com 1 Coríntios 2:14 – 3:3, existem apenas três tipos de pessoa no mundo: as naturais (não salvas), as carnais (salvas, mas vivem no mundo e na carne) e as espirituais (dedicadas a Deus). Você encontra esses três tipos em Gênesis 13: natural (homens de Sodoma; v. 13), carnal (Ló) e espiritual (Abraão). Ló era um homem reto (2 Pe 2:7, 8), porém não dedicado ao Senhor. Ele não podia andar com Abraão, pois seu tio era amigo de Deus (2 Cr 20:7; Is 41:8), e Ló era amigo do mundo (Tg 4:4). Muitas divisões de igreja e brigas de família são causadas por cristãos carnais que não estão andando com o Senhor nem com outros cristãos.

Abraão vivia para os outros e não para si. Enquanto estava no Egito, Abraão pensou primeiro em si mesmo (Gn 12:12, 13); mas quando voltou para seu altar em Canaã, colocou Deus em primeiro lugar e, depois, os outros. Como “líder ancião” do acampamento, Abraão tinha todo o direito de decidir a questão e dizer a Ló o que fazer. No entanto, deixou que Ló escolhesse primeiro. “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros” (Rm 12:10). O cristão espiritual não insiste em seus direitos, cedendo-os de bom grado a outros.

Em sua velhice, o general William Booth, fundador do Exército de Salvação, estava fraco demais para comparecer aos congressos mundiais da organização, mas costumava enviar representantes com uma mensagem. Num desses anos, mandou-lhes um telegrama contendo uma única palavra: OUTROS. O Exército de Salvação leva essa palavra – OUTROS – muito a sério. “Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros” (Fp 2:4).

Abraão viveu pela fé e não pelas aparências. Qualquer que fosse a decisão de Ló, Abraão não estava preocupado com o futuro, pois sabia que tudo estava nas mãos do Senhor. Abraão nunca leu o Salmo 47:4 nem Mateus 6:33, mas colocou essas duas passagens em prática. Havia se encontrado com Deus no altar e sabia que tudo estava sob controle. Quando Deus ocupa o primeiro lugar em sua vida, não faz diferença quem está em segundo ou em último.

Ló possuía uma tenda, mas não tinha um altar (Gn 13:5), o que significa que não invocava o Senhor pedindo sabedoria em suas decisões (Tg 1:5). Em vez de levantar os olhos para o céu, Ló levantou os olhos para a campina do Jordão (Gn 13:10) e fixou-se lá. Os olhos vêem o que o coração ama. Abraão havia tirado Ló de dentro do Egito, mas não conseguiu tirar o Egito de dentro de Ló. A forma de ver as coisas ajuda a determinar os resultados. Os olhos de Abraão estavam voltados para a cidade santa de Deus (Hb 11:13-16), e ele caminhou com o Senhor até herdar suas bênçãos. Os olhos de Ló estavam voltados para as cidades pecaminosas dos homens, e ele obteve o sucesso do mundo, a falência espiritual e um fim vergonhoso.

Ló teve uma excelente oportunidade de tornar-se um homem de Deus enquanto estava com Abraão, mas não encontramos nenhuma informação de que Ló tivesse construído um altar ou invocado o nome do Senhor. Primeiro, olhou para Sodoma (Gn 13:10); depois, partiu para aquela região (Gn 13:11, 12) e, por fim, mudou-se para Sodoma (Gn 14:12). Em vez de ser um peregrino, progredindo rumo a seu lar, Ló regrediu, rumando para o mundo e afastando-se da bênção do Senhor (Sl 1:1). “Partiu para o Oriente” (Gn 13:11) e deu as costas a Betei (“casa de Deus”), rumando para Ai (“ruínas”; ver 12:8). Talvez, para Ló, o povo de Sodoma não parecesse perverso, mas com certeza o era para Deus, e isso é o que importa.

Abraão deixou que Deus escolhesse por ele. Depois que Ló partiu, Abraão teve outro encontro com o Senhor (Gn 13:14-18). Ló havia levantado seus olhos e visto o que  o mundo tinha a oferecer; então, Deus convidou Abraão a levantar os olhos e ver o que o céu tinha a oferecer. Ló escolheu um pedaço  de terra que acabou perdendo, mas Deus  deu a Abraão toda a terra que ainda pertence a ele e a seus descendentes. Ló “escolheu para si” as terras que desejava. Deus disse a Abraão “eu te darei”. Que contraste!

Ló perdeu sua família, mas Abraão recebeu a promessa de uma família tão grande que não poderia ser contada. (Lembre-se de que Abraão e Sara eram idosos e não tinham filhos.) Ló estava vivendo para o possível, mas Abraão confiava em Deus para o impossível.

Depois de dizer: “Ergue os olhos e olha”(v. 14), o Senhor disse a Abraão: “Levanta-te, percorre essa terra” (v. 1 7). Aproprie-se de sua herança pela fé! (Js 1:1-3; Dt 11:24). A disciplina pela qual Abraão passou ao descer para o Egito ensinou-o a respeitar os limites, de modo que Deus pôde, então, – confiar-lhe os horizontes, É a sua fé em Deus que determina quanto das bênçãos dele você vai desfrutar.

Quando você creu em Jesus Cristo como seu Salvador, Deus lhe deu -“toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo” (Ef 1:3). Agora, você tem sua herança! Tudo o que precisa fazer é apropriar-se dela pela fé e usufruir da “sua riqueza [de Deus] em glória” (Fp 4:19). A Palavra de Deus é o “testamento” que diz quão rico você é, e a fé é a chave que abre o cofre para que possa apropriar-se de sua herança.

Abraão deu graças a Deus. Abraão não apenas ergueu os olhos e olhou (Gn 13:14); ele levantou-se e percorreu a terra (v. 17), como também elevou o coração e adorou a Deus, agradecendo-lhe por suas generosas bênçãos. Mudou a tenda de acampamento em acampamento conforme Deus o dirigia e construiu seu altar de testemunho e de adoração. O povo de Sodoma orgulhava-se de sua afluência (Ez 16:49), mas Abraão possuía uma riqueza da qual eles não tinham qualquer conhecimento (Jo 4:31-34). Caminhava em comunhão com Deus, e seu coração estava satisfeito.

Satanás quer usar circunstâncias, pessoas e coisas para tentá-lo e para extrair o que há de pior em você. Deus quer usar tudo isso para prová-lo e para extrair o que há de melhor em você. Abraão foi reprovado nos dois primeiros testes, pois recorreu à sabedoria humana em vez de usar a fé na Palavra de Deus. No entanto, passou no terceiro teste com honras, pois deixou que Deus assumisse o controle. “E esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 Jo 5:4).

Extraído do Com. de W.W.

Nossa Missão

 


Pr. Ronaldo Lidório

Em Atos 1:8 lemos: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra”.

Os discípulos estavam preocupados com o tempo e a restauração política de Israel. A resposta de Jesus inicia com a expressão “mas” (alla), ou seja, em contraposição ao que foi falado anteriormente. É como se Jesus dissesse: Não se preocupem com os tempos e épocas. Preocupem-se em ser minhas testemunhas em toda a terra, no poder do Espírito Santo.

Ele inicia dizendo que a igreja receberia poder no Espírito Santo. Este “poder” (dunamis), segundo John Knox é a ‘manifestação do Deus sempre presente’. Este poder vem de Deus, pertence a Deus e serve a Deus. Não se refere à capacidade especial recebida pela igreja para que ela cumpra os seus próprios planos, mas ao empoderamento da igreja para que a vontade de Deus seja realizada. 

Jesus explica que a igreja receberia poder no Espírito Santo para uma missão específica: ser testemunha de Cristo em toda parte. Estas testemunhas levariam a verdade do Senhor Jesus com suas próprias vidas, por meio de suas palavras e vidas. E deveriam fazer isto em todo o mundo simultaneamente: tanto perto quanto longe, ao mesmo tempo. 

Algumas lições podem ser entendidas. Primeiro, o trabalho de Deus é feito no poder de Deus. Não é por força, violência, capacidade de convencimento ou insistência, mas pela manifestação do próprio Deus transformando vidas e glorificando o Seu nome. 

Segundo, em meio à uma missão geral, sendo sal que salga e luz que brilha, há uma missão específica: comunicar ao mundo quem é o Senhor Jesus. Este é o cerne da nossa missão, falar ao mundo quem é Jesus e o que Ele fez, faz a fará. 

Terceiro, a evangelização do mundo não se dá por meio de uma comunicação impessoal. Ela acontece por meio de testemunhas vivas. São aqueles que creem e experimentaram o novo nascimento que são chamados para falar ao mundo sobre Jesus. 

Que Deus nos ajude a testemunharmos de Sua salvação tanto perto quanto longe, para que todos os povos conheçam e adorem o Senhor Jesus!

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Lições no Livro de Atos – Um Livro Cristocêntrico, Teocrático, Fidedigno e Atual

 

Pastor Ronaldo Lidório

Em 2020 partiu para o Senhor o querido Rev. José João de Paula, amigo do coração. Naqueles dias, escrevíamos juntos um comentário do livro de Atos. Sua última mensagem, no mês de maio, falava de sua alegria em experimentar a graça de Deus ao se debruçar sobre os ensinos do Senhor. Deixou saudades e um exemplo de fidelidade a Deus, amor à família e compromisso com a missão.

Gostaria de partilhar com vocês sobre alguns preciosos ensinos do Senhor no livro de Atos nos próximos dias. Iniciarei hoje com uma visão mais panorâmica.

Atos dos Apóstolos é um livro cristocêntrico, teocrático, fidedigno e atual. Cristocêntrico, pois apresenta Jesus, sua identidade e missão. Já no capítulo 1, verso 1, Lucas diz que escreveu um primeiro livro (referindo-se ao evangelho segundo Lucas) “relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar”. A introdução de Atos, portanto, se encontra no fim do evangelho segundo Lucas e é sobre Jesus, tudo o que ele fez e o que ele ensinou. O livro não é sobre a igreja ou os apóstolos, mas sobre Jesus, sua vida, seus ensinos e missão.

Além de cristocêntrico, o livro é também teocrático, pois foi escrito para nos encorajar a crer que Deus está no controle de todas as coisas. Encontramos neste livro os relatos da ação de Deus cuidando, encorajando, guiando e empoderando o seu povo. Mesmo em meio ao terrível sofrimento, como lemos em Atos 8, vemos Deus agindo com mão de poder e graça, espalhando a verdade do Reino e glorificando o seu próprio nome. São relatos fascinantes da presença, intervenção, bondade e poder do Altíssimo. Portanto, ler o livro de Atos nos encoraja a crer que Deus governa sobre todas as coisas, todas as pessoas, todas as realidades, em todo lugar e em todo o tempo.

O livro também é fidedigno, pois foi escrito para demonstrar que Deus cumpre todas as suas promessas. Deus não cumpre o que não prometeu, mas todas as suas promessas serão cumpridas. Veja o capítulo 2. No capítulo anterior, Jesus havia prometido que o seu povo receberia “poder ao descer sobre vós o Espírito Santo” (At 1:8), e logo depois lemos que “todos ficaram cheios do Espírito Santo” (At 2:4). Ao longo deste livro vemos Jesus presente com o seu povo em todas as circunstâncias, como Ele mesmo prometeu que estaria conosco “todos os dias até a consumação do século” (Mt 28.20).

Por fim, Atos é um livro atual. É histórico, doutrinário e atual. Não trata apenas sobre um apanhado de acontecimentos do que Deus fez, mas daquilo que o Senhor continua fazendo em nosso meio. Ele continua chamando o seu povo para crer, amar, seguir, servir e proclamar o Senhor Jesus a cada dia. Ele continua conduzindo o seu povo a ser edificado na Palavra, pela ação do Espírito Santo, que leva a igreja de Cristo a ser fiel ao seu Senhor.

É curioso que no fim do livro encontramos o apóstolo Paulo fazendo algo que precisamos continuar fazendo em nossos dias: “pregando o reino de Deus, e, com toda a intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo”.

Ele estava preso, vivia momentos incertos e debaixo de inúmeras pressões. Mesmo assim, o Espírito Santo relata que Paulo fazia a obra de Deus “sem impedimento algum”. É o Senhor quem abre as portas e faz tudo acontecer. Sigamos em paz, gratos pelo que Ele fez. Sigamos firmes, anunciando as maravilhas do Senhor!

Fonte: https://www.facebook.com/eli.vieira.7545?ref=bookmarks

Aluna é expulsa de escola e chamada de ‘herege’ por discordar de ‘ideologia trans’

 

Imagem ilustrativa. (Foto: Becca Tapert/Unsplash)

Pare e Pense! Aque ponto o mundo está chegando

A estudante do 6ª ano no Reino Unido ainda foi cercada por 60 garotas, aos gritos e xingamentos.

Uma aluna do 6ª ano no Reino Unido diz que foi expulsa de sua escola por defender o sexo biológico e discordar da “ideologia trans”, depois de uma palestra sobre o tema.

A adolescente foi tratada “como uma herege” por questionar os argumentos da palestrante, que é parlamentar na Câmara dos Lordes e falou na escola sobre “transfobia no Parlamento”.

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De acordo com o site Daily Mail, a estudante (que teve a identidade preservada) foi cercada por até 60 garotas que gritaram, xingaram e cuspiram nela, a levando ser incapaz de respirar bem e desmaiar. 

A aluna, de 18 anos, disse ao The Times que questionou a palestrante após ela defender que a teoria trans estaria acima da definição do sexo feminino pela biologia.

“Quando questionei isso, ela disse que não era uma questão de semântica. Ela disse que as pessoas trans não têm direitos humanos básicos neste país. Depois falei com ela e pedi desculpas se fui rude”, contou a aluna.

Aluna é rotulada como “herege”

Inicialmente, a adolescente foi apoiada pelos professores, mas foi abandonada ao ser acusada de transfobia por outros alunos, segundo o relatório. 

A partir de então, o tratamento da estudante na escola mudou. Ela foi repetidamente intimidada e foi informada de que seria mandada para trabalhar na biblioteca, se dissesse algo provocativo nas aulas. Ela acabou saindo da escola em setembro.  

Um professor da escola disse ao site Transgender Trend que a aluna “discordou respeitosamente” da palestrante, mas ela argumentou: “Simplesmente não é permitido discordar, ainda que respeitosamente.”

Ele então continuou: “Questionar seus princípios básicos é simplesmente heresia e os hereges de uma forma ou de outra precisam ser expostos, atacados e eliminados. Mesmo que sejam figuras notáveis ​​e aparentemente intocáveis ​​como JK Rowling.”

O professor passou a alertar sobre o risco do “fundamentalismo religioso”, alertando que isso representa um ‘perigo’ para as escolas. 

JK Rowling e a própria palestrante defendem a aluna

A escritora britânica JK Rowling, conhecida por escrever a série de livros “Harry Potter” e por sua visão conservadora a respeito dos gêneros, saiu em defesa da estudante no Twitter.

“Totalmente vergonhoso. Adicione isso à pilha oscilante de evidências de que pessoas na educação e na academia, que deveriam ter o dever de cuidar dos jovens, sucumbiram a um surto de fanatismo quase religioso. O crime da garota? Dizer que o ‘sexo existe’”, postou em 17 de maio.

UTTERLY SHAMEFUL. ADD THIS TO THE TOTTERING PILE OF EVIDENCE THAT PEOPLE IN EDUCATION AND ACADEMIA WHO’RE SUPPOSED TO HAVE A DUTY OF CARE TOWARDS THE YOUNG HAVE SUCCUMBED TO AN OUTBREAK OF QUASI-RELIGIOUS FANATICISM. THE GIRL’S CRIME? SAYING ‘SEX EXISTS.’HTTPS://T.CO/R33RLN4XTX— J.K. ROWLING (@JK_ROWLING) MAY 17, 2022

A parlamentar que palestrou na escola, que também preferiu não se identificar, defendeu o direito da estudante de discordar dela.

Ela acrescentou: “Eu não estava ciente de quaisquer consequências de nossas interações e pensei que tínhamos terminado em termos amigáveis.”

O secretário de Educação do Reino Unido, Nadhim Zahawi, descreveu a briga como “extremamente preocupante”. “As escolas têm a responsabilidade de proteger essa aluna”, disse. “Isso não deveria estar acontecendo.”

“Falei sobre uma ampla gama de questões de direitos humanos”, disse ao The Mail. “Uma jovem discordou de alguns dos meus pontos de vista e foi tratada com a mesma cortesia que todos os outros participantes.”

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO DAILY MAIL

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