quarta-feira, 21 de junho de 2017

Mais 22 cristãos são presos na Eritreia

O número de cristãos presos no país é alarmante e aumenta a cada dia

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(imagem ilustrativa)
Entre o fim de maio e o começo de junho deste ano houve uma onda de prisões e 22 cristãos eritreus foram encarcerados. O número de cristãos presos desde o início de maio aumentou para mais de 120. O risco de viver a fé cristã na Eritreia tem aumentado desde 2002, quando uma lei foi criada para impedir o crescimento da igreja.
Essa nova onda de prisões aconteceu perto do Dia da Independência do país, em 24 de maio. Muitos cristãos encontram-se sob vigilância especial nos dias próximos às celebrações dessa data. Isso acontece porque eles se negam a participar de cerimônias que vão contra seus valores.
Fora da capital, cristãos foram presos depois da celebração de um casamento. No dia 21 de maio, os familiares e amigos do casal se reuniram para celebrar a união após uma semana da cerimônia, o que é costume para os cristãos locais. Ao fim da festa, 49 pessoas foram presas, inclusive o casal.

Pedidos de Oração

  • Clame ao Senhor pela libertação dos que decidiram seguir a Cristo apesar das dificuldades.
  • Ore para que a igreja cresça e que se mantenha confiante no cuidado de Deus.
  • Interceda pelos governantes, para que encontrem o caminho, a verdade e a vida em Jesus Cristo.

Fonte: Portas Abertas

O que é o Ramadã para um cristão ex-muçulmano

Saiba como um cristão de origem muçulmana entende o Ramadã depois de conhecer a Cristo

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Por 30 dias, todos os muçulmanos adultos e saudáveis realizam jejum durante o dia, e muitos deles se tornam mais devotos durante esse período. Este é o Ramadã. Em uma conversa com um cristão secreto de origem muçulmana do Sudeste Asiático, perguntamos o que este tempo significava para ele quando ainda era um seguidor do islã, e o que é agora que ele segue a Jesus Cristo.
Quando você era um muçulmano, o que normalmente fazia durante o mês de jejum?
Meu jejum começava no nascer e ia até o pôr do sol. Era um jejum completo, em que eu não podia comer ou beber coisa alguma. Antes de começar, fazia minha niyat e recordava da minha intenção de manter o jejum durante o Ramadã.
No dia seguinte, acordava às 4h30 para tomar o café da manhã. Em nossa refeição havia arroz frito ou macarrão com alguma carne e vegetais. Depois de comer, realizava a oração da manhã durante cinco minutos, depois voltava a dormir e acordava em minha hora habitual de ir ao trabalho.
Para mim, o trabalho era normal, mas alguns muçulmanos reduziam suas atividades para economizar energia. Muçulmanos, portanto, têm permissão de sair do trabalho mais cedo, tempo de ir para casa cozinhar ou comprar comida para o desjejum.
No pôr do sol, fazia a oração para a quebra do jejum: "Ó, Alá! Eu jejuei por você e acredito em você e eu rompo meu jejum com o seu sustento".
Qual é sua visão do jejum agora que você crê em Cristo?
Meu motivo para jejuar é diferente agora. Quando era muçulmano, jejuava para ter alguma vantagem espiritual. Eu precisava de muitas delas para que no dia do julgamento, quando Alá avaliaria minhas obras, minhas virtudes compensassem meus pecados [e eu pudesse entrar no paraíso]. Por essa razão eu tentava ser um bom muçulmano, cumprindo todas as leis do islã, orando cinco vezes por dia, dando esmolas aos pobres, e tentando converter cristãos.
Mas ainda assim, eu ainda não podia ter certeza de que Alá aceitaria meus méritos. Isso sempre esteve na mente de muitos muçulmanos, inclusive na minha. Mas não nos é permitido questionar isso. Quando olho para trás e vejo minha vida como muçulmano, me sinto enganado e sinto que foi injusto eu não ter tido liberdade de religião.
Mas graças a Deus agora eu sou um cristão. Eu tenho a certeza de Cristo que meus pecados foram lavados por seu sangue. Eu não preciso mais ter medo. Agora eu jejuo para aprofundar meu relacionamento com Deus e para conhecer mais a Cristo. Agora eu jejuo e oro para que Deus salve outros muçulmanos que ainda estão tentando agradá-lo. Agora eu jejuo para que muçulmanos descubram a bênção que é conhecer a Cristo como eu descobri!
Você ainda jejua durante o Ramadã? Se sim, por quê?
Como cristão secreto, tenho que fingir que estou jejuando na frente dos meus colegas muçulmanos. Não fazer isso resultaria em suspeitas e interrogatórios. É apenas quando estou sozinho ou com outros cristãos secretos que eu posso ser eu mesmo. Não é fácil viver uma vida dupla.
Muitos cristãos secretos como eu não ousam revelar a fé porque, se forem descobertos, serão mandados para centros de reabilitação islâmicos. Eu ouvi histórias de lavagem cerebral, tortura e abuso mental para fazer que cristãos de origem muçulmana neguem a fé em Cristo.
Se isso um dia acontecer comigo, eu não sei como iria responder a tamanha perseguição. Ainda assim, tenho pavor de negar a Jesus. Portanto, ore por mim e por meus amigos ex-muçulmanos, para que Deus nos dê força para não negá-lo.
Ore agora…
Pelos cristãos de origem muçulmana, para que tenham força para se apegar a Cristo, mesmo se sua fé for descoberta e eles encararem sérias consequências. E ore para que Deus revele seu Filho, Jesus, a muitos muçulmanos durante o Ramadã.
Fonte: Portas Abertas

Vaticano investiga organização católica brasileira por ‘pacto com Satã’


Vaticano investiga a sociedade católica brasileira ultraconservadora Arautos do Evangelho, uma dissidência da TFP - Tradição, Família e Propriedade
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Segundo o “vaticanista” Andrea Tornielli, do jornal italiano “La Stampa“, em extensa cobertura que ecoa pelo americano “Daily Beast“, pelo britânico “Daily Mail” e outros, o Vaticano investiga a sociedade católica brasileira ultraconservadora Arautos do Evangelho, uma dissidência da TFP (Tradição, Família e Propriedade).
Na descrição do “Beast”, onde foi manchete ao longo do fim de semana (reproduzida ao lado), a investigação parte do “aparente pacto com Satã sobre a morte do papa Francisco”.
A evidência é um vídeo que vazou. Segundo “Tonielli”, o líder da organização, monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, que protagoniza o vídeo, já renunciou.
  
Com informações Folha UOL e Notícias Cristãs
Imagem: reprodução

Operação da Polícia Federal prende cinco pastores evangélicos

Dе асоrdо соm іnfоrmаçõеѕ da Pоlíсіа Cіvіl dо RS, a ação рrеndеu cinco раѕtоrеѕ evangélicos lіgаdоѕ a Aѕѕеmblеіа de Dеuѕ em Itаjаí (SC), Pоntа Grоѕѕа (PR) e Sãо Gоnçаlо (RJ)

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A Delegacia dе Pоlíсіа dе Vеrаnóроlіѕ, no Rіо Grаndе dо Sul, dеflаgrоu nа última ԛuаrtа-fеіrа a Operação Dеuѕ Tá Vendo, еm trêѕ Eѕtаdоѕ.
Dе асоrdо соm іnfоrmаçõеѕ da Pоlíсіа Cіvіl dо RS, a ação рrеndеu cinco раѕtоrеѕ evangélicos
lіgаdоѕ a Aѕѕеmblеіа de Dеuѕ em Itаjаí (SC), Pоntа Grоѕѕа (PR) e Sãо Gоnçаlо (RJ), роr frаudе еm venda de vеíсulоѕ.
Sеtе aeronaves foram арrееndіdаѕ na mаnhã dеѕtа quarta-feira pela Pоlíсіа Federal Segundo o delegado Alvаrо Luіz Pасhесо Bесkеr, dа 2ª DP dе Bеntо Gоnçаlvеѕ (RS), os presos аtuаvаm еm associação criminosa, vеndеndо оѕ veículos роr рrеçоѕ аbаіxо do vаlоr de mercado. Eles аlеgаvаm ԛuе a Igreja hаvіа rесеbіdо os automóveis роr mеіо dе uma doação dа Rесеіtа Federal, роr isso poderiam vеndê-lоѕ роr рrеçоѕ mеnоrеѕ.
O vаlоr арrоxіmаdо dо gоlре gira еm torno dе R$ 1,2 milhão, tеndо mais dе 40 vítіmаѕ só na cidade dе Vеrаnóроlіѕ.

Com informações Dentro da política
Imagem: reprodução

terça-feira, 20 de junho de 2017

A resistência de Jó frente à dor e ao sofrimento

Jó é citado apenas duas vezes em toda a Escritura (Ez 14.12-23; Tg 5.11), fora do livro que leva o seu nome. Na primeira passagem, salienta-se a retidão e o poder de intercessão de Jó, que é colocado ao lado de outros homens especiais (Noé e Daniel). Na segunda, fala-se de sua capacidade de lidar com o sofrimento. Algumas versões chamam atenção para a sua paciência (RA, TEB, NTLH, BJ), outras para a sua constância (CNBB, EP) ou perseverança (NVI). A paráfrase Bíblia Viva prefere mencionar a sua confiança em Deus. Apenas a Bíblia do Peregrino acha apropriado traduzir a palavra original como resistência: “Ouvistes falar como Jó resistiu, e conheceis o desfecho que Deus lhe proporcionou, pois o Senhor é compassivo e piedoso”. 

Logo no início do livro, Jó é apresentado como homem extremamente correto, inculpável, íntegro, irrepreensível, justo, precavido (“evitava fazer o mal”), reto (“andava na linha”) e temente a Deus (Jó 1.1). Era um homem especial, fora de série, um exemplo impressionante em sua época e em nosso tempo. Duas vezes o próprio Deus afirma que Jó era sem igual: “No mundo inteiro não há ninguém tão bom e honesto como ele” (Jó 1.8; 2.3) 

Em geral, o que os cristãos sabem a respeito de Jó é apenas o que está no prólogo (os dois primeiros capítulos) e no epílogo (os 12 últimos versos do último capítulo). Passa-se por cima de toda a parte poética do livro, que valoriza tremendamente o caráter de Jó. Já o leitor que examina o miolo do livro fica perplexo com a incrível resistência do homem da terra de Uz frente a toda sorte de sofrimento, como se pode ver a seguir. Jó era irrepreensível... 

Apesar das desventuras 
Jó não era sem igual só no terreno ético. No que diz respeito à prosperidade, ele era aprovado e bem-sucedido em tudo. Jó tinha saúde, família, riquezas e muita gente a seu serviço. Era “o homem mais rico do oriente”. Possuía 11.500 cabeças de gado. De uma hora para outra, perdeu tudo. Em um mesmo dia, Jó recebeu quatro más notícias seguidas, uma imediatamente após a outra. As perdas foram provocadas pelos povos vizinhos (os sabeus e os caldeus) e por desastres naturais (raios caídos do céu e uma terrível ventania vinda do deserto). Foi assim que Jó perdeu... 

Todo o gado (7.000 ovelhas, 3.000 camelos, 1.000 bois e 500 jumentos); 

Todos os empregados (administradores, agricultores, boiadeiros, carreiros, cortadores de lã, guardas das torres de vigia, plantadores de capim, roçadores de pastos, tiradores de leite, tratadores de animais, vendedores de gado etc). Só escaparam aqueles que vieram trazer essas notícias. 

Todos os dez filhos (três mulheres e sete homens). Estavam todos comendo e bebendo na casa do irmão mais velho, quando o furacão atingiu a casa e a derrubou sobre eles. No dia seguinte, havia dez caixões de defuntos para Jó enterrar. 

Apesar da doença 
Pouco depois da perda de quase todos os bens e de todos os filhos, Jó perdeu a saúde, o mais precioso bem que alguém pode possuir. A doença era tão grave que o obrigava a pensar na morte. Vários diagnósticos têm sido apresentados: a doença poderia ser dermatose escamosa, elefantíase, eczema crônico, eritema, lepra, melanoma, pênfigo foliáceo, psoríase queratose, úlceras malignas, varíola. Ele portava “feridas terríveis, da sola dos pés ao alto da cabeça”, raspava-se com um caco de louça e ficou tão desfigurado que seus amigos não puderam reconhecê-lo e começaram a chorar em alta voz diante daquele quadro aterrador (2.12-13). 

O mal de Jó era uma agressão à visão e ao olfato de todos os que o cercavam. 

Vale a pena ler o que o próprio Jó fala a respeito: 

“Que esperança posso ter, se já não tenho forças? Como posso ter paciência, se não tenho futuro?” (6.11). 

“Quando me deito fico pensando: quanto vai demorar para eu me levantar? A noite se arrasta, e eu fico virando na cama até o amanhecer. Meu corpo está coberto de vermes e cascas de ferida, minha pele está rachada e vertendo pus. [...] É melhor ser estrangulado e morrer do que sofrer assim” (7.4-5,15). 

“Meus dias correm mais velozes que um atleta; eles voam sem um vislumbre de alegria. Passam [ligeiros] como barcos de papiro, como águias que mergulham sobre as presas” (9.25). 

“Tornei-me objeto de riso para os meus amigos, logo eu, que clamava a Deus e ele me respondia, eu, íntegro e irrepreensível, um mero objeto de riso!” (12.4). 
“Minha magreza [...] depõe contra mim”(16.8); “O meu corpo não passa de uma sombra” (17.7); “Não passo de pele e ossos” (19.20). 

“O único lar pelo qual espero é a sepultura” (17.13); “Quem poderá ver alguma esperança para mim?” (17.15). 

“Minha mulher acha repugnante o meu hálito; meus próprios irmãos têm nojo de mim” (19.17). 

“Agora esvai-se a minha vida; estou preso a dias de sofrimento. A noite penetra os meus ossos; minhas dores me corroem sem cessar” (30.16-17). 

“Minha pele escurece e cai; meu corpo queima de febre. Minha harpa está afinada para cantos fúnebres, e minha flauta para o som de pranto” (30.30-31). 

Apesar da esposa 
A companheira de Jó e mãe de seus filhos mortos não teve sabedoria suficiente para enfrentar o sofrimento da família: 

1) Ela foi incapaz de suportar o quadro doentio do marido. Jó pessoalmente descreve a situação: “Minha própria esposa não chega perto de mim por causa do mau cheiro que sai de minha boca quando falo” (19.17, BV). O cheiro repugnante vinha também das feridas abertas. 

2) Ela foi incapaz de manter o relacionamento anterior com Deus. A esposa de Jó rompeu com o Senhor e aconselhou o marido a fazer o mesmo: “Você ainda vai tentar ser muito religioso, mesmo depois de tudo o que Deus nos fez? O melhor que você tem a fazer é amaldiçoar a Deus e morrer!” Jó viu-se na obrigação de opor-se e resistir à própria esposa: “O que você está falando é loucura completa. Já recebemos tantas coisas boas de Deus, porque não recebemos também o sofrimento e a dor?” (2.9-10, BV.) 

3) Ela foi incapaz de acompanhar o marido. A dura verdade é que a esposa de Jó passou para o lado oposto: aliou-se a Satanás, tornou-se porta-voz dele, fez-se advogada do diabo. Pois o único propósito de Satanás era levar Jó a amaldiçoar a Deus (1.11; 2.5). 

Apesar da solidão Antes de suas desventuras, Jó tinha nome, tinha dinheiro, tinha poder. Era cercado de pobres, órfãos, viúvas e estrangeiros, com os quais repartia seus bens. Era cercado de parentes, amigos e vizinhos, próximos e distantes, com os quais se alegrava. Afinal, muitos são os que amam o rico (Pv 14.20). Mas, depois de suas desgraças, todos foram se retirando e deixaram Jó sozinho. Ele se queixa amargamente disso: 

“[Deus] afastou de mim os meus irmãos; até os meus conhecidos estão longe de mim. Os meusparentes me abandonaram e os meus amigos esqueceram-se de mim. Os meus hóspedes e as minhasservas consideram-me estrangeiro; vêem-me como um estranho. Chamo o meu servo, mas ele não me responde, ainda que lhe implore pessoalmente. Minha mulher acha repugnante o meu hálito; meus próprios irmãos têm nojo de mim. Até os meninos zombam de mim e dão risadas quando apareço. Todos os meus amigos chegados me detestam; aqueles a quem amo voltaram-se contra mim” (19.13-20). 

Apesar do Diabo O livro da Bíblia que menciona maior número de vezes o nome de Satanás é o de Jó. São ao todo quatorze citações, que aparecem apenas nos dois primeiros capítulos, o equivalente a pouco mais de 25% de todas as ocorrências. Quanto a toda a Escritura, apenas em Apocalipse Satanás é tão devastador como em Jó. 

Por duas vezes, Deus chama a atenção de Satanás para a integridade de Jó: “Reparou em meu servo Jó?” (1.8; 2.3). Em resposta, Satanás duas vezes relacionou a integridade de Jó com a prodigalidade de Deus (1.10-11; 2.4). Então, também por duas vezes, Deus suspendeu parte de sua proteção e deixou Jó ao alcance de Satanás (1.12; 2.6). 

Na primeira vez, Satanás toma todos os seus bens e todos os seus filhos (1.13-19). Na segunda, toma toda a sua saúde (2.7-8). Depois de todos os estragos, Satanás sai de cena e não mais é citado. 

O Satanás do livro de Jó é o mesmo que mais tarde vai tentar o próprio Jesus Cristo (Mt 4.1-11), peneirar Pedro (Lc 22.31), entrar no coração de Judas (Jo 13.27), encher o coração de Ananias (At 5.2), atazanar Paulo com o espinho na carne (2 Co 12.7) e impedir Paulo de visitar os tessalonicenses (1 Ts 2.18). Satanás é o tentador, o enganador, o acusador, o maligno, o homicida, o ladrão de semente (Mt 13.19), o semeador de joio (Mt 13.39), o pai da mentira, o leão que ruge e especialmente “o príncipe da potestade do ar” (Ef 2.2), isto é, “aquele que se interpõe entre o céu e a terra” (na Tradução Ecumênica da Bíblia). 

Por algum tempo, mas sem perder a proteção de Deus, Jó foi contundentemente machucado por Satanás! 

Apesar das discurseiras de seus amigos 
Os três amigos de Jó — Elifaz, Bildade e Zofar — “souberam de todos os males [desgraças, calamidades, em outras versões] que o haviam atingido, saíram, cada um da sua região. Combinaram encontrar-se para, juntos, irem mostrar solidariedade a Jó e consolá-lo” (2.11). 

Depois da mudez provocada pelo impacto da aparência de Jó, os três homens começaram a falar. Seus oito (talvez nove) discursos ocupam pelo menos nove capítulos do livro de Jó. São peças admiráveis quanto à poesia, à beleza e à religiosidade. Os três são monoteístas como o amigo e o nome de Deus aparece 39 vezes em seus discursos (incluindo os nomes Criador e Todo-poderoso). Mas revelam incrível falta de sabedoria, falta de psicologia e falta de misericórdia. Eram inoportunas para aquele momento e para a pessoa com o qual falavam. Valendo-se de uma filosofia errada e de uma teologia errada, Elifaz, Bildade e Zofar causaram enorme mal-estar a Jó e cometeram imperdoáveis injustiças contra ele. Talvez Jó tenha sofrido mais com os discursos de seus amigos do que com a bancarrota financeira, a morte dos filhos e a própria doença. Isso pode ser visto nos seguintes desabafos: 

“Vocês [...] me difamam com mentiras; todos vocês são médicos que de nada valem! Se tão-somente ficassem calados, mostrariam sabedoria” (13.5). 

“Até quando vocês continuarão a atormentar-me, e esmagar-me com palavras? Vocês já me repreenderam dez vezes; não se envergonham de agredir-me” (19.2-3). 

“Suportem-me enquanto eu estiver falando; depois que eu falar poderão zombar de mim” (21.3). 

Os amigos de Jó atentaram contra a sua tranqüilidade, alvoroçaram a sua consciência e roubaram a sua paz com Deus. Desempenharam o mesmo serviço de Satanás, aquele que se põe na presença de Deus para acusar dia e noite, não os ímpios, mas os justos (Ap 12.10).
 
Quando o pano se levanta e toda a verdade vem à tona, o Senhor repreende severamente os acusadores de Jó: “Estou indignado com você [Elifaz] e com os seus dois amigos [Bildade e Zofar], pois vocês não falaram o que é certo a meu respeito, como fez meu servo Jó” (42.7). Para não serem punidos por Deus “pela loucura que cometeram”, os três amigos deveriam comparecer diante de Jó, oferecer holocaustos em favor deles mesmos e se beneficiarem da intercessão de Jó (42.8-9). 

Apesar da arenga de Eliú 
Eliú é o quarto personagem do livro de Jó. Era mais jovem que Elifaz, Bildade e Zofar. Foi o último a falar. Seu discurso ocupa seis capítulos seguidos e ele sozinho cita o nome de Deus 39 vezes. Embora mais cortês e mais próximo da verdade quanto à visão do sofrimento, Eliú também não poupou o homem da terra de Uz: 

“Neste mundo não há ninguém como Jó, para quem é tão fácil zombar de Deus como beber um copo de água. Ele anda com homens maus e se ajunta com gente que não presta” (34.7, NTLH). 

“Jó é pecador, um pecador rebelde. Na nossa presença, zomba de Deus e não pára de falar contra ele” (34.37, NTLH). 

“Jó, você não tem o direito de dizer para Deus que você é inocente” (35.2, NTLH). 

“São os outros que sofrem por causa dos pecados que você comete” (35.8, NTLH).
 
“Não adianta nada continuar o seu discurso; você fala muito, porém não sabe o que está dizendo” (35.16, NTLH). 

“Você está sofrendo por causa da sua maldade; cuidado, não se volte para ela!” (35.21, NTLH.) 

Com o discurso de Eliú fechou-se o cerco contra Jó. Já não havia ninguém a favor do homem da terra de Uz. Todos declararam impiedosamente e à uma voz que Jó era o único responsável pelo sofrimento dele: estava colhendo o que plantara (Gl 6.7-8). 

Apesar de Deus 
Ninguém tinha conhecimento do que estava acontecendo fora do palco, nos bastidores do inferno. Nem a principal vítima, nem a sua mulher, nem os demais parentes, nem a vizinhança, nem os conhecidos, nem seus antigos hóspedes, nem seus servos e servas, nem os rapazotes que brincavam displicentemente nas ruas e praças, nem os miseráveis que Jó havia acolhido em tempo de fartura. Menos ainda os acadêmicos presunçosos que vieram de Temã, de Suá e de Naamate, e o jovem Eliú, igualmente presunçoso. Ninguém sabia nada do profundo apreço de Deus por Jó, das duas provocações de Deus a Satanás (“Reparou em meu servo Jó?”), das alegações de Satanás de que Jó era reto por uma questão de interesse particular, das duas progressivas diminuições do tamanho da cerca que protegia Jó e da poderosa e sobrenatural investida de Satanás contra as posses, contra a família e contra a saúde de Jó. O mais ignorante disso tudo seria o próprio Jó. 

Por essa razão, mesmo sem entender nada do que estava acontecendo, e na certeza de que nada está fora do controle de Deus, Jó atribuía tudo ao Senhor, como se pode ver nas declarações assinadas por ele: 

“Nasci nu, sem nada, e sem nada vou morrer. O Senhor deu [tudo o que eu tinha], o Senhor tirou; louvado seja o seu nome!” (1.21, NTLH.) 

“Sem dúvida, ó Deus, tu me esgotaste as forças; deste fim a toda a minha família. Tu me deixaste deprimido. [...] Deus, em sua ira, ataca-me e faz-me em pedaços, e range os dentes contra mim” (16.7-9). 

“Deus fez-me cair nas mãos dos ímpios e atirou-me nas garras dos maus. Eu estava tranqüilo, mas ele me arrebentou; agarrou-me pelo pescoço e esmagou-me. Fez de mim o seu alvo; seus flecheiros me cercam. Ele traspassou sem dó os meus rins e derramou na terra a minha bílis. Lança-se sobre mim uma e outra vez; ataca-me como um guerreiro” (16.11-14). 

“Foi Deus que me tratou mal e me envolveu em sua rede. [...] Ele bloqueou o meu caminho, e não consigo passar; cobriu de trevas as minhas veredas. Despiu-me da minha honra e tirou a coroa de minha cabeça. Ele me arrasa por todos os lados enquanto eu não me vou; desarraiga a minha esperança como se arranca uma planta. Sua ira acendeu-se contra mim; ele me vê como inimigo. Suas tropas avançam poderosamente; cercam-me e acampam ao redor da minha tenda” (19.6-12). 

“Misericórdia, meus amigos! Misericórdia! Pois a mão de Deus me feriu” (19.21). 

Na verdade, Deus não fez nada contra Jó. Porém, permitiu que Satanás fizesse tudo isso e ainda se servisse de sua própria esposa e de seus próprios amigos. Todavia, nenhum desses estranhos acontecimentos tirou o patriarca do caminho reto. É extraordinária sua resistência às circunstâncias esmagadoramente contrárias! 

Apesar do próprio Jó 
Jó era de carne e osso como qualquer outra criatura. Era homem e não Deus, era homem e não semideus, era homem e não super-homem. Assim como Jesus, em sua forma humana, era igual a qualquer de nós e tinha as mesmas necessidades básicas, como fome, sede e sono, e “passou por todo tipo de tentação” (Hb 4.15). Jó era cercado de limitações e fraquezas. O homem da terra de Uz era irrepreensível e inculpável, mas era santo no sentido restrito. Ele nasceu pecador e era pecador. O pecado habitava nele, estava dentro dele e atuava em seus membros, como aconteceu com Paulo (Rm 7.14-25) e como acontece com qualquer outro mortal. 

As dores provocadas pela perda de todos os bens, pela morte de todos os filhos e pela doença mau cheirosa e sem cura, não foram fictícias. Assim como as dores dos cravos que atravessaram os pés e as mãos de Jesus não foram teatrais. Jó sofreu com o mau conselho da esposa e com a incompreensão, a falta de tato, o fundamentalismo religioso, as críticas, as calúnias, as denúncias, a falta de compaixão e a insistência de Elifaz, Bildade, Zofar e Eliú. Nada disso passou despercebido pelo sofrido Jó. Ele chorava — “Meu rosto está rubro de tanto eu chorar” (16.16). Ele ficava perdido, confuso, desesperado, deprimido. Jó fazia reclamações, lamentações, desabafos (não há outro livro com tantos e sérios desabafos como o de Jó). Ele tinha crises de fé. Todavia, o homem da terra de Uz sobreviveu a tudo isso e fazia sua pública profissão de fé: “Eu sei que o meu Redentor vive, e que no fim se levantará sobre a terra” (19.25). 

Jó é um dos mais notáveis exemplos de resistência frente às vicissitudes pelas quais o ser humano pode passar!
Fonte:Revista Ultimato

Parada Gay, promiscuidade e o viés da imprensa


Se a Parada Gay é o progresso, então talvez seja melhor parar um pouco, refletir, e quiçá regressar alguns passos ao passado.
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Neste fim de semana rolou a Parada Gay em São Paulo. Para não variar, houve muita baixaria, promiscuidade e hedonismo, incluindo a presença de crianças no local, além de escancarada politização, com gritos de “Fora Temer”. Enquanto isso, a imprensa cobria o evento com seu viés escancarado de sempre, elogiando, inflando números de presentes, achando o máximo a mensagem “progressista” do troço.
Progressista? Se a Parada Gay é o progresso, então talvez seja melhor parar um pouco, refletir, e quiçá regressar alguns passos ao passado. Não tem nada a ver com “homofobia”, mas com decência. Conheço vários gays que abominam o evento, até porque ele denigre a imagem dos homossexuais, como se todos tivessem de ser uns depravados imorais. Não há gay decente mais?
As cenas são sempre chocantes, e feitas para chocar. Mas como vivemos num mundo sem limites, de total relativismo moral, fica cada vez mais difícil chocar. E por isso mesmo é preciso aumentar a dose sempre. Como viciados, que não sentem mais prazer naquele singelo cigarro de maconha, e precisam de coisas mais e mais potentes para ter a mesma onda.
Não vou, por respeito aos leitores, mostrar as coisas mais bizarras. Mas esse vídeo, publicado por Gil Diniz, já dá uma pequena ideia do que rolava por lá. E reparem: na frente de crianças! Que tipo de gente leva uma criança para uma Parada Gay?! Eu já levei minha filha, quando pequena, para uma Parada da Disney. Ela ficou encantada. Viu os heróis, os ícones dos desenhos. O ambiente era familiar. Mas… Parada Gay?! Vejam o vídeo, que nem de perto é o pior que há nesses locais.
O inferno talvez seja uma eterna Parada Gay, como desabafa o próprio Gil Diniz. A turma chega ao ápice do ridículo quando fala em “estado laico”. Atenção: não estão fazendo um protesto na Arábia Saudita ou em algum país muçulmano, mas no Brasil! No país em que bater no cristianismo é o hobby predileto de todo “progressista”, e os ataques são sempre chulos, ofensivos, desrespeitosos.
Coisas que, se alguém devolvesse aos próprios “progressistas” na mesma moeda, seria motivo de escândalo, muito mimimi, vitimismo e reportagens na mídia, sobre a intolerância e o preconceito dos religiosos. Mas ser intolerante e preconceituoso com cristãos não tem problema algum, claro, e a imprensa ainda dá uma ajuda:
É ou não patético esse viés? Marchar em nome de Jesus? Isso é bloquear as vias. Mas enaltecer a baixaria em local público na frente de crianças, isso é lindo! E depois os “progressistas” e os “jornalistas” não entendem porque o povo vota em Trump, em Bolsonaro, e chama a mídia de “fake news”. Vejam:
É muita deturpação de valores em nome do “progresso”, aquele que nos colocará de volta na condição de bestas selvagens agindo por puro instinto animal e sem freio civilizacional algum…
PS: Daniela Mercury, estrela do evento, é aquela cantora que fez uma música de sucesso em 1992 e desde então se apagou, voltando ao “estrelato” após se assumir lésbica? Parece que a inclinação sexual de alguns virou mesmo substituto para o talento…
Por Rodrigo Constantino
Em seu blog, Na Gazeta do Povo
Imagens: Reprodução

Review | Pilares da Fé - Franklin Ferreira

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PILARES DA FÉ | A atualidade da mensagem da Reforma. Edições Vida Nova 2017. Autor: Franklin Ferreira.

Neste ano comemora-se os 500 da Reforma Protestante. Dada essa importante e singular data, muitas obras tem sido publicadas no Brasil sobre o tema. Em especial destaco as publicações de Edições Vida Nova, empreendendo uma série de publicações sobre a História, Documentos e Teologia da Reforma.

Dentre as boas publicações, está o livro do pastor e professor Franklin Ferreira. Já é sabido, mas, vale notificar que Franklin é um dos mais expressivos teólogos do nosso país em nossa geração. Suas obras envolvem Teologia Sistemática, História da Igreja, Espiritualidade e Teologia Política. Além de escritor o pastor na Igreja da Trindade, Franklin está a frente do importanteSeminário Martin Bucer que tem dado grande contribuição a Teologia Reformada no Brasil. Também exercendo importante trabalho junto as editoras Vida Nova e Fiel.

Chegando ao livro, então, gostaria de dizer algumas palavras sobre a obra do professor Franklin. O livro é fruto de uma série de palestras proferidas em 2015, entre 20 e 22 de novembro, na Igreja Batista Reformada do Ipiranga em São Paulo (p.11). De fato nada incomum, muitas grandes e expressivas obras foram frutos de palestras como por exemplo, o clássico livro de Abraham Kuyper - Calvinismo - ou o Rosto de Deus do filósofo Roger Scruton, bem como outra obra de Franklin sobre o Credo Apostólico, publicado pela editora Fiel.

Os Pilares da Fé, trada dos Cinco Solas da Reforma: Sola ScripturaSolus ChristusSola GratiaSola FideSoli Deo Gloria. Com um prefácio do escritor e teólogo Solano Portela e uma apresentação feita pelo deputado estadual do Rio Grande do Sul, cristão luterano, Marcel Van Hattem. Iniciando, então, a obra mostrando a importância do livro nas esferas teológica e política em nosso país.

Alguns podem pensar: mas já não temos livros publicados sobre essa temática? Posso dizer que gosto bastante de outras publicações sobre o assunto, mas considero o livro de Franklin Ferreira importante por dialogar com nosso contexto no Brasil, aplicando de forma muito pastoral aos problemas correntes na teologia das igrejas no país e a realidade cultural e política do país.

Ao tratar do do primeiro sola, gostei muito quando Franklin trabalhou sobre a questão do Sola Scriptura e a Confessionalidade, tratando dos conceitos de Norma Normans Norma Normata. Também a questão surgida posteriormente do Nuda Scripturaque rompe com a tradição confessional, asseverando que esta não valida o Sola Scriptura. Algo interessante dito pelo autor é que a Escritura é Deus falando conosco, os documentos confessionais somos nós confessando o que cremos, a Deus aos homens (paráfrase minha).

Ao tratar sobre o Solus Christus, Franklin trabalha de forma magistral a teologia da cruz em Lutero. O capítulo é profundamente evangélico e teologicamente reformado.

Os capítulos seguintes sobre o Sola Gratia Sola Fide tratam sobre a Justificação Pela Fé Somente. Riquíssimos, posso dizer que este é um tipo de livro que todo cristão deveria ler. Com um sólido trabalho em Teologia Sistemática e Teologia Histórica, Franklin dialoga com grandes autores e nos trás valiosos ensinamentos e aplicações sobre a doutrina da justificação. Uma questão que me chamou atenção foi o diálogo do autor com a Declaração de Cambridge.

Ao final de cada capítulo se encontra uma tese dessa declaração importante feita pela Aliança de Evangélicos Confessionais em 1996. O livro inclui um apêndice com a declaração transcrita. O livro de Franklin é notavelmente pedagógico, podendo ser usado em seminários ou grupos de estudos bíblicos e Escolas Bíblicas Dominicais.

Franklin termina o livro falando do quinto sola: Soli Deo Gloria. Um capítulo jubiloso, doxológico, aplicando a cada esfera da vida e da atuação da igreja a glorificação do nome de Deus. Franklin inicia o capítulo com uma frase marcante: Por que Deus existe? Para sua própria glória! E essa é a paixão última de Deus. Todo propósito da história - e mesmo todo propósito da nossa existência - é a glória de Deus, p. 176.

Termino dizendo que é um livro importante, necessário e urgente.

Soli Deo Gloria

***
Autor: Rev. Thomas Magnum
Divulgação: Bereianos

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segunda-feira, 19 de junho de 2017

Igreja Metodista nomeia pela primeira vez um transgênero como diácono

Pare, leia e pense!

O caso de Barclay é inédito por ser um caso de transgênero não binário, ou seja, não se identifica nem como homem, nem como mulher
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No começo de junho a Igreja Metodista Unida do Norte de Illinois, Estados Unidos, consagrou o primeiro transgênero não binário como diácono provisório.
M Barclay trabalha como diretor de comunicação para a rede de Ministérios de Reconciliação do grupo da Igreja Metodista Unida que defende a inclusão de pessoas LGBT “em todos os aspectos da vida da igreja”.
A IMU (UMC-sigla em inglês) já ordenou transgêneros anteriormente, porém eram pessoas que não se identificavam com o sexo que nasceram e assumiram a identidade do sexo oposto.
O caso de Barclay é inédito por ser um caso de transgênero não binário, ou seja, não se identifica nem como homem, nem como mulher.
Com “o gênero neutro” esse grupo tenta afastar suas identidades do que seria o sexo feminino ou masculino. Eles são chamados de “genderqueer”, mas preferem o termo “não binário”.
Para fugir do “ele” ou “ela”, os transgêneros não binários se tratam como “eles”, no plural.
Ciente disso, a bispa que ordenou Barclay pediu para que o Espirito Santo fosse derramado “sobre eles”. “Derrame o seu Espírito Santo sobre M. Envie-lhes agora para proclamar as boas novas de Jesus Cristo, para anunciar o reino de Deus e equipar a igreja para o ministério”, declarou a bispa segundo informações do The Washington Post.

Com informações The Washington Post e JM Notícia
Imagem: reprodução
Via CCN

Magno Malta acusa deputada Benedita da Silva de distorcer a bíblia para justificar violência


Magno Malta respondeu a Benedita da Silva (PT - RJ), que afirmou: "a Bíblia diz que sem derramamento de sangue não haverá redenção", para justificar guerra civil.
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A deputada Benedita da Silva (PT – RJ) acabou ganhando destaque recentemente nas manchetes – sobretudo de páginas e sites gospel – após causar polêmica por usar um trecho bíblico para justificar a “luta armada” entre classes e o “derramamento de sangue” que poderia ocorrer como consequência destas batalhas.
A declaração polêmica da deputada foi dada durante um seminário realizado pelo Partido dos Trabalhadores e pela Fundação Perseu Abramo, no início deste mês de junho. O evento teve como tema “Estado de Direito ou Estado de Exceção?” e reuniu ainda o governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB) e outros parlamentares de esquerda.
“Se pedermos esta indignação, se não formos para a rua com esta indignação, com esta certeza e não apenas uma convicção, certamente vamos esfriar diante do aparato midiático, mandado diante dessa entrega total”, disse.
“Quem sabe faz a hora e faz a luta, a gente sabe disso. Na minha Bíblia está escrito que sem derramamento de sangue não haverá redenção. Vou à luta, vamos à luta com qualquer que sejam as nossas armas”, acrescentou a parlamentar, se referindo à passagem de Hebreus 9, versículo 22.
Fato é que o trecho citado por Benedita não se refere ao derramamento de sangue de qualquer pessoa, mas sim o sangue de Cristo – ponto que tem sido ressaltado pelo senador Magno Malta em um vídeo recentemente publicado por ele em sua página do Facebook, como resposta às declarações da deputada.
“Isso é uma piada de mau gosto e ela falou assim: ‘Está escrito na minha Bíblia’… Só se for na bíblia do diabo, porque a Bíblia, a Palavra de Deus, aquela que tem 66 livros, Novo e Velho Testamento não tem nada disso. Ali é se referindo ao próprio sangue de Jesus, à redenção do homem de seus pecados pelo sangue de Jesus. Não é derramar sangue de pessoas nas ruas, não”, explicou o senador, ao lado de Jair Bolsonaro.
“A conversa começou esclarecendo uma distorção que gente do PT faz do livro sagrado [Bíblia]”, afirmou Magno Malta ao descrever o vídeo na legenda de sua postagem.
Com informações Guiame
Imagem: reprodução web
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ESPERE PARA NAMORAR ATÉ QUE POSSA CASAR


Por Marshall Segal
Quando jovens deveriam começar a namorar?
Sua resposta depende de por que você pensa que você (ou qualquer outra pessoa) deve começar a namorar em primeiro lugar. Qualquer um pode ver que os custos são geralmente altos: términos esmagadores, pecados sexuais, traições surpreendentes, rejeições repentinas, corações devastados — a dor do amor que nunca andou até o altar.
Então, por que muitos de nós ainda mergulhamos tão rapidamente no namoro?
Bem, em parte porque Satanás mascara os riscos muito bem (Apocalipse 12:9). Ele coloca o romance como um requisito para uma vida boa e projeta todo o resto como sendo vazio, solitário e sem propósito em comparação. Ele tira proveito de nossos desejos e nos convence de que devemos “amar” para que realmente vivamos, de que os maiores prazeres e as experiências mais plenas são encontrados num relacionamento com um namorado ou namorada (ou então com um esposo ou esposa). Ele ameniza as desilusões amorosas e adoça cada pecado sexual com um lindo — mas venenoso — glacê.
Satanás e sua influência dentro e por meio do mundo levam milhões de nós a namorar muito e muito cedo. Isso porque ele ama o que esse tipo de namoro faz conosco.
Eu tive minha primeira “namorada” na sexta série, meu primeiro beijo naquele verão (de outra garota) e, depois disso, uma namorada nova praticamente a cada ano durante o ensino médio. Desde muito novo, eu estava procurando por atenção, segurança e intimidade em garotas ao invés de procurar em Deus. Eu namorei mais cedo que a maioria e mais que a maioria. Meus anos de adolescência foram como um longo novelo de relacionamentos, os quais eram muito sérios para nossas idades. Eles duravam muito tempo e, por isso, terminavam muito dolorosamente. Eu disse “eu te amo” muito cedo e para muitas. E o diabo se sentou no melhor lugar da plateia, amando cada minuto da minha história tão precoce de namoro.

Por que Qualquer Pessoa Deveria Namorar?

A guerra espiritual pelos nossos corações é real, e os riscos são altos, então é vital questionar por que nós pensamos que devemos namorar em primeiro lugar. Por que eu tive uma namorada quando estava com 12 anos (ou 13, 14 e até mesmo 15)?
Muitos de nós desejamos apenas ser felizes, valorizados e pertencer a algum lugar. Imaginamos nossas necessidades mais profundas sendo satisfeitas na intimidade de se estar com uma (ou um) jovem especial.
Todos nós queremos que nossos corações suspirem por alguém ou por alguma coisa. O romance e o mistério do casamento parecem deter as maiores vantagens terrenas do prazer e da amizade. Nós ansiamos ser conhecidos e amados; ansiamos pertencer a alguém, à história de outra pessoa. Nós também desejamos que alguém faça parte da nossa. E todos nós desejamos que nossas vidas valham algo. Queremos contribuir com algo significante para uma causa importante. Queremos fazer a diferença. Não queremos desperdiçar nossas vidas.
Muitos de nós namoramos porque estamos tentando preencher essas necessidades por meio do amor. Se você nos perguntasse, diríamos que estamos “buscando o casamento”, mas muitos de nós não estamos nem sequer perto do casamento — seja em idade, maturidade, educação ou estágio da vida. Nós estamos, na verdade, em busca da felicidade, do pertencimento e da significância, que pensamos que encontraremos no romance.
O que Eu Faria Diferente?
Se eu pudesse fazer tudo de novo, eu não teria namorado no 1º ano do ensino médio (nem no segundo, sequer nos meus dois primeiros anos da faculdade). Eu teria esperado para namorar até que pudesse casar.
Essa reviravolta dentro de mim aconteceu quando comecei a entender as grandes diferenças entre namorar e casar. Um casal de namorados pode até se sentir como casados algumas vezes, mas um casal de namorados nunca é um casal de casados. Entender as distinções entre esses dois relacionamentos nos protegerá de todo o tipo de dor e fracasso no namoro.
O maior prêmio em qualquer vida, independentemente do status de relacionamento, é conhecer Cristo e ser conhecido por ele, é amá-lo e ser amado por ele. O maior prêmio no casamento é a intimidade centrada em Cristo com o cônjuge — conhecer e ser conhecido, amar e ser amado pelo esposo ou esposa. O maior prêmio no namoro é a clareza centrada em Cristo a respeito do casamento (ou em direção ao casamento). Intimidade romântica é mais segurança no contexto do casamento, e o casamento é mais seguro no contexto da clareza. Se queremos ter e aproveitar esse tipo de intimidade centrada em Cristo, precisamos nos casar. E, se queremos nos casar, precisamos buscar clareza sobre com quem nos casar.
Espere para Namorar
Legalmente, pelo menos nos EUA, não podemos nos casar até que tenhamos 18 anos (exceto em Nebraska e Mississippi, onde é preciso ser ainda mais velho —19 e 21 anos, respectivamente).
ALÉM DA MERA IDADE, PORÉM, PRECISAMOS PENSAR EM ALGUMAS PERGUNTAS SÉRIAS SOBRE MATURIDADE E ESTABILIDADE. NOSSO NAMORADO OU NAMORADA AMADURECEU O SUFICIENTE PARA TER QUALQUER IDEIA DO QUE GOSTARIA DE SER COMO ESPOSO OU ESPOSA PELOS PRÓXIMOS 50 ANOS? NÓS AMADURECEMOS O SUFICIENTE?
ALGUM DE NÓS (OU AMBOS) SERÁ CAPAZ DE PROVER FINANCEIRAMENTE PARA UMA FAMÍLIA? A FÉ DELE OU DELA EM JESUS FOI TESTADA O SUFICIENTE POR PROVAS PARA QUE ESTEJAMOS SEGUROS DE QUE É REAL?
Alguns, sem dúvida, odiarão este conselho — eu tenho certeza que odiaria —, mas todos nós precisamos reconhecer que, apesar de podermos namorar por muito tempo antes de casar, isso não significa que devemos fazê-lo. Não podemos namorar pensando em casar quando o casamento sequer está no radar ainda. Você talvez já esteja sonhando com o casamento (eu estava), mas é realístico que vocês dois se casem logo?
Espere para namorar até que possa casar. Meu conselho — pegue-o ou largue-o — é esperar até que você possa casar prudentemente com ele ou ela nos próximos 18 meses. Isso não significa que você deve casar tão rápido assim. A parte importante é que você pode (se Deus deixou claro que essa é a vontade e o tempo dele para você). Você não achará “18 meses” em nenhum lugar na Bíblia, então você não deveria tratar isso como uma lei de Deus. Mas você pode testar — com o Senhor, com seus pais e com amigos cristãos próximos — se isso parece sábio e seguro para você e para seu coração.
O que Fazer Enquanto Esperamos
Só porque estamos esperando para namorar, não significa que estamos esperando sentados. A vida nunca é somente nem principalmente sobre amor e casamento. Nossa vida agora é sobre Jesus — seu amor por nós e seus planos para nós —, independentemente se estamos solteiros ou casados, se temos 16 ou 60 anos.
Deus tem muito mais no estoque para você do que qualquer relacionamento poderia oferecer. Ele quer dizer algo espetacular por meio de você e da sua vida jovem. Ele quer usar você e seus dons para mudar vidas de outras pessoas. Se ele deseja que você se case, ele quer fazê-lo um futuro esposo ou esposa forte e cuidadoso. Ele quer mostrar ao mundo onde encontrar felicidade por meio da sua alegria.
Você não precisa de um namorado ou namorada para experienciar nenhum dos sonhos de Deus nos seus anos jovens. Então, se não é para namorar, o que fazer?
1. Seja um exemplo de coragem e fé para outros.
1 Timóteo 4:12
Talvez você ainda não possa votar nem mesmo dirigir, mas você pode fazer sua vida dizer algo sobre Jesus. Seu discurso – a linguagem e a atitude que você usa com sua família e amigos — diz algo sobre Jesus agora. Seu comportamento — as decisões que você faz todos os dias sobre o que fazer ou não, as maneiras com que você se encaixa com o resto do mundo ou não — fala ao mundo sobre Deus. Seu amor — a maneira pela qual você trata as pessoas em sua vida — diz algo sobre como você tem sido amado por Deus. Sua santidade — seu comprometimento em confiar em Deus e em sua palavra e em priorizar ele acima de qualquer prazer ou experiência prematura — prega o evangelho aos seus pares escravizados em seus próprios desejos.
2. Viva para servir, não para ser servido.

“Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo […]” (1 Pedro 4:10-11)
A maioria das pessoas jovens é tão consumida pelas suas próprias necessidades e desejos que se esquecem das necessidades das pessoas ao seu redor. Mas você é capaz de muito mais do que mexer em redes sociais, comprar e jogar videogames. Olhe, por exemplo, para o que os adolescentes realizaram nas Olimpíadas: jovens de 15 ou 16 anos ganhando ouro contra os melhores do mundo.
E se você decidir usar os dons que Deus lhe deu para fazer a diferença na vida de alguém? Você poderia servir em algum ministério na igreja, mentorear alguém mais jovem ou perguntar ao seu redor sobre as necessidades de sua vizinhança. Você é capaz de muito mais do que o mundo espera de você. Viva de tal forma “que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo” através de você.
3. Empenhe-se para se tornar o futuro cônjuge que Deus o chama para ser.
“As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo. […] Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela.” (Efésios 5:22-25)
Alguns de nós talvez nasceram querendo casar, mas nenhum de nós nasceu pronto para casar. O chamado para amar o cônjuge é o chamado para viver a melhor história jamais contada — o próprio Deus veio em carne para morrer por sua noiva pecadora, a Igreja. Nossos instintos naturais não são de morrer para nós mesmos por outra pessoa, mesmo que seja uma pessoa de quem gostemos muito.
Até que você esteja pronto para namorar, Deus estará preparando-o para amar bem, transformando-o de um degrau de prontidão para outro (2 Coríntios 3:18).
4. Choque todos ao redor de você com alegria enquanto você espera.

“[…] não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual; a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus; sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força da sua glória, em toda a perseverança e longanimidade; com alegria.” (Colossenses 1:9-11)
Ninguém precisa procurar tão longe para encontrar pessoas solteiras azedas, homens e mulheres jovens queixando-se de solidão enquanto todo mundo está namorando alguém. É muito mais difícil encontrar pessoas jovens achando sua identidade, felicidade e segurança em outro lugar.
Surpreenda seus amigos (e todo mundo) sendo contente com o fato de esperar para namorar até que possa casar uma vez que você já tem tudo o que precisa em Deus.
***
Traduzido por Rebeca Romero. Via Mulheres Piedosas

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