Joel 1:1-2:21
Deus dirige os eventos da História. Não há qualquer casualidade aqui. Os gafanhotos e a seca são agentes de Deus. Eles não agem fora do controle divino. Todas as coisas estão sob seu controle e tudo concorre para a realização de sua soberana vontade.
Joel desejava que o povo de Judá compreendesse o que Deus estava falando por meio da praga e da seca. Em nosso tempo, as nações do mundo estão passando por secas e fome severas, epidemias assustadoras, terremotos inesperados, enchentes devastadoras e outras "catástrofes naturais", sendo que tudo isso tem afetado profundamente a economia global e, no entanto, poucas pessoas se perguntam: "O que Deus está nos dizendo?" Joel escreveu seu livro para que o povo soubesse o que Deus estava lhes dizendo por meio desses acontecimentos críticos.
Ao olharmos para aquele momento em que o servo de Deus pregou, devemos perguntar: o que nos ensina a mensagem do profeta Joel? A mensagem de Joel nos ensina que:
1-A LAMENTÁVEL SITUAÇÃO DEVE NOS MOTIVAR A CLAMAR A DEUS (Joel 1.14,19).
O profeta Joel foi levantado por Deus para transmitir a sua mensagem em um momento marcado pela crise, causada principalmente por causa da seca e da praga de gafanhotos. A situação da terra é descrita no capítulo 1 e pode ser resumida nos versículos 10 e 14b, onde podemos ver: a devastação do campo; cessação do serviço religioso, crise espiritual, tristeza e desolação.
Este era o cenário que traduzia a lamentável situação da terra. Diante deste quadro desolador em que a nação se encontrava, muitas pessoas murmuravam, choravam, lamentavam, etc. Diante deste cenário econômico triste e desafiador para os habitantes de Judá, o profeta exorta o povo a clamar ao Senhor e promulgar um santo Jejum (Joel 1:14).
O profeta Joel nos ensina, que a lamentável situação deve nos motivar a buscar a Deus e não murmurar. Devemos clamar aquele que é poderoso para intervir e mudar a situação lamentável que muitas vezes enfrentamos. Esse deve ser o Projeto do Povo de Deus. Esse deve ser o projeto da Igreja na atualidade em que estamos vivendo em nosso país e no mundo, em meio crise política, moral e espiritual da nossa nação e do mundo. Deve ser o meu e o seu projeto em momentos de lutas, certos de que Deus ouve e responde a orações dos seus servos.
2- AS MISERICÓRDIAS DE DEUS, DEVE NOS LEVAR AO ARREPENDIMENTO (Joel 2.12-19).
Judá estava vivendo um momento de tristeza e dor, porque havia se afastado da Palavra de Deus e do Deus da Palavra, e como consequência deixaram-se levar pelo pecado.
O povo estava sendo disciplinado pela seca e pela praga, permitidas por Deus, para falar à nação que ela precisava se arrepender dos seus pecados, e olhar para as misericórdias do Senhor que controla todas as coisas, que não se limita as concepções humanas. Naquele momento, o profeta prega que Judá precisava abandonar os seus pecados e voltar-se para Deus, confiando somente em suas misericórdias e pedir perdão de todo coração.
Hoje, quando nós olhamos para o Brasil e o mundo, podemos ver a idolatria, a injustiça social, feitiçaria, violência, prostituição infantil, o sincretismo religioso, etc., isto é, a depravação total. A solução para situação em que estamos vivendo, é o homem se a arrepender dos seus pecados e confiar nas misericórdias de Deus, na certeza de que no Senhor, há perdão e restauração para todos que se rendem a Jesus.
3-AS PROMESSAS DE DEUS, DEVE NOS ENCHER DE ESPERANÇA (Joel 2.18-32).
Em Joel 2:18 o Senhor se mostra zeloso de sua terra, compadecendo-se do Seu povo e promete bênçãos grandiosas. Podemos classificar estas bênçãos, como sendo de ordem: materiais, espirituais e eternas. Deus promete ao povo normalidade na produção, dizendo:”… eis que vos envio o cereal e o vinho, e o óleo… os pastos do deserto reverdecerão, porque o arvoredo dará o seu fruto, etc. (2:19,22-26). Deus promete proteção (2:20,21,27), estabilidade climática (2:23), fartura e alegria (2:24,26) e o derramamento do Espírito Santo (2:22-32). Diante de tais promessas de Deus, o profeta Joel desafia o povo de Judá a renovar a esperança.
Meus irmãos, diante das promessas do Senhor, nós somos desafiados a nos enchermos de esperança, e não ficarmos desanimados, murmurando, chorando, etc. Como o teólogo calvinista suíço Emil Brunner disse: “O que o oxigênio significa para os pulmões, é a esperança para o sentido da vida”. Hoje, diante das dúvidas e incertezas, há muita gente ansiosa, desesperada, buscando um sentido para a vida nos prazeres carnais, nas drogas, nas religiões, etc., sem, contudo, encontrar uma saída, porque estão pondo suas esperanças onde não há esperança. Como igreja do Senhor, devemos confiar nas promessas de Deus e no Deus das promessas, na certeza de que Ele pode mudar a nossa situação e vai mudar se nos voltarmos para Ele, como Ele nos ensina em Sua Palavra (2 Cônicas 7.13,14).Desperta! É tempo de confiarmos nas promessas de Deus e nos voltarmos para Ele.
Portanto, não sei qual é o teu problema hoje, mas eu sei que o nosso Deus não mudou, ele é imutável, ele permanece o mesmo. Por isso podemos confiar nas suas promessas e nos encher de esperanças e ouvir o que o profeta Jeremias também nos diz em Lamentações 3:21 ” Quero trazer a memória o que me pode dar esperança”. O que você está trazendo a memória neste momento? Pare e pense? Olhe para Deus, independente das circunstâncias, clame ao Senhor, confie nas suas misericórdias e firme a sua vida nas promessas do Senhor, na certeza de que há esperança para mim, para você o Brasil. No Senhor está a nossa Salvação.
Autor Pr. Eli Vieira é formado pelo Seminário Presbiteriano do Norte e pastor da Igreja Presbiteriana Semear Itabuna-BA.
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