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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O velho namorado fala de namoro

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Por Rev. Wadislau Martins Gomes


Você conhece aquela do cachorro que corria atrás de carros e que, um dia, conseguindo pegar um, não sabia o que fazer com ele? A coisa do namoro vai por aí. Há quem realmente deseje “encontrar um amor” e nesse sentido, o namoro é um processo de conhecimento mútuo dos enamorados. A Bíblia não menciona a palavra “namoro” no sentido de oficialização de um pacto, mas descreve a ideia de atração e compromisso afetuoso entre um homem e uma mulher, como no caso de Jacó e Raquel (“Assim, por amor a Raquel, serviu Jacó sete anos; e estes lhe pareceram como poucos dias, pelo muito que a amava” – Gênesis 29.20). No entanto, há quem queira namorar – uma ânsia de afeto, de proximidade bem natural –, mas não sabe com quem. De fato, esse tipo de pessoa quer namorar o “namoro”, isto é, sentir o gelo na espinha, a borboleta no estômago, ou ter com o que desfilar por aí, ou, ainda, achar oportunidade para “umas carnalidades” consentidas. Nisso é que dá correr atrás de namoro sem saber o que fazer com ele. Nesse caso, o alvo de namorar vem primeiro, como um culto a um ídolo desconhecido, que depois leva a cara das pessoas que “cabem” no andor.

Aí é que se adéqua minha versão do ditado: devagar com o santo que o andor é de barro. Primeiro deveria vir o encontro de pessoas, depois o desejo de namorar. Mas como o nosso coração prefere mais sentir ânsias de paixão a viver anseios de amor, a gente acaba pondo o andor do namoro no lugar do santo. Tal como tem de existir água antes que haja o desejo de nadar, assim também deveria haver alguém que despertasse o desejo de “namorar”. Como consequência dessa inversão, ocorre um tríplice engano. Primeiro quem põe à frente o alvo de namorar antes conhecer a pessoa objeto do encontro, tem de criar uma imagem dela, até mesmo para que a possa reconhecer, acaba criando a cara do santo à sua própria semelhança e torna o encontro que deveria ser gracioso em uma transação egoísta. Segundo, para que possa vir antes do encontro, o namoro (que deveria ser um termo descritivo da arte desse encontro especial) vira substantivo, quer dizer, torna-se um termo designativo de uma instituição, como pequeno noivado ou casamento. Terceiro, nessa condição, o namoro é assumido como um ídolo com poderes para satisfazer as necessidades dos pares e, consequentemente, torna-se um encontro por necessidade e não por expressão de amor. Em vez de ser um encontro que promova o bem do outro, vira um encontro para derivação de “benefício” próprio (“Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros” – Filipenses 2.4-5).

O namoro cristão – no sentido de um período de atração e de conhecimento mútuo entre um homem e uma mulher com vistas a um compromisso de amor – é uma relação entre irmãos com o propósito de agradar a Deus por meio do conhecimento da vontade de Deus caracterizado pela devida santidade. Paulo, instruindo os tessalonicenses sobre essa matéria, diz: “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra” (ver 1Ts 4.3-4; ver vv 1-9). A palavra “possuir” (gr., ktaomai) tem o sentido de “adquirir”, “obter uma esposa”, e a expressão “próprio corpo” (gr., skeuos, vaso) tem o sentido de “implemento”, que lembra o texto de Efésios 5.31: “Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne”. Nessa linha de pensamento, Paulo realça que o empenho de buscar o “par de vaso” implica em um relacionamento entre irmãos. Assim, namoro deveria ser um relacionamento entre irmãos com vistas a uma união íntima. Essa união íntima exige o conhecimento de Deus em santidade de vida e o conhecimento mútuo dos envolvidos com base no conhecimento da vontade de Deus e no exercício da pureza do amor.

Do jeito que as coisas estão, hoje, o namoro dispensa o conhecimento da vontade de Deus e opta pela busca experimental do “par de vaso” por meio de uma intimidade exacerbada e não própria de irmãos. A jovem ou o jovem “namora” um, depois outro, e outro, até se esgotarem as possibilidades na igreja ou ao redor. Um dia, aparece uma cara nova e, no dia seguinte, os namorados dão-se e exigem todos os direitos de uma falsa intimidade – em nome do amor! Falsa, digo, porque não há intimidade sem conhecimento. Na verdade, toda intimidade sem conhecimento é abuso e violência. Não é fato que todos somos pudicos por natureza? Somos protetores de nossa intimidade assim como jogadores de futebol que, na barreira para um chute a gol, protegem “a cara”? Não é apenas que a menina e o menino foram socialmente condicionados a proteger a intimidade talvez por causa de expressões como: “Só a mamãe pode lavar aí até que você aprenda a se lavar” ou “Tira a mão daí, menino; tá com coceira?” Sobretudo, isso é porque Deus disse que as partes mais honradas foram estrategicamente protegidas por fortes partes do corpo (ver 1Coríntios 12.22-14). É verdadeiro também que as meninas crescem dotadas de um senso de sua missão de mulher, tanto como ninho da humanidade quanto de espelho da glória de Deus, refletindo ao homem a dependência que essa humanidade tem em relação à providência de Deus. E os meninos, da mesma forma, crescem dotados de um senso de sua missão masculina de refletir a glória de Deus tanto na proteção do ninho quando na honra a Deus, refletindo a imagem de Deus na vida da mulher. Tudo isso, como Paulo disse, com um propósito maior: “Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne” (Efésios 5.31).

Agora, um dia, vem o completo desconhecido, cheio de beiço e com quatro mãos, murmurando amores e gabando-se de virtudes protetoras, tais como: “Deixa comigo” e “Confia em mim”, e a mocinha tímida ou atrevida, sedenta de experiências de alguma forma de amor – e, no dia seguinte, são os mais íntimos da vida. Nem pai nem mãe nem irmãos sabem mais ou querem mais. Contudo, ocorre que, uma vez que, sem conhecimento e compromisso, intimidade é abuso e violência, os namorados enfrentam um dilema: amar a Deus e ao próximo ou negar o amor a Deus e “fazer” amor com o próximo? Isso é assim porque a intimidade antes de o compromisso com Deus ser selado no compromisso com o “par de vaso” é, de fato, defraude, como disse Paulo: “e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão” (1Ts 4.6).

Poderá ser que ela pense: “Se eu não ceder, perco a oportunidade” ou “o corpo é meu, faço o que quero”. E poderá ser que ele pense: “Se eu não aproveitar, outro aproveita” ou “Se eu não for afoito o que é que vão (ou ela vai) dizer de mim?” O fato é que, ele e ela estarão se rebaixando e rebaixando um ao outro, de um grau de dignidade que Deus deu a todos os homens como parte da graça comum, pois todos temos consciência do bem e mal (ver Romanos 2, esp. vv 14-21).

Seja um namoro consequente ou inconsequente, os resultados virão. No caso de um namoro inconsequente (como a saída do moço arguido pelo pai da moça, se estava namorando a filha pra casar ou pra que é, respondeu: “Pra que é”), lembre-se de que os namorados sempre preparam o marido ou a esposa de outro irmão ou irmã em Cristo, e o defraude, guardando culpa e medo, diminuirá as possibilidades de futuros relacionamentos bem sucedidos. No caso de um namoro que acabe em casamento, o defraude gerará culpa e ciúme. A qualquer hora ele se perguntará se o chefe, colega ou amigo da esposa terá mais “lábia” do que ele; ou ela se perguntará se a secretária, amiga ou o que for do marido será mais atraente do que ela. Certamente, para os consequentes, haverá sempre a esperança firme de redenção por meio do arrependimento e da confissão, em Cristo Jesus. Para os inconsequentes, ainda que prevaleça a redenção, a restauração será sempre mais difícil e dolorosa.

O namoro, em moldes bíblicos, portanto, é oportunidade para uma amizade fraterna que visa o conhecimento de Deus e propicia o conhecimento próprio e o conhecimento mútuo. Isso implica a orientação da Palavra de Deus:

Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo; pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado. Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos firme, até ao fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos (Hebreus 3:12-14).

Uma boa regra para o namoro será: lembre-se de que o beijo cala a boca. Por isso, fale, converse, instrua, aconselhe. Permita que o conhecimento em Cristo seja a intimidade que oriente a maravilha do caminho “do homem com a donzela” (Provérbios 30.19). Conheça a história do coração (memórias) do irmão ou irmã, mas conheça com discernimento, lembrando coisas que transmitam graça, não murmuração, amarguras, maledicências, impurezas e impudicícias. Dignifique o irmão ou irmã com a dignidade de servos de Cristo.

Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai (Colossenses 3.16-17).

Bom namoro!

Wadislau Martins Gomes

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Fonte: coramdeo
Via Bereianos

Evangelismo não é: centralizado no homem (3/3)

NaoCentralizadoHomem

Nessa série de textos retirados do livro “Deliberadamente Igreja” (Editora Fiel), iremos analisar mais de perto o que é e o que não é o evangelismo:

Centralize-se em Deus

Algumas estratégias de evangelização procuram tornar o evangelho mais atraente aos incrédulos por apresentar todos os benefícios e deixar o custo para depois. Eles prometem que você experimentará mais satisfação, menos estresse, um melhor senso de comunidade e um senso crescente de significado na vida — e estará preparado para a eternidade! — se apenas fizer a decisão por Cristo agora mesmo. Todas essas coisas podem estar bem próximas do ouvinte incrédulo. Mas, o que essa “evangelização be- néfica” faz com o evangelho bíblico? Faz que o evangelho bíblico pareça concentrar-se em mim, em melhorar a minha vida e tornar-me mais feliz. É verdade que somos os beneficiários e Deus, o benfeitor. Não somos aque- les que “fazem um favor a Deus”, por tornarmo-nos cristãos. Contudo, o evangelho não se concentra em mim. O evangelho é Deus revelando a sua santidade e misericórdia soberana. O evangelho é a glória de Deus e sua obra de reunir adoradores para Si mesmo, pessoas que O adorarão em espírito e em verdade. O evangelho se focaliza na satisfação da santidade de Deus, por fazer Cristo morrer em favor dos pecados de todos os que se arrependem e crêem. A essência do evangelho é Deus criando um nome para Si, por reunir um povo e separá-lo para Si mesmo, a fim de espalhar sua fama entre as nações.
A “evangelização benéfica” enche nossas igrejas com pessoas que são ensinadas a esperar que tudo ocorrerá como elas querem, tão-somente por- que se tornaram cristãs. Mas Jesus prometeu perseguição para aqueles que O seguem; Ele não prometeu privilégios mundanos (Jo 15.18-16.4; cf. 2Tm 3.12). Queremos edificar igrejas e cristãos que perseveram em meio à afli- ção, que estão dispostos a sofrer, serem perseguidos e morrerem por causa do evangelho de Cristo, porque valorizam a glória de Deus mais do que os benefícios temporais da conversão. Não queremos que as pessoas se tornem cristãs porque isso lhes reduzirá o estresse. Desejamos que se tornem cristãs porque sabem que precisam se arrepender de seus pecados, crer em Jesus Cristo, tomar com alegria a sua cruz e segui-Lo para a glória de Deus.
Há realmente benefícios maravilhosos na vida cristã. No entanto, ser teocêntrico na evangelização, focalizando menos os benefícios temporais e mais o caráter e o plano de Deus, contribui para que mais cristãos estejam dispostos a sofrer e mais igrejas sejam motivadas pela glória de Deus.

Texto retirado do livro Deliberadamente Igreja, do capítulo 3 “Evangelização com Responsabilidade“, trecho “Centralize-se em Deus” (Pg 69 e 70).
Copyrigh © Editora FIEL
Autores: Mark Dever e Paul Alexander
Do original: “The Deliberate Church” (Pg 54 a 57).
Tradução: Francisco Wellington Ferreira

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

ADOÇÃO*

Por Edson Matias Cabral*

     
Definição- O ato de adoção é a conclusão de qualquer ação pela qual uma pessoa, em geral um filho, é levado a um novo relacionamento familiar, no qual tem novos privilégios e responsabilidades como membro da família e ao mesmo tempo perde todos os direitos prévios e é despojado de todas as obrigações préviasde sua família anterior.(H. Leitch, In: Enciclopédia da Bíblia, p.98).

 Utilização no Antigo Testamento- No Antigo Testamento não era considerada pela lei o conceito, muito menos conhecida o termo, pois não havia a necessidade, pois a lei do levirato e a poligamia supria anecessidade de herdeiros, mas há registros de adoção, Ex: Moisés pela princesa Egípcia (Êx 2.10), possivelmente Genubate (1º Rs 11.20), e Ester por Mordecai (Et 2.7,15),É interessante notar que todos esses casos ocorreram fora da Palestina e fora das operações normais da lei Mosaica (H. Leitch, In: Enciclopédia da Bíblia, p.99). Também podemos perceber que os judeus não se referiam a Deus como Pai de forma particular, mas sim de forma coletiva, “Deus é Pai de Israel” não de um israelita em particular, “os judeus podiam dirigir-se a Deus, liturgicamente, como “Iaba'” (‘abi’)(“Meu Pai); mas nunca empregava a forma familiar “ba'” (´ab) (grego: abba) (abba), que soaria desrespeitoso.(Maia, p.18), pois a expressão tem um sentido de papai algo que denota grande intimidade pessoal, e uma grande comunhão com o Senhor, esse foi um dos motivos que despertou a ira dos judeus (Jo 5.18).

Contexto histórico-Na sociedade grega e romana, a adoção era, pelo menos entre as classes superiores, uma prática relativamente comum,na Grécia a ação de adotar dava para aquele que era adotado uma liberdade, principalmente quando ele eraescravo adquira o status de membro da família, que era movida por várias motivos tau como afeição, falta de descendentes, religiosas, que era feito por meio de um testamento, no modo romano “ o relacionamento entre pai e filho era mais severo e mais coeso, devido ao entendimento da autoridade paterna (patriapotestas)” (H. Leitch, In: Enciclopédia da Bíblia, p.99), essa autoridade dava ao pai plenos poderes sobre a vida do filho ao ponto de poder vende-lo ou até mesmo mata-lo se achar conveniente.

Utilização por Paulo- Paulo usa o termo grego “huiothesia” no sentido de “adoção... em Paulo, como nas fontes extra bíblicas contemporâneas, “huitothesia” sempre indica o processo ou o estado de ser adotado(s) como filho(s)(in: Dicionário de Paulo e suas cartas, p.31). Paulo conhecia bem os sistemas de adoção do mundo antigo em especial os Gregos e Romanos, como nos afirma H. Leitch “até onde podemos inferir, ele não tinha em mente nenhuma forma de adoção em particular. Achou oportuna a ideia romana da patriapotestas quando estava enfatizando o livramento, do homem, da escravidão do pecado, a ideia grega era análoga à ênfase dos relacionamentos e dons da filiação; assim, temos a libertação dos débitos e a liberdade dos filhos.” (in: Enciclopédia da Bíblia, p.99).Estudo de caso-Vamos passar agora para analise dos textos bíblicos que tratam do assunto, que são: Gl 4.5; Ef 1.5; Rm 8.15, 23, perceba que são todos de cartas do apostolo Paulo já que ele é o único escritor bíblico que utiliza o termo “adoção” com conotação soteriologica, mostrando uma mudança de situação do individuo que é adotado por Deus. Gl 4:5 ​para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos.
Paulo insere a “adoção” em meio a sua argumentação sobre a redenção, isso mostra que adoção tem um caráter rendentivo na vida daquele que foi adotado, não só judeus, (Paulo chega a argumentar que a adoção pertence aos Judeus; Rm 9.4), “... não há artigo em grego antes de “lei”, de modo que a obra redentora de Cristo vai além do povo judaico, fator este naturalmente integrante à teologias de Paulo.” (GUTHRIE, p.144) que gloriosa é a graça de Deus, pois muda completamente nossa situação “trata-se de uma transformação notável de categoria: da escravidão para a filiação.” (GUTHRIE, p.145).Rm 8:15 ​Porque não recebestes o espírito de escravidão,para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito G4151 de adoção, G5206 baseados no qual clamamos:Aba,Pai. Paulo contrata o Espírito de adoção com espírito de escravidão, devemos entender Espírito de adoção referindo-se ao Espírito Santo, pois é Ele que age de forma misteriosa no interior do ser humano a ponto do crente em alta voz clamar Aba, Pai, mudando totalmente sua disposição diante de Deus, e espírito de escravidão como: “... não mais são oprimidos com aquele medo que os dominava quando estavam ainda vivendo no paganismo ou no judaísmo, com sua ênfase em todas as normas que guardavam a fim de serem salvos(HENDRIKSEN, p.327)Rm 8:23 ​Então somente ela, mas também nós,que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo. Há uma ideia futura de adoção nas palavras de Hendriksen “mas, em outro sentido, estão ainda aguardando pela exibição pública de sua condição como filhos de Deus (p. 343), mostrando uma dimensão futura de nossa adoção. Ef 1:5 ​nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, Paulo aqui mostra que a nossa adoção não foi algo planejado de ultima hora, mas foi desde a eternidade passada e muito menos meritória, pois foi de sua livre e boa vontade. O foco desse trecho é a nossa salvação no qual Calvino identifica 3 causas: A causa eficiente é o beneplácito da vontade de Deus; A causa material é Cristo; A causa final é o louvor de sua graça.(p.20).

Adoção nos símbolos de fé de Westminster - Confissão de Fé CAPÍTULO XII - DA ADOÇÃO I. Todos os que são justificados é Deus servido, em seu único Filho Jesus Cristo e por ele, fazer participantes da graça da adoção. Por essa graça eles são recebidos no número dos filhos de Deus e gozam a liberdade e privilégios deles; têm sobre si o nome deles, recebem o Espírito de adoção, têm acesso com confiança ao trono da graça e são habilitados, a clamar "Abba, Pai"; são tratados com comiseração, protegidos, providos e por ele corrigidos, como por um pai; nunca, porém, abandonados, mas selados para o dia de redenção, e herdam as promessas, como herdeiros da eterna salvação. Catecismo Maior pergunta 74: O que é adoção?R. Adoção é um ato da livre graça de Deus, em seu único Filho Jesus Cristo e por amor dEle, pelo qual todos os que são justificados são recebidos no número dos filhos de Deus, trazem o seu nome, recebem o Espírito do Filho, estão sob o seu cuidado e dispensações paternais, são admitidos a todas as liberdades e privilégios dos filhos de Deus, feitos herdeiros de todas as promessas e co-herdeiros com Cristo na glória.Breve Catecismo 34 Que é adoção? R. Adoção é um ato de livre graça de Deus, pelo qual somos recebidos no número dos filhos de Deus, e temos direito a todos os seus privilégios.
Conclusão - Em suma, há nas cartas paulinas um pano de fundo judaico/veterotestamentário coerente e específico de “adoção como filhos” (huiothesia): a palavra ocorre quatro vezes no sentido de adoção esperada pela tradição de 2º Samuel 7,14 (cf 2ºCo 6,18) e isso em um aspecto presente (Gl 4,5; Rm 6,18) ou futuro (Rm 8,23; Ef 1,5).(J M. Scott, in: Dicionário de Paulo e suas cartas, p.33). Essa é uma doutrina que nos mostra o grande amor de Deus, que nos resgatou e nos deu uma nova família, uma nova vida e a certeza de que somos filhos seus.


* esse artigo não tem a pretensão de ser exaustivos, mas apenas informar, escreverei mais sobre o assunto.


Bibliografia
CALVINO, João. Efésios. São Paulo: Editora Fiel, s/d, 161p.
COSTA, Herminster Maia Pereira da.O Pai nosso. São Paulo: Cultura Cristã, 2001, 319p.
GUTHRIE, Donald. Gálatas, introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2006, 208p.
HAWTHORNE, Gerald F; MARTIN Ralph P; REID, Donald G. (Orgs).Dicionário de Paulo e suas cartas, 2ª edição, São Paulo: Vida Nova; Paulus, Edição Loyola, 2008, 1285p.
TENNY, Merriel C.(org). Enciclopédia da Bíblia, Vol:1. São Paulo: Cultura Cristã, 2008, 1319p.

* O autor é membro da IP Filadélfia-Garanhuns-PE, missionário  e aspirante ao ministério pelo Presbitério de Garanhuns.

400 mortos durante conflitos armados de cristãos e muçulmanos


ONU pode intervir após cristãos reagirem a massacre iniciado por muçulmanos
por Jarbas Aragão

400 mortos durante conflitos armados de cristãos e muçulmanos400 mortos durante conflitos armados de cristãos e muçulmanos
Um mês atrás, a ONU alertou que a República Centro-Africana (RCA) é literalmente “um país sem lei”. O embaixador francês na ONU, Gerard Araud, denunciou: “Cresce a cada dia a violência no país. Os muçulmanos atacaram e massacraram igrejas e cristãos. Agora, estão surgindo milícias cristãs dispostas a enfrentar com armas os muçulmanos”.
Oficialmente, a ex-colônia francesa tem 66% de cristãos e 17% de muçulmanos. Mesmo sendo minoria, os muçulmanos querem instituir a sharia, e o conflito político se transformou em uma verdadeira guerra religiosa.
A crise começou desde que a coalizão rebelde Seleka, islâmica, depôs o presidente François Bozizé, em março. Pela primeira vez na história do país, um presidente muçulmano governa a maioria cristã. Com medo de um massacre, surgiram milícias de autodefesa cristãs “Anti-Balaka”, que apoiam o presidente deposto.
Desde a quinta-feira passada, ocorre uma onda de violência no país, que deixou até o momento cerca de 400 pessoas mortas na capital, Bangui, segundo a Cruz Vermelha. O representante do Unicef no país, Souleymane Diabaté explica que até agora já são 480.000 refugiados em todo o país, pouco mais de 10% da população do país.
“Nós assistimos neste momento a deslocamentos em massa de uma população composta majoritariamente de crianças, mulheres e de pessoas vulneráveis que não têm nada. Esses deslocamentos ficaram mais acentuados depois dos últimos ataques a Bangui e a Bossangoa”, acrescentou.
A maioria são cristãos que fogem dos grupos extremistas muçulmanos. Execuções públicas têm deixado dezenas de cadáveres empilhados nas ruas. É possível ver pessoas andando armadas com arco-e-flechas e facões. Daniel Bekele, diretor da Human Rights Watch na África afirma que o Seleka recruta “crianças a partir dos 13 anos para realizar parte destes ataques”.
A França, país que colonizou a RCA, enviou mais de 1.600 soldados ao país, em um esforço para tentar minimizar uma situação que o ministro das Relações Exteriores francês classificou como “um país à beira do genocídio”.
Até o momento não existem informações detalhadas sobre as mortes, mas há indícios que os combatentes cristãos fizeram ataques como represália a vários bairros de maioria muçulmana. As forças muçulmanas, por sua vez, estão envolvidas em execuções sumárias, incluindo casas queimadas e igrejas saqueadas.  Estariam, inclusive, invadindo hospitais e retirando os feridos nos confrontos para serem mortos em público.
O pastor Nicholas Guerékoyamé, presidente da Aliança das Igrejas Evangélicas da República Centro-Africana vem condenando a violência e pede: “Nós clamamos a todas as comunidades da República Centro-Africana a não cederem às tentações da divisão religiosa”.
A República Centro-Africana é um dos países mais pobres do mundo, tem sido assolado há décadas por golpes e rebeliões. Desde março, quando ocorreu o golpe de Estado, as forças rebeldes são acusadas ​​de dezenas de atrocidades, incluindo amarrar pessoas e jogá-los de pontes para se afogarem até queima de aldeias inteiras. Embora os muçulmanos neguem, o golpe além do aspecto político tem um forte aspecto religioso. A ONU observa o conflito atentamente e não descarta uma intervenção militar. Com informações Al Jazeera, CBN e Correio Braziliense.
Fonte:gospelprime

Nós podemos julgar a moralidade de Deus?

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Por James R. White


O debate entre monergistas e sinergistas tem de ser lutado mais uma vez em cada geração, pois não há nada mais oposto à exaltação inerente do homem de seus próprios poderes da vontade do que o reconhecimento da liberdade soberana da graça. Enquanto nós podemos, e fazemos, nos beneficiar muito dos esforços daqueles que foram antes de nós, o fato que permanece é que cada geração de crentes enfrenta essa questão e deve vir aos apertos com as ramificações das respostas dadas.

Quando Roger Olson anunciou que ele estava lançando um livro, parte de um contra-ponto de dois livros com Michael Horton, intitulado contra o calvinismo, havia esperança para algo que poderia comprometer a força real da teologia reformada a clara e consistente exegese do texto bíblico que o “jovem, agitado e reformado” tem descoberto tão convincente. Mas mesmo antes do seu lançamento, o Dr. Olson deu clara indicação de que seu foco não era ser exegético. Em vez disso, como o livro fundamentou, seu argumento pode ser sumarizado com bastante facilidade: o Deus do calvinismo é um “monstro moral”, e os calvinistas simplesmente precisam pensar em suas crenças o bastante para ver o que Olson tem sido capaz de ver.

Há duas razões primárias porque eu acredito que a abordagem do Dr. Olson terá de pouco a nenhum impacto sobre os crentes calvinistas como eu, mesmo pessoas que não nasceram e se desenvolveram em uma tradição reformada e por isso não mantém seus pontos de vista fora de um compromisso com a tradição. Primeiro é a ausência de força exegética por trás da apresentação de Olson, e o segundo é o fundamento auto-professado de Olson por fazer a “grande decisão” quanto à bondade e a soberania de Deus. Eu comentarei brevemente sobre o primeiro e focarei no segundo.

Não há argumentação a ser feita contra a afirmação de que a escola de pensamento da reforma tem produzido uma quantidade monumental de material exegético. Sua profundidade e amplitude são, simplesmente, surpreendentes. Mas o Dr. Olson escolheu focar unicamente em alguns representantes modernos, e propositalmente evitar outros (eu mesmo entre outros) “no princípio”. Isto resultou em uma apresentação profundamente enviesada que não se comprometeu com respostas exegéticas a textos chaves como 1 Timóteo 2.4, um texto repetidamente usado como uma proteção do seu argumento. Olson foi tão longe a ponto de insistir que a linguagem original do texto “não pode ser interpretada de qualquer outra maneira do que se referindo a cada pessoa sem limite” (uma afirmação muito facilmente refutada, mas que Olson não ofereceu nenhuma evidência ou autoridade). Neste nível, a apresentação de Olson deixou muito a desejar.

Mas o mais importante foi a fundamental conclusão tirada de suas próprias palavras: realmente não importaria mesmo se estes textos consistentemente atestassem ao que os calvinistas acreditam. Dr. Olson não adoraria este Deus de nenhuma maneira, não importa o que a Bíblia diz sobre o assunto. Como ele expressou de si mesmo (p.85 ênfase original):

Um dia, no fim de uma sessão de aula sobre as doutrinas da soberania de Deus do calvinismo, me fez uma pergunta que eu tive que parar de levar em consideração. Ele perguntou: “se fosse revelado a você de uma forma que você não pudesse questionar ou negar que o Deus verdadeiro na verdade é como o calvinismo diz e os preceitos como o calvinismo afirma você ainda o adoraria?” Eu sabia que a única resposta possível sem um momento de reflexão, embora eu soubesse que isto chocaria muitas pessoas. Eu disse não, que eu não o adoraria porque eu não podia. Tal Deus seria um monstro moral. É claro, eu tenho consciência de que os calvinistas não pensam que os seus pontos de vista da soberania de Deus fazem dele um monstro moral, mas eu posso simplesmente concluir que eles não têm pensado nisso através de sua conclusão lógica ou mesmo levado suficientemente a sério as coisas que dizem sobre Deus e o mal e o sofrimento inocente no mundo.

Este parágrafo me paralisou e assim tem sido a experiência da maioria dos outros leitores reformados. É incrível que Dr. Olson acredita que ele tem sondado as profundidades da teologia reformada ao mais profundo nível do que fez Calvino, Beza, Zanchius, Turretini, Owen, Edwards, Warfield ou Hodge. Mas o mais marcante foi a ousadia da postura de Olson. A pergunta do estudante foi clara, e Olson enfatiza seu ponto. A questão se reduz a se Olson, confrontado com a clara revelação de que os calvinistas estão certos, e Deus existe, e age como os calvinistas dizem que ele faz, adoraria aquele “Deus calvinista” ou não. Sua resposta é clara: ele não adoraria. Tal Deus seria um “monstro moral.” Este é o cerne de rejeição de Olson da posição reformada, e isso é algo que ele tem afirmado em seu diálogo com Michael Horton que aconteceu em Southern California seguindo o lançamento do seu livro. A mais alta autoridade para Roger Olson na questão de determinar a natureza de Deus não é a revelação da escritura, é seu próprio entendimento do que deve constituir a “bondade”.

É aqui que o crente reformado convicto deve romper com Roger Olson. É uma separação fundamental que vai ao mais profundo nível do que a acusação de Olson de “seu Deus é um monstro moral.” Isto vai a se nós, como criaturas, temos o direito de estabelecer padrões que determinam o que é aceitável e inaceitável para Deus. A revelação de Deus de sua própria natureza e ações no universo determina a verdade sobre o Deus que nós adoramos, ou nós colocamos os limites do que será “aceitável” para nós antes de nós estarmos dispostos para se render a adoração? Arão ficou em silêncio diante de Deus quando Deus destruiu os seus filhos (Lv 10). Jó aprendeu que o homem não tem direito de questionar a Deus e estabelecer padrões fora de sua revelação (Jó 40.3-5).

As objeções de Roger Olson a bondade de Deus á luz de seu decreto soberano tem sido respondido, a um mais profundo nível do que ele parece estar ciente, muitas vezes. Mas é sua afirmação fundamental que ele estabelecerá um padrão pelo qual Deus deve ser julgado que é mais preocupante. Ele deveria se lembrar das palavras de Dn 4.34-35 de um rei pagão que ao receber de volta a sua razão e mente sã proferiu estas palavras:

Mas ao fim daqueles dias eu, Nabucodonozor, levantei ao céu os meus olhos, e voltou a mim o meu entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre; porque o seu domínio é um domínio sempiterno, e o seu reino é de geração em geração.
E todos os moradores da terra são reputados em nada; e segundo a sua vontade ele opera no exército do céu e entre os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?

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- Sobre o autor: James White é Pastor da Igreja Batista Reformada em Phoenix/Arizona,  diretor do Alpha e Ômega Ministries, um importante ministério de Apologética Cristã. É autor de mais de vinte livros, professor e um debatedor talentoso.

Tradução: Francisco Alison Silva Aquino
Divulgação: Bereianos
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Nota conjunta sobre Plano Nacional da Educação que está em discussão no Senado Federal

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Por Rev. Mauro Meister


Com relatoria do Senador Álvaro Dias, o Projeto de Lei PLC 103/2012, que trata do PNE, deverá ser votado pelo plenário do Senado Federal esta semana, no dia 11. E atendendo o pedido de apoio jurídico feito por várias associações educacionais, escolas e universidades cristãs do Brasil, a Associação Nacional de Juristas Evangélicos, conjuntamente com essas instituições, posiciona-se acerca do Plano Nacional de Educação (PNE) e do que pode ser acrescentado ao plano em 2014 durante a Conferência Nacional de Educação (CONAE). AECEP (Associação de Escolas Cristãs de Educação por Princípios)ABIEE (Associação Brasileira de Instituições Educacionais Evangélicas), e ACSI – Brasil (Associação Internacional de Escolas Cristãs) assinam o documento.

Segundo a Nota, o PLC que será votado na próxima quarta-feira no Senado Federal, “ainda que não contemple questões essenciais do processo educacional de crianças e adolescentes, ao não priorizar, por exemplo, os saberes e habilidades fundamentais ao desenvolvimento cognitivo e intelectual”, por outro lado, “contempla reivindicações importantes e atuais de universidades, escolas, igrejas, famílias e pais de alunos que têm recorrentemente se insurgido contra ondas autoritárias no nosso País que visam, declaradamente, à desconstrução dos valores judaico-cristãos da nossa sociedade”.

O documento expõe à sociedade brasileira e aos Poderes Públicos da República Federativa do Brasil posições e preocupações acerca do PLC 103/2012, especialmente, no que concerne à tentativa dos movimentos sociais LGBTT inserirem, via MEC, conteúdos nos livros didáticos dirigidos a desconstruir os valores cristãos de crianças e adolescentes do nosso País.

Acesse aqui o hotsite da campanha, leia a nota completa, baixe o PDF, ore pela educação em nosso país e promova a Educação Escolar Cristã em sua igreja!

Sobre o tema, veja a bibliografia aqui no tempora!

Leia o excelente livro de Solano Portela: O que estão ensinando aos nossos filhos, Editora Fiel.

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Guerra na Síria pode acabar com o aramaico, língua falada por Jesus


Os cristãos que conservavam o idioma estão fugindo da aldeia com medo dos extremistas que lutam contra o regime de Bashar AL-Assad.
por Leiliane Roberta Lopes

Guerra na Síria pode acabar com o aramaico, língua falada por JesusGuerra na Síria pode acabar com o aramaico
A vila síria de Maaloula é um dos únicos lugares do mundo que mantém vivo o aramaico, a língua falada por Jesus Cristo. Mas diante da guerra civil e do caos instalado no país, os cristãos que vivem na aldeia se mudaram para Damasco colocando em risco não só a língua, mas toda uma cultura.
A Unesco está preocupada com o fim do idioma e já havia criado um programa para preservá-lo como explica a síria Najwa Safar Seif, que mora no Brasil.
“A língua é falada em Maaloula. Não é escrita. O governo havia criado um programa em parceria com a Unesco para preservar o idioma por meio de aulas e estudos. Agora não sei o que vai acontecer”, disse ela.
Os cristãos estão fugindo dos extremistas islâmicos que lutam contra o regime de Bashar al-Assad. A guerra já entra em seu terceiro ano e não há sinais de trégua. “Os cristãos não temem cidadãos muçulmanos, mas extremistas de vários países que se uniram aos rebeldes na luta contra o governo”, explica o jornalista libanês que está refugiado em Damasco.
Ele diz que há muitos muçulmanos nas aldeias vizinhas que estão acolhendo os cristãos que estão fugindo de Maaloula.
Mas esse cenário de solidariedade contrasta com a morte de cristãos, considerados apoiadores de al-Assad, recentemente três jovens cristãos foram assassinatos e na segunda-feira (2) 12 freiras que lideravam um orfanato em Maaloula e as crianças foram sequestradas.
O grupo Frente al-Nursa – ligado à rede terrorista al-Qaeda – está por trás dos assassinatos e do sequestro. “A cidade é cercada por rochas e possui apenas duas entradas. Uma delas estava bloqueada pelo Exército sírio. Um insurgente explodiu a barreira com um carro-bomba, e dezenas de militantes entraram na vila, atacando, saqueando e incendiando casas e igrejas”, contou Najwa ao jornal O Globo.
Fonte:gospelprime

domingo, 8 de dezembro de 2013

Mandela não era santo!

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Por Rev. Ageu Magalhães


Nosso senso de justiça é imperfeito. Temos a tendência de canonizar ou demonizar os que morrem. Mandela morreu ontem [quinta, 05/12/2013] e já está praticamente canonizado. É inegável que sua vida foi uma inspiração. Um homem que passa 27 anos preso e depois é eleito presidente de seu país merece nosso respeito. Sua luta contra o preconceito e o racismo também são dignos de nossos maiores elogios. Porém, é preciso ponderarmos que ele não foi santo. Como marido, foi um fracasso e foi muito leniente com defeitos de seus amigos e aliados como Robert Mugabe (presidente do Zimbábue), Muamar Kadafi (ex-ditador da Líbia) e Fidel Castro. Outro ponto que me chamou a atenção desde a primeira vez que assisti o filme mais popular sobre sua vida (Invictus - 2009) foi a confiança de Mandela no poema de William Ernest Henley, que deu nome ao filme citado. Veja a letra:

Do avesso desta noite que me encobre,
Preta como a cova, do começo ao fim,
Eu agradeço a quaisquer deuses que existam,
Pela minha alma inconquistável.
Na garra cruel desta circunstância,
Não estremeci, nem gritei em voz alta.
Sob a pancada do acaso,
Minha cabeça está ensanguentada, mas não curvada.
Além deste lugar de ira e lágrimas
Avulta apenas o horror das sombras.
E apesar da ameaça dos anos,
Encontra-me, e me encontrará destemido.
Não importa quão estreito o portal,
Quão carregada de punições a lista,
Sou o mestre do meu destino:
Sou o capitão da minha alma.

Sendo Mandela metodista, naturalmente esperava-se que ele se agarrasse em poemas bíblicos naqueles que foram os piores anos de sua vida. Porém, como já dissemos, ninguém é perfeito. Não devemos demonizar o Madiba, tão pouco canonizá-lo... Perfeito, só nosso Redentor Jesus Cristo. Este sim sofreu tudo o que não merecia, orou por seus algozes e libertou injustos como nós. Que Seu nome seja louvado para sempre!

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Fonte: Rev. Ageu Magalhães, via Facebook

sábado, 7 de dezembro de 2013

FORMATURA DA TURMA 2010-2013 DO SEMINÁRIO PRESBITERIANO DO SUL


Pastores pentecostais alegam curar HIV só com oração


Falsas curas geram problema para crentes no Leste da África
por Jarbas Aragão

Pastores pentecostais alegam curar HIV só com oraçãoPastores pentecostais alegam curar HIV só com oração
A pregação de que Deus cura através da oração é comum nas igrejas pentecostais. Contudo, no continente africano a AIDS ainda é considerada epidêmica e os governos fazem campanhas constantes para evitar que a contaminação saia do controle.
Por isso, muitos governos não estão gostando de ver cultos transmitidos pela TV onde pastores convidam as pessoas infectadas pelo HIV a darem um testemunho público de cura pela fé e depois queimarem os medicamentos antirretrovirais que tomavam.
Esses pastores declaram a pessoa curada, mesmo sem ter uma comprovação da medicina. Isso tem gerado um amplo debate sobre o papel da religião na luta contra a epidemia de AIDS. A questão não é nova para a sociedade africana que já confrontou problemas semelhantes quando as igrejas combateram a distribuição de preservativos, prejudicando as campanhas que buscavam frear o avanço da AIDS.
“Eu acredito que as pessoas podem ser curadas de todos os tipos de doenças através da oração, incluindo o HIV”, disse o Pastor Joseph Maina, da Igreja Pentecostal Agmo Prayer Mountain, localizada em Nairobi, Quênia. ”Nós geralmente mostramos isso às pessoas. Não pedimos dinheiro, mas dizemos que podem deixar alguma oferta de amor se quiserem”, defende-se.
Segundo dados oficiais, 6,3 milhões de pessoas recebem o chamado “coquetel” em hospitais e clínicas na porção Oriental do continente africano. Atualmente, uma das instituições que mais procura essa aproximação entre religião e medicina é o Inerela, que reúne líderes religiosos portadores do HIV. “Nós (o clero) devem demonstrar liderança nessa área”, disse Jane Ng’ang’a, uma de suas coordenadoras. “Devemos estar na vanguarda, incentivar a adesão aos medicamentos, além de oferecer apoio psicológico para pessoas infectadas e familiares afetados”, explica.
Em Uganda, Gabriel Amori, coordenador do Inerela no país, disse que muitos pastores só atrapalham seus esforços, pois dizem que a cura pela oração não dá resultado por causa de sua falta de fé.
O pastor Adama Faye, da Igreja Luterana no Senegal, disse que as orações que anunciam uma cura milagrosa geram danos graves para os que estão doentes e suas famílias. “Os governos devem manter uma vigilância acirrada nos pastores que enganam as pessoas através desses milagres falsos”.
Funcionários da Inerela no Quênia dizem que sua organização já registrou 2.000 casos de curas não confirmadas. Somente na capital seriam uma média de 10 pessoas por mês que afirmam terem sido enganadas pelos pastores. Muitas só voltaram a usar os medicamentos quando sua saúde estava bem debilitada.
Margaret Lavonga participou de um culto desses alguns anos atrás. Ela afirma que foi coagida a dar dinheiro e acreditou na cura durante o culto. Ela diz que o pastor confiscou seus medicamentos e das outras quatro pessoas que tinham HIV e colocou fogo na frente de todos. O grupo foi convidado a fazer um novo teste em uma clínica indicada pela igreja, onde foram declarados curados.
“Nós dávamos testemunho nas cruzadas em favelas de Nairobi, dizendo ao povo sobre os milagres maravilhosos anunciados pelo pastor… mas depois de algumas semanas comecei a adoecer. Quando fiz um novo teste, descobri que o vírus ainda estava em mim e se multiplicara muito pois eu não estava mais tomando os medicamentos”.
Lavonga diz que não perdeu sua fé em Deus, mas não concorda com o que chama de manipulação. “Esses falsos pastores deveriam estar na cadeia”, desabafa. Com informações Religion Today.
Fonte:gospelprime

Formatura de Mais uma Turma do Instituto Bíblico do Norte


Turma: DESPENSEIROS
Formandos 2013 da esquerda: Edson Matias Cabral-Garanhuns-PE, Hamilton Ramos dos Santos-Belmonte-PE, José Rafael Fernandes Bezerra-Palmeira dos Índios-AL, Isaías de Farias Santos-Campina Grande-PB, Diretor do IBN Rev. Milton Cesar, Wagner de Siqueira Felipe-Garanhuns-PE, Elce Teixeira-Vice-Diretora, Karla Monalisa Barbosa S. Emídio-Natal-RN e Natália Pereira Valentim-Brejo Santo-CE
O culto de Formatura será hoje dia 07 de Dezembro de 2013  às 19:00 na Igreja Presbiteriana de Heliópolis, Garanhuns-PE
Diretor do IBN
Homenagem dos alunos aos mantenedores e mães de Oração



Fundação
O IBN  é uma instituição da Igreja Presbiteriana do Brasil, que visa formar missionários, educadores cristãos para a “Plantação de Novas Igrejas”. Sua fundação, data de maio de 1945, é atribuída à visão e ao trabalho insaciável do casal de missionários norte-americanos Reynard e Frances Arehart, que iniciaram aqui uma escola para preparação de vidas que iriam se integrar na obra evangélica da igreja.
O CASAL FUNDADOR DO IBN - Rev Raynard e Frances Arehart
Em 1945, a Missão Norte do Brasil, da Igreja do Sul dos Estados Unidos (PCUS), reconhecendo a necessidade de preparar moças para se dedicarem ao evangelismo e à educação cristã, resolveu abrir um instituto bíblico na região Nordeste. A iniciativa partiu do casal Edwin e Frances Arehart, que havia chegado ao Brasil em 1936, tendo trabalhado inicialmente em Fortaleza antes de se transferir para Recife. Em 1944, a chegada da missionária Charlotte Alexander Taylor, da Virgínia, especializada em treinar obreiros, possibilitou a abertura da nova escola.
Propósito
A finalidade do IBN é formar obreiros plantadores de Igrejas, com formação em Nível Médio, levando o aluno a estudar profundamente a palavra de Deus, cultivando a comunhão com Deus através de relacionamentos individuais e comunitários, possuindo uma visão missionária local e mundial, desenvolvendo o caráter de Cristo em si mesmo.
Compromisso
O aluno que se dispõe a se preparar no IBN tem como forte aliado uma visão integral acerca do papel da Igreja como Agência Missionária e seu desenvolvimento pessoal com a obra missionária ao redor do Mundo. O clima que respira no IBN é de missões, e esta visão não pode ser menor do que a amplitude do sacrifício de Cristo, a todas as nações, povos, tribos e línguas.


Atual Diretor: Rev. Milton Cesar Oliveira

O diretor é de família presbiteriana, ex-aluno do IBN (1983-84) e casado com Gêsia Oliveira (também ex-aluna do IBN) Bacharel em Teologia pelo SPN (1988), ordenado em 11/01/1989 pastoreou as Igrejas de Mairi, Miguel Calmon e Jacobina, todas na Bahia. Licenciado em Letras (UNEB), pós-graduado em estudos literários (UNEB), Psicopedagogia (IESDE).

Fonte:Site do IBN

No Amapá, população evangélica cresceu 111% nos últimos 10 anos


Em cada dez habitantes, 3 amapaenses se declaram evangélicos
por Leiliane Roberta Lopes

No Amapá, população evangélica cresceu 111% nos últimos 10 anosPopulação evangélica no Amapá cresceu 111%
No Dia do Evangélico, comemorado em Amapá no dia 30 de novembro, a reportagem do G1 questionou o pastor Oton Alencar, da igreja Assembleia de Deus, sobre o que poderia ter gerado o crescimento de 111% do número de protestantes no Estado.
O religioso citou que nos últimos dez anos a igreja conseguiu “levar reflexão a boa parte da população do Amapá”.
“Eu creio que a mensagem do evangelho vem de encontro a necessidade das famílias. Não é uma mensagem utópica, mas sim uma corrente que toca o coração das pessoas com muito amor e paz”, disse Alencar.
O Estado onde o pastor atua tem a maior porcentagem de evangélicos, por número de habitantes, do Brasil. De acordo com o Censo de 2010 28% da população amapaense se declara evangélica.
“A igreja atinge todas as camadas sociais, o que dá a oportunidade de manifestar os pensamentos. É uma instituição onde prevalece a democracia do povo”, diz o pastor tentando justificar a quantidade de fiéis.
O G1 também conversou com o técnico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Joel Lima, sobre esse crescimento e ele comentou que o número de evangélicos no estado pode ser ainda maior.
“Nos últimos 3 anos cresceu bastante o número de templos nas cidades, isso com certeza acarretou no aumento do número de evangélicos”, disse ele.
Fonte:gospelprime

Seis pontos de meu calvinismo

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Por Rev. Augustus Nicodemus Lopes

É claro que estou brincando – o calvinismo tem muito mais do que cinco ou seis pontos. Esses que vou citar são alguns dos que creio com respeito à salvação. E mesmo assim, nem todos os que se consideram calvinistas concordariam completamente comigo. Meu alvo é tentar esclarecer o que calvinistas, em geral, acreditam sobre a soberania de Deus e a responsabilidade humana. Não coloquei textos bíblicos, pois não quero provar nada – só explicar o que acredito como calvinista.

1 – Creio que Deus predestinou tudo o que acontece. O Deus que determinou todas as coisas é um Deus pessoal, inteligente, justo, santo e bom, que traçou seus planos infalíveis levando em conta a responsabilidade moral de suas criaturas. Ele não é uma força impessoal, como o destino. Portanto, as decisões que tomamos não são mera ilusão e nossa sensação de liberdade ao tomá-las não é uma farsa. Eu acredito que as nossas decisões e escolhas são bem reais e que fazem a diferença. Elas não são uma brincadeira de mau gosto da parte de Deus. De uma maneira para mim misteriosa, porém perfeitamente compatível com um Deus onipotente e infinito, ele consegue ser soberano sem que a vontade de suas criaturas seja violentada. Ao mesmo tempo, ao final, sempre prevalecerá aquilo que Deus já determinou desde a eternidade. Encaro essa relação entre a soberania de Deus e a responsabilidade humana como sendo parte dos mistérios acerca do ser Deus, como a doutrina da Trindade e das duas naturezas de Cristo

2 – Creio que Deus predestinou desde a eternidade aqueles que irão se salvar. Esta convicção não me impede de orar pelos descrentes e evangelizar. Ao contrário, evangelizo com esperança, pois Deus haverá de salvar pecadores. Creio que Deus já sabe, mas oro assim mesmo. Sei que ele ouve e responde, e que minhas orações fazem a diferença. Sei também que, ao final, através de minhas orações, Deus terá realizado toda a sua vontade. Não sei como ele faz isso. Mas, não me incomoda nem um pouco. Não creio que minha oração seja um movimento ilusório no tabuleiro da soberania divina.

3 – Não creio que Deus predestinou todos para a salvação. Da mesma forma, não creio que ele foi injusto e nem que ele fez acepção de pessoas para com aqueles que não foram eleitos. Não creio que Deus tenha predestinado inocentes ao inferno, pois não há inocentes entre os membros da raça humana. E nem acredito que ele tenha deixado de conceder sua graça a quem merecia recebê-la, pois igualmente não há pessoa alguma que mereça qualquer coisa de Deus, a não ser a justa condenação por seus pecados. Deus predestinou para a salvação pecadores perdidos, merecedores do inferno. Ao deixar de predestinar alguns, ele não cometeu injustiça alguma, no meu entender, pois não tinha qualquer obrigação moral, legal ou emocional de lhes oferecer qualquer coisa.

4 – Creio que Deus sabe o futuro, não porque previu o que ia acontecer, mas porque já determinou tudo que acontecerá. Por isso, entendo que a presciência de que a Bíblia fala é decorrente da predestinação, e não o contrário. Negar a predestinação e insistir somente na presciência de Deus com o alvo de proteger a liberdade do homem levanta outros problemas. Quem criou o que Deus previu? E, se Deus conhece antecipadamente a decisão livre que um homem vai tomar no futuro, então ela não é mais uma decisão livre.

5 – Creio que apesar de ter decretado tudo que existe desde a eternidade, Deus acompanha a execução de seus planos dentro do tempo, e se comunica conosco nessa condição. Quando a Bíblia fala de um jeito que parece que Deus nem conhece o futuro e que muda de ideia algumas vezes, é Deus falando como se estivesse dentro do tempo e acompanhando em sequência, ao nosso lado, os acontecimentos. É a única maneira pela qual ele pode se fazer compreensível a nós. Quem melhor explica isso é John Frame, no livro Nenhum Outro Deus, da Editora Cultura Cristã, que recomendo entusiasticamente.

6 – Creio que Deus é soberano e bom. A contradição que parece haver entre um Deus soberano e bom que governa totalmente o universo, por um lado, e por outro, e a presença do mal nesse universo é apenas aparente e, por enquanto, sem explicação. Diante da perversidade e dos horrores desse mundo, alguns dizem que Deus é soberano mas não é bom, pois permite tudo isto. Outros, que ele é bom mas não é soberano, pois não consegue impedir tais coisas. Para mim, a Bíblia diz claramente que Deus não somente é soberano e bom – mas que ele é santo e odeia o mal. Ao mesmo tempo, a Bíblia reconhece a presença do mal do mundo e a realidade da dor e do sofrimento que esse mal traz. Ainda assim, não oferece qualquer explicação sobre como essas duas realidades podem existir ao mesmo tempo. Simplesmente afirma ambas e pede que vivamos na certeza de que um dia Deus haverá, mediante Jesus Cristo, de extinguir completamente o mal e seus efeitos nesse mundo.

Deve ter ficado claro que um calvinista, para mim, é basicamente um cristão que aceita o que a Bíblia diz sobre a relação entre Deus e o homem e reconhece que não tem todas as explicações para as questões levantadas. Para muitos, esse retrato é de alguém teologicamente fraco e no mínimo confuso. Mas, na verdade, é o retrato de quem deseja calar onde a Bíblia se cala.

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Fonte: Rev. Augustus Nicodemus, via Facebook
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