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sexta-feira, 6 de maio de 2016

Acabei de assumir uma igreja morrendo… e agora?

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Muito dos erros que um pastor comete em uma igreja em dificuldades e precisando de revitalização acontecem devido a sua falta de conhecimento sobre o que fazer. A falta de uma reflexão clara sobre esse assunto faz com que o pastor dê ouvidos a todo tipo de orientação e reaja bruscamente ao que vê e ouve em sua igreja. Alguns dizem para mudar tudo imediatamente. Outros insistem que o pastor busque vida fora da igreja. Se um pastor não tem uma visão definida sobre o que fazer e uma ideia ainda mais clara do que não fazer, ele vai reagir e tomar decisões precipitadas baseadas na bagunça que ele encontrar.
Um pastor precisa ser treinado para não reagir tão precipitadamente em relação aos problemas e às bagunças que ele encontrar, mas ter um plano claro de como seu tempo deverá ser gasto durante os primeiros anos independente dos problemas que herdar. A melhor abordagem de um pastor quando chega a uma congregação disfuncional e morrendo é simplesmente ser um pastor para aquelas pessoas. É por essa razão que pastores precisam ser treinados nos aspectos práticos da teologia pastoral a fim de serem equipados para o trabalho do ministério.
Uma definição simples de teologia pastoral é a aplicação da teologia bíblica de forma pastoral com o propósito de cuidar do povo de Deus.
Ou seja, a teologia pastoral informa um pastor sobre as tarefas do dia-a-dia com o objetivo de servir ao povo de Deus. Essas tarefas incluem coisas como pregar, orar, visitar o doente, cuidar das viúvas, discipular, formar líderes, encorajar o fraco, celebrar casamentos e funerais, para destacar algumas.
A chave para aplicar a teologia pastoral na revitalização da igreja está centrada nestes dois princípios: as tarefas bíblicas do pastor para cuidar do rebanho. A ausência de teologia pastoral bíblica frequentemente resulta em pragmatismo. A ausência de um desejo intencional, sábio e criativo de ministrar ao povo de Deus e ir até o ponto onde estão pode criar o purismo. (Para ler mais acerca de pragmatismo e purismo, clique aqui).
Um pastor não deveria colocar sobre si a expectativa esmagadora de transformar a igreja em dezoito meses, mas deveria chegar com uma visão clara de qual é o seu chamado como pastor e fazer isso com todas as suas forças. Primeiro, e acima de tudo, prepare-se apenas para ser paciente e pastorear as almas das pessoas que estarão lá quando você chegar. Isso permite a um pastor fazer o que ele pode fazer e concede tempo para que Deus faça o que somente ele pode fazer.
Por: Brian Croft. © 2016 Practical Shepherding Original: I just arrived to pastor a dying church…now what?
Tradução: Fabio Luciano Revisão: Yago Martins. © 2016 Ministério Fiel. Todos os direitos reservados. Website: MinisterioFiel.com.br. Original: Acabei de assumir uma igreja morrendo… e agora?
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.
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quinta-feira, 5 de maio de 2016

MAIS UM CRISTÃO MORTO NA CONTA DE UM PAÍS SOCIALISTA





Segue a notícia do site Portas Abertas:

Agentes secretos norte-coreanos capturaram e mataram um pastor sino-coreano (quem nasce ou vive na fronteira da China com a Coreia) que vivia em Chiangbai, uma cidade no lado chinês da fronteira. Han era ativo em ajudar refugiados norte-coreanos, dando-lhes alimentos, medicamentos, roupas e outras necessidades básicas, quando fugiam da Coreia do Norte.

No último sábado (30), o pastor Han deixou sua casa logo após o meio-dia e deveria retornar antes das 17 horas. Como não voltou, uma grande busca foi organizada por parentes e membros da igreja que ele pastoreava. Por volta das 20 horas, seu corpo sem vida foi encontrado mutilado e com vários ferimentos. Pessoas que trabalharam com Han o descrevem como "extremamente apaixonado pelos norte-coreanos". Seu ministério foi marcado com um alto preço.

Em novembro de 2014, um diácono de sua igreja foi sequestrado e, desde então, nunca mais se ouviu falar dele. O pastor Han sabia que ele também era um alvo, mas continuou seu ministério.

Han tinha 49 anos, e deixou sua esposa e dois filhos, bem como três igrejas locais, com cerca de 600 membros, que ele ajudou a fundar e pastoreava.

Comentário do Púlpito Cristão:

E aqui existem cristãos que defendem os regimes socialistas. Esse tipo de defesa faz pouco caso de mortes como a do pastor Han e de tantos outros perseguidos, torturados e assassinados por regimes socialistas no decorrer da História. A Coréia do Norte lidera há alguns anos a lista de países que mais perseguem a Igreja do Senhor Jesus. 

Oremos pelos nossos irmãos que estão sofrendo na Coréia do Norte e em outros países em que não existe liberdade para que o Evangelho seja pregado. 

quarta-feira, 4 de maio de 2016

A família perfeita

image from google


Todo mundo gostaria de ter uma família perfeita, não é mesmo? Muitas vezes nós podemos pensar que nossa família parece meio louca, com manias que detestamos. É possível que olhemos para outras pessoas e pensar: “nossa... eles sim, veja como se portam! Queria que lá em casa fosse assim!”. A verdade é que é comum colocarmos em prática aquele velho ditado: “a grama do vizinho é mais verde!”.

Toda família tem seus problemas. Há sempre aquele irmão que adora fazer bagunça – principalmente os caçulas, creio eu. Brincadeiras à parte, cada núcleo familiar tem suas particularidades. Às vezes um costume que você detesta, outras pessoas têm cuidado excessivo. Quando se é uma família cristã, essas diferenças e peculiaridades não deixam de existir. Todavia, quando você é o único cristão em casa, isso pode se intensificar. Pense no seguinte: qual é maior a probabilidade de haver problemas: quando há princípios bíblicos ou quando a lei cultural vigente reina sem limites? É claro que isso não é regra. Uma família não cristã pode muito bem ser mais harmônica do que muitas famílias cristãs mundo a fora. Exemplo disso são pessoas que são extremamente dóceis na igreja mas, em casa, corra quem puder.

Há quem diga: como eu queria ter uma família como as reveladas na Bíblia! Me desculpe, mas discordo. Já ouvi um amigo comentar o que vou dizer agora – o que me dá o sentimento de não estar sozinho nessa ótica. Você gostaria de ser da família de Davi? Eu não. Um filho que se deita com uma meia-irmã e outro irmão o mata (2Sm 13.11-14; 13.23-36). Que tal da família de Jacó? Ora, o próprio Jacó passou a perna no irmão (Gn 25.29-34). E não para por aí: lembra do que aconteceu com José, filho de Jacó? Seus irmãos o jogaram em uma cisterna e, depois, o venderam como escravo (Gn 37.23-28). Que tal da família de Jesus? Os próprios irmãos de Cristo não criam nele (Jo 7.5). Tudo isso demonstrei querendo dizer que nenhuma família é perfeita, todas têm seus problemas.

Sobre a convivência familiar, Jim Britts cita algumas passagens bíblicas: Filipenses 2.3-4, Mateus 7.3-5, Romanos 12.18, Efésios 6.1-3.

Como em todo relacionamento, há parâmetros nos quais os cristãos devem procurar viver. Vejamos o que nos diz Filipenses 2.3-4:

Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.

Pois bem, aqui vemos o que o apóstolo nos diz quanto à nossa conduta. Será que na convivência do dia a dia nós nos portamos com humildade, espírito de auxílio, ou temos segundas intenções? Toda criança alguma vez na vida certamente já fez algo com vista a conseguir alguma coisa dos pais. Entre irmãos, então, isso acontece várias vezes – na semana, quando não no mesmo dia. O versículo 4 implica que precisamos ter em mente o princípio de propriedade. Da mesma forma que queremos conservar o que é nosso, precisamos respeitar o que é dos outros, e zelar por isso.


Mateus 7.3-5 fala sobre julgar. Precisamos ser cautelosos com isso. Quando falo sobre julgamento ou disciplina na igreja, sempre apelo aos irmãos que sejam amorosos. É claro que não devemos deixar de julgar por conta disso, mas fazê-lo com temor e cuidado. O que diferencia você de um cristão em pecado é o cuidado de Deus. Quem garante que amanhã você não fará o mesmo? Um adúltero pode ter dito que nunca faria isso, mas fez. Por isso, precisamos vigiar e estar em comunhão com Deus.

Romanos 12.18 nos diz para ter paz com todos. Isso implica em perdão. Ah, como isso é difícil. Sempre há um infeliz que tem prazer em pisar em nosso calo. Não é fácil. Todavia, lembre-se do sacrifício de Cristo. Mesmo quando ele estava sendo crucificado, ele pedia a Deus que perdoasse quem fez aquilo a ele. Tenha isso em mente. Esforce-se. Rogue ao Senhor forças para perdoar.

Efésios 6.1-3 nos fala sobre a conduta dos filhos para com os pais. Deus nos diz para que honremos nossos pais. Ele não diz: honre seu pai se ele for bonzinho e amoroso. Mas sim: honre seus pais. Isso é duro e difícil para nós, pecadores. Mas é o que devemos fazer. Peça ajuda do Senhor, e ele te ajudará.

Alguns núcleos familiares, porém, passam por problemas incomuns. Isso porque não acontecem com todos nós, mas em casos específicos. Problemas como esses são o divórcio, abuso. São dois temas que Jim Britts aborda falando sobre família. Divórcio e abuso são coisas condenadas por Deus. O casamento não foi criado para ser desfeito. Se alguém se casa pensando em se divorciar, já começou errado. O abuso, por sua vez, é algo inconcebível, mas acontece. Nesse caso, é preciso se atentar para o comportamento de pessoas que desconfiem passar por isso e, se detectar de algo, denuncie às autoridades e à Igreja, para que ambas tratem do caso. Uma pessoa que sofreu abuso deve procurar pessoas que a ajudem. Ficar em silêncio nunca vai ajudar. Quanto ao divórcio, se uma pessoa está sofrendo por causa da separação dos pais, ela deve procurar auxílio em Deus, nos amigos e em seu pastor. Se fechar em seus próprios sentimentos apenas vai alargar uma ferida dolorida, causando mais traumas.

Se sua família parece ter algo de errado, comece a observar as demais. Se for algo sério, procure auxílio. Peça ajuda a seus amigos mais próximos, aquela pessoa que você confia e sabe que com ela você pode contar. Não saia contando para meio mundo, sejam pessoas pagãs ou cristãs. Afinal, onde há ser humano, há erro e pecado. Portanto, seja cauteloso e procure ajuda o mais breve possível, além de, claro, contar com o auxílio de Deus e derramar suas angústias em oração e na busca do Senhor.

Que ele nos abençoe e nos capacite mais e mais, dia após dia, e que sejamos irmãos, pais, tios, primos e amigos melhores, com o auxílio do bondoso e misericordioso Deus.

***
Autor: Christofer F. O. Cruz
Fonte: Fidem et Rationem

terça-feira, 3 de maio de 2016

10 CARACTERÍSTICAS DO SR. CONTROLADOR




Por David Murray

Em qualquer discussão sobre abuso espiritual é importante distinguir entre autoridade e autoritarismo. Vamos começar com algumas definições amplas:

Autoridade é o uso lícito de autoridade lícita: Deus, a igreja, o estado ou uma empresa deram a alguém o direito de governar e guiar sua vida em certa área, e essa autoridade está sendo exercida nas áreas corretas do jeito certo.

Autoritarismo é o exercício de autoridade ilícita: é alguém que não recebeu autoridade sobre minha vida tentando governar e dirigir minha vida, ou alguém que tem autoridade em uma área limitada da minha vida tentando governar e dirigir outras partes ou cada parte da minha vida.

Autoritarismo também é o uso ilícito de autoridade lícita: Alguém que pega a autoridade que recebeu e abusa dela exercendo-a de maneiras que somente beneficia a ele e normalmente me atinge.

Definições nos ajudam um pouco, mas ilustrações nos levam além. Vamos observar algumas marcas do autoritarismo. Como ele se parece? Como eu o reconheço? Como eu sei se estou sendo autoritário ou apenas exercendo autoridade legítima? Como eu sei se estou sendo vítima do autoritarismo? Vamos ver se conseguimos construir uma descrição do “Sr. Controlador”.

  1. O Sr. Controlador tem fome de poder. Ele está sempre tentando ter mais controle sobre sua vida. Ele nunca está satisfeito em saber o que sabe sobre você, mas sempre quer saber mais. Ele nunca está contente com poder em uma ou duas áreas, mas quer poder em todas as áreas. Sua maior emoção é mandar em outras pessoas e torná-las subservientes.
  2. O Sr. Controlador nunca suspeita de que pode estar abusando do poder. Ele nunca diz: “por favor, me avise se você achar que estou passando dos meus limites”. Ele não identifica ou quase não percebe sua tendência de abusar do poder.
  3. O Sr. Controlador fica fácil e terrivelmente ofendido quando alguém questiona sua autoridade. “Como você ousa falar assim comigo!”, “Você sabe com quem está falando?”. Qualquer questionamento é visto como insubordinação, rebeldia, desrespeito, etc.
  4. O Sr. Controlador se enxerga mais como Rei que como servo. Ele raramente pensa ou pergunta: “Como posso servir você?”. Em vez disso, sua atitude mais comum é “como eu posso mandar em você?”. Seu alvo é ganhar mais controle, não oferecer mais ajuda. Ele empodera a si mesmo, e não os outros.
  5. O Sr. Controlador ameaça quando ameaçado. Quando sua autoridade é questionada ou desafiada, mesmo quando é feito de forma humilde e apropriada, ele adverte sobre as desagradáveis consequências para o questionador. Ele certamente nunca para para pensar: “eu me excedi em minha autoridade? Eu lidei com isso corretamente? Eu cometi um erro?”.
  6. O Sr. Controlador tem um longo registro. Sua posição de poder o permitiu construir um grande arquivo histórico de suas “vítimas”, o qual ele não hesita em usar (ou ameaça usar) quando necessário.
  7. O Sr. Controlador manda em vez de ensinar. Ele manda nas pessoas sem explicar por quê. “Apenas faça!”. Ele não gasta tempo ou se esforça para explicar seu jeito ou sua “liderança”. Ele prefere lei e sanção a ensinar, instruir e motivar. Ele teme que, se ensinar princípios e alvos, as pessoas poderão fazer as coisas sozinhas em vez de serem dependentes dele para tudo.
  8. O Sr. Controlador agarra-se ao poder. Diferente de líderes verdadeiros que amam treinar outros líderes e delegar poder a eles, ele se agarra ao poder e recusa-se a largá-lo. Afinal, obviamente ninguém é tão sábio e competente quanto ele.
  9. O Sr. Controlador odeia ser controlado. Geralmente, ele resiste a outra pessoa com autoridade sobre ele ou dizendo o que ele deveria ser ou fazer. Normalmente, ele é um crítico feroz de outras fontes de poder e autoridade ao seu redor. Ele pensa: “se conseguir enfraquecê-lo/a/os, eu me fortalecerei”.
  10. O Sr. Controlador não tem autocontrole. Essa é sua característica mais estranha. Você acharia que tamanho vício em controle produziria uma pessoa profundamente disciplinada. De forma alguma. Muitos controladores têm grandes déficits no quesito autocontrole. Talvez seja porque eles estão tão ocupados interferindo nas vidas dos outros que  negligenciam a sua própria. Talvez seja porque eles acham mais fácil dirigir e disciplinar outros. Eu não sei, mas preste atenção nisso. Por trás de muitas personalidades autoritárias há normalmente uma falta de autoridade bíblica, geralmente manifesta em moral deficiente ou temperamento ruim.

E lembre-se: há Sras. Controladoras também.

***
Traduzido por Josaías Jr no Reforma21

segunda-feira, 2 de maio de 2016

PERIGOS VIRTUAIS E FIDELIDADE NO CASAMENTO





Por Renata Veras

Todas nós temos um compromisso de fidelidade matrimonial firmado com nossos cônjuges, com Deus e até conosco mesmo. Não sonhamos, almejamos, planejamos, muito menos buscamos situações em que a nossa fidelidade e o nosso compromisso conjugal sejam colocados à prova (assim espero). Mas a verdade é que, durante a nossa vida de casada, situações como essas poderão nos procurar e bater à nossa porta. Uma coisa é fato e serve de alerta para todas nós: algumas das maiores intromissões de terceiros em casamentos se dão através da internet. 

Digo por experiência própria: não foram uma ou duas vezes que minha fidelidade e meu caráter foram provados através da internet nos primeiros anos de casada (agora que estou perto de completar 13 anos). As primeiras vezes em que isso me aconteceu confesso que não soube reagir muito bem cortando o papo logo de cara. Em todas as vezes a graça de Deus me protegeu, ou nem estaria aqui pra contar a história.

A inexperiência e as dificuldades inerentes ao casamento podem nos deixar vulneráveis e nos fazer ter uma postura inadequada e perigosa. A carência por causa de um marido muito ocupado ou mesmo a monotonia do casamento podem nos fazer abrir a guarda um pouco demais, dar muita trela e abrir brechas que não devem ser abertas. 

Pois bem, segundo a minha curta experiência, a conversa sempre segue um desenvolvimento pré-determinado antes da fundação do pecado. Primeiro o carinha fala que você continua linda (você já põe um sorriso numa metade do rosto... afinal, faz tempo que você não escuta um elogio vindo do sexo oposto – a não ser do seu pai e olhe lá!). Depois a criatura fala que nunca te esqueceu (neste ponto o sorriso já está de orelha a orelha... afinal, seu marido acabou de te esquecer no centro da cidade, saiu em disparada na sua frente e quando se lembrou já estava a 500 km de distância de você – ele na Praça do Ferreira e você ainda na Praça da Estação). Depois ele pede pra te ver. E depois... aí nem precisa ser muito esperta pra saber, né? A estratégia é sempre a mesma. É sempre assim. Parece que o inimigo não tem lá muita criatividade... e nem precisa, porque essa mesma formulazinha batida já foi e ainda é o suficiente para fazer muitos casais caírem.

De toda forma, aqui vão alguns conselhos valiosos, que podem ajudar bastante nas primeiras tentativas de ‘aproximação indevida’, evitando algumas dores de cabeça. Essas dicas estão embasadas em Provérbios capítulo 14, aquele mesmo que fala da Mulher Sábia que edifica a sua casa.


1. FUJA! Fuja de qualquer conversa mole, por mais que ela faça ‘cosquinha’ no seu ouvido e você a goste de ouvir. Por mais que você pense que é forte o suficiente. Por mais que você queira usar o clichê ‘ele é só um amigo’. Fugir - essa foi a estratégia de José... estratégia histórica, que ainda hoje é a melhor solução. A mulher sábia se DESVIA do mal, mas a tola vai em frente e quebra a cara (paráfrase minha mesmo).

Provérbios 14:12 – “Há caminho que parece certo ao homem, mas no final conduz à morte.”


2. Muito cuidado com a net, principalmente chats. Geralmente são nossos pontos vulneráveis. Através da tela do computador acabamos dando mais cabimento, falando mais, enfim, nos tornamos mais vulneráveis. Cuidado! Perigo à vista? Block nele!

Provérbios 14:15-16 – “O inexperiente acredita em qualquer coisa, mas o homem prudente vê bem onde pisa.”


3. Seja transparente! Compartilhe suas senhas de e-mail, facebook, celular... só por precaução. Aqui em casa é como se não existisse senha. Você pode tentar falar comigo no bate-papo e acabar falando com meu marido. Se alguém me mandar um e-mail romântico com cantadas ou algo do tipo também vai emocionar e tocar o coração do meu marido, que com certeza vai ver.

Provérbios 14:16 – “O sábio é cauteloso e evita o mal, mas o tolo é impetuoso e irresponsável.”


4. Seja ainda mais transparente! Um ‘abestado’ resolveu cantar você mesmo sabendo que você é casada? Mostra logo pro seu marido. Um amor do passado resolveu ressurgir das trevas e quer conversar com você? Não pense muito e conte logo pro seu marido.

Provérbios 14:1 – “A mulher sábia edifica a sua casa, mas com as próprias mãos a insensata derruba a sua.”


5. E o mais importante de TUDO, que foi o que me SALVOU quando não tive maturidade o suficiente para fazer logo todas essas coisas que citei acima: TEMA a Deus e esteja sempre aos pés Dele. O Senhor cuida dos seus, nos acode e nos livra de cair e de sermos envergonhados.

Provérbios 14:27 – “O temor do Senhor é fonte de vida, e afasta das armadilhas da morte.”


A Palavra de Deus nos diz que quem “comete adultério não tem juízo; todo aquele que assim procede a si mesmo se destrói” (Provérbios 6:32). Como mulheres que querem edificar suas casas, devemos buscar a sabedoria dos conselhos divinos para todas as áreas de nossa vida. A Palavra de Deus é viva e atual, apta para nos ajudar a viver a vida ‘de hoje’ com sabedoria e discernimento, temendo a Deus e nos desviando do mal inclusive na internet.

***

domingo, 1 de maio de 2016

VALDEMIRO LANÇA CAMPANHA DO DUPLO DÍZIMO PARA ALCANÇAR DUPLA HONRA

PARE, LEIA E PENSE!




Por Samuel Oliveira

O sensacionalismo do conhecido “apóstolo” Valdemiro Santiago parece não ter fim. O líder e fundador da Igreja Mundial do Reino de Deus utiliza o gênero do tele evangelismo para “angariar” fundos daqueles que, infelizmente, dão credibilidade as suas palavras carentes de embasamento bíblico.

A novidade de Valdemiro é a campanha “Mês de maio! O mês de sua vitória financeira”. Para quem não conhece, poderia até acreditar que a convite seria para uma palestra motivacional ou algum workshop para empresários desenvolverem técnicas empreendedoras revolucionárias, mas não. Tudo não se passa de uma técnica ilusória para enganar pessoas em desespero devido às crises da vida.

Durante o programa exibido durante o mês de abril, o cenário era montado “convidando” as pessoas a apresentarem seu dízimo em dobro no mês de maio. O chamado também se estendia para a participação do culto para receber “a unção com óleo da dupla honra no altar”.

Para aqueles que se chocam com essa atitude mercantilista do evangelho, saibam que esse tipo de apelo da Igreja Mundial já é bastante recorrente. No portal oficial da igreja é possível perceber as “jogadas” que induzem as pessoas a enxergar Deus como um ser de “trocas”. Por exemplo, para participar da campanha da “multiplicação” você deverá inicialmente fazer um “depósito de fé” na conta de Valdemiro de R$ 50,00. Em outra atividade “religiosa” surge “os 300 valentes de Gideão”, onde, incrivelmente para participar, é necessário adquiri um carnê.
A Igreja Mundial tem desenvolvido práticas heréticas e sem nenhum embasamento bíblico desde a sua fundação. Um exemplo registrado do “apóstolo” utilizando o meio das “recompensas” para atrair pessoas desesperadas pode ser acompanhada no vídeo abaixo:


Todavia, essa não é a postura de um líder segundo as Escrituras. Entre as características de um pastor listadas pelo apóstolo Paulo, está a não avareza (1 Tm 3:3). Além disso, a Bíblia também apresenta o dízimo como sendo apenas a décima parte da renda (Lv 27:30-34), que deve ser usada para mantimento da casa de Deus (Ml 3:10) – ou seja, para a manutenção do funcionamento da igreja, para o sustento (e não luxo) dos pastores (1 Co 9:13-14) e para o socorro dos necessitados (1 Co 16:1-3). Em nenhum momento, a contribuição financeira no ambiente da Igreja de Cristo é apresentada, na Bíblia, como um momento de barganha com Deus: é um sinal de agradecimento a Ele pelas provisões que Ele já concedeu.

***

sexta-feira, 29 de abril de 2016

A BÊNÇÃO DE TER UMA EXCELENTE ESPOSA


Por Steven Lawson

Poucas influências afetam o coração de um homem por Deus mais do que sua esposa, para melhor ou para pior. Ela incentivará sua devoção espiritual ao Senhor, ou ela vai impedi-la. Ela irá ampliar a sua paixão por Deus, ou ela irá jogar água fria sobre ela. Que tipo de mulher estimula o crescimento espiritual de seu marido? Provérbios 31: 10-31 fornece um perfil dessa mulher, que é digna de confiança do marido. Essa mulher é a personificação da verdadeira sabedoria de Deus, fazendo com que o marido possa confiar nela com plena confiança.

"Um excelente esposa quem pode encontrar? Ela é muito mais preciosa do que as joias "(v. 10). Como é difícil encontrar uma boa esposa. A palavra excelente (hayil) pode significar "força, capacidade, valor ou dignidade." Esta mulher exemplifica cada uma dessas qualidades, com grande competência, caráter nobre, e um forte compromisso para com Deus e sua família. Só o Senhor pode proporcionar uma tão excelente mulher: "Casa e riquezas são herdadas dos pais; mas a mulher prudente vem do Senhor" (Pv 19:14.). "Aquele que encontra uma esposa acha uma coisa boa e alcança o favor do Senhor" (18:22). Esta mulher virtuosa é um dom inestimável de Deus.

É de se admirar que "o coração do seu marido confia nela" (v. 11)? O marido tem confiança nela, porque "ela só lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida" (v. 12). Ela traz seus muitos pontos fortes para seu casamento, cada um especialmente adequado para complementar suas fragilidades. Seus presentes tornam-se imediatamente seus ganhos, e ela fornece tanto que leva o marido a confiar nela.

Seu Serviço

Em primeiro lugar, esta mulher extraordinária incansavelmente serve ao esposo. Não sentada de braços cruzados, ela ativamente "Busca lã e linho," em seguida, estende as "mãos dispostas" (v. 13) para girar fio e fazer o material. Ela é "como um navio mercante" (v. 14), procurando encontrar o melhor tecido, com o melhor preço, a fim de tomar as melhores roupas. Esta mulher altruísta "sobe enquanto ainda está escuro" (v. 15) para preparar a comida para sua família. Uma excelente gerente, ela supervisiona "suas criadas", como elas servem ao lado dela na casa.

Seu Sucesso

Em segundo lugar, esta mulher empreendedora exerce julgamento em suas muitas relações. Ela astuciosamente "considera um campo", então o compra. Lá, ela planta uma "vinha" (v. 16). Por sua (v. 17) “determinação "forte", ela ganha a renda disponível para sua família. Estes negócios são "rentáveis" (v. 18), fornecendo recursos adicionais para compartilhar com os outros. Ela trabalha bem de "noite" com a "roca" e o "fuso" (v. 19) para fazer roupas para sua família.

Seu Sacrifício

Em terceiro lugar, esta mulher diligente dá generosamente aos "pobres" e "necessitados" (v. 20). Conforme se aproxima o "inverno", ela também dá aos de sua família. Ela tem planejado com antecedência, fazer peças de vestuário "escarlate" (v. 21) para sua casa. Ela não poupa esforços ou custo em fornecer o melhor que pode. Depois de fornecer para outros, esta mulher trabalhadora faz "revestimentos de cama" e roupas "para si", com "linho fino e púrpura" (v. 22). Sua capacidade de dar roupas caras é uma clara evidência do favor de Deus sobre os seus trabalhos.

Sua Habilidade

Em quarto lugar, suas muitas virtudes reforçam a posição do marido nas "portas" (v. 23), onde os líderes da cidade se encontram. Com maior experiência e interesse, esta excelente esposa "faz", "vende" e "entrega" (v. 24) seus bens. Apesar de ser muito competente, ela não compete com a liderança de seu marido, mas a fortalece através de sua humilde submissão - e todos sabem disso.

Sua Força

Em quinto lugar, essa esposa estimada olha para o futuro com "força" interior e "dignidade" (v. 25). Embora ela anteveja muitos desafios, ela, no entanto, "sorri" (v. 25), com confiança positiva no cuidado providencial do Senhor. Ela está esperançosa de que a oferta do céu irá satisfazer sua família em necessidade. Como as pessoas procuram seu conselho, ela fala palavras de "sabedoria" e "bondade" (v. 26) a eles. Embora ocupada fora de casa, ela não de deixar de "sua casa" (v. 27).

Seu Domínio

Em sexto lugar, ela é uma mãe tão boa que seus filhos observam sua excelência, eles "a chamam bem-aventurada" (v. 28). O marido vê seus traços de caráter na criação dos filhos e "a elogia." Ele se gaba de que entre as mulheres, "[sua esposa] ultrapassa todas elas" (v. 29). A seus olhos, não há quem possa legitimamente reivindicar ser igual a ela.

Sua Espiritualidade

Em sétimo lugar, a verdadeira grandeza desta mulher está em sua devoção espiritual. Ela "teme o Senhor" (v. 30). "Charme" e "beleza" por si só são "enganosos" e "vãos". Sua verdadeira atração para ele é a sua reverência a Deus. Mesmo os líderes da cidade "elogiam-na" nas "portas" (v. 31), reconhecendo a integridade de sua vida. O marido dela a recompensa por sua fidelidade e diligencia. Ele é o mais abençoado dos homens.

É de se admirar que o marido confie nela? A realidade de Deus em sua vida torna-a digna de toda sua confiança. Por todas as estimativas, ela é "a coroa do seu marido" (12: 4). Só Deus pode proporcionar uma excelente companheira tal.

O Senhor deu-lhe uma excelente esposa? Você enxerga como ela é especificamente adequada para você? Você reconhece como ela aumentou a sua eficácia para o Senhor? Em seguida, dê graças a Deus por uma mulher em quem o seu coração confia.

***
Traduzido por Pedro Paulo, via Ligonier

O pecado do adultério segundo John Wenham, e do divórcio segundo eu

image from google


Li, nesta manhã, uma postagem no Facebook, atribuída a John Wenham[1], a qual copiei e colei abaixo. Após, uma pequena reflexão a partir do que o teólogo e pastor Wenham escreveu:
"Hoje em dia, consideramos o adultério como tão natural que deixamos de perceber quão distorcidos se tornaram os nossos valores. Quando um homem rouba um bem valioso de uma outra pessoa, a lei o trata com severidade. Mas quando um homem seduz e rouba a esposa de um outro homem e rouba dos filhos a mãe, provavelmente escapará de qualquer punição. Entretanto, em termos do mal provocado e da destruição da felicidade humana, o primeiro crime é insignificante em comparação com o segundo." - John Wenham

E, nessa linha de pensamento, incluo também o divórcio, pois praticamente ninguém se divorcia para ficar solteiro ou sozinha. Todos, em princípio, já têm um ou uma pretendente nova, se é que já não fez a ele ou ela um "juramento" de romper o seu casamento para viverem finalmente juntos e para sempre (a mesma promessa feita e não cumprida ao primeiro(a) cônjuge. 

O divórcio rouba dos filhos o pai e/ou a mãe, e, em muitos casos, até mesmo os dois; e dos maridos e esposas parte de si mesmo, como afirmou o Senhor Jesus:
"Ele respondeu: "Vocês não leram que, no princípio, o Criador 'os fez homem e mulher' e disse: 'Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne'? Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém separe" [Mt 19.4-6].

O problema é que muitos alegam não terem feito uma boa escolha, mas, quem garante que não o farão novamente? Se os critérios de escolha fossem a observância da palavra de Deus, em oração e prudência, e não meramente a carnalidade (podendo ser simplesmente o impulso carnal), muita coisa seria diferente; inclusive, o poder para suportarem-se mutuamente nas várias dificuldades que haveriam de surgir.

De outra maneira, há crentes que se aventuram a um risco desnecessário, como se dispusessem a participar de uma "roleta-russa", ao casarem-se com incrédulos apostando na possibilidade de Deus vir a convertê-los um dia [leia 1 Co 7.16]. Conheço o testemunho de muitos irmãos e irmãs que escolheram esse caminho errado e pagaram um preço alto, às vezes resultando no divórcio e em um lar desfeito, em filhos que rejeitam o Evangelho exatamente pelo mau testemunho dos pais divorciados, entre outros tantos problemas.[2] Eventualmente, Deus pode derramar a sua graça sobre o cônjuge incrédulo, convertendo-o, e pode valer a pena dizem, mas deixará para trás, quase sempre, um rastro de destruição e de incredulidade pelo caminho. Porém, não vale o perigo de ser a causa para o endurecimento ainda maior do coração incrédulo; e nada disso aconteceria se o cristão não se rebelasse contra Deus, não se dispusesse a ser independente ou autônomo, esperando que o Senhor "abençoasse" uma união biblicamente reprovável.

O adultério é apenas mais um pecado cometido pelo afastamento da vontade divina, a rebeldia que muitos dizem não ter mas têm-na dissimuladamente, uma forma de se omitir da responsabilidade, a principal causa e origem das outras péssimas escolhas que fazemos.[3]

Infelizmente, o padrão vigente em boa parte da igreja e em boa parte dos cristãos atualmente reflete a sua adequação ao "estilo secular e mundano de vida", e o desprezo a Deus e sua vontade expressamente revelada, a qual finge-se não ler, saber ou existir.

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Notas:
[1] Não duvido da autoria do texto, de que seja realmente de John Wenham, por conhecer e confiar em quem o citou, o Eric N. de Souza, autor do blog "Outdoor Teológico", apenas não a confirmei.
[2] Tratei da questão do casamento misto na postagem "Pode o Cristão se casar com uma incrédula?"
[3] É claro que, como calvinista, acredito que tudo, inclusive a rebeldia do homem, está dentro do decreto eterno de Deus, mas isso, de maneira alguma, eximi-nos da responsabilidade pelos nossos atos, logo, a desculpa de que Deus quis assim é apenas "furada", e coloca o seu proponente em mais uma categoria, a dos "infantes na fé", senão, dos cínicos. 

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Autor: Jorge Fernandes Isah
Fonte: Kálamos

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Ateísmo, Moralidade, Lei e Estado

image from google


O presente artigo faz parte do livro “Cristianismo e Estado”, de Rousas John Rushdoony, a ser publicado em breve pela Editora Monergismo. Tradução de Fabrício Tavares de Moraes, co-editor do blog Bereianos.


ATEÍSMO, MORALIDADE, LEI E ESTADO

A ascensão do antinomianismo nas fileiras da igreja possibilitou a ascensão do estado humanista. Visto que toda moralidade e lei se assentam sobre premissas religiosas, para a igreja, o colapso da aplicação universal da lei de Deus resultou na sua total irrelevância nas questões de ordem social; na negação do poder soberano de Deus sobre todas as instâncias, incluindo a lei e o estado; e, por fim, no recuo para o politeísmo prático. Nos Estados Unidos, 50 milhões de membros de igrejas evangélicas que deveriam ser defensores dos direitos reais do Senhor sobre o governo civil são completamente indiferentes à realeza de Cristo. Por conseguinte, o governo civil espelha antes os princípios do ateísmo do que os da fé bíblica.

Ora, tanto os evangélicos quantos os modernistas colaboram na afirmação do antinomianismo. Andrew Jackson Young, no período em que atuou como embaixador dos Estados Unidos nas Nações Unidas, expressou, numa entrevista, a seguinte “confissão de fé”:
“Para mim, a moralidade é raciocinar claramente através das alternativas e assim fazer uma decisão que é a melhor para o maior número de pessoas... Aprendi minha política externa nas aulas de teologia, e não na igreja. Eu estava lendo Reinhold Niebuhr, Paul Tilich, Dietrich Bonhoeffer... Meu entendimento acerca de Jesus Cristo é que Ele veio para cumprir a lei. E tu estás a falar com base na lei moral, na qual eu não creio.”

Ora, somos salvos pela graça de Deus na e por meio da expiação de Cristo; todavia, não somos salvos a fim de sermos desregrados, mas, sim, fiéis à retidão ou justiça de Deus tal como estabelecidas em Sua lei. A lei é, pois, nosso meio de santificação.


As raízes históricas do humanismo se estendem nas profundezas da história; na verdade, sua primeira declaração se encontra em Gênesis 3:5 – cada homem como seu próprio deus, conhecendo ou determinando o bem e o mal para si mesmo. O ateísmo é um desenvolvimento lógico e tardio na história do humanismo. Embora tenha sido uma tendência um tanto vaga na história ocidental, foi somente no século XIX, ou nos fins do século XVIII, que se tornou um movimento aberto e manifesto.

Foi em Ludwig Feuerbach (1804-1872) que o ateísmo encontrou seu filósofo e sua clássica expressão. Ora, Feuerbach considerava a ideia de Deus como uma objetificação das ideias e ideais humanos. Destarte, para ele, a ideia de Deus era um produto da experiência humana. Aquilo que o homem diz acerca de Deus revela aquilo que sente com relação a si próprio; desse modo, quando a teologia afirma: “Deus é amor”, tudo que temos aqui é uma revelação de quão importante é o amor para o ser humano. Portanto, para Feuerbach, todas as afirmações teológicas eram manifestações psicológicas. Para Karl Marx, valendo-se de Feuerbach, as afirmações teológicas eram expressões da mitologia exploradora das classes dominantes, de maneira que, segundo seu entendimento, a religião era o ópio do povo.

Para os philosophes franceses, a crítica da religião era o ponto de partida da filosofia. O homem autônomo somente poderia ser livre com a morte de Deus. Bakunin, o anarquista, defendia: “Se há um Deus, o homem é um escravo; todavia, o homem é livre, portanto, não há Deus”. Partindo da premissa da inexistência de Deus e da autonomia e liberdade do homem, Feuerbach reduziu a ideia de Deus à experiência humana. Tal redução colocou a psicologia humana na linha de frente, como se fosse a chave interpretativa da vida; e, com Freud, por seu turno, a psicologia substituiu a filosofia e a religião como força cultural central.  

Com o ateísmo, a lógica do humanismo veio claramente à tona. Benjamim Franklin foi um dos primeiros defensores da moralidade humanista; seu famoso provérbio, “a honestidade é a melhor política”, sumariza essa nova fé. Assim, a honestidade agora se assenta não no mandamento divino, mas na utilidade humana. O fator chave é a melhor política; para Franklin, a honestidade, de fato, era a melhor política, mas para Nietzsche, todavia, a desonestidade veio substituí-la como uma forma moral, isto é, como a melhor política. O resultado foi o triunfo das leis humanistas, que assumiram o lugar da lei de Deus, e a ascensão das razões de estado como a base lógica da lei. O estado moderno legisla, atua e planeja como se não existisse Deus; sua premissa básica e implícita é que Deus e o cristianismo estão ambos mortos. 

Como resultado, temos, então, um novo estabelecimento da religião que subjaz à lei, a saber, o estado humanista e ateísta. Ao mesmo tempo, o ateísmo como força organizada retrocedeu[1], visto que seu êxito estonteante tornou desnecessária qualquer causa ateísta formal. Suas premissas fazem parte agora da igreja, do estado e da escola.

A era vitoriana rompeu com o cristianismo, embora dissimuladamente demonstrasse respeito a ele mediante a observância superficial das formas morais. Seus objetivos religiosos eram helenistas, e sua pátria espiritual era antes a Grécia e Atenas antigas do que Israel e Jerusalém. Desde então, paulatinamente, as formas superficiais de cristianismo também foram desaparecendo, até que, conforme MacIntyre assinalou, “chegasse ao ponto no qual a física e a política – usando aqui ambos os termos no seu sentido mais lato – definissem um mundo no qual não há lugar algum para o teísmo”. O homem autônomo agora cria suas próprias leis; declara sua liberdade com relação a Deus, bem como sua liberdade em aceitá-Lo ou rejeitá-Lo. A ênfase arminiana no livre-arbítrio apoia e coexiste pacificamente com o ateísmo. Citando MacIntyre novamente:
Mas caso se exclua a possibilidade de opção por crenças em verdades de tipo factual, segue-se que é impossível que tal crença excluída tenha, como seu objeto, verdades de tipo factual. Consequentemente, se a moderna teologia cristã considera a crença cristã como uma dessas crenças que não são passíveis de opção, por conseguinte, as verdades da ortodoxia cristã devem ser tomadas como algo outro que não do tipo factual.

Os líderes eclesiásticos paulatinamente diluíram o conteúdo do cristianismo, de maneira que é justo afirmar que, “cada vez menos, os teístas estão oferecendo aos ateus algo em que não acreditar”.

Nos dias atuais, a lei tem sido divorciada de Deus, tornando-se, assim, essencialmente ateísta; afinal, ela pressupõe um homem soberano, e não o Deus soberano. Por meio de sua aceitação da lei não-bíblica contemporânea, os ministros cristãos têm assentido ao ateísmo como religião da sociedade. O resultado disto é o desaparecimento virtual do ateísmo como um movimento organizado, visto que nossas igrejas antinomianas advogam precisamente aquilo que o ateísmo se esforçou por implantar, isto é, a substituição da lei bíblica teocrática pela lei estadista-humanista. O ateísmo no século XX conquistou a igreja, o estado e a escola – sua visão de uma ordem social despojada da lei de Deus foi, afinal, concretizada.

Entretanto, o fato mais lastimável de tudo isto é que o antinomianismo pietista foi o maior aliado do ateísmo. Os teólogos da igreja despojaram o mundo da glória e governo de Deus. Frequentemente tais homens me dizem que a ideia de um estado cristão é teológica e escatologicamente impossível. Na “era do Evangelho”, afirmam eles, o mundo está sob o domínio de Satanás. Conforme Arend J. ten Pas demonstra, em The Lordship of Christ [O senhorio de Cristo], trata-se de uma escola de pensamento a qual nega que, nesta era, Cristo possa ser Senhor, ou sequer ser assim chamado.

Nossa atual dificuldade se encontra em desenvolvimento há três séculos, de modo que não desaparecerá da noite para o dia. Ora, há, no pensamento contemporâneo, uma perniciosa falácia que nos foi legada pela Grécia, nomeadamente, o conceito do deus ex machina, isto é, o deus proveniente de máquina. Para os gregos antigos, o universo gerou a si próprio a partir do caos. Os deuses, portanto, não controlavam todas as coisas, mas eram eles próprios governados pelo destino. Como seres superiores, os deuses poderiam, no máximo, interromper por vezes a história e, fora de contexto, resgatar os homens e causas. Destarte, Páris foi arrebatado da morte certa no campo de batalha, sendo transladado para o quarto de Helena e, desse modo, para um encontro mais feliz. Não raro os cristãos anseiam por um resgate semelhante, o qual faz violência ao universo e história providenciais de Deus. Ora, nas Escrituras, não há conflito entre o sobrenatural e o natural, posto que ambos são criação de Deus. Seu modo de atuação com relação a nós, com a história, e com todas as demais coisas se dá geralmente como ensinado em Isaías 28:10: “Preceito sobre preceito, preceito e mais preceito; regra sobre regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali”. Neste universo de Deus, as paredes são erguidas a partir de sua fundação. Esperar algo diferente é pecado.

Os humanistas, nossos gregos modernos, também sustentam o conceito deus ex machina[2], mas destituído de deuses. Para esses pensadores, a intervenção súbita e salvífica na história se dá por parte do homem, o que significa por meio da revolução. Para Karl Marx, a revolução é o deus grego cuja intervenção ex machina na história corrigirá todos os erros. Os resultados dessa fé foram a servidão e a morte, e não a salvação.

Vários líderes eclesiásticos compartilham dessa fé. Eles estão inclinados a pensar em resistência armada quando nem sequer trabalharam com base na lei de Deus, nem se valeram dos meios legais que lhes estão disponíveis. Com efeito, Deus não honra esse atalho humanista.  

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Notas:
[1] É necessário ter em mente o momento histórico no qual Rushdoony teceu essas conclusões. Afinal, diferentemente de seu diagnóstico da situação, atualmente nos deparamos com o chamado “Ateísmo Militante” ou “Neoateísmo”, um movimento cujas raízes e motivações são antes de natureza emocional (ou política) do que necessariamente intelectual. As obras de críticos da religião como Sam Harris, Richard Dawkins, Christopher Hitchens e Daniel Dennett (os chamados “Quatro Cavaleiros do Apocalipse”) são extremamente populares, não obstante, com exceção talvez de Dennett, não existir nelas quase nenhum embasamento filosófico ou teológico sólido. É interessante notar que tais pensadores e suas críticas receberam atenção no contexto cultural e midiático mundial especialmente a partir dos atentados terroristas do 11 de setembro de 2011, os quais, conforme sabemos, foram levados a cabo por razões geopolíticas e principalmente religiosas. Destarte, a religião passou desde então a ser ojerizada e considerada, especialmente pelo meio acadêmico científico, como um elemento essencialmente causador de distúrbios, violência e conflito. Para uma crítica e refutação desses autores, ver: A morte da razão, de Ravi Zacharias; A verdade sobre o cristianismo, de Dinesh D’Souza; Progresso e Religião, de Christopher Dawson; e O livro que fez o seu mundo, de Vishal Mangalwadi (Nota do Tradutor).
[2] Deus ex machina, ou deus proveniente de máquina, era um recurso utilizado pelos dramaturgos gregos, especialmente nas tragédias, a fim de proporcionar o desenlace de uma situação que havia se enredado a tal ponto, que nenhuma solução ou alternativa possível (tomando em consideração a estrutura narrativa interna) se lhe apresentava. Destarte, quando destes nós narrativos indesatáveis, os dramaturgos, mediante máquinas e engrenagens, literalmente faziam descer ao palco uma figura representando alguma divindade, a qual, imediata e prontamente, resolvia todos os conflitos de modo maneira miraculosa. Aristóteles, em sua Poética, critica a utilização desse recurso, visto que não somente rompe com o princípio da verossimilhança, mas também demonstra a precariedade da técnica narrativa do autor: “Tanto nos caracteres como na estrutura dos acontecimentos, deve-se procurar sempre ou o necessário ou o verosímil de maneira que uma personagem diga ou faça o que é necessário ou verossímil e que uma coisa aconteça depois de outra, de acordo com a necessidade ou a verossimilhança. É claro que o desenlace dos enredos deve resultar do próprio enredo e não de uma intervenção ex machina, como na Medeia ou como na Ilíada na altura do embarque” (ARISTÓTELES, 2008, p. 68). Ana Maria Valente, em seu comentário ao trecho acima, explica: “A expressão consagrada ex machina resulta do uso de uma espécie de plataforma (mechane) para pôr em cena uma divindade (ou mais), geralmente para anunciar a resolução do conflito e inaugurar um culto. Na tragédia de Eurípides, aqui citada, é Medeia que, não obstante ter acabado de sacrificar os próprios filhos, aparece no carro do Sol (ou Hélios, pai de seu pai), com os cadáveres dos filhos, dizendo que nele irá para a terra de Erecteu, defendendo-se assim de mãos inimigas. Agindo como um deus ex machina, anuncia ainda a instituição do culto dos filhos em Corinto. Quanto à Miada (11.110-206), trata-se de uma situação diversa: quando os soldados se preparavam para a retirada a que Agamémnon os incitara, apenas para os pôr à prova, Atena inspira a Ulisses um discurso que os leva a perseverar no cerco de Tróia” (nota de rodapé 76). Edição consultada: ARISTÓTELES. Poética. 3.ed. Tradução e notas Ana Maria Valente. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2008. No presente caso, Rushdoony critica a esperança pietista que, em vez de se lançarem num esforço produtivo e bíblico em prol da verdade e da manifestação do Reino de Deus, espera, de maneira ociosa e ingênua, uma intervenção divina direta, que ignora a ação providencial de Deus no cosmo (Nota do Tradutor).

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Autor: Rousas John Rushdoony
Fonte: Christianity and the State
Tradução: Fabrício Tavares de Moraes
Divulgação: Bereianos

terça-feira, 26 de abril de 2016

Os 10 acontecimentos de perseguição que marcaram 2015 – 4ª Parte

7 – “Cowboys” muçulmanos do jihad atacam cristãos na Nigéria
Rev. Caleb Ahima, presidente da Igreja Reformada Cristã de Cristo na Nigéria. (Morning Star News)
Rev. Caleb Ahima, presidente da Igreja Reformada Cristã de Cristo na Nigéria. (Morning Star News)
Líderes cristãos informaram sobre o assassinato de cristãos cometidos por criadores de gado na região central da Nigéria. Esses homens são parte de uma unidade jihadista que tenta assumir recursos econômicos do local e dispersar a população historicamente cristã. Em alguns casos, particularmente no estado de Kaduna, os cowboys estavam trabalhando em conjunto com grupos extremistas islâmicos. Em 22 de agosto, os irmãos Ushahemba Kumashenge e Sughter Kumashenge foram assassinados na vila Kortse, área do governo local de Gassol, estado de Taraba. Esse foi um dos muitos ataques nos estados de Kaduna, Nasarawa e Benue só em 2015. O Rev. Caleb Ahema, presidente da Christian Reformed Church of Nigeria (CRCN), descreveu os ataques como um genocídio planejado contra os cristãos.
Afirmando que nenhuma autoridade tem demonstrado qualquer interesse nos ataques contra cristãos no estado de Kaduna, que começou a acelerar em 2011, Danjuma La’ah, senador, pediu que o novo governo federal de Muhammadu Buhari tome medidas imediatas. “A maneira pela qual nosso povo está sendo morto e a impunidade para com os assassinos está semelhante aos governos anteriores”, diz  La’ah. “Estamos pedindo que o governo federal tenha  Kaduna como uma das áreas que necessita de resposta urgente e imediata de segurança”.
De acordo com um relatório feito pela Rede de Análise de Conflito e Segurança Análise  da Nigéria (NCSAN) para grupo de apoio cristão Open Doors, os estados vizinhos de Kaduna, Taraba, Benue e Nasarawa são comparativamente ricos em recursos ambientais e têm atraído a migração de muçulmanos criadores de gado e outros muçulmanos. Comparando a violência nessas áreas com a do grupo extremista islâmico Boko Haram no nordeste, a NCSAN informou que os ataques nos do sul foram baseados não só na busca de recursos ambientais, mas foram “intrinsecamente inspirados pela ideologia islâmica radical. É um princípio que divide o mundo em islâmico e não islâmico, e a obrigação de assegurar que o mundo não islâmico deve se voltar ao islã”.
Duas pessoas deslocadas de Gwnatu, estado de Kaduna, disseram que os fazendeiros muçulmanos Fulani estavam usando conflitos sobre recursos ambientais para realizar uma cruzada islâmica para intimidar e matar cristãos, de acordo com o relatório, “Migração e violento conflito em sociedades divididas: Boko Haram sem violência contra cristãos na região de Middle Belt da Nigéria”.
“Um dos homens que perderam seus dois filhos no conflito violento, culpou o estado nigeriano por fazer vista grossa aos excessos do Hausa-Fulani “, relatou a NCSAN. “Ele perguntou por que os Fulanis estão autorizados a possuir armas sofisticadas, enquanto outras etnias são constantemente perseguidas e presos por agentes de segurança por possuir armas semelhantes. Segundo ele, essa atitude da polícia só pode ser vista como um apoio à impunidade dos nômades muçulmanos Hausa-Fulani”.
A esmagadora maioria das vítimas das disputas de propriedade é entre cristãos e tribos étnicas muçulmanas, de acordo com o relatório. No estado de Taraba, 70% das vítimas do Boko Haram era cristã. No estado de Benue, 88% eram cristãos. No estado de Nasarawa, os números eram de 75%.
John Danfulani, um líder cristão do estado de Kaduna do sul, disse que desde 2011 os ataques de muçulmanos Fulani já mataram 614 cristãos da região, cerca de 1.200 foram feridos e mil casas de cristãos foram destruídas. Os cristãos no sul de Kaduna “estão sendo aniquilados com impunidade, e os números de vítimas aumentam a cada ataque”, disse Danfulani. “Tudo aponta para o fato de que nosso povo está sendo usado ​​como bodes expiatórios”.

08 – Atentados contra Igrejas no Paquistão
 Mulheres cristãs lamentam um parente morto no Paquistão (M. Ali)

Mulheres cristãs lamentam um parente morto no Paquistão (M. Ali)
Ataques com armas e bombas mortais contra duas igrejas em Lahore, em 15 de março, inflamaram as tensões entre muçulmanos e cristãos, especialmente devido a morte de dois muçulmanos decorrentes aos ataques. Pelo menos 17 pessoas, incluindo dois policiais, morreram nesse dia. As ações aconteceram nas proximidades de Youhanabad de Lahore, onde ficam as Igrejas Christ Church Youhanabad e Igreja de São João. Em 16 de março, muitos cristãos foram às ruas para protestar contra os ataques. Muitos muçulmanos não aceitaram o protesto pacífico, invadindo a passeata com violência. Um jovem cristão foi morte e outros 15 ficaram feridos. A tensão iniciada em Lahore se espalhou por outras  partes do país.
Nos ataques de março, dois jovens suicidas se explodiram, um em cada igreja, quando os cultos terminaram. Poderia ter sido pior, mas seguranças voluntários conseguiram impedir os jovens de entrar no centro das igrejas, sacrificando as próprias vidas para proteger cerca de 2 mil pessoas. Ainda assim, os ataques que ocorreram num intervalo de cinco minutos, matou 16 pessoas, incluindo dois policiais mobilizados para a segurança da igreja. No dia seguinte, um cristão gravemente ferido morreu em um hospital, elevando o número de mortos para 17. O grupo terrorista taleban Jamaatul Ahrar,  reivindicou os a responsabilidade pelos ataque.
No dia seguinte, milhares de cristãos foram para as ruas de Youhanabad e em outras cidades do país, incluindo Faisalabad, Gujranwala, Sialkot e Multan, para protestar contra os ataques. Eles culparam a polícia local pela negligência e pediram para que fossem enviados mais oficiais para a região com cerca de 100 mil cristãos.

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