terça-feira, 4 de julho de 2017

"Cristãos não devem ser tolerantes com tudo, pois o próprio Deus não é", diz pastor


Os cristãos podem respeitar opiniões diferentes e tentar entendê-las, mas não devem aprovar comportamentos que desagradem a Deus, segundo Kevin deYoung.
 Kevin deYoung é o pastor principal da University Reformed Church, em East Lansing (EUA). (Foto: Reprodução).
Kevin deYoung é o pastor principal da University Reformed Church, em East Lansing (EUA). (Foto: Reprodução).

Como cristãos, estamos sujeitos a viver em diversos grupos sociais, seja no trabalho, família, bairro, faculdade, escola. Por isso, lidamos com muitas situações que podem desagradar a Deus. Como devemos proceder diante um desafio assim? Kevin deYoung, o pastor principal da University Reformed Church, em East Lansing (Michigan - EUA), tem uma resposta simples e direta.
“Cristãos não devem ser tolerantes com tudo, uma vez que Deus não é. Nós podemos respeitar opiniões diferentes e tentar entendê-las, mas não devemos afirmar incondicionalmente e sem avaliação toda crença e comportamento, por que Deus não faz isso. Nós devemos amar o que Deus ama. Foi aí que Éfeso falhou. E devemos odiar o que Deus odiou. Aí que Tiatira falhou”, comentou o pastor em artigo publicado no site The Gospel Coalition.
O pastor cita uma das sete cartas do livro de Apocalipse, a de Tiatira. “Das sete cidades de Apocalipse, Tiatira é a menos conhecida, a menos impressionante e a menos importante. E, ainda assim, é a maior carta das sete. Havia muita coisa acontecendo nessa igreja – algumas ruins e outras boas”, comenta. Ele começa citando as coisas boas. “Éfeso foi louvada por suas benfeitorias e seu forte trabalho ético. Tiatira é ainda melhor. Ela tinha os mesmos feitos que Éfeso teve e o amor que faltou a esta”, ressalta.
“A igreja em Tiatira não era sem virtudes genuínas. Era um grupo unido que amava, servia, cria e perseverava. Talvez Tiatira fosse o tipo de igreja que você entra e já se sente parte: ‘Prazer em conhecê-lo. Venha, deixa-me apresentá-lo aos meus amigos. Somos muito gratos de tê-lo conosco’. Era uma igreja que se importava, que se sacrificava e amava”, continuou.
Apesar da igreja ser tão amorosa, o pastor aponta algo que estava muito errado. “Essa era a parte boa. E a parte ruim? O amor dela podia ser sem discernimento e cegamente afirmativo. O grande problema de Tiatira era a tolerância. As pessoas de lá toleravam falsos ensinamentos e comportamentos imorais, duas coisas com as quais Deus é ferozmente intolerante. Jesus diz: ‘você é amorosa de diversas formas, mas a sua tolerância não é amor. É infidelidade’. O pecado específico de Tiatira era a tolerância com Jezabel”, explica.
O que fazer em situações que desagradam a Deus?
O pastor ilustra seu ensinamento com uma história onde um cristão fica frente a frente com o desafio de obedecer a Deus ou ser conivente com outro deus. Ele questiona: “O que você faria nessa situação? Ficaria ou iria embora? O que a sua participação significaria para seus companheiros cristãos, para o mundo e para Deus? Essas festas, com sua idolatria e folia sexual, que muitas vezes as seguiam, eram parte normal da vida do mundo Greco-romano. Ficar de fora poderia ser algo social e economicamente desastroso”, disse.
“Esse é o motivo pelo qual os falsos mestres, como essa Jezabel em Tiatira eram tão ouvidos. Eles tornavam o ser cristão em algo muito mais fácil, menos custoso e muito menos contracultural. Mas era um cristianismo diluído e vendido, e Jesus não iria tolerá-lo. Ele iria usar Tiatira como exemplo para mostrar a todas as igrejas que Jesus tem olhos de fogo, puros demais para ver o mal, e pés de bronze polido, santos demais para caminhar entre a maldade. Ele queria que todas as igrejas soubessem que Ele é quem perscruta as mentes e corações e que irá punir todo mal não arrependido”, alertou.
Segredos profundos
Para finalizar, Kevin ressalta o pecado de Jezabel. “O erro de Jezabel era um pecado sério, arraigado e sutil. Provavelmente ela havia dito às pessoas que os ‘segredos profundos’ não iriam prejudicá-los. O que está acontecendo é, provavelmente, algum tipo de falso ensinamento que desvalorizava o mundo material. Essa Jezabel poderia estar falando: ‘O mundo físico não importa. O espiritual é o que conta. Então participem das festas aos ídolos e façam o que vocês quiserem sexualmente. Deus não liga para isso’. Independentemente do que ela estivesse falando, era uma mentira e estava levando o povo ao pecado”, colocou.
O pastor finaliza seu artigo afirmando que é importante que os cristãos avaliem bem tais desafios e que optem por permanecer dentro da vontade de Deus, por mais que haja pressão da sociedade. “A igreja era mais tolerante do que Jesus, o que nunca é uma boa ideia”, finalizou.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO THE GOSPEL COALITION E BEREIANOS



Cristãos viram soldados para enfrentar o Estado Islâmico: “Queremos libertar nosso povo”


Jovens cristãos que vivem na Síria se uniram para combater os militantes do Estado Islâmico e proteger sua pátria


Dezenas de cristãos da Síria receberam treinamento militar e se juntaram à luta contra o Estado Islâmico. (Foto: AFP).
Dezenas de cristãos da Síria receberam treinamento militar e se juntaram à luta contra o Estado Islâmico. (Foto: AFP).

Dezenas de cristãos que vivem na Síria se uniram para combater os militantes do Estado Islâmico em Raqqa, impulsionados pelo desejo de proteger sua pátria e livrar a região do extremismo islâmico, pela primeira vez em três anos.
"Estou me sacrificando pela barbaridade que eles fizeram com o nosso povo, pelas igrejas que foram explodidas, por todas essas coisas", disse Aleksan Chmou, um cristão siríaco, à agência de notícias AFP.
O Estado Islâmico ainda opera em Raqqa, uma de suas duas principais fortalezas, desde 2014. No entanto, o grupo terrorista está perdendo terreno à medida que as Forças Democráticas Sírias (SDF) apoiadas pelos EUA, confrontam a região.
O grupo terrorista pode ser derrotado em meses, disseram os soldados, já que as forças descartaram a última rota de fuga dos militantes, na última quinta-feira (29). Enquanto os ataques terrestres estão sendo realizados pelo SDF, uma maioria curda e árabe, dezenas de cristãos da seção siríaca também se juntaram à luta.
Linha de frente
Muitos deles possuem símbolos em torno de seus pulsos com a palavra "Jesus" para imprimir sua fé. "Em alguns bairros, estamos na linha de frente da luta", disse Fadi, um cristão de 23 anos. "Recebemos treinamento militar e colocamos esse uniforme para lutar contra o Estado Islâmico. Queremos libertar nosso povo e todos os povos desta região", disse ele.
Milhares de cristãos siríacos já moraram em Raqqa ao lado de armênios, curdos e a população principalmente sunita da cidade, mas muitos fugiram. Depois que o grupo extremista declarou um "califado islâmico" em Raqqa, foi dito que os cristãos poderiam permanecer na região se pagassem um imposto especial ou se eles se convertessem ao islamismo. Em vez de cumprir a ordem, muitos fugiram.
Um relatório investigativo sobre o deslocamento e emigração de cristãos na Síria e no Iraque recentemente estimou que pelo menos 50% e até 80% dos cristãos fugiram dos dois países desde o início da guerra civil síria em 2011. Abboud Seryan, também cristão, disse à AFP: "Estamos participando da libertação de Raqqa em nome de todos os sírios. Somos todos irmãos".
Os jihadistas "explodiram as igrejas de Raqqa e forçaram os cristãos a se converterem ao Islã. É também por isso que estamos participando dessa batalha", disse ele. Enquanto milhares de combatentes do EI acreditavam ter fugido de Raqqa para o território do grupo no sul, os membros restantes do grupo terrorista aumentaram o uso de homens bomba e barreiras na cidade. No sábado, dois carros-bomba dirigiram a sede da SDF nos distritos de Jazara e AL-Idkhar, de acordo com a agência de notícias Amaq.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO GOSPEL HERALD



segunda-feira, 3 de julho de 2017

Só se submeta ao seu pastor se ele for submisso à Bíblia, diz John Piper

O teólogo esclareceu que a autoridade do pastor sobre a Igreja não é absoluta e que qualquer liderança terrena deve estar submissa à Palavra de Deus.


John Piper. (Imagem: Desiring God)

John Piper. (Imagem: Desiring God)

Até onde deve ir a submissão de uma cristão à liderança de sua igreja? Segundo o teólogo John Piper destacou em uma de suas pregações, apesar da Bíblia ter diversas passagens que destacam a importância da submissão às autoridades, nenhuma autoridade terrena merece submissão absoluta.
Após ler a passagem de Hebreus 13:17, que diz: "Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles [...]", Piper destacou que há uma condição essencial para que o cristão avalie seu pastor e continue a seguí-lo (ou não).
"Ele [pastor] não é Deus. Nenhum dos anciãos é Deus. Eles não são infalíveis. Sua autoridade não é absoluta e, portanto, a submissão e obediência a eles não é absoluta. Somente Deus obtém absoluta obediência e submissão. Poderíamos mostrar que ao longo do Novo Testamento, a relação de submissão ao Estado [governo], aos maridos, aos pais, aos pastores - seja quem for. Todas as estruturas de submissão no Novo Testamento são relativizadas, estão abaixo da autoridade absoluta de Jesus. Nós sabemos disso", destacou.
"Mas aqui está a o ponto-chave: Hebreus 13:17 está escrito no pressuposto, e você chamou esse homem [pastor] com a suposição de que os líderes - e seu pastor em particular - vão levantar esta Bíblia e proclamar a palavra de Deus, não do homem. Mostre aos seus líderes que você quer que isso aconteça, mais do que qualquer coisa. Mostre que você quer ser obediente à Palavra de Deus e vai se submeter àqueles que a proclamam", acrescentou.
Piper ressaltou que expressar a espectativa de uma conduta bíblica ao líder só fará bem à relação entre ovelha e pastor.
"Quando você fizer isso, a alegria de seu líder em Deus irá transbordar. Nós amamos quando as pessoas proclamam a verdade de Deus, não a nossa", lembrou.
O teólogo também explicou que um líder que adota uma conduta de submissão à Palavra de Deus inspira confiança em seus liderados.
"Quando peço que você seja obediente e submisso aos seus líderes, quero dizer que seus também devem estar submissos a esse livro [Bíblia]. Seus líderes devem ter a Bíblia sobre suas cabeças em todos os momentos", disse.
"Então você poderá dizer: 'Eu amo esse homem porque ele é submisso à Bíblia. Estou pronto para segui-lo em qualquer lugar, até mesmo para a prisão. Se ele dissesse: 'Vamos para a prisão', eu iria para a prisão com aquele homem, porque ao longo dos anos ele ganhou a minha confiança por ser um homem submisso às Escrituras", destacou

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO DESIRING GOD



domingo, 2 de julho de 2017

É possível a unidade entre evangélicos e católicos?


Buscas por unidade refletem o espírito dos Evangelhos ou se tratam de ecumenismo? Como proceder diante deste dilema?

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Esse é um tema muito doloroso e difícil de debater. É difícil porque temos simpatia pessoal por muitos irmãos e irmãs católicos romanos. Temos muitas coisas em comum e estamos cercados por inúmeros inimigos. Não é de admirar que a “queda livre” de nossa cultura nos atraia para o universo da religiosidade, sobretudo para aqueles que levam a religião a sério, como é o caso dos católicos romanos devotos. O cristianismo, porém, não prega um evangelho de salvação de culturas decadentes. Ele não é mero teísmo, apologética filosófica, notáveis catedrais e mitos românticos da “cristandade”. Isso pouca relação tem com a verdadeira fé. No fim das contas, o cristianismo só é genuíno — e, portanto, importante e relevante — quando prega o evangelho fielmente até os confins da terra.
Ao se manifestarem depois do Concílio Vaticano II, os teólogos católicos podem ser muito pacíficos e conciliadores na comunicação com os protestantes, ao contrário do que muitos haviam sido anteriormente. Mas, conforme disse o cardeal jesuíta Avery Dulles, um dos principais elaboradores do documento Evangelicals and Catholics Together [Evangélicos e católicos juntos]: “Tivemos o cuidado de seguir os ensinamentos do Concílio Vaticano II […] não somos teólogos católicos diferentes dos outros” (Christianity Today, 27 Apr. 1998, p. 21).
Em décadas recentes, muitos teólogos católicos (especialmente estudiosos do Novo Testamento) fizeram muito para fomentar o entendimento entre as duas tradições e, em muitos casos, defenderam realmente a interpretação evangélica das passagens mais relevantes. Contudo, a abertura iniciada pelo Concílio Vaticano II não abordou as condenações do Concílio de Trento. Pronunciamentos recentes revogaram a excomunhão dos reformadores, mas não a de seus ensinos. Isso ajudou a criar um ambiente que abriu as portas para o protestantismo liberal invadir as fileiras católicas. Enquanto o Concílio de Trento pelo menos defendia a necessidade da fé em Cristo para a salvação, o conceito de “cristão anônimo” de Karl Rahner — a ideia de que até um ateu pode ser salvo se for moralmente reto — tornou-se um verdadeiro dogma no concílio mais recente.
Desde o Concílio Vaticano II, surgiram (e deveriam ter sido aproveitadas) muitas oportunidades para o diálogo. Todavia, a doutrina evangélica da justificação não é simplesmente uma formulação que trata de como alguém pode se tornar aceito diante de Deus; ela é a proclamação acerca de como uma pessoa é aceita diante de Deus. É verdade que diferentes igrejas cristãs — tendo em vista as mais variadas considerações de ordem nacional, geográfica, cultural e linguística — chegarão a formulações distintas da mesma verdade. Mas, quando deparamos com a questão fundamental a respeito de como somos salvos, não há espaço para confusão nem para concessões em nome da harmonia.
Roma responde que somos salvos pela graça mais obras. Igrejas genuinamente apostólicas respondem conforme Paulo: “Mas, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não seria graça” (Rm 11.6).
Sejam protestantes históricos os envolvidos com o acordo de 1998 entre a Federação Luterana Mundial e o Vaticano, sejam os evangélicos que sustentam um entendimento comum do evangelho que deixe suspensa a questão de como alguém é justificado, a ordem bíblica para buscar unidade visível da igreja implica unidade no evangelho. E, se o evangelho ainda é a mensagem de que Deus justifica o ímpio, não se pode abrir mão dessa boa notícia para construir a unidade da igreja sobre qualquer outro fundamento.
Não há aqui espaço para nos sentirmos superiores. Oficialmente, Roma nunca tolerou a heresia pelagiana. Contudo, essa parece ser a marca do protestantismo americano, com sua visão otimista da natureza humana. Segundo o pesquisador e estatístico George Barna, 77% dos americanos que professam ser evangélicos acreditam que o ser humano é basicamente bom, e 84% concordam com a afirmação de que “Deus ajuda aqueles que ajudam a si mesmos” (What Americans believe, p. 89). Por incrível que pareça, Charles Finney, avivalista do século 19 reverenciado por muitos evangélicos, negou a doutrina do pecado original e até mesmo a necessidade de uma expiação substitutiva, declarando que a doutrina “da justificação por uma justiça imputada é [em si mesma] outro evangelho” (Systematic theology; edição em português: Teologia sistemática [São Paulo: CPAD, 2004].
Hoje em dia, os termos “pecado” e “graça” são muitas vezes substituídos pelos termos “disfunção” e “recuperação”. Assim, não podemos criticar Roma se não apontarmos o flagrante pelagianismo da religião americana popular. Mesmo nas igrejas evangélicas conservadoras, muitas vezes não há um esclarecimento objetivo sobre a justificação; ela está ausente dos sermões, da liturgia, do louvor e do ensino. Até nas igrejas que se consideram herdeiras da Reforma protestante, atividades triviais colocam em segundo plano a proclamação do ofício salvífico de Cristo de Gênesis a Apocalipse.
Portanto, o que ainda separa católicos romanos e protestantes? Absolutamente nada, a não ser que definamos o termo evangélico doutrinariamente. Se os evangélicos já não pensam evangelicamente, tendo deixado para trás os princípios formais e materiais da Reforma, não é preciso mais nada a não ser elementos burocráticos para alcançar a unidade. Podemos ter uma paz fácil a nenhum custo a não ser o de perder a possibilidade de dar testemunho fiel do evangelho à nossa geração.
Em vez de tentar forjar uma falsa unidade, sacrificando a única base sobre a qual a verdadeira unidade pode ser construída, será que não podemos desenvolver um debate, com a ajuda da igreja, cujo objetivo seja fomentar maior compreensão e cooperação? No contexto atual, tanto o protestantismo quanto o catolicismo romano necessitam de nova reforma. Ainda que não concordemos com tudo o que diz o teólogo católico Johann Baptist Metz, suas palavras são impactantes:
Falar sobre a Reforma e torná-la não apenas um elemento de recordação, mas, sobretudo, um objeto de esperança, ou melhor, um incentivo à mudança — mudança para todos nós, incluindo eu mesmo, como católico — significa uma coisa: precisamos trazer o questionamento e a consciência que inspiraram a Reforma para a época atual […] Muitos teólogos que escrevem sobre a Reforma afirmam que, nos dias de hoje, a questão primordial de Lutero acerca de um Deus gracioso dificilmente pode ser compreendida pelo homem moderno, muito menos ser comunicada como algo relevante para sua vida. Para eles, esse assunto diz respeito a outra época, não ao mundo contemporâneo. Eu não concordo com essa posição de maneira nenhuma. A questão central da Reforma — como podemos alcançar a graça — é absolutamente primordial para a solução dos nossos problemas mais graves […] A segunda Reforma diz respeito a todos os cristãos; deve vir sobre nós, sobre as duas grandes igrejas do nosso cristianismo (The emergent church, p. 48-50).
Será que essa conquista está fora do alcance da soberania do Espírito de Deus? Com Cristo, em oração, respondemos: “Isso é impossível para os homens, mas para Deus tudo é possível” (Mt 19.26). Contudo, enquanto a proibição oficial — não sobre indivíduos, mas sobre o próprio evangelho — não for revogada por Roma, os evangélicos devem continuar testemunhando fielmente das declarações exclusivas do único Rei da igreja, considerando essas deturpações impedimentos incontornáveis a quaisquer acordos que envolvam pontos cruciais. Enquanto oramos pela unidade e trabalhamos em prol de um maior entendimento, é importante também não deixar de “lutar pela fé entregue aos santos de uma vez por todas” (Jd 3).

Por Michael Horton
Publicado originalmente no site Tu Porém.
Imagem: Reprodução

Extraído e adaptado da obra “Evangélicos, Católicos e os Obstáculos à Unidade“, de Michael Horton, publicada por Vida Nova: São Paulo, 2017, pp. 56-61. Traduzido por Abner Arrais e Ubevaldo G. Sampaio.

Alemanha, país do reformador Lutero, aprova a legalização do casamento gay


Ignorando os pressupostos biológicos e a tradição cristã, o parlamento da Alemanha, terra do reformador Martinho Lutero, aprovou nesta sexta-feira (30) o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

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Ignorando os pressupostos biológicos e a tradição cristã, o parlamento da Alemanha, terra do reformador Martinho Lutero, aprovou nesta sexta-feira (30) o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Angela Merkel, que lidera a Alemanha desde 2005, se opôs durante todos esses anos ao casamento gay, criticando o direito à adoção, que para a chanceler poderia ameaçar o “bem-estar das crianças”.
Mas ela deu sinais de ter afrouxado sua posição durante um evento na segunda-feira (26) em Berlim organizado pela revista feminina “Brigitte”. A chanceler disse ter conhecido um casal de mulheres homossexuais que cuidava de oito crianças.
Merkel propôs, então, que o voto no casamento gay fosse uma questão de “consciência”, liberando assim os membros de seu partido conservador CDU (União Democrata-Cristã) para tomar sua própria decisão caso houvesse uma eventual consulta.
Um dia depois, seu rival Martin Schulz, do SPD (Partido Social-Democrata), aproveitou a declaração e defendeu que parlamentares votassem a questão antes das eleições, e o Parlamento se mobilizou. O voto foi feito horas antes do início do recesso legislativo de verão.
EMBOSCADA POLÍTICA
Merkel, que votou contra, disse que a pressa na consulta foi uma emboscada política, além de “triste” e “desnecessária”. Havia um acordo entre o CDU e o SPD para que esse tema não fosse votado durante a sua coalizão.
A união civil do mesmo sexo já era legal na Alemanha desde 2001. Mas, com a decisão dos legisladores, casais homossexuais poderão casar e adotar crianças, igualando seus direitos àqueles já gozados em outros países europeus, como a Espanha.
Com informações da Folha de São Paulo
Imagem: Reprodução

sexta-feira, 30 de junho de 2017

O DIA DE PENTECOSTES: “EM QUE PENTECOSTAIS E REFORMADOS CONCORDAM E DISCORDAM”

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Domingo 04 de junho é o dia de Pentecostes em 2017, de acordo com o calendário litúrgico cristão. Faço parte daqueles que não prestam muita atenção a esse calendário. Acho que em parte é uma reação, por vezes inconsciente, contra os abusos deste calendário praticados pela Igreja Católica.
Mas o fato é que esta data, dia de Pentecostes, está razoavelmente firmada na história. Pentecostes era a festa dos judeus celebrada 50 dias após a Páscoa. E foi durante uma celebração destas que o Espirito Santo de Deus veio sobre os apóstolos e os 120 discípulos em Jerusalém, cerca de 50 dias após a morte do Senhor, de acordo com Atos 2:1-4. Os cristãos se interessam pela data, portanto, por este motivo e não pela festa de Pentecostes em si.
A descida do Espírito naquele dia marcou o início da Igreja Cristã. Todavia, este que foi um evento da mesma magnitude que a morte e a ressurreição do Senhor Jesus, acabou se tornando motivo de polêmicas e controvérsias em meio à Cristandade, apesar de existir um bom número de pontos em comum entre os evangélicos sobre Pentecostes.
Todavia, em que pese este consenso não pequeno, permanecem diferenças de entendimento sobre diversos aspectos da obra do Espírito e o significado histórico-teológico de Pentecostes. Vamos encontrar homens de Deus, sérios, dedicados e usados por Deus em lados diferentes. Ainda que brevemente, vou enumerar algumas destas diferenças e expressar a minha opinião.Podemos, por exemplo, concordar que a vinda do Espírito representou o início da Igreja Cristã. Concordamos que ele veio para capacitar os discípulos com poder para poderem pregar o Evangelho ao mundo, que Ele habita na Igreja de Cristo, isto é, em todos que são realmente regenerados. Confessamos que Ele concede dons espirituais ao povo de Deus, que Ele nos ilumina, santifica, guia e consola em nossas tribulações. Concordamos que devemos buscar a plenitude do Espirito mediante a oração. Cremos que nossos pecados entristecem o Espírito. Sabemos que o Espírito nos sela para a salvação, que é o penhor, a garantia que Deus nos dá de que haveremos de herdar o Seu Reino.
1 – Quanto ao significado histórico de Pentecostes. Para muitos, o que aconteceu em Pentecostes é um paradigma, um modelo e um padrão para hoje. Estes entendem que a descida do Espírito, o revestimento de poder e as línguas faladas pelos apóstolos estão hoje à disposição da Igreja exatamente como aconteceu naquele dia no cenáculo em Jerusalém. Os que assim acreditam se caracterizam pela busca constante desta experiência. Para eles, a Igreja ficou sem o Pentecostes por quase dois mil anos, e foi somente em 1906, no chamado avivamento da Rua Azusa 312, em Los Angeles, Estados Unidos, que Pentecostes retornou à Igreja, e tem se repetido constantemente entre os cristãos de todo o mundo.
Do outro lado há os que pensam diferente, como eu, por exemplo, mas que crêem que podemos experimentar a plenitude e o poder do Espirito Santo hoje. Desejo isto e busco isto constantemente. Todavia, não creio que cada enchimento que eu ou outro irmão venhamos a ter é uma repetição de Pentecostes, mas sim uma apropriação pessoal daquele evento, que aconteceu de uma vez por todas e que não tem como se repetir. Pentecostes foi o cumprimento das promessas dos profetas do Antigo Testamento de que o Messias derramaria Seu Espírito sobre Seu povo. Foi assim que Pedro entendeu, ao dizer que a descida do Espírito era o cumprimento das palavras de Joel (Atos 2). Pentecostes é um evento da história da salvação e à semelhança da morte e da ressurreição de Cristo, ele não se repete. E da mesma forma que hoje continuamos a nos beneficiar da morte e da ressurreição do Senhor, continuamos a beber e a nos encher daquele Espírito que já veio de um vez por todas ficar na Igreja. E eu creio que neste ponto podemos todos concordar.
2 – Não há consenso, igualmente, em como designar o enchimento do Espírito. Alguns irmãos chamam a experiência de plenitude e revestimento de poder de “batismo com o Espírito”. Outros, entre os quais me incluo, não estão certos de que esta designação é a mais correta. Ninguém discute que devemos buscar esta plenitude. Eu quero ser sempre cheio do Espírito. Mas não acho que devamos chamar o enchimento de “batismo”. Meus motivos para isto estão num artigo que escrevi comparando a posição de John Stott e Martyn Lloyd-Jones. Fico com Lloyd-Jones que enfatiza a necessidade de buscarmos este enchimento como uma experiência distinta da conversão, mas fico com Stott em não chamá-la de batismo. Apesar da diferença de nomenclatura, acredito que estamos juntos neste ponto, que todos precisamos nos encher constantemente do Espírito de Deus.
3 – Há diferença também quanto aos sinais miraculosos que acompanharam a descida do Espírito no dia de Pentecostes, conforme Atos 2. Alguns acreditam que falar em línguas é o sinal externo da descida do Espírito sobre uma pessoa. Assim, buscam esta experiência constantemente e encorajam os novos convertidos a fazer o mesmo. Eu, contudo, não encontro na Bíblia evidência suficiente que me convença que a plenitude do Espírito sempre será seguida pelo falar em línguas e que devemos buscar falar em línguas como um dos melhores dons. Em Pentecostes houve outros sinais além das línguas, como o som de um vento impetuoso e a aparição de línguas de fogo, sinais estes que aparentemente não são repetidos nas experiências de hoje (salvo desinformação de minha parte). A minha dificuldade e de muitos outros é que não conseguimos ver nas cartas do Novo Testamento qualquer orientação, ordem ou direção para que aqueles que já são crentes busquem o batismo com o Espírito seguido pelas línguas. O que eu encontro são ordens para nos enchermos do Espírito, andarmos no Espírito, vivermos no Espírito e cultivarmos uma vida no Espírito. Bem, este ponto é mais controverso e acirra mais os ânimos do que os anteriores. Ainda assim existe o consenso entre nós de que sem os dons do Espírito a Igreja não tem como realizar sua missão aqui neste mundo.
Lamento tão somente que, apesar de termos tanta coisa em comum quanto ao Espírito, acabemos divididos por uma atitude de arrogância espiritual por parte daqueles que acham que somente eles conhecem o Espírito, e pela atitude de soberba daqueles que se consideram teologicamente superiores aos ignorantes que vivem à base de experiências.
Minha oração é que todos os que verdadeiramente crêem no Senhor Jesus e o amam de todo o coração, apesar das diferenças, glorifiquem ao Pai e ao Filho por terem enviado o Espírito Santo para santificar, capacitar e usar a Sua Igreja neste mundo.

Por Augustus Nicodemus (via facebook)
Imagem: reprodução web

Pastora é estuprada no dia de seu casamento e perdoa abusadores: "Minha fé me encorajou"


Terry Gobanga mora no Quênia e descobriu que com o estupro, contraiu o virus da AIDS. Ela enfrentou muito preconceito e hoje testemunha sua restauração de vida.
Harry e Terry Gobanga no dia de seu casamento. (Foto: Arquivo Pessoal)
Harry e Terry Gobanga no dia de seu casamento. (Foto: Arquivo Pessoal)

A pastora Terry Gobanga, do Quênia, não apareceu para o casamento dela por uma razão muito grave: ela tinha sido estuprada por um grupo de homens no mesmo dia e foi deixada à beira da estrada, quando seus abusadores pensaram que ela estava morta. Como se não bastasse tamanha tragédia, seu marido, Harry, acabou morrendo apenas 29 dias após o casamento.
Seu sofrimento foi ainda mais agravado porque ela foi desprezada por sua comunidade, que achava que ela estava "amaldiçoada", por causa do estupro.
Agora, ela contou a sua notável história para a BBC, descrevendo como sua fé em Cristo a ajudou a restaurar sua vida novamente.
Era um grande casamento que se realizaria em uma catedral de Nairobi (Quênia), e toda a sua igreja e sua grande família estavam lá.
"Mas na noite anterior ao casamento eu percebi que estava com algumas roupas de Harry, incluindo sua gravata. Ele não podia aparecer sem uma gravata, então uma amiga que tinha ficado á noite em minha casa se ofereceu para levar a gravata pela manhã. Nós nos levantamos ao amanhecer e eu a acompanhei a pé até a estação de ônibus", contou.
"Enquanto eu estava voltando para casa, passei por um cara sentado no capô de um carro - de repente ele me pegou por trás e me jogou no banco de trás do carro dele. Havia mais dois homens lá dentro. Tudo aconteceu em uma fração de segundo", acrescentou. "Um pedaço de pano estava cheio na minha boca. Eu estava chutando e batendo neles, tentando gritar. Quando consegui empurrar o pano para fora da boca, gritei: 'É o dia do meu casamento!' Foi quando eu acertei o meu primeiro golpe neles. Um dos homens me disse: 'coopere ou você vai morrer".
Terry contou que o estupro se deu por revezamento entre os homens e ela tinha a certeza de que não sobreviveria àquele momento.
"Os homens se revezaram para me estuprar. Tinha certeza de que ia morrer, mas ainda estava lutando pela minha vida, então, quando um dos homens tirou a mordaça da minha boca, eu o mordi com força. Ele gritou de dor e um deles me esfaqueou no estômago. Então eles abriram a porta e me expulsaram do carro em movimento.
Ela estava agora a quilômetros de distância, fora de Nairobi e passaram mais de seis horas desde o seu sequestro.

O resgate
Ela finalmente foi resgatada, depois que uma criança a viu sendo jogada do carro e chamou sua avó, que por sua vez, chamou a polícia. Eles a pegaram e, pensando que estava morta, dirigiram-se para ver o cadáver, mas ela tossiu, então a levaram ao hospital.
"Eu estava meio nua e coberta de sangue, e meu rosto estava inchado. Mas algo deve ter alertado aquela senhora, porque ela adivinhou que eu era uma noiva", contou.
"Vamos ao redor das igrejas para ver se eles estão perdendo uma noiva", disse a senhora que resgatou Terry às enfermeiras.
Quando a família e o noivo de Terry ouviram onde ela estava, eles foram ao hospital com todos os convidados.
Os médicos alertaram que ela poderia ter filhos, porque a facada havia atingido o útero.
Ela continuou pedindo perdão a seu noivo Harry, enquanto sentia que o havia decepcionado.
"Algumas pessoas disseram que eu era culpada por aquilo, pois saí de casa pela manhã. Foi muito doloroso, mas minha família e Harry me apoiaram", contou.


Terry Gobanga. (Foto: BBC)

Sofrimento

A polícia nunca prendeu os estupradores. Ela descobriu que acabou contraindo o vírus da AIDS por causa do estupro e eles começaram a planejar outro dia para o casamento, que acabou ocorrendo em julho de 2005.
Então, 29 dias depois, seu marido faleceu, após sofrer um acidente com um queimador de carvão.
"Voltar à mesma igreja para realizar o funeral foi algo terrível. Apenas um mês antes, eu estava lá, com meu vestido branco, com Harry em pé, na minha frente, lindo em seu terno. Agora, eu estava de preto e ele estava sendo conduzido, dentro de um caixão", lamentou.
Ela então sofreu um colapso.
"Eu me senti decepcionada com Deus, me senti decepcionada com todos. Não podia acreditar que naquele momento outras pessoas pudessem estar saindo e vivendo tranquilamente suas vidas. Eu surtei", relatou.
"Um dia eu estava sentada na varanda, olhando os pássaros e disse: 'Deus, como você pode cuidar dos pássaros e não de mim?'. Naquele instante, lembrei que alguém que 24 horas por dia sentada na depressão, com as cortinas fechadas, não vai recuperar essas 24 horas perdidas. Antes que você perceba, lá se foi uma semana, um mês, um ano desperdiçado. Essa foi uma realidade difícil", reconheceu.
Ela pensou que nunca poderia se casar novamente, depois de suportar essa dor, mas um amigo, Tonny Gobanga, continuou visitando Terry, conversando com ela e finalmente percebeu que ela havia se apaixonado por ele.
Eles decidiram se casar, mesmo que alguns moradores da comunidade se opusessem ao casamento, por causa do que aconteceu com ela.
"Foi três anos depois do meu primeiro casamento, e eu tive muito medo. Quando trocamos votos, pensei: "Aqui volto e te peço, Pai, não o deixe morrer. Quando a congregação orou por nós, chorei incontrolavelmente", contou Terry.
Então, um ano depois, quando sentiu um enjoo, ficou atônita ao saber que estava grávida e agora tem duas filhas, Tehille e Towdah.
Ela publicou sua história em um livro, 'Crawling out of Darkness', e criou uma organização, Kara Olmurani, oferecendo aconselhamento e apoio para sobreviventes de estupro.
Ela disse à BBC: "Eu perdoei meus abusadores. Não foi fácil, mas percebi que estava fazendo muito mal por me chatear com pessoas que provavelmente não se importam comigo. Minha fé também me encoraja a perdoar e não pagar o mal com o mal, mas com o bem".

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA BBC


Missionária construiu igreja e viu uma ilha inteira se converter, no Alasca


Chegando aos 100 anos de idade, Alice Green ainda vive na ilha que ela mesma evangelizou e é vista por todos os moradores como uma mulher trabalhadora e temente a Deus.
 Alice Green aos 100 anos (esquerda) e à direita, ainda atuando como missionária em Savoonga. (Imagem: Arquivo pessoal)
Alice Green aos 100 anos (esquerda) e à direita, ainda atuando como missionária em Savoonga. (Imagem: Arquivo pessoal)

missionária Alice Green ainda se lembra do dia em que chegou a Savoonga (Alasca). O navio 'North Star' visitou a aldeia na Ilha St. Lawrence depois de uma longa ausência durante a Segunda Guerra Mundial.
A aldeia permanece uma das mais remotas do Alasca. Naqueles dias, as correspondências chegavam de trenó puxados por cães de Gambell no inverno e um navio com suprimentos chegava duas vezes por verão.
Green chegou à ilha em um avião militar anfíbio para trabalhar como missionário presbiteriana, depois de uma viagem de um mês.
Green, que completará 100 anos no mês que vem, hoje vive no 'Anchorage Pioneer Home', mas ela se lembra de todo o seu passado em detalhes. E ela deve se lembrar tão bem, porque acabou amando o lugar e a população.
Green cresceu em Denver (EUA), ouvindo histórias sobre o Alasca, contadas por suas duas tias que haviam trabalhado na Faculdade Sheldon Jackson, em Sitka, no ano de 1914. Ainda criança, Alice já tinha o desejo de ir para o Alasca.
Embora sua família não pudesse pagar sua faculdade, um amigo pagou sua inscrição no seminário para ser treinada como uma missionária da Igreja presbiteriana. Naquela época, uma mulher não podia ser uma pastora, mas poderia ser missionária. (Quando as regras mudaram na denominação norte-americana, Green se tornou a primeira mulher presbiteriana ordenada no Alasca, em 1972).
A guerra ainda estava em vigor quando Green chegou a Savoonga. Seu alojamento tinha de 4 a 5 metros quadrados. Não havia igreja na ilha, então ela realizava os cultos no sótão da escola e nas casas.
Ela se lembra do dia em que a guerra terminou. Os homens da Guarda Territorial do Alasca - bem disciplinados - foram até a escola e dispararam suas armas para o alto em um gesto de comemoração. Então a vila compartilhou bolinhos de maçã entre soldados e moradores para celebrar o tempo de paz.
Um incêndio acabou destruindo a escola no ano seguinte e como um dos principais locais de culto não existia mais, Green acabou liderando a construção da primeira igreja da ilha, com a ajuda de voluntários. O templo ainda está sendo usado 70 anos depois.
Alice Green pregou em funerais, deu aulas para crianças, viajou de trenó e barco para evangelizar as aldeias daquela região. A igreja estava cheia todos os domingos, porque praticamente todos os moradores da vila (cerca de 250 pessoas) acabaram sendo evangelizados e se convertendo.
A palavra "missionário" tornou-se negativa para muitos nativos do Alasca, que foram criados ouvindo histórias de idosos da vila sobre as conversões forçadas. Mas uma moradora chamada Jenny Alowa disse que Green era diferente e mudou a mentalidade daquele povoado sobre os missionários. Ela sempre cuidou que os cultos fossem traduzidos para o Yupik siberiano (dialeto local), com o objetivo de preservar a cultura daquela vila.
"Nós a moldamos e ela nos moldou. Ambos os caminhos. Ela era parte de nós. Não havia discriminação cores, raças. Porque seu coração estava no lugar certo. Ela não era aquele tipo de missionários típicos dos quais ouvíamos falar. Ela nos ensinou sobre Deus, o Espírito Santo e sobre Jesus, que é amoroso e compreensivo", disse Alowa.
Certa vez, um pai chegou a Green um dia para pedir-lhe para falar com a filha, que se recusava a aceitar casamento arranjado com um menino da aldeia. Green sentou-se com a garota em particular para conversar com ela.
Na aldeia, era comum que uma dúzia de membros da família extensa vivesse em uma pequena casa, como era a de Green. A menina disse que não conseguiria viver com a mãe do noivo. Além disso, ela estava apaixonada por outro garoto, que vivia em Gambell.
Green explicou a situação ao pai da menina. Poucas semanas depois, ele desistiu de forçar sua filha ao casamento arranjado e já estava fazendo contato com a família do garoto de Gambell.
Angela Larson, cujos pais adotaram Green em sua família, disse que ela era uma mulher forte e trabalhadora, que nunca se queixou, apesar de compartilhar as dificuldades dos aldeões.
Ambos estão envelhecendo agora, mas Larson ainda liga para Green, informando a ela quando ela está viajando e quando ela está em casa com segurança.
Green ficou em Savoonga até 1955, trabalhou como capelã no Centro Médico Nativo do Alasca, em Anchorage até 1970, depois retornou a Savoonga e trabalhou novamente como missionária até 1982, quando ela teve que se aposentar oficialmente.
Ela também serviu congregações presbiterianas nativas coreanas e do Alasca em Anchorage. Mesmo estando aposentada Green continuou ministrando estudos bíblicos e só parou há dois anos, quando começou a ter problemas de vista.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO ALASKA DISPATCH NEWS


PÃO QUENTE




🍞Pão Quente: "Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão." Êx.20:2 - A salvação não é uma conquista pessoal, como algo que mereçamos pelo nosso próprio esforço. A salvação também não depende da nossa vontade, que é inclinada sempre para longe de Deus. A salvação depende unicamente da graça de Deus atuante em nós por meio da fé em Jesus Cristo. Deus quer que sejamos salvos, ele quer nos tirar da "casa da servidão" que é representada pela escravidão ao pecado.A certeza da salvação se encontra no fato de Cristo ter morrido por nós. Creia nisso! Reparta este pão e tenha um bom dia.

Pr. Jadson Cunha.

A teologia da prosperidade idolatra um 'Deus' que ela mesma cria, diz Paul Washer


Em uma de suas pregações, Paul Washer destacou que muitas pessoas acabam criando "seu próprio Deus" e o idolatram por falta de conhecimento bíblico.

"Mais idolatria é praticada aos domingos que em qualquer outro dia da semana. Por quê? Porque as pessoas estão adorando a Deus, mas não O conhecem". O alerta foi dado pelo pastor Paul Washer durante uma pregação que ele ministrou na Igreja Aliança do Calvário (liderada pelo pastor Paulo Júnior), durante uma de suas vindas ao Brasil.
Segundo Paul Washer há uma grande diferença entre idolatria e adoração e o que tem ocorrido em muitas igrejas evangélicas atualmente é a prática da idolatria, pelo fato dos cristãos não terem conhecimento bíblico sobre quem Deus realmente é.
"Muitas pessoas não conhecem fatos bíblicos sobre Deus e na ausência do conhecimento bíblico, elas fazem de Deus a sua própria imagem e adoram o 'Deus' que eles fizeram", alertou.
Paul Washer citou como exemplo, as igrejas que pregam a teologia da prosperidade, explicando que elas não ensinam a verdade bíblica sobre Deus.
"É isso que acontece nas igrejas da prosperidade. Como será que Deus é para as pessoas por lá? É como uma máquina de refrigerantes: Você coloca a oração e retira a bênção? Dificilmente você vai ouvir que Deus é Santo, Soberano, que Ele é Justiça, dificilmente vai ouvir sobre Sua ira, sobre Seu ódio ao pecado. Elas estão adorando um 'Deus' que se parece mais com um Papai Noel, não o Deus das Escrituras", disse.
O pastor alertou que até mesmo pastores estão deixando de estudar nos seminários teológicos sobre a identidade de Deus e, consequentemente, acabam não pregando sobre este assunto primordial para a mensagem do Evangelho.
"Muitas vezes, nem mesmo os pregadores estudam quem Deus realmente é. E então as pessoas não ouvem sermões sobre quem Deus é e então não conhecem a Deus. Na ausência do conhecimento sobre Deus, nós colocamos outra coisa no lugar Dele: nossas próprias ideias", destacou.

Fonte:Guiame


quinta-feira, 29 de junho de 2017

Igreja Universal cria cargo de “Sumo Sacerdote” e recebe críticas

Internautas criticaram a IURD e seu “sumo sacerdote alegando que esse título só poderia ser reservado nos dias atuais a Jesus Cristo.

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Internautas criticaram a IURD e seu “sumo sacerdote” alegando que esse título só poderia ser reservado nos dias atuais a Jesus Cristo.
A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) tem levado ao extremo a judaização da denominação. Após a construção do “Templo de Salomão”, o ministério de Macedo tem cada vez incorporado práticas ligadas ao judaísmo nos cultos da IURD. O líder da Universal assim como os outros bispos da IURD, tem aparecido nos púlpitos com Tallith e Kipás o tempo todo fazendo dos cultos uma mistura esquisita com o misticismo e o sincretismo religiosos que já impera por lá por muito tempo.
Mas agora parece que estão desembestando de vez. Elegeram alguns pastores e lhes deram o cargo de “sumo-sacerdote” para que eles percorressem os templos da IURD “abençoando” o povo. No vídeo abaixo é possível ver o “sumo sacerdote”, visitando a cidade do Rio de Janeiro. “Você vai trazer seus pedidos de oração, seus processos, causas na justiça e eu tenho certeza que algo grande vai acontecer na sua vida”, comenta o “sumo-sacerdote” Flávio.
Internautas criticaram a IURD e seu “sumo sacerdote alegando que esse título só poderia ser reservado nos dias atuais a Jesus Cristo. “Blasfêmia mesmo hoje no novo testamento Jesus é o sumo sacerdote não estamos na lei e sim na graça. Esse povo da Universal erra muito por não obedecer a palavra de Deus. Eles fazem o que bem parece aos seus olhos, vão ter que presta contas com Deus no dia do Juízo Final por ter enganado à muitos inocentes”, comentou um internauta.
“Isso não pode mais ser chamado de Igreja Cristã. Isto é uma seita e todos os cristãos verdadeiros precisam denunciar isso. O nosso sumo sacerdote é Jesus”, comentou outro.
Assista:

Com informações do site Rede Pentecostal

Imagem: Reprodução

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