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sábado, 23 de novembro de 2013

Martyn Lloyd-Jones, John Stott e 1Co 12.13: O debate sobre o batismo com o Espírito Santo

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Por Rev. Augustus Nicodemos Lopes


O debate na Igreja brasileira sobre o batismo com o Espírito Santo tem sido às vezes conduzido em torno das figuras do (já falecido) Dr. Martyn Lloyd-Jones e do Dr. John Stott.[1] Mais particularmente, o debate tem girado em torno das suas interpretações da conhecida passagem de Paulo em 1 Coríntios 12.13,"Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito."[2] A passagem é crucial para o debate, já que é a única, fora dos Evangelhos e de Atos, que traz juntas palavras como "todos", "Espírito", "batizar", "corpo", e "beber". Alguns defensores do batismo com o Espírito Santo como uma experiência distinta da conversão, referem-se ao Dr. Lloyd-Jones como exemplo de um teólogo reformado e puritano que defende essa posição. Os do campo contrário, referem-se ao Dr. Stott como um teólogo de renome mundial que sustenta ser o batismo com o Espírito Santo idêntico à conversão.

Duas observações iniciais sobre esta realidade. Primeira, o debate sobre o batismo com o Espírito Santo tem encontrado muito mais participantes ilustres do que apenas Lloyd-Jones e Stott. Existem muitos livros e artigos defendendo uma e outra posição, escritos por teólogos conhecidos e de diferentes persuasões teológicas. O fato de que, no Brasil, esta polêmica desenvolve-se em torno dos nomes de Lloyd-Jones e de Stott deve-se ao simples fato de que ambos tiveram suas obras traduzidas para o português, e outros não. E a segunda observação decorre deste último ponto: a doutrina do batismo com o Espírito Santo não é a principal ênfase dos ministérios de Lloyd-Jones e Stott.[3] Ambos falaram e escreveram sobre muitos outros assuntos. Mas o fato é que, no Brasil, por falta de autores nacionais que escrevam claramente sobre o assunto, e que tomem uma posição definida, e também por causa das poucas traduções em português de livros sobre o tema, o debate desenvolveu-se mesmo em torno desses dois nomes.

Também é importante lembrar que esses dois importantes líderes não se envolveram pessoalmente em disputa pública sobre esse ponto específico. São alguns de entre os seus seguidores e admiradores que têm usado seus escritos para debater as diferenças que a discussão moderna sobre o assunto tem levantado. Lloyd-Jones e Stott, na verdade, estiveram envolvidos em outro tipo de polêmica, mais especificamente com relação a eclesiologia, e a unidade dos evangélicos.[4]

Partindo então da inevitável realidade de que teremos de lidar com Lloyd-Jones e Stott ao nos referirmos à questão do batismo com o Espírito Santo em um artigo destinado a pastores e líderes brasileiros, tentaremos aqui dar uma colaboração ao debate através de uma apresentação e análise da posição de ambos, particularmente à luz da maneira como interpretam 1 Co 12.13.

Lloyd-Jones e 1 Co 12.13

Vamos começar com Martyn Lloyd-Jones, por uma questão de cronologia. Sua opinião sobre o batismo com o Espírito Santo, e sua interpretação de 1 Co 12.13, podem ser encontradas em três de suas obras principais. Primeiro, emGod’s Ultimate Purpose, o primeiro volume de sua famosa série de sermões na carta aos Efésios, pregados nos anos 1954-1955, durante seu ministério na Capela de Westminster, Londres.[5] Ele expõe Efésios 1.13 em seis capítulos, quando então aborda o tema do batismo com o Espírito Santo.[6] Segundo, no volume da sua série em Romanos, intitulado The Sons of God, onde ele expõe Romanos 8.5-17.[7] Esse volume contém os sermões pregados em Romanos durante os anos 1960-1961, dos quais oito tratam de Rm 8.16, uma passagem que, segundo Lloyd-Jones, refere-se ao batismo com o Espírito Santo.[8] Por fim, em seu livro Joy Unspeakable, publicado em 1984, que é a transcrição de vinte e quatro sermões pregados em 1964 na Capela de Westminster, Inglaterra, numa série em João 1.26-33.[9] Nesta obra, Lloyd-Jones trata de forma detalhada da sua posição sobre o batismo com o Espírito Santo, e de 1 Co 12.13.10 Procuraremos resumir, partindo destas fontes, a sua interpretação da passagem.[11]

O contexto do ensino de Lloyd-Jones

Devemos estar conscientes do contexto em que Lloyd-Jones aborda esse assunto. Ele estava reagindo a duas tendências de sua época, as quais considerava perniciosas para a vida da Igreja. Em primeiro lugar, contra o nascente movimento de "línguas", em Londres, cujos proponentes reivindicavam terem sido "batizados com o Espírito", e colocavam a ênfase maior no dom de línguas. Lloyd-Jones freqüentemente adverte contra os perigos do fanatismo, misticismo, e abusos nesta área,[12] fato que às vezes tem sido esquecido por alguns que usam seus escritos para promover conceitos e práticas carismáticos.

Lloyd-Jones enfrentava ao mesmo tempo um tipo de ensino aparentemente ortodoxo que ele considerava ainda mais pernicioso à vida da Igreja do que os excessos dos carismáticos. Basta que leiamos os capítulos 21—25 do seu livroGod’s Ultimate Purpose para verificarmos que, na maioria das vezes, ele está reagindo, não aos excessos do movimento carismático nascente, mas ao tipo de ensino que dizia que os crentes já tinham recebido tudo por ocasião da sua conversão, e que não mais precisavam buscar a plenitude do Espírito ou um nível maior de vida espiritual.[13] Era esse Cristianismo anti-emocional e intelectualista que prevalecia nas Igrejas evangélicas da Inglaterra. Para muitos pastores e estudiosos daquela época, todos os crentes já haviam recebido tudo do Espírito na sua conversão, e o que restava era irem se apropriando destes benefícios gradativamente, na vida cristã.[14] Para eles, quase todos os aspectos da obra redentora e santificadora do Espírito Santo ocorriam num âmbito não "experienciável",[15] e atividades do Espírito como o "selo" (Ef 1.13) e o "testemunho ao nosso espírito" (Rm 8.16) eram encarados como se processando em um nível intelectual, ou acima da nossa capacidade de sentir ou experimentar. Outros ensinavam que todas estas coisas eram para ser tomadas "pela fé", independentemente dos sentimentos ou das emoções.

Para Lloyd-Jones, esse tipo de ensino era responsável em grande parte pelo fato de a maioria dos cristãos na Europa desconhecerem um Cristianismo vigoroso, "experienciável", e de praticarem uma religião fria, sem emoções, e destituída de vigor e vida. Como pastor de formação puritana, Lloyd-Jones reagiu fortemente a esse tipo de ensino que acabava por negar o caráter "experienciável" da fé em Cristo, e o lugar das emoções na experiência cristã. Mas, o seu maior conflito com esses teólogos era que tal ensinamento, na sua opinião, não deixava lugar para reavivamentos espirituais, para novos derramamentos do Espírito sobre a Igreja.

Por esse motivo, ele abordou o assunto do batismo com o Espírito Santo muito mais em reação à frieza espiritual da sua época, do que em reação ao movimento carismático, que estava apenas em seus inícios naqueles dias.

O selo do Espírito e o batismo com o Espírito

Ao expor Ef 1.13, "fostes selados com o Santo Espírito da promessa", Lloyd-Jones segue a interpretação de alguns teólogos Puritanos (Thomas Goodwin, John Owen, Charles Simeon, Richard Sibbes), e do famoso Charles Hodge de Princeton, que defendiam que esse "selo" não é a mesma coisa que a conversão, e pode ocorrer depois.[16] A principal ênfase de Lloyd-Jones em sua exposição da passagem é que esse "selo" é algo que pode ser experimentado, sentido e identificado pelos crentes, e que não se trata de algo que já ocorreu automaticamente com todos eles na sua conversão. Como demonstração, ele menciona experiências de personagens famosos na História da Igreja, como John Flavel, Jonathan Edwards, D. L. Moody, Christmas Evans, George Whitefield e John Wesley.[17]

Trata-se de uma experiência, diz Lloyd-Jones, e não de um processo. Assim, é algo que deve ser buscado por cada um.[18] Também não devemos confundir o "selo" com a plenitude do Espírito, e nem com a santificação;[19] o "selo" também não é algo a ser "apropriado pela fé", como ensinam alguns pregadores e escritores:[20] ele funciona como uma autenticação de Deus de que de fato pertencemos a ele, algo semelhante ao ocorrido com o Senhor Jesus quando foi batizado (comparar Jo 1.32-34 com 5.27).[21]

Lloyd-Jones identifica esse "selar" do Espírito com o "batismo" do Espírito, experimentado pelos apóstolos no dia de Pentecostes, e ainda pelos samaritanos, Cornélio e sua casa, e os discípulos de João Batista em Éfeso.[22]

O testemunho do Espírito e o batismo com o Espírito

Em sua exposição de Romanos 8.16, Lloyd-Jones afirma que o testemunho do Espírito ao nosso próprio espírito é mais do que o resultado de um processo racional, pelo qual o crente chega à certeza da salvação. Segundo ele, trata-se de uma certeza dada de forma imediata (sem o uso de meios) pelo Espírito, diretamente à nossa consciência. Portanto, é algo da mesma ordem que o "selo" ou batismo com o Espírito.[23] É algo distinto da conversão, que ocorre após a mesma, às vezes em um intervalo de tempo extremamente breve.[24]

1 Coríntios 12.13

Lloyd-Jones está consciente de que alguns apelarão para 1 Co 12.13 para contradizer seu ponto de vista. Para ele, a passagem ensina de fato que o Espírito Santo batiza o crente, colocando-o no corpo de Cristo que é a Igreja, e que isto ocorre na conversão, e que, portanto, todos os cristãos já foram objeto desta atividade do Espírito. Porém, ele argumenta, esse "batismo" de 1 Co 12.13 não é o mesmo "batismo" ou "selo" do Espírito mencionado nos Evangelhos e em Atos. O que ocorre é que a palavra "batismo" é empregada no Novo Testamento com vários sentidos diferentes.[25] Para ele, o batismo pelo Espírito em 1 Co 12.13 significa o ato pelo qual o Espírito nos incorpora à Igreja, e que portanto é idêntico à conversão, ao passo que, nos Evangelhos, e principalmente em Atos, o batismo com o Espírito refere-se a uma experiência pós-conversão, confirmatória e autenticadora em sua essência.[26]

Lloyd-Jones argumenta que uma das diferenças decisivas entre 1 Co 12.13 e as passagens em Atos sobre o batismo com o Espírito Santo, é quanto ao agente do batismo, ou seja, a pessoa que batiza. Ele acredita que na expressão e)n e(ni/ pneu/mati h(mei=j pa/ntej ei)j e(\n sw=ma e)bapti/sqhmen a preposição e)ntem força instrumental, e que deve, portanto, ser traduzida "por um só Espírito", e não "em um só Espírito". Ele argumenta que "por" é a tradução da maioria das versões em Inglês, e que a preposição e)n ocorre em várias outras ocasiões no Novo Testamento com a mesma força instrumental (ele cita Mt 7.6; 26.52; Lc 1.51; Rm 5.9). Ele cita ainda várias outras autoridades na área de exegese que mantém esta opinião.[27] Ele conclui que, em 1 Co 12.13, é o Espírito quem nos batiza no corpo de Cristo. Nas demais passagens, o agente é o Senhor Jesus, o que é algo muito diferente. A confusão existe pelo fato de que a mesma palavra "batismo" é usada.[28] Em 1 Co 12.13 ela se refere à conversão, mas nas demais passagens, a uma experiência posterior à conversão, e portanto, distinta da mesma.

Era Lloyd-Jones um Carismático?

Em resumo, para Lloyd-Jones, o batismo com o Espírito Santo é uma experiência na qual o Espírito concede ao crente plena certeza de fé, e que deve ser identificada com o selo e o testemunho do Espírito mencionados por Paulo. Esta experiência resulta em poder e ousadia, que por sua vez, capacitam o crente a testemunhar eficazmente de Cristo.

É extremamente importante notar que o pensamento de Lloyd-Jones sobre o selo ou batismo do Espírito, é essencialmente diferente da posição pentecostal clássica, e da posição neopentecostal. Lloyd-Jones não vê nenhuma evidência bíblica de que esta experiência deva ser acompanhada pelo falar em línguas e pelo profetizar, ou por qualquer outra manifestação extraordinária. Na verdade, ele chama a atenção para o fato de que muitos dos dons que foram concedidos no início da Igreja Cristã não haviam sido mais concedidos no desenrolar desta mesma história. Ele aponta para o fato de que nenhum dos grandes nomes da História da Igreja, conhecidos como tendo passado por experiências profundas com o Espírito (que ele considera como tendo sido esse "selar" ou "batizar" do Espírito) terem manifestado dons como línguas, profecia, ou milagres. Para Lloyd-Jones, o ponto essencial desta experiência também não é a capacitação de poder, como enfatizado em círculos pentecostais e carismáticos, mas a certeza dada de forma direta, pelo Espírito, de que somos filhos de Deus.[29]

Como já mecionamos, ao mesmo tempo em que estava reagindo contra o Cristianismo frio e árido de sua época, Lloyd-Jones também estava em combate contra várias ênfases do nascente movimento carismático. Talvez o único ponto em que ele estivesse em acordo com eles é que o "selo" (batismo) do Espírito é algo distinto da conversão, e que ocorre após a mesma.[30] As diferenças quanto ao propósito e às evidências deste evento são por demais distintas das convicções pentecostais-carismáticas, para que venhamos a classificar Lloyd-Jones como um carismático.

Stott e 1 Coríntios 12.13

Passemos agora para a opinião de John Stott. Conhecido pregador e escritor, Stott é ministro da Igreja Anglicana da Inglaterra. Em 1964 ele fez uma série de estudos numa conferência para líderes evangélicos sobre a obra do Espírito Santo, os dons espirituais, e especialmente, sobre o batismo com o Espírito Santo. Estas palestras foram uma reação de Stott ao crescente Pentecostalismo dentro da sua própria paróquia.[31] As palestras vieram ao grande público em 1966, num livrete intitulado The Baptism and Fullness of the Holy Spirit,[32] após os sermões de Lloyd-Jones sobre o assunto já terem sido impressos. Dez anos após Stott publicou uma segunda edição, intitulada Baptism & Fullness: The Work of the Holy Spirit Today,[33] onde ampliou algumas partes que precisavam de mais clareza e fundamentação, sem, entretanto, alterar seus pontos de vista.[34] Esta obra foi traduzida e publicada em Português em 1986, como Batismo e Plenitude do Espírito Santo.[35] Nela, Stott trata dos principais aspectos da obra do Espírito relacionados com a polêmica moderna, tais como a promessa do Espírito, o batismo do Espírito, a plenitude, o fruto e os dons do Espírito. Procuraremos nos concentrar na sua interpretação de 1 Co 12.13.

Uma experiência iniciatória

Stott argumenta que a expressão "batismo com o Espírito Santo", que ocorre sete vezes no Novo Testamento, é equivalente à expressão "o dom do Espírito Santo" que ocorre em At 2.38, e refere-se à experiência iniciatória da qual participam todos os que se tornam cristãos.[36] O próprio conceito de "batismo com água" é iniciatório, como sendo o ritual público de introdução na Igreja, e está intimamente associado ao batismo com o Espírito Santo, como sugere At 10.47, 11.16 e 19.2-3.37 Ele argumenta que a linguagem empregada por Paulo para descrever a experiência cristã com o Espírito, como "estar no Espírito", "ter o Espírito", "viver pelo Espírito", e "ser guiado pelo Espírito", é aplicada nas cartas do apóstolo a todos os cristãos, indistintamente, até mesmo para os recém convertidos, a partir do momento em que se tornam cristãos. O Novo Testamento, continua Stott, presume que Deus tem dado o Espírito a todos os cristãos, cf. Rm 8.9; Gl 5.25; Rm 8.14.38

Das sete vezes em que a expressão "ser batizado com o Espírito Santo" ocorre no Novo Testamento, somente uma vez é fora dos Evangelhos e de Atos (ou seja, em 1Co 12.13). Stott lembra que, nos Evangelhos, a expressão aparece quatro vezes nos lábios de João Batista, ao descrever o ministério do Senhor Jesus,"ele vos batizará com o Espírito Santo" (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33). Em Atos, uma vez é aplicada pelo Senhor a Pentecostes (At 1.5), e outra é aplicada por Pedro à conversão de Cornélio, citando as palavras do Senhor Jesus (At 11.16).

A sétima vez é em 1 Co 12.13, "Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito". Stott contesta que, aqui, Paulo esteja se referindo ao Dia de Pentecoste, já que nem ele, nem os coríntios, participaram daquele evento histórico. Paulo está se referindo à participação nas bênçãos que Pentecoste tornou possível aos cristãos. Ele e os coríntios tinham recebido o Espírito Santo; aliás, para usar a terminologia de Paulo, tinham sido "batizados" com o Espírito Santo, e tinham "bebido" deste mesmo Espírito.

Stott aponta para o fato de Paulo estar enfatizando a unidade no Espírito no contexto da passagem, em contraste deliberado à variedade dos dons espirituais, assunto que o apóstolo havia discutido na primeira parte de 1 Co 12. Esse ponto é evidente pela repetição da palavra "todos" (todos...foram batizados, todos...beberam) e da expressão "um só" (um só Espírito... em um só corpo... de um só Espírito). O que Paulo está fazendo aqui, afirma Stott, é sublinhar aquela experiência com o Espírito Santo que todos os cristãos têm em comum. Esta é a diferença entre "o dom do Espírito" (quer dizer, o próprio Espírito Santo), e "os dons do Espírito" (isto é, os dons espirituais que ele distribui). Neste capítulo Paulo emprega várias vezes uma terminologia onde a unidade dos cristãos é destacada, cf. 12.4,8,9,11,13. O clímax é 12.13, onde o apóstolo afirma que em um só Espírito todos nós fomos batizados em um corpo. A expressão de Paulo, "quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres", bem pode ser uma alusão a "toda a carne" mencionada na profecia de Joel. Stott conclui que o batismo com o Espírito Santo não é uma segunda experiência, nem uma experiência subseqüente desfrutada somente por alguns cristãos, mas a experiência inicial desfrutada por todos.[39] Ou seja, o batismo com o Espírito é o mesmo que conversão.

No seu recente comentário em Atos, Stott procura deixar claro que não nega que haja experiências mais profundas e mais ricas após a conversão. Porém, ele rejeita a idéia de que tais coisas possam ser chamadas de "batismo com o Espírito", uma terminologia que ele reserva apenas para a conversão, a obra inicial do Espírito no crente.40 É importante notar que, para ele, as passagens nos Evangelhos e em Atos devem ser interpretadas à luz da passagem de Corintios, e portanto, devem se referir à conversão, quando o crente recebe tudo o que lhe é dado receber do Espírito. É sintomático que no seu livroBaptism & Fullness não exista nem uma palavra sobre reavivamento espiritual. Stott aparentemente não nega a possibilidade da ocorrência de um reavivamento em nossos dias, mas certamente não é um dos seus proponentes mais entusiastas.

Batismo "pelo", "com", ou "no" Espírito?

Em seguida, Stott passa a responder às objeções que geralmente são levantadas contra sua interpretação de 1 Co 12.13. Inicialmente, ele aborda o argumento de que as outras seis passagens, que se referem ao "batismo com o Espírito Santo", tratam do batismo feito por Jesus em, ou com, o Espírito Santo, enquanto que 1 Co 12.13 trata do batismo realizado pelo Espírito no corpo de Cristo, algo completamente diferente. Os defensores desta posição, esclarece Stott, concordam que o Espírito Santo batizou a todos os crentes no corpo de Cristo, mas isto não prova, para eles, que Cristo batizou a todos com o Espírito Santo. Stott afirma que esse tipo de argumentação é um exemplo de se tentar defender o indefensável, e passa, então, a refutá-la como se segue.[41]

Em todas as sete ocorrências da frase, a idéia de batismo é expressa pelas mesmas palavras gregas bapti/zw, e)n, pneu=ma, e portanto, a priori, deve ser entendida como se referindo à mesma experiência de batismo. Esta é uma regra sadia de interpretação, diz Stott, e cabe aos que pensam o contrário apresentar provas de que ela não se aplica aqui. A interpretação natural é que Paulo estaria em 1 Co 12.13 ecoando as palavras de João Batista, como Jesus e Pedro haviam feito antes dele (At 1.15; 11.16). É estranho tomar Jesus como o batizador nas seis primeiras passagens, e então, na sétima, tomar o Espírito como sendo o batizador, já que as expressões são idênticas. A preposição grega em 12.13 é e)n, como nos demais versículos, onde é traduzida como"com". Por quê, pergunta Stott, deveria ser traduzida diferentemente?[42]

Os quatro elementos de todo batismo

Ele então defende esse ponto com o argumento de que em qualquer tipo de batismo existem quatro partes: (1) o sujeito, que é o batizador, (2) o objeto, que é a pessoa sendo batizada, (3) o elemento em, ou no qual a pessoa é batizada, e (4) o propósito com o qual o batismo é realizado. Como exemplo, ele cita o "batismo" dos israelitas no Mar Vermelho (cf. 1 Co 10.1-2). Deus foi o batizador, os israelitas foram os batizandos, o elemento em que foram batizados foi água, ou vapor que caia das nuvens, e o propósito é indicado pela expressão "batizados em Moisés", isto é, para um relacionamento com Moisés como o líder apontado por Deus. O batismo de João, igualmente, tem quatro partes: João (o sujeito) batizou as multidões que vinham de Jerusalém e regiões circunvizinhas (os batizandos) nas (e)n) águas do Rio Jordão (elemento) para (ei)j) arrependimento e, portanto, remissão de pecados, cf. Mt 3.5,11. O batismo cristão é similar, continua Stott. O pastor (sujeito) batiza o candidato (objeto) na, ou com, água (elemento), e o batismo é ei)j, "para" o nome da Trindade, ou mais especificamente, para o nome de Cristo (Mt 28.19; At 8.16). O batismo do Espírito não é exceção a esta regra, conclui Stott. Se colocarmos as sete referências juntas, verificaremos que Jesus Cristo é o batizador (sujeito), todos os crentes (1 Co 12.13) são os batizandos (objeto), o Espírito Santo é o "elemento" com o qual (e)n) somos batizados, e o propósito (ei)j) é a incorporação do crente no corpo de Cristo.[43]

Stott reconhece que alguém poderia objetar que estas quatro partes não aparecem claramente em todos as sete passagens mencionadas. Por exemplo, o sujeito (o batizador) não aparece em 1 Co 12.13. Para Stott, isto não é problema: Jesus Cristo é o batizador implícito da passagem, assim como também em At 1.5 e 11.16. Ele não é mencionado porque nestas passagens o verbo "batizar" está na voz passiva, e a ênfase recai sobre as pessoas sendo batizadas, enquanto que o sujeito da ação recua para os bastidores.

Ele ainda argumenta que, se o Espírito é quem batiza em 1 Co 12.13, então, onde está o elemento com o qual ele batiza? Stott considera a falta de resposta a esta pergunta como sendo conclusiva de que sua interpretação é a correta, já que a metáfora do batismo requer um elemento. De outra forma, "batismo não é batismo".[44] Ele conclui que 1 Co 12.13 refere-se a Cristo batizando com o Espírito Santo, e nos fazendo beber do Espírito, e que "todos nós" temos participado desta bênção (cf. Jo 7.37-39). Esta conclusão é reforçada pelo tempo dos dois verbos, "batizar" e "beber", ambos no aoristo, e que se referem, não a Pentecoste, mas à bênção pessoal recebida pelos cristãos em sua conversão.[45]

Uma avaliação crítica

O quadro abaixo poderá nos ajudar a visualizar o pensamento destes dois eminentes servos de Deus sobre 1 Co 12.13.

Comparação das posições de Stott e Lloyd Jones:

Em que Lloyd-Jones e Stott concordam

Não há diferença entre eles quanto aos batizandos (aqueles sendo batizados) de 1 Co 12.13, e nem de fato deveria haver. Com a expressão todos nós Paulo se refere aos crentes em geral, e não somente a si mesmo e aos coríntios. Paulo está descrevendo na passagem uma experiência que une todos os cristãos, independente de raça, sexo, ou status social, e que isto o apóstolo faz porque seu objetivo, na segunda parte de 1 Co 12, é enfatizar a unidade dos cristãos, em contraste com a diversidade dos seus dons. Colocado dentro desta perspectiva, fica pouca dúvida de que 12.13 esteja se referindo a uma experiência na qual todos os cristãos participam.

Da mesma forma, o propósito deste batismo é claramente indicado pela preposição ei)j.[46] Ou seja, "colocar" o crente no corpo, que é a Igreja. Ambos concordam que esse é o alvo do batismo na passagem, e portanto, também concordam que o batismo mencionado é o mesmo que a conversão.

Em que Lloyd-Jones e Stott diferem

A tradução de e)n

Em primeiro lugar, analisemos a tradução da preposição e)n e a sua relação com o batizador, ou o agente do batismo. Não é fácil decidir sobre quem está certo, se Lloyd-Jones com a tradução "por", ou se Stott, com a tradução "com" ou "em". Todas são gramaticalmente possíveis. A decisão, finalmente, não será uma questão de gramática ou sintaxe, mas de teologia, das pressuposições teológicas que cada exegeta traz consigo ao analisar a passagem.

A favor da tradução "por um só Espírito" (Lloyd-Jones) está o fato de que esta é a tradução adotada pela maioria das traduções nas línguas modernas.[47] Contra, está o fato de que esta tradução faz com que a passagem seja a única no Novo Testamento a fazer do Espírito Santo o agente do batismo, e não o elemento com o qual o crente é batizado. Mas, para Lloyd-Jones, isto não é dificuldade, pois o batismo "pelo" Espírito é de fato distinto do batismo "com" ou "no" Espírito. E esta é a pressuposição com a qual ele se aproxima de 1 Co 12.13, ou seja, que o batismo com o Espírito mencionado nos Evangelhos e no livro de Atos é uma experiência distinta da conversão.

A favor de Stott está o fato de que, nas demais ocorrências da expressão, a preposição pode ser traduzida por "com" ou "no" Espírito. Ao analisar 1 Co 12.13 à luz das seis outras ocorrências da expressão "ser batizado com o Espírito Santo", Stott utiliza-se de um princípio sadio e sólido de exegese bíblica: uma passagem da Escritura deve ser interpretada à luz de outras passagens que tratem do mesmo tema. Contra sua interpretação está o fato de que, em última análise, sua posição exige que a conversão dos apóstolos, dos samaritanos e dos discípulos de João Batista, narradas em Atos, tenha ocorrido na mesma ocasião em que foram batizados com o Espírito. Esta posição é insustentável, do nosso ponto de vista, já que, pelo menos no caso dos apóstolos, é evidente que eles já eram regenerados quando foram batizados com o Espírito Santo. Porém, se considerarmos as experiências de Atos como exceções, o caso muda de figura. É isto que Stott eventualmente faz.[48]

A relação entre 1 Co 12.13 e as experiências no livro de Atos

Em segundo lugar, ambos divergem com respeito à relação entre 1 Co 12.13 e as demais passagens paralelas nos Evangelhos e Atos. Como vimos, Lloyd-Jones sustenta que se tratam de experiências diferentes: em 1 Coríntios "batismo pelo Espírito" se refere à conversão, enquanto que, em Atos, "batismo com o Espírito" se refere a uma experiência de confirmação e autenticação. Por outro lado, Stott afirma que em 1 Coríntios e em Atos, a expressão designa a mesma coisa, ou seja, conversão.

Não podemos entrar de forma profunda aqui neste artigo na questão do batismo com o Espírito Santo nos Evangelhos e no livro de Atos, mas podemos no mínimo afirmar que, em alguns dos casos narrados em Atos, o batismo com o Espírito ocorreu com pessoas que já eram crentes, como os discípulos em Pentecostes (At 2.1-4; cf. Jo 13.10; 15.3; Lc 10.20), e provavelmente os samaritanos (At 8.14-18; cf. 8.12). Somente em uma ocasião o batismo com o Espírito ocorreu claramente ao mesmo tempo que a conversão, que foi durante a pregação de Pedro na casa de Cornélio.

Os estudiosos têm tirado conclusões diferentes destes fatos. Lloyd-Jones, como vimos, conclui que tais fatos estabelecem a norma e a terminologia para todas as épocas da Igreja. Contudo, parece-nos que as experiências narradas em Atos são melhor entendidas à luz do contexto histórico em que ocorreram, à luz daquele período especial de transição, em que o Evangelho estava se universalizando, passando dos judeus para os gentios, um processo onde era necessário que manifestações extraordinárias acompanhassem os diferentes estágios desta transição, como uma forma de autenticação das mesmas. Esta é a convicção de Stott. Entendemos que MacArthur expressa bem esse ponto de vista, ao escrever o seguinte sobre a experiência dos samaritanos:

Aqueles crentes em particular tiveram de esperar pelo Espírito Santo, mas não lhes foi dito que deviam buscá-lo. O propósito daquela exceção era demonstrar aos apóstolos, e fazer ouvir entre os crentes judeus em geral, que o mesmo Espírito que havia batizado e enchido os crentes judeus, agora havia feito o mesmo com os crentes samaritanos, exatamente como, em pouco tempo, Pedro e outros judeus crentes, haveriam de ser enviados como testemunhas à casa de Cornélio, do fato de que "o Espírito havia também sido derramado sobre os gentios" (At 10.44-45).[49]

Não entendemos que as experiências narradas em Atos, onde houve um intervalo entre conversão e batismo com o Espírito, sejam a norma para as demais etapas da Igreja de Cristo, após o período de transição ter-se completado, e nem que a terminologia "batismo com o Espírito" deva ser usada para experiências posteriores à conversão. Se tivéssemos de tomar algum evento como normativo, tomaríamos a experiência dos três mil no dia de Pentecostes, que num mesmo evento se converteram, receberam o Espírito, e foram batizados com aquele mesmo Espírito (cf. At 2.38).

Parece-me, concluindo, que a dificuldade com a posição de Lloyd-Jones é essencialmente uma questão de terminologia. Creio que ele está correto em sua tese fundamental. Ou seja, que a plenitude das bênçãos espirituais que recebemos em nossa conversão não esvaziam, necessariamente, a possibilidade de termos experiências espirituais profundas após a mesma, que envolvam o crente como um todo, que atinjam as suas emoções e transformem a sua vida, que o conduzam a níveis ainda mais elevados de vida cristã. A História Eclesiástica demonstra eloqüentemente a possibilidade destas experiências.

Porém, não estou convencido de que possamos usar a terminologia do "batismo com o Espírito Santo" para designá-las. Esta terminologia, na minha opinião, foi utilizada para expressar no início da Igreja os eventos únicos relacionados com as etapas da universalização do Reino, relatos esses expostos no livro de Atos. À parte do que está narrado no livro de Atos, as Escrituras não aparentam reconhecer qualquer intervalo entre a conversão e o batismo com o Espírito Santo. Assim, a expressão é corretamente empregada hoje para designar a experiência universal de todos os crentes, ao receberem a Cristo pela fé em seus corações. Ao mesmo tempo, é de se lamentar profundamente que, ao reagir contra os abusos e exageros de muitos que professam ter recebido um "batismo com o Espírito", vários estudiosos conservadores tenham adotado uma posição onde há pouco, ou nenhum, lugar para novos derramamentos do Espírito, para reavivamentos e experiências espirituais profundas e ricas com Deus.

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Notas: Para visualizá-las, veja no artigo original.

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Via Bereianos
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“Converta-se ao Islã ou morra” é o que ouvem diariamente as mulheres cristãs na África


Grupo terrorista nigeriano Boko Haram foca mulheres e crianças
por Jarbas Aragão

“Converta-se ao Islã ou morra” é o que ouvem diariamente as mulheres cristãs na ÁfricaMulheres cristãs são forçadas a se converter ao islã na África
Em grande parte da África, o conflito entre muçulmanos e cristãos deixa um contínuo rastro de sangue. Segundo uma reportagem especial do canal FoxNews, apresentada esta semana, o grupo terrorista nigeriano Boko Haram está mudando de estratégia.
Ao invés de simplesmente matar os cristãos, estão querendo enfraquecer os seguidores obrigando as mulheres a se converterem ao islamismo. A jovem Hajja (foto), 19 anos, conta que foi sequestrada pelos milicianos e obrigada a mudar de fé para não ser morta. Levada para um cativeiro, ela foi tratada como uma escrava doméstica, obrigada a limpar e preparar as refeições dos soldados.
Também servia como “isca sexual” para atrair civis. Muitos deles tiveram suas gargantas cortadas quando se recusaram a jurar lealdade ao Islã.
Desesperada, depois de 3 meses ela conseguiu fugir e agora conta o que passou. “Se eu chorava, me batiam. Se eu falava, eles me batiam. Disseram que eu devia me tornar muçulmana, mas eu recusei várias vezes.  Eles iam me matar, quando um deles me pediu para não resistir e pouco antes de ter minha garganta cortada eu cedi. Colocaram um véu em minha cabeça e me fizeram ler o Alcorão”, disse Hajja em meio às lágrimas.
O Boko Haram é mais um grupo terrorista que pretende transformar seu país em um estado islâmico. A Nigéria tem 170 milhões de habitantes. O norte tem maioria muçulmana e o sul é majoritariamente cristão.
Mas eles não são os únicos a focarem nas mulheres e crianças. Várias milícias semelhantes atuam em países africanos usando essa estratégia de converter as mulheres a força, matar os homens e, em muitos casos, sequestrar as crianças para serem criadas como muçulmanos em outras cidades.
David Cook, professor de estudos religiosos da Universidade de Rice, e especialista em movimentos radicais explica que esse tipo de ação vem crescendo nos últimos cinco anos. Ele disse que as características desses grupos são “doutrinação, conversões forçadas, e sequestro”.
Ele conta, por exemplo, que na semana passada sequestraram um padre francês em Camarões.  No início deste mês, pastores do Quênia pediram ao governo armas para se defender de muçulmanos da milícia Al-Shabab. Com informações Fox News.
Fonte:gospelprime

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Cantor evangélico sobrevive acidente e passa 44 horas preso dentro de carro


Médicos dizem que foi sorte, Antônio defende que foi milagre
por Jarbas Aragão
Cantor evangélico sobrevive acidente e passa 44 horas preso dentro de carro
Cantor sobrevive acidente e passa 44 horas preso dentro de carro
Desaparecido desde que sofreu um acidente na BR-287, em São Pedro do Sul, no começo da tarde da última terça-feira, o cantor evangélico Antônio Horário de Souza Bittencourt, 38, diz que o fato de ter sobrevivido é um milagre.
Ele ficou cerca de 44 horas no meio do mato após seu carro ter saído da pista e caído em um matagal a 20 metros abaixo do nível da estrada. Ainda está internado no Pronto-Socorro do Hospital Universitário de Santa Maria, para onde foi levado na tarde desta quinta-feira. Bittencourt decidiu sair de dentro do Astra que dirigia e subiu por cerca de 30 metros, saindo do fundo da ribanceira até chegar à beira da estrada, onde foi encontrado.
Literalmente entre a vida e a morte em meio a um matagal, ele conta como foi o acidente. “Fraturei a cervical em dois lugares e o fêmur deslocou da base da bacia. Não conseguia me mexer. Tentei abrir a janela da direita e sair do carro, mas não consegui. Sentia as minhas pernas, mas não conseguia me mover. Estava com o celular sem bateria. Acabou na segunda e eu não carreguei. Assim fiquei os dois dias, sentado no lugar do motorista, sem beber nem comer nada”.
Segundo os médicos, com as fraturas que sofreu no fêmur, o cantor não poderia ter ido tão longe, por isso classificam o ocorrido de “sorte”. Mas ele conta de onde tirou forças. “Posso dizer que nasci de novo. Agora estou aos cuidados dos homens, dos médicos… Nesses dois dias, fiz uma retrospectiva da minha vida, e dei muito mais valor às coisas que vivi aqui. Em nenhum momento cheguei a me desesperar. Conversei muito com Deus. Disse ao Senhor que os meus filhos não precisavam de mim porque são estruturados, mas que minha missão era continuar. Se não fosse possível, iria em paz”.
Pai de seis filhos, o sétimo nascerá no próximo domingo. O cantor estava voltando de uma conferência em Caxias do Sul e voltava para casa. Quando passava por São Pedro do Sul, começou a cair uma forte chuva e seu carro aquaplanou na estrada, caindo no fundo de uma barranco que estava cheio de água. A água já estava na altura de sua cintura e se não tivesse saído, poderia ter morrido afogado pois continuou chovendo forte o dia todo.
Depois de mais de 24 horas preso, ele tomou uma decisão. “Na madrugada de quarta para quinta, orei para o senhor. Conversei com ele e disse: Só os seus olhos, Senhor podem me achar aqui. Me dê forças para subir esta ribanceira. E foi assim que Ele me deu forças e eu consegui subir. Quando cheguei na estrada, acenei para um carro que estava passando, e um senhor de idade parou”, testemunha. Com informações Clic RBS.
Fonte:gospelprime

Reexaminando a Filiação Eterna de Cristo

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Por John MacArthur

Perto do final de sua vida, Agostinho de Hipona reviu meticulosamente tudo o que ele já tinha publicado. Ele escreveu um catálogo completo de suas próprias obras, uma bibliografia detalhadamente anotada com centenas de revisões e correções para corrigir falhas que ele viu em seu material anterior. O livro, intitulado Retractationes, é uma evidência poderosa da humildade e do zelo de Agostinho pela verdade. Nenhuma de suas publicações anteriores escapou do exame do teólogo mais maduro. E Agostinho foi tão corajoso em renunciar os erros que ele percebeu em suas próprias obras como ele tinha sido ao refutar as heresias de seus adversários teológicos. Porque ele reviu suas obras na ordem cronológica, Retractationes é uma memória maravilhosa da rigidez de Agostinho, bem como de sua busca incessante por maturidade espiritual e precisão teológica. Sua franqueza em tratar de suas próprias deficiências é um bom exemplo do por que Agostinho é estimado como um modelo raro tanto de piedade como de erudição.

Eu frequentemente tenho desejado a oportunidade de revisar e corrigir todo o meu material já publicado, mas receio de que jamais terei o tempo ou a energia para realizar a tarefa. Nesses dias de arquivos eletrônicos, meu material “publicado” inclui não apenas os livros que já escrevi, mas também quase todo sermão que já preguei - aproximadamente 3.000 deles até agora. É muito material para que eu possa fazer uma análise critica exaustiva da forma como eu desejaria poder.

Não que eu faria revisões abrangentes e por atacado. Durante todo o meu ministério, minha perspectiva teológica tem permanecido fundamentalmente imutável. A declaração doutrinária básica que subscrevo hoje é a mesma que afirmei quando fui ordenado ao ministério há quase 40 anos atrás. Eu não sou alguém cujas convicções são facilmente modificadas. Eu penso que eu não sou uma cana sacudida pelo vento, nem o tipo de pessoa que é facilmente levada por quase todo vento de doutrina.

Mas ao mesmo tempo, eu não quero ser resistente ao crescimento e correção, especialmente quando minha compreensão da Escritura pode ser aguçada. Se o entendimento mais preciso de um ponto importante de doutrina exige uma mudança no meu pensamento - até mesmo se isso significar emendar ou corrigir material já publicado - eu quero estar disposto a fazer as mudanças necessárias.

Eu tenho feito muitas dessas revisões durante anos, frequentemente tomando medidas para deletar declarações errôneas ou confusas de minhas próprias pregações, e algumas vezes até mesmo pregando novamente em porções da Escritura com um melhor entendimento do texto. Onde quer que eu tenha mudado minha opinião sobre qualquer questão doutrinária significante, tenho buscado tornar minha mudança de opinião, bem como as razões dela, tão clara quanto possível.

Para esse fim, quero declarar publicamente que abandonei a doutrina da ‘filiação encarnacional'. Um estudo cuidadoso e reflexão me trouxeram ao entendimento de que a Escritura, de fato, apresenta o relacionamento entre Deus o Pai e Cristo o Filho como um relacionamento eterno de Pai-Filho. Eu não mais considero a filiação de Cristo como um papel que ele assumiu na sua encarnação.

Minha posição anterior surgiu do meu estudo de Hebreus 1:5, que parece falar da geração do Filho pelo Pai como um evento que aconteceu num ponto no tempo: “Tu és meu Filho, hoje te gerei”; “Eu lhe serei Pai, e ele me será Filho” (ênfase adicionada).

Esse versículo apresenta alguns conceitos muito difíceis. “Gerar” normalmente fala da origem de uma pessoa. Além do mais, filhos são geralmente subordinados aos seus pais. Eu, portanto, encontrei dificuldade em ver como um relacionamento eterno Pai-Filho poderia ser compatível com a perfeita igualdade e eternidade entre as Pessoas da Trindade. “Filiação”, conclui, indica o lugar de submissão voluntário à qual Cristo condescendeu em sua encarnação (cf. Filipenses 2:5-8; João 5:19).

Meu objetivo era defender, não de alguma forma minar, a absoluta deidade e eternidade de Cristo. E eu me esforcei desde o princípio em deixar isso tão claro quanto possível.

Todavia, quando eu publiquei pela primeira vez minhas visões sobre o assunto (em meu comentário sobre Hebreus de 1983), alguns críticos sinceros me acusaram de atacar a deidade de Cristo ou questionar sua eternidade. Em 1989 eu respondi àquelas acusações numa sessão plenária da convenção anual das Igrejas Fundamentalistas Independentes da América (a ordenação que me ordenou). Logo após aquela seção, para explicar mais as minhas visões, escrevi um artigo intitulado “A Filiação de Cristo” (publicado em 1991 na forma de livreto).

Em ambas as ocasiões eu re-enfatizei o meu comprometimento incondicional e inequívoco com a verdade bíblica de que Jesus é eternamente Deus. A visão da ‘filiação encarnacional', embora admitidamente uma opinião da minoria, não é de forma alguma uma heresia. O cerne da minha defesa da visão consistia de declarações que afirmavam tão claramente quanto possível meu compromisso absoluto com as essências evangélicas da deidade e eternidade de Cristo.

Ainda, controvérsias continuaram a girar ao redor das minhas visões sobre ‘filiação encarnacional, incitando-me a re-examinar e repensar os textos bíblicos pertinentes. Através desse estudo eu tenho ganhado uma nova apreciação do significado e da complexidade desse assunto. Mais importante, minhas visões sobre o assunto têm mudado. Aqui estão duas razoes principais para a minha mudança de opinião:

1. Estou agora convencido de que o título “Filho de Deus” quando aplicado a Cristo na Escritura sempre fala de sua deidade essencial e de sua igualdade absoluta com Deus, não de sua subordinação voluntária. Os líderes judeus dos tempos de Jesus entenderam isso perfeitamente. João 5:18 diz que eles pediram a pena de morte contra Jesus, acusando-o de blasfêmia “porque não só violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus”.

Naquela cultura, um filho adulto dignitário era considerado como sendo igual ao seu pai em estatura e privilégio. A mesma deferência exigida por um rei era fornecida ao seu filho adulto. O filho era, no final das contas, da mesmíssima essência que o seu pai, herdeiro de todos os direitos e privilégios do pai - e, portanto, igual ao pai em toda consideração significante. Assim, quando Jesus foi chamado de “Filho de Deus”, isso foi entendido categoricamente por todos como um título de deidade, fazendo-o igual com Deus e (mais significantemente) da mesma essência que o Pai . Isso foi precisamente o porquê os líderes judeus consideraram o título “Filho de Deus” como alta blasfêmia.

Se a filiação de Jesus significa sua deidade e expressa igualdade com o Pai, ela não pode ser um título que pertence somente à sua encanação. De fato, o ponto principal do que se quer dizer por “filiação” (e certamente isso incluiria a essência divina de Jesus) deve pertencer aos atributos eternos de Cristo, não meramente à humanidade que ele assumiu.

2. É agora minha convicção de que a geração da qual se fala em Salmos 2 e Hebreus 1 não é um evento que aconteceu no tempo. Mesmo que à primeira vista a Escritura pareça empregar terminologia com insinuações temporais (“hoje te gerei”), o contexto do Salmo 2:7 parece se referir claramente ao decreto eterno de Deus. É razoável concluir que a geração da qual se fala ali também é algo que pertence à eternidade, e não a um ponto no tempo. A linguagem temporal deveria ser entendida, portanto, como figurativa, não literal.

A maioria dos teólogos reconhece isso, e quando tratando com a filiação de Cristo, eles empregam o termo “geração eterna”. Eu não gosto da expressão. Nas palavras de Spurgeon, ela é um “termo que não nos transmite nenhum grande significado; ela simplesmente encobre nossa ignorância”. E, todavia, o conceito em si - estou agora convencido - é bíblico. A Escritura se refere a Cristo como o “unigênito do Pai” (João 1:14; cf. v. 18; 3:16, 18; Hebreus 11:17). A palavra grega traduzida como “unigênito” é monogenes . A ênfase do seu significado tem a ver com a unicidade absoluta de Cristo. Literalmente, ela pode ser traduzida como “um de um tipo” - e, todavia, ela claramente significa que ele é da mesmíssima essência que o Pai. Esse, creio, é o próprio cerne do que se quer dizer pela expressão “ unigênito”.

Dizer que Cristo é “gerado” é em si mesmo um conceito difícil. Dentro do reino da criação, o termo “gerado” fala da origem da descendência de alguém. O gerar de um filho detona sua concepção - o ponto em que ele veio à existência. Assim, alguns assumem que “unigênito” refere-se à concepção do Jesus humano no ventre da virgem Maria. Todavia, Mateus 1:20 atribui a concepção do Cristo encarnado ao Espírito Santo, não a Deus o Pai. O gerar ao qual o Salmo 2 e João 1:14 se referem parece claramente ser algo mais do que a concepção da humanidade de Cristo no ventre de Maria.

E, de fato, há outro significado, mais vital, para a idéia de “gerar” do que meramente a origem da descendência de alguém. No desígnio de Deus, cada criatura gera sua descendência “segundo sua espécie” (Gênesis 1:11-12; 21-25). A descendência carrega a semelhança exata do pai. O fato de que um filho é gerado pelo pai garante que o filho compartilha a mesma essência do pai.

Eu creio que esse é o sentido que a Escritura deseja transmitir quando ela fala da geração de Cristo pelo Pai. Cristo não é um ser criado (João 1:1-3). Ele não teve princípio, mas é tão eterno quanto o próprio Deus. Portanto, o “gerar” mencionado em Salmo 2 e suas referências cruzadas não tem nada a ver com sua [de Cristo] origem .

Mas ele tem a ver com o fato de que ele é da mesma essência que o Pai. Expressões como “geração eterna”, “Filho unigênito”, e outras pertencentes à filiação de Cristo, devem todas ser entendidas nesse sentido: a Escritura as emprega para enfatizar a absoluta unicidade da essência entre Pai e Filho. Em outras palavras, tais expressões não pretendem evocar a idéia de procriação; elas pretendem transmitir a verdade sobre a unicidade essencial compartilhada pelos Membros da Trindade.

Minha visão anterior era que a Escritura empregava a terminologia Pai-Filho antropomorficamente - acomodando verdades celestiais insondáveis às nossas mentes finitas, moldando-as em termos humanos. Agora estou inclinado a pensar que o oposto é verdade: relacionamentos humanos de pai-filho são meramente figuras terrenas de uma realidade celestial infinitamente maior. O relacionamento arquétipo verdadeiro Pai-Filho existe eternamente dentro da Trindade. Todos os outros são meramente réplicas terrenas, imperfeitas porque elas são limitadas pela nossa finitude, todavia, ilustrando uma realidade eterna vital.

Se a filiação de Cristo é toda sobre sua deidade, alguém se perguntaria por que isso se aplica somente ao Segundo Membro da Trindade, e não ao Terceiro. Afinal de contas, não nos referimos ao Espírito Santo como Filho de Deus, nos referimos? Todavia, ele também não é da mesma essência que o Pai?

Certamente ele é. A essência plena, não diluída e não dividida de Deus pertence igualmente ao Pai, Filho e Espírito Santo. Deus é apenas uma essência; todavia, ele existe em três Pessoas. As três Pessoas são co-iguais, mas elas ainda são Pessoas distintas. E as características principais que distinguem entre as Pessoas estão implicadas nas propriedades sugeridas pelos nomes Pai Filho Espírito Santo . Os teólogos têm chamado essas propriedades de paternidade filiação processão . Que tais distinções são vitais para o nosso entendimento da Trindade é claro a partir da Escritura. Como explicá-las completamente permanece de certa forma um mistério.

De fato, muitos aspectos dessas verdades podem permanecer inescrutáveis para sempre, mas esse entendimento básico das relações eternas dentro da Trindade, contudo, representa o melhor consenso do entendimento cristão durante muitos séculos da história da Igreja. Eu, portanto, afirmo a doutrina da filiação eterna de Cristo, enquanto reconhecendo-a como um mistério no qual não deveríamos esperar sondar muito profundamente.

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Traduzido por: Felipe Sabino de Araújo Neto
Cuiabá-MT, 25 de Novembro de 2005.

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Fonte: Monergismo
Via: MCA - Ministério Cristão Apologético 

Nota do Blog Bereianos: Para um estudo mais aprofundado sobre o tema, recomendamos o excelente artigo acadêmico de autoria do Rev. Heber Carlos de Campos: A Doutrina da Filiação Eterna - Fides Reformata, VIII, Nº1,(2003): 63-78.
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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Vídeo: PLC 122 é retirado de pauta, mas campanha continua; saiba mais


Imagem: Reprodução (Waldemir Barreto/Ag.Senado)
Paulo Paim entregou substitutivo à CDH
O senador Paulo Paim (PT-RS) entregou na última quinta-feira (14) à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) seu substitutivo ao Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006, e anunciou que o texto poderia ser votado e aprovado nesta quarta-feira (20), mas o projeto foi retirado de pauta.
Com a sala cheia de deputados ligados a entidades religiosas, pastores e outros representantes de igrejas, a senadora Ana Rita (PT-ES) anunciou, na abertura da reunião da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), na manhã desta quarta-feira(20), que o projeto (PLC 122/2006) foi retirado da pauta dos trabalhos do dia.
Conforme anunciou, a decisão foi resultado de acordo entre o relator da matéria, senador Paulo Paim (PT-RS), líderes partidários e as lideranças religiosas, visando à busca de entendimento sobre o texto. Ana Rita, que preside a CDH, disse que quer ver esse projeto votado ainda este ano.
O senador de maneira absurda coloca a questão de raça, e deficiência física no mesmo nível que a opção sexual. Que absurdo! Mais uma vez afirmamos que homossexualismo é comportamento e não condição. Não existe um dado na ciência que comprove que alguém nasce homossexual. É importantíssimo enviarmos e-mails para os membros da CDH do senado pedindo a não aprovação do PLC 122, e o parecer do senador Paulo Paim. É importante dizer no seu e-mail que nós evangélicos, católicos, e pessoas de bem, não mediremos esforços para denunciar os senadores que votarem a favor de um absurdo dessa grandeza.  Multiplique esta informação e vamos bombardear os e-mails dos senadores.
Copie e cole os endereços dos senadores: ana.rita@senadora.leg.br; capi@senador.leg.br;paulopaim@senador.leg.br; randolfe.rodrigues@senador.leg.br; cristovam@senador.leg.br;wellington.dias@senador.leg.br; roberto.requiao@senador.leg.br; paulodavim@senador.leg.br;vanessa.grazziotin@senadora.leg.br; sergiopetecao@senador.leg.br; lidice.mata@senadora.leg.br;sergiosouza@senado.leg.br; magnomalta@senador.leg.br; gim.argello@senador.leg.br;eduardo.lopes@senador.leg.br; angela.portela@senadora.leg.br; eduardo.suplicy@senador.leg.br;humberto.costa@senador.leg.br; anibal.diniz@senador.leg.br; joaodurval@senador.leg.br;antoniocarlosvaladares@senador.leg.br; sergiosouza@senado.leg.br; ricardoferraco@senador.leg.br;wilder.morais@senador.leg.br; j.v.claudino@senador.leg.br; osvaldo.sobrinho@senador.leg.br;
Assista ao vídeo:

Violinista evangélico realiza trabalho voluntário tocando para doentes em hospitais


Esse trabalho é realizado há mais de 20 anos na cidade de Curitiba
por Leiliane Roberta Lopes

Violinista evangélico realiza trabalho voluntário tocando para doentes em hospitaisViolinista realiza trabalho voluntário em hospitais
O músico Paulo Torres é conhecido por ser o spalla da Orquestra Sinfônica do Paraná e regente da Orquestra da Câmara da PUC-PR. Mas poucos conhecem um trabalho voluntário que ele tem feito há mais de 20 anos usando seu talento musical para tocar em hospitais da capital paranaense.
Todas as sextas-feiras Torres leva seu violino e se apresenta em hospitais por cerca de duas horas, circulando pelos corredores e quartos mudando a atmosfera do ambiente. No repertório ele mescla músicas sacras com canções clássicas chamando a atenção dos pacientes, familiares e funcionários.
O resultado dessas visitas é atestado pela médica Fabiana Weffort Caprilhone, chefe da UTI do Hospital Pilar. “Com a monitorização vemos a queda da pressão e da frequência cardíaca. Pacientes que não interagiam com a gente voltam a interagir, a querer comer. Até mesmo pacientes em coma. E essa avaliação é feita com base nos monitores, onde é possível perceber melhora destes dados vitais em pacientes”, diz.
Torres é evangélico e começou a desenvolver esse trabalho quando foi visitar uma tia que estava hospitalizada. Ao começar a tocar o violino, o músico chamou a atenção dos pacientes e familiares de quartos vizinhos que o convidaram para tocar.
“Entrei em um quarto onde havia uma jovem deitada, dormindo, e sua mãe sentada ao lado. Esta senhora permitiu que eu tocasse o hino ‘Quão Grande És Tu’. Nos minutos seguintes, a moça enferma abriu os olhos, olhou para os lados e tentou falar com a mãe, porém somente lhe saíram sons guturais. Para mim parecia algo normal, mas a mãe atirou-se sobre ela, chorando e gritando em um misto de desespero e alegria. Logo entraram enfermeiros e médicos, e eu comecei a me afastar, quando a mãe me agarrou pelo braço e, ao lhe perguntar o que acontecera, ela disse emocionada: ‘minha filha estava em coma há três anos’”, relembra.
Outra cena que ficou marcada na vida do músico foi a visita que ele fez a um homem com câncer. “Em outro episódio, após tocar para um senhor com câncer, desejei melhoras de saúde, que Deus estivesse com ele e o abençoasse. Chorando ele afirmou: ‘Deus acabou de me fazer uma visita’.”
Essas são apenas duas de várias histórias que Torres presenciou ao longo de todos esses anos. Hoje, além de tocar em hospitais ele tem se apresentado em presídios, asilos e orfanatos de Curitiba presenciando histórias emocionantes. O desejo do violinista é lançar um livro narrando todas essas experiências.
Fonte:gospelprime

Como Interpretar a Bíblia Corretamente


A interpretação bíblica é um dos assuntos mais importantes para os evangélicos. Segue o link para uma entrevista que dei sobre este assunto. Faça o download ou ouça online. É meio demorado porque fizeram muitas perguntas!!! Provavelmente as mesmas que você vem se fazendo. Não perca! 

CLIQUE AQUI!


Fonte:O Tempora! O Mores!

COMO SABER SE O SEU PASTOR SE TRANSFORMOU EM PROFISSIONAL DA FÉ?


Por Renato Vargens

Lamentavelmente muitos pastores começam o ministério bem, comprometidos com Deus e seu reino, todavia, devido a fatores diversos, transformaram-se em profissionais da fé, abandonando a margem da história valores indispensáveis à um ministério saudável, senão vejamos:

1-) Ele não ora mais em particular, somente o faz em público e na igreja.

2-) Ele não lê mais a Bíblia em particular, somente o faz em público e na igreja.

3-) Ele se torna duro, legalista e incompreensível diante das lutas e sofrimento daquele que sofre.

4-) Ele não chora mais na presença daquele que o arregimentou.

5-) Ele não se esmera mais na elaboração de seus sermões nem tampouco se preocupa se aquilo que está pregando está de acordo com a vontade de Deus para a sua igreja.

6-) Ele não se relaciona mais com amigos, antes pelo contrário, seus relacionamentos eclesiásticos são profissionais e hierárquicos.

7-) Ele não enxerga o ministério como um serviço cristão, mas sim como uma profissão que possui direitos e deveres.

8-) Ao subir o púlpito ele encarna o "estereótipo" do santarrão, conjugando o evangeliquês com propriedade, comportando-se diferentemente  em casa, na rua e vizinhança.

9-) Ele não vive o que prega e nem prega o que vive.

10-) Ele perdeu a capacidade de se compadecer daqueles que devido ao pecado estão condenados ao inferno.

11-) Ele prefere coisas à pessoas.

Pense nisso!

Renato Vargens

OS EVANGÉLICOS E O GRAVE PROBLEMA DO SUICIDIO

Por Renato Vargens


O suicídio é um  tema é polêmico e altamente conflitante.

No mundo um número incontável de pessoas em virtude dos motivos mais variados se suicidam trazendo fim a uma vida de sonhos, perspectivas e esperança.

As estatísticas dizem que a cada 30 segundos uma pessoa se suicida no mundo.

Além desse número preocupante, para cada pessoa que dá fim à própria vida, pelo menos 20 outras fracassam em sua tentativa. "A porcentagem de suicídios aumentou de 60% no mundo durante os últimos 50 anos. O maior crescimento foi registrado nos países em desenvolvimento", é o que diz  a OMS.

Pois bem, falar de suicídio ainda é um tabu. Em alguns países existe um acordo jornalístico de que noticias do tipo não devem ser divulgadas pela imprensa simplesmente pelo fato de que a informação de que alguém tirou a sua própria vida poderá levar a outros a desejarem fazer o mesmo.

O termo suicídio foi utilizado pela primeira vez em 1737 por Desfontaines. O significado tem origem no latim, na junção das palavras sui (si mesmo) e caederes (ação de matar). Esta conotação aponta para morte intencional ou autoinfligida. Num aspecto geral, o suicídio é um ato voluntário por qual um indivíduo possui a intenção de provocar a própria morte.

Na minha opinião o suicídio é a consequência DIRETA de uma perturbação psíquica. A tensão nervosa que envolve o indivíduo, os problemas vividos no cotidiano, além da frágil capacidade emocional de suportar pressões corroboram para o desejo de tirar a própria vida.

Na idade média a igreja proibia honras fúnebres aos suicidas, além de determinar que aquele que não tivesse obtido sucesso em uma tentativa deveria ser excomungado. Os familiares dos suicidas eram deserdados e vilipendiados enfrentando os preconceitos sociais. Apenas na Renascença a humanidade dos suicidas foi reconhecida, o romantismo desse período forjou em torno do tema uma determinada áurea de respeitabilidade.

Alguns fatores são comuns aos indivíduos que tentaram ou cometeram suicídio. Por exemplo:

A) O suicídio é mais frequente nas idades que delineiam as fronteiras da vida, como a puberdade e a adolescência, e entre a maturidade e a velhice.Um ponto significativo a ser analisado, é que os casos de suicídios foram extremamente raros nos campos de concentração, o que reforça a evidência de que as condições exteriores (mesmo as mais brutais) não explicam o fenômeno. Além disso, o suicídio é mais comum em nações ricas e ocorre com mais frequência nas classes médias.

B) Por razões não completamente esclarecidas, as mulheres cometem três vezes mais tentativas de suicídio que os homens. No entanto os homens são mais eficazes. Isto porque o sexo feminino recorre aos métodos mais brandos como o envenenamento. Enquanto os homens usam armas de fogo, tendem ao afogamento, enforcamento ou saltando de grandes altitudes.

 C) As doenças físicas como câncer, epilepsia e AIDS; ou doenças mentais como alcoolismo, dependência tóxica e esquizofrenia, compõem alguns dos motivos que induzem um indivíduo a atentar à própria vida.

Algumas situações sociais também conduzem ao suicídio. Podemos incluir como exemplo o insucesso no matrimônio, ou não ser casado, não ter filhos, não ser religioso, isolamento social e o fracasso financeiro.

O Site de psiquiatria Mental Help afirma que:

1) 70% dos suicídios ocorrem em decorrência de uma fase depressiva.
2) Pessoas mais velhas se suicidam mais que as mais jovens.
3) Quanto mais planejado, mais perigoso no sentido de haver novas tentativas, caso essa não dê certo.
4)Qualquer distúrbio neuropsiquiátrico aliado ao álcool aumenta o risco de suicídio.

O Suicídio e os evangélicos:

Boa parte dos evangélicos acreditam que aquele que comete suicídio carimba o seu passaporte para o inferno.

As Escrituras Sagradas relatam a história de algumas pessoas que cometeram suicídio, dentre estas: Saul (I Samuel 31:4), Aitofel (II Samuel 17:23), Zinri (I Reis 16:18) e Judas (Mateus 27:5). Todos foram maus, perversos e pecadores, o que provavelmente após a morte experimentaram a condenação eterna. Ora, sem a menor sombra de dúvidas a Bíblia vê o suicídio do mesmo modo que o assassinato – e assim o é – um auto-assassinato. Cabe a Deus decidir quando e como a pessoa morrerá. Tomar de assalto este por em suas próprias mãos, de acordo com a Bíblia, é atentar contra Deus.

E o que diz a Bíblia a respeito de um cristão que comete suicídio?


"Em primeiro lugar não acredito que um cristão verdadeiro cometa suicídio perca a sua salvação. A Bíblia ensina que a partir do momento no qual a pessoa verdadeiramente crê em Cristo, ela está eternamente salva (João 3:16). De acordo com a Bíblia, os cristãos podem ter certeza, sem sombras de dúvida, que têm a vida eterna, não importa o que aconteça. “Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus” (I João 5:13). Nada pode separar o cristão do amor de Deus! “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 8:38-39).

Se nenhuma “criatura” pode separar um cristão do amor de Deus, e um cristão que comete suicídio é uma “criatura”, então nem mesmo o suicídio pode separá-lo do amor do Senhor. Jesus morreu por todos os nossos pecados... e se um cristão verdadeiro, em tempo de crise e fraqueza espiritual, e doença psíquica cometer suicídio – este, não será condenado, mesmo porque,  este também é um pecado pelo qual Cristo morreu."

Caro leitor, antes que você emita qualquer parecer é certo que todos concordamos que nenhuma pessoa racional tiraria sua própria vida e, quando isso ocorre, é um ato irracional de uma pessoa que está com algum distúrbio mental. Isso nos leva a uma outra pergunta:

Pode o cristão sofrer de doença mental?

 É claro que sim e eu pessoalmente conheço inúmeros casos. Embora alguns especialistas argumentem corretamente que a mente humana é abstrata e, portanto, não pode adoecer, o cérebro é uma entidade concreta e está sujeito às enfermidades físicas. As teorias sobre insanidade lidam com a diferença entre o órgão físico e os pensamentos que ele "processa", mas um fato é irrefutável — desequilíbrios químicos no cérebro comprovadamente provocam comportamento irracional, chegando até e incluindo o suicídio.

Um exemplo disso é caso de Matthew Warren, filho de Rick Warren que  morreu depois de uma longa batalha com uma doença mental. “Aos 27 anos de idade devido a uma profunda depressão e pensamentos de suicídio, o moço deu cabo da própria vida.

Alguns cristãos estão entre aqueles que sofrem do distúrbio bipolar (são "maníacos-depressivos") e precisam tomar medicamentos (à base de lítio, etc.) para controlar a enfermidade. Depressão severa e pensamentos sobre suicídio, junto com "vozes" que incentivam a pessoa a se matar são características trágicas dessa doença mental. Se não for diagnosticada ou tratada, ela pode e de fato leva os indivíduos a cometerem atos impensáveis, mas fique descansado que quando isso acontece com um dos filhos de Deus, eles nunca estão sob o risco de perderem a salvação.

Aproveito o ensejo em afirmar que não aprovo, não incentivo e nem tampouco reconheço que o suicídio seja uma saída àqueles que sofrem. Acredito piamente que o Senhor Todo-Poderoso é capaz de trazer bálsamo as nossas vidas e emoções restaurando naquele que nEle crêr a alegria de viver.

Vale a pena ressaltar que concordo com Hernandes Dias Lopes que afirma que o suicídio não é sustentado nas Escrituras. "O suicídio é assassinato de si mesmo. É uma violação do sexto mandamento da lei de Deus.  O suicídio é um ato de conspiração contra Deus e também um ato de egoísmo sem paralelos. Ninguém é uma ilha. Aqueles que tiram sua própria vida além de não resolver seu próprio problema, porque a vida não termina com a morte, ainda abrem uma ferida incurável na família. Aqueles que flertam com o suicídio precisam saber que existe esperança para a vida, por pior que seja a situação. Essa esperança está em Jesus."

 Isto posto, aconselho a todo aquele que tem sentido desejos suicidas que procure ajuda médica e  profissional, mesmo porque, a vida aos olhos de Deus é preciosa e  precisa ser cuidada, valorizada e respeitada.

Pense nisso!

Renato Vargens

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Missionários ampliam envio de balões com Bíblias à Coreia do Norte, onde o cristianismo é crime

Missionários ampliam envio de balões com Bíblias à Coreia do Norte, onde o cristianismo é crime

O cristianismo é considerado uma prática ilegal na Coreia do Norte, assim como a posse de uma Bíblia Sagrada. Mesmo assim, missionários tentam evangelizar cidadãos do país mais fechado do mundo e ajudar os irmãos da “igreja subterrânea”, como são chamados os cristãos locais.
A partir da fronteira da Coreia do Sul, o pastor Eric Foley – um sul-coreano radicado nos Estados Unidos desde 1984 – e sua esposa enviam balões com exemplares da Bíblia Sagrada para zonas rurais da Coreia do Norte, onde elas podem ser apanhadas com maior discrição.
O cuidado pode parecer exagerado, mas justifica-se pelo fato de que, se um cidadão for pego portando uma Bíblia, ele e três gerações de sua família são condenados à prisão.
“Eu fico animado, cada vez que vejo os balões decolarem. Eles são os fiéis mais perseguidos na Terra”, disse o pastor à Fox News, referindo-se aos irmãos da “igreja subterrânea”. Os balões usam tecnologia moderna para aumentar a eficiência da entrega. Timers são usados para liberar o gás hidrogênio em etapas, evitando assim que os balões caiam em áreas indesejadas, e aparelhos de GPS são usados para determinar a localização dos artefatos que carregam as bíblias.
“Estamos constantemente monitorando as condições de vento quando estamos lançando [os balões]. E mantemos a fronteira da Coreia do Norte sempre dentro da linha de visão”, explica o pastor.
Segundo Eric Foley, a distribuição de bíblias na Coreia do Norte conta com uma característica da população local para que o Evangelho se dissemine: “Os norte-coreanos respondem muito bem a história, porque todos são obrigados a memorizar cem histórias”, revelou o pastor, fazendo referência à imposição do regime de ditadura do país, que obriga o culto à dinastia Kim, família que governa o país.
Segundo a Missão Portas Abertas dos Estados Unidos, a estimativa é que existam aproximadamente 400 mil cristãos na Coreia do Norte, e que boa parte destes estejam trancafiados em campos de concentração, onde sofrem de fome e tortura, e são submetidos a trabalhos forçados, que em muitos casos, resulta em morte.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

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