sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Mensagens Especiais nos 130 anos SAF

Clique na foto para abrir a mensagem


PRESIDENTE DO SCPRESIDENTE NACIONALSECRETÁRIA GERALREV HERNANDES

As lições do Mackenzie

Pare, leia e Pense!

A estratégia e os bastidores do plano desenvolvido pela universidade paulista para se tornar referência internacional em pesquisa e desenvolvimento acadêmico, nos próximos anos, e mudar o conceito do ensino privado no Brasil

07/11/2014 20:00// Por: Márcio Kroehn

Gestão inspiradora: o reitor Benedito Aguiar Neto (sentado), o presidente Maurício de Meneses e o chanceler Davi Charles Gomes elaboraram um plano ousado para o Mackenzie se destacar no setor educacional
Gestão inspiradora: o reitor Benedito Aguiar Neto (sentado), o presidente Maurício de Meneses e o chanceler Davi Charles Gomes elaboraram um plano ousado para o Mackenzie se destacar no setor educacional ( foto: MASAO GOTO FILHO)
É quase impossível passar pela rua Maria Antônia, no bairro de Higienópolis, na região central de São Paulo, e deixar de olhar para o muro de tijolos aparentes e para os prédios de três andares que se destacam na cinzenta geografia paulistana. Nessa área arborizada de 117.000 metros quadrados está a Universidade Presbiteriana Mackenzie, uma das instituições de ensino particular mais tradicionais do País. Criada há 144 anos por um casal de americanos protestantes, o centro educacional passa por um profundo choque de gestão. A instituição investe pesado em pesquisa e desenvolvimento, inspirada no modelo das universidades americanas, que atraem recursos de ex-alunos e empresas para financiar a excelência do ensino.
Esse é o momento mais importante da centenária instituição, que hoje desenvolve um dos mais ousados projetos do setor educacional brasileiro. Embora seja reconhecido pela sua qualidade no País, o Mackenzie quer se destacar internacionalmente pela sua produção acadêmica. Sua ambição não é pequena. Até o ano de 2022, a Universidade quer ser a responsável pelo primeiro Prêmio Nobel do Brasil. À primeira vista, examinado realisticamente, o objetivo pode parecer exagerado, principalmente pelo histórico do País quando se fala de pesquisa e inovação.
O Brasil aparece na penúltima colocação no ranking da Organização Mundial de Propriedade Intelectual, à frente apenas da Polônia, e a produção de artigos científicos ainda é muito baixa, em comparação aos países mais avançados. Além disso, por aqui, ficou caracterizado que as universidades públicas são espaços da pesquisa acadêmica enquanto as particulares cuidam da formação da mão de obra para o mercado de trabalho. O Mackenzie está empenhado em mudar esse cenário. Com o projeto “Visão 150 anos”, foram definidas as metas que devem ser cumpridas nos próximos anos.
A qualidade no ensino para formar um profissional de primeira linha continua inegociável. Mas, agora, seus pesquisadores têm espaço e recursos para desenvolver seus projetos. Os professores devem produzir artigos científicos para compartilhar suas descobertas. A ideia, porém, não é publicar em larga escala para engordar as estatísticas acadêmicas, mas produzir trabalhos que se convertam em tecnologia com aplicações práticas. Qualquer semelhança com o modelo de ícones como Harvard, Yale, Stanford ou MIT, nos EUA, não é mera coincidência.
Para fazer esse novo Mackenzie dar certo, a direção da instituição utilizou justamente como inspiração o modelo dessas escolas americanas, que são apoiadas pesadamente por ex-alunos e empresas para financiar os projetos de desenvolvimento acadêmico. Lá fora, o pagamento das mensalidades é uma fonte importante de receita, mas não é suficiente para fechar a conta mensal. Por isso, todas promovem campanhas anuais para arrecadar fundos e engordar o orçamento. É um trabalho contínuo e incansável, mas que traz resultados.
No início de setembro, Harvard, por exemplo, recebeu a maior doação de sua história e a terceira mais importante desse tipo no mundo. O ex-aluno chinês Gerald Chan, que se formou nos anos 1970 na Faculdade de Saúde Pública, destinou US$ 350 milhões para pesquisas contra pandemias, como o ebola, e para o tratamento de vítimas de guerra. A bolada doada por Chan, investidor do setor imobiliário de Hong Kong, dono de uma fortuna de US$ 2,95 bilhões, é incomum, mas dá uma dimensão da importância do retorno que ex-alunos podem trazer para a instituição.
Por isso, em busca de doadores, o Mackenzie identificou 250 potenciais mecenas, um grupo formado por empresários e executivos que passaram por suas salas de aula. Nomes como Paulo Sérgio Kakinoff, da Gol; Cledorvino Belini, da Fiat; Alain Belda, ex-presidente mundial da Alcoa e diretor-executivo do fundo de private equity americano Warburg Pincus; Roberto Cortes, da Man; Regina Nunes, da Standard & Poor’s; Claudio Szajman, do Grupo VR, entre outros, estão sendo convidados a colaborar, tanto financeira como intelectualmente, com a escola.
“O Mackenzie está olhando de forma arrojada e ambiciosa para o padrão de ensino e pesquisa”, diz Kakinoff, que cursou administração na Universidade. Os ex-alunos poderão virar nome de sala de aula, de centro de pesquisa ou fazer parte de uma espécie de calçada da fama, que está sendo criada. “Temos um cadastro com mais de 140 mil e-mails de mackenzistas, que vamos tornar cada vez mais ativos para que participem da vida da Universidade”, diz o presidente Maurício de Meneses. Esses recursos serão somados às parcerias com as empresas.
Atualmente, cerca de 30 dos mais de 40 prédios e auditórios que compõem o campus central do Mackenzie, na capital paulista, levam o nome de personagens da Reforma Protestante. No edifício João Calvino, que fica na rua da Consolação, seis salas foram disponibilizadas para serem patrocinadas. Banco Safra, Mitsubishi e Huawei foram os primeiros a fechar parcerias. Comgás, Eletropaulo, Itaú, Bradesco e TAM, por exemplo, aceitaram apoiar projetos de capacitação, consultoria e pesquisa. Há, ainda, algumas “salas secretas”, onde pesquisas específicas para empresas são desenvolvidas. Nesses locais, o acesso é restrito e só é autorizado para quem está cadastrado. O sigilo é uma exigência dos contratos.
PRAGMATISMO A busca por novas fontes de financiamento não é uma maneira de salvar as contas da universidade. Elas são rigidamente controladas e têm uma obrigação moral de se manter na linha. “A boa gestão é uma questão de ética”, diz o chanceler Davi Charles Gomes, que é a voz, ouvidos e olhos da igreja dentro da universidade. Os 42 cursos de graduação oferecidos têm um custo médio de R$ 1.500 por aluno. Alguns eram menos procurados e custavam quase R$ 1.000 para a universidade. Dez que estavam com baixa demanda foram extintos, como educação física e matemática.
Por outro lado, os de maior procura tiveram as vagas aumentadas, como engenharia e direito. Graças ao pragmatismo, nos últimos quatro anos as receitas aumentaram mais de 30%, chegando a R$ 527 milhões em 2013. Isso foi possível, também, por causa de um melhor aproveitamento do espaço do campus. Com quase 40.000 pessoas circulando diariamente em suas instalações, nos últimos dois anos o Mackenzie conseguiu atrair nove marcas de alimentação, como Starbucks, Bob’s e Per Paolo. Em 2015, a livraria Cia. dos Livros, do grupo Book Partners, abrirá uma filial na saída da universidade para a rua da Consolação, onde será inaugurada uma estação da Linha Amarela do Metrô.
“Soubemos atrair novas formas de investimento”, diz Meneses. Meneses, Gomes e o reitor Benedito Aguiar Neto formam o trio que rejuvenesceu e está reinventando o Mackenzie em todas as suas áreas. A gestão executiva está muito próxima do mundo empresarial, assim como a chancelaria, que ficou menos conservadora e passou a ser mais aberta ao diálogo. No caso da reitoria, foram realizadas mudanças no currículo para deixar o aprendizado mais dinâmico. Tudo sem derrubar os conceitos 4 e 5, equivalente a ótimo e excelente, atribuído a 80% dos cursos, pelo Ministério da Educação.
Foi definido o papel de cada curso e a sua importância para a sociedade. No passado não muito longínquo, o formato do ensino era distante das necessidades de interdisciplinaridade atuais. Por isso, houve a flexibilização para disciplinas iguais e a formação, que era feita exclusivamente em sala de aula, foi estendida para cursos complementares. O resultado pode ser visto na queda da taxa média de reprovação, de 26% para 18,5%. “A universidade tem de estar se reinventando continuamente”, diz Aguiar Neto. Sob essa nova visão, o empreendedorismo foi colocado como disciplina obrigatória.
Todos os cursos passaram a ter a matéria e os alunos são incentivados a criar seu próprio negócio. Não é difícil identificar aí o desejo de reproduzir o exemplo das universidades americanas, como Stanford, berço do Google, ou Harvard, onde nasceu o Facebook. Os alunos que apresentam boas ideias são convidados a fazer parte da incubadora da universidade, onde recebem apoio e meios para desenvolver o negócio, além de um espaço físico para trabalhar. “Saí da universidade empregado, mas com espírito empreendedor”, diz Belini, da Fiat, que se formou em administração.
“Dificilmente vejo essa característica como uma boa formação em alunos de outras universidades.” Os sócios Thais Polimeni, 29 anos, e Leonardo Cássio, 30, começaram com um blog de informação cultural, o Cult Cultura, e dentro da incubadora transformaram seu negócio numa startup de produção de eventos culturais. Eles souberam acelerar o desenvolvimento da empresa que deve faturar R$ 250 mil neste ano (o primeiro longe dos olhares da universidade). “O Mackenzie nos deu segurança e conhecimento, além de ter nos ajudado a adquirir experiência para a criação do negócio”, diz Cássio.
As startups podem criar os campeões do futuro, mas o reconhecimento internacional buscado pelo Mackenzie terá de vir da atividade acadêmica. A aposta do momento são as pesquisas com o grafeno, considerado por pesquisadores como o material que vai transformar o futuro da tecnologia. Formado por átomos de carbono, ele é praticamente transparente, altamente resistente, de espessura finíssima e dobrável. Além de tudo, é um excelente condutor de eletricidade e calor, o que o coloca como substituto natural de diversos produtos que servem de base para a indústria de transformação. Para visualizar esse material, basta relembrar de uma cena do filme de ficção científica Minority Report, estrelado por Tom Cruise, que se passa no distante ano de 2054.
Nele, o jornal americano USA Today aparece nas mãos de um passageiro no metrô. As notícias surgem, em tempo real, numa tela ultrafina, transparente e flexível. O Mackenzie é uma das poucas universidades no mundo que estão realizando pesquisas com o grafeno – uma delas é a britânica Cambridge. Com investimento de US$ 20 milhões (cerca de R$ 50 milhões), o pesquisador Eunézio Thoroh de Souza coordena uma equipe de oito especialistas nas áreas de química, engenharia de materiais e fotônica. No próximo ano, essa equipe será instalada no Centro de Pesquisas Avançadas em Grafeno, Nanomateriais e Nanotecnologia, o MackGraphe.
O edifício de seis andares e 4.230 m2 está em fase final de construção e deve ser inaugurado em meados de 2015. “Queremos dominar essa tecnologia em cinco anos”, diz Aguiar Neto. Embora o grafeno já tenha rendido um Prêmio Nobel de Física em 2010, para os cientistas Andre Geim e Kostya Novoselov, da Universidade de Manchester, que transformaram o elemento em um produto confiável, quem conseguir dominar a tecnologia e torná-la acessível às empresas pode ser um forte candidato à premiação. Um outro campo de pesquisa que está no radar do Mackenzie é o desenvolvimento de projetos na área de doenças tropicais.
Para isso, porém, o curso de medicina precisa ser aprovado pelo MEC. O primeiro pedido foi enviado a Brasília, em fevereiro de 2013. Nos bastidores, comenta-se que o entrave é o desejo do governo federal em localizar o hospital universitário, obrigatório para a instalação do curso, na região metropolitana de São Paulo. A universidade já recebeu a aprovação do projeto do prédio Século XXI, que começará a ser construído até abril, e a mudança acarretaria um custo extra estimado em R$ 15 milhões. A parceria com o Hospital Sírio-Libanês, já acertada, também ficaria prejudicada.
DERRUBADA DO MURO O Mackenzie quer que todas essas mudanças internas sejam vistas pela sociedade. Por isso, uma ação de visibilidade programada será a derrubada do muro vermelho a marretadas. Os pedaços serão utilizados para a criação de uma escultura que ficará exposta no campus. No lugar dos tijolos será colocada uma parede de vidro para mostrar a transparência da instituição e sua interação com todos os públicos. “Saber o que está atrás do muro é uma demonstração de que se pode ser tradicional, mas conectado com o futuro e com a modernidade”, diz Fernando Piccinini Júnior, vice-presidente da agência Rino, responsável pela nova campanha de comunicação do Mackenzie, que utiliza a letra M pulsando para reforçar o significado de ser mackenzista.
“Tinha muito orgulho de ter um adesivo do Mackenzie no meu fusquinha”, afirma Cortes, da Man, que se formou em economia. O gesto simbólico de colocar o muro abaixo representa uma tentativa de aproximação e de superação definitiva de algumas cicatrizes do passado. A instituição é frequentemente associada ao período da ditadura militar (1964 a 1985). O Mackenzie ficou conhecido por ter muitos representantes do Comando de Caça aos Comunistas, um grupo paramilitar de direita, entre seus alunos e mesmo professores. Ficou famoso, nesse período, o confronto entre mackenzistas e uspianos, na chamada Batalha da Maria Antônia.
A faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, da USP, ficava em frente ao Mackenzie. O confronto entre os estudantes, em outubro de 68, mostrava que as instituições estavam em lados opostos naquele período de exceção. A briga teve troca de rojões, coquetéis molotov e tiros, e resultou na morte de um jovem secundarista, aluno de uma escola pública da vizinhança. Passados 46 anos, o Mackenzie quer mostrar que a democracia é um conceito que se desenvolve dentro de casa e que o respeito às diferenças ajuda a formar uma sociedade melhor e 
mais justa.

Fonte:Istoe Dinheiro

Boko Haram sequestra mulheres e adolescentes cristãos


Entre os dias 23 e 25 de outubro, radicais do Boko Haram atacaram várias aldeias a leste da capital do estado de Borno e sequestraram cerca de 30 jovens da aldeia Mafa
7_Nigeria_0430100619
Alhaji Shettima Maina, chefe da aldeia Mafa, disse à imprensa: "Os insurgentes levaram todos os meninos acima dos 13 anos, além de todas as meninas de 11 anos ou mais. De acordo com as nossas informações, 30 jovens foram sequestrados nos últimos dois dias". Maina também comentou que pelo menos 17 pessoas foram mortas em ataques em outras cidades da região.
Na semana anterior, supostos membros do Boko Haram já haviam invadido as aldeias de Wagga e Gwarta, e sequestraram cerca de 60 pessoas. Moradores da cidade de Wagga afirmaram que 40 mulheres foram levadas por supostos pistoleiros islâmicos, que foram procurando, de porta em porta, especificamente pelas jovens.
Testemunhas na cidade vizinha de Gwarta relataram outro caso semelhante, acontecido durante o fim de semana, envolvendo mais 20 vítimas do sexo feminino, mas os detalhes ainda não são claros. Os radicais levaram três das filhas de John Kwaghe e duas das filhas de Dorathy Tishe. Os pais disseram à agência de notícias Reuters que os sequestradores chegaram tarde da noite e obrigaram todas as mulheres a irem com eles, porém, pouco depois, liberaram as mais velhas.
Isaac, colaborador da Portas Abertas na Nigéria, destacou: "Todos esses vilarejos atacados são cristãos e as pessoas raptadas são cristãs. Fontes nos disseram que as pessoas estavam tentando fugir de suas aldeias quando o Boko Haram invadiu e os capturou. Situações como essa têm acontecido diariamente”.
Ele acrescentou que, "há cristãos presos nas montanhas sem comida e água e muitos deles estão doentes." O Boko Haram controla a área, sem sinais de ajuda dos militares nigerianos para libertar os reféns.
Ore pelos cristãos que foram sequestrados e pelas comunidades que têm enfrentado momentos de medo e tensão no dia a dia. O Boko Haram tem o objetivo de impor a sharia (lei islâmica) em todo o território da Nigéria. As ações do grupo contra os cristãos colocou o país no 13º lugar da Classificação da Perseguição Religiosa.  
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoAna Luíza Vastag

Vídeo: Estado Islâmico leiloa meninas cristãs como ‘escravas sexuais’

Imagem: Divulgação

Nesta terça-feira(04) o  jornal inglês Daily Mail publicou uma reportagem que mostrou um fato amplamente ignorado fora do mundo islâmico: o mercado de escravas sexuais.
Previsto pelo Alcorão na Sura 4:24, a prática é explicitada em tempos de guerra – como a que os soldados do EI acreditam estar lutando. Eles não podem, contudo, usar muçulmanas para isso, portanto atualmente o leilão entre eles é com prisioneiras cristãs e yazidies, uma minoria religiosa do Curdistão.
Um vídeo encontrado no celular de um miliciano mostra um pouco como funciona a venda de mulheres capturadas pelos fundamentalistas. Outros relatos, como os da organização não governamental Humans Rights Watch, mostram testemunhos de mulheres que serviram como escravas contando que crianças também são compradas e vendidas.
Uma das edições da revista online Dabiq, publicada em inglês pelo EI justifica o uso de mulheres “infiéis” como escravas sexuais. O artigo intitulado de “A recuperação da escravidão antes da hora” afirma que o EI restabeleceu a escravidão em seu califado. Nos leilões, o preço varia. Quanto mais nova, maior o valor pedido.
Segundo o Daily Mail, existe uma espécie de tabela. Os valores são aproximados, considerando o câmbio desta semana.
Um documento apresentado pelo site IraqiNews mostra que o valor de venda das mulheres e dos despojos de guerra vem tendo uma diminuição significativa. Mas o EI impôs um controle dos preços, ameaçando executar quem viola as diretrizes.
O vídeo que está sendo mostrado na mídia global foi filmado em Mosul, a segunda maior cidade do Iraque, de acordo com a Al Aan TV – que traduziu as falas para o inglês.
“Hoje é dia de mercado de escravas sexuais”, afirma diante da câmara um homem barbudo não identificado, cercado por vários outros combatentes. “Hoje é dia da entrega”, acrescenta. “Com a permissão de Alá, cada um de nós terá a sua parte”, garante.
Em pouco mais de dois minutos, eles riem e fazem piadas sobre as mulheres. Embora nenhuma delas seja mostrada, há menções que muitas têm apenas 15 anos de idade. Quando falam sobre o preço, um deles compara com o valor de uma pistola Glock usada. Outro diz que o negócio só será fechado depois que ele olhar os dentes da prisioneira.
Explica-se ainda que mulheres bonitas e de olhos azuis ou verdes custam mais caro. Um dos combatentes explica que “está escrito”, numa referência ao Alcorão. Outro esclarece que está procurando uma “menina”. Há inclusive um adolescente no vídeo, que parece familiarizado com o processo. No final, eles parecem olhar fotos em um celular, mas sem esclarecer onde elas estão. Ao demonstrar interesse por uma delas, ouve que aquela já morreu. Ele apenas ri.
Segundo dados de especialistas da Universidade de Oklahoma, o número de mulheres capturadas por milicianos do Estado Islâmico pode atingir 7000.
Em pouco menos de um mês, este é o segundo vídeo mostrando como o EI trata as crianças. O primeiro revela como os extremistas muçulmanos “estabeleceram campos de treinamento para recrutar crianças para a luta armada sob o pretexto de educação religiosa”.
Assista ao vídeo e deixe seu comentário.
Fonte: Gospel Prime

"Pastor Metralhadora": Obra missionária e cinema (sem Oscar)


Em 1998, Sam chegou na aldeia de Yei, Sul do Sudão. A nação Africana estava no meio de sua Segunda Guerra do Sudão, e Sam, enviado pelo seu Pastor dos EUA, tinha reunido um grupo missionário para ajudar a reparar os danos nas cabanas durante o conflito. Durante esta tarefa Sam presenciou uma criança ser dilacerada ao meio por uma mina terrestre. Ele caiu de joelhos sobre o corpo da criança, e chorando, fez uma promessa a Deus de que faria tudo que fosse preciso para ajudar o povo do Sudão.

Uma mensagem de Deus

Sam voltou ao Sudão alguns meses depois trazendo uma clínica médica móvel. Para cumprir sua promessa ele se aventurou por todo o país, da cidade de Yei para as aldeias do leste de Boma. Ao passar pela aldeia de Nimule, na fronteira com Uganda, Deus lhe falou ao coração: “Eu quero que você construa um orfanato para minhas crianças. E eu quero que você construa esse orfanato aqui.”

Tornando a visão em realidade

As pessoas do local diziam que Sam era louco. Na época, o Exército de Resistência, uma milícia rebelde brutal que havia seqüestrado 30 mil crianças e matado centenas de milhares de moradores, estavam devastando a área. Mas Sam foi categórico: Deus me mandou construir o orfanato em Nimule e é exatamente aí que eu irei construí-lo. Sam retornou aos EUA, vendeu sua firma de construção e enviou todo o dinheiro para a África.

Lentamente, o orfanato começou a tomar forma. Durante o dia, Sam desmatava o terreno e construia as cabanas que abrigariam as crianças. Durante a noite, ele dormia debaixo de um mosquiteiro pendurado a uma árvore: Bíblia numa mão, e metralhadora AK47 na outra.

Enquanto isso, na Pensilvânia, a filha de Lynn e esposa Sam Paige travaram uma batalha própria. O carro da família foi tomado por falta de pagamento e um aviso para a toma de sua casa foi dado. Sam tinha dinheiro suficiente para, ou pagar a dívida hipotecária ou terminar o orfanato. Como o dinheiro não dava para pagar os dois Sam então enviou todo o dinheiro para o projeto do orfanato na África.

Com o orfanato terminado, Sam começou a liderar missões armadas para resgatar as crianças do LRA, o grupo que capturava crianças para usa-las como escravos e escravas sexuais. Sam libertava as crianças do cativeiro e as trazia para o orfanato. Não demorou muito para que sua fama corresse e os terroristas começaram a chamá-lo de “The Machine Gun Preacher” ou, o pastor metralhadora.

Sobrevivendo contra tudo

Passaram-se 13 anos o orfanato alimentou e abrigou mais de 1.000 crianças. Sam também construiu uma escola, um posto de saúde e uma escola de enfermagem. A missão de Sam resgata, alimenta, protege e evangeliza crianças no Sudão, Etiópia e Uganda. Aqui um video do Reverendo Sam no Sudão, na zona de guerra, se preparando para ir pregar:


A história  desse missionário em defesa das crianças do Sudão tornou-se em uma obra cinematográfica. O filme  ”Redenção” que estreou nos cinemas no final de 2011 tem comovido e de certa forma “perturbado” muitos cristãos no mundo. É sem dúvida uma história que denuncia o descaso pela obra missionária em alguns países ao mesmo tempo nos fazendo perceber que Deus continua a levantar  mártires dispostos a doar e perder a sua vida em prol do reino. Veja o trailer do filme:




Texto do postado por Wesley Moreira, via facebook, comentário e complemento, Púlpito Cristão.

Fonte: [ Púlpito Cristão ]

Comentário do Blog Bereianos:

Sem discorrer para a teologia, quero ser bem prático: No contexto de vida que o Pastor "metralhadora" vive naquele País, apoio totalmente a postura do mesmo. Afinal, são crianças que necessitam de ajuda urgente neste caso de vida ou morte. Não somente a oração é necessária, mas sim a ação, de acordo com a necessidade de sobrevivência daquele país em uma guerra terrível. Pouquíssimos cristãos se disponibilizariam de coração em arriscar a sua própria vida e conforto por essas vidas! E não é questão de pregar o evangelho apenas, mas sim de doar sua própria vida e correr constante risco de morte por vidas inocentes. Isto sim é um belo exemplo de amar ao próximo!

Eu assisti o filme e no final do mesmo o Pastor deixa uma mensagem que compartilho com todos:
"Se o seu filho ou então membro de sua família fosse raptado por um terrorista ou louco, e se eu dissesse que traria o seu filho para sua casa, seria importante como eu faria isso?" 
Soli Deo Gloria!

Ruy Marinho

Fonte:Bereianos
.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Sempre Reformando ou Sempre Mudando?



Hoje se comemora no mundo todo os 493 anos da Reforma Protestante - mas, o que significa seu lema "igreja reformada, sempre se reformando"?

Há vários lemas que os reformados gostam de usar para identificar e resumir as marcas da Reforma: Sola Scriptura, Sola Fides, Solus Christus, Sola Gratia, Soli Deo Gloria e o moto Ecclesia Reformata et Semper Reformanda Est. Mas, como tudo na vida, eles têm sido entendidos e usados de maneira diferente pelos que se consideram herdeiros da Reforma.

É o caso especialmente do “Ecclesia Reformata et Semper Reformanda Est”, de autoria do reformado holandês Gisbertus Voetius (1589-1676), à época do Sínodo de Dort (1618-1619). Este slogan, que pode ser traduzido como “A Igreja é reformada e está sempre se reformando”, tem sido interpretado como se Voetius estivesse dizendo que uma característica da Igreja Reformada é que ela está sempre mudando. Contudo, é difícil imaginar que Voetius, calvinista estrito, que participou em Dordrecht da disputa contra os discípulos de Armínio, tivesse usado este lema para encorajar a abertura da Igreja para novas idéias de qualquer tipo – seria o mesmo que dizer que os seguidores de Armínio estavam certos e que a Igreja Reformada deveria se abrir para uma reforma de natureza arminiana na sua soteriologia! Voetius estava tentando qualificar o argumento deles de que a Igreja deveria estar aberta para receber novas luzes sobre pontos que pareciam imutáveis. Voetius não negou o princípio da reforma constante, mas destacou que o alvo era sempre retornar às Escrituras, que tinham sido a base da Reforma. E na compreensão dele e do Sínodo de Dort, as idéias dos seguidores de Armínio certamente não representariam um retorno às Escrituras.


É importante notar que o aforismo de Voetius não foi “ecclesia reformans”, que significaria que a Igreja se reforma a si mesma, mas “ecclesia reformanda”, que está na voz passiva e indica que o agente da reforma não é ela própria, mas sim o Espírito de Deus. E este certamente promove o crescimento e a compreensão das Escrituras a cada nova geração, sem com isso admitir que a verdade muda.

As palavras de Voetius vêm sendo reinterpretadas ao longo dos anos e usadas de formas que nunca passaram pela mente do teólogo calvinista holandês. A Igreja Católica, no Concílio Vaticano II, tomou para si a parte final do aforismo de Voetius, “reformanda est”, após reinterpretá-lo para justificar as mudanças que introduziu no catolicismo tradicional. Os seguidores de EllenWhite, profetisa do Adventismo, usam-no para justificar sua reivindicação de serem uma reforma da Reforma. E mais recentemente, o lema ressoa distorcido, mais uma vez. Uma ala da própria Reforma protestante tem usado o moto para justificar mudanças e inovações na Igreja Reformada que certamente não estão de acordo com as Escrituras.

Só para ilustrar, “Semper Reformanda” é o nome de uma organização religiosa nos Estados Unidos que defende a inclusão de gays e lésbicas no ministério pastoral e o casamento homossexual. O grupo adotou este lema porque entendeu que ele expressa o princípiomater da Reforma, que as igrejas reformadas devem mudar a cada geração, para se contextualizar às mudanças da sociedade, da cultura e das novas compreensões.

Essa, na verdade, sempre foi o entendimento daqueles que acham que o mais importante na Reforma Protestante não foi ter voltado no passado para resgatar as antigas doutrinas da graça, mas de ter ido em frente, promovendo uma mudança no status quo (não estou dizendo que todos os que pensam assim são a favor da agenda GLT). A idéia subjacente é que o novo sempre é melhor. Querem o reformanda mas não o Sola Scriptura. Torcem Voetius.

Na verdade, reformados não podem ser contra a continuidade da Reforma, pois sabem que a Igreja é composta de pecadores. Sabem também que a cada geração novos desafios se erguem contra ela. Todavia, só podem aceitar reformas e mudanças que nos tragam mais para perto da Palavra de Deus. Acho que o ponto central aqui é que os reformados crêem que a verdade não muda e que as reformas que a Igreja deve buscar almejam sempre um melhor entendimento da verdade e uma aplicação relevante dela para seus dias. Há quem acredite que a verdade muda, e quando falam em ecclesia reformanda, estão pensando em mudanças inclusive das antigas verdades professadas pelos reformadores. Para eles, nenhuma delas é intocável. Todas estão sujeitas a reinterpretações tão radicais a ponto de se tornarem totalmente outras. É aqui que está a principal diferença entre os reformados e os reformandos ou reformistas.

O Tempora, O Mores


sábado, 25 de outubro de 2014

Uma breve História do Movimento Reformado

0

.

Neste vídeo o Rev. Dorisvan Cunha faz uma breve palestra a respeito da História do Movimento Reformado, ou Calvinista. Ao contrário do que alguns pensam, o movimento não começou com João Calvino. Na realidade, começou com Zuínglio, em Zurique, na Suíça. Assista:

***
Fonte: Guerra pela Verdade 
Divulgação: Bereianos

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Igrejas que aceitam o casamento gay pertencem a Satanás, alerta pastor


John McArthur ataca liberalismo teológico que toma conta das igrejas
por Jarbas Aragão

      O influente pastor John MacArthur já está acostumado a dividir opiniões com suas declarações. Ele recentemente se envolveu em uma grande polêmica com os pentecostais ao afirmar que seu culto não agradava a Deus.
       Na entrevista ao site The Blaze, MacArthur defende que “a geração mais jovem absorveu a corrupção e a falta de moral ética através da mídia e indústria de entretenimento”. Como consequência, a ira de Deus virá sobre os EUA como resultado de sua liberalização, pois essa á promessa do livro de Romanos.
      Não tem dúvidas que o cristianismo está se tornando cada vez mais uma questão meramente cultural, pois a maior parte das pessoas que se denominam cristãs não tem compromisso com uma igreja local e com isso os fundamentos da fé cristã estão “se diluindo” na sociedade.
Isso pode ser visto, segundo ele, nas denominações liberais, que apoiam o casamento gay. Para MacArthur, tal posicionamento revela que elas não estão preocupadas em ser fiéis à Bíblia. E dispara: “são as igrejas apóstatas e pertencem a Satanás”.
      A tolerância ao casamento de pessoas do mesmo sexo está dividindo denominações históricas como a Igreja Presbiteriana (PCUSA) e a Metodista. Na entrevista que deu ao site, MacArthur, pastor da megaigreja Comunidade da Graça em Sun Valley, Califórnia, e autor de dezenas de livros, não poupou críticas.
      Lembrando que as denominações mais antigas fundaram os primeiros seminários do país, mas apesar de influentes, perderam seu propósito:  “Você pode visitar cada um desses seminários e verá que por um século eles têm negado a autoridade bíblica… [hoje] não têm mais relação nenhuma com as Escrituras”.
       Conservador, MacArthur já defendeu questões controversas no campo da política. Foi alvo de muitas críticas quando apoiou a invasão do Iraque e Afeganistão pelas tropas americanas durante o governo Bush.  Durante o tempo que está na Casa Branca, Barack Obama tem dado forte apoio a questões como o casamento gay e o direito ao aborto. Essas questões estão afetando a própria percepção dos cristãos do país sobre o assunto.
      Aqueles que apoiam a homossexualidade tem se tornado “totalmente irracionais… A condenação de Deus para a pratica da homossexualidade é muito clara e a sua oposição em todos os tempos”.  O pastor desafiou os demais pastores que se posicionem claramente contra a penetração nas igrejas dessa mentalidade de ampla aceitação do que a Bíblia condena claramente.
Em seu artigo “O plano de Deus para a agenda gay”, afirmou que a verdadeira igreja de Cristo não deveria se preocupar em ser politicamente correta: “Não se deixe intimidar pelos defensores dos homossexuais e seu raciocínio fútil, os argumentos são infundados”. E disparou: “Os homossexuais e os que defendem esse pecado, estão comprometidos em transtornar a soberania de Cristo neste mundo… À medida que você interage com os homossexuais e seus simpatizantes, precisa falar da condenação bíblica”.
      Aqui no Brasil, o pastor presbiteriano brasileiro Augustus Nicodemus, fez colocações parecidas em um artigo recente. Para ele, “o campo está sendo preparado no Brasil para que em breve evangélicos passem a considerar a homossexualidade como sendo uma questão pessoal e secundária, abrindo assim a porta para ordenação de gays e lésbicas praticantes ao ministério da Palavra e para a realização de casamento gay nas igrejas evangélicas”. Com informações The Blaze.

Fonte:gospelprime


segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Jorge Müller, O Homem Que Literalmente Ousou Pôr em Prática o Evangelho

Jorge Müller nasceu em 1805, de pais que não conhe­ciam a Deus. Com a idade de dez anos, foi enviado a uma universidade, a fim de preparar-se para pregar o Evange­lho, não, porém, com o alvo de servir a Deus, mas para ter uma vida cômoda. Gastou esses primeiros anos de estudo nos mais desenfreados vícios, chegando, certa vez, a ser preso por vinte e quatro dias. Jorge, uma vez solto, esfor­çava-se nos estudos, levantando-se às quatro da manhã e estudando o dia inteiro até as dez da noite. Tudo isso, po­rém, ele fazia para alcançar uma vida descansada de pre­gador.
Aos vinte anos de idade, contudo, houve uma completa transformação na vida desse moço. Assistiu a um culto onde os crentes, de joelhos, pediam que Deus fizesse cair sua bênção sobre a reunião. Nunca se esqueceu desse cul­to, em que viu, pela primeira vez, crentes orando ajoelha­dos; ficou profundamente comovido com o ambiente espi­ritual a ponto de buscar também a presença de Deus, cos­tume esse que não abandonou durante o resto da vida.
Foi nesses dias, depois de sentir-se chamado para ser missionário, que passou dois meses hospedado no famoso orfanato de A. H. Frank. Apesar de esse fervoroso servo de Deus, o senhor Frank, ter morrido quase cem anos antes (em 1727), o seu orfanato continuava a funcionar com as mesmas regras de confiar inteiramente em Deus para todo o sustento. Mais ou menos ao mesmo tempo em que Jorge Müller hospedou-se no orfanato, um certo dentista, o se­nhor Graves, abandonou as Suas atividades que lhe davam um salário de 7.500 dólares por ano, a fim de ser missioná­rio na Pérsia, confiando só nas promessas de Deus para su­prir todo o seu sustento. Foi assim que Jorge Müller, o novo pregador, recebeu nessa visita a inspiração que o le­vou mais tarde a fundar seu orfanato sobre os mesmos princípios.
Logo depois de abandonar sua vida de vícios, para an­dar com Deus, chegou a reconhecer o erro, mais ou menos universal, de ler muito acerca da Bíblia e quase nada da Bíblia. Esse livro tornou-se a fonte de toda a sua inspira­ção e o segredo do seu maravilhoso crescimento espiritual. Ele mesmo escreveu: “O Senhor me ajudou a abandonar os comentários e a usar a simples leitura da Palavra de Deus como meditação. O resultado foi que, quando, a primeira noite, fechei a porta do meu quarto para orar e meditar sobre as Escrituras, aprendi mais em poucas horas do que antes durante alguns meses.” E acrescentou: “A maior di­ferença, porém, foi que recebi, assim, força verdadeira para a minha alma”. Antes de falecer, disse que lera a Bíblia inteira cerca de duzentas vezes; cem vezes o fez es­tando de joelhos.
Quando estava ainda no seminário, nos cultos domésti­cos de noite com os outros alunos, freqüentemente continuou orando até a meia-noite. De manhã, ao acordar, cha­mava-os de novo para a oração, às seis horas.
Certo pregador, pouco tempo antes da morte de Jorge Müller, perguntou-lhe se orava muito. A resposta foi esta: “Algumas horas todos os dias. E ainda, vivo no espírito de oração; oro enquanto ando, enquanto deitado e quando me levanto. Estou constantemente recebendo respostas. Uma vez persuadido de que certa coisa é justa, continuo a orar até a receber. Nunca deixo de orar!… Milhares de almas têm sido salvas em respostas às minhas orações… Espero encontrar dezenas de milhares delas rio Céu… O grande ponto é nunca cansar de orar antes de receber a resposta. Tenho orado 52 anos, diariamente, por dois homens, filhos dum amigo da minha mocidade. Não são ainda converti­dos, porém, espero que o venham a ser. – Como pode ser de outra forma? Há promessas inabaláveis de Deus e sobre elas eu descanso”.
Não muito antes de seu casamento, não se sentia bem com o costume de salário fixo, preferindo confiar em Deus em vez de confiar nas promessas dos irmãos. Deu sobre isso as três seguintes razões:
1) “Um salário significa uma importância designada, geralmente adquirida do aluguel dos bancos. Mas a vontade de Deus não é alugar bancos (Tiago 2.1-6)”.
2) “O preço fixo dum assento na igreja, às vezes, é pesado demais para alguns filhos de Deus e não quero colocar o menor obstáculo no caminho do progresso espiritual da igreja”.
3) “Toda a idéia de alugar os assentos e ter salário torna-se tropeço para o pregador, levando-o a trabalhar mais pelo dinheiro do que por razões espiri­tuais”.
Jorge Müller achava quase impossível ajuntar e guar­dar dinheiro para qualquer imprevisto, e não ir direto a Deus. Assim o crente confia no dinheiro em caixa, em vez de confiar em Deus.
Um mês depois de seu casamento, colocou uma caixa no salão de cultos e anunciou que podiam deitar lá as ofer­tas para o seu sustento e que, daí em diante, não pediria mais nada, nem a seus amados irmãos; porque, como ele disse, “Sem me aperceber, tenho sido levado a confiar no braço de carne, mas o melhor é ir diretamente ao Senhor”O primeiro ano findou com grande triunfo e Jorge Müller disse aos irmãos que, apesar da pouca fé ao come­çar, o Senhor tinha ricamente suprido todas as suas neces­sidades materiais e, o que foi ainda mais importante, ti­nha-lhe concedido o privilégio de ser um instrumento na sua obra.
O ano seguinte foi, porém, de grande provação, porque muitas vezes não lhe restava nem um xelim. E Jorge Müller acrescenta que no momento próprio a sua fé sem­pre foi recompensada com a chegada de dinheiro ou ali­mentos.
Certo dia, quando só restavam oito xelins, Müller pe­diu ao Senhor que lhe desse dinheiro. Esperou muitas ho­ras sem qualquer resposta. Então chegou uma senhora e perguntou: – “O irmão precisa de dinheiro?” Foi uma grande prova da sua fé, porém, o pastor respondeu: – “Mi­nha irmã, eu disse aos irmãos, quando abandonei meu sa­lário, que só informaria o Senhor a respeito das minhas ne­cessidades”. – “Mas”, respondeu a senhora, “Ele me disse que eu lhe desse isto”, e colocou 42 xelins na mão do prega­dor.
Outra vez passaram-se três dias sem terem dinheiro em casa e foram fortemente assaltados pelo Diabo, a ponto de quase resolverem que tinham errado em aceitar a doutrina de fé nesse sentido. Quando, porém, voltou ao seu quarto achou 40 xelins que uma irmã deixara. E ele acrescentou então: “Assim triunfou o Senhor e nossa fé foi fortalecida”.
Antes de findar o ano, acharam-se de novo inteiramen­te sem dinheiro, num dia em que tinham de pagar o alu­guel. Pediram a Deus e o dinheiro foi enviado. Nessa oca­sião, Jorge Müller fez para si a seguinte regra da qual nun­ca mais se desviou: “Não nos endividaremos, porque acha­mos que tal coisa não é bíblica (Romanos 13.8), e assim não teremos contas a pagar. Somente compraremos o que pudermos, tendo o dinheiro em mãos, assim sempre sabe­remos quanto realmente possuímos e quanto temos o direi­to de gastar”.
Deus, assim, gradualmente treinava o novo pregador a confiar nas suas promessas. Estava tão certo da fidelidade das promessas da Bíblia, que não se desviou, durante os longos anos da sua obra no orfanato, da resolução de não pedir ao próximo, e de não se endividar.
Um outro segredo que o levou a alcançar tão grande bênção de confiarem Deus, foi a sua resolução de usar o di­nheiro que recebia somente para o fim a que fora destina­do. Essa regra nunca infringiu, nem para tomar empresta­do de tais fundos, apesar de se ter achado milhares de ve­zes face a face com as maiores necessidades.
Nesses dias, quando começou a provar as promessas de Deus, ficou comovido pelo estado dos órfãos e pobres crian­ças que encontrava nas ruas. Ajuntou algumas dessas crianças para comer consigo às oito horas da manhã e a se­guir, durante uma hora e meia, ensinava-lhes as Escritu­ras. A obra aumentou rapidamente. Quanto mais crescia o número para comer, tanto mais recebia para alimentá-las até se achar cuidando de trinta a quarenta menores.
Ao mesmo tempo, Jorge Müller fundou a Junta para o Conhecimento das Escrituras na Nação e no Estrangeiro. O alvo era: 1) Auxiliar as escolas bíblicas e as escolas do­minicais. 2) Espalhar as Escrituras. 3) Aumentar a obra missionária. Não é necessário acrescentar que tudo foi fei­to com a mesma resolução de não se endividar, mas sem­pre pedir a Deus, em secreto, todo o necessário.
Certa noite, quando lia a Bíblia, ficou profundamente impressionado com as palavras: “Abre bem a tua boca, e ta encherei” (Salmo 81.10). Foi levado a aplicar essas pa­lavras ao orfanato, sendo-lhe dada a fé de pedir mil libras ao Senhor; também pediu que Deus levantasse irmãos com qualificação para cuidar das crianças. Desde aquele mo­mento, esse texto (Salmo 81.10), serviu-lhe como lema e a promessa se tornou em poder que determinou todo o curso da sua vida.
Deus não demorou muito a dar a sua aprovação de alu­gar uma casa para os órfãos. Foi apenas dois dias depois de começar a pedir, que ele escreveu no seu diário: “Hoje re­cebi o primeiro xelim para a casa dos órfãos”.
Quatro dias depois foi recebida a primeira contribuição de móveis: um guarda-roupa; e uma irmã ofereceu dar seus serviços para cuidar dos órfãos. Jorge Müller escreveu naquele dia que estava alegre no Senhor e confiante em que Ele ia completar tudo.
No dia seguinte, Jorge Müller recebeu uma carta com estas palavras: “Oferecemo-nos para o serviço do orfanato, se o irmão achar que temos as qualificações. Oferecemos também todos os móveis, etc, que o Senhor nos tem dado. Faremos tudo isto sem qualquer salário, crendo que, se for a vontade do Senhor usar-nos, Ele suprirá todas as nossas necessidades”. Desde aquele dia, nunca faltaram, no orfa­nato, auxiliares alegres e devotados, apesar de a obra au­mentar mais depressa do que Jorge Müller esperava.
Três meses depois, foi que conseguiu alugar uma gran­de casa e anunciou a data da inauguração do orfanato para o sexo feminino. No dia da inauguração, porém, ficou de­sapontado: nenhuma órfã foi recebida. Somente depois de chegar a casa é que se lembrou de que não as tinha pedido. Naquela noite humilhou-se rogando a Deus o que anelava. Ganhou a vitória de novo, pois veio uma órfã no dia se­guinte. Quarenta e duas pediram entrada antes de findar o mês, e já havia vinte e seis no orfanato.
Durante o ano, houve grandes e repetidas provas de fé. Aparece, por exemplo, no seu diário: “Sentindo grande ne­cessidade ontem de manhã, fui dirigido a pedir com insis­tência a Deus e, em resposta, à tarde, um irmão deu-me dez libras”. Muitos anos antes da sua morte, afirmou que, até aquela data, tinha recebido da mesma forma 5.000 ve­zes a resposta, sempre no mesmo dia em que fazia o pedi­do.
Era seu costume, e recomendava também aos irmãos, guardar um livro. Numa página assentava seu pedido com a data e no lado oposto a data em que recebera a resposta. Dessa maneira, foi levado a desejar respostas concretas aos seus pedidos e não havia dúvida acerca dessas respostas.
Com o aumento do orfanato e do serviço de pastorear os quatrocentos membros de sua igreja, Jorge Müller achou-se demasiadamente ocupado para orar. Foi nesse tempo que chegou a reconhecer que o crente podia fazer mais em quatro horas, depois de uma em oração, do que em cinco sem oração. Essa regra ele a observou fielmente durante 60 anos.Quando alugou a segunda casa, para os órfãos de sexo masculino, disse: “Ao orar, estava lembrado de que pedia a Deus o que parecia impossível receber dos irmãos, mas que não era demasiado para o Senhor conceder”. Ele orava com noventa pessoas sentadas às mesas: “Senhor, olha para as necessidades de teu servo…” Essa foi uma oração a que Deus abundantemente respondeu. Antes de morrer, testificou que, pela fé, alimentava 2.000 órfãos, e nenhuma refeição se fez com atraso de mais de trinta minutos.
Muitas pessoas perguntavam a Jorge Müller como con­seguia ele saber a vontade de Deus, pois não fazia nada sem primeiro ter a certeza de ser da vontade do Senhor. Ele respondia:
1) “Procuro manter o coração em tal estado que ele não tenha qualquer vontade própria no caso. De dez proble­mas, já temos a solução de nove, quando conseguimos ter um coração entregue para fazer a vontade do Senhor, seja essa qual for. Quando chegamos verdadeiramente a tal ponto, estamos, quase sempre, perto de saber qual é a sua vontade.
2) “Tenho o coração entregue para fazer a vontade do Senhor, não deixo o resultado ao mero sentimento ou a uma simples impressão. Se o faço, fico sujeito a grandes enganos.
3) “Procuro a vontade do Espírito de Deus por meio da sua Palavra. É essencial que o Espírito e a Palavra acom­panhem um ao outro. Se eu olhar para o Espírito, sem a Palavra, fico sujeito, também, a grandes ilusões.
4) “Depois considero as circunstâncias providenciais. Essas, ao lado da Palavra de Deus e do seu Espírito, indi­cam claramente a sua vontade.
5) “Peço a Deus em oração que me revele sua própria vontade.
6) “Assim, depois de orar a Deus, estudar a Palavra e refletir, chego à melhor resolução deliberada que posso com a minha capacidade e conhecimento; se eu continuar a sentir paz, no caso, depois de duas ou três petições mais, sigo conforme essa direção. Nos casos mínimos e nas tran­sações da maior responsabilidade, sempre acho esse méto­do eficiente”.Jorge Müller, três anos antes da sua morte, escreveu: “Não me lembro, em toda a minha vida de crente, num período de 69 anos, de que eu jamais buscasse, sincera­mente e com paciência, saber a vontade de Deus pelo ensi­namento do Espírito Santo por intermédio da Palavra de Deus, e que não fosse guiado certo. Se me faltava, porém, sinceramente de coração e pureza perante Deus, ou se eu não olhava para Deus, compaciência pela direção, ou se eu preferia o conselho do próximo ao daPalavra do Deus vivo, então errava gravemente”.
Sua confiança no “Pai dos órfãos” era tal, que nem uma só vez recusou aceitar crianças no orfanato. Quando lhe perguntavam porque assumira o encargo do orfanato, respondeu que não fora apenas para alimentar os órfãos material e espiritualmente, mas “o primeiro objetivo bási­co do orfanato era – afirmava -, e ainda é, que Deus seja magnificado pelo fato de que os órfãos sob os meus cuida­dos foram e estão sendo supridos de todo o necessário, so­mente por oração e fé, sem eu nem meus companheiros de trabalho pedirmos ao próximo; por isso mesmo se pode ver que Deus continua fiel e ainda responde às nossas ora­ções”.
Em resposta a muitos que queriam saber como o crente pode adquirir tão grande fé, deu as seguintes regras:
1) Lendo a Bíblia e meditando sobre o texto lido, che­ga-se a conhecer a Deus, por meio de oração.
2) Procurar manter um coração íntegro e uma boa consciência.
3) Se desejamos que a nossa fé cresça, não devemos evitar aquilo que a prove e por meio do que ela seja fortale­cida.
“Ainda mais um ponto: para que a nossa fé se fortale­ça, é necessário que deixemos Deus agir por nós ao chegar a hora da provação, e não procurar a nossa própria liberta­ção.
“Se o crente desejar grande fé, deve dar tempo para Deus trabalhar.”
Os cinco prédios construídos de pedras lavradas e si­tuados em Ashley Hill, Bristol, Inglaterra, com 1.700 janelas e lugar para acomodar mais de 2.000 pessoas, são teste­munhas atuais dessa grande fé de que ele escreveu.
Cada uma dessas dádivas (devemo-nos lembrar) Jorge Müller lutou com Deus em oração para obter; orou com alvo certo e com perseverança, e Deus lhe respondeu.
São de Jorge Müller estas palavras: “Muitas repetidas vezes tenho-me encontrado em posição muito difícil, não só com 2.000 pessoas comendo diariamente às mesas, mas também com a obrigação de atender a todas as demais despesas, estando a nossa caixa com os fundos esgotados. Havia ainda 189 missionários para sustentar, cerca de 100 colégios com mais ou menos 9.000 alunos, além de 4.000.000 de tratados para distribuir, tudo sob nossa res­ponsabilidade, sem que houvesse dinheiro em caixa para as despesas”.
Certa vez o doutor A. T. Pierson foi hóspede de Jorge Müller no seu orfanato. Uma noite, depois que todos se deitaram, Jorge Müller o chamou para orar dizendo que não havia coisa alguma em casa para comer. O doutor Pierson quis lembrar-lhe que o comércio estava fechado, mas Jorge Müller bem sabia disso. Depois da oração deita­ram-se, dormiram e, ao amanhecer, a alimentação já esta­va suprida e em abundância para 2.000 crianças. Nem o doutor Pierson, nem Jorge Müller chegaram a saber como a alimentação foi suprida. A história foi contada naquela manhã, ao senhor Simão Short, sob a promessa de guardá-la em segredo até o dia da morte do benfeitor. O Senhor despertara essa pessoa do sono, à noite, e mandara que le­vasse alimentos suficientes para suprir o orfanato durante um mês. E isso sem a pessoa saber coisa alguma da oração de Jorge Müller e do doutor Pierson!
Com a idade de 69 anos Jorge Müller iniciou suas via­gens, nas quais pregou centenas de vezes em quarenta e duas nações, a mais de três milhões de pessoas. Recebeu, em resposta às suas orações, tudo de Deus para pagar as grandes despesas. Mais tarde, ele escreveu: “Digo com ra­zão: Creio que eu não fui dirigido a nenhum lugar onde não houvesse prova evidente de que o Senhor me mandara para lá”. Ele não fez essas viagens com o plano de solicitar dinheiro para a junta; não recebeu o suficiente nem para as despesas de doze horas da junta. Segundo as suas pala­vras, o alvo era “que eu pudesse, por minha experiência e conhecimento das coisas divinas, comunicar uma bênção aos crentes… e que eu pudesse pregar o Evangelho aos que não conheciam o Senhor”.
Assim escreveu ele sobre um seu problema espiritual: “Sinto constantemente a minha necessidade… Nada posso fazer sozinho, sem cair nas garras de Satanás. O orgulho, a incredulidade ou outros pecados me levariam à ruína. So­zinho não permaneço firme um momento. Que nenhum leitor pense que devido à minha dedicação, eu não me pos­sa ‘inchar’ ou me orgulhar, ou que eu não possa descrer de Deus!”
O estimado evangelista, Carlos Inglis, contou a respeito de Jorge Müller:
“Quando vim pela primeira vez à América, faz trinta e um anos, o comandante do navio era devoto tal que jamais conheci. Quando nos aproximamos da Terra Nova, ele me disse: ‘Sr. Inglis, a última vez que passei aqui, há cinco se­manas, aconteceu uma coisa tão extraordinária que foi a causa de uma transformação de toda a minha vida de cren­te. Até aquele tempo eu era um crente comum. Havia a bordo conosco um homem de Deus, o senhor Jorge Müller, de Bristol. Eu tinha passado 22 horas sem me afastar da ponte de comando, nem por um momento, quando fui as­sustado por alguém que me tocou no ombro. Era o senhor Jorge Müller. Houve, então, entre nós o seguinte diálogo:
- Comandante – disse o senhor Müller, – vim dizer-lhe que tenho de estar em Quebec no sábado, à tarde.
Era quarta-feira.
-  Impossível – respondi.
- Pois bem, se seu navio não pode levar-me, Deus acha­rá outro meio de transporte. Durante 57 anos nunca deixei de estar no lugar à hora em que me achava comprometido.
- Teria muito prazer em ajudá-lo, mas o que posso fa­zer? – Não há meios!
-  Vamos aqui dentro para orar – sugeriu.
Olhei para aquele homem e disse a mim mesmo: ‘De qual casa de doidos escapou este?’ Nunca eu ouvira al­guém falar desse modo.
- Sr. Müller, o senhor vê como é espessa esta neblina.
- Não – respondeu ele – os meus olhos não estão na neblina, mas no Deus vivo que governa todas as circuns­tâncias da minha vida.
O senhor Müller caiu de joelhos e orou da forma mais simples possível. Eu pensei: ‘É uma oração como a de uma criança de oito ou nove anos’. Foi mais ou menos assim que ele orou: ‘Ó Senhor, se for da tua vontade, retira esta neblina dentro de cinco minutos. Sabes como me compro­meti a estar em Quebec no sábado.  Creio ser isso a tua von­tade.”
Quando findou, eu queria orar também, mas o senhor Müller pôs a sua mão no meu ombro e pediu que não o fi­zesse, dizendo:
-  Comandante, primeiro o senhor não crê que Deus faça isso, e, em segundo lugar, eu creio que Ele já o fez. Não há, pois, qualquer necessidade de o senhor orar nesse sentido. Conheço, comandante, o meu Senhor há cinqüen­ta e sete anos e não há dia em que eu não tenha audiência com Ele. Levante-se, por favor, abra a porta e verá que a neblina já desapareceu.
Levantei-me, olhei, e a neblina havia desaparecido. No sábado, à tarde, Jorge Müller estava em Quebec.'”
Para o ajudar a levar a carga dos orfanatos e a apro­priar-se das promessas de Deus em oração, lado a lado com ele, Jorge Müller tinha consigo, havia quase quarenta anos, uma esposa sempre fiel. Quando ela faleceu, milha­res de pessoas assistiram ao seu enterro, das quais cerca de 1.200 eram órfãos. Ele mesmo, fortalecido pelo Senhor, conforme confessou, dirigiu os cultos fúnebres no templo e no cemitério.
Com a idade de 90 anos pregou o sermão fúnebre da se­gunda esposa, como o fizera na morte da primeira. Uma pessoa que assistiu a esse enterro, assim se expressou: -“Tive o privilégio, sexta-feira, de assistir ao enterro da se­nhora Müller… e presenciar um culto simples, que foi, tal­vez, pelas suas peculiaridades, o único na história do mun­do: Um venerável patriarca preside ao culto do início ao fim. Com a idade de noventa anos, permanece ainda cheio daquela grande fé que o tem habilitado a alcançar tanto, e que o tem sustentado em emergência, problemas e traba­lhos duma longa vida…”
No ano de 1898, com a idade de noventa e três anos, na última noite antes de partir para estar com Cristo, sem mostrar sinal de diminuição de suas forças físicas, deitou-se como de costume. Na manhã do dia seguinte foi “cha­mado”, na expressão de um amigo ao receber as notícias que assim explicam a partida: “O querido ancião Müller desapareceu de nosso meio para o Lar, quando o Mestre abriu a porta e o chamou ternamente, dizendo: ‘Vem!'”
Os jornais publicaram, meio século depois da sua mor­te, a seguinte notícia: “O orfanato de Jorge Müller, em Bristol, permanece como uma das maravilhas do mundo. Desde a sua fundação, em 1836, a cifra que Deus tem con­cedido, unicamente em resposta às orações, sobe a mais de vinte milhões de dólares e o número de órfãos ascende a 19.935. Apesar de os vidros de cerca de 400 janelas terem sido partidos recentemente por bombas (na segunda guer­ra mundial), nenhuma criança e nenhum auxiliar foi feri­do”.
Fonte: O livro, “Herois da Fé” de Orlando Boyer

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *