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quinta-feira, 28 de junho de 2012

INFERNO: LUGAR DE PUNIÇÃO ETERNA APONTA PARA JUSTIÇA DIVINA, DIZ TEÓLOGO



Reflexão sobre o tema é importante para despertar consciência da culpa e a busca pelo perdão de Deus
Por Jussara Teixeira
Inferno: lugar de punição eterna aponta para justiça divina, diz teólogo
Assunto polêmico e praticamente inexistente nas igrejas evangélicas, por seu conceito perturbador, a existência do inferno foi revelada pelas Escrituras e pelo próprio Jesus.
O reverendo Augustus Nicodemus, doutor em teologia e chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie falou aoGospel Prime sobre o assunto, que apesar de incômodo, obriga a uma reflexão por parte dos crentes. “Ele produz uma apreciação mais profunda da obra de Cristo e do sofrimento que ele teve que suportar para nos livrar deste lugar de tormento”, diz.
Segundo o teólogo, há uma tendência em alguns setores das igrejas evangélicas de pregar somente aquilo que agrada aos fiéis, com o objetivo de mantê-los na igreja. “Pregar sobre o inferno pode espantar gente das igrejas”, aponta.
Ele explica que existe uma corrente teológica, que prefere acreditar na extinção da alma do ímpio, chamada aniquilacionismo. Outros preferem acreditar que todos serão salvos ao final. “Reconheço que o conceito do sofrimento eterno dos ímpios no inferno é profundamente perturbador. Todavia, ele faz parte da revelação bíblica. Foi o próprio Jesus quem ensinou sobre o inferno e, na verdade, até mais que seus discípulos”, explica o estudioso.
Outra importante consequência do estudo do tema é a compaixão pelos que ainda não conhecem a Cristo como Salvador. “O tema gera compaixão profunda pelos que ainda não aceitaram a Jesus como Senhor e Salvador, o que deveria levar a evangelizar mais intensamente a todos”, incentiva Nicodemus.
A ideia recorrente entre muitos grupos de que “o inferno é aqui” é rechaçada pelo teólogo: “se o inferno é aqui na terra, por que ninguém quer sair dele? Se o inferno fosse aqui na terra, seria uma tremenda injustiça, pois vemos pessoas boas sofrendo muito e bandidos, corruptos e imorais vivendo bem”. E completa: “a verdade é que os sofrimentos desta vida não têm a menor comparação com os sofrimentos descritos na Bíblia e que estão reservados para o diabo, seus anjos e os ímpios”.
Ele diz que para aqueles que não crêem, a reflexão sobre a realidade do inferno pode produzir a consciência de sua culpa, terror e medo do sofrimento que os aguarda e mesmo ser um incentivo poderoso para buscar a Deus e seu perdão.
Justiça divina
A busca por justiça é inerente à consciência de todos, e o desejo de que os maus sejam castigados é universal.
“Está impresso na alma de cada indivíduo”, diz Nicodemus.
Ele discorre que a existência de um lugar de condenação eterna pode ser parte da resposta a esse sentimento e busca por justiça.
“É evidente que nesta vida os maus não são punidos. Fica então o clamor dos injustiçados e oprimidos que um dia, de alguma forma, os culpados sejam devidamente punidos. Para os que crêem na Bíblia, o inferno é parte da resposta a este desejo universal por justiça”, conclui.

CULTO EM AÇÕES DE GRAÇAS PELOS 24 ANOS DA FEDERAÇÃO DE SAF'S DO PRESBITÉRIO CARUARU



No sábado dia 11 de fevereiro, a federação de SAF's celebrou 24 anos história para a glória do Senhor. O culto aconteceu em nossa igreja.
Fonte:blog da IV IP de Caruaru

GOVERNO ALEMÃO PODE IMPEDIR CIRCUNCISÃO DE JUDEUS E MUÇULMANOS



Tribunal de Colônia sofreu críticas por sua decisão
Por Jarbas Aragão
Governo alemão pode impedir circuncisão de judeus e muçulmanos
Um tribunal alemão decidiu que a circuncisão de recém-nascidos por motivos religiosos equivale à lesão corporal, mesmo que haja o consentimento dos pais para o procedimento.
O tribunal estadual da região de Colônia afirma que o direito que uma criança tem à liberdade física supera a integridade da religião e os direitos dos pais.
A decisão ocorre após médico ser acusado de realizar uma circuncisão em um menino judeu de quatro anos de idade, que teve complicações, incluindo uma hemorragia grave. Segundo relatos, o sangramento era normal e foi rapidamente controlado. No entanto, os promotores locais entraram com uma ação contra o médico.
O juiz da primeira instância determinou que exista liberdade religiosa e garantiu aos pais o direito de decidir. Depois que a promotoria apelou, um tribunal superior garantiu o direito da criança de ser protegida contra danos corporais. Mesmo assim, o médico acabou absolvido e os promotores disseram que não vão recorrer novamente.
O presidente do Conselho Central de Judeus da Alemanha, Dieter Graumann, classificou a decisão como “algo ultrajante e insensível”, exigindo que o Parlamento Federal da Alemanha esclareça a situação do ponto de vista legal e intervenha para “garantir a liberdade religiosa” dos judeus alemães.
Graumann disse que a circuncisão ritual feita por um médico ou um mohel com “competência médica” é “parte integrante da fé judaica. Algo que vem sendo praticada há milhares de anos pelos judeus e que “todos os países do mundo respeita este direito religioso”.
Os muçulmanos também circuncidam meninos por conta da tradição religiosa, mas muitos pais hoje afirmam que o fazem por motivos de saúde.
A decisão do tribunal cria uma situação complicada para os líderes religiosos e médicos que realizam o procedimento. Ao contrário da circuncisão feminina, não há nenhuma lei que proíba isso no país. No entanto, estabelece um precedente que poderia ser levado em conta pelos outros 55 tribunais alemães quando tiver de se pronunciar sobre casos semelhantes.
O advogado Nathan Gelbart se manifestou sobre o caso, defendendo que “os pais precisam aceitar que apenas a criança pode decidir sobre a sua religião, quando ela crescer. A circuncisão é uma pré-decisão que está sendo imposta à criança”.
Enquanto isso, Holm Putzke, professor de direito penal da Universidade de Passau, que defendeu por vários anos a proibição da circuncisão involuntária, comemora. Ele afirma que espera que a decisão de Colônia provoque a discussão em toda a Alemanha sobre “o que deve ser mais importante, a liberdade religiosa ou o direito das crianças de não terem seus órgãos genitais mutilados”.
Em 1999, o Supremo Tribunal da Alemanha deu parecer favorável à liberdade religiosa, protegendo o direito de abate ritual islâmico (hallal) e, por consequência, o abate judaico (kasher). Desde então há diferentes movimentos que protestam contra a intervenção do Estado nas questões religiosas, que são particulares.
Traduzido e adaptado de Huffington Post e Forward

A ORAÇÃO E O NOSSO TEMPO


...É tempo de buscar ao Senhor(Oséias 10.12)


Quando John Knox, o pai do presbiterianismo e famoso reformador escocês, encontrava-se em seu leito de morte em Edimburgo em 1572, ele disse a um dos presbíteros reunidos em torno da sua cama;" tenho meditado durante as duas últimas noites sobre a tão atribulada igreja de Deus, desprezada pelo mundo, mas preciosa para Deus. Tenho clamado a Deus em seu favor e a tenho recomendado aos cuidados de Cristo cabeça da Igreja.Tenho lutado contra satanás que está sempre pronto ao ataque. Tenho lutado contra a maldade espiritual e tenho vencido". Knox foi um homem de que tinha uma vida de intimidade com Deus, ele era um homem de oração. Ao olharmos para o livro das crônicas, podemos ver que o autor sagrado ao falar da descendência de Judá ele destaca a vida de um homem chamado Jabez como ilustre(1 Crônicas 4.9,10) porque ele confiou e invocou ao Senhor  e Deus ouviu a sua oração.
A oração foi instituída  para que o próprio Deus seja glorificado- por isso o mais importante quando perguntamos sobre a oração, não é como orar, mas com quem falos ao orar?. Conhecer verdadeiramente quem é Deus e saber poque ele quer que oremos é fundamental para compreendermos a oração. Através de uma vida de oração nós honramos a Deus, reconhecemos que dependemos dEle e que ele é soberano e domina sobre todas as coisas.
A oração é para o nosso crescimento espiritual  como homens e mulheres de Deus- ela foi instituída por Deus para o nosso crescimento espiritual. Não foi de forma perfunctória que o Reformador João Calvino escreveu o maior capítulo das Institutas da Religião Cristã sobre a oração. Os reformadores foram homens de oração. A oração foi instituída para o exercício da nossa fé. A "fé é gerada pela palavra Rm 10.17, mas exercida quando oramos". Porém aqueles que amam ao Senhor não podem ficar muito tempo distante dEle.
A oração foi designada da parte de Deus foi designada  com o propósito de procurarmos da parte dEle, as coisas que precisamos. A oração não tem o propósito de dar informações a Deus, como se ele ignora-se as coisas. O mestre Jesus declarou expressamente: " porque Deus , vosso Pai, sabe o que tendes necessidade, antes que lho peçais"(Mt.6.8).As nossas orações são instrumentos, por meio dos quais Deus cumpre os seus decretos. A oração é o método que Deus ordenou como disse Lutero " orar não é vencer a relutância de Deus, mas apropriar-se do beneplácito dEle", é o meio e método que Deus nos concedeu para transmitir a seu povo as bençãos incomparáveis de sua própria bondade.Vivemos em uma atualidade secularizada, materialista, etc.  isso tem influenciada  a vida dos servos de Deus de tal maneira que muitos já não oram e como consequência perderam a intimidade com Deus. Muitos estão confiando em suas amizades, outros estão firmados no poder econômicos,  etc. porque perderam a visão que o Soberano Deus reina, controla e dirige a história.
Portanto, é tempo de buscar a presença de Deus, certos de que servimos ao Deus que ouve e responde as nossas orações, assim como Ele respondeu a Jabez.

Razões porque eu não curto as festas juninas evangélicas


Por Renato Vargens


Existe uma linha extremamente tênue entre contextualização e sincretismo religioso. Na verdade, ouso afirmar que não são poucos aqueles que no afã de contextualizarem a mensagem sincretizaram o Evangelho. 

Antes de qualquer coisa, gostaria de afirmar que acredito na necessidade de que contextualizemos a mensagem da Salvação Eterna, sem que com isso, negociemos a essência do evangelho. O problema é que devido a "gospelização" da fé, parte da igreja brasileira começou a considerar todo e qualquer tipo de manifestação cultural ou religiosa como lícita, proporcionando com isso a participação dos crentes em eventos deste nipe, desde que portanto, houvesse  mudança de nomenclatura.  Nessa perspectiva, apareceram as baladas, festas  e boates gospel, como também os arraiais evangélicos.

Diante do exposto, gostaria de ressaltar de forma prática e objetiva as principais razões porque não considero lícito ou adequado cristãos organizarem ou participarem de arraiais evangélicos:

Background  histórico das festas juninas são idólatras, onde o objetivo final é venerar os chamados “santos católicos”.

Bom, ao ler essa afirmação talvez você esteja dizendo consigo mesmo: "Há, tudo bem, eu concordo, mas a festa junina que eu vou não é católica e sim evangélica, portanto, não rola idolatria." 

Caro leitor,  o fato de transformarmos uma festa idólatra numa festa gospel, não a torna uma festa legitimamente cristã.  Do ponto de vista das Escrituras é preciso que entendamos que não fomos chamados a imitar o mundo e sim a transformá-lo.

Um outro ponto que precisa ser considerado é que ao criarmos uma festa junina evangélica sem que percebamos, estamos contribuindo com a sincretização do evangelho. Na verdade, ouço afirmar que não existem diferenças entre aqueles que em nome de Deus fazem festas juninas, daqueles que em nome do Senhor, promovem a relação entre o baixo espiritismo e o "Reteté de Jeová."

Vale a pena ressaltar que não sou contra eventos ou festas que tenham bolos, pés de moleque, salsichão, Cachorro quente e o maravilhoso angu a baiana. Na verdade, tirando a canjica que eu detesto, eu amo tudo isso! Conheço igrejas como por exemplo a Igreja Batista de Japuíba em Angra dos Reis, pastoreada pelo meu amigo Ezequias Marins que anualmente, fora do período de junho/julho, organiza uma festa do Milho sem as características juninas, como músicas, bandeiras, roupas de caipira e etc.  Na verdade, Ezequias e sua igreja entenderam o perigo do sincretismo e organizaram uma festa cujo objetivo final é glorificar ao Senhor através da evangelização.

Prezado amigo,  diante do exposto afirmo que as igrejas que organizam festas juninas com danças, vestes caipiras e outras coisas mais, romperam a linha limite da contextualização embarcando de cabeça no barco do sincretismo.

Isto, posto, me parece coerente e sábio que  em situações deste tipo apliquemos a orientação paulina que diz:  "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam." 1 Coríntios 10:22-23

É que penso!

Renato Vargens

A BÍBLIA COMO FERRAMENTA MISSIONÁRIA



No final de junho dei uma palestra em São Paulo por ocasião do VIII Fórum de Ciências Bíblicas, promovido pela Sociedade Bíblica do Brasil. O tema do fórum era “a relação entre missões e a Bíblia”. A minha contribuição foi em duas partes. Na primeira delas, considerei como podemos melhor correlacionar “missões” ou “missão” com a Bíblia. Era uma reflexão mais teológica e hermenêutica. Na segunda parte da palestra, considerei a Bíblia como ferramenta na expansão missionária do povo de Deus. Uma reflexão mais histórica. A partir de agora, falarei desta segunda parte da reflexão, uma vez que a primeira foi apresentada no mês passado.

Por esse motivo, consideremos a Bíblia em dois aspectos. Primeiro: a Bíblia como ferramenta nopreparo missionário. Segundo: a Bíblia como ferramenta na prática missionária.

A Bíblia como texto no preparo missionário (ou o estudo de missões)
 
No Brasil e fora dele, a Bíblia sempre foi um texto fundamental para o preparo tanto pastoral quanto missionário. No final dos anos 70, surgiu uma nova conscientização da responsabilidade missionária da igreja¹. Tipicamente havia forte apelo às passagens bíblicas classicamente “missionárias” como a “grande comissão nos Evangelhos”. Mas também havia tentativas de elaborar a temática missionária ao longo das Escrituras².

Com o desafio missionário, logo apareceram programas de preparo para o envio. A princípio, estes programas eram curtos, geralmente de poucas semanas, às vezes de um ou dois meses. Eventualmente os cursos se tornaram mais substanciais e incluíram matérias bíblicas³. Hoje, é comum estudar “teologia bíblica de missão” ou “fundamentos bíblicos para a obra missionária da igreja”. Nestas disciplinas, os grandes temas bíblicos de eleição, aliança, justiça e julgamento, esperança messiânica e salvação, criação e nova criação são interligados e tecidos em um pano de fundo bíblico essencialmente missionário.

Outro contexto muito importante onde a Bíblia é estudada com bastante proveito na perspectiva da missão da igreja é nos grandes encontros, congressos e conferências nacionais e internacionais. Recentemente, a carta aos Efésios foi estudada em pequenos grupos durante uma hora ou mais por milhares de líderes cristãos do mundo inteiro na Cidade do Cabo, no III Congresso Internacional de Evangelização – Lausanne III.  Há anos que todas as reuniões do Concílio Mundial de Igrejas iniciam os dias com uma reflexão da Bíblia sobre a missão da igreja e o mesmo pode ser dito sobre o Congresso Brasileiro de Missões, além de outros semelhantes.

A Bíblia como ferramenta de missões
 
A história do desenvolvimento e expansão do povo de Deus [missão] simplesmente não pode ser contada sem referência à tradução da Bíblia. São praticamente uma e a mesma história. Começa com o surgimento e a recuperação das Escrituras pelos judeus4.

Quando os judeus foram levados para o cativeiro no século VI, surgiram as primeiras traduções das Escrituras para o aramaico [o Targum], que se tornou a língua franca do exílio. Assim, estas traduções serviram tanto para manter a identidade dos judeus enquanto estavam longe das suas terras, quanto para divulgar os preceitos das Escrituras hebraicas entre os estrangeiros. 
 
Com o retorno de alguns judeus para as suas terras depois do exílio babilônico e a dispersão de um número muito maior por todo o mundo antigo eventualmente dominado pelos gregos, a tradução das Escrituras hebraicas para grego durante os séculos II e III [Septuaginta] foi instrumental na manutenção da identidade cultural e religiosa dos judeus. Esta nova tradução para e a sua exposição nas sinagogas se tornaram os principais instrumentos missionários dos judeus para os não judeus e a inclusão destes “tementes a Deus” nas sinagogas por todo o império romano antes, durante e depois do surgimento do cristianismo.

A compilação dos documentos da igreja primitiva levou cerca de 300 anos, em grego, submetida a várias coletâneas até se completar, somente no século IV D.C.. Também exerceu um papel fundamental na consolidação e expansão da igreja primitiva. As citações feitas por Paulo na sua carta aos Romanos, o testemunho no livro de Atos da leitura regular das Escrituras nas reuniões da igreja e a afirmação de Pedro da circulação das cartas de Paulo nas primeiras comunidades cristãs são evidências do papel pastoral e missionário das Escrituras.

Não demorou muito para a expansão espantosa do cristianismo por todo o império romano. Tal expansão se deve a muitos fatores, acima de tudo, ao esforço missionário e testemunho corajoso dos primeiros cristãos. Hoje, sabemos que aspectos físicos e linguísticos facilitaram a expansão, como a rede de estradas romanas construídas para todos os lados e grego como língua franca pelo menos na parte oriental do império. Mas, outro fator enorme era a existência e a subsequente tradução das Escrituras. Desde o início, a fé judaico-cristã foi uma fé do “livro”, e este livro acompanhou o seu crescimento. Logo se fez necessária uma tradução para o latim. Jerônimo se encarregou de consolidar esforços anteriores e produzir eventualmente a Vulgata entre 382 e 420 D.C.. Assim, favoreceu a expansão missionária em Roma e regiões ocidentais e setentrionais.

Nas regiões do antigo império Sírio, conquistadas séculos atrás pelos gregos, o Antigo Testamento foi traduzido para siríaco já no século II D.C., e o Novo Testamento nos séculos II e IV. Lá, um dos maiores movimentos missionários da história ascendeu: os nestorianos, que levou o evangelho até a Índia e China. Até hoje esta tradução, conhecida como a Peshitta, é usada por cristãos por todo o Oriente Médio.

Havia outras traduções da Bíblia nesta época e o seu impacto missionário também era grande. Ulfilas fez uma tradução para godo no século IV, instrumento na evangelização de bárbaros germânicos na Romênia. Traduções também para saídica, língua egípcia. No século V, São Mesrob fez uma tradução para o armênio e assim evangelizou boa parte da Armênia, de tal modo que se este se tornou o primeiro país oficialmente “cristão”. Outras traduções deste período incluíam a copta para o Egito, a nubiana antiga para o Sudão, a etiópia para a Etiópia, e a georgiana para o sul da Rússia.

Avançando mais na história, importantes traduções incluem para o inglês antigo, por São Beda, e para o alemão antigo no século VIII. As primeiras traduções para o chinês pelos nestorianos5 também ocorreram no século VIII, e o antigo eslavônico por Cirilo e Metódio no século IX para a região dos Bálcãs e a Morávia. Essa lista vai longe. No século XIII a Bíblia já estava disponível em 22 línguas.

No século XVII, o Evangelho de Mateus foi traduzido para o malaio, na Polinésia. Também João Elliot traduziu a Bíblia para algoniquim, língua dos índígenas que habitavam Massachusetts, nordeste dos Estados Unidos. No período moderno, é preciso destacar a importância missionária da tradução da Bíblia, ou partes dela, para o Tamil na Índia, pelo missionário dinamarquês Bartolomeu Ziegenbalg. Para o Bengali, Sânskrito. Para outras línguas, pelo inglês William Carey, conhecido popularmente como o “pai” das missões modernas. 

Na mesma época, o americano Adoniram Judson, que serviu na Birmânia, traduziu a Bíblia para a língua burmanesa e o inglês Henrique Martyn traduziu o Novo Testamento para o urdu, o persa e pérsico-judaico. E o dinamarquês, Paul Olaf Bodding, a traduziu para Santali, língua da Índia oriental. No século XIX, a Bíblia foi traduzida em cerca de 400 novas línguas e no século XX em mais de 800. Em cada um destes casos, é possível, até necessário, correlacionar a tradução da Bíblia com a expansão missionária do evangelho, e isto se repetiu centenas de vezes ao longo da história.

Conclusão
O mais surpreendente para nossa reflexão não é a correlação entre a Bíblia e a obra missionária. Também não é o papel prático da redação, compilação, tradução e distribuição da Bíblia no avanço dos propósitos de Deus no mundo desde a antiguidade. Mas, o mais surpreendente é que demoramos em reconhecer isto, promover fóruns sobre o assunto, estudar com bom proveito esta correlação a fim de nos perguntar: como, então, podemos melhor nos empenhar na missão de Deus em direção a sua nova criação, novos céus e nova terra, por meio deste instrumento e bússola tão precioso?

Notas
¹A ABUB promoveu uma primeira conferência missionária nacional em Curitiba em 1974.
2 Por exemplo, o meu livro, Missões na Bíblia. Princípios Gerais (São Paulo: Vida Nova, 1992) surgiu como uma compilação de palestras dadas em uma conferência missionária em 1983.
3 A primeira escola que ofereceu cursos de formação missionária de um a dois anos foi o Centro Evangélico de Missões (CEM), em 1983.


É teólogo, missionário da Igreja Presbiteriana Independente, capelão d’A Rocha Brasil e surfista nas horas vagas. Pela Ultimato, é autor de A Visão Missionária na Bíblia eTrabalho, Descanso e Dinheiro.
Fonte:ultimatoonline

Presidente do ministério Global Commission Partners vem ao Brasil


Levando Cristo às tribos isoladas
Por Rosângela Luna
Presidente do ministério Global Commission Partners vem ao Brasil
Axel Lanausse, Fundador e Presidente da Agência missionária Global Commission Partners, é hoje uma das maiores autoridades e defensores de missões nativas.
Nos últimos 22 anos, Axel levou organizações missionárias que abrangem todo o globo, fornecendo suporte para centenas de missionários em todos os continentes, exceto Austrália e Antártida. Sr. Lanausse é bacharel em Letras da Universidade de Washington e mestrado em Estudos Bíblicos de Luther Rice University en Litonia, Georgia. Casado com Rute têm dois filhos, Paulo e Daniel.
Em 1991, Axel Lanausse começou uma pequena agência missionária recrutando engenheiros, carpinteiros, dentistas e médicos para trabalhar entre as tribos que vivem em países latino-americanos.
Em 1994, centenas receberam atenção médica e odontológica e o evangelho de Jesus Cristo, especialmente os que vivem na selva amazônica. Nesse mesmo ano, Axel claramente sentiu o Senhor chamá-lo para ir para um estado do nordeste da Índia.
Foi a partir de 1995 que Pr. Axel começou a captar recursos para ajudar ministérios evangelísticos indígenas na China, Índia, Vietnã, Laos, Camboja, Bangladesh, e muitos outros países asiáticos, na antiga União Soviética, países africanos e do mundo árabe.
Após dois anos sem vir ao Brasil, Axel Lanause chega no próximo dia 5 de julho com sua família. Com o objetivo principal de compartilhar o que tem visto nos campos missionários com a Igreja brasileira, ele também deseja avivar a chama de missões autóctones nas igrejas.
“É importante lembrar a igreja brasileira que nós não somos mais um campo missionário, mas uma força missionária”, completa Lanausse.
Fonte:gospelprime

quarta-feira, 27 de junho de 2012

A CONFISSÃO POSITIVA [1]


Por Roger Smalling

Todas as forças naturais e todas as circunstâncias da nossa vida são controladas por nossa língua![2] Quando falamos positivamente, uma grande força espiritual gera-se dentro de nós, e esta muda ao mundo que nos rodeia.[3] As situações mais difíceis podem ser mudadas por nossa língua. Se prosperam os malvados, é porque nós os cristãos temos declarado que seja assim. Inclusive a salvação das almas depende da nossa confissão positiva. Ao não crer, poderíamos estar jogando uma maldição a alguém, se declaramos que esse alguém está a ponto de escorregar e, quando o faz, seria o resultado de nossa maldição, mas não profecia.[4]

Tais anunciações são mediante representativos das doutrinas da Palavra de Fé[5], sobre a confissão com nossa boca. Ainda que pareçam tremendamente extremas, ainda há mais; por exemplo, Charles Capps atribuiu o nascimento virginal de Cristo a uma declaração positiva de Maria. Ela recebeu a palavra do anjo em seu espírito e logo esta se manifestou em seu ventre.[6]

Tanto Copeland como Capps nos dizem que Satanás nos programou insidiosamente para que, desde jovens, falemos palavras perversas e de morte. Devemos eliminá-las de nosso vocabulário já que “elas colocam em movimento a chama ardente das forças espirituais negativas”.

Quais são estas palavras tão horrorosas que Satanás nos ensinou a pronunciar? Por exemplo: “Morro por tal coisa...,” “Morria de tanto rir,” “Tal coisa me matou de tanto rir” e outras expressões similares. Segundo Copeland, são... Discursos perversos! Palavras de morte! Contrárias à Palavra de Deus![7]

Cristo esclarece que tudo o que fazemos em nossos ministérios, especialmente aquilo que é miraculoso, deve ser precedido por uma absoluta dependência de Deus. A iniciativa deve ser de Deus e não temos nós o direito de soltar a língua como nos agrade.

Se tivéssemos fundamento para suspeitar que estes homens somente estão exagerando, poderíamos ignorar seus ensinamentos. Mas há igrejas, algumas grandes, dedicadas a ensinar estas doutrinas.

Para defender suas ideias, os líderes do movimento baseia-se nos seguintes textos:

“Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus; porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele. Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco”. Marcos 11. 22-24

O princípio fundamental da fé está expresso no último versículo. Devemos crer que Deus já respondeu nossa petição antes de que a formulemos. Esta é a base para uma declaração positiva de nossa fé na vontade de Deus, tanto para escutarmos como para respondermos.

A confissão positiva é certamente melhor que a negativa. Mas sem uma base bíblica sólida, pode levar a uma visão errada da realidade. A passagem mencionada nunca significou um cheque em branco para qualquer coisa que desejemos ou digamos. É mais um padrão básico de fé que pode ser exercitada quando o Senhor nos dá uma promessa pessoal.

Há que observar que o texto começa com a frase “Tende fé em Deus”. O grego original é: exete pistin theou, que literalmente se lê como “ter fé de Deus”. Isto se conhece gramaticalmente como um genitivo absoluto e somente significa “tende fé em Deus”. Assim se traduz corretamente em todas as versões modernas.

Cristo nos esclarece que tudo o que fazemos no ministério deve estar precedido por uma absoluta dependência de Deus. A iniciativa deve ser dEle, e nós não temos o direito de fazer o que nos agrada. O texto na verdade não se refere ao uso de um princípio místico de fé, do qual Deus mesmo depende.

No contexto do capítulo, Jesus amaldiçoou a figueira e esta secou. Pedro, sempre curioso, ressalta isto no versículo 21: “Mestre, eis que a figueira que amaldiçoaste secou”, como quisesse dizer: “Como pudeste fazer isso?”. Os versículos que se seguem, então, são meras explicações de como o fez: “Primeiro, Pedro, tens que estar operando NO Espírito, e não ser impulsivo. Deves identificar qual seja a vontade do Pai, e ao conhecê-la atuar em fé”.

É claro que Jesus não usa estas palavras, mas uma análise cuidadosa do texto e outras passagens relacionadas, nos revelam que essa é a intenção do texto.

Existe uma grande diferença entre o exercício ordinário da fé em nossas vidas e o dom especifico da fé, que recebemos por revelação direta de Deus. Este último se confirma em 1 Co 12.9 como um dom sobrenatural. Em tal contexto, nota-se que não é para todos e nem em todos os casos. Paulo diz: “... a outro, fé pelo mesmo Espírito...”.

Murchar as figueiras e mover as montanhas não são coisas de todos os dias na vida do crente. Por sua natureza excepcional requer um dom sobrenatural de fé divina. Conseguir compreender tudo isto nos guiará a uma posição equilibrada sobre a fé e a confissão positiva consequente. Marcos 11.24 não é um texto que prove que temos o direito de obter qualquer coisa que desejemos. O exercício de nossa fé baseia-se na vontade de Deus declarada previamente. Podemos ter o que seja que declaremos... Deus o disse primeiro.

Tiago, capítulo 3
Os proponentes da super-fé, usualmente usam este capítulo como apoio do seu ponto de vista, segundo o qual as circunstâncias que rodeiam a existência humana são determinadas pelas confissões negativas ou positivas.

O versículo 6 é um texto favorito da Palavra de Fé, já que se refere à língua como capaz de acender fogo à “roda da criação”. No entanto, o contexto deste capítulo, combinado com a análise do texto grego, nos leva a concluir que Tiago se referia a algo diferente de uma manipulação da realidade através da língua.

A frase “roda da criação” é ton trochon tes geneseos em grego e é de difícil tradução. Trochon literamente significa “roda”, egeneseos origem, fonte, nascimento, existência, vida. No Dicionário Expositivo Vine descreve-se a esta roda que acende fogo desde seu eixo interno e o manda para fora, justamente como o dano que causa a língua.

Tiago refere-se simplesmente a influência que tem nossa língua no marco de nossas relações humanas. Diz: "Com ela abençoamos ao Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos aos homens, que são feitos à semelhança de Deus". Está acaso referindo-se ao controle das forças naturais, nossa saúde ou finanças mediante nossa língua? Claro que não! Tiago refere-se a nossas relações, já que se falamos mal das pessoas que nos rodeiam, isto naturalmente afetará o curso da nossa vida, nos encheremos de inimigos.

Nossa fofoca destruirá a outros e a nós mesmos. Usar este capítulo 3 de Tiago para provar que todas as circunstâncias de nossa existência são controladas pelas palavras que proferimos, em qualquer sentido mais além de nossas próprias relações humanas, é — sem dúvida — violentar o texto.

Estás preso com as palavras da tua boca. Provérbios 6.2.
Citar este texto como uma advertência contra a declaração negativa é tomá-lo fora do seu contexto. Não refere-se a nenhum tipo de confissão positiva ou negativa, se não que adverte a evitar ser garantia nas dívidas contraída por amigos. O texto completo é: "Filho meu, se ficaste por fiador do teu companheiro e se te empenhaste ao estranho, estás enredado com o que dizem os teus lábios, estás preso com as palavras da tua boca".

E, sobre a palavra “confissão” na Bíblia? Alguns mestres do movimento assinalam que este termo em grego é homologia, que se compõe de homo, igual – logeo, falar. Consequentemente, segundo eles, significaria “falar a mesma coisa”. Quer dizer, se falamos “a mesma coisa que Deus”, obteremos o resultado desejado.

Incorreto. Na era pré-cristã, a palavra tinha esse significado, mas na época em que o Novo Testamento foi escrito, o significado que tem é “professar fé em algo ou alguém”. Das quarentas vezes usadas no Novo Testamento (na forma mencionada e na maneira enfáticaexhomologeonai o verbo homologeo), em nenhuma delas há apoio ao ponto de vista de que as palavras de nossa boca tenham algum poder criador. Observem alguns usos do Novo Testamento:

Profissão de Fé
Nos mestres falsos, Tito 1.16; em Cristo, Lucas 12.8; dos fariseus nos anjos e na ressurreição, Atos 23.8; os espíritos admitindo ou negando a Deidade de Cristo, 1 João 4.3.

Confissão do pecado
Dos feiticeiros convertidos em Éfeso e declarando publicamente suas obras, Atos 19.18; dos cristãos confessando seus pecados a Deus, 1 João 1.9; dos crentes confessando suas culpas uns aos outros, Tiago 5.16.

Promessa a alguém
Judas prometendo trair a Cristo, Lucas 22.6.

Ação de graças
De Jesus ao Pai (Lucas 10: 21).
Não existe nenhuma só pista na Bíblia que apóie o uso da palavra “confissão”, no uso que atribuem os mestres da declaração positiva.

Dois problemas graves:
Além da errônea aplicação das Escrituras, existem dois problemas graves no ensino da doutrina positiva:

A.  Ênfase excessiva
As epístolas foram expressamente escritas para instruir aos crentes sobre como viver de forma vitoriosa, mas de forma alguma se vê aquele tipo de ênfase dado neste movimento. Ademais, às vezes encontram algumas declarações supostamente negativas pronunciadas pelo mesmo apóstolo Paulo:

... contudo, Satanás nos barrou o caminho (I Tessalonicenses 2.18).

Porque a mim me parece que Deus nos pôs a nós, os apóstolos, em último lugar, como se fôssemos condenados à morte; porque nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens (I Coríntios 4.9).

Até à presente hora, sofremos fome, e sede, e nudez; e somos esbofeteados, e não temos morada certa (I Coríntios 4. 11).

Aos que levam o ministério de Deus com responsabilidade, não ensinam ao seu rebanho que podem desatar forças espirituais negativas, somente com pronunciar certas palavras ou frases comuns. Os apóstolos não viram que a realidade dos fatos poderiam ser uma declaração negativa, nem tiveram temor de expressá-lo. Este tipo de temor não provém de uma fé bem sustentada, ao contrário, manifesta uma falta de fé.

B. Generalização de casos particulares
Dos dois problemas apontados, este é o mais grave, pois é aqui onde se machucam as pessoas. Como temos estudado, os mestres da Palavra da Fé consideram a prosperidade e a saúde do crente como verdade absoluta: Todo cristão, sem exceção, deve estar e ser saudável e próspero ao momento presente, já que Deus declarou que assim é Sua Vontade, segundo eles. Portanto, não se considera necessário orar ou pedir revelação sobre estes dois aspectos.

Quando vermos que esta premissa da Palavra da Fé é insustentável, compreenderemos quão perigoso é lançar-se a uma fé assim, sem sustentar-se na vontade de Deus primeiramente. Os que procedem dessa forma encontram-se com certeza em problemas e dores.

Existe uma armadilha muito sutil neste aspecto. Suponhamos que a vontade de Deus é que o Sr. Fulano prospere, mas não busca a vontade de Deus primeiramente. Lança-se à fé, seguindo as fórmulas dos livros. Os resultados? Voilá! Funciona! Então Fulano assume que tudo funcionou porque os mestres da Palavra de Fé são verdadeiros, ensinando verdades absolutas que todos podem chegar a experimentar. Fulano não considera que a vontade de Deus para sua vida se cumpriu nele, de maneira pessoal, não universal.

Agora suponhamos que João proclame estas boas notícias a um irmão da igreja, e este lança-se de igual maneira que João, mas para ele tudo termina em frustração e fracasso. Então, este irmão culpa a Deus, perde a fé e entra em uma crise emocional. Se houvesse buscado primeiramente a vontade de Deus, poderia escutar algo como: “Não, filho, isso não é para ti, essa foi minha vontade para fulano, eu tenho algo melhor para ti. Quero que me sirvas na Índia e, se fores fiel, te considerarei digno de sofrer por amor ao meu nome, e inclusive que teu sangue seja sangue de mártir”.

Poderíamos considerar a algum deles superior ao outro, se ambos encontram a vontade de Deus em suas vidas?

Os crentes devem reconhecer a soberania de Deus
As Assembléias de Deus, a maior denominação pentecostal do mundo, denuncia o ensinamento da Palavra da Fé sobre a confissão positiva com estas palavras:

Fazer finca-pé na confissão positiva tem a tendência de incluir frases que parecem indicar que o homem é soberano e Deus seu servo. Estas frases que exigem Deus atuar, implicam que Ele entregou sua soberania; que não está na capacidade de atuar de acordo com sua sabedoria e propósito. Faz-se referência a que a verdadeira prosperidade consiste em usar o poder e a capacidade de Deus para satisfazer necessidades, quaisquer que estas sejam. Assim, posiciona-se o homem usando a Deus, em lugar de o homem render-se e ser usado por Deus.[8]

Uma manifestação insólita de Kenneth Copeland
Até esta data, a manifestação mais insólita que escutei dos mestres do movimento sobre a confissão positiva, proveio de Copeland durante um programa televisado na cadeia TBN, no dia 12 de Novembro de 1985.

Depois de humildemente pedir a Deus permissão para manifestar esta “verdade”, Copeland virou-se para Paul Crouch, o anfitrião, e lhe fez esta pergunta: “Você sabe quem é o maior fracassado da Bíblia?”. Crouch ficou perplexo, sem responder, assim Copeland lhe informou. “O maior fracassado da Bíblia é Deus!”

Copeland explicou que Deus era incapaz de impedir que suas criaturas se rebelassem contra Ele. Deus era realmente surpreendido por suas criaturas, mas não entrava em pânico nem fazia confissões negativas, porque Ele sabia que fazer tais confissões, o fariam ver como um fracassado.

Então Deus, explicou Copeland, buscou uma solução. Orar não seria a solução porque não havia a quem pedir. Jejuar também não, porque Deus não come. Então lhe ocorreu uma solução: A semente da fé! Sim! Deus plantaria uma semente porque sabia que a lei da semente da fé sempre funciona. Qual foi essa semente que Deus plantou? Seu filho Jesus, é claro. Onde a plantou? No inferno para que sofresse pelos pecados. Jesus esteve no inferno como um pecador condenado em nosso lugar.

No que diz respeito a Deus, Jesus já não existia. A única esperança que Deus tinha era a lei da semeadura e da colheita combinada com sua confissão positiva. Deus sabia que isso sempre trás resultado. Portanto, quando Jesus — que estava no inferno sofrendo como um pecador condenado — nasceu de novo pelo Espírito, três dias depois saiu com poder. Resultado: Deus não somente obteve seu filho de volta, como também conseguiu muitos mais filhos.

Sim, explicou Copeland, Deus teve fé. Ele sabia que a lei da semente da fé sempre funciona. Os aplausos e vivas que Copeland recebeu da audiência cristã, incluindo a Paul Crouch, por esta revelação, foram ensurdecedores.

Neste capítulo aprendemos que...

• O movimento da fé pratica o ocultismo por meio de um conceito distorcido da confissão positiva.
    Na teoria ocultista, a mente controla a realidade. As palavras têm um poder próprio e permitem transferir imagens mentais à realidade.
    De acordo com o ensinamento da Palavra da Fé, o cristão deve visualizar o que quer obter, para logo criá-lo com sua palavra e sua confissão positiva.
   O termo “confissão” tem somente dois significados na Bíblia: Professar a crença em uma verdade ou admitir a culpa. Nunca se refere a um poder próprio da palavra.

Dr. Roger Smalling é pastor presbiteriano, Mestre em Teologia (USA), diretor e fundador da Visión R.E.A.L


[1] Quinto capítulo do Livro THE PROSPERITY MOVEMENT: Wounded Charismatics por Rev. Roger L. Smalling, D. Min. http://smallings.com/LitEng/litEnglish.html
[2] Copeland, Kenneth, The Power of the Tongue (O Poder da Lingua), Copeland Publications, 1996, p.19.
[3] Copeland, Kenneth, The Laws of Prosperity (As Leis da Prosperidade), Copeland Publications, 1974, p. 98.
[4] Copeland, Kenneth, The Power of the Tongue (O Poder da Lingua), Copeland Publications, 1996, p.19.
[5] Dentre os ensinos deste movimento está a Confissão Positiva. A confissão positiva não é uma denominação nem uma seita, mas um movimento no seio das igrejas pentecostais e neo-pentecostais que enfatiza o poder do crente em adquirir tudo o que quiser. Seu surgimento foi gradual, a partir de Essek William Kenyon (1867-1948). Uns são unicistas, outros deificam o homem, há ainda os que pregam um Jesus exótico, estranho ao Novo Testamento, e se caracterizam por pregarem saúde e prosperidade como instrumento aferidor da vida espiritual do cristão. Suas fontes de autoridade são a Bíblia, as revelações de seus líderes e a palavra da fé (NE).
[6] Capps, Charles, The Tongue as a Creative Force (A Língua , uma Força Criativa), Harrison House, 1977, p. 81.
[7] Copeland, Kenneth, The Laws of Prosperity, Copeland Publications, 1974, p. 98. Capps, Charles, Success Motivation, Harrison House, 1982, p. 26. 
[8] O crente e a confissão positiva, Declaração oficial das Assembléias de Deus, reunião do Presbitério Geral (EUA), agosto, 1980. Veja: http://ag.org/ top/beliefs/ position_ papers/ 4183_confession.cfm
Fonte:Os Puritanos

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