quinta-feira, 24 de novembro de 2016

O que alguns homens pensam sobre suas mulheres

Por Renato Vargens


Hoje eu li uma história no mínimo curiosa, cujo autor desconheço.

"Um homem chegou em casa do trabalho e encontrou seus 3 filhos do lado de fora, ainda de pijama, brincando na lama, com caixas de comida vazias e embalagens espalhadas pelo jardim. A porta do carro de sua esposa estava aberta, como também a porta de entrada da casa. Não havia nenhum sinal do cachorro. Entrando pela porta, ele encontrou uma confusão ainda maior. O abajur estava derrubado, o tapete encostado contra uma parede, na sala da frente a TV ligada em volume altíssimo no canal de desenhos animados e a sala de jantar repleta de brinquedos jogados e várias roupas espalhadas. Na cozinha, a pia cheia de louça, restos do café da manhã derramados em cima do balcão, a porta da geladeira aberta e a comida do cachorro espalhada pelo chão. Um vidro quebrado debaixo da mesa, e um pequeno monte de areia perto da porta traseira. Ele rapidamente subiu as escadas, pisando em brinquedos e mais pilhas de roupas, procurando sua esposa.

Estava preocupado que ela poderia estar doente, ou que algo sério tivesse acontecido. Foi recebido com um pequeno rio de água que fazia seu caminho pela porta do banheiro afora. Quando ele olhou para dentro, encontrou toalhas molhadas, espuma de sabão e mais brinquedos espalhados pelo chão. Kilômetros de papel higiênico desenrolado e pasta de dente melecada no espelho e pelas paredes.

Ele correu para o quarto, onde encontrou sua mulher ainda deitada na cama, de pijama, lendo um livro. Ela olhou para ele, sorriu e perguntou como havia sido seu dia. Ele olhou para ela confuso e perguntou: 'O que aconteceu aqui hoje?' Ela novamente sorriu e respondeu: 'Você sabe como todos os dias quando você chega em casa do trabalho você me pergunta o que é que eu fico fazendo o dia todo?

'' Sim", foi sua resposta incrédula ..

Ela respondeu: 'Então, hoje eu não fiz."

Caro leitor, alguns homens pensam que suas esposas não passam de empregadas domésticas. Na verdade tenho a impressão  que alguns maridos em plena década de 50, quando Ataulfo Alves e Mario Lago compuseram Amélia.

Segundo os famosos compositores, aquela era a mulher de verdade, até porque, achava bonito não comer e nenhuma tinha nenhuma vaidade.


"Ai, meu Deus, que saudade da Amélia
Aquilo sim é que era mulher

Às vezes passava fome ao meu lado
E achava bonito não ter o que comer
Quando me via contrariado
Dizia: "Meu filho, o que se há de fazer!”
Amélia não tinha a menor vaidade
Amélia é que era mulher de verdade"

Pois é, Infelizmente ainda existem homens que se consideram superiores as suas mulheres e que as tratam quase como escravas. Para estes, o mais importante é roupa lavada, almoço bem feito e casa arrumada.

Segundo uma pesquisa publicada no Journal of Family Issue os homens tendem a fazer menos tarefas domésticas depois que se casam. O The Times, que teve acesso ao estudo, afirmou que os homens gastam em média 9,41 horas por semana com tarefas domésticas - menos do que a metade do tempo gasto pelas mulheres: 21,13 horas.

Costumo dizer que este país varonil possui um número incontável de machões e pouquíssimos machos, isto porque, tais criaturas em virtude de uma cultura chauvinista, abominam a possibilidade de terem que ajudar suas esposas nas tarefas domésticas.

Por incrível que pareça existem homens que são incapazes de cozinhar para esposa, arrumar a cama, ou até mesmo organizar a bagunça da casa. Para piorar a situação, alguns deles nem a comida no prato colocam, deixando o “árduo” serviço para a escrava da mulher.

Caro leitor, do ponto de vista cristão, os homens não são melhores do que as mulheres. Na verdade, macho é fêmea são iguais perante o Criador. Cabe portanto aos maridos tratar suas esposas com respeito e dignidade, entendendo que no Senhor ainda que tenhamos papeis diferentes somos todos iguais.

Pense nisso!

Renato Vargens

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Estado Islâmico sugere ataque terrorista para o Dia de Ação de Graças, nos EUA

PARE, LEIA E PENSE!
O Dia de Ação de Graças é um feriado que simboliza um dia de gratidão a Deus. Para o Estado Islâmico, este dia é um “excelente alvo”.
O FBI emitiu um alerta de terrorismo para o Dia de Ação de Graças, de acordo com a CBS. O alerta veio depois que o Estado Islâmico declarou que a parada do feriado americano era um “excelente alvo”. O Dia de Ação de Graças é um feriado celebrado nos Estados Unidos e no Canadá (alguns brasileiros também comemoram) que simboliza um dia de gratidão a Deus, pelos bons acontecimentos do ano. Neste dia, as pessoas comemoram com festas e orações.
“Embora não haja informações de ameaças específicas sobre possíveis ataques em nossa área, à medida que nos aproximamos do feriado de Ação de Graças, os policiais devem permanecer em vigilância”, disse o FBI de Boston em um comunicado.
A CBS relata que o alerta aponta para locais de grande movimento de pessoas, como shopping centers, eventos especiais e outros lugares lotados. A força tática a ser usada inclui armas, drones e equipados com LEDs em zonas mais perigosas, Washington, D.C.
Segundo informações do site Christian Headlines, o grupo terrorista islâmico está incentivando seus militantes a matarem pessoas em eventos públicos e sugeriu como alvo a parada do Dia de Ação de Graças na cidade de Nova York.
O grupo não mencionou explicitamente o desfile, mas incluiu uma foto dele em sua revista de propaganda, Rumiyah. A foto inclui uma legenda que chamou o desfile de um “excelente alvo”. O artigo que acompanha a foto descreve como planejar ataques que causem grandes danos e mortes.
“O ataque pode ser a colheita de uma grande quantidade de mortos”, diz o artigo. “Pode ser destinado a perturbar a estabilidade financeira de uma nação específica. Ele pode simplesmente ter como objetivo aterrorizar os inimigos de Deus e privá-los de um sono pacífico”, diz o artigo.
O artigo, intitulado “Just Terror Tactics” (Apenas Táticas Terroristas, em tradução livre), sugere que os jihadistas usem veículos de carga para matar. Por esse motivo, o FBI recomendou algumas medidas para prevenir os possíveis ataques terroristas:
Vigilância: Fique atento de qualquer gravação de vídeo ou atividades de monitoramento, tomando notas, usando câmeras, mapas, binóculos e assim por diante.
Questionamento suspeito: Fique atento a pessoas tentando obter informações pessoais, por telefone, e-mail, e-mail e assim por diante.
Adquirindo Suprimentos: Fique atento a qualquer pessoa que tente adquirir de forma inadequada explosivos, armas, munições, produtos químicos perigosos, uniformes, crachás, manuais de voo, cartões de acesso ou identificação para uma instalação.

Com informações do Christian Headlines

Tradução: Guiame

UNESCO e militancia homossexual apresentam petição à ONU para inserir material LGBT nas escolas

A UNESCO recentemente publicou um documento que pretende doutrinar sobre LGBT, em todas as escolas do mundo.
O documento lamenta a existência da homofobia e transfobia nas escolas contra gays, lesbicas, bissexuais, transexuais e intersexuais resultando baixo resultados acadêmicos, desemprego, danos psicológicos e afeto ao bem estar.
No entanto, por trás da aparência da luta contra a discriminação, oculta-se o interesse da doutrinação às crianças. E que aliás, é um dos pontos principais do documento que se baseia em conseguir um mandato da Assembleia Geral das Nações Unidas exigindo que material insiram material LGBT na grade curricular das escolas à partir do ensino pré escolar.
PROPOSTA:
1 -Uma educação “inclusiva e compreensiva” das diferentes identidades sexuais e expressões de gênero “desde a idade precoce”.
2 – O conteúdo deve ser despretensiosos e objetivos, “sem ser inexato e estigmatizante”, sendo além de caráter transversal, para todas as matérias.
3 – Para o projeto, propõe-se colaboração das organizações da sociedade civil, ou seja, o lobby gay.
4 – Os países deverão incluir esses conteúdos e obter registro das violências por razão de orientação sexual ou identidade de gênero.
5 – UNESCO criará uma “importante campanha de sensibilização mundial” e avaliará a evolução deste programa.
Com informações BTN
Tradução: Jonara Gonçalves
Imagem: Reprodução web
Fonte: Consciência Cristã

E o mundo caminha de mal a pior, Turquia descriminaliza sexo com menores


O portal UOL (aqui) publicou a noticia de que a Turquia aprovou um projeto de lei em que um ato  sexual com um menor de idade não pode penalizado se o culpado se casar com a vítima. De acordo com organizações especializadas nos direitos das crianças e adolescentes e das mulheres, o projeto funciona com um "perdão" a milhares de estupradores e abusadores infantis. 

O porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Christophe Boulierac, por exemplo, disse que a medida é uma "espécie de anistia" para homens que se aproveitam de crianças e jovens indefesos e os abusam sexualmente. No entanto, o ministro da Justiça da Turquia, Bekir Bozdag, disse que o projeto não é um "perdão" a estupradores e que a oposição está querendo distorcer intencionalmente os fatos já que, segundo ele, a lei só será aplicada em casos nos quais não houve violência e o ato sexual foi consentido por ambas as partes.   

Além disso, a lei também serviria para regularizar os casamentos infantis no país. "Esse tipo de casamento existe em nossa sociedade, [por isso a medida] trata-se de uma de uma verdadeira 'tomada' de consciência que não havia se desenvolvido ainda.   

Estamos tratando de encontrar uma solução para essa realidade", disse Bozdag. O ministro também disse que o casamento diminuirá o número de prisões de homens que mantêm relações sexuais com menores de idade, o que acabava deixando muitas famílias em dificuldade já que elas perdiam a renda obtida pelos abusadores. 

A lei, para entrar em vigor, ainda tem que ser aprovada mais uma vez pelos deputados turcos, o que deve acontecer nesta terça-feira (22). Se isso acontecer, devido ao seu caráter retroativo, mais de 3 mil pessoas que já foram condenadas por abuso sexual em menores desde 2005 podem receber esse "perdão". A idade mínima para se casar na Turquia é de 17 anos, com autorização dos pais do casal, e, em casos especiais, a idade pode cair para 16 anos. No entanto, em várias regiões do país, principalmente no interior, essa norma não é respeitada. 

Nota do BLOG

E o mundo caminha relativizando tudo. Verdadeiramente estamos vivendo dias difíceis onde  mal tem sido chamado de bom, trevas de luz, morte de vida, pecado de tabu.

Que Deus tenha misericórdia de nós! 

Renato Vargens

A Teologia do Pacto e os Sacramentos

image from google


“Mas, uma vez que certos espíritos frenéticos excitaram graves perturbações na Igreja em nosso tempo por causa do pedobatismo, mesmo agora não deixam de produzir tumultos, nada posso fazer senão adicionar aqui um apêndice com o fim de coibir-lhes as fúrias...” (João Calvino)

Pois bem, parece que não foi somente nos tempos de Calvino que pessoas tem se levantado contra o verdadeiro entendimento dos sinais da aliança dada por Deus como estatuto perpétuo a Abraão e posteriormente a Moisés. E que permanecerão essencialmente e eternamente através do Novo testamento.

Tentarei fazer um breve resumo desta tão vasta doutrina, interligada a tantas e tantas outras, para que de uma forma bem simples possa ser entendida até pelos mais indoutos.

Não vou me ater ao período anterior a Abraão, até porque quanto mais extenso o texto, menos pessoas o lerão. E aqui começa nossa odisseia dentro do pacto da graça e seus símbolos em distintas dispensações.

Aprouve a Deus chamar um Homem, chamado Abrão e fazer com ele um Pacto, que serviria para ele e toda sua posteridade como estatuto perpétuo:

“... e falou Deus com ele, dizendo: Quanto a mim, eis a minha aliança contigo: serás o pai de muitas nações; E não se chamará mais o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome; porque por pai de muitas nações te tenho posto; E te farei frutificar grandissimamente, e de ti farei nações, e reis sairão de ti; E estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas gerações, por aliança perpétua, para te ser a ti por Deus, e à tua descendência depois de ti. E te darei a ti e à tua descendência depois de ti, a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão e ser-lhes-ei o seu Deus. Disse mais Deus a Abraão: Tu, porém, guardarás a minha aliança, tu, e a tua descendência depois de ti, nas suas gerações. Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência depois de ti: Que todo o homem entre vós será circuncidado. E circuncidareis a carne do vosso prepúcio; e isto será por sinal da aliança entre mim e vós. (Gênesis 17:3-11)

Antes de discorrer sobre tal doutrina, é importante que eu já abra um parêntese para dizer que, da mesma maneira como o povo da circuncisão (os judeus) no antigo pacto eram conhecidos como Filhos de Abraão por manterem a aliança dada ao seu Pai, assim também no Novo Pacto (não Novo no sentido de algo realmente iniciado do nada, mas no sentido de renovação, do grego kainós), Deus enxertou aos Filhos de Abraão os gentios, e deu a eles o direito de serem feitos coerdeiros da aliança filhos do novo pacto: “Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão.” (Gálatas 3:7).

Logo, confiados em Deus e nas Escrituras, podemos dizer que somos filhos de Abraão tão quanto os Judeus no Antigo Pacto o eram.

Sabendo agora que pertencemos ao mesmo pacto que Abraão foi chamado, devemos manter-se cumprindo dentro desse RENOVADO Pacto os sinais de nossa Aliança com Deus, a saber, o Batismo que aponta exatamente para as mesmas coisas que a Circuncisão apontava no seio da antiga aliança.

Sabemos que o conceito de Sacramento, segundo nossa Teologia Reformada é: “Os sacramentos são santos sinais e selos do pacto da graça, imediatamente instituídos por Deus para representar Cristo e os seus benefícios e confirmar o nosso interesse nele, bem como para fazer uma diferença visível entre os que pertencem à Igreja e o resto do mundo, e solenemente obrigá-los ao serviço de Deus em Cristo, segundo a sua palavra.” (CFW)

O Reformador John Knox sabiamente escreveu:

Assim como os patriarcas sob a Lei, além da realidade dos sacrifícios, tinham dois sacramentos principais, isto é, a circuncisão e a páscoa, e aqueles que os desprezavam e negligenciavam não eram contados entre o povo de Deus, assim nós também reconhecemos e confessamos que agora, na era do Evangelho, só temos dois sacramentos principais, instituídos por Cristo e ordenados para uso de todos os que desejam ser considerados membros de seu corpo, isto é, o Batismo e a Ceia ou Mesa do Senhor, também chamada popularmente Comunhão do seu Corpo e do seu Sangue.

John Knox afirma sabiamente o que claramente é visto na Escritura, que ambos os sacramentos, de forma comparativa, tanto a Circuncisão quanto a Pascoa apontam exatamente para as mesmas coisas que o Batismo e a Santa Ceia. Duas Grandes Ordenanças de Deus ao Povo, tanto do antigo pacto, como no Novo Pacto.

Um dos Pilares da chamada Teologia do Pacto, é que pertencemos a mesma Igreja do Antigo Testamento, e que em ambos os momentos estamos sob a Graça de Deus. Outra coisa é que no Pacto Renovado (Novo - kainós), permaneceu toda a essência do antigo, sem, no entanto, permanecer as formas, isso se da no culto, nos sacramentos e em outros aspectos.

Apesar da Renovação ter mudado a forma visível dos dois grandes sinais do antigo pacto, como eu já disse, os significados continuam os mesmos... (me aterei apenas a questão do Batismo).

Muitos alegam que a Circuncisão no Novo testamento não aponta para o Batismo, pois a circuncisão do crente é dentro do coração, mas esquecem de que a verdadeira circuncisão do Judeu dentro do antigo pacto também era dentro do coração.

Moises disse: “Tão-somente o SENHOR se agradou de teus pais para os amar; e a vós, descendência deles, escolheu, depois deles, de todos os povos como neste dia se vê. Circuncidai, pois, o prepúcio do vosso coração, e não mais endureçais a vossa cerviz. (Deuteronômio 10:15-16).

É justamente isso que o Apostolo Paulo fala em Romanos: Mas é Judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra (Romanos 2:29).

Paulo (assim como Moisés) fala que a verdadeira circuncisão acontece no coração do Judeu. Isso indica que mesmo no tempo em que o sinal visível era a circuncisão na carne do prepúcio, ela não passava de um meio de Graça que indicava um sinal externo de uma graça interna. Assim como o Batismo aponta um sinal externo de uma graça interna, porque verdadeiramente é batizado quem o é interiormente, aquele que foi lavado pelo sangue, mortificado com Cristo e purificado de seus pecados.

Por isso o Apostolo Paulo é categórico em afirmar que nós, gentios, estamos também circuncidados porque fomos sepultados com Cristo pelo Batismo: “No qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo dos pecados da carne, a circuncisão de Cristo; Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos. (Colossenses 2:11-12)

Mas isso gera a grande dúvida, mas se eles apontam para isso, não é necessário ter fé para participar? E as crianças? Porque as Batizamos então?

Oras, porque como disse bem Calvino:

“Quando o Senhor manda Abraão observar a circuncisão [Gn 17.1-10], ele prefacia que será o Deus dele e de sua semente, acrescentando que nele estavam a afluência e a suficiência de todas as coisas, para que Abraão tivesse consciência de que sua mão haveria de ser-lhe a fonte de todo bem. 

E diz mais...

Os filhos dos judeus, sendo também feitos herdeiros desse pacto, uma vez que se distinguiam dos filhos dos ímpios eram chamados semente santa [Es 9.2; Is 6.13]; pela mesma razão, ainda agora, os filhos dos cristãos são considerados santos, ainda que nascidos só de um genitor fiel; e, segundo o testemunho do Apóstolo [1Co 1.14], eles diferem da semente imunda dos idólatras.
Ora, quando o Senhor, imediatamente após ser firmado o pacto com Abraão, preceituou que nas crianças fosse assinalado um sacramento exterior [Gn 17.12], que justificativa, pois, podem os cristãos alegar para não atestarem e selarem hoje também em seus filhos?
O pacto é comum; comum é a razão de confirmá-lo. Só o modo de confirmar é diverso, porque àqueles era a circuncisão, a qual foi substituída pelo batismo. porque o sinal de Deus, comunicado à criança como um selo impresso, confirma a promessa dada ao pai piedoso e declara ter sido ratificado que o Senhor há de ser por Deus não só a ele, mas também à sua semente; nem quer que sua bondade e graça sejam acompanhadas não só por ele, mas ainda por sua posteridade até a milésima geração [Ex 20.6; Dt 5.19]. No qual primeiramente brilha a bondade de Deus para glorificar e enaltecer seu nome; e, segundo, para consolar ao homem fiel e dar-lhe maior ânimo para entregar-se totalmente a Deus, ao ver que não só se preocupa com ele, mas também com seus filhos e sua posteridade.

Com isso não há desculpa para a ausência dos filhos dos crentes no Batismo, pois são igualmente santos, como os filhos dos judeus eram santos, no antigo pacto.

Se deveras afirmamos que pertencemos à descendência de Abraão e que fomos incluídos a esse pacto, que somos corpo de Cristo e membros da mesma Igreja, negar todas essas verdades bíblicas é jogar todo o antigo pacto numa dispensação morta que pra nada serve a não ser o que foi escrito diretamente sobre as paginas do Novo testamento.

***
Autor: Atila Calumby
Fonte: Mensagem Reformada

O Quarto Mandamento

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O dia de descanso foi instituído por Deus e não pelo homem. O mandamento tem grande importância na Palavra de Deus. Bênçãos ocorreram, por sua guarda, e castigos severos, por sua quebra. Isso deveria provocar a nossa reflexão sobre a aplicação dos princípios bíblicos relacionados com o quarto mandamento nos dias atuais, discernindo, em paralelo, a mudança para o domingo, na era cristã. O povo de Deus sempre foi muito rebelde e desobediente com relação a essa determinação, e necessita convencimento da importância do mandamento, bem como entendimento da visão neo-testamentária, para a consequente modificação do seu comportamento atual.

O quarto mandamento fala de um dia de descanso e de adoração ao Senhor. Deus julgou essa questão tão importante que a inseriu em sua lei moral. O descanso requerido por Deus é uma prévia da redenção que ele assegurou para o seu povo (Dt 5.12-15). Os israelitas foram levados em cativeiro (Jr 17.19-27) por haver repetidamente desrespeitado este mandamento.

Gostaríamos de examinar as bases desse conceito de descanso e santificação e de ir até o Novo Testamento verificar como os cristãos primitivos guardavam o dia do Senhor.

Não podemos, simplesmente, ignorar esse mandamento. Como povo resgatado por Deus, temos a responsabilidade de discernir como aplicar essa diretriz divina nas nossas vidas e nas de nossas famílias. Por outro lado, nessa procura, não devemos buscar tais diretrizes nos detalhamentos das leis religiosas ou civis de Israel, que dizem respeito ao sábado. Essas leis eram temporais. Ao estudar o sábado, muitos têm se confundido com os preceitos da lei cerimonial e judicial e terminado com uma série de preceitos contemporâneos que se constituem apenas em um legalismo anacrônico, destrutivo e ditatorial. Devemos estudar este mandamento procurando discernir os princípios da lei moral de Deus. Com esse objetivo em mente, vamos realizar nosso estudo com a oração de que Deus seja glorificado em nossa vida e por nosso testemunho.

1. Um dia de descanso

Em nossas bíblias o quarto mandamento está redigido assim – "Lembra-te do dia de sábado para o santificar...". A palavra que foi traduzida "sábado", é a palavra hebraica shabbat, que quer dizer descanso. É correto, portanto, entendermos o mandamento como "... lembra-te do dia de descanso para o santificar".

Esse "dia de descanso" era o sétimo dia no Antigo Testamento, ou seja, o nosso "sábado". No Novo Testamento, logo na igreja primitiva, vemos o dia de ressurreição de Cristo marcando o dia de adoração e descanso. Isso é: o domingo passa a ser o nosso "dia de descanso". Os apóstolos acataram esse dia como apropriado à celebração da vitória de Jesus sobre a morte (At 20.7; 1 Co 16.2; Ap 1.10). A igreja fiel tem entendido a questão da mesma maneira, ou seja: não é a especificação "do sétimo", que está envolvida no mandamento, mas o princípio do descanso e santificação.

Já enfatizamos que essa questão de um dia especial de descanso, de parada de nossas atividades diárias, de santificação ao Senhor, foi considerada tão importante por Deus que ele decidiu registrar esse requerimento em sua lei moral, nos dez mandamentos. Com certeza já ouvimos alguém dizer: "...não existe um dia especial, pois todo o dia é dia do Senhor...". Essa afirmação é, num certo sentido, verdadeira – tudo é do Senhor. Mas sempre tudo foi do Senhor, desde a criação e mesmo tudo sendo dele, ele definiu designar um dia separado e santificado. Dizer que todos os dias são do Senhor, como argumento para não separar um dia especial e específico, pode parecer um argumento piedoso e religioso, mas não esclarece a questão nem auxilia a Igreja de Cristo na aplicação contemporânea do mandamento. Na realidade, isso confunde bastante os crentes e transforma o quarto mandamento, que é uma proposição clara e objetiva e que integra a Lei Moral de Deus, em um conceito nebuloso e subjetivo, dependente da interpretação individual de cada pessoa.

Não devemos procurar modificar e "melhorar" aquilo que o próprio Deus especifica para o nosso benefício e crescimento. Deus coloca objetivamente – da mesma forma que ele nos indica a sua pessoa como o objeto correto de adoração; da mesma forma que ele nos leva a honrar os nossos pais; da mesma forma que ele nos ensina o erro de roubar, o erro de matar, o erro de adulterar – que é seu desejo que venhamos a separar para ele um dia específico, dos demais (Is 58.3).

2. Um dia santificado

Devemos notar que o requerimento é que nós nos lembremos do dia de descanso, para o santificarmos. Santificar significa separar para um fim específico. Isso quer dizer que além do descanso e parada de nossa rotina diária, Deus quer a dedicação desse dia para si. Nessa separação, o envolvimento de nossas pessoas em atividades de adoração, ensino e aprendizado da Palavra de Deus, é legítimo e desejável. A frequência aos trabalhos da igreja e às atividades de culto, nesse dia, não é uma questão opcional, mas obrigatória aos servos de Deus. O Salmo 92, que é de adoração a Deus, tem o título em hebraico – "para o dia de descanso".

3. Uma instituição permanente

Uma expressão, do quarto mandamento, nos chama a atenção. É que ele inicia com "Lembra-te...". Isso significa que a questão do dia de descanso transcende a lei mosaica, isto é: a instituição estava em evidência antes da lei de Moisés. Semelhantemente, estando enraizado na lei moral, permanece, como princípio, na Nova Aliança. Vemos isso, por exemplo, no incidente bíblico da dádiva do Maná. Deus requerendo o descanso e cessação de trabalho durante a peregrinação no deserto, quando ele alimentava o seu povo com o Maná, antes da dádiva dos dez mandamentos. Estes seriam recebidos somente por Moisés no monte Sinai (veja, especificamente, Ex 16.29, 30).

4. Paulo faz um culto de louvor e adoração, no domingo, em Trôade

Paulo nos deixou, além das prescrições de suas cartas, um exemplo pessoal – reuniu-se com os crentes no domingo (At 20.6-12), na cidade de Trôade, na Ásia Menor. O versículo 6 diz que a permanência, naquele lugar, foi de apenas uma semana. Lucas, o narrador que estava com Paulo, registra, no v. 7: "... no primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão...". Ele nos deixa a nítida impressão de que aquela reunião não era esporádica, aleatória, mas sim a prática sistemática dos cristãos – reunião periódica no primeiro dia da semana, conjugada com a observância da santa ceia do Senhor. Estamos há apenas 15 a 20 anos da morte de Cristo, mas a guarda do domingo já estava enraizada no cristianismo.

Paulo pronunciou um longo discurso, naquela noite. À meia noite, um jovem, vencido pelo cansaço, adormece e cai de uma janela do terceiro andar, vindo a falecer (v. 9). Deus opera um milagre através de Paulo e o jovem volta à vida (v. 10). Paulo continuou pregando, naquele local até o alvorecer (v. 11).

5. O entendimento da Reforma sobre o dia de descanso

Confissão de Fé de Westminster captura o entendimento da teologia reformada sobre o dia de descanso ordenado por Deus. Nela não encontramos desprezo pelas diretrizes divinas, nem uma visão diluída da lei de Deus, mas um intenso desejo de aplicar as diretrizes divinas às nossas situações. O quarto mandamento tem uma consideração semelhante aos demais registrados em Ex 20, todos aplicáveis aos nossos dias. Nas seções VII e VIII, do capítulo 21, sob o título – "Do Culto Religioso e do Domingo" lemos o seguinte:
Como é lei da natureza que, em geral, uma devida proporção do tempo seja destinada ao culto de Deus, assim também, em sua palavra, por um preceito positivo, moral e perpétuo, preceito que obriga a todos os homens em todos os séculos, Deus designou particularmente um dia em sete para ser um sábado (descanso) santificado por ele; desde o princípio do mundo, até a ressurreição de Cristo, esse dia foi o último dia da semana; e desde a ressurreição de Cristo já foi mudado para o primeiro dia da semana, dia que na Escritura é chamado de domingo, ou Dia do Senhor, e que há de continuar até ao fim do mundo como o sábado cristão.
Este sábado é santificado ao Senhor quando os homens, tendo devidamente preparado os seus corações e de antemão ordenado os seus negócios ordinários, não só guardam, durante todo o dia, um santo descanso das suas próprias obras, palavras e pensamentos a respeito dos seus empregos seculares e das suas recreações, mas também ocupam todo o tempo em exercícios públicos e particulares de culto e nos deveres de necessidade e misericórdia.

6. O Quarto Mandamento Hoje – Qual o nosso conceito do domingo?

É necessário que tenhamos a convicção de que o chamado à adoração, o desejo de estar cultuando ao Senhor, e o descansar de nossas atividades diárias, por intermédio de um envolvimento com as atividades da igreja, encontra base e respaldo bíblico. É mais do que uma questão de costumes, do que uma posição opcional. É algo tão importante que faz parte da lei moral de Deus.

Normalmente nos perdemos em discussões inúteis sobre detalhes, procurando prescrever a outros uma postura de guarda do quarto mandamento conforme nossas convicções, ou falta delas. Assumimos uma atitude condenatória, procurando impor regras detalhadas e, muitas vezes, seguindo restrições da lei cerimonial, em vez do espírito da lei moral. Antes de nos perdermos no debate dos detalhes, estamos nos aprofundando no princípio? Temos a postura de tornar realmente o domingo um dia diferente, santificado, dedicado ao Senhor e à nossa restauração física?
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Apêndice: Qual o dia de descanso – sábado ou domingo?

Sempre que estudamos o quarto mandamento surge a pergunta: quem está certo? São os Adventistas, que indicam o sábado como o dia que ainda deveríamos estar observando, ou a teologia da Reforma, apresentada na Confissão de Fé de Westminster, e em outras confissões, que encontra aprovação bíblica e histórica para a guarda do domingo? Alguns pontos podem nos ajudar a esclarecer a questão:

1. Os pontos centrais de cumprimento ao quarto mandamento são: o descanso, a questão da separação de um dia para Deus, e a sistematização, ou repetibilidade desse dia. O dia, em si, é uma questão temporal, principalmente por que depois de tantas e sucessivas modificações no calendário é impossível qualquer seita ou religião afirmar categoricamente que estamos observando exatamente o sétimo dia. Nós usamos o calendário Gregoriano, feito no século 16. Os judeus atuais usam o calendário ortodoxo, estabelecido no terceiro século, e assim por diante.

2. Os principais eventos da era cristã ocorreram no domingo:
  • Jesus ressuscitou (Jo 20.1)
  • Jesus apareceu aos dez discípulos (Jo 20.19)
  • Jesus apareceu aos onze discípulos (Jo 20.26)
  • O Espírito Santo desceu no dia de pentecostes, que era um domingo (Lv 23.15, 16 – o dia imediato ao sábado), e nesse mesmo domingo o primeiro sermão sobre a morte e ressurreição de Cristo foi pregado por Pedro (At 2.14) com 3000 novos convertidos.
  • Em Trôade os crentes se juntaram para adorar (At 20.7).
  • Paulo instruiu aos crentes para trazerem as suas contribuições (1 Cr 16.2).
  • Jesus apareceu e João, em Patmos (Ap 1.10).

3. Os escritos da igreja primitiva, desde a Epístola de Barnabé (ano 100 d.C.) até o historiador Eusébio (ano 324 d.C.) confirmam que a Igreja Cristã, inicialmente formada por Judeus e Gentios, guardavam conjuntamente o sábado e o domingo. Essa prática foi gradativamente mudando para a guarda específica do domingo, na medida em que se entendia que o domingo era dia de descanso apropriado, em substituição ao sábado. Semelhantemente, a circuncisão e o batismo foram conjuntamente inicialmente observados, existindo, depois, a preservação somente do batismo, na Igreja Cristã. O domingo não foi estabelecido pelo imperador Constantino, no 4º século, como afirmam os adventistas. Constantino apenas formalizou aquilo que já era a prática da igreja.


4. Cl 2.16-17 mostra que o aspecto do sétimo dia era uma sombra do que haveria de vir, não devendo ser ponto de julgamento de um cristão sobre outro.

Para um estudo mais detalhado do assunto, sugerimos o livro de J. K. VanBaalen, O Caos das Seitas.

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Autor: Pb. Solano Portela
Fonte: Monergismo

terça-feira, 22 de novembro de 2016

O que fazer quando explode um escândalo

escandalo gospel
No meio cristão volta e meia somos surpreendidos por um escândalo. Como nossa fé prega a santidade e o apego inegociável aos valores éticos, ficamos profundamente chocados quando tomamos conhecimento de falhas morais ou atitudes reprováveis de algum irmão ou irmã – seja de nosso círculo próximo de relacionamentos, seja alguém com mais notoriedade. É compreensível. O pecado nos choca, confronta, entristece, abate, revolta. Nessas horas, nosso senso de justiça nos leva a querer sangue, exigir punição dos pecadores, hereges e canalhas. A minha pergunta é: como exatamente devemos proceder quando explode um escândalo no meio cristão?


Pastores que falharam em sua santidade, irmãos que pecaram na sexualidade, líderes que desonraram pai e mãe, cristãos famosos que disseram ou fizeram algo estranho em público, bons pregadores que passaram a pregar heresias… a lista das causas de um escândalo entre nós é interminável. No centro de todas, uma única causa: pecado. Deus é santo e não tem parte com o pecado, é certo. Mas Deus também é gracioso e sua misericórdia dura para sempre. Diante dessa realidade, eis minha sugestão sobre como devemos nos posicionar diante de um escândalo:

1. Não tenha prazer no escândalo. Quedas morais, pecados e heresias são tragédias. São desastres. Não são motivo de piada. Devemos tratá-los como o horror que representam: com lamento, choro e profunda tristeza. O pecado jamais deve se tornar motivo para tricotadas, fofocadas, “você soube da última?” ou disse-me-disse. Não faça piada com o horror. Não se deleite na tragédia. Isso é papel do Diabo.

2. Fale com Deus. Converse sobre o escândalo com as demais pessoas apenas o estritamente necessário. A pessoa com quem você deve conversar intensamente e longamente sobre o escândalo é o Senhor. O nome disso é oração. Portanto, ore a Deus, peça misericórdia sobre a vida dos envolvidos, clame por arrependimento e restauração. Ficar de tititi com as pessoas, pessoalmente ou nas redes sociais, não adianta absolutamente nada; orar adianta tudo.

3. Não conclua antes de saber de todos os fatos. Cansei de ver escândalos em que as pessoas criam mil conjecturas acerca do que houve sem saber direito as informações. “Ouviram falar” e, por causa disso, tomam comentários colhidos ao vento como verdades absolutas. Para emitir uma opinião, assumir uma postura, tomar lados, se posicionar, antes é preciso ter total conhecimento da situação. Nesse sentido, uma das virtudes do fruto do Espírito é essencial: a paciência. Espere. Não corra para emitir uma opinião. Deixe a verdade ser exposta totalmente e, só então, se posicione.

4. Olhe para os culpados com firmeza, mas com misericórdia. A ética de Cristo não é a da punição, é a da restauração. Como filhos de Deus, o desejo do nosso coração deve ser sempre ver os que erraram arrependidos e restaurados espiritualmente. Não queira mandar os hereges e os pecadores para o inferno, queria vê-los de lágrimas no pó e coração sinceramente compungido. Como embaixadores do reino daquele que veio para os doentes, devemos ser médicos da graça e não carrascos da desgraça. Uma vez que se comprove a culpa, seja movido por compaixão pela vida dos culpados, para que sejam resgatados do poço de trevas em que se enfiaram e que, se tiverem de arcar com as consequências humanas de seu pecado, que pelo menos sua alma seja salva.

5. Entenda que a disciplina dos culpados é necessária. Determinados tipos de escândalos vão gerar consequências no plano humano. Um pastor que adultera precisa ser afastado do cargo até que sua vida esteja restaurada. Um pregador que diz uma heresia precisa se retratar em público. Um líder que desonra pai e mãe tem de ser tratado fora dos púlpitos e cargos antes de continuar liderando. Uma pessoa qualquer que comete um crime deve ser punida de acordo com o que prevê o código penal, mesmo que esteja arrependida e tenha sido perdoada por Deus: há consequências no plano humano para nossos atos, e devemos enfrentá-las.

6. Olhe para as vítimas com compaixão. Esposas traídas, pessoas enganadas, ovelhas feridas… muitas pessoas ficam machucadas quando explode um escândalo. As vítimas devem ser abraçadas, devemos chorar com elas, conduzi-las a perdoar quem as machucou, amparar seu coração em frangalhos. Nunca se aproxime dos feridos para obter mais detalhes sobre o escândalo ou algo assim. O nosso papel é amar, sofrer com quem sofre e auxiliar na sua restauração física, emocional e espiritual.

7. Lembre-se dos seus próprios pecados. Jesus presenciou um escândalo. Mais do que isso: ele foi instigado a emitir um parecer sobre o escândalo. Afinal, uma mulher fora flagrada em adultério. Adúltera! Pecadora! Escandalosa! Opróbrio! Digna de apedrejamento aos olhos da Lei! Mas a resposta de Jesus aos que queriam apedrejá-la foi que cada um olhasse para si. Afinal, em maior ou menor intensidade, todos temos telhado de vidro. E isso ele nos diz, hoje: olhe para si. Quando ocorre um escândalo, devemos agir com humildade, sem nos considerarmos megassantos, pessoas acima do bem e do mal. Mais do que jogar pedras, precisamos usar o escândalo alheio para ver como nós mesmos somos frágeis e passíveis de errar. Se há algo de positivo no escândalo é o alerta que ele lança sobre nós, para que, estando de pé, não caiamos. Vigie sempre.

8. Seja parte da solução e não do problema. Que tudo o que você pensar, falar ou fizer em relação ao escândalo seja para edificação das pessoas e para a glória de Deus. Fora disso, o melhor é não fazer nada, manter-se calado e ficar quieto.

Meu irmão, minha irmã, infelizmente sempre haverá escândalos entre nós, pois vivemos debaixo do pecado. Devemos saber como falar e agir no momento que isso acontecer, sempre com amor, graça e palavras temperadas, chorando com quem chora e pacificando. Nosso papel não é chutar quem está caído. Muito menos execrar vítimas. Exerça misericórdia. Busque a justiça, sim, mas que seja em amor e não com ira, vingança, ódio, destempero. Fale e faça aos outros como gostaria que falassem e fizessem a você se a queda fosse sua. E, acima de tudo, ore a Deus. Pois ele é quem tudo sabe, quem exerce a perfeita justiça e quem governa a nossa vida como Justo juiz e Príncipe da paz. Como ordena a Palavra do Senhor: “Amados, nunca se vinguem; deixem que a ira de Deus se encarregue disso, pois assim dizem as Escrituras: ‘A vingança cabe a mim, eu lhes darei o troco, diz o Senhor’. Pelo contrário: ‘Se seu inimigo estiver com fome, dê-lhe de comer; se estiver com sede, dê-lhe de beber. Ao fazer isso, amontoará brasas vivas sobre a cabeça dele’. Não deixem que o mal os vença, mas vençam o mal praticando o bem” (Rm 12.19-21).


Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício Zágari 
Fonte: Apenas

Labaxúrias, igreja sorveteriana e outras tristes posturas

PARE, LEIA E PENSE!

paulo-1Os fariseus e os mestres da lei da época de Jesus tinham absoluta certeza de que estavam certos sobre o que criam. Estudiosos dedicados, acreditavam piamente que estavam defendendo a “sã doutrina”. O fariseu Paulo perseguia, atacava, prendia e matava os filhos de Deus em defesa da “sã doutrina” e por amor ao que cria ser a vontade do Senhor, a fim de silenciar os “hereges” e “inimigos da fé”. A Bíblia nos mostra, porém, que, na verdade, aquele teólogo zeloso e dedicado estava errado. Em sua certeza incerta, ele desagradava a Deus e teve de ouvir de Cristo a terrível pergunta: “Por que me persegues?”. Não pense que você não pode estar cometendo o mesmo erro que Paulo.

Lembro de um dia em que tive de parar a aula no seminário teológico em que eu lecionava porque uma aluna pentecostal se referiu à igreja presbiteriana como “sorveteriana”, querendo dizer que era espiritualmente fria. Decidi interromper a lição para conversar com a turma sobre o mal que esse tipo de pensamento representa para o Corpo de Cristo. De lá para cá, infelizmente, esse tipo de atitude absurda permanece um hábito entre nós, cristãos. Pior: tem proliferado. Canso de ver membros de igrejas cessacionistas fazendo piadas infelizes com os pentecostais, por exemplo, por causa dos “labaxúrias” (como alguns se referem, de modo jocoso, à crença na atualidade do dom de variedade de línguas), e de ver pentecostais atacando quem não crê no que creem, com igual falta de amor fraterno.

É triste ver tanta divisão no Corpo por causa de doutrinas secundárias e aspectos menos importantes da fé. É lamentável ver, por exemplo, tanta gente deixar completamente de lado o fruto do Espírito para entrar em discussões e tretas sobre os dons do Espírito. Amor, paz, paciência, amabilidade, bondade, mansidão, domínio próprio… para quê? O importante é fazer chacota de quem creio estar errado, não é isso? Em nome da “sã doutrina”, nos canibalizamos, nos machucamos, nos ofendemos. Em nosso exército, a infantaria ataca a artilharia, que ataca a cavalaria, que ataca a infantaria, que… Todos seguindo o mesmo general, mas se perdendo numa arrogante fraternofagia teológica. E assim caminhamos, investindo tempo, saliva, energia e esforços em atacar a nós mesmos.

Você poderia dizer: “Ah, Zágari, essa discussão é antiga, para que voltar a isso?”. Minha resposta seria: enquanto o problema persistir, devemos perseverar na pregação do evangelho que não segrega irmãos devido à cor de sua pele teológica. No dia em que o problema acabar, paramos de denunciar o problema e de chamar os que cometem esse pecado ao arrependimento.

Quem tem esse hábito deplorável de atacar irmãos em Cristo que cultuam ou creem de modo diferente de si em aspectos periféricos da fé incorre em um grave perigo: mandar para o inferno dos hereges quem Deus não mandou. Quem sou eu para afirmar que fulano é salvo mas beltrano não é se confessa Cristo como Salvador, concorda com todo o credo apostólico, mas erra em um ou outro ponto secundário da fé? Seria eu petulante e arrogante a esse ponto? Será que os arraigados defensores da “sã doutrina” são capazes de afirmar que não cometem absolutamente nenhum erro em suas crenças? Seriam inerrantes? Porém, se tropeçam em um só ponto da lei, não estariam no mesmo barco que quem tropeça em outro ponto?

Sim, é possível que a pessoa que você ataca esteja errada! Muitos sem dúvida estão errados em questões secundárias da fé. Agora… tenho eu o direito de desqualificar a obra da graça na vida de alguém só porque ele não adora a Deus e o cultua do jeito que eu entendo ser certo? Não, eu não tenho coragem de dizer “Deus não fez isto” ou “Deus não tolera isso” quando pode ser que Deus tenha feito e que tolere. Não confio tanto em mim a esse ponto.

Assisti na Internet à pregação de um pastor em que ele dizia que uma pessoa realmente salva por Deus acabaria migrando para uma igreja que seguia a linha teológica em que ele cria. Fiquei chocado, pois, em outras palavras, ele estava dizendo que nenhum ser humano que não seguia a sua linha denominacional era salvo. Logo, atribuía ao diabo aquilo que Deus fez. Afirmou, nas entrelinhas, que o sangue de Cristo não foi derramado por milhares por quem ele de fato derramou. Fico pensando como Deus vê isso…

Recebi um texto em que o autor dizia que os pentecostais são “blasfemadores do Espírito Santo”. Quase chorei ao ler isso, pois essa pessoa cria que milhões de indivíduos por quem Deus morreu na cruz na verdade vão para o inferno – simplesmente porque creem na atualidade dos dons, algo que não é nem de longe um ponto central da fé. Talvez essa pessoa não perceba, mas, ao fazer isso, anulou a obra da graça na vida de absolutamente todos os cristãos pentecostais (detalhe: eu disse cristãos). Ao acusar unanimemente os pentecostais de blasfemadores, ela mandou milhões de eleitos do Senhor para o inferno – sem direito a perdão. O mesmo vale para os pentecostais que criticam o que chamam de “frieza espiritual” dos membros de igrejas históricas e litúrgicas – onde há tanta devoção sincera a Deus e tantos corações profundamente derramados ao Senhor! Afinal, diametralmente, não crer na atualidade dos dons não faz de ninguém menos cristão.

Enquanto isso, o diabo ri, se divertindo com os cristãos que, em defesa da “sã doutrina”, falam e agem completamente fora da sã doutrina.

Meu irmão, minha irmã, você tem feito piadinhas sobre irmãos de outras denominações ou linhas doutrinárias ou que sejam diferentes de você de algum modo? Os tem desqualificado, atacado, ofendido ou feito comentários que os ridicularizem? Embora você ache que esteja defendendo o evangelho, pode ser que esteja apenas desmerecendo o que Deus não desmerece. Mais ainda: você pode estar atacando a noiva do Senhor.

Minha oração é que tenhamos mais temor e amor e menos arrogância teológica. Crer em uma verdade não nos dá o direito de atacar pessoas, como Paulo fazia em sua defesa errada de uma doutrina não tão sã assim. Queiram ou não, o amor ainda é o cerne do evangelho – inclusive o amor por quem cremos estar errado. Lembra do amor pelos inimigos? Oro que todo aquele que, virulentamente ou sarcasticamente, espanca verbalmente quem pertence a Cristo venha a compreender que não se pode lutar contra o erro… errando. Como me ensinou minha mãe desde criança, “um erro não justifica o outro”.

Precisamos agir em prol do que cremos ser a verdade, sempre. Sempre. Sempre. Defender a verdade não é o problema. Apologética é indispensável. O problema é o modo como fazemos isso – especialmente com outros cristãos que cremos estar errando. Se nos consideramos cristãos, nossas armas têm de ser a paz, a mansidão e o cuidado com aqueles de quem discordamos. Afinal, qual é nosso objetivo? Qual é o seu objetivo? Arrebentar com tudo? Mandar quem cremos estar errados para o inferno? Amar a Deus sem amar o próximo, o que a Bíblia afirma ser impossível? Ou conduzir quem erra, com paciência e mansidão, a enxergar seu erro e a abraçar o acerto? Se nossa finalidade é a restauração, devemos focar não em atacar, mas em usar bons argumentos para, com mansidão, abrir os olhos de quem está errado.

Afinal, diz o Senhor, não eu (e recomendo que você leia com muita atenção):“Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade” (2Tm 2.24-26). Você tem todo direito de discordar do que diz a Palavra de Deus e continuar agindo como uma pessoa arrogante em relação àqueles que considera estarem errados. Talvez você receba muitos aplausos quando faz isso – de gente tão errada como você. Mas, se posso dar um conselho em amor, é: cuidado. Pois pode ser que, um dia, você ouça o Senhor lhe perguntar: “Por que me persegues?”.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício Zágari < facebook.com/mauriciozagariescritor >

A Palavra que nunca envelhece e sempre transforma


biblia-1Logo que comecei a trabalhar na Mundo Cristão, fui informado de que estava em andamento na editora um projeto importante: uma nova tradução da Bíblia para o português. Algum tempo depois, soube que eu integraria o comitê de revisão de texto, grupo responsável por ler o material transposto para o português pelo comitê de tradução, polir o texto e deixá-lo fluido, correto e compreensível para o leitor dos nossos dias. Mal sabia eu que estava começando um processo bastante reflexivo em minha vida.
Assim que começaram a chegar os textos para a minha leitura, ainda no Word, fui tomado por um senso de responsabilidade difícil de descrever. Imagine: um sujeito indigno e miseravelmente errante como eu dar umas pinceladinhas no texto do livro mais importante e mais lido da história da humanidade – e que é a Palavra viva do Deus vivo. Quando pensei sobre quem eu sou, com todos os meus muitos pecados, e contrapus essa realidade à sublimidade da tarefa de contribuir para dar voz ao Verbo, fui inundado de grande temor. Portanto, quando o texto de Gênesis apareceu na tela do computador, meu olhar tornou-se muito cerebral, extremamente racional, e cada linha lida me levava a uma análise tensa, atenta e preocupada das palavras que fariam a diferença na vida de milhares, talvez milhões de pessoas. E assim foi trabalhar no texto bíblico ao longo das semanas em que o burilei: com o cérebro. Com a razão. 

biblia-nvt
No último dia 31 de outubro, ocorreu em São Paulo o lançamento dessa nova Bíblia, chamada Nova Versão Transformadora (NVT) – um esforço de seis anos da Editora Mundo Cristão, dedicado a traduzir os textos bíblicos originais em hebraico, grego e aramaico para a linguagem que eu e você falamos no dia a dia. Ao final do evento de lançamento, recebi meu primeiro exemplar impresso da NVT. No dia seguinte, no quarto do hotel onde estava hospedado, pude finalmente ler o texto, desta vez não mais como profissional, mas como devoto, fiel, ovelha que ouve a voz do Pastor, filho que escuta a voz do Pai. E, desta vez, a leitura não foi cerebral, racional, preocupada. Li com o coração. Fui tomado por uma emoção difícil de definir e, quando me dei conta, lágrimas desciam suavemente pelo meu rosto. A Palavra de Deus faz isto: passa pelo cérebro, eletrifica a alma e aquece o coração. E, nesse processo, transforma vidas. 

Tudo isso me fez refletir muito sobre nossa relação com a Palavra de Deus. E cheguei à conclusão de que, se ela não nos inunda de temor, não mexe profundamente com nossa razão e não impacta com todas as forças a nossa emoção… algo está muito errado em nosso relacionamento com ela – e com Deus. Estar diante do texto bíblico não pode ser algo corriqueiro, como ler a revista da semana ou uma história em quadrinhos. Ela é a voz do Deus vivo. A revelação específica do Altíssimo. O cartão de apresentação do Criador. O abraço do Noivo. Não podemos nos relacionar com o texto sagrado sem o mesmo temor que Moisés sentiu diante do arbusto em chamas. 

Ao mesmo tempo, nossa relação com a fé apresentada na Bíblia tem de ser racional. Os argumentos e os fatos bíblicos precisam fazer sentido na mente, alcançar o pensamento e transformá-lo. É pela razão estimulada pela Palavra que somos confrontados e envolvidos pelo Espírito Santo. O sobrenatural de Deus só pode ocorrer em nós se nossa racionalidade for virada do avesso pelo Senhor e totalmente reconfigurada. 

Mas é absolutamente impossível estar diante da grandiosidade das revelações bíblicas, da presença manifesta do Todo-poderoso que se apresenta a nós nas paginas das Escrituras, sem ser tocado nas emoções. Não somos estátuas de pedra. Não somos blocos de gelo. Como alguém pode ser confrontado e desnudado em suas contradições e hipocrisias sem ser tremendamente abalado nos alicerces? Como ser alvo da graça sem ser sensibilizado por tão monumental amor? Como ser acolhido pelas amorosas palavras de Jesus Cristo sem emocionar-se pela ternura, a verdade e a esperança delas? Impossível. 

biblia-nvt-2Meu irmão, minha irmã, como você tem se relacionado com o texto bíblico? O que se passa em sua mente e no seu coração quando dedica-se às paginas do livro sagrado? Que nível de reverência e temor você tem diante da revelação do EU SOU? Vejo pessoas que tratam a leitura da Escritura como se fosse uma obrigação penosa e desagradável. Um mandamento imposto, tal qual um dever de casa chato que impede a criança de ir brincar. Quase uma tarefa desagradável que o chefe passa faltando dez minutos para terminar o expediente na sexta-feira. Não se dão conta do privilégio inenarrável que é ter acesso aos pensamentos do Autor de tudo pelo meio que ele escolheu para se revelar a nós. Sim, há poder revolucionário em cada palavra deste livro. 

Peço a Deus que, se a sua relação com o texto sagrado é irreverente, fria e distante, ele interfira com todas as forças na sua vida. Que você seja enlaçado pela grandiosidade da manifestação escrita da mente de Deus. E que a sua relação com a Bíblia seja, a partir de hoje… nova e transformadora. 
Paz a todos vocês que estão em Cristo,

Maurício Zágari

Fonte:Apenas

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

“Já perdoei e já orei muito”, diz esposa de pastor morto enquanto evangelizava traficantes

Embora a morte do pastor tenha abalado a família, eles perdoaram os criminosos e prometeram continuar o trabalho de evangelização iniciado por ele há 20 anos.
BELFORD ROXO – O pastor que foi morto enquanto evangelizava traficantes foi enterrado no domingo (13), no Cemitério de Sulacap, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Apesar do dia chuvoso, a cerimônia recebeu centenas de pessoas.
Marco Aurélio Bezerra de Lima, de 48 anos, foi morto na sexta-feira (11) minutos depois de orar por traficantes na entrada da favela Gogó da Ema, em Belford Roxo. O criminoso teria atirado ao confundir a muleta do pastor com um fuzil.
Embora a morte do pastor tenha abalado a família, eles perdoaram os criminosos e prometeram continuar o trabalho de evangelização iniciado por ele há 20 anos.
“Já perdoei e já orei muito, para Deus guardar essa alma. Eu sei que muitas pessoas até ficam revoltadas não entendem esse momento, mas temos muito amor pela alma. Meu marido morreu pelo amor pela alma, resgatando uma vida”, disse a viúva Márcia Lima.
“A gente não vai parar não. É o exemplo do meu pai. Missão dada é missão cumprida”, afirmou o filho Jeremias Lima.
De acordo com testemunhas, o pastor estava no banco do carona de um carro enquanto evangelizava os traficantes. Durante a conversa com o bandido, o pastor se abaixou para pegar uma foto em que aparece ao lado de Playboy, um dos traficantes mais procurados do Rio, morto no ano passado. Ele costumava contar que o chefe do Morro da Pedreira tinha se convertido antes de morrer.
No momento em que Marco Aurélio se abaixou, o criminoso se assustou e fez o disparo. O tiro atingiu o tórax da vítima. O pastor estava com muletas no carro por causa de uma operação recente na perna.
O caso continua sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense.
Com informaçõe Guiame
Imagem: Reprodução/Tv Globo

Multados por se recusarem a fazer ‘bolo gay’, confeiteiros cristãos ganham causa na justiça

Aaron e Melissa Klein foram multados anteriormente em 135 mil dólares e decidiram fechar o seu estabelecimento comercial. Agora, a vitória do casal está sendo celebrada por muitos cristãos.
Os confeiteiros cristãos dos EUA, Aaron e Melissa Klein, que estavam sendo processados por se recusarem a fazer um bolo para um casamento gay, ganharam a causa na Justiça. A audiência aconteceu na última segunda-feira (14).
O republicano Dennis Richardson, um representante do estado de Central Point, no Oregon, derrotou o democrata Brad Avakian, o atual Comissário de Trabalho e Indústrias, marcando a primeira vez em 14 anos que um republicano venceu um escritório estadual em Oregon (EUA). Sua vitória é considerada uma façanha especialmente notável, já que ele é um conservador em um estado liberal.
Como noticiado pelo jornal ‘Daily Caller’, “Richardson lançou-se como uma figura não-partidário que se concentrou no papel tradicional do trabalho de monitorar as eleições e auditoria dos gastos públicos. Avakian, por outro lado, prometeu transformar o escritório em um veículo para a política progressista, dizendo que usaria o posto para combater as mudanças climáticas, promover os direitos ao aborto, investigar empresas privadas e defender certos candidatos e causas políticas (apesar do papel de monitoramento eleitoral do escritório)”. Avakian permanecerá no cargo em seu cargo atual por mais dois anos.
Em julho de 2015, Avakian ordenou que os donos de padarias Aaron e Melissa Klein pagassem 135.000 dólares em danos a um casal de lésbicas, cujo casamento eles eles recusaram a encomenda de fazer um bolo, em janeiro de 2013.
Além de penalisar os Klein com uma quantia tão robusta, em 2013 Avakian também multou o ‘Twilight’ – um bar a norte de Portland – em 400.000 dólares, porque o dono do estabelecimento tinha pedido a clientes transgêneros que não voltassem mais ao local. O proprietário tinha feito isso porque ele não queria que seu estabelecimento se tornasse conhecido como um “tranny bar” (“bar específico para o público transgênero”), de acordo com relatórios do Oregon Live.
Os confeiteiros cristãos fecharam sua loja na área de Portland, devido ao intenso assédio, mas continuaram cozinhando e vendendo bolos do lado de fora de sua casa.
Ao final de setembro deste ano (2016) Melissa Klein anunciou no Facebook que eles tinham fechado para sempre o seu estabelecimento.
O caso ganhou atenção nacional nestes últimos anos e o casal possivelmente se tornou uma das faces da luta pela liberdade religiosa nos Estados Unidos, enquanto destacou o crescente conflito entre a liberdade de expressão e as leis que favorecem os grupos LGBT.
Quando Avakian aplicou a multa contra os Klein no verão passado, os apoiantes do casal de Oregon em toda a nação se uniram para arrecadar centenas de milhares de dólares, que os Klein usaram para pagar a multa. Mas esses fundos não foram enviados ao casal e ainda estão sendo mantidos em uma conta do governo, uma vez que o processo de apelação não chegou ao fim.
Uma voz conhecida que se levantou para apoiar o casal cristão foi a do evangelista e presidente da Bolsa do Samaritano, pastor Franklin Graham.
Como observado pelo ‘Christian Post’ em abril de 2015, Graham disse: “[Os Klein] tomaram uma posição que segue a Palavra de Deus, e eles não deveriam ficar sozinhos… Eu acredito que os cristãos em toda a nossa nação se unirão a Aaron E Melissa e seus cinco filhos”.
As amargas divergências culturais permanecem, no entanto, mais evidenciadas pelo desacordo entre os principais advogados de direitos civis sobre os direitos da 1ª Emenda e leis de combate à discriminação.
O ‘Christian Post’ informou em 9 de setembro, que em um relatório do governo de 307 páginas, chamado ‘Coexistência Pacífica: Conciliação de Princípios de Não-discriminação com Liberdades Civis’, o Comissário de Direitos Civis dos EUA, Martin Castro chamou as frases de liberdade religiosa como “palavras de código” para discriminação e supremacia cristã entre outras coisas.
Os Klein estão sendo representados pelo advogado C. Boyden Gray, que é um ex-conselheiro da Casa Branca do presidente George H.W. Arbusto.
Com informações Guiame

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