terça-feira, 22 de julho de 2014

O Diabo era um anjo chamado Lúcifer?

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Por Thiago Oliveira


A resposta para a pergunta que intitula este artigo é um sonoro não. De fato Satanás, o nosso Inimigo não possui esse nome, e eu diria mais: também não temos clareza bíblica quanto a sua origem angelical. O que a Bíblia nos diz sobre ele com todas as letras é que ele não passa de um enganador. “Pai da Mentira” é a sua alcunha (Jo 8:44). Sendo assim, talvez essa seja uma boa explicação acerca desta confusão criada há muito tempo sobre o termo Lúcifer.

O texto de Isaías 14, mal interpretado, corrobora para este equívoco. Lá, o profeta que exerceu o seu ministério entre os anos 750 - 686 a.C, fala ao povo que estes sofreriam com um castigo divino, resultante da idolatria e da imoralidade. O castigo virá por meio do Rei da Babilônia, que levará a muitos cativos, destruindo Jerusalém. Todavia, o Senhor de forma soberana fará com que a própria Babilônia caia em desgraça. A profecia do capítulo 14 está voltada para o rei babilônico (v.4). Ele ensoberbecido tentou ocupar o lugar do Altíssimo (v. 12 ao 15) porém viria ruir de maneira vertiginosa o seu poderio, sendo escarnecido pelos povos que dantes havia dominado, estes celebrariam a ruína do Império Babilônico (v.7). 

O verso 12 é a chave para se compreender o amplo equívoco que tomou a cristandade (Talvez pela influência de teólogos como Tertuliano e Orígenes). Lá está escrito: “como caíste desde o céu, ó Lúcifer, filho da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!” Bem, já vimos que esta queda não é a de Satanás e sim o do Rei da Babilônia e para que não aja dúvidas quanto a isso atente para os seguintes fatos:

A - O futuro dele é a morte e será como um cadáver pisado, comido pelos vermes (v. 11 e 19).
B - A profecia claramente se trata de um homem (v. 16).
C - Aquele que “caiu” tem descendentes, isto é, uma linhagem que também será assolada (v. 21 e 22).

Insistir que a profecia trata do Diabo é ignorar o contexto da referida passagem. E quanto ao nome Lúcifer, presente no versículo 12, este não é um substantivo próprio no hebraico. A palavra em questão é הילל (hêlel) identificada como a estrela d’alva ou estrela da manhã. As versões ARC, ARA, NVI e NTLH utilizam a palavra traduzida. Algumas como a ACF utilizam o termo latino lucifer, adotado por Jerônimo para a tradução das Escrituras em latim, a conhecida Vulgata. 

O que muitos desconhecem é que o termo latino que é atribuído como o verdadeiro nome do Diabo também é usado em outras passagens da Vulgata para se referir até mesmo a Jesus em seu retorno definitivo. Comparem a versão portuguesa com a latina, o versículo em questão é 2Pedro 1:19:

E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações”.

et habemus firmiorem propheticum sermonem cui bene facitis adtendentes quasi lucernæ lucenti in caliginoso loco donec dies inlucescat et lucifer oriatur in cordibus vestris”.

Por isso devemos tomar mais cuidado ao reproduzir certos ensinamentos a respeito da origem e da nomenclatura daquele que é o Inimigo de nossas almas. O conceito massificado de que ele era um “anjo de luz” e que regia o coral celestial (até isso eu já ouvi) não é biblicamente comprovado. Paulo diz que o Diabo pode se fazer passar por anjo de luz e não que ele é ou era um (veja 2Co 11:14).

Mas e quanto outras PASSAGENS bíblicas, fora a mencionada de Isaías 14? Elas não dariam respaldo para afirmarmos que o Diabo é um anjo caído? Vamos analisar brevemente as mais comuns.

Ezequiel 28:12-16

Esta, assim como Isaías 14 é mal interpretada. Uma menção sobre o Éden (v. 13) faz com que muitos afirmem de “bate-pronto” que o trecho em questão fala sobre Satanás. Contudo vendo o contexto, fica nítido que é uma profecia endereçada ao Rei de Tiro (v. 2 e 12). O Éden aqui não é literal, o profeta usa a figura de linguagem para ligar a questão do pecado de Adão (Gn 3) e sua queda por querer ser igual a Deus com a queda de Tiro, por também se engrandecer diante do Todo-Poderoso.

Lucas 10:18

Este é o texto em que Jesus diz que viu “Satanás cair como um raio”. Embora não seja algo muito simples de se compreender, o cenário da volta dos 70 discípulos, exclusivo a narrativa de Lucas, extasiados com o que tinha acontecido durante o anúncio do Evangelho, realizando curas e exorcismos, pode nos dar uma pista do que o Mestre pretendeu com a sua frase: Jesus correspondendo de uma maneira positiva e animadora ao relato dos discípulos diz que aquela obra incumbida aos setenta representou uma derrota de Satanás e de seu reino tenebroso, pelo qual Cristo foi capaz de visionar a sua queda enquanto os seus enviados levavam as boas-novas aos povoados. 

Apocalipse 12: 7-9

Talvez esta seja a PASSAGEM mais difícil de se compreender. Porém é sabido que o texto de João era um encorajamento para a Igreja que padecia uma forte perseguição. Será que discorrer sobre as origens de Satanás seria útil para encorajar aqueles irmãos? Creio que não. Por isso o texto em questão, recheado de figuras de linguagem e simbologia é, assim presumo, um relato de como o Inimigo da Igreja foi derrotado pelo aparecimento de Cristo e Sua obra. O encorajamento está no fato de relatar Satanás já vencido pelo Messias, Senhor da Igreja, atribulada, mas vitoriosa. 

Mesmo não tendo a sua origem tão definida, sabemos que o Diabo é um ente espiritual que ele é o adversário do Corpo de Cristo, sempre nos tentando a pecar para em seguida nos acusar. Ele é mentiroso, ladrão, homicida, influencia este mundo perverso e anda em nosso derredor. Todavia, sabemos que Jesus Cristo triunfou sobre as obras malignas deste ser, que não é o arqui-inimigo de Deus. Satanás nem ousa medir forças com o SENHOR, o seu alvo é a raça humana. Não precisamos ir em busca de respostas que estão aquém da Bíblia para matar nossa curiosidade. O que é preciso saber já está escrito e nos é útil para vencer as ciladas do Inimigo: 

Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.” Efésios 6:11.

Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”. Tiago 4:7.

Portanto, afirmamos categoricamente que Lúcifer não é o nome do Diabo. Quanto a sua natureza angelical, isto não podemos negar com veemência, tampouco podemos afirmar. 

A Deus toda glória!

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Abreviaturas:
ACF: Bíblia Almeida Corrigida Fiel
ARA: Bíblia Almeida Revista e Atualizada.
ARC: Bíblia Almeida Revista e Corrigida.
NTLH: Nova Tradução na Linguagem de Hoje.
NVI: Nova Tradução Internacional.

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Fonte: Bereianos

Como complemento, recomendamos a excelente análise exegética feita por Robert L. Alden sobre a questão. Para ler, clique aqui!

Transexual é ordenada como pastora por Igreja Batista nos Estados Unidos

Por Dan Martins

A Calvary Baptist Church, em Washington ordenou recentemente a transexual Allyson Robinson para o ministério evangélico. Allyson, anteriormente era conhecida como Daniel Robinson, participou do Seminário Teológico George W. Truett e já havia pastoreado uma igreja no Texas como um homem.
Segundo a Associated Baptist Press, Robinson começou a atuar no pastoreio da Calvary Baptist Church no dia 23 de junho. Em uma convocação temporária, ela deve ajudar nas pregações, aconselhamento, e outros deveres pastorais juntamente com os diáconos.
A ordenação de Robinson se deu no dia 15 de junho, e foi oficializada antes da partida do pastor Amy Butler para se tornar ministro sênior da histórica e progressista Igreja Riverside, em Nova York.
- Allyson Dylan Robinson é uma ministra do evangelho, treinada para a tarefa, e ordenada ao ministério evangélico por outra comunidade em que ela já havia servido. (…) Ao longo de sua jornada, Deus convidou-a a entrar no testemunho fiel de uma nova identidade, uma identidade verdadeira, e um novo nome – disse Butler.
- Embora nós sempre a conhecemos como Allyson, ela foi ordenado com um nome diferente – completou o pastor.
Robinson é ativista dos direitos LGBT e já trabalhou no passado para a Campanha de Direitos Humanos e como diretor-executivo da OutServe, uma rede de gays nas forças armadas. Ela tem experiência anterior no ministério pastoral, incluindo cinco anos na Igreja Batista em Portugal e como pastor da Meadow Oaks Baptist Church, em Temple, Texas, enquanto estudava no Seminário Truett entre 2005 e 2007.
Graduado em 1994 na Academia Militar dos Estados Unidos em West Point, Robinson foi contratado como um oficial do exército. Então conhecido como Daniel Robinson, ele comandou as unidades de mísseis Patriot na Europa e no Oriente Médio, serviu como instrutor/avaliador sênior para a OTAN e foi um conselheiro para as forças armadas da Arábia Saudita, Kuwait e QATARhttp://cdncache1-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png.
Ela renunciou seu trabalho militar em 1999 para seguir uma vocação para o ministério cristão. Matriculou-se em Truett com a intenção de continuar no ministério como um homem cristão, mas seus primeiros semestres acabaram se tornando uma busca interior em torno das questões de identidade de gênero que o tinha assombrado desde a infância.
Robinson chegou a pensar em suicídio, e então começou a fazer terapia. Então, ele revelou aos seus entes queridos sobre o seu desejo de viver como uma mulher, mas adiou a revelação pública dessa sua nova identidade até sua formatura no Truett em dezembro de 2007, por causa das políticas da universidade sobre a homossexualidade.
Eva Powell, presidente da comissão de pessoal da Calvary Baptist Church afirma que a decisão do conselho de liderança da igreja para selecionar Robinson como pastora foi unânime e um indicativo da longa tradição da congregação de se esforçar “para nos abrir para o movimento do Espírito de Deus em nossas vidas individuais e da vida de nossa comunidade”.

Fonte:gospelmais


10 MOTIVOS DE ORAÇÃO PELO PASTOR


Por Renato Vargens

Certa vez ao ser indagado sobre a eficácia do seu ministério, Spurgeon respondeu ao seu interlocutor dizendo: "Meu povo ora por mim."

Pois é, e você costuma orar pelo seu pastor? Dedica tempo em intercessão pelo ministério dele? 

Lamentavelmente inúmeros irmãos em Cristo, não dedicam um minuto sequer intercedendo pelo seu líder espiritual. Ultimamente eu tenho ouvido vários relatos de pastores que desistiram ou abandonarm o pastorado devido a pressão relativa ao ministério.

Uma pesquisa organizada pelo Instituto Francis Schaeffer,  revelou que, cerca de 1,5 mil pastores têm abandonado seus ministérios todos os meses por conta de desvios morais, esgotamento espiritual ou algum tipo de desavença na igreja.  Veja bem, não se trata de pessoas que abandonam a fé cristã, mas de líderes que deixam o púlpito por não suportarem o as exigências da função. 

Isto posto gostaria de sugerir 10 motivos de oração pelo seu pastor

  1. Ore por ele, peça ao Senhor que lhe conceda forças para enfrentar as demandas do ministério pastoral.
  2. Ore pela saúde dele.
  3. Ore pela esposa do pastor. Esposas de pastores geralmente são cobradas além de sua capacidade de suportar cobranças.
  4. Ore pelos filhos dos pastores. Muitos filhos de pastores sofrem uma pressão por parte da igreja absolutamente desumana.
  5. Ore pelas emoções do pastor. Peça a Deus que lhe conceda equilibrio emocional diante das lutas e batalhas travadas no ministério.
  6. Peça ao Todo-poderoso que conceda ao pastor sabedoria para conduzir a igreja nos caminhos do Senhor.
  7. Rogue ao Eterno que livre o pastor das tentações provinientes do ministério guardando-o do mal.
  8. Ore  para que o pastor ame a Deus acima de todas as coisas pregando as Escrituras com fidelidade.
  9. Ore para que o pastor seja fiel a Deus, a sua familia, as Escrituras e a igreja.
  10. Ore para que o pastor tenha longaminidade, paciência e perseverança diante dos obstáculos que comumente aparecem na caminhada.
Vamos orar?
Fonte:Blog de Renato Vargens

DEZ CARACTERÍSTICAS DE UMA IGREJA FRIA


Por Renato Vargens

Um número significativo de cristãos acreditam que uma igreja fria é caracterizada pela ausência do chamado reteté de Jeová.

Nessa perspectiva  ensinam que uma comunidade desaquecida espiritualmente é desprovida de gritos, danças, giro santo, e outras coisas mais.

Há pouco fiquei sabendo de um irmão aque afirmou que uma igreja gelada é aquela que enquanto o pastor prega ninguém grita glória, aleluia ou coisa parecida.

Caro leitor, as definições que alguns entendem quanto ao que seja uma igreja fria é de arrepiar os cabelos. Lamentavelmente parte do povo de Deus tem fundamentado sua percepções doutrinárias em achismos desprovidos de conteúdo bíblico.

Isto posto, resolvi elencar sete REAIS características de uma fria:

  1. Uma igreja fria se caracteriza pela relativização do pecado. Geralmente os membros destas comunidades chamam doce de amargo, amargo de doce; luz de escuridade, escuridade de luz. Nessa perspectiva, não vêem problemas no sexo antes do casamento, em defraldar o próximo, em mentir, em promover suborno, fazer fofocas, produzir contendas e muito mais.
  2. Uma Igreja fria é uma igreja que não valoriza a oração. Uma igreja que não ora e não acredita na importância de orações, intercessões e ações de graça é uma igreja desprovida da vida de Deus em suas estruturas.
  3. Uma Igreja fria ama o mundo e as coisas que há no mundo. Nessa perspectiva permitem que os valores deste século prevaleçam sobre aquilo que as Escrituras dizem e ensinam.
  4. Uma igreja fria relativiza as Escrituras. Para ela, a Bíblia não é a Palavra de Deus e em virtude disso colocam aquilo que sentem, acham ou pensam acima das verdades contidas na Bíblia.
  5. Uma igreja fria é desprovida de amor. Para os membros desta comunidade, gente é tratada como coisa e não como pessoas que possuem dores, angústias, problemas e carências.
  6. Uma igreja fria é caracterizada pela ausência de misericórdia em suas estruturas. Nessa perspectiva os órfãos são negligenciados, as viúvas abandonadas e os pobres desprezados.
  7. Uma igreja fria  é uma igreja desprovida de santidade. Para ela, conceitos como "separação  do mundo" são antiquados e ultrapassados.
  8. Uma igreja fria é uma igreja aonde não há relacionamentos profundos entre os irmãos.
  9. Uma igreja fria é uma igreja que valoriza os defeitos e erros dos irmãos em detrimento as virtudes e valores.
  10. Uma igreja fria é uma igreja que há muito perdeu o temor do Senhor.
É o que penso, é o que digo.

Renato vargens

segunda-feira, 21 de julho de 2014

O SANTUÁRIO DO MACEDO


Por Euder Faber Guedes Ferreira

Está marcada para o dia 31 deste mês a inauguração do "Templo de Salomão", réplica super dimensionada pela assim chamada Igreja Universal do Reino de Deus, presidida pelo autodenominado bispo Edir Macedo. Alguém talvez questione: por que o local construído foi posto com aspas? Por que a ressalva em relação ao nome da igreja? Por que, ao se referir ao presidente dessa igreja, foi informado que é um bispo autodenominado? Vamos lá: primeiro porque essa réplica, na verdade, não é réplica, mas uma representação que não tem nada a ver com as dimensões e características do Templo construído por Salomão há cerca de 3 mil anos. Segundo, porque essa igreja não condiz com o seu nome, pois não propaga o Reino Deus, mas as percepções do seu líder, e talvez ficasse melhor se fosse denominada: Igreja Universal do Reino de Macedo. E por último, a verdade é que o guia maior dessa igreja, se assim podemos chamá-la, se autodenominou bispo, que na verdade é uma terminologia bíblica, mas que tomou outras feições com o advento do catolicismo que Edir Macedo tanto critica.

Estamos assistindo a mais uma aberração idealizada por esse senhor. Construir um prédio com a pretensão absurda que Deus ali habitará, como afirmou um dos seus líderes: “o lugar que Deus escolheu para habitar”. O próprio Jesus afirmou que não existe um lugar específico para adorar a Deus (Jo 4), mas que as pessoas que O adoram verdadeiramente, o fazem "em espírito e em verdade", ou seja, em qualquer lugar, com a sua vida, no seu corpo que é o Templo do Espírito Santo, como escreveu o apóstolo Paulo na sua carta aos Coríntios.

Na verdade, isso é mais uma jogada de marketing dessa igreja, que na última década não cresceu e perdeu mais de 10% de sua membresia, principalmente para seus concorrentes tão heréticos como o próprio Macedo, a exemplo do assim intitulado e autodenominado "Apóstolo" Veldemiro Santiago.

Eu não me surpreendo com essas coisas, muito embora fique indignado, pois as Escrituras já nos alertam para essas coisas, e esse tipo de gente, que em nome da fé em Deus exploram os incautos. Contudo, essas pessoas não tardarão em responder por seu engodo diante do Todo Poderoso. Encero esse breve texto com a exortação de um verdadeiro Apóstolo de Cristo, o Apóstolo Paulo, que deu sua vida na propagação do evangelho e na edificação da Igreja de Cristo:

"O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas; e de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós; porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração. Sendo nós, pois, geração de Deus, não havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens. Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos."(Atos 17:24-31)

Maranata!


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Euder Faber é presidente da VINACC, entidade que tem por objetivo promover a cosmovisão cristã e a defesa do Evangelho de Cristo.

PASTOR É AFASTADO DO CARGO POR NÃO APOIAR CANDIDATO DA LIDERANÇA DA ASSEMBLÉIA DE DEUS EM MANAUS



É com tristeza que fico sabendo de mais notícias guerras políticas dentro das igrejas. Os anos passam e algumas denominações não aprendem mesmo!

Infelizmente chegou a época onde o púlpito vira palanque, onde o pastor é cabo eleitoral, os obreiros manobras de votos de cabresto, e Deus…? Bem, Deus “incorpora no político”, não é?

Veja abaixo a matéria o site Gospel Prime que relata a sujeira do curral eleitoral dentro de alguns templos religiosos:

Título: AD em Manaus afasta pastor que não apoia candidato da igreja

O blog do Hiel Levy, jornalista da região do Amazonas, publicou um vídeo onde o pastor Moisés Melo, vice-presidente da Igreja Assembleia de Deus no Amazonas, aparece comunicando a igreja do bairro São José, em Manaus, que o pastor Pedro Moura estava sendo destituído do cargo.

Pedro Moura, 62 anos, é pastor a 30 anos e perdeu o cargo que exercia por não aceitar o projeto político da AD em Amazonas que é apoiar a reeleição do pastor Silas Câmara.

De acordo com o jornalista a decisão da AD foi punir o pastor Pedro Moura porque o seu filho, Euler Moura, será candidato a deputado estadual pelo PSDC e irá apoiar a candidatura de Hissa Abraão (PPS) ao cargo de deputado federal.

No vídeo é possível ver que os membros não concordam com a saída do pastor e reclamam da decisão política, dizendo que ele não está em pecado para ser retirado do cargo.

O próprio pastor Pedro Moura aparece no vídeo dizendo que não “aceita ser expulso da casa que ajudou a construir” e os líderes da AD no Amazonas deveriam ouvir a voz de Deus, no lugar de se preocupar com o projeto político.
  [Nota: sabe qual é a minha maior tristeza, ainda? É saber que isso não ocorre somente em Manaus, mas nas cidades do Brasil inteiro, inclusive na minha.

Oremos, para que a igreja brasileira se converta a Verdade de Cristo, e que aprenda a ser sal e luz transformando primeiro as suas mentes (Rm 12.2) e se liberte de uma vez por todas de todos os tipos de escravidão (Gl 5.1).]

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Da redação, Púlpito Cristão.

Uma amizade verdadeira

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Por Rev. Welerson Alves Duarte


Sucedeu que, acabando Davi de falar com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a de Davi; e Jônatas o amou como a sua própria alma. (I Samuel 18.1)

Introdução

No dia 20 de julho foi comemorado o dia da amizade, dia em que muitas mensagens foram trocadas entre amigos. Recebi algumas mensagens muito interessantes o que me levou a refletir sobre a amizade verdadeira. Lembrei-me então de dois personagens bíblicos em especial, Davi e Jônatas. A amizade entre Jônatas e Davi era uma aliança de amor, um exemplo de amizade que tem muito a nos ensinar sobre o real significado e importância da amizade verdadeira.

Na literatura das ciências sociais que tratam sobre o tema, a amizade é vista em geral como uma relação afetiva e voluntária, que envolve práticas de sociabilidade e ajuda mútua e necessita de algum grau de equivalência ou igualdade entre amigos.

A Amizade é um bem que infelizmente tem se tornado cada vez mais difícil de ser encontrado. Muitos se chamam amigos, mas a palavra já perdeu muito de seu real significado. 

A palavra amigo é cheia de significado como se pode ver pelo texto de I Sm. 18.1: Sucedeu que, acabando Davi de falar com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a de Davi; e Jônatas o amou como à sua própria alma.” Esta passagem nos mostra que uma amizade verdadeira é estabelecida por um vínculo muito forte, o vínculo do amor fraternal.        

I – Uma amizade verdadeira pode trazer riscos

A amizade que nasceu no coração de Jônatas e Davi era algo tão profundo que levou Jônatas a arriscar-se em favor de seu amigo. Em I Sm 20.33 Saul tenta matá-lo por estar defendendo Davi: “Então, Saul atirou-lhe com a lança para o ferir; com isso entendeu Jônatas que, de fato, seu pai já determinara matar a Davi.” Jônatas, que parecia ter dificuldades em acreditar que seu pai ainda queria matar a Davi (I Sm 20.2: “Ele lhe respondeu: Tal não suceda; não serás morto. Meu pai não faz coisa nenhuma, nem grande nem pequena, sem primeiro me dizer; por que, pois, meu pai me ocultaria isso? Não há nada disso.”), agora tinha motivos de sobra pra crer que Saul estaria pronto a tudo para eliminar Davi, até mesmo matar seu próprio filho. A princípio Jônatas tinha porque duvidar que seu pai ainda quisesse matar Davi, pois ele havia lhe jurado que não o faria (I Sm. 19.6: “Saul atendeu à voz de Jônatas e jurou: Tão certo como vive o Senhor, ele não morrerá.”). Porém as atitudes de Saul durante a Festa de Lua Nova não deixavam mais dúvidas de que aquele juramento não seria cumprido.

Jônatas agora sabia que se sua amizade com Davi fosse mantida ele corria risco de vida. Contudo isso não foi razão forte o suficiente para abalar aquela aliança de amor firmada entre Jônatas e Davi. Jônatas não estava disposto a abrir mão desta amizade por coisa alguma.

Davi também correu riscos em virtude de sua amizade com Jônatas. Após a morte de Jônatas Davi procurou saber se ainda havia algum descendente de Saul vivo: Disse Davi: Resta ainda, porventura, alguém da casa de Saul, para que use eu de bondade para com ele, por amor de Jônatas?” II Sm. 9.1. Ao ser informado de que havia um filho de Jônatas vivo Davi o levou para morar no palácio e comer da sua mesa: Trabalhar-lhe-ás, pois, a terra, tu, e teus filhos, e teus servos, e recolherás os frutos, para a casa de teu senhor tenha pão que coma; porém Mefibosete, filho de teu senhor, comerá pão sempre à minha mesa. Tinha Ziba quinze filhos e vinte servos”. II Sm. 9.10. O mais comum em uma situação como aquela seria procurar eliminar todos os descendentes de Saul já que estes poderiam procurar promover um levante ou o assassinato de Davi para recuperar o trono, no entanto, Davi ao invés de temer perder o trono e quem sabe a sua própria vida corre o risco por amor a Jônatas. É preciso lembrar que Jônatas era amigo de Davi e o amava, mas Mefibosete não necessariamente. 

No Novo Testamento nós também temos o exemplo de Epafrodito que foi outro a não se importar em correr riscos por uma verdadeira amizade. Paulo era acusado de traição ao Império Romano, e esta era uma acusação grave. Paulo poderia ser condenado a morte e, quando um prisioneiro era condenado a morte, quem estava com ele deveria morrer também. Mesmo sabendo disso, Epafrodito abandona sua cidade, sua casa, todos os seus e vai para Roma cuidar de Paulo. Isso é amizade verdadeira, isso é comprometimento. Que coisa maravilhosa é ter amigos assim. Felizes são aqueles que podem ser e contar com amigos deste porte.

II – Uma amizade verdadeira põe seus interesses pessoais em segundo plano. 

Parece que Jônatas era o príncipe herdeiro pois Saul lhe diz que enquanto Davi vivesse nem Jônatas e nem seu reino estariam seguros (I Sm 20.31: “Pois, enquanto o filho de Jessé viver sobre a terra, nem tu estarás seguro, nem seguro o teu reino; pelo que manda busca-lo, agora, porque deve morrer.”). Davi era portanto uma ameaça a Jônatas e conseqüentemente a toda a sua posteridade já que se Davi assumisse o trono Jônatas não seria o próximo rei, seu filho não seria o príncipe herdeiro e assim por diante. 

No entanto, ao invés de odiar Davi e tentar elimina-lo, ele o ama e protege. Eliminar Davi não seria difícil já que ele dispunha de informações privilegiadas a respeito de Davi e este confiava nele. Davi fugiria de Saul, mas não de Jônatas. Pior do que um inimigo é um falso amigo. Dizem que um sábio antigo orava pedindo a Deus que cuidasse de seus amigos pois dos inimigos ele era capaz de cuidar. Se Jônatas fosse um falso amigo, se Jônatas se deixasse levar por interesses pessoais Davi estaria correndo serio risco. E é preciso lembrar que o interesse pessoal de que estamos falando não era uma coisa qualquer, era o trono de Israel. 

Muito triste é quando se confia em alguém, o tem como amigo sincero, como irmão e se vê traído pelo mesmo ter se deixado levar por interesses, por benefícios muito menores que aquele do qual Jônatas estava abrindo mão. Infelizmente isto não é algo incomum. Jônatas sabia que pessoas valem mais que coisas, mais que posição. Para Jônatas o trono não era mais importante que a amizade de Davi.

III – Uma amizade verdadeira está firmada num firme e sincero amor 

Esta característica da verdadeira amizade é o vínculo da mesma. Foi o amor que moveu Jônatas a por sua vida em risco e com certeza foi um amor sincero e firme que moveu Epafrodito a viajar cerca de 2.000 Km da Macedônia a Roma para cuidar de Paulo, podendo com isso perder muito, inclusive sua própria vida, seja através de um acidente durante a viagem, uma enfermidade contraída - o que acabou acontecendo e quase o ceifou ( Fp 2.27: Com efeito, adoeceu mortalmente; Deus, porém, se compadeceu dele e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza.) – ou ainda pela condenação de Paulo. 

Foi o amor que moveu tanto Jônatas quanto Epafrodito a deixar interesses pessoais para cuidar dos interesses do objeto de seu amor. Paulo em I Co. 13.4 e 5 diz o seguinte: “O amor ....... não procura os seus interesses, ....” . Isso era uma realidade na vida destes amigos. 

Jônatas estava pronto a abrir mão do trono, enquanto que Epafrodito abriu mão de trabalho, presença da família e dos irmãos da Igreja. Paulo diz que enviou Epafrodito de volta a Macedônia pois este estava com saudades da Igreja ( Fl. 2.25, 26: “Julguei, todavia, necessário mandar até vós Epafrodito, por um lado, meu irmão, cooperador e companheiro de lutas; e, por outro, vosso mensageiro e vosso auxiliar nas minhas necessidades; Visto que ele tinha saudade de todos vós e estava angustiado porque ouvistes que adoeceu.”). Vejam que a amizade era recíproca pois Paulo abre mão de sua ajuda para que ele pudesse visitar os seus e sua igreja. 

Quando o amor fraternal rege os relacionamentos, há paz, respeito, sinceridade, transparência. Aquele amor foi algo tão significativo na vida de Davi e Jônatas que Davi ao saber da morte do Jônatas afirma: “Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; tu eras amabilíssimo para comigo! Excepcional era o teu amor, ultrapassando o amor de mulheres”. (II Sm. 1.26). 

Lamentavelmente esta passagem, e de modo geral a amizade entre Jônatas e Davi, é muito mal interpretada por alguns que erotizam o amor entre Davi e Jônatas. No Entanto, a luz do ensino geral das Escrituras fica claro que o amor que unia Jônatas e Davi era o amor fraternal.

IV – Uma verdadeira amizade é fiel 

Jônatas e Davi tinham uma aliança. Em I Sm. 18.3 é dito que Davi e Jônatas fizeram aliança (“Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava como a sua própria alma”). A natureza da aliança não é aqui declarada de modo explícito, mas creio que podemos inferir ser uma aliança de amor fraternal, ou seja, uma aliança de amizade. 

Nossa conclusão pode ser atestada pelo que encontramos no capítulo 20 verso 8: “Usa, pois, de misericórdia para com o teu servo, porque lhe fizeste entrar contigo em aliança no Senhor; se, porem, há em mim culpa, mata-me tu mesmo; por que me levarias a teu pai?”. Ali vemos Davi evocando a aliança entre eles para pedir sua ajuda. Jônatas não se furta da aliança, mesmo sendo aquele um momento muito delicado onde muitas perdas e muita dor poderia ser experimentada, como já pudemos considerar acima. 

Jônatas não só mantêm a aliança como a renova e amplia nos versos 16 e 17: “Assim, fez Jônatas aliança com a casa de Davi, dizendo: Vingue o Senhor os inimigos de Davi. Jônatas fez jurar a Davi de novo, pelo amor que este lhe tinha, porque Jônatas o amava com todo o amor da sua alma”. Os versos seguintes mostram que o que havia sido combinado foi fielmente cumprido da parte de Jônatas e a passagem encontrada em II Sm. 9 mostra que Davi foi fiel a aliança que tinha com seu amigo Jônatas mesmo após sua morte. Ao saber que havia um filho de Jônatas vivo providencia para que ele recebesse tudo de que fosse necessário para ele e para os seus (II Sm 9.9, 10: “Chamou Davi a Ziba, servo de Saul, e lhe disse: Tudo o que pertencia a Saul e toda a sua casa dei ao Filho de teu senhor. Trabalhar-lhe-ás, pois, a terra, tu, e teus filhos, e teus servos, e recolherás os frutos, para que a casa de teu senhor tenha pão que coma; porém Mefibosete, filho de teu senhor, comerá pão sempre à minha mesa. Tinha Ziba quinze filhos e vinte servos”) .

Uma verdadeira amizade é marcada pela fidelidade.

Conclusão

Amigo é aquele com quem podemos ser nós mesmos. Ser nós mesmos implica uma apresentação sem RESERVAS e espontânea de si mesmo, sem o autocontrole exigido pelas regras da polidez. Li certa vez que amigo é aquele com quem se pode pensar alto.

Amizade em nossos dias, em muitos casos, significa se aproximar de alguém que pode oferecer algo. Quando não tem mais o que oferecer deixa de ser amigo e aquele que até então não era amigo mas agora tem algo a oferecer, passa a ser o amigo da vez. Salomão fala sobre isso de modo claro em pelo menos duas passagens de Provérbios: Pv. 19.4, 6 – “As riquezas multiplicam os amigos; mas, ao pobre, o seu próprio amigo o deixa... Ao generoso, muitos o adulam, e todos são amigos do que dá presentes”.

O cachorro e o gato são interessantes ilustrações do que acabamos de dizer: Alguém já viu andarilhos ou moradores de rua com gatos? Certamente não, mas todos já os vimos com cachorros. Um cão morre de fome ao lado de seu dono, mas não o abandona, enquanto que o gato segue o primeiro que lhe oferecer comida. Vê-se que quando alguém quer ofender um falso amigo chamando-o de cachorro comete uma grande injustiça (com os cachorros, é claro).

Que tipo de amigo você tem sido e que tipo de amigos você tem ao seu redor? Que Deus faça de nós amigos de verdade e assim também nos dê amigos com quem tenhamos uma real aliança de amor fraternal.

Só pode ser amigo de verdade aquele que confia no Senhor, aquele que sabe que Deus está no controle de todas as coisas e que cuida dos seus. Em Pv. 29.25 encontramos as seguintes palavras: “Quem teme ao homem arma ciladas, mas o que confia no Senhor está seguro”. Quem confia no Senhor não precisa de armações, associações com falsas amizades pois ele tem a sua vida confiada no Senhor. Só este consegue ser amigo de verdade, sem medo de ser traído, sem medo de ser passado pra traz, sem busca de interesses pessoais.

Em todo tempo ama o amigo, e na angustia se faz o irmão” Pv. 17.17

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Fonte: Monergismo
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Rubem Alves: Lembranças pouco agradáveis Patrulhamento teológico, ou responsabilidade cristã?


Ensaio a propósito do falecimento do escritor Rubem Alves (1934-2014)


Rubem Alves (Foto: Instituto Rubem Alves)
“... exortando-vos a batalhardes diligentemente pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos”. Judas 1.3

Vivemos em meio a heresias e distorções do cristianismo histórico, e somos impelidos, pela própria Bíblia a, repetidamente, reafirmar os ensinamentos das Escrituras. É verdade que por vezes cansamos e chegamos a duvidar se vale a pena gastar tempo em tanta discussão. Alguns críticos, neste nosso blog, várias vezes aventaram se não estávamos forçando um pouco a barra em cima dos liberais. Deveríamos falar de outras coisas; de pontos mais positivos. 

É verdade que ninguém gosta muito de controvérsia. Apesar de umas poucas pessoas darem a impressão de serem alimentadas por dissonâncias de opiniões, a grande maioria, principalmente do Povo de Deus, procura a concórdia e a harmonia. Não nos sentimos bem discutindo questões a toda hora e isso é um reflexo de que Deus nos tem chamado “à paz” (1 Co 7.15). No entanto existe “paz” que pode ser enganosa, superficial e até mortal. Controvérsias doutrinárias, por mais desagradáveis que sejam, ocorrem no seio da igreja. Muitas vezes somos sugados a uma batalha que não nos alegra, nem representa o nosso desejo. Estas ocorrem na época e na providência divina, exatamente para nos testar, para que o nosso testemunho possa ser renovado, para que aqueles que introduzem falsos ensinamentos sejam revelados e identificados na igreja visível. A história já provou como a doutrina verdadeira é depurada, triunfa e é cristalizada e esclarecida às gerações futuras, no cadinho da controvérsia.

Como bem indica Judas 1.3 (acima), esta é uma luta não só de especialistas ou de algum "clero especializado, mas de todos nós. Temos que ter a consciência de que vivemos uma batalha na qual nossas mentes e corações são testados pelas mais diferentes correntes de pensamento. Ela é vencida quando brandimos a Espada do Espírito – a Palavra de Deus; quando nos empenhamos no estudo das Escrituras e enraizamos suas doutrinas nas nossas vidas, de tal forma que vamos ficando equipados a reconhecer o erro e seus propagadores. Sempre mantendo uma postura cristã no trato, devemos ter firmeza doutrinária sobre o que cremos, principalmente porque existem aqueles que não possuem o mínimo apreço pela Bíblia, mas sorrateiramente possuem seguidores em nossos arraiais.

Um grande exemplo claro disso foram os convites que eram feitos ao famoso educador, escritor e ex-pastor Rubem Alves para conferências e palestras em igrejas presbiterianas, nos no início deste século (>2000). Ele estava sendo convidado, apresentado e reverenciado em certos círculos presbiterianos e isso motivou até uma decisão do concílio maior da igreja - para que ele não tivesse a plataforma eclesiástica, contra a qual havia se pronunciado e se insurgido em tantas ocasiões. Agora, com o seu falecimento neste dia 19 de julho de 2014, ressurgem pronunciamentos enaltecendo não apenas as qualificações literárias do falecido, mas também a presença de um suposto espírito cristão elevado e uma mensagem essencialmente cristã em suas palavras e textos.

Ora, ninguém disputa as grandes qualificações acadêmicas e o enorme talento que o Sr. Rubem Alves possuiu. Ele encantou multidões, principalmente educadores, com suas palestras e livros de histórias. No entanto, como desconhecer que foi uma pessoa que abjurou publicamente da fé? Como ignorar que ele, tanto explicitamente como nas entrelinhas, propagou uma mensagem destrutiva contra os ensinamentos da Palavra de Deus? Se a situação de tietagem teológica equivocada estava se alastrando a um ponto em que o Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, definiu explicitamente que ele não deveria ocupar púlpitos da denominação, será que com a sua morte haverá o esquecimento disso e caminhamos para uma quase "canonização" protestante? É claro que o seu nome é alvo da abordagem politicamente correta que, em ocasiões do falecimento, oblitera as falhas e exalta as virtudes, mas o problema é que essa visão enaltece pronunciamentos metafísicos do Rubem Alves, que são letais para a alma. Não podemos passar às gerações à frente a ideia de que tombou no campo de batalha um grande general, ou mesmo soldado, cristão, que foi injustiçado ou incompreendido em suas proposições.

Se você duvida da propriedade dessa análise (ou até da decisão conciliar da Igreja Presbiteriana), veja algumas frases que Rubem Alves proferiu, em 2004, em uma igreja presbiteriana do Rio de Janeiro que o havia convidado para uma cerimônia (pasmem!) de comemoração da Reforma do Século 16 – logo ele, que é contra tudo o que os reformadores ensinaram. Disse ele: “... Deus criou o homem e viu que era bom. Ser homem deve ser, na realidade, melhor do que ser Deus tanto que Deus se encarnou como homem. Somente um Deus cruel e sádico enviaria seu próprio filho para morrer daquela forma para pagar os pecados humanos. Essa ideia é construção do medievalismo. Acho que Deus quis ser homem porque ser homem deve ser melhor do que ser Deus”.

Acho que dá para entender por que não podemos deixar passar esse resgate de sua biografia em branco. Faz parte do "batalhar pela fé". Deus é todo-poderoso e não precisa de nós para cumprir seus propósitos. Na realidade, é o próprio Cristo que nos ensina que “as portas do inferno” não prevalecerão sobre a sua igreja. No entanto, é a sua Palavra que nos comissiona a vigiar e orar; a estarmos alerta porque Satanás está nos rodeando, almejando a nossa queda. Que Deus nos capacite e nos dê discernimento sobre a multidão de ensinamentos falsos que estão infiltrados no meio dos evangélicos pela ação dos falsos mestres. Rubem Alves pode ser lembrado como um grande escritor e exímio contador de estórias, mas nunca como um teólogo, ou como alguém que tinha uma mensagem verdadeira das coisas espirituais.
Postado por Solano Portela 

Fonte: O Tempora, O Mores

Brasil, Alemanha, derrota, copa, política, eleições, alhos e bugalhos...


Vamos por partes:Vamos por partes:

1. Assisti, torci, chorei e sorri. Sim, ainda que os esportes sejam parte da vida social, futebol parte da cultura, um dos símbolos do Brasil, essa é a típica tragédia para rir de você mesmo, fazer piada, ter respeito pelos que jogaram e pronto. Derrotado, ri da própria tragédia. Não culpo ninguém gente, é futebol e 99,9999999% da população não depende do futebol para viver (ainda que alguns façam do futebol questão de vida e morte e até se matem). Como disse Felipão, esse sim, com uma tragédia pessoal, bem disse: a vida continua e, por alguns meses, ele ainda tem salário, muito bom! Se os salários são indecentemente altos e etc., é ainda outro caso. Ainda que o país tenha parado nos dias de jogo, não soube de uma grande massa de trabalhadores que não voltou ao trabalho no dia seguinte, pela vitória ou pela derrota. Depois do jogo, todo mundo voltou pro osso. O PIB vai continuar ruim, mas não pela incompetência da seleção.
2. Como brasileiro, não penso que deveria torcer contra o esporte brasileiro e a seleção. Nem por isto a copa e os jogos foram "ópio" e "pão e circo", pelo menos não acredito que seja para a grande maioria do povo. Tem gente sim, que bebe por qualquer coisa, que fica cega por qualquer coisa e que usa qualquer coisa como uma droga para fugir da realidade, difícil realidade que vive a maior parte do povo brasileiro. Mas, com copa ou sem copa, essas pessoas continuam o que sempre foram e servindo aos deuses a que se entregaram. A ilusão não está na copa e nos jogos ou no que os políticos talvez intentassem fazer com os resultados obtidos, mas no discurso arrogante, falsas promessas e corrupção desenfreada, que só cresce nesse país.  
3. Essa derrota pode influenciar nos resultado das eleições e a vitória iria garantir a vitória do atual governo? Não sou profeta e nem VIDENTEhttp://cdncache1-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png, mas acredito que não. Ainda que o espírito do povo se mova com a vitória ou derrota, não vejo que o pais agora entre em estado de bagunça maior do que já vivia. Pode até ser que alguns políticos desonestos tenham parado para assistir aos jogos enquanto alguns oficiais da FIFA faziam a sua parte da corrupção. Que o governo e seus militantes tinham a intenção de usar a vitória como saldo político, não tenho dúvida, assim como a oposição deve fazer o oposto. Faz parte do "jogo político". Hoje, São Paulo está parada, mas é por conta do feriado da Revolução Constitucionalista de 1932 (essa sim, o povo deseducado não sabe o que foi. Aliás, duvido que a maioria dos nossos políticos saiba o que aconteceu ou vá atrás para saber.).
4. E a herança da copa? Essa sim, ao que tudo indica, vai ficar para o povo brasileiro pagar. Gerou melhor infra-estrutura para o pais? Muito localizada e, em muitos casos, muito mal feita (o caso do viaduto é uma ilustração triste da forma como as coisas são tratadas: tragédia anunciada em fevereiro...).  Gerou oportunidades para mais corrupção? Essa sim, prosperou! Gerou riqueza? Well, parece que não, a não ser para alguns poucos. Nem mesmo o comércio parece ter tido vantagem real. Nem motoristas de taxi, com potenciais novos clientes, tiveram melhores negócios. 
5. E aí, não vai ter copa? Acho que teve... Ainda está por terminar, mas o interesse particular do brasileiro está diminuído, por assim dizer... E as badernas? Baderneiro é baderneiro! Mas acredito que não será endêmico, mas é só crença, sem revelação.
6. Espero não confundir alhos com bugalhos... Vamos Brasil, podemos mudar algo nas eleições! 

Postado por Mauro Meister 


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