Por Tiago Chagas em 4 de dezembro de 2015
O estupor dos cidadãos de bem brasileiros com a dimensão das práticas de
corrupção no país vem se tornando tão grande quanto o número de escândalos
revelados diariamente na imprensa. A sensação presente na sociedade é de que é
chegado o momento de se posicionar com firmeza e tolerância zero para esse tipo
de crime.
Dentro desse cenário, o reverendo presbiteriano Hernandes Dias Lopes
publicou um vídeo com uma análise do potencial de dano que os crimes de
corrupção possuem, e chamou a atenção para o fato de que as consequências para
um ato de mal uso, ou desvio, do dinheiro público, podem ser inúmeras e
diversas.
“A corrupção não é uma falta amena. É um crime hediondo. Quando um
político, um empresário, um corrupto, ou um corruptor, saqueiam os cofres
públicos e desviam o dinheiro para contas fora do Brasil, ou usa esse dinheiro
de forma ilegítima, ilícita, criminosa – dinheiro esse que deveria ser
destinado à construção de hospitais, de escolas, de estradas, para dar melhor
condição e dignidade de vida ao cidadão – esse ato corrupto, essa corrupção, é
um crime que mata”, afirmou.
Os prejudicados pela corrupção são os cidadãos de todas as classes
sociais, e esses crimes, cometidos nos mais diversos níveis de governo, causam
impactos em todos os setores:“Quando você vê hoje uma pessoa na fila de
hospital morrendo por falta de atendimento; quando você vê um cidadão, que é
trabalhador, morrendo porque a cirurgia que ele precisa fazer foi marcada para
daqui a um ano, e ele tinha emergência; quando você vê o Brasil sendo um dos
campeões de acidentes de carro – e a maioria desses acidentes por falta de
estradas [em boas condições] -; a pessoa que está roubando o erário público,
está saqueando o país, não está lá puxando o gatilho, não está lá empurrando o
carro para o abismo, mas a corrupção é que está matando, porque esse dinheiro –
e são, não milhões, mas bilhões – fosse usado, destinado, para o seu verdadeiro
destino, que é melhorar a condição de vida do povo, nós não teríamos pessoas
morrendo à míngua, morrendo nas estradas”.
“Nós não teríamos pessoas desassistidas de esperança porque não têm
acesso à boa formação. A corrupção é uma vergonha para nossa nação. A corrupção
é um opróbrio para o Brasil. A corrupção é uma doença endêmica e sistêmica que
está minando as forças e roubando a esperança desse país. Nós precisamos dizer
um basta à corrupção. Nós precisamos virar essa página vergonhosa da nossa
nação. Nós precisamos de leis mais firmes,
mais robustas, que punam os corruptos e os corruptores exemplarmente, para que
a maneira como se lida com isso, a falta de rigor no exercício e na aplicação
da lei não venha a estimular esse crime que está matando, enfraquecendo,
adoecendo a nação brasileira”, acrescentou.
Assista:
Fonte: Gospel +
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