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terça-feira, 7 de maio de 2013

Crente pode ouvir música do mundo?


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Por André R. Fonseca

A pergunta é boa... crente pode ouvir música do mundo? Melhor ainda seria perguntar se crente pode vestir roupa do mundo, comer comida do mundo, ver televisão do mundo, filme do mundo etc.

Não sei por que a música foi tão estigmatizada nos círculos evangélicos. Talvez seja pela crendice de que Lúcifer era o regente do grande coral celestial... sei lá. 

O fato é que, na maioria das vezes, o crente que ojeriza a música dita do mundo não vê problemas em assistir ao filme Homem de Ferro 3 no cinema; acompanhar aquela novela da Globo; comer angu à mineira, mesmo que ele também seja servido em despachos; ou, ainda, comprar roupa na C&A, que nada tem de teor cristão em sua declaração de missão empresarial.

Mas antes de prosseguir com este assunto, deixe-me apresentar o motivo de escrever sobre a música secular e os cristãos.

Segue, abaixo, o e-mail enviado há uma semana.
A Paz meu irmão.
Fui inquirido por adolescente da minha igreja: "é pecado cantar música mundana?"
Tudo que me foi ensinado diz que sim. Diz que se não for pecado é pelo menos errado!!!
O que aprendi está correto???
Obrigado por sua atenção e aguardo retorno.
Guilherme Comini
Belo Horizonte/MG
Para responder o contato do irmão Guilherme, preciso primeiramente fazer três comentários como introdução.

1 - É mais difícil responder diretamente uma questão da qual não tenho as proposições para argumentar, seja favoravelmente ou não. O que desejo que você entenda no momento é que ainda que tivéssemos a mesma opinião, poderíamos ter motivos diferentes para chegar à mesma conclusão. Contudo, eu poderia estar embasado na experiência pessoal, e o irmão poderia estar convencido biblicamente. Nesse caso, minha argumentação poderia ser facilmente questionada, porque está fundamentada naquilo que é subjetivo; enquanto a sua seria mais sólida e difícil de “atacar”. Porque não conheço os seus motivos para considerar errado ouvir música do mundo, minha resposta não visa questionar os seus argumentos. Nem conheço quais são os seus argumentos! Você apenas disse que foi ensinado que é errado e concorda com o que foi ensinado.

- Meu artigo é uma resposta para a pergunta: é errado o crente ouvir ou cantar música do mundo? E o que segue é minha opinião quanto a isso. Não se trata de uma resposta para minar as suas convicções com base nos seus argumentos, dogmas etc. Isso tudo tem a ver com a parte de conclusão do meu texto, e você entenderá perfeitamente o que estou falando. Vou repetir! Essa é minha opinião. E o que é bom pra mim, pode não ser bom pra você!

3 - Ainda que seja apenas minha opinião sobre o assunto, gostaria de enfatizar que é a opinião de quem já teve a música como profissão. Pianista profissional registrado na Ordem dos Músicos do Brasil e estudante de regência na Escola de Música Villa-Lobos com o maestro Alceo Bochino. Atuei na música secular como músico profissional e na igreja com regência coral, orquestra, pianista e líder de grupos de louvor. É, portanto a opinião de quem passou, no mínimo, algum tempo refletindo sobre a questão com algum comprometimento pessoal. Acho que isso faz diferença, uma vez que não será uma opinião descontextualizada.

Agora podemos partir para a argumentação da minha opinião. Acredito que preciso antes trabalhar o conceito de “música do mundo”. O que seria “música do mundo” ou a música secular em contraste com a música evangélica/gospel? A definição mais básica dessa diferença seria a motivação ou endereçamento da composição. A música evangélica/gospel tem sua composição motivada pela experiência religiosa do compositor e a música é dedicada a Deus, aborda uma temática relacionada a Deus. A música secular, ou “música do mundo” como geralmente é tratada no círculo cristão, é aquela música que não tem a motivação ou endereçamento religioso; embora algumas músicas seculares tenham uma temática religiosa. Nesse caso, acredito que a música secular com temática religiosa não deixa de ser considerada “música do mundo” porque ela não tem status litúrgico. E, para a comunidade cristã, não basta que a música tenha a temática religiosa, ou que a composição seja dedicada a Deus, a vida do intérprete deve também ser uma vida dedicada a Deus. A música e seu intérprete precisam ser “santos”, dedicados a Deus. Por isso não encontramos o intérprete cristão cantando “Jesus Cristo” de Roberto Carlos no culto, e também não encontramos Roberto Carlos sendo convidado para cantar como participação especial no Diante do Trono – ainda que ele seja o rei...

A música do mundo poderia ser dividida em duas grandes categorias: a música instrumental e a música com letra. Se o crente tem medo da música do mundo pela influência que ela pode ter sobre o ouvinte, a música instrumental é a menos “perigosa”. Apreciar a música instrumental é como apreciar qualquer outra arte, como as artes plásticas, por exemplo. Como a música é instrumental, seu valor é muito mais artístico, estético etc. É claro que a música instrumental tem uma história para contar, tem algum significado, havia alguma intenção na cabeça do seu compositor como motivação de composição da obra instrumental; mas a comunicação dessa mensagem é, de longe, inferior quando comparado com a música com letra. A música com letra tem uma mensagem muito mais explícita e completa.

Quando precisamos tratar da música com letra, portanto, devemos analisar a letra da música. Qual é a mensagem que o autor desejou transmitir com suas palavras? Acredito que aqui esteja a nossa maior preocupação. Se a música do mundo não é rejeitada pela comunidade cristã por causa da mensagem, então seria o quê? Se é simplesmente pela origem da música, então precisamos questionar o uso de nossas roupas, a comida que compramos etc. Seria um pouco de hipocrisia demonizar a música com base apenas em sua origem e não fazer o mesmo com todo o resto que cerca nossas vidas!

Não concordo, portanto, com o argumento que o crente não deve ouvir música do mundo por causa de sua origem: o mundo. O que mais não é do mundo? Será que seria só a música? Estou escrevendo este texto num netbook da HP com sistema operacional Linux. Tanto o hardware como o software têm origem “mundana”. Será que meu texto de resposta para você será descartado por causa da origem dos recursos utilizados para compor o texto?

É essa hipocrisia ou “ingenuidade” que os crentes querem viver que me revolta. Há falta de coerência no discurso e na conduta que professam ter. Com isso, acabam fazendo papelão.

– Não assista novela da Globo!
– Por quê?
– Porque tem adultério e traição.
– E na Bíblia não tem?

– Meus filhos não podem ler este livro porque ele tem histórias de guerra e violência.
– Eles só leem a Bíblia?
– Sim.
– E na Bíblia não tem histórias de guerra e violência?

Não estou dizendo que não existe uma diferença entre a guerra, a violência, a traição e o adultério entre a literatura secular e a Bíblia. E, sim, quero dizer que precisamos melhorar nossos argumentos para não parecermos idiotas quando tratamos desse assunto com os que não são crentes.

Portanto, a única explicação que acredito ser adequada para o porquê do crente ser “proibido” de ouvir música do mundo seria pela mensagem contida na letra da música. E aqui temos razões suficientes para dizer: prefiro não ouvir essa música.

Dizer que a música tem uma letra com uma mensagem conflitante com o meu credo e por isso “prefiro não ouvir” traz à nossa memória a Igreja em Corinto. Aquela Igreja vivia um drama parecido. Vamos ler primeiramente o texto.

“Agora vou tratar do problema dos alimentos oferecidos aos ídolos. Na verdade, como se diz, “todos nós temos conhecimento.” Porém esse tipo de conhecimento enche a pessoa de orgulho; mas o amor nos faz progredir na fé. A pessoa que pensa que sabe alguma coisa ainda não tem a sabedoria que precisa. Mas quem ama a Deus é conhecido por ele. Quanto a comer alimentos que tenham sido oferecidos aos ídolos, nós sabemos que um ídolo representa alguma coisa que realmente não existe. E sabemos que existe somente um Deus. Pois existem os que são chamados de “deuses”, tanto no céu como na terra, como também existem muitos “deuses” e muitos “senhores”. Porém para nós existe somente um Deus, o Pai e Criador de todas as coisas, para quem nós vivemos. E existe somente um Senhor, que é Jesus Cristo, por meio de quem todas as coisas foram criadas e por meio de quem nós existimos. Mas nem todos conhecem essa verdade. Existem pessoas tão acostumadas com os ídolos, que até agora comem desses alimentos, pensando que eles pertencem aos ídolos. A consciência dessas pessoas é fraca, e por isso elas se sentem impuras quando comem desses alimentos. Não é esta ou aquela comida que vai fazer com que Deus nos aceite. Nós não perderemos nada se não comermos e não ganharemos nada se comermos desse alimento. Mas tenham cuidado para que essa liberdade de vocês não faça com que os fracos na fé caiam em pecado. Porque, se uma pessoa que tem a consciência fraca neste assunto vir você, que tem “conhecimento”, comendo alimentos no templo de um ídolo, será que essa pessoa não vai querer também comer alimentos oferecidos aos ídolos? Assim este cristão fraco, este seu irmão por quem Cristo morreu, vai se perder por causa do “conhecimento” que você tem. Desse modo, pecando contra o seu irmão e ferindo a consciência dele, você estará pecando contra Cristo. Portanto, se o alimento faz com que o meu irmão peque, nunca mais vou comer carne a fim de que eu não seja a causa do pecado dele.” 
I Coríntios 8:1-13

Havia na cidade de Corinto muitos templos pagãos. Carne era oferecida como oferta a esses deuses nos templos, e a sobra era vendida pelos sacerdotes no mercado de carnes por um preço mais barato. Os membros mais pobres daquela comunidade cristã só podiam comprar a carne com o preço mais acessível, mas a possibilidade de estar comprando da carne que fora oferecida aos ídolos era grande. O que fazer? O conselho de Paulo foi: vai no açougue, compre a carne e não pergunte nada por questão de consciência. Se um amigo oferecer um banquete e não disser a procedência da carne, coma à vontade. A verdade é que nada há na carne que seja “demoníaca” até mesmo porque sabemos que ídolos não são nada, e foi Deus quem criou todas as coisas. Não se ganha ou se perde nada comendo ou não comendo dessa carne. Mas, por uma questão de consciência, para não ferir a consciência do irmão fraco, não coma da carne oferecida a ídolos.

Mais adiante no texto da carta aos coríntios, quando volta a falar do mesmo assunto, Paulo acrescenta: “Alguns dizem assim: “Podemos fazer tudo o que queremos.” Sim, mas nem tudo é bom. “Podemos fazer tudo o que queremos”, mas nem tudo é útil.” 1 Coríntios 10:23

Esse sempre foi o meu texto norteador nesta questão. Foi assim que ensinei minha filha a julgar o que ela deveria ou não ouvir. Ela, às vezes, me pergunta se pode ou não ouvir esse ou aquele cantor, ou essa e aquela música. Minha resposta é: julgue se o que você está ouvindo é útil. Você pode ouvir de tudo, mas nem tudo convém!

Guilherme, há músicas do mundo que têm valor histórico e moral, veja a importância e como você pode exercitar sua cidadania refletindo sobre as músicas escritas durante a ditadura. Faz parte de nossa história! Posso citar Chico Buarque, Caetano Veloso, Geraldo Vandré e muitos outros. Há músicas que louvam o valor da boa amizade, ou do amor do filho pelo pai. Podemos ouvir de tudo, mas nem tudo convém. Lembra? Se a música é um louvor ao amor de um homem por uma mulher, à fidelidade e ao companheirismo, ótimo! Por que não ouvir? Não foi esse o desejo de Deus ao criar a mulher para o homem? Contudo, se a música é um louvor ao amor de um casal em adultério, prefiro não ouvir.

Jesus disse que o que faz mal não é o que entra, mas o que sai da boca. A boca fala do que o coração está cheio. A coisa toda tem muito mais a ver com que está dentro de nós do que aquilo que está fora, no mundo. Pois onde estiverem as nossas riquezas, aí estará o nosso coração. Se eu valorizo uma música que louva o adultério, alguma coisa está errada com meu coração, com a minha conversão. Se valorizo uma canção que louva o valor de uma amizade, esse olhar de valor que tenho sobre a canção é dirigido por um coração segundo Deus. Se não fosse assim, não poderíamos julgar os valores morais presentes no mundo, o que me faz lembrar da abertura de Paulo em sua carta aos Romanos: "Os gentios cumprem a lei de Deus gravada em seus corações" Romanos 2:15. Tudo aquilo que Deus criou e chamou de bom não está somente dentro das igrejas e na mão dos crentes para fazer. A graça comum de Deus estende-se sobre toda a criação! O que podemos encontrar de belo no mundo está lá, presente e pulsante, por Sua graça e para Seu louvor! 

Por isso ouso dizer: nem toda música do mundo é demoníaca, e nem toda música gospel é santa. Se o problema da música do mundo está na mensagem que sua letra traz, digo que há muitas músicas gospel com letras que fazem muito mais mal ao crente do que muitas músicas do mundo. Há muita música gospel com letra que traz uma mensagem altamente destrutiva para a verdadeira fé. São músicas com mensagens antropocêntricas que desvalorizam Deus e supervalorizam o homem, fazendo Deus de servo e o servo de senhor. Músicas cantadas todas as noites nas igrejas que negam a trindade, ou incentivam as pessoas a amarem a Deus para barganhar por bençãos.

Guilherme, não encontro uma assertiva bíblica, clara e inquestionável, de que o crente esteja proibido ou deveria ser proibido de ouvir música do mundo. Mas, já deixei claro que, apesar de poder ouvir de tudo, nem tudo convém. Isso deveria incluir também o repertório gospel. Tem música gospel que prefiro não ouvir porque é contra minha fé! Você também deve fazer esse tipo de seleção no seu repertório gospel, ou será que você canta tudo que rola nas rádios?

Ainda dentro do discurso de Paulo aos coríntios sobre carne sacrificada a ídolos, ele diz que nossa liberdade não pode ser usada para ferir a consciência de outros irmãos que acreditam ser errado comer daquela carne. Ou seja, se minha comunidade cristã acredita que é errado ouvir música do mundo, não ouvirei de forma que provoque ou “teste” a fé deles. Não posso ser motivo de escândalo para eles.

Quem acha que pode ouvir uma música ou outra não pode fazer de forma a agredir a fé do irmão, e quem acha que deve excluir essas músicas de seu repertório para o benefício de sua consagração não deveria criticar aquele que ouve por diversão.

O que pode ser bom para mim, pode não ser bom para outras pessoas. Ainda que eu possa curtir algumas músicas do mundo dentro daquele padrão mencionado anteriormente, músicas que não ferem necessariamente a minha fé e meus valores cristãos; algumas pessoas, no entanto, não podem ouvir nem essas músicas porque elas se tornarão um passo para o desvio. São como alcoólatras que não podem nem comer um bombom de licor para não serem tentados a voltar ao alcoolismo. Se há uma ligação forte demais da pessoa com a música do mundo e as velhas práticas de sua antiga natureza, então é melhor que essa pessoa não escute música nenhuma do mundo. Isso me faz lembrar daquela personagem da Paula Burlamaqui na novela Avenida Brasil da Globo. Crentona, cheia daquelas idiossincrasias, mas não podia ouvir uma determinada música que ela logo perdia a linha. Se esse é o caso, o crente que tem a música do mundo como um ponto fraco, não deveria ouvir música alguma. Mas essa é uma escolha pessoal, faz parte de sua consagração pessoal e não deveria ser imposta a outras pessoas como uma regra bíblica, porque ela não é bíblica! Tem crente que nem precisa de Playboy para pecar, basta uma revista da Avon ou Demillus... Entende que o problema nem sempre está na coisa, mas na concupiscência de cada coração? Mais uma vez posso aplicar um conselho de Paulo: “Quem dá mais valor a certo dia faz isso para honrar o Senhor. E também quem come de tudo faz isso para honrar o Senhor, pois agradece a Deus o alimento. E quem evita comer certas coisas faz isso para honrar o Senhor e dá graças a Deus”Romanos 14:6. Se essa pessoa evita ouvir essas músicas, ainda que elas não tenham nada demais, faz pelo Senhor. E isso é bom!

Há, também, aqueles que fazem do cantor um ídolo. E nesse caso pode não ser apenas o cantor do mundo, mas o cantor gospel também. Falem mal da minha mãe, mas não falem da Ana Paula Valadão! Escola Bíblica Dominical está vazia enquanto o show do Fernandinho está lotadíssimo. Na minha opinião, essa proibição da igreja, dizendo que crente não pode ouvir música do mundo, é uma tentativa fraca de evitar que os crentes se envolvam com a adoração desses ídolos do mundo musical. Mas, idólatra é o coração humano sem Cristo! Na falta de ídolos do mundo, porque somos proibidos do acesso a eles, criamos nossos próprios ídolos na igreja. E como tem coração sem Cristo dentro de nossas igrejas...

Vou parafrasear Paulo como resumo da minha opinião: posso ouvir todo tipo de música, mas nem toda música é útil. Examino todas as músicas e fico só com o que é bom. Mas se o irmão prefere não ouvir das músicas do mundo porque faz parte de sua consagração pessoal e o irmão faz isso pelo Senhor, não posso criticá-lo! Louvado seja o Senhor! 1 Coríntios 10:23, 1 Tessalonicenses 5:21 e Romanos 14:6.

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Autor: André R. Fonseca 
www.andreRfonseca.com
Twitter: @andreRfonseca

Quando não especificado, todos os textos bíblicos são citações da NTLH - Nova Tradução na Linguagem de Hoje da SBB. 
Foto: Atriz Paula Burlamaqui na novela Avenida Brasil da rede Globo.
Fonte da imagem: http://colunas.gospelmais.com.br/files/2012/06/paula.jpg
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Tim Tebow, jogador evangélico de futebol americano, é eleito pela Forbes o atleta mais influente do mundo


Tim Tebow, jogador evangélico de futebol americano, é eleito pela Forbes o atleta mais influente do mundo

O quarterback Tim Tebow, jogador da Liga de Futebol Americano (NFL na sigla em inglês) conhecido por suas manifestações públicas de fé, foi considerado o atleta mais influente do mundo.
Embora não tenha vencido nenhuma edição do Superbowl, a grande final do futebol americano, Tebow é o atleta mais lembrado numa pesquisa feita pelos institutos Nielsen e E-Poll Market Research a pedido da revista Forbes.
A publicação, conhecida por listar os empresários mais ricos do mundo, já causou polêmica no Brasil anteriormente por listar os cinco líderes evangélicos brasileiros mais ricos.
Tim Tebow venceu outros grandes nomes do esporte, como o nadador Michael Phelps, que ficou em segundo lugar; o corredor Usain Bolt, que ficou em terceiro; e outros nomes mais conhecidos mundialmente, como o jogador de basquete LeBron James e o jogador de futebol David Beckham.
Atualmente sem clube para a próxima temporada da NFL, Tebow alcançou grande visibilidade com as comemorações apelidadas de “tebowing”, quando após cada touch down conquistado por ele, se ajoelhava e fazia uma oração de agradecimento.
Após uma temporada de destaque no Denver Broncos em 2011, o jogador atuou pelo New York Jets em 2012 e passou boa parte dos jogos como reserva. Em 2013, ainda não há uma definição de onde o atleta jogará.
Por Tiago Chagas
Fonte:Gospel+

Mercado evangélico movimentou 12 bilhões de reais em 2012



Livros, CDs e DVDs ainda são os produtos mais consumidos pelo público gospel
por Leiliane Roberta Lopes

Mercado evangélico movimentou 12 bilhões de reais em 2012Mercado evangélico movimentou 12 bilhões de reais em 2012

Um estudo da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) aponta que em 2012 o mercado evangélico movimentou R$12 bilhões com a venda de produtos como CDs, livros, materiais de papelaria e outros.
Hoje este mercado atrai empresários de diversos ramos como brinquedos, roupas, agências de viagens, produtos financeiros, sites de relacionamento e muitos outros.
Os livros voltados para este público movimentaram R$479 milhões de acordo com a Câmara Brasileira do Livro, mas é a indústria fonográfica que leva a maior fatia do segmento com R$1,5 bilhões anuais.
site Mundo do Marketing entrevistou Carlos Vinícius Buzulin, fundador do site Amoremcristo.com para falar sobre o segmento.
“O mercado está muito mais exigente do que há 10 anos. A mentalidade que imperava era: sou evangélico e vou fazer um produto para evangélicos. Então não precisa ser tão profissional, porque de irmão para irmão se aceita qualquer coisa. Nessa época, produto evangélico era sinônimo de falta de qualidade. A música, por exemplo, não era aceita por quem não era do meio”, disse.
Marcos Barboza, gerente de marketing da Central Gospel, também comenta que a exigência do consumidor aumentou. “Os evangélicos deixaram de ser a minoria da população e tornaram-se mais exigentes no que diz respeito à exclusividade e especificidade de produtos. A qualidade não é mais tratada como diferencial, mas como essencial. Essa busca por novos diferenciais obrigou os produtores deste mercado a se profissionalizarem, encontrarem novas técnicas e apresentarem soluções para que seus produtos sejam mais atrativos ao público”.
Hoje os evangélicos representam mais de 22% da população brasileira e os empresários começaram a entender que os evangélicos são um nicho do mercado lucrativo.
A reportagem da Mundo do Marketing fala sobre as empresas de moda voltada para o público evangélico e cita até os cartões de créditos oferecidos pelas CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil).
Fonte:gospelprime

O que torna uma religião demoníaca?


Por Josiah Grauman

Josiah Grauman
Josiah Grauman
“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos temposapostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência” (1 Timóteo 4.1-2).
Quando você lê esses versos, o que você imagina que o Espírito está descrevendo? Que imagens vêm à sua cabeça quando você pensa sobre esses últimos tempos? Em que atividade estarão envolvidos esses espíritos enganadores demônios?  Em outras palavras, quando você ouve falar de atividade demoníaca, qual a pior coisa que você pode imaginar?
Você estava imaginando pentagramas e velas, sacrifício humano e coisas do tipo?
Se sim, creio que você pode estar enganado sobre as artimanhas do diabo. Paulo nos fala explicitamente nos versos seguintes sobre qual atividade demoníaca ele está preocupado: [aqueles] que proíbem o casamento, e ordenam a abstinência dos alimentos que Deus criou para os fiéis,e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças.” (1 Timóteo 4.3)
O quê?!? Isso não parece um pouco exagerado? Um pouco de mais dizer que a atividade mais demoníaca possível nos últimos dias é um mestre proibindo sua congregação a comer certo alimento?
Se isso parece um exagero, novamente, penso que você pode não estar alerta sobre seu inimigo se mascarar como anjo de luz (2 Co 11.14). Ele faz o seu melhor para chegar o mais próximo possível da realidade do evangelho, apenas não salva. Ele orgulhosamente procura uma adoração da qual ele não é digno, projetando falsas religiões que são próximas da verdade para que ele possa ser adorado de uma maneira similar a Cristo, mas falsificada.
Obviamente, não muitos seriam enganados se Satã adicionasse sacrifício humano ao Cristianismo; não muitos iriam se perguntar se “aquela” igreja ainda era evangélica. Mas adicione uma pequena obra, e agora parece quase idêntico aos olhos de alguém com pouco discernimento. Entretanto, assim que você adiciona uma obra, uma coisa que você tem que fazer para ganhar o favor de Deus, seja não casar, não comer bacon ou uma simples circuncisão, você perde o evangelho (Galatas 5.2). O evangelho é sobre graça e incompatibilidade com as obras. Adicione uma obra, e a graça não é mais graça (Rm 11.6); o evangelho não é mais o evangelho (Efésios 2.8-9; Gálatas 1.6).
Nas últimas semanas, muito tem sido dito sobre como historicamente o Catolicismo e o Cristianismo são incompatíveis, e isso é verdade. Entretanto não é isso que causa a maior preocupação. O que mais me alarma é quão bom o disfarce de tantas falsas religiões está se tornando.
O que me preocupa é que quando eu pergunto a um bispo Mórmon, um padre Católico, um líder da testemunha de Jeová ou um evangélico do tipo “somente-Jesus”: “como alguém pode ser salvo?”, ele não diz: orar a Maria, pagar algumas indulgências, construir seu caminho para o céu, vestir roupa de baixo esquisita, etc. Não, ele regurgita um ecumênico pseudo-evangelho que tem a aparência de muita sabedoria; entretanto carece de qualquer poder para salvar.
Novamente, poucos vão para o inferno conscientemente adorando Satanás ou tentando se juntar a ele no lago de fogo. A maioria vai para o inferno pensando que estão no seu caminho para o céu, fazendo parte de uma falsa religião cujo propósito é projetado para parecer próximo da verdade.
Portanto, não é o lobo que parece com um lobo que é mais perigoso; é o lobo que se parece mais com ovelha. Assim, não irei argumentar com o fato de que esse “papa” ou aquele “pastor” lê mais a Bíblia que os outros, ou que ele ora mais que os outros, ou que ele é mais evangélico que os outros, o que eu irei argumentar é se isso o torna mais como uma ovelha, ou mais como um lobo perigoso. Obviamente, se ele não ensina o evangelho bíblico, é a última opção.
Veja, existem apenas dois times possíveis em que nós podemos jogar: ou somos filhos de Deus, ou filhos do diabo; ou filhos da luz, ou filhos das trevas; salvos pelo evangelho de Cristo ou condenados pelo nosso próprio esforço.
Então, qual deve ser nossa resposta como cristãos?
 1. Em relação aos outros: Nós precisamos discernir o verdadeiro evangelho para sabermos se um indivíduo é nosso irmão em Cristo ou não.  Se não, precisamos orar por sua salvação e exortá-lo para que arrependa-se do seu orgulho e creia. O problema de pensar que alguém que afirma a doutrina católica é evangélico é que você perde a urgência de argumentar com eles sobre se reconciliar com Deus. Ainda existem implicações para associações com membros dessas falsas religiões e seus mestres, mas isso vai além do âmbito desse artigo. Eu mencionaria 2 João 10-11 e 2 Corintios 6.14 como bons pontos de partida.
2. Em relação a si mesmo: Paulo termina o capitulo 4 de 1 Timóteo com a seguinte exortação: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina” ( 1 Tm 4.16). Essa é a nossa guerra, lutar constantemente contra essas doutrinas demoníacas que nos influenciam a pensar que estamos contribuindo de alguma maneira para nossa posição diante de Deus. Note que a preocupação de Paulo em 1 Timóteo 4.1 é que alguns irão se afastar da fé… isto é, alguns de nós. Alguns de nós, bons frequentadores de igrejas , que devem estar intrigados em pensar que nossa religião pode salvar.  Nós devemos travar batalha contra esses pensamentos diários que crepitam de nosso orgulho perverso – “Obrigado Senhor por me dar o desejo de ir igreja e não ser como aquelas outras pessoas…” e assim pensar que Deus deve estar impressionado conosco.
Paulo escreve nossa batalha assim: “Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo” (2 Corintios 10.5). Fazer guerra contra pensamentos ‘religiosos’ que nos tentam a pensar que Deus aceitaria nossa ‘retidão’ (Tg 2.10, Rm 3.10-11). Destruí-los ao saber pelo verdadeiro evangelho que o Santo Deus só irá aceitar aqueles que são perfeitamente retos, e obviamente, que essa retidão não pode ser obtida por nós, mas dada a nós pela graça através da fé (Gn 15.6, Rm 3.21-22, Tt 3.5, Hb 10.14). Devemos crescer no discernimento do evangelho e então lutar cada momento, obedecendo o evangelho em todas as coisas para que não venhamos a ceder um único centímetro; esse centímetro pode fazer a diferença entre o céu e o inferno.
Traduzido por iPródigo | iPródigo.com | Original aqui

Por que um Deus bom permite a doença e a dor?


DoençaDomingo passado fiquei profundamente tocado ao saber que uma irmã da igreja recebeu a notícia de que está com câncer. A previsão é de pelo menos um ano e meio de tratamento, quimioterapia e tudo o mais a que tem de se submeter alguém que é acometido por essa moléstia. Jovem, cristã, casada com o baterista do grupo de louvor… oramos juntos durante o culto – eu, ela e seu marido. Choramos. Pedimos a cura. E meus olhos demoraram algum tempo para secar, pois parecia que conseguia sentir em mim a dor e a ansiedade daquele casal, já em antecipação pelos meses de batalha que terão pela frente. Esse episódio me afundou em reflexão sobre uma das questões mais antigas entre os cristãos: como aceitar a ideia de um Deus bondoso e misericordioso deixar seus filhos enfrentarem doenças que causam dor e sofrimento? Eu tenho uma teoria.
Para falar sobre isso, antes de mais nada devemos nos lembrar de que estamos vivos e, como tal, sujeitos a todo tipo de doença. Parece meio óbvio, mas – acredite – para muitos não é. Há uma crença disseminada em muitas igrejas, com base em Isaías 53, de que Jesus curou todas as doenças do universoDoença1na cruz e basta termos fé que o interruptor da cura será acionado. Não acredito nisso. Acredito que, em sua soberania, Deus é capaz de me manter doente por mais que eu tenha a fé maior do mundo (se quiser se aprofundar no assunto, pode ler o post “E quando Deus não cura? – Parte 2/2“). Acredito no “seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”. Enquanto estamos vivos, habitaremos em corpos frágeis, aglomerados de tecidos e líquidos sujeitos a doença, degradação, falência, decadência. A salvação não blinda nossos corpos contra bactérias, vírus, torções, multiplicação descontrolada de células (tumores), fraturas, amputações, dores e centenas de outros tipos de problemas de saúde que podemos ter. A salvação é espiritual e não corpórea. Salvos e não salvos ficarão doentes do mesmo modo. A vida nos prova que isso é fato.
Se você não crê nisso, pense em uma coisa. Islâmicos ficam doentes e são curados. Espíritas ficam doentes e são curados. Budistas ficam doentes e são curados. Hindus ficam doentes e são curados. Xintoístas ficam doentes e são curados. Candomblecistas ficam doentes e são curados. Satanistas ficam doentes e são curados. Ateus ficam doentes e são curados. Cristãos ficam doentes e são curados. Simplesmente porque todos os fieis de todas as religiões fazem parte do mesmo grupo de seres: humanos. E humanos ficam doentes. Humanos produzem anticorpos. Humanos reagem a  medicamentos. Humanos ficam curados. E humanos também morrem.
Doença2Meu pastor eventualmente diz: exceto por um acidente ou um assassinato, ninguém “morre de morte”. Todos morremos de doenças. De falhas no funcionamento do organismo. Desconsidere quem morre por fatores de origem externa, como tiros, facadas, atropelamentos, afogamentos ou similares. Os demais morrerão de AVC, infarto, malária, dengue hemorrágica, pneumonia e centenas de outros tipos de problemas orgânicos. Ninguém morre de velhice: velhos morrem porque seus organismos não comportam mais a vida e, por isso, algo falha, uma doença os acomete e chega o momento da partida desta existência material. Se todos os cristãos fossem ser curados de tudo, nenhum de nós morreria. Lembre-se de que todo mundo que um dia foi curado de algo – seja por atendimento médico ou por um milagre – no fim acabará sucumbindo a outro mal. Ou você acha que Lázaro, o irmão de Maria e Marta, está vivo até hoje?
Então, somos espíritos infinitos que habitam corpos finitos. Vamos adoecer. Vamos morrer. É bom estarmos cientes disso.
Você poderia dizer: “Ok, Maurício, tudo bem, todos vamos ficar doentes e morrer um dia, mas precisamos sofrer tanto com certas doenças tão terríveis?”. Vamos analisar alguns casos bíblicos. Miriã, a irmã de Moisés, ficou leprosa, pela vontade do Senhor. Jó, o homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal, ficou cheio de tumores na pele, pela vontade do Senhor. Doença3O próprio Lázaro, um dos melhores amigos de Jesus, adoeceu, como explicou o Mestre, “para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela [a doença] glorificado”. O cego de nascença de João 9 carregava essa condição por anos, para, segundo Jesus, “que se manifestem nele as obras de Deus”. Até aqui falamos de lepra, tumores, cegueiras e uma doença mortal indefinida, todas enfermidades terríveis. Mas tem mais: muitos são os relatos, de Êxodo a Juízes, de circunstâncias em que o Senhor amoroso enviou doenças, pragas e pestes ao seu povo, o povo eleito, o povo escolhido, para que aprendesse que não havia outro Deus além dele e abandonasse a idolatria. E não nos esqueçamos do espinho na carne de Paulo que, é possível, talvez fosse uma doença. E estamos falando do grande apóstolo Paulo, o homem que foi arrebatado ao céu… mas para quem a graça de Deus bastava.
Agora eu pergunto a você: o que têm em comum todas essas circunstâncias, em que, pela ação direta de Deus, membros do seu povo, pessoas que ele amava e a quem queria bem –  Miriã, Lázaro, Jó e tantos outros – acabaram sendo acometidos por doenças horríveis e que causaram tanto sofrimento? O que vejo em comum a todos esses casos é o desejo do Senhor de que venhamos a aprender lições importantes por meio das enfermidades.
Veja: Miriã foi vencida pela soberba e a lepra veio para lhe ensinar humildade. Paulo (se é que o espinho na carne foi uma moléstia) recebeu a lição de que a graça de Deus é o que há de mais importante. O povo israelita sofreu muitas vezes com pestes para aprender que a obediência e a fidelidade ao Todo-poderoso são vitais. Jó sofreu para que bilhões de judeus e cristãos ao longo dos milênios aprendessem com sua história sobre a soberania divina. O cego e Lázaro padeceram para que bilhões de indivíduos aprendessem que o mais importante de tudo é a glória de Deus.
Doenças e aprendizado andam de mãos dadas desde o Éden. Andavam na época do Antigo Testamento, continuaram andando após a vinda de Jesus, andam ainda em nossos dias e seguirão andando até a consumação do século. Deus sabe que somos pó e, muitas e muitas vezes, o aprendizado sobre a obediência, a graça e a glória de Deus vêm mediante um instrumento pedagógico chamado doença (que, infelizmente, carrega a reboque dor e sofrimento).
Muitos poderiam dizer que esse tipo de pensamento não coaduna com a essência de um Deus que é amor. É exatamente por isso que precisamos entender os fatos do dia a dia pela óptica do Senhor e não pela dos homens. CoDoença4mpreenda uma coisa: quando o Pai olha para você, ele não está enxergando somente os míseros 70 anos de vida durante os quais a sua alma estará na terra – tão preciosos aos seus olhos humanos. Ele está vendo de uma perspectiva muito mais elevada, o Senhor contempla os milhões, bilhões, trilhões, quatrilhões de anos que você terá de vida eterna. Se essa matemática lhe parece nebulosa, perceba que, se a eternidade tivesse apenas 1 milhão de anos de duração, nela caberiam 14.285 vezes o tempo de vida de alguém que vive na terra 70 anos. E, lembre-se que a eternidade vai durar milhões de milhões de milhões de milhões de milhões de milhões de milhões de milhões (e por aí vai, indefinidamente) de anos. Ou seja: uma eternidade que tivesse somente 1 milhão de anos equivaleria a 14.285 vidas terrenas.
Diante disso, sinceramente, o que você acha que é mais importante para o Senhor? Suas poucas décadas aqui ou sua existência eterna? Se for preciso fazer você enfrentar alguns anos de aperto agora que promoverão um aprendizado benéfico para toda a eternidade, o que você acha que ele fará? No lugar dele, o que você faria?
Doenla5Eu estava brincando de massinha de modelar com minha filha de 2 anos quando vi que ela ia enfiar um pedaço daquela substância tóxica na boca (e, se eu não visse, possivelmente engolir). Num reflexo, dei um grito. A pobrezinha tomou um susto, pois não está acostumada a ouvir papai gritar com ela. Paralisou. Fez beicinho. E começou a chorar. Tomei-a em meus braços, a acalmei e depois lhe expliquei a razão de ter gritado com ela: evitar um mal maior. Ela compreendeu, enxugou as lágrimas, apertou meu pescoço num abraço e me deu um beijo. Quase nunca grito com ela, mas se você me perguntar se eu gritaria de novo se tivesse de reviver aquela situação, afirmo que berraria quantas vezes fosse necessário, pois a amo e prefiro que ela sofra um pouquinho por algum tempo do que sofra muito por muito tempo. Por que com Deus seria diferente? O amor de Deus por nós é tão, mas tão grande, que ele deixa que fiquemos doentes.
Deus olha para mim e você sempre, sempre e sempre a partir da perspectiva da eternidade. Ele quer nosso bem eterno. Se para isso for preciso que soframos um tanto de tempo nesta vida terrena e, assim, aprendamos importantes lições que impactarão diretamente nosso relacionamento e nossa intimidade com o Senhor pelos zilhões de anos que teremos entre a doença e a eternidade, afirmo que Deus nos enfermaria quantas vezes fosse necessário. Por quê? Em linguagem bíblica, “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas” (2Co 4.17-18).
Sim, ficaremos doentes. Sim, homens bons e íntegros, cristãos fieis, servos cheios de fé… todos ficarão doentes. Sim, todos os que adoecerem sofrerão. Sim, devemos orar pelos enfermos na esperança de sua restauração. Sim, remédios curarão muitos. Sim, milagres curarão alguns. Sim, muitos morrerão. Sim, no fim todos morreremos. O que fará a diferença é o quanto teremos capacidade de tirar de aprendizado de toda a dor e o sofrimento que precisaremos encarar.
Doença5Quando Jó finalmente parou de questionar as razões de sua doença e aprendeu o que Deus queria que ele aprendesse, disse: “Certo é que falei de coisas que eu não entendia, coisas tão maravilhosas que eu não poderia saber.  [...] Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram.  Por isso menosprezo a mim mesmo e me arrependo no pó e na cinza” (Jó 42.3-6). Quatro versículos depois, Deus acaba com o sofrimento de Jó. Será coincidência? É por isso que eu sempre recomendo: se você está doente, junto à oração pela cura ore a Deus perguntando o que Ele quer que você aprenda com aquela enfermidade. Há uma grande chance de seu sofrimento ser abreviado se você aprender o mais rápido possível o que Deus quer que você aprenda. Essa é uma certeza canônica? Não, a Bíblia não afirma isso. Mas é no que eu creio.
Que em meio à doença aprendamos mais sobre santidade. Sobre obediência. Sobre a graça de Jesus. E, por fim, sobre a glória de Deus.
Doença6Eu choro pela minha irmã que recebeu o diagnóstico de câncer. Fico muito, muito triste – e domingo fiz um compromisso comigo mesmo de orar diariamente por ela. Não queria que ela passasse por isso. Jesus, na noite de sua paixão, entrou em depressão a tal ponto por causa do sofrimento que teria de enfrentar que Mateus 26 registra: ele “começou a entristecer-se e a angustiar-se” e disse a seus amigos: “A minha alma está profundamente triste até à morte”. Pois a dor… dói. E de sentir dor quem gosta? Mas o sofrimento de Jesus trouxe benefícios eternos. O Pai sabia disso e, por essa razão, não afastou de seu Filho amado o cálice do sofrimento. Por isso, muitas vezes o compassivo e bom Deus deixa que também nós bebamos do cálice do nosso sofrimento: para que aprendamos algo que virá a trazer benefícios eternos. O que cada um de nós tem de aprender com nossas doenças? Não faço ideia (para cada pessoa há um aprendizado específico). Mas Deus faz.
De minha parte, sei que a graça dele nos basta. E que a ele seja dada toda a glória, pelos séculos dos séculos.
Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Por Maurício Zágari
Fonte:Blog Apenas

Um Templo ou um Teatro?


(Série de artigos da : Editora Fiel, disponibilizados pelo projeto Spurgeon)

Os homens parecem nos dizer: “Não há qualquer utilidade em seguirmos o velho método, arrebatando um aqui e outro ali da grande multidão. Queremos um método mais eficaz. Esperar até que as pessoas sejam nascidas de novo e se tornem seguidores de Cristo é um processo demorado. Vamos abolir a separação que existe entre os regenerados e os não-regenerados. Venham à igreja, todos vocês, convertidos ou não-convertidos. Vocês têm bons desejos e boas resoluções: isto é suficiente; não se preocupem com mais nada. É verdade que vocês não crêem no evangelho, mas nós também não cremos nele. Se vocês crêem em alguma coisa, venham. Se vocês não crêem em nada, não se preocupem; a ‘dúvida sincera’ de vocês é muito melhor do que a fé”.

Talvez o leitor diga: “Mas ninguém fala desta maneira”. É provável que eles não usem esta linguagem, porem este é o verdadeiro significado do cristianismo de nossos dias. Esta é a tendência de nossa época. Posso justificar a afirmação abrangente que acabei de fazer, utilizando a atitude de certos pastores que estão traindo astuciosamente nosso sagrado evangelho sob o pretexto de adaptá-lo a esta época progressista.

O novo método consiste em incorporar o mundo à igreja e, deste modo, incluir grandes áreas em seus limites. Por meio de apresentações dramatizadas, os pastores fazem com que as casas de oração se assemelhem a teatros; transformam o culto em shows musicais e os sermões, em arengas políticas ou ensaios filosóficos. Na verdade, eles transformam o templo em teatro e os servos de Deus, em atores cujo objetivo é entreter os homens. Não é verdade que o Dia do Senhor está se tornando, cada vez mais, um dia de recreação e de ociosidade; e a Casa do Senhor, um templo pagão cheio de ídolos ou um clube social onde existe mais entusiasmo por divertimento do que o zelo de Deus?

Ai de mim! Os limites estão destruídos, e as paredes, arrasadas; e para muitas pessoas não existe igreja nenhuma, exceto aquela que é uma parte do mundo; e nenhum Deus, exceto aquela força desconhecida por meio da qual operam as forças da natureza. Não me demorarei mais falando a respeito desta proposta tão deplorável.

FONTE: [ Editora Fiel ]
Via: [ Projeto Spurgeon ]

Bonhoeffer, a graça barata e o evangelho da prosperidade


 

Há 68 anos (no dia 09 de abril de 1945) morria Dietrich Bonhoeffer, pastor e teólogo da Igreja Luterana da Alemanha.

Este erudito, ordenado e doutorado aos 21 anos, autor de vários livros, é conhecido por sua coragem e seu compromisso cristão. Quando a Igreja Católica guardou silêncio e igrejas cristãs protestantes mantiveram-se à margem, com a desculpa de "neutralidade" diante do tirano e despótico regime que pretendia levantar Hitler, Bonhoeffer foi coerente com seu discurso e levantou sua voz.

Ele teve a oportunidade de ficar nos Estados Unidos em meio aos alvores que prognosticavam uma guerra mundial. No entanto, preferiu voltar ao seu país para cuidar do rebanho que Deus lhe havia entregue. Tinha sob sua responsabilidade um seminário que depois foi fechado pela Gestapo. Foi proibido de falar e ensinar mas, obedecendo ao seu chamado, continuou seu trabalho clandestinamente.

Acusado de cúmplice no plano para matar Hitler, Bonhoeffer foi preso e passou seus dois últimos anos de vida em uma prisão de Berlim, aguardando sentença final. Ali se dedicou a escrever vários de seus livros, que são conhecidos até hoje. Entre eles, "O Custo do Discipulado"1, uma joia da literatura cristã, que faz uma exposição à luz do Sermão do Monte (Mateus 5). 

Seu argumento era pôr em evidência o que significa professar uma fé abstrata, legalista e desencarnada do verdadeiro compromisso e da transformação que Jesus exige como o coração do Reino de Deus para os seus seguidores. Uma fé que não toca a alma nem a consciência, um cristianismo sem Cristo e sem cruz é uma fé estéril, inútil e vazia porque, ao final, não é sustentável. A isto Bonhoeffer chamou de “a graça barata”.

" A graça barata é a pregação do perdão sem arrependimento, é o batismo sem a disciplina de uma congregação, é a Ceia do Senhor sem confissão dos pecados, é a absolvição sem confissão pessoal. A graça barata é a graça sem discipulado, a graça sem a cruz, a graça sem Jesus Cristo vivo, encarnado”.

73 anos depois do pastor Bonhoeffer ter escrito estas palavras em um contexto de tribulação por defender sua posição, é triste reconhecer que hoje alguns setores trilham o mesmo caminho que visa baratear a fé.

A fé se torna barata quando é oferecida como um produto de consumo para satisfazer as massas que buscam uma mensagem que se encaixe aos seus desejos pessoais. Quando é oferecida como espetáculo para um público que deseja que se adoce os ouvidos e se prometa estabilidade para seu "status quo". Quando se defende a identidade de ser filho ou filha de Deus como uma garantia para reivindicar as promessas materiais em troca de uma módica soma ou transação monetária a que alguns chamam de “lei da semeadura e da colheita” ou “pacto com Deus”.

Recentemente um tele-evangelista latino-americano ensinou (se é que se pode chamar de ensino) que devemos reclamar a Deus por qualquer necessidade material existente e pedir o "carro dos nossos sonhos como um direito adquirido por sermos seus filhos”.
Em seus trinta minutos de exposição, em nenhum momento ele fez menção a outros elementos presentes na mensagem apostólica, tais como a justiça, a responsabilidade, a obediência, o arrependimento e o seguimento como parte integral do discipulado que Jesus viveu, encarnou e buscou.

Os promotores dessas correntes correm perigo de ensinar falsos ensinamentos e, assim, reduzir a mensagem a “migalhas espirituais”. Bonhoeffer tinha razão ao afirmar que "a graça barata é o inimigo mortal da igreja".

A última conferência mundial sobre evangelização “Lausanne 3”, celebrada na Cidade do Cabo, África do Sul, se pronunciou contra a má interpretação bíblica e até a manipulação que se tem feito para alimentar o materialismo. Um dos oradores mencionou, em seu discurso intitulado "Deus promete abençoar o seu povo," que o evangelho da prosperidade distorce o conceito de bênção quando a reconhece apenas no sentido material.

Outros preletores também comentaram o problema:

“Nós não podemos usar a opção de comprar a graça de Deus, e isso é o que faz o evangelho da prosperidade”. 

“Dar é parte da nossa adoração, mas o evangelho da prosperidade faz com que o dar seja uma atividade de barganha”.

“Aos crentes é ensinado que quando fazem uma oferta a Deus podem esperar uma rentabilidade determinada. Mas Deus abençoa de acordo com a sua sabedoria, e não necessariamente com riqueza material”.

Como crentes, não podemos permanecer calados diante desses falsos ensinos que continuam a permear a igreja e prejudicam a fé. Mas o mais preocupante é que eles continuam a arrastar milhares de seguidores para beber dessas águas turvas e ilusórias. E ainda mais perturbador é que eles estão deixando para as futuras gerações um legado de discipulado que em nada reflete o coração do Reino.

Bonhoeffer não se calou porque reconheceu que seu dever como um discípulo do Senhor era falar. Deus espera algo menos de cada um de nós, hoje?

Nota:
1. Publicado no Brasil pela Editora Sinodal, com o título “Discipulado”.

__________
Alexander Cabezas Mora é costa-riquenho e coordena o setor de relações eclesiásticas de Viva da América Latina. É membro da secretaria administrativa do Movimento Cristão “Juntos con la Niñez” e integrante da Fraternidade Teológica Latino-americana.

Tradução: Ana Cristina Aço Martins.

Fonte:Ultimatoonline

5 Sinais de que Você Glorifica a Si Mesmo


Por Paul Tripp

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É importante reconhecer o fruto de autoglorificar-se em você e em seu ministério. Que Deus use esta lista para lhe conceder sabedoria diagnóstica. Que ele use esta lista para expor seu coração e redirecionar seu ministério.
Autoglorificar-se fará com que você:

1. Ostente em público o que deveria ser mantido em particular.

Os fariseus são um vívido exemplo primário para nós. Porque eles viam suas vidas como gloriosas, eles eram ligeiros em ostentar essa glória diante dos olhos de quem estivesse vendo. Quanto mais você pensa que você já chegou lá, e quanto menos você vê a si mesmo como necessitando de graça resgatadora, mais você tenderá à autorreferência e à autocongratulação. Por você estar atento à autoglorificação, você vai trabalhar para conseguir maior glória mesmo quando não estiver consciente de que está fazendo isso. Você tenderá a contar histórias pessoais que fazem de você o herói. Você encontrará maneiras, em cenários públicos, de falar de atos privados de fé. Por você se achar digno de aplausos, você buscará os aplausos de outros encontrando maneiras de apresentar a si mesmo como “piedoso”.
Eu sei que a maioria dos pastores lendo esta coluna pensarão que nunca fariam isso. Mas estou convencido de que há mais “desfile de piedade” no ministério pastoral do que tendemos a pensar. Esta é uma das razões pelas quais eu acho conferências pastorais, reuniões de presbitério, assembleias gerais, convenções, e reuniões de plantação de igreja desconfortáveis às vezes. Após uma sessão ao redor da mesa, essas reuniões podem se degenerar a um “concurso de cuspe” de ministério pastoral, onde somos tentados a menos do que honestos sobre o que de fato está acontecendo em nossos corações e em nossos ministérios. Após celebrar a glória da graça do evangelho, há demasiado recebimento de glória autocongratulatória por pessoas que parecem precisar de mais aplausos do que merecem.

2. Seja demasiadamente autorreferente

Todos nós sabemos disso, todos nós já vimos isso, todos nós já ficamos desconfortáveis com isso, e todos nós já fizemos isso. Pessoas orgulhosas tendem a falar muito de si mesmas. Pessoas orgulhosas tendem a gostar mais de suas próprias opiniões do que das opiniões dos outros. Pessoas orgulhosas pensam que suas histórias são mais interessantes e cativantes do que as dos outros. Pessoas orgulhosas pensam que eles sabem e entendem mais do que os outros. Pessoas orgulhosas pensam que conquistaram o direito de serem ouvidas. Pessoas orgulhosas, por basicamente terem orgulho do que sabem e do que fizeram, falam muito sobre ambos. Pessoas orgulhosas não falam a respeito de suas fraquezas. Pessoas orgulhosas não falam a respeito de suas falhas. Pessoas orgulhosas não confessam pecado. Então pessoas orgulhosas são melhores em colocar os holofotes sobre si mesmas do que em refletir a luz de suas histórias e opiniões de volta para a gloriosa e completamente imerecida graça de Deus.

3. Fale quando deveria ficar calado.

Quando você pensa que já chegou lá, você é bem orgulhoso e confiante de suas opiniões. Você confia em suas opiniões, então você não está tão interessado nas opiniões dos outros quanto deveria estar. Você tenderá a querer que seus pensamentos, perspectivas e pontos de vista vençam em qualquer reunião ou conversa. Isso significa que você estará muito mais confortável do que você deveria estar com dominar um grupo com sua conversa. Você falhará em ver que na multidão de conselhos há sabedoria. Você falhará em ver o ministério essencial do corpo de Cristo em sua vida. Você falhará em reconhecer suas tendências e sua cegueira espiritual. Você não irá a reuniões formais ou informais com um senso pessoal de necessidade do que os outros têm a oferecer, e você controlará a conversa mais do que deveria.

4. Fique quieto quando deveria falar.

A autoglorificação pode ir para o outro lado também. Líderes que são muito autoconfiantes, que involuntariamente atribuem a si mesmos o que poderia apenas ser efetuado pela graça, frequentemente veem reuniões como uma perda de tempo. Por serem orgulhosos, eles são muito independentes, então as reuniões tendem a ser vistas como uma interrupção irritante e inútil de uma agenda ministerial já sobrecarregada. Por causa disso, ou eles acabarão com todas as reuniões ou as tolerarão, tentando finalizá-las o mais rápido possível. Então eles não lançam suas ideias para consideração e avaliação porque, francamente, eles não acham que precisam. E quando suas ideias estão na mesa e sendo debatidas, eles não entram na briga, porque eles pensam que o que eles opinaram ou propuseram simplesmente não precisa de defesa. A autoglorificação fará com que você fale demais quando você deveria ouvir, e com que você não sinta necessidade de falar quando você certamente deveria.

5. Se importe demais com o que os outros pensam de você.

Quando você caiu no pensamento de que você é alguma coisa, você quer que as pessoas reconheçam esse “alguma coisa”. Novamente, você vê isso nos fariseus: avaliações pessoais de autoglorificação sempre levam a um comportamento de busca por glória. Pessoas que pensam que chegaram a algum lugar podem se tornar hipersensíveis a como outras pessoas reagem a elas. Por você ser hipervigilante, observando a maneira pela qual as pessoas em seu ministério respondem, você provavelmente nem sequer percebe como você faz as coisas por autoaclamação.
É triste, mas frequentemente ministramos o evangelho de Jesus Cristo por causa de nossa própria glória, não pela glória de Cristo ou a redenção das pessoas sob nossos cuidados. Eu já fiz isso. Eu já pensei durante a preparação de um sermão que um certo ponto, colocado de certa maneira, poderia ganhar um detrator e eu já fiquei observando à procura da reação das pessoas enquanto eu pregava. Nesses momentos, na pregação e na preparação de um sermão, eu abandonei meu chamado como embaixador da eterna glória de outro pelo propósito de conseguir para mim o louvor temporário dos homens.
Por Paul Tripp. Copyright © 2013 The Gospel Coalition, Inc. Todos os direitos reservados. Usado com permissão. Original: 5 Signs You Glorify Self.
Paul Tripp é pastor, escritor, e conferencista internacional. Ele é presidente do Paul Tripp Ministries e trabalha para conectar o poder transformador de Jesus Cristo ao dia a dia.
Tradução: Alan Cristie – Mionistério Fiel © Todos os direitos reservados. Webistes www.MinisterioFiel.com.br e www.VoltemosAoEvangelho.com. Original: 5 Sinais de que Você Glorifica a Si Mesmo (Paul Tripp)


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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Necessário vos é nascer de novo (Keith Mathison)


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Eu me lembro nitidamente dos nascimentos dos meus dois filhos. Embora eles tenham nascido com uma diferença de seis anos, eu me lembro da preparação para cada viagem ao hospital. O caminho até lá. Acompanhar minha esposa até o elevador Os quartos, os monitores, as enfermeiras, médicos e membros da família. A antecipação e a espera. Mais do que tudo eu lembro ver meus filhos pela primeira vez e olhar o rosto da minha esposa quando as enfermeiras lhe passavam essas pessoinhas bem empacotadas. Olhei para o alto agora e vi uma fotografia que tiraram de mim segurando minha filha recém-nascida doze anos e meio atrás. O nascimento de um filho é realmente uma experiência maravilhosa e inesquecível.
Por mais maravilhoso que o nascimento de um filho seja, ele empalidece em comparação com o milagre do nascimento espiritual. Veja, meus filhos nasceram fisicamente saudáveis, e por isso eu agradeço a Deus. Mas eles, como todo descendente de Adão, eram espiritualmente natimortos. Eles nasceram espiritualmente mortos, e não estão sozinhos. Você e eu e todas as outras pessoas nascemos mortos — mortos em pecado (veja Efésios 2:1). Nós nascemos mortos por causa do pecado de nosso representante Adão. O apóstolo Paulo nos ensina que “por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Romanos 5:12). E a morte espiritual não é o fim disso. Mesmo que sejamos nascidos fisicamente saudáveis, nossa morte espiritual será seguida em algum momento por nossa morte física: “Porque tu és pó e ao pó tornarás” (Gênesis 3:19).
É por essa razão que Jesus disse a Nicodemos: “Necessário vos é nascer de novo” (João 3:7 – AA). Os espiritualmente mortos não podem entrar na santa presença de Deus. “Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (João 3:3). Para ver o reino de Deus, então, o natimorto espiritual deve ser trazido à vida. Deve haver uma ressurreição espiritual.
Deve haver nova vida, vida eterna. “Necessário vos é nascer de novo.” As palavras de Jesus confundiram a Nicodemos. “Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?” (João 3:4). Aqui Nicodemos nos dá uma aula de não entender.
Nicodemos não está sozinho. Há um grande números de cristãos professos que não entendem. Ao ouvir alguns falarem, você pensa que Jesus disse apenas: “Você precisa ficar bem de novo.” De acordo com muitos, nós não estamos espiritualmente mortos, mas estamos simplesmente doentes. Estamos em nossos leitos de morte, e Jesus nos oferece a cura. Tudo o que temos que fazer é estender a mão e pegar. Ou estamos nos afogando e Jesus nos oferece uma boia salva-vidas, e tudo o que temos que fazer é agarrá-la para salvar nossas vidas. O quadro pintado por Jesus e os apóstolos, contudo, é muito mais deserto. Em nosso estado natural adâmico, nós não estamos em nossos leitos de morte. Estamos no túmulo. Não estamos flutuando na superfície do mar. Estamos sem vida no fundo do oceano. Estamos mortos.
Este é o ponto que Nicodemos e nós devemos entender. Quando Jesus diz a Nicodemos que ele deve nascer de novo, ele está indicando que isso não é algo que Nicodemos pode fazer por si próprio. Assim como nós não tivemos controle no nosso nascimento físico, nós não temos controle em nosso nascimento espiritual. Trata-se da obra soberana do Espírito Santo. Aqueles que dizem que estamos apenas espiritualmente feridos dirão que podemos ser regenerados, nascidos de novo, colocando nossa fé em Cristo. Isso, contudo, coloca tudo exatamente ao contrário. Nós não cremos para sermos regenerados; nós devemos ser regenerados para que possamos crer. A regeneração precede a fé.
Nossa situação espiritual é similar de algumas maneiras àquela de Lázaro no túmulo (veja João 11). Lázaro estava morto. Ele não podia fazer nada em e por si mesmo para ganhar nova vida. Jesus ordenou que Lázaro saísse do túmulo, mas Lázaro não poderia reagir a menos que Deus lhe desse, em primeiro lugar, vida. Da mesma maneira, estamos espiritualmente mortos e não podemos fazer nada para ganhar vida espiritual. Jesus nos ordena a crer nele, mas não podemos reagir a menos que Deus, em primeiro lugar, nos dê vida espiritual. Jesus nos dá sua nova vida porque ele venceu a morte; de uma vez por todas. Como Pedro explica: “Segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1 Pedro 1:3).
Se você é um cristão, considere o que Deus fez por você. Considere o fato de que você nasceu morto em pecado. Jesus veio ao seu túmulo. Ele ordenou que você saísse e lhe deu vida espiritual e fé. Agora você nasceu de novo e é um filho adotado de Deus (João 1:12). Você é um coerdeiro com Cristo. E embora seu corpo físico ainda vá morrer, você pode descansar em segurança na esperança da ressurreição. Aqueles em Cristo serão ressuscitados (1 Coríntios 15:22). Nosso corpo presente é perecível, mas ele será levantado imperecível, para nunca mais morrer. Quando Deus nos ressuscita, a morte será finalmente engolida pela vitória


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Por Keith Mathison. Extraído do site www.ligonier.org. © 2013 Ligonier Ministries. Original: You Must Be Born Again
Este artigo faz parte da edição de Fevereiro de 2013 da revista Tabletalk sobre “União com Cristo”.
Tradução: Alan Cristie. Ministério Fiel © Todos os direitos reservados. Original: Necessário vos é nascer de novo (Keith Mathison)


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"Deus" corre atrás, oferece promessa arquivada, leva porta na cara e chora, como assim Thalles?


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Por Antognoni Misael


Volta e meia Thalles Roberto aparece nas minhas postagens. Já tava demorando… Sei que muitos até duvidam, mas, eu o ouço e gosto de algumas de suas canções – ouvi-lo cantar clássicos das músicas cristãs no álbum Raízes (2010) não tem igual – o problema é que por estar onde está, talvez por ter sido mal discipulado, ele acaba por merecer algumas considerações.

No último post sobre ele escrevi que se ele apenas cantasse seria menos pior. Minha sugestão abordou sobre suas equivocadas declarações feitas em pregações, testemunhos e entrevistas, a respeito do evangelho: “Se fosse um deslize, uma frase mal colocada, uma expressão infeliz, até que dava pra relevar, mas… não. Não é tão simples assim”, escrevi.

O que tem me chamado atenção agora é o recente vídeo lançado pela Graça Music, “Filho Meu”, cujo Thalles fala na primeira pessoa demonstrando uma tentativa do próprio Deus de se relacionar com um suposto FILHO, porém ainda não convertido.

Não julgo a intenção da música, pode até ter sido boa, mas, sinceramente tanto ela quanto o vídeo foram (para mim) de uma péssima fundamentação teológica, pobreza musical e de uma desqualificação da soberania e onipotência de “Deus” nunca vista antes.



Comentando a letra:

“Filho meu
Ta fugindo de mim, é?
Ja tentei, procurei e outra vez
Você me rejeitou, porta na cara doeu…”

1) A Palavra nos ensina que é Deus quem realiza tanto querer quanto o efetuar na vida de todos nós. (Fp 2.13). Charles Spurgeon bem disse que a Graça de Deus não viola a vontade humana, mas triunfa docemente sobre ela. Sinceramente não consigo compreender esse “Deus” da canção que tanto PROCURA, TENTA e não consegue realizar sua vontade, e além disso ainda leva porta na cara e sente a dor pela rejeição.

“Filho meu
Ta correndo de mim, é?
Ontem eu me lembrei
De uma antiga oração
Que você fez no monte
Lembra filho? Eu chorei!”

2) Não dá pra encontrar nas Escrituras um “Deus” que tem esporádicas lembranças de orações e se põe a chorar porque se sente rejeitado por alguém. Esquizofrenia e complexo de inferioridade, não dá né?

“Eu acho que paguei
Um preço alto demais
Eu tenho tantas coisas
Pra viver com você
Promessas e promessas
Arquivadas te esperando, filho!”

3) Este trecho acima é um retrato do que ultimamente tem ocorrido com muitas das canções evangélicas: a centralidade no homem. A infelicidade do Thalles foi tanta que se prestarmos bem atenção, as palavras compostas por ele montam a ideia de um “Deus” que se humilha e tenta reatar o relacionamento a partir de uma barganha: oferece coisas boas para viver, “Promessas e Promessa” para que o pecador se volte para Ele. Note que em nenhum momento há o convite ao arrependimento, nem a verdade cristã que o caminho de Deus não é um “mar de rosas”!

(Uma pergunta ainda fica no ar: “Deus arquiva promessas”? #CUMÉISSO?)

“Você ta dirigindo cego
Em alta velocidade
Daqui de cima eu vejo
A pancada que vem
Então passa sua vida pro meu
Nome que eu assumo tudo
Tudo, tudo, tudo”
4) Afinal, esse FILHO da canção é convertido ou convencido? Note, nas estrofes acima “Deus” se refere a um filho, tanto é que o chama assim. Agora me parece que ele ainda não é, já que acima “Deus” diz: “passa sua vida pro meu nome”, deixando a entender que ainda não há filiação entre ele e o personagem FILHO. Veja a próxima estrofe:

“Faz o seguinte, oh
Levante a mão agora
E me aceita
Como o seu salvador
Depois me abraça
E a gente venceJunto essa parada”

5) Acima, “Deus” faz um apelo ao personagem e definitivamente revela que ele não era FILHO como mencionou as duas primeiras estrofes; além do mais, este convite de “Deus” não traz a consciência de pecado e a condição de arrependimento, do contrário, ratifica que é um convite a vitória e ao deleite das promessas “arquivadas”.

Quanta irrelevância e confusão para uma só canção.

Lamento dizer. Senti pena desse “Deus” da canção. Um “Deus” que implora, oferece promessa arquivada, leva porta na cara e sente dor na rejeição.

A Palavra diz que Cristo morreu pelos Seus, viu o fruto penoso do seu trabalho e ficou SATISFEITO (Isaías 53:10-11). Deus NÃO está implorando por ninguém. É o próprio Deus quem chama, traz e abre a porta. As Suas ovelhas ouvem a Sua voz e o seguem, e ninguém as arrebatará das mãos dEle (Jo 10.27-28).

P.S.: Sem falar que a música (pra mim) é uma das piores que ouvi no meio Gospel.

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