segunda-feira, 13 de junho de 2022

COMO LIDERAR UM “EXÉRCITO DE VOLUNTÁRIOS”?

 


Rev. Valdeci Santos

Talvez alguns pastores não tenham se dado conta, mas o trabalho realizado na igreja local é, em grande medida, dependente do esforço de voluntários. As atividades semanais de uma igreja só são humanamente possíveis pela colaboração de pessoas que livremente deixam sua zona de conforto, renunciam algumas horas de descanso e se dedicam àquilo que é necessário para manter as rotinas da comunidade. Essas pessoas atuam como presbíteros, diáconos, professores de Escola Dominical, músicos, sonoplastas, recepcionistas, babás, líderes de pequenos grupos e assim por diante. Não importa quão grande seja a congregação ou quão numeroso seja o quadro de seus assalariados; o fato, é que as demandas de uma igreja exigem a participação e colaboração de um exército de voluntários.

Dessa maneira, é possível descrever o pastor como o “líder de um exército de voluntários”. O problema é que nem todo pastor sabe como lidar com essa realidade e alguns acabam entrando em choque, machucando e frustrando as expectativas dos voluntários no seu rebanho. Esses pastores, na melhor das hipóteses, contarão apenas com a colaboração temporária de seus voluntários, pois quando eles cumprem a tarefa que lhes foi atribuída, logo desistem por estarem desanimados, desmotivados e alguns até amargurados. Em contrapartida, é também frustrante para o pastor não perceber seu rebanho motivado, frequentemente murmurando e deixando de colaborar na execução do trabalho necessário. Conduzir um rebanho de desmotivados rouba grande parte da alegria do ministério.

Conduzir um “exército de voluntários” exige sabedoria e paciência dos pastores do rebanho. Muito embora alguns pastores tenham iniciado seus ministérios sem obter algumas informações necessárias para prática tão importante no serviço pastoral, é possível aprender algumas lições a esse respeito. Assim, com o objetivo de diminuir os prejuízos relacionais e ampliar as alegrias ministeriais, algumas diretrizes básicas devem ser consideradas.

O propósito desse ensaio é destacar algumas diretrizes necessárias na liderança de voluntários. Devido à objetividade desse texto, limitaremos nossa consideração a cinco tópicos. A experiência e o conhecimento de outras pessoas a esse respeito certamente podem ampliar essa reflexão.

1. Liderança pelo exemplo é muito mais eficaz do que pela posição

As pessoas não seguem um líder apenas pela posição que ele ocupa. Nenhuma ovelha atende ao pastor simplesmente por causa de seu título. Conquanto o pastor seja respeitado por sua posição à frente do rebanho, ele só conseguirá inspirar e motivar pessoas a segui-lo pelo exemplo estabelecido. Como acontece com qualquer líder, se o pastor não possuir um procedimento exemplar, seus voluntários ficarão desanimados e logo dispersarão.

O sucesso de uma boa liderança é, em grande medida, estabelecido pela confiança dos liderados em seu líder. É preciso sempre lembrar que confiança não se impõe, mas se conquista. A confiança das ovelhas em seu pastor precisa ser conquistada pelo exemplo e relacionamento desse em relação ao seu rebanho. O fato de Jesus ensinar que a “ovelha ouve a voz do seu pastor e o segue” indica que a liderança desse homem deve ser exercida principalmente pelo exemplo e não pela mera posição que ele ocupa. A ovelha precisa ver “o pastor em movimento” antes de segui-lo. Afinal de contas, ele é pastor e não vaqueiro, tocando o gado.

O voluntário é, geralmente, inspirado pelo exemplo do líder. Uma boa experiência nesse sentido pode ser feita em algum refeitório da igreja quando, depois de algum evento, as cadeiras precisam ser guardadas em uma determinada ordem. Se o pastor se levanta e começa a guardar as cadeiras, logo ele é seguido por vários outros irmãos que alegremente fazem o mesmo (inclusive crianças!). Contudo, se ele apenas permanece sentado e dá ordens para que o trabalho seja feito, a execução do trabalho não possui o mesmo resultado. O fato é que na liderança de voluntários, o exemplo é mais eficaz do que o respeito exigido pela posição ocupada.

2. Voluntários são motivados por um ideal, muito mais do que por cobranças

Infelizmente alguns pastores aparentam conhecer somente o apelo à obrigação ou a imposição da culpa no processo de motivar voluntários ao trabalho. Assim, quando eles desejam que algo seja realizado, logo lembram que a pessoa foi “nomeada” ou “eleita” para aquele fim e se ela não o fizer, deveria se sentir culpada. É verdade que esse método funciona algumas vezes, mas ele possui pouca durabilidade. Basta a pessoa não se sentir mais obrigada ou culpada que deixará de executar a tarefa necessária. Culpa e cobranças não inspiram pessoas, mas somente as instigam ao trabalho mecânico e a tarefa feita “sem alma e sem alegria”.

Voluntários gostam de servir em cumprimento a um “senso de chamado”, a uma “vocação pessoal” para o trabalho a ser realizado. As pessoas não se sentem obrigadas a servir em áreas com as quais elas não se identificam. O esforço e a dedicação de alguém que se voluntaria a um trabalho necessita ser cativado por um ideal a ser alcançado. Essa é a razão pela qual inúmeras pessoas abandonam seus países e se submetem a difíceis condições de vida para servir a entidades como Green Peace, Médicos sem Fronteira ou alguma outra ONG conhecida. Essas pessoas são atraídas e motivadas pelo ideal apresentado.

Antes de apresentar a tarefa a ser realizada, o pastor sábio apresentará o ideal a ser atingido. Se ele conseguir comunicar com clareza a relevância do alvo a ser alcançado, certamente poderá contar com o esforço de vários voluntários em seu rebanho. Muitos pastores conseguem apontar o que deve ser feito, quando e como isso deverá ser feito, mas poucos apresentam com clareza o “porque” a tarefa deve ser realizada e, por isso, falham em inspirar e recrutar voluntários para o serviço. Cobranças funcionam, mas não inspiram!

3. Palavras de encorajamento são mais eficientes do que críticas

Essa lição deveria ser aprendida primeiramente no ambiente doméstico. Pais que estão sempre criticando seus filhos pela qualidade do esforço apresentado, acabam gerando desânimo e amargura em seus filhos. O mesmo ocorre em qualquer esfera de liderança. O líder crítico pode até obter resultados, mas ele dificilmente terá seguidores que voluntariamente o ajudem. É difícil permanecer ao redor de uma pessoa crítica! É difícil manter o relacionamento com alguém que só observa o que fazemos de errado e raramente oferece alguma palavra de encorajamento. Porém, devemos lembrar que essa mesma dificuldade que temos em relação a outros, alguns têm em relação a nós.

Certamente há um lugar para a crítica ao avaliarmos a realização de qualquer tarefa executada. Afinal, parte da tarefa do líder é corrigir os erros cometidos na execução de um trabalho e colaborar com o aperfeiçoamento daquele que o executou. No entanto, uma boa norma a esse respeito é o seguinte: para cada crítica a ser feita, o líder deverá ter feito, no mínimo, cinco elogios à pessoa a ser corrigida. Além do mais, devemos lembrar que correção de erros não se dá apenas pela observação negativa, mas pelo reforço do que foi positivamente executado.

Encorajamentos são especialmente eficazes em relação ao trabalho com voluntários, pois aquele que serve voluntariamente gosta de saber que seu esforço está sendo apreciado e valorizado. Afinal, grande parte desse esforço é fruto do sacrifício dessa pessoa em relação a outras esferas de sua vida. Por isso, o bom pastor será sempre intencional em encorajar e ressaltar os aspectos positivos do trabalho de seus voluntários.   

4. O voluntário precisa ter clareza quanto às expectativas de sua contribuição

Normalmente os pastores ridicularizam a definição popular de fé como sendo um “pulo no escuro”. Todavia, a maneira como alguns pastores tentam recrutar e motivar voluntários se parece muito com a exigência para que esses deem um “salto no escuro”. Isso acontece especialmente quando o convite para servir deixa de vir acompanhado com a explicação clara sobre as expectativas em relação ao trabalho a ser realizado. Qual será a responsabilidade do voluntário? Qual deve ser a principal participação dele? Quais são seus limites? Com quem ele poderá contar ou a quem recorrer diante de alguma imprevisibilidade? Haverá algum recurso financeiro para atender demandas necessárias? Enfim, as respostas a essas perguntas são extremamente necessárias para que o voluntário saiba o que é esperado de sua contribuição.

O pastor que lidera seu exército de voluntários deve considerar não apenas aquilo que precisa ser realizado, mas também o que é esperado das pessoas que o ajudam. Nesse processo, a comunicação clara é fundamental para que o voluntário compreenda sua tarefa e se sinta valorizado na execução dela. Uma boa prática a esse respeito é se colocar na posição do voluntário e considerar quais informações ele precisa receber para continuar mais motivado em sua colaboração. Não se pode esperar desempenho satisfatório de nenhuma pessoa que não sabe ao certo o que deve ser realizado. Por isso, não é nenhum desperdício dedicar tempo e atenção esclarecendo aos voluntários as reais expectativas do trabalho a ser realizado.

5. O voluntário gosta de saber que ele é um parceiro e não apenas um executor

Particularmente, precisei aprender essa lição de uma maneira não muito agradável. Há alguns anos eu conversava com o Dr. Ed Welch, um mentor e grande amigo, alguém que tenho admirado ao longo dos anos e através de quem tenho sido grandemente abençoado por Deus. Ed me informou sobre uma conversa que teve com o seu pastor, na qual o pastor pedia sua colaboração para lecionar numa classe sobre aconselhamento bíblico na EBD. Como Ed já ministra nessa área há anos, sendo conhecido internacionalmente por meio de livros e palestras sobre o assunto, logo presumi que ele aceitaria o convite do pastor. Para minha surpresa, porém, ele disse que declinou. Curioso de suas razões para ter se negado a ajudar naquele projeto, perguntei por que ele havia feito aquilo. Sua explicação foi simples: “Porque entendi ser aquela uma boa oportunidade de ensinar ao meu pastor, e a você também, que vocês não podem simplesmente idealizar e desenvolver projetos e depois convidar suas ovelhas para executá-los. Nós queremos ser participantes dos projetos também!”. As palavras de Ed me fizeram olhar para os meus erros e como eu tratava alguns membros de minha igreja: não como parceiros, mas como executores.

É claro que no processo de participação de voluntários, encontraremos dificuldades em responder adequadamente algumas sugestões apresentadas. Nesse sentido, nem toda sugestão oferecida pelos voluntários terá que ser acatada. Muitas vezes alguns apresentam sugestões que são apenas preferências pessoais e não uma necessidade do rebanho. Outras vezes, eles insistem em alguma sugestão porque não possuem uma visão abrangente do rebanho e nem conhecem outras ovelhas o suficientemente para avaliarem as implicações e as consequências de suas ideias. O pastor sábio deve esclarecer que toda sugestão é bem-vinda, mas nem toda será acatada. Além do mais, algumas sugestões demandam tempo, recurso e até mudança de uma cultura antes de sua implementação. Mas até a abordagem dessa questão pode levar o voluntário a se sentir participante ao invés de ser simplesmente uma “ferramenta” para que o trabalho seja executado.

A realidade é que o pastor é o líder desse exército de voluntários que ele encontra em sua igreja local. Conduzir esse rebanho exige sabedoria, paciência e prudência. Mas a consideração desses princípios acima pode nos ajudar grandemente nessa missão.

Rev. Valdeci Santos

Fonte: Portal IPB https://www.ipb.org.br/conteudos_detalhe?conteudo=444

terça-feira, 7 de junho de 2022

COMO LIDERAR SE VOCÊ NÃO ESTÁ NO COMANDO?

 


Essa parece ser uma pergunta contínua na mente de muitos envolvidos no ministério pastoral. Facilmente identificamos essa preocupação entre pastores auxiliares, evangelistas, presbíteros e diáconos. Todavia, em alguns casos, até o pastor titular da igreja pode não ter o comando, pois esse pode pertencer a outra pessoa ou a algum grupo da igreja. Em outras palavras, posição de liderança nem sempre equivale ao exercício do comando.

Isso não deveria ser nenhuma surpresa, pois nos mais diferentes empreendimentos humanos a maioria das pessoas desempenha papeis coadjuvantes e nem por isso são menos importantes. Além do mais, em se tratando do Reino de Deus, todos os cristãos são coadjuvantes, pois somente UM é digno de todo louvor e honra (cf. Ap 5.12). Até os pastores titulares são assistentes do Supremo Pastor das ovelhas (cf. 1Pe 5.4) e, portanto, não estão na posição de comando. No entanto, Cristo exerce sua autoridade sobre o rebanho que lhe pertence por meio de pessoas que desempenham liderança e, muitas vezes, essa posição não está diretamente relacionadas à função de comando.

No ministério pastoral, um exemplo claro a esse respeito é a condição do pastor auxiliar na Igreja Presbiteriana do Brasil. Ele desempenha uma função de liderança na igreja, mas trabalha sob a direção e orientação do pastor efetivo, isto é, “sem jurisdição sobre a igreja, podendo, eventualmente, assumir o pastorado da igreja, quando convidado pelo pastor ou, em sua ausência, pelo conselho” da mesma (CI/IPB art. 33, parágrafo 2). Em outras palavras, o pastor auxiliar exerce uma função coadjuvante no ministério da igreja, mas isso não significa que o seu trabalho não seja importante e nem que ele não seja um líder do rebanho. A grande questão nesse e em outros casos (evangelistas, por exemplo) é: como liderar quando não se está no comando? Não estar na posição de comando não é impedimento para que se lidere corretamente o rebanho de Cristo. Para que isso ocorra, é necessário considerar cinco tópicos básicos.

Defina o que é liderança

Para alguns, liderança equivale a posições, cargos e títulos. Nesse caso, quando uma dessas condições não é atendida, a pessoa se sente desmotivada e julga insignificante o seu trabalho. Às vezes é tragicômico observar a reação marcada por fragilidade e desespero, daqueles que confundem a posição de comando com o papel de liderança no ministério pastoral. Alguns, desanimados, logo desistem. Outros, insatisfeitos, procuram por posições melhores e até articulam contra quem está na posição de comando.

O exemplo de Jesus deixa claro, porém, que a verdadeira liderança equivale à influência e não à posição hierárquica. Na verdade, Cristo não considerou sua posição “algo a que se devesse apegar” (cf. Fp. 2.6). Quem, contudo, contestaria sua liderança? Quem duvidaria de sua influência sobre seus discípulos? Liderança implica em ter influência e isso independe da posição que a pessoa ocupa. Nesse caso, qualquer obreiro do Reino tem o privilégio de influenciar, persuadir e inspirar várias pessoas e, assim, exercer corretamente a liderança que Deus lhe conferiu. Se esse conceito não estiver claro para quem exerce o pastorado, a disputa por posições pode ter consequências horríveis tanto para os ministros quanto para as demais ovelhas do Bom Pastor. 

Aprenda a liderar a você mesmo

A menor esfera em que você exercerá sua liderança será sobre você mesmo: suas paixões, seu ímpeto, suas ambições e seus sonhos. Essa é uma importante esfera a ser liderada. Se você deseja liderar uma igreja, negócios ou algo do gênero, deve aprender como liderar a si mesmo. De outra sorte, o comportamento contraditório em relação ao que se diz pode ser interpretado como hipocrisia, mesma acusação de Paulo em relação ao comportamento do apóstolo Pedro na cidade de Antioquia da Síria (cf. Gl 2.14).

Muitos líderes caem em ruína durante o processo de gestão de pessoas porque não conseguem governar a eles mesmos. Escândalos geralmente ocorrem quando o líder abandona a disciplina, deixando, assim, de exercer domínio próprio e de lutar contra suas próprias paixões. O exemplo do apóstolo Paulo deveria orientar todo líder nesse sentido, especialmente os pastores. Ao comparar seu trabalho à disciplina de um atleta ele escreveu: “Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado” (1Co 9.25-27). Portanto, se você quer liderar, aprenda a governar a si mesmo, viva de maneira íntegra, e outros terão você como exemplo a ser seguido.

Seja um servo

Os melhores líderes pensam primeiramente naqueles que se encontram sob sua responsabilidade e na maneira como estes podem servi-los apropriadamente. Mas os líderes egocêntricos são condenados por Deus desde a época do Antigo Testamento. O texto bíblico de Ezequiel 34.2-4 afirma: “Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize-lhes: Assim diz o SENHOR Deus: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas? Comeis a gordura, vestis-vos da lã e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas. A fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza”. Quem deseja liderar corretamente deve ser, antes de tudo, um servo. Primeiramente, um servo de Deus, e depois, um servo do povo de Deus.

Jesus ensinou ou o modelo de liderança servidora, pois ele “não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mt 20.28). Dessa maneira, qualquer um que deseja desempenhar a função de embaixador de Cristo e pastor-auxiliar do Supremo Pastor necessita ser um servo de todos. Muitos obreiros apresentam falhas no processo de liderar o rebanho por estarem mais preocupados em serem servidos, honrados e reconhecidos do que em agirem como servos. Portanto, se você quer liderar, disponha-se a servir.

 Valorize relacionamentos

O ministério pastoral demanda estudo aprofundado em várias áreas: exegese, teologia, história, filosofia, cultura geral e outras tantas. Semanalmente, o pastor dedica tanto tempo em sua preparação que é tentado a se esquecer de que esse conhecimento não é um fim em si mesmo, mas tem como propósito edificar o rebanho. Se o conhecimento teológico não for traduzido em ensino amoroso e edificante, o resultado, segundo Paulo, será a soberba e o autoengano (cf. 1Co 8.1-2). Por essa razão, aquele que deseja liderar com maestria precisa valorizar seus relacionamentos.

Somente pela familiaridade com o rebanho, o pastor conquistará suas ovelhas para seguir seus ensinamentos. Dificilmente elas seguirão um estranho. Se o contato do pastor com seu rebanho se limitar aos domingos, quando ele ocupa o púlpito, ele pode até ser um mandatário, mas não um líder a inspirar outros. Relacionamentos providenciam o contexto para a interação próxima, afetiva e cuidadosa. O crente tende a se importar mais com o que o pastor diz quando experimenta que o pastor se importa com ele. Dessa maneira, pastor, cultive e valorize o relacionamento com o rebanho que Cristo lhe confiou.

 Ajude a desenvolver outros líderes

A igreja de Cristo necessita de novos líderes que contribuam para o avanço do Reino e pastoreiem corretamente o rebanho do Senhor. Uma excelente maneira de exercer nossa liderança é ajudar no desenvolvimento desses futuros líderes. Nesse sentido, dedicar tempo e cuidado com aqueles que possuem dons e talentos para conduzir a igreja no futuro é não apenas um notável investimento, mas é também uma boa estratégia para influenciar a próxima geração. Conselhos de igreja serão ocupados por esses líderes potenciais com os quais podemos colaborar diariamente, mesmo quando não estamos na posição de comando.

O treinamento de novos líderes é algo que pode ser feito por qualquer pastor auxiliar ou por um obreiro. Isso certamente alivia a carga de trabalho do pastor titular. Enquanto o último se ocupa com a tomada de decisões de questões imediatas, os primeiros podem contribuir com o preparo daqueles que se ocuparão com as decisões no futuro. Dessa maneira, o assistente não apenas presta um eminente serviço, como também tem a oportunidade de exercer sua influência sobre uma importante esfera do corpo de Cristo.

Em vista do que acima foi escrito, se você é alguém que está no ministério pastoral, mas no momento não está na posição de comando, não há razões para se sentir menos importante nem para cobiçar o que no momento não lhe pertence. Há inúmeras maneiras de servir a Cristo e influenciar pessoas. O pastor, não importando a sua posição, deveria estar mais preocupado em discernir a maneira de liderar mais eficientemente o rebanho do que em competir com aqueles que estão na posição de comando.   

Rev. Valdeci da Silva Santos – SNAP

sábado, 4 de junho de 2022

A SERIEDADE DO MINISTÉRIO DA PALAVRA

 



Rev. Valdeci Santos

Notícias sobre pastores deixando o ministério, envergonhando o ministério e usando o ministério para benefício próprio geralmente despertam a atenção nas mídias do setor publicitário. Contudo, pela graça de Deus, muitos pastores têm cumprido fielmente o ministério, zelando de suas vidas e da doutrina bíblica, o que resulta no avanço do Evangelho e benefício da igreja de Cristo. Usando uma explicação comumente atribuída a Billy Graham, é possível afirmar que todos os dias, de diferentes partes do mundo, milhares de aviões levantam voos e pousam em segurança nas pistas dos aeroportos de seus destinos. Mas se acontece algum acidente com algum deles, a exceção vira notícia e alguns passam a desconfiar da eficácia do transporte aéreo. O mesmo acontece com os escândalos no universo pastoral. Infelizmente, nenhuma denominação está imune a essa desventura.

A trágica situação de pastores que não desempenham corretamente o ministério da Palavra é tratada com seriedade nas páginas das Escrituras e deveria servir de advertência àqueles que labutam na obra ministerial. Textos como Tiago 3.1 que ensina que aquele que ensina receberá “maior juízo”, bem como Mateus 18.6 que afirma ser melhor pendurar uma pedra de moinho ao pescoço e ser afogado nas profundezas do mar do que fazer um pequenino do reino tropeçar, deveriam ser suficientes para colocar em alerta qualquer líder sobre o rebanho de Cristo. Contudo, temos também inúmeros exemplos de como algumas pessoas que erroneamente conduziram o povo de Deus foram julgadas pelo próprio Senhor.

Nesse sentido, é importante considerar como o Senhor tratou alguns sacerdotes do Antigo Testamento, pois a função dos sacerdotes não consistia apenas em oferecer sacrifícios, mas em ensinar e liderar o povo de Deus. No livro de Malaquias temos a afirmação de que “os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é mensageiro do Senhor dos Exércitos” (Ml 2.7). Assim, é possível considerar o ministério da Palavra como uma vocação análoga àquela exercida pelos sacerdotes da antiga aliança. Eles deveriam ensinar e ser reconhecidos como “mensageiros do Senhor”, semelhante ao trabalho exercido pelos pastores atualmente. Por isso, as exortações divinas aos sacerdotes na primeira parte de Malaquias 2, apontam para a seriedade do ministério e são relevantes aos pastores contemporâneos.

Compreendendo o Texto Bíblico

Malaquias 2 é uma mensagem de juízo aos sacerdotes que exerciam o ministério de maneira displicente. A exortação é diretamente dirigida a eles no verso 1: “Agora, ó sacerdotes, para vós outros é esse mandamento”. Em outras palavras, o próprio Deus julga o proceder daqueles que ministram na função de ensino e liderança sobre o seu povo. Essa dimensão espiritual geralmente é esquecida por aqueles que estão “familiarizados com o sagrado”, pois caem na armadilha de considerar o ministério apenas no sentido horizontal e não no vertical. Porém, o profeta Malaquias lembra que Deus está ativamente comprometido em julgar seus ministros e exigir deles seriedade no desempenho de suas funções.

Para enfatizar o juízo divino, o profeta lembra aos sacerdotes as ameaças do próprio Senhor sobre suas vidas e ministérios. No texto em questão, há quatro ameaças divinas claramente dirigidas àqueles sacerdotes que não ouvissem e não se propusessem a honrar o nome do Senhor. Em primeiro lugar, Deus promete enviar maldições sobre eles (v 2). Essas maldições seriam provenientes daquele que é o Senhor do universo, que possui toda a autoridade nos céus e na terra e cuja palavra possui eficácia criadora. Logo, aquela era uma séria ameaça. Em segundo lugar, Deus amaldiçoaria as bênçãos daqueles sacerdotes (v 2). De fato, Deus afirmou que já havia amaldiçoado aquelas bênçãos. Ou seja, as palavras proferidas pelos lábios daqueles homens se transformavam em pragas sobre a cabeça daqueles que os ouviam. O coração daqueles pastores não era reto diante de Deus e as ovelhas sofriam as consequências de suas ações.

Em terceiro lugar, Deus afirmou que reprovaria a descendência e o trabalho daqueles sacerdotes (v 3). A palavra usada para “descendência” aqui não é clara, podendo também significar “colheita”, o resultado da participação laboral daqueles homens. O fato é que os esforços daqueles ministros que desconsideravam a seriedade do ministério seriam punidos pelo próprio Deus. E, em último lugar, Deus prometeu envergonhá-los publicamente (v 3). A linguagem usada pelo profeta é chocante, pois ele diz que o Senhor lançaria excremento na face dos sacerdotes. Em outras palavras, o ministério daqueles homens teria o mesmo valor que excremento aos olhos do Senhor e o próprio Deus transformaria a glória deles em vergonha. Esse castigo parece especialmente irônico, considerando que muitos que exercem o ministério almejam o reconhecimento humano e ambicionam glórias, pois o Senhor os ameaça com a perda da dignidade.

Ao considerarmos a estrutura e as ameaças em Malaquias 2, podemos ter uma ideia da seriedade do ministério da Palavra aos olhos do Senhor. Assim, é possível observar os erros comuns dos que labutam nesse ministério, tanto na antiga quanto na nova aliança, e, por fim, atentar para aquilo que Deus exige de seus ministros.

Fracassos Comuns no Ministério da Palavra

No texto de Malaquias, o Senhor estava irado com os seus sacerdotes por causa de cinco erros cometidos por eles. Infelizmente aqueles erros não eram prerrogativas apenas dos sacerdotes na época de Malaquias, mas continuam sendo praticados por alguns pastores do rebanho de Cristo na atualidade.

1. Deixar de ouvir a Deus (v 2). Aqueles que eram responsáveis por ensinar o povo, não inclinavam seus ouvidos aos ensinamentos do próprio Deus. Isso pode ser especialmente observado em nossos dias entre aqueles pregadores que estudam o texto bíblico, não dizem “absolutamente nada” sobre o que o texto ensina e impõem suas ideias descaradamente na pregação e ainda chamam aquilo de sermão. Esse erro continua atormentando os ministros da Palavra.

2. Deixar de buscar a honra do Senhor em seu coração (v 2). Aqueles sacerdotes eram culpados de não inclinarem o coração para buscar a honra do Senhor. O inverso daquela atitude era que desprezavam o Senhor em seu próprio coração. Assim, um pastor cujo coração não se inclina para buscar a glória de Deus é, em última instância, um fracasso, não importa quantos seguidores ele tenha ou qual o tamanho de sua congregação. Ao final, seu interesse é sua própria glória e não a glória daquele que é o Senhor da igreja.  

3. Se desviar dos caminhos do Senhor (v 8). Os sacerdotes se desviavam do caminho que eles exigiam ser seguidos pelo povo de Deus. Ou seja, eram incoerentes em relação àquilo que ensinavam, pois viviam de modo contrário ao que pregavam. Deus ainda afirma que ele os havia feito indignos diante do povo, pois não guardavam os caminhos do Senhor (v 9). Lamentavelmente esse continua sendo um fracasso de muitos ministros que ensinam uma coisa e praticam outra diferente do que pregam. Malaquias interpreta isso como sendo um “desvio dos caminhos do Senhor”.

4. Parcialidade na aplicação dos mandamentos do Senhor (v 9). Os mandamentos do Senhor não eram ensinados de maneira integral, mas apenas parcialmente. Além do mais, eles também falhavam na aplicação dos ensinamentos do Senhor. No caso dos sacerdotes, assim como eles ofereciam os animais de sua preferência (cap. 1), também selecionavam apenas os temas e tópicos de sua preferência no ensino da Palavra de Deus. Embora eles tivessem sido vocacionados para instruir “toda” a Palavra, ministravam apenas aquilo com o qual concordavam e não lhes traria problemas diante do povo. Esse é mais um erro que persiste entre os ministros de Deus na atualidade.

5. Colaborar com o tropeço de muitos (v 8). Ao considerar todos os erros anteriores, o leitor compreenderá melhor o miolo do verso 8, pois qualquer líder que caminhar nas falhas anteriormente apresentadas, certamente levará muitos ao tropeço. É necessário entender que, embora o pecado do ministro não seja diferente em termos de qualidade, da transgressão de qualquer outro crente, ele difere em termos de gravidade, pois ele pode influenciar muitos ao tropeço por suas falhas. Além do mais, liderança exige confiança e os erros dos líderes corroem a confiança dos seus liderados a tal ponto que eles são desmotivados na busca por uma retidão maior. Assim como os sacerdotes eram culpados por colaborar com a queda e tropeço de algumas pessoas no passado, há pastores hoje laborando no mesmo erro.

Um modelo a ser seguido

É consolador observar que no meio desse texto de maldições e acusações, há alguns versículos que apresentam um sacerdote que foi bem-sucedido em seu ministério. Os versos 4-6 fazem referência a Levi, com quem Deus fez uma aliança perpétua. Embora o procedimento de Levi antes da aliança com o Senhor tenha sido violento e vergonhoso, o fato é que após Deus ter estabelecido uma aliança com ele, seu procedimento e ministério foram elogiados nesses versos.

De acordo com as palavras desses versículos, o sucesso de Levi em seu ministério se deveu ao fato de ele ter “temido e tremido por causa do nome de Deus”. Ou seja, ele compreendeu a seriedade do seu chamado à luz do caráter daquele que o vocacionou. O ministério da Palavra é sério porque o ministro serve ao Deus santo e verdadeiro. Há uma dimensão espiritual no ministério que não pode ser esquecida por nenhum pastor ou obreiro na causa do Senhor. 

Em segundo lugar, o texto ensina que Levi foi fiel ao cerne do seu chamado, ou seja, instruir o povo de Deus. O verso 6 afirma que a “verdadeira instrução esteve em sua boca, e a injustiça não se achou em seus lábios”. Ou seja, o realce do ministério de Levi não foi o número de sacrifícios realizados e nem a estatística de sua popularidade, mas sua fidelidade ao ensino. Infelizmente há muitos pastores que desperdiçam o tempo realizando aquilo para o qual não foram chamados e, lentamente, se desviam do cerne do seu chamado. É comum encontrar alguns cuja paixão por cargos, posições e popularidade é exponencialmente maior do que seu desejo de ensinar os princípios do Senhor ao seu povo.

Por último, é enfatizada a intimidade de Levi com o Senhor, pois o texto afirma que ele andou com Deus em “paz e retidão”. Aquele mesmo caminhar com Deus deveria caracterizar todos os outros sacerdotes que vieram após Levi. Semelhantemente, aquele proceder deve ser uma marca na vida de todo ministro que representa o Senhor no cuidado do seu rebanho. Infelizmente, porém, intimidade com o Senhor raramente faz parte da lista de prioridade de muitos pastores contemporâneos e escândalos continuam se multiplicando na igreja do Senhor. 

O resultado do ministério de Levi mencionado nesses versos é contundente. O texto sagrado afirma que “da iniquidade [ele] apartou a muitos” (v 6). O Senhor certamente abençoa o ministério de alguém dedicado a ele. Se zelarmos por nossa devoção contínua ao Senhor seremos como um daqueles aviões que levanta voo e pousa seguramente em seu destino. 

É necessário que o ministério pastoral seja considerado seriamente. É necessário que os ministros da Palavra considerem os ensinamentos da Palavra, tanto por exortações quanto por exemplos a fim de evitarem que trágicas notícias sobre escândalos ministeriais continuem satisfazendo o apetite desenfreado da mídia publicitária.   

Fonte: Portal IPB | A seriedade do Ministério da Palavra

Cristãos chineses usam códigos para se comunicar na internet


Os cristãos usam uma língua codificada para encobrir as palavras proibidas e não serem banidos ou terem os posts deletados por ‘conteúdo ilegal’’

Por causa das novas restrições aos conteúdos religiosos online, é necessário criatividade para manter as atividades na internet

nova legislação da internet na China exige que as pessoas tenham permissão específica para criar ou publicar conteúdo religioso. Sabe-se que alguns cristãos tentam ao máximo se comunicar de maneira criativa pelo WeChat, aplicativo de interação virtual usado por muitas pessoas em todo o país.  

“Os cristãos usam uma língua codificada para encobrir as palavras proibidas e não serem banidos ou terem os posts deletados por ‘conteúdo ilegal’”, disse um contato da Portas Abertas. Uma advertência alertando o uso de palavras impróprias pode aparecer na tela de quem publica conteúdo considerado como violação pela nova legislação. 

“Até agora, ainda conseguimos nos reunir virtualmente usando algumas ferramentas de comunicação e plataformas. Por causa do novo regulamento, estamos ainda mais cuidadosos na escolha das palavras nos textos e nas conversas. Temos que fazer diversas edições nos artigos antes de publicá-los online. Parceiros tentaram recriar contas cristãs públicas que tinham sido banidas da rede social, mas a ação falhou, pois rapidamente as contas foram encontradas e banidas novamente”, relatou uma testemunha local. 

Vigilância aumenta no interior da China 

Em algumas províncias, atividades online de igrejas foram interrompidas e não puderam voltar ao ar. A suspeita é de que membros da igreja usaram as palavras consideradas impróprias durante os encontros e por isso foram banidos. Desde a implementação do novo regulamento, as suspensões são recorrentes. 

“A medida aumentou nossa preocupação. O acesso a recursos espirituais e os relacionamentos foram enfraquecidos. Ainda há salas de acesso, mas menos pessoas participam a cada dia. Ainda assim, nunca deixamos de encontrar formas de permanecermos conectados online”, compartilha uma fonte local. 

Um artigo da Radio Free Asia relatou que “autoridades na China lançaram um treinamento em massa para sentinelas apagarem conteúdos religiosos não aprovados pelo governo, estreitando o controle na internet. Ainda não há certeza se esses treinamentos estão acontecendo de fato, mas é possível e provável que estejam alcançando várias partes do país e limitando ainda mais as atividades religiosas online”.  

Bíblias para a China 

As restrições a conteúdo religioso não acontecem apenas no mundo virtual na China. As autoridades dificultam o acesso a Bíblias e outros materiais que podem fortalecer espiritualmente e anunciar a boas novas a tantos chineses que precisam de Jesus. Ajude cristãos chineses a terem acesso à palavra de Deus


Pedidos de oração
 

  • Peça ao Senhor sabedoria e discernimento para os cristãos na China, especialmente pastores e líderes. Que eles encontrem formas de se comunicar e permaneçam firmes e unidos em Cristo. 
  • Clame por paz e proteção para os irmãos chineses. Que a nova medida não atemorize ou desanime os corações. 
  • Interceda pelas autoridades chinesas. Que se convertam ao Senhor Jesus e que a igreja encontre liberdade para anunciar as boas novas. 
    Fonte: Portas Abertas

sexta-feira, 3 de junho de 2022

NÃO CHORES!



Texto: Lucas 7.11-17

Meus irmãos, jamais devemos nos esquecer desta grande verdade. “O MUNDO QUE NOS CERCA ESTÁ CHEIO DE TRISTEZAS. ENFERMIDADES, DORES, POBREZA, TRABALHO ÁRDUO, E PROBLEMAS EXISTEM POR TODOS OS LADOS”, CAUSANDO EM MUITOS DESESPERO E CHORO.

O evangelista Lucas nos diz, que Jesus depois de ter passado por Cafarnaum  e curado o servo do centurião no dia seguinte ele foi para a cidade de Naim, quando se aproximava do portão daquela cidade  se depara com um cortejo fúnebre logo na entrada. Ao falar sobre este fato Lucas, deixa bem claro que a mulher era viúva e que o enterro era do seu único filho. O mestre Jesus sentiu o sofrimento daquela mulher e sabia que aquele filho era muito mais que um filho, representava a sua esperança, honra e o seu futuro, pois seria através dele que teria a condição de sobreviver naquela sociedade.

Aquela mulher tinha todos os motivos pra chorar naquele momento. Se a mulher tinha motivos pra chorar, Jesus também tinha seus motivos pra dizer o que disse. E os motivos de Cristo não só fazia com que ela parasse de chorar, como também a todos os que estavam em volta no cortejo, parassem também.

Neste texto podemos VER JESUS DIZENDO: NÃO CHORES! Mas, porque Ele disse a mulher não chores!?

1º – PORQUE JESUS É O DEUS DE TODA A CONSOLAÇÃO (Lc 7.12,13)

Não era Pedro, nem Tiago, Mateus, João ou muito menos qualquer um de nós, seres humanos limitados, que por mais que nos esforcemos em consolar ou porque somos amigos chegados da família ou da pessoa aflita, mesmo assim não conseguiremos consolar alguém neste momento com nossas palavras. Nesta hora as palavras não consolam!

Mas, quem falava com aquela mulher era o Deus de toda a Consolação. “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação! É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus” 2Co 1.3,4. Cristo pode consolar a qualquer um e em qualquer circunstância. Seja a mais adversa possível, Ele nos consola!

Quem sabe você está chorando neste momento, não pela perda de um filho, mas por outras perdas que teve durante a sua vida. E alguns disseram pra você não chorar, mas nada adiantou até o exato momento. Por mais que você tenha motivos pra chorar, mas hoje Cristo está te dizendo: “Não Chores!” e Ele tem motivo pra dizer isso pois Ele é o Deus de toda a consolação, somente Ele pode te consolar e acalmar o teu coração aflito.

2º – PORQUE PARA JESUS NADA É IMPOSSÍVEL(7.14)

A mulher ainda não havia compreendido que, quem estava diante dela era o Criador do mundo,  o Sustentador do Universo e Autor da Vida (Nm. 16.22 – At. 3.15).Jesus é o Deus do impossível - “Pois para Deus nada é impossível” (Lc. 1.37). “Nenhum dos seus planos podem ser impedidos” (Jó 42:2).

Jesus quando disse: “não chores!  aquela mulher, Ele não disse na condição humana Dele. Pois como homem Ele não teria condição de consolar aquela mulher com palavras. Ele disse na condição Divina, sabendo que para Ele nada era impossível, e estava prestes a efetuar um grande milagre. Ele sabia que poderia ressuscitar aquele jovem.

Pois tanto o querer quanto o efetuar pertence a Deus (Fp. 2.13), e Cristo tanto quis, como fez o milagre na vida daquele rapaz o ressuscitando dos mortos, e restaurando a mulher o que ela havia perdido. Este é o nosso salvador, ele não está morto, não a nada a temer, nem a morte pode nos assustar, porque Jesus venceu a morte, e na cruz nós contemplamos a morte da morte na morte de Cristo.

3º – PORQUE JESUS É O AUTOR DA VIDA(7.15)

Jesus sendo o autor da vida, ele podia e pode transformar a  morte em vida “Vede, agora, que Eu Sou, Eu somente, e mais nenhum deus além de mim; eu mato e eu faço viver; eu firo e eu saro; e não há quem possa livrar alguém da minha mão”. Jesus é este que fere, mas também sara e dar a vida.  (Dt. 32.39).Quando Jesus disse pra ela não chorar, ele sabia o que ia realizar ali diante de todos. 

Quem sabe alguma coisa na tua vida morreu, e isto é mais um motivo pra você chorar, porém o Autor da Vida está te dizendo: Crê somente, e verás a Glória de Deus! Não desanime, quem sabe sua alegria e sua esperança morreram. Pode ser que sua alegria e sua esperança já estão sendo levadas ao cemitério, e mesmo que já esteja avançado no caminho, Cristo pode parar este cortejo e ressuscitar a sua alegria e a sua esperança e te dar vitória.

Em nome de Jesus! Meu amado, por mais que você tenha motivos para chorar, por causa de algumas circunstâncias e adversidades que enfrenta na sua vida. Jesus têm muito mais motivos para nos consolar, nos abençoar e nos dar vitória. E é por esses motivos que têm, que Ele é compelido à nos dizer: “Não Chores!”, e quando Ele diz esta frase, Ele se responsabiliza para sermos de fato consolados, restaurados e mais do que vitoriosos porque Ele nos ama e nele está a verdadeira vida.

Pr.  Eli Vieira

quinta-feira, 2 de junho de 2022

Como um ministério cristão resgatou 300.000 ucranianos

 


Missionária da Awakening Europe evangelizado refugiados na fronteira da Ucrânia. (Foto: Instagram Michael Job)

A rede inclui 20 denominações cristãs, quase 60 organizações e ministérios e mais de 500 igrejas.

A Ucrânia passou a ser o epicentro do noticiário mundial desde que foi invadida pela Rússia, no final de fevereiro. Antes disso, pequenos grupos de cristãos em todo o país e Europa Oriental formaram conexões sobre seu desejo de compartilhar o Evangelho por meio do esporte.

Durante 14 anos, esses cristãos colaboraram, compartilharam recursos e se comunicaram em uma rede que cresceu para 218 locais. Após a invasão da Ucrânia, eles entraram em ação.

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O trabalho é conjunto, enquanto o governo e as organizações humanitárias se concentram nas prioridades nacionais, a rede ministerial se concentra em cuidar de “todos os bairros, todas as casas e todas as famílias que estão em crise”.

A rede inclui 20 denominações cristãs, quase 60 organizações e ministérios e mais de 500 igrejas.

Eles trabalham com a real dor e necessidade dos vulneráveis e os métodos mais eficazes e de baixo custo para levar solução às pessoas desesperadas.

A atual crise provocada pela guerra já evacuou 274.000 ucranianos, todos apoiados e ajudados pela rede, de acordo com uma atualização de vídeo gravado em abril, apenas um mês após o início dos esforços para ajudar a população. Agora, esse número já aumentou drasticamente.

Mobilização

A Eternity News fez um levantamento junto à rede, mostrando como esta operação tem se tornado possível.

Em março, a rede estabeleceu um “Centro de Ajuda de Comando” – uma equipe de 16 líderes baseados na Ucrânia, Romênia, Polônia, Moldávia e Estados Unidos. A equipe está em contato 24 horas por dia, 7 dias por semana, permitindo que eles tomem decisões rápidas.

O centro de comando chega às pessoas localizadas em áreas perigosas para fornecer maneiras seguras de evacuar aqueles que têm seu próprio transporte. Para aqueles sem transporte, uma frota de 400 carros dirigidos por voluntários está de prontidão para evacuar “alvos específicos”.

A rede também comprou quatro ônibus de 50 passageiros, duas ambulâncias e 15 vans de 20 passageiros para ajudar a evacuar aqueles sem transporte – principalmente de cidades em zonas de guerra como Kyiv, Nikolaev, Chernihiv, Kharkiv, Mariupol e Zaporizhzhia – para áreas mais seguras, no oeste da Ucrânia.

Outros 119 “Centros de Ajuda” foram criados em três estados da Ucrânia – em Khmelnitsky, Ternopil e Zakarpattia. Estes são operados por diferentes organizações e indivíduos associados à rede do ministério esportivo e funcionam fora de igrejas, academias, escritórios, casas e escolas.

Assistência

Mais de 12.000 pessoas passam por esses centros todos os dias. Aqui eles coletam alimentos e necessidades básicas, e às vezes ficam por algumas noites em acomodações temporárias.

Alguns centros de ajuda fornecem suporte regular, enquanto outros fornecem assistência pontual, incluindo o fornecimento de 2.000 sacos de dormir e colchões, 180 colchões de solteiro, 20 geradores elétricos, 40 fogões a gás portáteis e 20 sistemas de purificação de água.

Levar suprimentos para as pessoas no terreno requer uma linha de montagem bem organizada. Os itens são comprados na Europa, entregues e classificados na Romênia e depois transferidos para armazenamento na Ucrânia e na Moldávia.

O centro de ajuda do comando coordena onde e quando a ajuda é necessária, e motoristas voluntários de diferentes organizações e igrejas a entregam ao destino final, incluindo centros de ajuda. De lá, voluntários em carros e a pé vão para apartamentos, porões e abrigos para fornecer suprimentos às pessoas.

No início de abril, quase 600 toneladas de ajuda foram distribuídas. 81.000 pessoas receberam pacotes de alimentos de 7 kg – o suficiente para alimentar uma família de quatro pessoas por uma semana – através de centros de ajuda, 15 hospitais e outros locais de distribuição, informou a Eternity.

Grupos vulneráveis

O processo de evacuação da rede do Ministério do Esporte é igualmente meticuloso. À medida que mulheres, crianças, idosos e deficientes físicos chegam à fronteira, os membros das igrejas locais estão lá para recebê-los e servir chá e comida enquanto as pessoas esperam em longas filas.


Missionária ajuda crianças, mulheres e idosos na fronteira da Ucrânia. (Foto: Instagram Michael Job)

Por outro lado, organizações parceiras acolhem refugiados e fornecem cobertores quentes, cartões SIM, refeições quentes e instruções para encontrar abrigo temporário antes de continuar sua jornada. Cerca de 7.500 pessoas são atendidas diariamente na fronteira.

Esforço conjunto

Outros 31 centros de ajuda baseados na Romênia, Polônia e Moldávia oferecem acomodação temporária para evacuados por até 30 dias. As equipes do ministério fornecem alimentos e itens essenciais, e também envolvem as crianças em atividades diárias, incluindo esportes, escola e aulas de descoberta da Bíblia. Existem grupos de cura de trauma e estresse para mulheres e homens, e cultos em ucraniano e russo.

Os refugiados ucranianos também recebem recursos bíblicos por meio de organizações parceiras. Mission Eurasia e Bible Mission imprimiram mais de um milhão de Bíblias de Ação para crianças, Novo Testamento para adultos e 2000 Faith Comes By Hearing, dispositivos bíblicos de áudio e vídeo que estão em produção para refugiados.

Após sua curta estadia nos centros de ajuda, os refugiados recebem até seis meses de acomodação por meio de uma rede de moradias confiáveis ​​em toda a Europa Ocidental – inclusive na Itália, Alemanha, Letônia, Portugal e Holanda.

Milhões de dólares em doações de pessoas de todo o mundo – incluindo a Austrália – financiaram os esforços de ajuda de organizações na Ucrânia que fazem parte da rede do ministério do esporte. A organização norte-americana de formação de discípulos Our Legacy, que administra o movimento esportivo Ready Set Go, é apenas um dos muitos canais pelos quais esse financiamento está sendo coordenado.


Oração na fronteira da Ucrânia. (Foto: Instagram Michael Job)

Nosso Legado tem missionários em campo na Ucrânia e parceiros de uma igreja na cidade de Kamyanka, na Ucrânia Central. E esta igreja é apenas uma das muitas engrenagens da rede que evacua e transporta deslocados internos em toda a Ucrânia e entrega alimentos e suprimentos aos necessitados.

Embora as pessoas de fora possam se perguntar sobre a escala, a coordenação e os resultados alcançados por essa rede do ministério do esporte trabalhando em conjunto, isso não é surpresa para os de dentro.

Como uma atualização da rede afirma: “Desde o primeiro dia, a equipe de liderança teve a capacidade física, mental e espiritual para servir os ucranianos de maneira imediata e organizada”.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO ETERNITY NEWS

Lições no Livro de Atos: As Orientações de Jesus

 

Pastor: Ronaldo Lidório

Jesus havia sido morto e ressuscitado. Diz a Palavra que Ele permanece 40 dias com os discípulos conversando sobre as coisas do Reino de Deus. Também os orientou a não saírem de Jerusalém sem serem antes revestidos de poder pelo Espírito Santo.

Em Atos 1:2 lemos: “até ao dia em que, depois de haver dado mandamentos por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que escolhera, foi elevado às alturas”.

Já vimos que os discípulos foram escolhidos por Cristo pelo desejo do próprio Cristo, não por habilidades ou particularidades humanas. Somos salvos por Deus apenas por sua misericordiosa graça!

Encontramos também neste verso uma palavra emblemática. Lemos que Jesus gastou aqueles dias dando “mandamentos por intermédio do Espírito Santo” e depois foi elevado aos céus. A expressão aqui usada é “entellomai”, que significa dar uma ordem, ou encarregar alguém de alguma coisa durante a sua ausência. Era palavra usada para um senhor que, viajando, confia a sua casa ao mordomo e lhe instrui de forma clara aquilo sobre o qual precisa ter especial atenção.

Estas instruções de Jesus falam à mente, como lembrando quem somos e o que devemos fazer, e à alma, construindo profunda convicção de fé, pois são dadas “por intermédio do Espírito Santo”.

Como igreja de Cristo, somos herdeiros dos seus ensinos dados por intermédio do Espírito Santo e pelos apóstolos, na Palavra de Deus.

Isto significa três coisas por demais importantes. Primeiro, Jesus não nos deixou órfãos. Enviou-nos o Consolador que nos guia em toda a verdade e em todo o caminho. Ele está conosco todos os dias!

Segundo, as instruções dadas por Jesus aos apóstolos foram registradas na Bíblia Sagrada, portanto, somos guiados por Deus na Sua Palavra. Este é o rico tesouro que temos em mãos, que precisamos dele aprender a cada dia.

Terceiro, Jesus encarregou a sua igreja dos seus negócios na terra. Somos chamados para sermos sal que salga, luz que brilha e árvore que frutifica. Nossa identidade e missão devem estar impregnadas desta verdade.

Busque na Palavra, em oração e no Espírito Santo, a cada dia, ser relembrado das incomparáveis verdades que Ele nos deixou, suas orientações para crermos, amarmos, seguirmos e servimos a Cristo com tudo o que somos e tudo o que temos.

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