07 nov 2014NIGÉRIA
Entre os dias 23 e 25 de outubro, radicais do Boko Haram atacaram várias aldeias a leste da capital do estado de Borno e sequestraram cerca de 30 jovens da aldeia Mafa
Alhaji Shettima Maina, chefe da aldeia Mafa, disse à imprensa: "Os insurgentes levaram todos os meninos acima dos 13 anos, além de todas as meninas de 11 anos ou mais. De acordo com as nossas informações, 30 jovens foram sequestrados nos últimos dois dias". Maina também comentou que pelo menos 17 pessoas foram mortas em ataques em outras cidades da região.
Na semana anterior, supostos membros do Boko Haram já haviam invadido as aldeias de Wagga e Gwarta, e sequestraram cerca de 60 pessoas. Moradores da cidade de Wagga afirmaram que 40 mulheres foram levadas por supostos pistoleiros islâmicos, que foram procurando, de porta em porta, especificamente pelas jovens.
Testemunhas na cidade vizinha de Gwarta relataram outro caso semelhante, acontecido durante o fim de semana, envolvendo mais 20 vítimas do sexo feminino, mas os detalhes ainda não são claros. Os radicais levaram três das filhas de John Kwaghe e duas das filhas de Dorathy Tishe. Os pais disseram à agência de notícias Reuters que os sequestradores chegaram tarde da noite e obrigaram todas as mulheres a irem com eles, porém, pouco depois, liberaram as mais velhas.
Isaac, colaborador da Portas Abertas na Nigéria, destacou: "Todos esses vilarejos atacados são cristãos e as pessoas raptadas são cristãs. Fontes nos disseram que as pessoas estavam tentando fugir de suas aldeias quando o Boko Haram invadiu e os capturou. Situações como essa têm acontecido diariamente”.
Ele acrescentou que, "há cristãos presos nas montanhas sem comida e água e muitos deles estão doentes." O Boko Haram controla a área, sem sinais de ajuda dos militares nigerianos para libertar os reféns.
Ore pelos cristãos que foram sequestrados e pelas comunidades que têm enfrentado momentos de medo e tensão no dia a dia. O Boko Haram tem o objetivo de impor a sharia (lei islâmica) em todo o território da Nigéria. As ações do grupo contra os cristãos colocou o país no 13º lugar da Classificação da Perseguição Religiosa.
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoAna Luíza Vastag
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