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segunda-feira, 23 de maio de 2016

IGREJAS QUE FAZEM PARTE DA MINHA HISTÓRIA

Memórias do Ministério do Pastor Eli Vieira

Um breve esboço


Igreja Presbiteriana do Catonho, Jupi-PE


 Foi na Igreja Presbiteriana do Catonho Jupi-PE que comecei a conhecer a Palavra de Deus e o Deus da Palavra. Nesta amada igreja aprendi os primeiros ensino a cerca do caminho que conduz para a vida, e ainda na adolescência fui chamado para o ministério. O primeiro pastor que me deu a oportunidade para pregar foi o pastor Jayme de Barros Oliveira. O texto naquela ocasião que meditei foi Mateus 7.1s. Nesta igreja trabalhei na Mocidade, fui presbítero (Conselho: Pr. Jayme Barros, Pb. Obadias Peixoto Vilela, Pb. Rivaldave Freire Vilela e Pb. Joaquim V. Vilela), representante da igreja várias vezes junto ao Presbitério de Garanhuns. Foi a Igreja Presbiteriana do Catonho que me enviou para o Instituto Bíblico do Norte, me apresentou como candidato ao Sagrado Ministério ao Presbitério de Garanhuns. Deus continue derramando suas ricas bênçãos sobre a Igreja Presbiteriana do Sítio Catonho- Jupi-PE para honra e glória dEle.




Igreja Presbiteriana de Heliópolis Garanhuns-PE

       Ao terminar o Bacharel de Teologia no Seminário Presbiteriano do Norte em 1997 fui convidado pelo pastor José Ernando para ser pastor auxiliar da Igreja Presbiteriana de Heliópolis dando assistência as Congregações da igreja: Manancial, Filadélfia e a Congregação na Cidade da Pedra (atualmente estas congregações são igrejas organizadas)  e cooperando em outros trabalhos  da igreja onde aprendi muito com o conselho e os irmãos desta amada igreja.
                                                                          


                                               Igreja Presbiteriana de Itamaraju-BA





Deus na sua infinita graça, me concedeu o privilégio de ser pastor efetivo da Igreja Presbiteriana de Itamaraju-BA do ano 1999 a 2002. Foram anos de lutas e vitórias onde posso destacar a Organização da Congregação do Bairro S. Domingos e construção do templo, iniciamos um trabalho no município de Alcobaça-BA, o Crescimento do Colégio Presbiteriano 12 de Agosto onde durante quatro anos fui o presidente do Conselho Deliberativo do Colégio e a organização da 3ª Igreja Presbiteriana de Itamaraju que teve como seu primeiro pastor o nosso irmão de saudosa memória Itamar que promovido e está na glória junto com o Pai Eterno.


3ª Igreja Presbiteriana de Itamaraju-BA


No meu pastorado o conselho da Igreja Presbiteriana de Itamaraju entrou com um documento junto ao Presbitério de Itamaraju pedindo a organização da Congregação do bairro da Liberdade. Hoje, esta é a 3ª IP de Itamaraju-BA,  seu novo templo foi construído no pastorado do Rev. Gilton de Souza.


Igreja Presbiteriana de Capela do Alto Alegre-BA






























Do ano 2003 a 2007 o Senhor Deus me deu a honra de ser pastor efetivo da Igreja Presbiteriana de  Capela do Alto Alegre-Bahia.No meu pastorado da IP Capela posso destacar a: construção do Templo atual, Fundação da Escola Presbiteriana John Knox, plantação das Congregações de Capelinha e Nova Fátima junto com Miss. Alberico, Nesta igreja destaco o apoio  do Conselho, junta diaconal e os as sociedades internas ( SAF, UPH, UMP, UPA e UCP) e os amados irmãos da IP Capela. Um fato interessante foi participar da luta para resgatar a realização do Desfile Cívico do dia 7 de setembro junto com a irmã Eliete Almeida e outros irmãos..


Igreja Presbiteriana Betel de João Dourado-BA




Do ano 2008 a 2010 - Deus me concedeu o privilégio de pastorear a IP Betel, onde podemos aprender muito com os irmãos e destaco a construção do Templo da Congregação de Soares sob a liderança do Presb. Renivaldo, plantação da Congregação do Povoado de Mata do Milho, a construção dos banheiros da IP Betel.


Igreja Presbiteriana Filadélfia Garanhuns-PE


De 2011 até o momento estou pastoreando a Igreja Presbiteriana Filadélfia de Garanhuns-PE onde posso dizer até aqui me ajudou o Senhor. Neste período assumimos a Congregação da cidade de Caetés-PE .Tenho desenvolvido um trabalho pastoral junto a igreja, participo do Projeto Novos Campos, assistindo a Congregação de Lagoa do Ouro e também tenho cooperado como professor do Instituto Bíblico do Norte.Os planos que posso destacar é a construção do prédio de educação cristã da igreja  e fundação de uma escola para atendemos a população do nosso bairro e da cidade dentro dos princípios cristãos se o bom Deus assim nos permitir.
A Deus toda glória. 

Pastor Eli Vieira



Pão Quente

🍞Pão Quente:
 "Tinha Abraão cem anos, quando lhe nasceu Isaque, seu filho." Gn.21:5 - Nossa vida é cheia de esperas. Quando Deus prometeu uma grande descendência à Abraão, ele e sua mulher Sara já estavam bem idosos. A espera foi angustiante, ao ponto de Sara querer ajudar oferecendo sua serva Agar. Se Deus prometeu algo a você, e você está vendo a promessa se cumprir, aguarde com paciência e fé. Precisamos aprender a difícil arte de esperar em Deus. Deus é o Senhor do tempo. Espere no Senhor, Ele vai cumprir a Sua promessa! Creia nisso! Reparta este pão e tenha um bom dia! Medite.

Pr. Jadson Cunha.- Pastor da Igreja Presbiteriana Ebenézer e Secretário de Apoio Pastoral do Presbitério de Garanhuns.

CONSCIÊNCIA CRISTÃ 2017 TERÁ CIRO SANCHES ZIBORDI





Por Mariana Gouveia

A próxima edição do Encontro para a Consciência Cristã já está sendo programada. Entre 23 e 28 de fevereiro de 2017, a 19ª Consciência Cristã acontecerá no Parque do Povo, em Campina Grande (PB), com o tema “A Tua Palavra é a Verdade: Celebrando os 500 anos da Reforma Protestante”. Vários preletores já foram confirmados para o evento, entre eles o pastor assembleiano Ciro Sanches Zibordi.

Ciro Sanches Zibordi é bacharelando em Relações Internacionais (Universidade La Salle-RJ) e licenciando em Português/Francês (UFF-RJ). Pastor na Assembleia de Deus em Niterói-RJ. Membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil e da Casa de Letras Emílio Conde. Colunista do CPAD News desde 2010. Articulista do Mensageiro da Paz (CPAD) desde 1993. Autor dos livros “Erros que os Pregadores Devem Evitar”, “Erros Escatológicos que os Pregadores Devem Evitar”, “Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria”, “Erros que os Adoradores Devem Evitar”, “Mais Erros que os Pregadores Devem Evitar”, “Perguntas Intrigantes que os Jovens Costumam Fazer”, “Adolescentes S/A”, além de coautor de Teologia Sistemática Pentecostal, todos da CPAD. Preletor em escolas bíblicas no Brasil e no exterior. Professor de Hermenêutica, Exegese, Homilética, Teologia Sistemática e várias outras matérias durante dez anos na Faculdade Evangélica de São Paulo (Faesp), onde se formou em Teologia, em 1992. Pastoreou congregações na AD do Ministério do Belém-SP e foi copastor da AD Cordovil-RJ. Atuou na CPAD (RJ) como gerente de TI e editor (2001-2008).

Além de Sanches, outros 24 preletores já foram confirmados para a 19ª Consciência Cristã. Entre eles, estão Hernandes Dias Lopes, Augustus Nicodemus, Paulo Junior, Franklin Ferreira, Heber Campos, Hermisten Maia, Adauto Lourenço, Renato Vargens, Norma Braga, Simone e Orebe Quaresma, Jailson Santos, Wilson Porte Jr., Maurício Zágari e D. A. Carson, teólogo canadense. O evento terá ainda as participações musicais de Stênio Március e de Paulo Cezar e Nilma Soares, do Grupo Logos.

Programe-se, faça a sua caravana, participe! De 23 a 28 de fevereiro de 2017, 19º Encontro para a Consciência Cristã, em Campina Grande, Paraíba!

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Revelação e Futuro

image from google


Excerto da palestra X, "Revelação e Futuro", do livro A Filosofia da Revelação, de Herman Bavinck, a ser publicado em breve pela Editora Monergismo. Tradução de Fabrício Tavares de Moraes, co-editor do blog Bereianos.

A doutrina de que o homem está corrompido pelo pecado, não podendo, portanto, santificar e salvar a si mesmo por meio de sua própria força é comumente considerada o erro mais terrível de todos; a autonomia e a autosoteria rejeitam toda forma de heterosoteria. Mas, ao mesmo tempo, quando toda transcendência e metafísica são negadas, o ser humano é exaltado acima de seu estado habitual, passando a ser identificado com o divino. A tarefa super-humana de transformar a presente sociedade num estado de paz e alegria requer mais do que simplesmente o poder humano; se Deus não opera a mudança, a esperança pode ser cultivada somente quando o poder do homem é divinizado. De fato, essa é a ideia central daquela teoria filosófica que Strauss desenvolveu mais claramente, a saber, que o infinito não é realizado num único homem, mas somente na humanidade; esta, sendo a verdadeira unidade das naturezas divina e humana, o homem transformando-se em Deus, o Espírito infinito descendo à finitude, a criança da visível mãe-natureza e do invisível pai-espírito, o realizador de milagres, o salvador do mundo. Aquilo que a humanidade confessa com relação a Cristo e declara em sua ideia de divindade é simplesmente um símbolo daquilo que ela encontra em si mesma, daquilo que ela é. Teologia é essencialmente antropologia; o culto a Deus é a humanidade adorando a si mesma. Comte, dessa forma, foi bem consistente quando substituiu a adoração a Deus pela adoração ao homem.

Essa deificação do homem prova claramente que nenhuma escatologia é possível sem metafísica. Mas isso é demonstrado ainda mais claramente por outro fato. A cultura, a ética, o idealismo – todos indo atrás de um objetivo – devem sempre buscar uma aliança com a metafísica. Kant reverteu as relações entre esses elementos, e tentou tornar a moral totalmente independente da ciência; mas sobre essa moralidade, o filósofo construiu novamente uma fé prática numa providência divina. De semelhante modo, qualquer sistema ético que aspira ser a verdadeira ética e apresentar um caráter normativo e teleológico, sem se tornar uma simples descrição de hábitos e costumes, se vê forçado a buscar o apoio da metafísica. Se o homem deve se empenhar por um ideal, ele pode ganhar coragem apenas pela fé que tal ideal é o ideal do mundo inteiro e está baseado efetivamente na realidade. Ao banir a metafísica, o materialismo não possui mais um sistema ético, passa a desconhecer a distinção entre bem e mal, não possui mais lei moral, nem dever, nem virtude, nem sumo bem. E quando a filosofia humanista imanentista de Natorp, Cohen e outros procura basear a ética exclusivamente no imperativo categórico, ela perde toda segurança de que o “deveria” irá algum dia triunfar sobre o “é”, e o bem sobre o mal. Independentemente daquilo que se crê ser o bem maior, este é ou uma imaginação, ou é e deve também ser o supremo e verdadeiro ser, a essência da realidade, o sentido e destino do mundo, e, assim, também o vínculo que mantém unidos todos os homens e nações em cada parte do mundo, salvando-os da anarquia.

O cristão, por sua vez, encontra a segurança do triunfo do bem em sua confissão da vontade soberana e todo-poderosa, que, embora distinta e exaltada acima do mundo, cumpre, todavia, por meio dele, Seus santos desígnios, e, de acordo com estes desígnios, conduz a humanidade e o mundo à salvação. Mas aquele que rejeita essa confissão não escapa, contudo, da metafísica. Soa bem chamar o homem de “o rebelde na natureza”, o qual, quando esta diz: “Morra!”, responde: “Eu continuarei vivendo”. Porém, com toda sua sabedoria e força, o homem, ao final das contas, é impotente contra a natureza. Eis o motivo porque, mesmo quando o teísmo é negado, a verdadeira realidade – a vontade do mundo que se encontra oculta por detrás dos fenômenos, manifestando-se muito imperfeitamente – é pensada como análoga àquela do homem, e especialmente como uma vontade eticamente boa. Não obstante toda sua autoconfiança e autoglorificação, o homem está, em toda cosmovisão possível, incorporado num todo maior, sendo, portanto, explicado e confirmado por essa totalidade. A metafísica, que é a crença no absoluto como um poder sagrado, sempre constitui o fundamento da ética.

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Autor: Herman Bavinck
Fonte: A filosofia da revelação
Tradução: Fabrício Tavares de Moraes
Divulgação: Bereianos

Encontro da Editora Fiel: Santos no Mundo - Em Garanhuns-PE







Queremos convidar você para participar do primeiro Encontro FIEL no interior de Pernambuco que acontecerá nos dias 17 e 18 de Junho de 2016 na IV Igreja Presbiteriana de Garanhuns. O s preletores serão os pastores Wilson Porte e Paulo Brasil.Parceria da Editora Fiel, Instituto Bíblico do Norte e 4ª Igreja Presbiteriana de Garanhuns. INSCRIÇÕES ABERTAS. (VC ganha na inscrição um vale desconto de R$10,00 na compra de livros da FIEL). Você não pode perder, faça já a sua inscrição.

domingo, 22 de maio de 2016

VINACC DISPONIBILIZA ACERVO EM VÍDEO DE TODAS AS EDIÇÕES DA CONSCIÊNCIA CRISTÃ #ASSISTA





A VINACC, entidade organizadora do Encontro para a Consciência Cristã, disponibilizará todas as palestras e pregações em vídeo gravadas ao longo dos anos, nas edições do evento. Os vídeos completos serão publicados no perfil oficial do evento no YouTube.

As palestras e pregações foram gravadas ao longo das edições do Encontro para a Consciência Cristã, e tratam de vários assuntos de interesse do público cristão, como teologia, missões, apologética, liderança cristã, família, sexualidade, dependência química, louvor e adoração, feminilidade, fé e ciência e outros. No total, mais de 600 palestras serão disponibilizadas na íntegra para o público, sendo uma publicada por dia.
As ministrações foram feitas por preletores cristãos de destaque nacional e internacional, alguns dos quais estarão na Consciência Cristã 2017: Hernandes Dias Lopes, Augustus Nicodemus, Franklin Ferreira, Paulo Junior, Hermisten Maia, Renato Vargens, Adauto Lourenço, Aurivan Marinho, Ciro Sanches Zibordi, José Bernardo, Norma Braga e outros. Além destes, outros nomes de destaque que já passaram pelo evento em anos anteriores também terão palestras disponibilizadas. Entre os preletores nacionais, estão Russell Shedd, Joide Miranda, Jonas Madureira, Ronaldo Lidório; entre os internacionais, Paul Washer, Norman Geisler, Ron Boyd Mac-Millan, Josh McDowell, Justin Peters e outros.
Para acompanhar a publicação das palestras, basta acessar o perfil da VINACC no YouTube: youtube.com/conscienciacrista, ou no Facebook (Consciência Cristã VINACC).

Confira a primeira palestra abaixo!


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DIP 2016 - PERSEVERANÇA PARA A IGREJA NO IRAQUE #ASSISTA




O que é o DIP?

O Domingo da Igreja Perseguida (DIP) é um dia de intercessão pelos cristãos perseguidos ao redor do mundo. Estima-se que, atualmente, 100 milhões de cristãos enfrentam algum tipo de hostilidade por causa da sua fé em Jesus.


O evento idealizado pelo Irmão André (fundador da Portas Abertas) acontece no Brasil desde 1988 e tem como objetivo servir aos cristãos perseguidos e conscientizar a igreja brasileira a respeito da perseguição religiosa.

Queremos desafiar você a participar do Domingo da Igreja Perseguida 2016, no dia 22 de maio, para orar juntamente a milhares de cristãos em favor dos nossos irmãos e irmãs no Iraque e na Síria.

Participe do DIP 2016, um momento de oração para que o Senhor fortaleça nossos irmãos perseguidos a perseverar e permanecer firmes no evangelho. Mobilize sua igreja, cadastre-se e faça parte desse dia especial.


Ainda dá tempo de se cadastrar! Cadastre-se aqui

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ESPERANÇA PARA SÍRIA #DIP2016





Queremos desafiar você a participar do Domingo da Igreja Perseguida 2016, no dia 22 de maio, para orar juntamente a milhares de cristãos em favor dos nossos irmãos e irmãs no Iraque e na Síria.



Participe do DIP 2016, um momento de oração para que o Senhor fortaleça nossos irmãos perseguidos a perseverar e permanecer firmes no evangelho. Mobilize sua igreja, cadastre-se e faça parte desse dia especial.


sábado, 21 de maio de 2016

Hernandes Dias Lopes e as igrejas pragmáticas



“Quando os homens se esquecem do Senhor, os falsos ensinamentos prosperam. Muitas igrejas abandonaram a suficiência da Escritura e a substituíram por doutrinas erradas. As perguntas pragmáticas (o que funciona? O que é prático?) dominam as discussões contemporâneas, dos concílios nacionais e aos conselhos das igrejas. Algumas igrejas que experimentam crescimento numérico infelizmente mudaram a mensagem para o que o povo prefere. A mensagem torna-se centrada no homem. O pragmatismo, não teologia, tem governando a abordagem de muitos pregadores. A ciência social tem dirigido mais o ministério do que a Escritura. “Muitas igrejas vão bem na quantidade e mal na qualidade”.


Gene Edward Veith, citando Charles Colson, conta a respeito de uma igreja evangélica que decidiu crescer em número. Ele diz que o pastor contratou primeiro uma pesquisa de mercado e descobriu que muitos se sentiam repelidos pelo termo “batista”. A pesquisa mostrou que as pessoas queriam facilidade de acesso, de modo que a igreja construiu um novo prédio distante da auto-estrada. O templo tinha tetos com vigas, lareiras de pedra e nenhuma cruz ou outros símbolos religiosos que pudessem fazer as pessoas se sentir desconfortáveis. Depois, o pastor resolveu não mais usar a linguagem teológica. “Se usarmos as palavras ‘redenção ou conversão’”, raciocinou ele, “pensarão que estamos nos referindo a títulos”. Deixou de falar do inferno e da condenação e mudou pra temas mais positivos. É claro que a igreja cresceu. “O espírito é pôr as pessoas acima da doutrina” – comentou um membro entusiasmado. A igreja aceita totalmente as pessoas como são, sem qualquer tipo de “faça ou não faça”. Ao abandonar a doutrina a autoridade moral e ao ajustar os ensinamentos de acordo com as exigências do mercado, a igreja embarcou em uma peregrinação para o pós-modernismo. “Igreja calorosa, “igreja verdadeira” e consumismo na igreja diluem a mensagem, mudam o caráter da igreja, pervertem o evangelho e negam a autoridade da igreja.”

Rev. Hernandes Dias Lopes


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Nota: Eu vejo muitas dessas advertências, se não todas, perfeitamente aplicáveis ao movimento “das comunidades” que tem assolado a identidade Confessional daIgreja Presbiteriana do Brasil nessa década e meia, patrocinada por uma escola chamada CTPI. Eles mudaram o nome de igreja para comunidade, adaptaram os púlpitos, ‘modernizaram’ o ambiente reverente, mesclaram a linguagem teológica e bíblica, fazem pesquisas de gosto de mercado para ‘abrir uma igreja/comunidade’, usam mensagens, personagens e músicas mundanas, como conteúdo e foco de estudos e mensagens para a Noiva de Cristo. O que é tudo isso se não uma igreja pragmática?

Luciano Sena
Fonte: MCA

IPB: Evangelização Confessional x Pragmatismo das Comunidades

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É com profunda dor e decepção que escrevo esta breve introdução desta série de postagens, especialmente com alguns que caíram pelos caminhos da dura pressão de resultados, que acabaram cedendo ao que é a pior ameaça contra a herança litúrgica e reformada histórica que a Igreja Presbiteriana do Brasil tem sofrido na última década. Creio que isso é pior que a pressão pentecostal sofrida na década de 90. Sem dúvida alguma, a IPB deixa de ser IPB onde uma Comunidade Presbiteriana é plantada. Esse é um câncer, um sistema corrosivo, destruidor para as igrejas presbiterianas.

Para acalmar alguns, a determinação de não usar o nome comunidade foi desferido pelo Supremo Concílio da IPB. Devo, porém, dizer três coisas: 1. Foi apenas isso, o que de fato não mudou nada na prática. As Comunidades continuam com suas mesmas características litúrgicas e eclesiológicas, quando não, humanistas; 2. Algumas demonstram que não estão nem um pouco submissas a essa decisão, continuam com o nome “comunidade”; 3. Muitos pastores de renome no Brasil não querem ‘mexer’ nisso, pois já estão envolvidos com os congressos promovidos pelas Comunidades.

Daqui a dez anos, talvez, não existirá mais IPBs em muitos lugares - sociedades internas, cultos solenes, hinos, símbolos de fé, farão parte da história de uma igreja morta, morta por um parasita que se tornou um monstro. A única coisa que se respeita da CI [Constituição Interna] da IPB são as garantias de salários para os pastores. Se até lá o Senhor não voltar, estaremos cheirando o vômito do Senhor Jesus.

Apesar de dizer assim, Ele pode causar uma mudança (Mt 16.16-18).

I. QUAL É O GRANDE PROBLEMA?

As Comunidades perderam, na prática, a compreensão da doutrina bíblica da depravação total (Rm 3.9-18) e passaram a buscar um estilo de igreja que agrade as pessoas. Isso causa um prejuízo incalculável na proclamação do evangelho. A advertência de Paul Washer é sábia:
“[..] àqueles que estão constantemente buscando formas inovadoras de comunicar o evangelho para um nova plateia [seeker-sencitive], faria bem começar e terminar uma pesquisa nas Escrituras. Os que enviam milhares de questionários perguntando aos não convertidos o que mais desejam em um culto devem perceber que dez mil opiniões de homens carnais não carregam a autoridade de um “i” ou “til” da palavra de Deus. Devemos entender que há um grande abismo de diferenças irreconciliáveis entre o que Deus ordenou nas Escrituras e o que a atual cultura carnal deseja.” (O Poder do Evangelho e Sua Mensagem, p. 20).

Van Til, apesar de focar a questão da lógica, comenta algo bem interessante:
“O Deus do cristianismo é para ele [para o homem caído] logicamente irrelevante para a experiência humana.” (Apologética Cristã, p.138).

Em um resumo bem simples, mas real e verdadeiro, as Comunidades não estão erradas em querer plantar igrejas, mas o tipo de igreja que querem plantar, não é uma que agrada a Deus em primeiro lugar, mas que agrada a cultura e os gostos dos filhos da ira (Ef 2.1,2).

Em certo sentido, enquanto as igrejas neopentecostais procuram agradar o misticismo brasileiro, usando elementos abolidos do Antigo Testamento, eles pelo menos estão buscando na Bíblia, com péssima exegese, a formatação de seus métodos, enquanto as Comunidades Presbiterianas estão indo direto à cultura popular caída (Veja aqui). Ambos os seguimentos são iguais.

II. QUAL É O SEGUNDO GRANDE PROBLEMA?

Não posso deixar de dizer algo de máxima importância. Muitos dos presbiterianos conservadores estão apáticos e não estão envolvidos na evangelização árdua em suas igrejas. Não evangelizar é o mesmo de evangelizar errado. Ser inativo é ser tão reprovável quanto ser pragmático. Criticar eles por fazerem errado, e não FAZER o certo é também cair em erro. Recentemente, um conhecido reformado em uma palestra sobre evangelização disse:
“Vou falar de evangelização urbana, mas eu mesmo não evangelizo.

O nosso doutor, foi “sinceramente hipócrita”. Ele não deveria dar a tal palestra nessa igreja. Aqui é onde estamos perdendo espaço para as Comunidades, que apesar de estarem erradas, não estão erradas na disposição.

Bom lembrarmos que não existe uma forma de evangelização, ela deve ser feita sempre e de diversas maneiras. Na pregação no culto solene, na visitação, no discipulado, nas reuniões, nas ruas, isso deve estar impregnado na vida do ministro, dos obreiros, dos líderes locais e de todos os crentes. Joel Beeke mostra que os puritanos eram evangelizadores por excelência, ao estilo da época (Espiritualidade Reformada, cap. 7º). A visitação de Richard Baxter demonstra um pastor evangelista (Manual Pastoral do Discipulado, Editora Cultura Cristã). O conteúdo, sabemos, nunca foi formatado aos ditames do mundo caído.

A Bíblia adverte que temos essa obrigação e promessa (Mt 28.18-20; I Pe 2.9,10). E temos dois documentos na IPB que deixam em relevo que nossa missão envolve a evangelização, juntamente com outras ações nobres da Igreja:
Catecismo Maior de Westminster - 159. Como a Palavra de Deus deve ser pregada por aqueles que para isto são chamados? Aqueles que são chamados a trabalhar no ministério da Palavra devem pregar a sã doutrina, diligentemente, em tempo e fora de tempo, claramente, não em palavras persuasivas de humana sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder; fielmente, tornando conhecido todo o conselho de Deus; sabiamente, adaptando-se às necessidades e às capacidades dos ouvintes; zelosamente, com amor fervoroso para com Deus e para com as almas de seu povo; sinceramente, tendo por alvo a glória de Deus e procurando converter, edificar e salvar as almas. Jr 23:28; Lc 12:42; Jo 7:18; At 18:25;20:27;26:16-18; I Tm 4:16; II Tm 2:10,15;4:2,5; I Co 2:4,17;3:2;4:1,2;9:19-22;14:9;II Co 4:2;5:13,14;12:15,19; Cl 1:28; Ef 4:12; I Ts 2:4-7;3:12; Fp 1:15-17; Tt 2:1,7,8; Hb 5:12-14.”
Constituição da IPB - Art. 2º. A Igreja Presbiteriana do Brasil tem por fim prestar culto a Deus, em espírito e verdade, pregar o Evangelho, batizar os conversos, seus filhos e menores sob sua guarda e "ensinar os fiéis a guardar a doutrina e prática das Escrituras do Antigo e Novo Testamentos, na sua pureza e integridade, bem como promover a aplicação dos princípios de fraternidade cristã e o crescimento de seus membros na graça e no conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo.
“Art. 14. São deveres dos membros da igreja, conforme o ensino e o Espírito de nosso Senhor Jesus Cristo: a) viver de acordo com a doutrina e prática da Escritura Sagrada; b) honrar e propagar o Evangelho pela vida e pela palavra; c) sustentar a igreja e as suas instituições, moral e financeiramente; d) obedecer às autoridades da igreja, enquanto estas permanecerem fiéis às Sagradas Escrituras; e) participar dos trabalhos e reuniões da sua igreja, inclusive assembleias.”

Se é assim que se estabelece a Igreja Presbiteriana do Brasil, me parece que muitos estão se escondendo na crítica ao pragmatismo, o que de fato deve ser feito, mas estão parados. Outros nem na crítica a esse movimento cancerígeno, estão na Torre de Marfim, intocáveis, desde que sua fama e títulos sejam honrados.

O QUE FAZER NA PRÁTICA?

Para uma evangelização confessional, isto é, bíblica, você precisa acima de tudo ter duas atitudes em relação aos símbolos de fé presbiterianos - Primeiro conhecê-los de forma abrangente. Ler constantemente, na só a Confissão de Fé de Westminster, mas especialmente seus Catecismos. Segundo, ter fervor, convicção, entusiasmo, a respeito de suas posições bíblicas confessionais. O mundo tem convicção de seu relativismo, os neopentecostais de suas heresias, judeus foram trucidados e muçulmanos morrem e matam pela fé. Porém, muitos Reformados, parecem adotar uma atitude ‘complacente’ e apática em relação á sua fé, que não dá para entender por que são, muitos desses, pastores, presbiterianos. Não há fervor na alma. Se achar que não há fervor na vida Confessional, então duas coisas você não sabe mesmo: A vida dos puritanos, e duas perguntas e repostas do Catecismo Maior – a 104 e 105.

Jamais você verá os frutos de ser fiel aos símbolos de fé presbiterianos se você não conhecer e não ter paixão ardente por eles. Quando me deparo com alguns comentários negativos a respeito dos Símbolos da IPB, não raro identifico isso. O que está decepcionado em usar, não tem nenhum conhecimento a mais, nenhuma experiência de vida a respeito, nenhum plano devocional. Parece que o período no Seminário ou no Instituto esgotou sua paciência com os símbolos de fé, e algum afastamento parece ser um alivio. Outros não negam publicamente, mas negam na prática.

Ainda há os que talvez possuam os dois passos acima, estudam e tem fervor, mas não pensaram muito em usá-los no processo de evangelização e discipulado. Nessa postagem pretendo dar alguns apontamentos a respeito.

I. USANDO OS SÍMBOLOS COMO MATERIAL EVANGELÍSTICO

Talvez o que muitos nunca fizeram, é usar os Símbolos de fé já no processo de evangelização. Como fazer?

Quando produzir folhetos de evangelismo em sua igreja ou congregação, inclua algum trecho dos Símbolos de Fé. Uma parte da CFW ou dos catecismos que seja pertinente ao tema que você está abordando. Eu já inclui em um folheto a definição incomparável que a CFW dá de quem é Deus (presente também nos catecismos). Você talvez use aqueles folhetos das sociedades bíblicas, que são estreitos, com mensagens curtas. Então, faça-os apenas com duas perguntas, ou partes da CFW. Não tenha receio disso!! Imagine um folheto com a pergunta “Quem é Deus?” E antes de entregar para a pessoa, pergunte a ela qual seria a resposta dela. Você notará que as respostas são sempre aquelas, vazias e sem objetividade. É uma grande oportunidade de mostrar a resposta simples, bíblica e irrefutável do Catecismo Maior.

Recentemente escrevi um folheto que tem por tema “Qual o objetivo de sua vida?” Ao passo que a evangelização pragmática buscaria as respostas aos anseios do homem caído no homem, o Catecismo mostra que o foco está para cima, não em nós. A maior parte o folheto se desdobrou em torno do que é dito na primeira pergunta do CMW:
“1. Qual é o fim supremo e principal do homem? Resposta. O fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus e alegar-se nele para sempre.  Rom. 11:36; 1 Cor. 10:31; Sal. 73:24-26; João 17:22-24.”

O impacto disso é surpreendente, pois está honrando a Deus, dando testemunho não diluído de Sua Palavra. Faça o teste... ‘lance seu pão sobre as águas’. Quem sabe algumas pessoas saberão o sentido da “voz de grande estrondo” de Ez 3.12 por encontrar o objetivo da vida delas!

II. USANDO OS SÍMBOLOS DE FÉ COMO MANUAL DE DISCIPULADO

Eu costumo dizer que a evangelização bíblica envolve três momentos, ou passos. O primeiro é o anúncio/proclamação: quando você comunica o evangelho a uma pessoa. Depois vem o discipulado/ensino: quando você ensina o evangelho a uma pessoa. Por último, vem a integração/inclusão: quando você a inclui na comunidade do evangelho, na igreja. A Evangelização é plena.

No segundo passo, onde temos adotado o termo, ‘discipulado’, não é incomum um curso, alguns materiais de ensino do chamado “ABC” do evangelho. Isso é muito bom mesmo, e muitos materiais têm suprido essa necessidade e tem sido benção de Deus para a vida da igreja. Porém, você pode fazer um material de discipulado mesmo usando os Símbolos de Fé!

Eu organizei um, que expandi recentemente com artigos da Constituição da Igreja Presbiteriana, para ao mesmo tempo servir na classe de catecúmenos. Pensei em fazer assim, pois às vezes em trabalhos nascentes o discipulado já serviria para a recepção de membros. Como se fosse uma classe de catecúmeno pessoal, na casa do novo crente.

Como organizei esse material? Em cinco assuntos principais:

1. Bíblia - 2. Deus - 3. Salvação - 4. Vida Cristã e 5. Igreja

Selecionei o que especialmente o Catecismo Maior de Westminster diz a respeito desses temas e inclui alguns pontos da Confissão. Você pode fazer isso em seu discipulado [de uma certa forma, chamo-o de "Catecismo Médio"]

Se preferir, use o Breve Catecismo de Westminster no discipulado, não tenha medo, nem imagine que é profundo demais para as pessoas. Essa é nossa missão, ensinar todo o desígnio de Deus (At 20.27). Elas aprenderão, esteja certo disso. Jamais deixamos de entregar a Bíblia para alguém, pois nela tem o livro de Levítico, as profecias de Daniel, as visões de Ezequiel ou mesmo o difícil livro simbólico de Apocalipse. Esses são livros inspirados, superiores aos documentos de fé que neles estão baseados. Não fique preocupado se os Símbolos de Westminster podem causar confusão ou dificuldades. Eles causarão em todos que não estão de acordo com eles!!! Aí entra o papel do mestre, do discipulador, de ensinar com esmero (Rm 12.7).

III. TODOS OS MEMBROS DE SUA IGREJA TEM OS SÍMBOLOS DE FÉ?

Infelizmente, a maioria dos presbiterianos no Brasil não possuem os Símbolos doutrinários de sua fé. Isso tem contribuído para a formação de Igrejas Presbiterianas que são mais comunidades evangélicas do que Igrejas Reformadas. Precisamos trabalhar contra isso, com todo ardor e força que temos. Isso virou uma questão de sobrevivência. Aos reformados que estão preocupados com o crescimento das comunidades presbiterianas, eu tenho essa certeza. Já que nossos medalhões reformados estão calados diante das comunidades presbiterianas, só resta-nos a luta pela pulverização dos símbolos nas igrejas e congregações, em uma nova geração de crentes.

Mas se você quer ser um presbiteriano autêntico, se você quer ser um ministro honrado, de palavra, ou um obreiro que seja de confiança, comece a estimular a aquisição dos símbolos de fé por parte de todos os membros de sua igreja ou congregação. Se puder, que a igreja compre e distribua a todos os membros. Se não puder, que pelo menos aos que não tem muitas condições. MAS QUE TODOS TENHAM. Crianças e adultos. [Obs: A Editora Cultura Cristã tem feito promoções significativas para os símbolos de fé e, diga-se de passagem, os livros que contém os Símbolos já possuem os textos bíblicos transcritos. Eu sempre defendi a idéia que deveriam ser impressos em formatos de revista de escola dominical, com letras legíveis, e que fossem vendidos a preço de custo. Mas já que não é possível, fico grato a Deus pelas promoções realizadas pela editora, mostrando essa sensibilidade].

Como isso pode contribuir na evangelização? A medida que a pessoa for sendo integrada na igreja local, ela notará que tais documentos de fé são levados a sério. Que a importância deles é indispensável. Irá concluir a evangelização dele à medida que ele notar a cultura doutrinária no contexto de sua nova família da fé. Os crentes começarão a crescer em conhecimento doutrinário, sendo também capazes de dar orientação bíblica aos novos. Isso tudo é o processo de evangelização, até o momento em que ele for batizado e começar gerar para Cristo outros membros. E com essa impressão doutrinária prosseguirá em conduzir outros aos caminhos do Senhor.

Creio nessas coisas, e tenho praticado.

Deus nos fortaleça, em Cristo!

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Autor: Luciano Sena
Fonte: MCA - Ministério Cristão Apologético

quinta-feira, 19 de maio de 2016

VII ENCONTRO REGIONAL DE OBREIROS DA JUNTA DE MISSÕES NACIONAIS

Aconteceu na Primeira Igreja Presbiteriana do Recife  em maio de 2016 o VII Encontro Regional de Obreiros da JMN - Alagoas, Sudoeste da Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Parceria da JMN com a Primeira IP de Recife-PE.Segundo dia: Oficinas com os Reverendos: Sérgio Victalino, Wicleyber, Cláudio Henrique e Mariano. Atendimentos individuais. Finalizando o dia com um belo jantar no restaurante Atlântico. Benção! Terceiro dia. Benção!! PALESTRANTES DO DIA: Rev. Pedro Ferreira - CPSS -IPB, Presb. Josimar Guerra, Rev. Lutero Rocha, Presb. Wilson Durães, Dr. Severino Santos e Rev. Waldecy Santos. Além disso teve Bazar Missionário.










Fonte:Face do Pr. Marioano

A Babilônia é aqui!

Pressionado pela política das grandes nações. Ouvindo vozes de falsos profetas que repetem com convicção: “paz! paz!” Testemunhando governantes corruptos subirem ao trono um após outro. Sendo guiado por líderes que agem como pastores que destroem as ovelhas. Vendo os tesouros do templo serem levados por alianças espúrias com pretensos aliados. A fome acompanhando os mais pobres como uma companhia indesejada. Perdendo seus jovens e promissores profissionais para outros centros. Assistindo ao desaparecimento dos elementos estruturadores da sociedade: a terra, a cidade e o templo. Rechaçando os profetas e seus vaticínios como palavras de lunáticos radicais. Marchando em direção ao exílio onde permanecerá por setenta anos. 

Israel estava no exílio. O povo havia sido levado para a Babilônia, desterrado em virtude de seus contínuos pecados. Os mesmos profetas que haviam predito o exílio profetizaram o retorno. Ainda havia esperança.

Tempos de sofrimento eram também tempos de revisão de vida e redirecionamento de caminhada. 

Estamos no exílio. Sim, em pleno século 21, nós, brasileiros, estamos na Babilônia. A história de Israel revive em nossa história. Vivemos a consequência de nossos pecados individuais, coletivos, estruturais. Nossas lideranças políticas, com raras exceções, nos enganam, nos vendem, são falsos profetas de uma paz cada vez mais distante. Os donos do capital vendem e compram corrupção.

Os poderes que estruturam nossa nação estão tão destruídos como os muros de Jerusalém e as colunas do templo. Não sobrou tijolo sobre tijolo.

Nossos tesouros, nossos muitos tesouros têm sido entregues em negociatas combinadas nas sombras da noite e comemoradas sob a luz de gabinetes com carpetes ou em restaurantes luxuosos.

Nossos pobres, como sempre, choram e lamentam as dores do passado e a desesperança do futuro.

Os jovens talentosos de nosso povo têm sido levados por multinacionais e universidades de países ricos. Não querem mais viver aqui.

Ficamos calados, sem resposta, quando nossos filhos nos perguntam sobre o futuro.

Estamos na Babilônia! E, o que é pior, não há profetas para predizer o retorno à nossa terra. E aqueles que o fazem têm sotaque, cheiro e jeito de falsos profetas.

Estamos na Babilônia! Quando voltaremos para nosso querido Brasil? Quando os reis, os governantes, os poderosos permitirão que retornemos? Daqui a setenta anos? Quem nos dera termos um Jeremias que nos desse tal esperança!

Quando acabarão as mentiras, as corrupções, os desvios, os desmandos, os líderes enganadores? 

Quando voltaremos para o Brasil, meu Deus?

• João Leonel é graduado em Teologia e Letras. Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Doutor em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Pós-doutor em História da Leitura pela Universidade Nova de Lisboa, Portugal. Professor no Seminário Presbiteriano do Sul, Campinas (SP), e na graduação e pós-graduação em Letras, Universidade Presbiteriana Mackenzie, SP. Autor do e-book Perguntas de Quem Sofre.

Foto: Malina/Freeimages

Fonte:ultimatoonline - http://www.ultimato.com.br/conteudo/a-babilonia-e-aqui

Evangélicos que abusam de crianças

Lá longe, aqui perto, o problema está em todo lugar! É possível combater o abuso sexual de crianças perpetrado por pessoas envolvidas em ministério pastoral ou ministerial? Nós, evangélicos, acreditamos com facilidade nas denúncias de abusos cometidos por padres católicos que usam de sua posição de autoridade e confiança comunitária para comprar o silêncio de suas vítimas e perpetuar a situação abusiva. Será que tal comportamento é prerrogativa apenas dos religiosos não evangélicos? É evidente que não! Assim como é também evidente que algo mais preventivo precisa ser feito, como via de regra, em nossas comunidades de fé para proteger as crianças dos lobos que por aqui se vestirem de ovelhas!

A ABWE (Association of Baptists for World Evangelism), uma agência missionária norte-americana, acaba depublicar um relatório no qual ela admite que as alegações de assédio e abuso sexual de crianças que circularam por anos contra o missionário Donn Ketcham eram, de fato, verdadeiras. O missionário trabalhou como cirurgião em um hospital mantido pela missão no Bangladesh entre os anos 1961 e 1989. Sua vítimas incluem 4 mulheres e 18 crianças.

“Todo o remorso, culpa ou vergonha do mundo não seriam suficientes para reverter o sofrimento e dor que causamos,” afirmou Al Cockrell, presidente interino da ABWE, ao anunciar a publicação do relatório. “Nos dispomos a nos encontrar com as vítimas pessoalmente para expressar nosso pedido de perdão com um coração contrito; queremos custear o aconselhamento delas, e garantir para elas que estamos implementando as medidas necessárias para prevenir que comportamento tão deplorável venha a acontecer novamente.” 

As meninas, todas filhas de missionários da mesma missão, hoje já são mães e em alguns casos avós. Esperaram por décadas para que suas histórias fossem ouvidas e reconhecidas como verdadeiras. Este novo capítulo está sendo escrito pela ação cada vez mais insistente de alguns grupos de filhos de missionários, em sua maioria, egressos de internatos mantidos por agências missionárias nos países onde mantinham suas bases de operação. Wess Stafford, presidente emérito da Compassion International, compartilhou em 2010numa reportagem de capa da “Christianity Today” sobre os abusos sofridos quando criança e estudante de internato semelhante na África Ocidental. [leia aqui o testemunho de Wess em português]. No caso da ABWE, todas as crianças moravam com seus pais numa base missionária.

Uma outra agência missionária, a New Tribes Mission, com atuação global entre povos tribais, operou por várias décadas escolas para filhos de missionários norte-americanos em regime de internato. Como o trabalho que realizam é focado nas aldeias de povos indígenas onde não havia sequer a oferta de educação formal, sempre acharam justificável oferecer para seus filhos uma educação mais compatível com a que teriam nos Estados Unidos. Outras missões fizeram o mesmo, mas não com uma duração tão extensa transpondo várias gerações. Há casos de filhos de missionários egressos destas escolas que, hoje adultos,demandam o reconhecimento de que foram abusados ali e entendem que a agência missionária mantenedora é responsável em parte pelos abusos sofridos. Eles acreditam também que internatos onde as crianças são retiradas da família protetora para viverem segmentadas por idade, longe inclusive de seus irmãos, são ambientes propícios ao abuso. No Brasil, um destes internatos fechou, há vários anos, o outro continua em funcionamento.

O Brasil também está neste mapa. Em 2013, o missionário Warren Scott Kennel , 45, na época atuando como enviado da New Tribes Mission, que traduzia a Bíblia para a etnia Katukina no Norte do país, foi interceptado ao entrar no Aeroporto Internacional de Miami. A polícia aduaneira vasculhou seus pertences e encontrou em seu computador e pendrives mais de 940 imagens pornográficas envolvendo crianças. Em algumas delas Kennel era o próprio abusador. O missionário foi preso, respondeu processo e cumprirá 58 anos na cadeia por abuso sexual e participação na exploração sexual comercial de crianças.

Para qualquer líder de ministério ou agência missionária, este é o seu pior pesadelo! Muitos têm dificuldade em aceitar que seus próprios colegas possam ter uma vida dupla tão grotesca. E nós, cristãos em geral, temos dificuldade em não taxar o grupo todo como responsável pelas ações de uma pessoa, que oprimiu vidas inocentes anos a fio. É por isto que iniciativas como a da Junta de Missões Mundiais (JMM) da Convenção Batista Brasileira são tão relevantes e imprescindíveis. A junta publicou no ano passado suaPolítica de Proteção da Criança. Tais políticas são documentos que preconizam as ações com as quais todos em uma organização devem se comprometer para garantir a proteção de suas crianças. A recente publicação da política interna de proteção à criança da JMM é fruto de um trabalho sério de sua liderança que inclui prever ações que protejam as crianças que serão tocadas pela ação missionária em toda a sua rede. O manual aborda ações desde o recrutamento do candidato a missões até a sua manutenção no campo. A ideia é ajudar os missionários nos campos a agirem com mais clareza e rapidez quando suspeitam algum comportamento danoso de um colega ou associado e também formar nestes uma consciência de agentes de defesa das crianças em primeiro lugar, acima inclusive, da imagem de sua instituição.

Para os que ouvem estas coisas e imaginam que o problema é “norte-americano”, cabe uma pergunta: qual é a chance de um missionário brasileiro com o mesmo crime de Kennel, trabalhando no exterior, ser apreendido ao entrar no Brasil, ser encarcerado, julgado e condenado a 58 anos de prisão? Temos o mesmo problema, mas o grau de impunidade que reina no Brasil nos ajuda a negar a sua existência.

• Elsie Gilbert é jornalista e editora do blog da Rede Mãos Dadas.

Imagem: Freeimages.com

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Fonte:ultimatoonline -http://www.ultimato.com.br/conteudo/evangelicos-que-abusam-de-criancas

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Evangelho na Periferia – Princípio 2: Priorize o Ministério de Reconciliação

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O Ministério da Reconciliação
“Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus. Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Coríntios 5: 18-21)
Jesus está no negócio da reconciliação. Logo, a igreja deve, da mesma forma, estar no negócio da reconciliação. Nossa preocupação principal na periferia é ver pessoas reconciliadas com Deus. Isto está acima de todas as outras considerações ou necessidades (percebidas ou não). Sim, nós desejamos ver as pessoas conseguirem empregos, pagarem suas contas, endireitarem suas vidas, libertarem-se dos vícios (de todas as idolatrias na verdade) e uma multiplicidade de outras questões. Mas nós queremos proclamar as boas notícias do Evangelho de Jesus Cristo e ver as pessoas responderem com arrependimento e fé para o perdão dos seus pecados. Esqueça revitalização comunitária se primeiro não há reconciliação entre homens e mulheres pecadores e um Deus santo, justo, amoroso e irado.
A Reconciliação é necessária porque a relação deles com Deus está quebrada
Nós da 20schemes, obviamente, queremos desenvolver programas e projetos que sirvam a comunidade local e busquem melhorá-la para benefício de todos, seja ajudando com adolescentes nas ruas, ajudando nas comissões regionais, desenvolver programas de alcance da comunidade e uma série de outras coisas. Mas nós temos a certeza de que se não formos direcionados pela profunda necessidade de ver pessoas reconciliadas com Deus primeiro e acima de tudo, então vamos rapidamente perder o foco. As periferias estão cheias de gente quebrada. Derrubadas pela vida. Abatidas por uma falta de oportunidades. Abatidas pelo preconceito. Abatidas pela sua própria pecaminosidade inerente e sua preguiça. Abatidas por escolhas ruins. Mas nós sabemos que elas estão abatidas porque na raiz seu relacionamento com Deus está quebrado. Este pode não ser o problema mais evidente, mas se falharmos em apontar o evangelho para eles, então, eles nunca vão encontrar uma solução real e eficaz para todo o resto.
A Reconciliação é necessária porque a relação deles uns com os outros está quebrada
Brigas são comuns em algumas famílias em muitas periferias e têm sido assim por gerações. A reconciliação é necessária entre as pessoas em nível local. As igrejas podem ser modelo desta reconciliação ao ter pessoas diferentes e de classes sociais diferentes trabalhando juntas, guiadas pelo evangelho para o bem comum. Uma das perguntas mais comunsque me fazem sobre trabalhar na periferia é: “Você acha que uma pessoa de classe média pode fazer o que você faz aqui?”. Claro que a resposta é: “Sim e não”. Qualquer pessoa pode fazer o que eu faço aqui: amar as pessoas, tratá-las como iguais, buscar o bem delas, proclamar Cristo para eles e compartilhar a vida com eles. Não, em termos da conexão cultural natural e habilidade evangelística instintiva de contextualizar quando necessário.
O ponto é que não queremos uma igreja composta apenas de gente que faça como eu mais do que não queremos uma igreja composta apenas de pessoas da classe média. Nós queremos uma mistura, não queremos? Nós queremos que a igreja seja reflexo da cultura que nos rodeia. A periferia de Niddrie, por exemplo, não é só composta por parasitas e viciados em drogas. Existem também jovens profissionais e trabalhadores que desesperadamente precisam de Cristo. Ambos os lados desmerecem e suspeitam um do outro. A igreja local tem a chance de pintar um cenário contracultural por meio de sua vida e ministério juntos na comunidade. Devemos continuar trabalhando duro para que cultura da igreja seja modelo do que unidade e reconciliação são. Por exemplo, um “chá de mulheres” é um conceito estranho em Niddrie. É uma expressão de comunhão de classe média. Nós tivemos um aqui recentemente. O ponto chave foi que Miriam, minha esposa, certificou-se de convidar mulheres que nem sabiam o que isso significava. Então, dois grupos que normalmente não se misturariam se misturaram (em um nível pequeno). A questão agora é ver como ser recíproco para que a comunhão não seja dirigida por um grupo cultural em particular e que possa haver equilíbrio e reconhecimento de que uma maneira de expressar comunhão não é superior à outra. Em um nível micro, na comunidade, este é um retrato da reconciliação entre as pessoas (quer elas percebam ou não).
O alvo da reconciliação na comunidade neste nível é quebrar as barreiras da suspeita. Eu já perdi a conta do número de vezes que alguém da comunidade disse a respeito de outro na igreja o seguinte: “Na verdade ele/ela é legal. Eu achei que eles seriam uns &%)@¨#&$ metidos, mas eles são legais”. Ou, de forma recíproca: “Eu pensei que não saberia o que dizer a tal pessoa, mas ele/ela é na verdade muito esperto e faz perguntas inteligentes”. Por que a mudança de conceito? Porque os indivíduos atravessaram a barreira cultural e se engajaram em uma atividade fora da sua norma. Este tipo de comportamento conciliatório, então, se deve ter efeito duradouro, precisa ser uma via de mão dupla. Existe um enorme poder na reconciliação trazida a nós por meio do evangelho de Jesus Cristo. O testemunho de uma vida transformada após a devastação do pecado é uma ferramenta poderosa. Este poder é amplificado no nível comunitário à medida que eles veem reconciliação e barreiras derrubadas através da vida comunitária da igreja, juntamente com outras áreas do ministério. Claro que este é um grande tópico com muito a ser dito.
Em resumo, um dos pontos mais importantes no ministério do evangelho na periferia é se lembrar de sempre exaltar a reconciliação suprema ao proclamar a Palavra e ser modelo da mesma em nível micro nos relacionamentos com as pessoas. Nós somos embaixadores de Cristo, não de nossa classe social ou cultura. Estamos destacando a verdade e trabalhando juntos para mostrar com que isto se parece enquanto respeitamos nossas distinções na comunidade cristã e consideramos outros melhores do que nós.
Por: Mez McConnel . © 2013 20Schemes Original: The Keys to Breakthrough in the Housing Scheme (1)
Tradução: Fabio Luciano. Revisão: Yago Martins. © 2016 Ministério Fiel. Todos os direitos reservados. Website: MinisterioFiel.com.br. Original: Evangelho na Periferia – Princípio 2: Priorize o Ministério de Reconciliação.

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