quinta-feira, 18 de agosto de 2022

ROBERT BURNS – O MISSIONÁRIO LABORIOSO E INCANSÁVEL

 



A Escócia foi o berço não só do presbiterianismo no mundo, mas também uma grande vertente missionária. Grandes missionários saíram da Escócia, e a maioria da igreja presbiteriana. Um deles foi Robert Burns.

Burns (1789-1869) foi um ministro presbiteriano e um grande líder missionário tanto na Escócia quanto no Canadá. Seu pai se converteu com a pregação de Whitfield e Burns recebeu essa herança, tanto de piedade cristã quanto de ardor evangelístico e missionário. Além disso se envolveu muito com a ação social, entendendo a salvação como uma amplitude integral do ser humano. Por causa disso, ele exerceu muita influência sobre a Igreja da Escócia, no começo do século 19.

Começou seu ministério em 1811, e permaneceu até a divisão da Igreja da Escócia (1843), havendo surgido, a partir daí, a chamada Free Church (Igreja Livre da Escócia), uma igreja presbiteriana mais conservadora. Por ser um calvinista ortodoxo, tornou-se ministro dessa nova denominação presbiteriana. Em 1845 foi enviado para o Canadá, para pastorear a Knox Church, em Toronto, ligada à Free Church da Escócia. Logo a seguir, tornou-se professor de Divindade na Escola teológica Knox, onde mais tarde viria a ser professor de História da Igreja. Logo que chegou àquele país, foi escolhido como presidente do Sínodo da Igreja Presbiteriana do Canadá, em conexão com a Free Church da Escócia. Tornou-se o homem mais proeminente da Igreja das Colônias Britânicas de Ontário e Quebec.

Robert Burns era um homem incansável como missionário. Por meio de seu intenso trabalho, fortaleceu poderosamente a Igreja do século 19 nas colônias britânicas do Canadá. Desenvolveu uma grande estrutura de Escolas Bíblicas Dominicais, visitava centenas de distritos, criou incontáveis grupos de comunhão, criou várias organizações missionárias e filantrópicas. Era um verdadeiro cientista. Editou obras em História da Igreja, escreveu obras sobre políticas sociais – especialmente referente a abordagens da pobreza – e era colunista do Jornal Evangélico The Edinburgh Christian Instructor.

Com seu temperamento opinativo e volátil, participava das controvérsias de seus dias, especialmente no que dizia respeito a Controvérsias Apócrifas da Sociedade Bíblica, Controvérsia Voluntária e as chamadas Controvérsias Não-Intrusivas na Igreja da Escócia. Mas além de tantas atividades, Burns se destacou, acima de tudo, como um missionário entusiasta. Liderou a Sociedade Missionária Colonial de Glasgow, desde sua fundação em 1825. Enquanto esteve em Toronto, deu preferência ao trabalho missionário. Frequentemente ele estava encorajando líderes ao plantio de novas igrejas, e há ainda hoje mais de meia dúzia de igrejas em Ontário levando o seu nome.

Ele instalou um importante ministro chamado Rev John Black, em Red River, umas das mais importantes da região de Winnipeg (Winnipeg transformou-se em centro urbano de primeiro mundo com a vinda de imigrantes de origem variada). Foi esse o primeiro pastor da Igreja Presbiteriana daquela região tão influente e estratégica para a difusão do evangelho. Ajudou a instalar muitos pastores nas igrejas do Canadá. Também teve um papel chave na Missão Buxton, enquanto ministrava treinamento aos escravos do fim da Estrada de Ferro subterrânea, na região sudeste de Ontário. Muitos missionários foram enviados para várias partes do país.

Podemos considerar alguns importantes aspectos no sucesso ministerial de Burns:
1) sua profunda piedade. Era um homem que amava muito ao Senhor e esse ministério era fruto da visão que tinha do próprio Deus;
2) sua dedicação ao trabalho. Ele trabalhou duramente e de forma incansável. Ele semeou muito para colher muito.

Cremos que nos dias de hoje, precisamos refletir sobre isso. Talvez nem todos colhem muito porque não semeiam com tanto ardor a semente necessária. Deus é cem por cento responsável pela colheita em sua obra, todavia, precisamos também ser cem por cento responsáveis na semeadura da poderosa semente do evangelho. Precisamos ser ardorosos e incansáveis para vermos uma grande colheita.

Rev. José João de Paula

Fonte: APMT

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