É percebida a diferença de consciência, motivação e pregação, na vida dos discípulos, entre o período pré-pentecostes e o período pós-pentecostes. No período anterior a descida do Espírito Santo, os discípulos haviam caminhado, ouvido, presenciado os milagres, acompanhado a crucificação e avistado Cristo Jesus já ressuscitado durante quarenta dias.
As últimas palavras que os discípulos ouviram do Mestre foram: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.” (Atos 1.8), e a última imagem foi relatada pelo escritor de Atos dos Apóstolos: “E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos.” (Atos 1.9).
Porém, mesmo depois de toda experiência vivenciada com Cristo Jesus, o objetivo da primeira reunião dos apóstolos após a ascensão de Cristo foi para tratar de assuntos de caráter organizacional e institucional: “E, lançando-lhes sortes, caiu a sorte sobre Matias. E por voto comum foi contado com os onze apóstolos.” (Atos 1.26), ao mesmo tempo em que, a pregação do apóstolo Pedro teve como conteúdo a traição de Judas Iscariotes: “E naqueles dias, levantando-se Pedro no meio dos discípulos (ora a multidão junta era de quase cento e vinte pessoas) disse: Homens irmãos, convinha que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo predisse pela boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam a Jesus;” (Atos 1.15,16).
Em que teria se tornado a Igreja, caso o Espírito Santo não tivesse descido e socorrido os discípulos? Certamente que, estaria fadada a se tornar uma confraria de homens que se reuniriam apenas para discutir assuntos institucionais e pregar sobre as fraquezas do seu semelhante.
Após o dia de pentecostes a mudança foi radical na liturgia e na pregação da igreja primitiva, a ponto de o segundo sermão do apóstolo Pedro (após a descida do Espirito Santo) se tornar um modelo clássico de pregação bíblica a ser observado e seguido por todos aqueles que anunciam o Evangelho de Cristo Jesus.
Em sintese, quando a igreja não se reune mais para adorar a Cristo, ou para pregar o evangelho, certamente é uma das evidências de ausência do Espirito Santo. De modo que, caso a igreja contemporânea deseje continuar relevante em sua missão e preservando sua identidade em Cristo Jesus, certamente precisará diariamente da presença gloriosa do Espírito Santo assim como aconteceu na igreja primitiva.
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Samuel Torralbo é teólogo e há muito tempo é colaborador do Púlpito Cristão. Escreve em seu blog Pessoal. Acesse clicando aqui.
A morte do presidente venezuelano, Hugo Chávez, tem levado a uma série de especulações sobre o futuro do país que Chávez governou por 14 anos, e também sobre a relação de Chávez com a religião. Um dos motivos para tais especulações é que Chávez afirmava ter se convertido ao cristianismo, dizendo constantemente que ele acreditava que Deus iria curá-lo do câncer.
Em maio de 2012, o ministro pentecostal Rafael Ramirez, profetizou a morte do presidente em 2013 e que a Venezuela viveria um período de renascimento depois. As afirmações do pastor Ramirez estão agora sendo divulgado em sites de redes sociais, que afirmam que a profecia estaria se cumprindo.
- Eu vi a morte deste homem, e eu vi uma coisa muito grande para 2013. Há tanto lixo que colocou este país (Venezuela), é tanta maldição trazida de Cuba, é muito de bruxaria da Bolívia, e satanismo dos xamãs, mas esta é a minha nação, diz que Deus, e eu vou lutar por isso país – disse o pastor Ramirez em seu sermão.
Apesar das afirmações do pastor, que têm sido massivamente divulgadas, o Conselho Evangélico da Venezuela (CEV), publicou uma nota de luto, com condolências estendidas “para as famílias de todos os venezuelanos”, mas pediu “reflexão e avaliação do que é realmente importante na vida”.
- Como venezuelanos, somos desafiados a enfrentar esses momentos particulares da nossa história com um sentido de grande responsabilidade e de fraternidade – completou a nota.
A indicação do pastor Marco Feliciano para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) provocou um rebuliço político e social, com manifestações contrárias e de apoio, e um tumulto causado por manifestantes, suspendeu a sessão em que o nome do deputado seria votado para o cargo.
O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), adiou para hoje, 07 de março, a definição a respeito de Feliciano, segundo informações do G1. A estratégia de partidos como o Psol e PT é esvaziar a sessão para que não sejam registrados o mínimo de votos necessários para a eleição.
Alves porém, criticou o tumulto estimulado pelos deputados: “Os parlamentares que forem contrários podem se ausentar ou votar contra, mas não realizar o que foi realizado. A democracia exige ordem. É uma indicação que tem que ser respeitada. Assim, nós faremos amanhã [quinta], às 9h, reunião para eleger o presidente da comissão”, definiu.
Toda a polêmica em torno de Marco Feliciano se dá por declarações dele contra o casamento gay e por afirmar que, segundo a Bíblia, existe uma maldição sobre o continente africano desde os tempos de Noé.
O maior adversário político de Feliciano, deputado e ativista gay Jean Wyllys (Psol-RJ) afirmou que caso o pastor seja confirmado como presidente da CDHM, ele deixará a comissão e passará a tratar das questões relativas ao movimento homossexual na Comissão de Educação, que é presidida por Gabriel Chalita (PMDB-SP), conhecido por ser católico fervoroso.
“Não quero servir de trampolim para um discurso conservador”, disse Jean Wyllys, criticando mais uma vez a postura de Marco Feliciano. Um companheiro de partido do ex-participante do Big Brother Brasil, deputado Chico Alencar (Psol-RJ), ironizou a indicação de Marco Feliciano e sugeriu a mudança do nome da comissão.
“Vamos nos mobilizar para fazer deixar de existir a Comissão de Direitos Humanos e criar a Comissão de Fundamentalismo Religioso, de Defesa da Tradição, Família e Propriedade. Caso esse nome seja confirmado pela maioria dos membros da comissão, não teremos mais nada a fazer, aí deixaremos a ‘ex-comissão’ de Direitos Humanos e buscaremos outros fóruns”, disse Chico Alencar, segundo informações do Ig.
O PT também deu fortes indícios de que mobilizaria seus parlamentares para evitar a efetivação de Marco Feliciano como presidente da CDHM: “Nós tentamos de tudo para que o PSC indicasse uma pessoa que tivesse compromissos democráticos e com direitos humanos, mesmo que tivesse posições diferenciadas. Se fosse assim, nós colaboraríamos. Agora, ao indicar uma pessoa que, publicamente, declarou preconceito e discriminação contra minorias ou maiorias, nós não vamos apoiar uma pessoa dessas”, disse o deputado Nilmário Miranda.
O pastor relevou as questões contra ele colocadas de forma pessoal pelos demais parlamentares: “É natural que esse grupo que se levantou contra mim se manifestasse, após alguns posicionamentos que eu tenho”, disse Feliciano, que ressaltou a pluralidade de temas que a CDHM precisa debater, como as questões indígenas, por exemplo.
As redes sociais foram usadas de maneira maciça para criticar a indicação de Feliciano, e um vídeo com imagens de um culto foi usado como forma de criticar o deputado indiretamente. O jornal O Globo deu vazão à informação, dizendo que Marco Feliciano pede doações durante um culto de maneira pouco comum. No vídeo, o pastor diz: “É a última vez que eu falo. Samuel de Souza doou o cartão, mas não doou a senha. Aí não vale. Depois vai pedir o milagre pra Deus e Deus não vai dar e vai falar que Deus é ruim”.
O deputado André Moura (PSC-SE), líder do partido, afirmou que não recuará na indicação do pastor: “Está mantida a candidatura do deputado Marco Feliciano. É uma decisão da bancada, do partido. Ele é de nossa inteira confiança. Ele está sendo julgado de forma antecipada. O fato de ele defender determinadas bandeiras não significa que ele, como presidente da comissão, vá trabalhar de forma tendenciosa”, argumentou.
A definição em torno da efetivação de Marco Feliciano como presidente da CDHM deverá ocorrer hoje, durante a reunião que será realizada entre os parlamentares que integram a comissão.
Confira no vídeo abaixo, resposta de Marco Feliciano às acusações feitas contra ele:
“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Provérbios 4.23).
Uma das lições mais importantes que aprendi nos meus estudos para o doutorado em interpretação bíblica, com reflexos para minha compreensão da vida como um todo, foi que não existe leitura de um texto que seja absolutamente neutra e objetiva. Nisso me ajudaram Derrida, Foucault, Gadamer, Ricouer e outros profetas e precursores das chamadas novas hermenêuticas.
Isso que é verdade quanto à leitura de textos também é verdade quanto à leitura da realidade. Todos nós enxergamos a vida através dos óculos formados por nossas experiências, nossos preconceitos e pressupostos e acima de tudo, nossas crenças.
Muitos autores contribuíram a derrubada do mito da neutralidade defendido no Iluminismo e que se tornou padrão na academia. Entre eles menciono o historiador da ciência Thomas Kuhn, cujo livro “A Estrutura das Revoluções Científicas” (1962) representa um marco nessa disciplina. O argumento de Kuhn, em linhas gerais, é que, ao contrário do que postulava o positivismo científico, os cientistas não são meras máquinas de análise e registro de informações – são pessoas de carne e osso, com sentimentos, emoções e intuições. Eles não registram passivamente suas observações, mas projetam ativamente as suas crenças. As suas experiências pessoais servem para formar os paradigmas, que são estruturas dominantes que organizam os experimentos que eles realizam.
Em suma, as revoluções científicas avançam, não quando surgem novas descobertas, as quais são incorporadas e absorvidas aos paradigmas dominantes – mas quando os paradigmas mudam. Com isso Kuhn destacou e firmou a importância dos paradigmas e dos pressupostos nas áreas do conhecimento. Ele valorizou as crenças e convicções das pessoas ao lerem e interpretarem a realidade ao seu redor.
É nesse contexto que falamos da importância e da legitimidade de uma visão de mundo (“cosmovisão”, Weltanschauung, termo usado primeiramente por E. Kant). Uma cosmovisão é uma maneira de ver o mundo de acordo com aquilo que se crê. De acordo com Ronald Nash, destacado filósofo cristão, em sua obra Questões Últimas da Vida (2008), existem cinco crenças mais importantes que definem a cosmovisão de alguém:
• Deus – ele existe? Qual sua natureza? Há mais de um Deus?
• Metafísica – qual o relacionamento de Deus com o universo? O universo existe? Qual sua origem?
• Epistemologia – é possível saber, entender e conhecer? Existe verdade?
• Ética – existem leis morais que regem a conduta humana? Elas são absolutas ou relativas?
• Antropologia – o ser humano é apenas corpo ou materialidade, ou tem uma dimensão espiritual? Qual sua origem? Existe vida após a morte?
• Aquilo que as pessoas acreditam sobre esses cinco pontos haverá de tingir os óculos com que elas enxergam e decifram o mundo ao seu redor, e haverá de influenciar de forma decisiva seu relacionamento consigo mesmo, com o próximo, com o mundo, em casa, no trabalho e na sociedade como um todo.
O livro de Provérbios já falava da importância do coração e da mente (leb em hebraico) para a compreensão da totalidade da vida (vide acima Provérbios 4:23). É nesse contexto que falamos da importância e da legitimidade de uma visão de mundo que parta dos valores teóricos e morais do Cristianismo, e que faça parte dos paradigmas e matizes que orientam nosso labor acadêmico nas instituições de ensino onde servimos a Deus.
Uma visão de mundo cristã deveria levar em conta a existência de um Deus pessoal e sua ação na história; a revelação que ele faz de si mesmo nas Escrituras judaico-cristãs; o ser humano criado à imagem de Deus; a presença e a realidade do mal nesse mundo; o mundo e suas leis como expressão do caráter desse Deus – poder, bondade, justiça, sabedoria.
Dado que não existe neutralidade na academia, sempre teremos paradigmas que dependem de visões de mundo. Há muitos deles: marxismo, humanismo, ateísmo, agnosticismo, materialismo, para nomear algumas. Se não podemos escapar de termos uma cosmovisão, que abracemos em nossos labores a visão cristã de mundo, que está em nossas raízes, como instituição cristã de ensino.
Disciplina eclesiástica é uma prática esquecida em nossa geração. Prováveis distorções deste precioso ensino de Mateus 18 e 1 Coríntios 5 levaram muitos a considerar a prática como legalista, deixando-a de lado. Contudo, se queremos ser bíblicos e obedecer todas as palavras de Jesus (parte integrante da Grande Comissão – Mateus 28:19-20), a disciplina bíblica não é opcional.
Hoje, trazemos um texto de Leeman, dando cinco princípios para se conduzir a disciplina na igreja.
Por Jonathan Leeman
Aqui estão cinco outros princípios sobre como conduzir a disciplina na igreja, baseados no que vemos no Novo Testamento.
1) O processo deve envolver o mínimo possível de pessoas
Um claro princípio que emerge de Mateus 18:15-20 é que Jesus expressa que o processo de correção de pecado deve envolver o mínimo possível de pessoas para produzir arrependimento. Se um encontro um-a-um produz arrependimento, bom. Se for preciso dois ou três mais, que assim seja. Uma questão deveria apenas ser levada para toda a igreja quando todos os meios de acesso se esgotaram. O processo de Mateus 18, é claro, presume que um círculo maior ainda não tem conhecimento do pecado em questão. Pecados que já estão em natureza pública, como em 1 Coríntios 5, podem requerer que os líderes da igreja se pronunciem à igreja inteira. As prioridades gêmeas que embasam o princípio de manter o processo de disciplina o menor possível são um desejo pelo arrependimento do pecador, e um desejo de proteger o nome de Jesus.
2) Os líderes da igreja devem liderar o processo
O pecado é traiçoeiro e complexo. Portanto, não é sem razão que Paulo escreve: “Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado” (Gálatas 6:1). Paulo sabe que ovelhas mais jovens podem ser facilmente enganadas, tentadas ou a unir-se ao pecador no pecado ou, pelo menos, a serem persuadida pelos argumentos do pecador sobre por que o pecado é aceitável. Portanto, roga que os “espirituais” liderem no resgate. A referência de Paulo aos “espirituais” não necessariamente significa os presbíteros da igreja, senão ele teria dito “presbíteros.” Ela sugere que os membros fazem bem em envolver irmãos e irmãs mais antigos e mais sábios na fé quando um encontro um-a-um acontece. Falando de maneira geral, provavelmente serão os presbíteros da igreja a serem consultados e então chamados a liderar o processo de disciplina. Visto que Deus deu aos presbíteros o trabalho de cuidar de toda a igreja, eu certamente recomendaria que qualquer pecado que seja levado a toda a igreja deveria primeiramente ser levado aos presbíteros.
3) A duração do processo depende de quanto tempo demora para estabelecer uma falta de arrependimento característica
Uma das mais difíceis perguntas ao praticar a disciplina certamente deve ser: agora é hora de proceder para o nível seguinte? Às vezes a Escritura apresenta o processo de disciplina como se movendo devagar, como em Mateus 18, que exige pelo menos três avisos antes que a pessoas seja removida. Às vezes apresenta-o como se movendo rapidamente, como em 1 Coríntios 5, quando Paulo exige a remoção imediata. E também há Tito 3:10, que parece se posicionar entre os dois. Ele exige dois avisos antes de proceder para a remoção. Quando uma igreja determina que um indivíduo é caracteristicamente impenitente, a excomunhão deve seguir. Os membros da igreja podem olhar para a evidência e chegar à conclusão em um minuto. Eles podem gastar meses peneirando as evidências e entrando em incontáveis conversas na tentativa de chegar a uma clara convicção e a um mesmo parecer.
Não conseguimos ver os corações das pessoas, e sentimos o fardo de ser tremendamente cuidadosos sempre que somos chamados a inspecionar os frutos e fazer uma determinação tão importante quanto se a igreja pode continuar testificando que alguém pertence ao reino de Deus. Toda vez que o número de pessoas envolvidas se torna um pouco maior, o pecador é mais uma vez confrontado com a pergunta: “Você tem certeza de que você ainda quer continuar se prendendo a esse pecado?” Seres humanos podem às vezes enganar a si mesmos fazendo-se acreditar que podem ter tanto Jesusquanto seu pecado favorito. Às vezes são necessárias várias rodadas de confrontos intensificados para ajudá-los a perceber: “Não, eu não posso. É um ou outro.” Alguns versículos antes da instrução de Jesus em Mateus 18 sobre a disciplina da igreja, ele nos fornece ajuda para determinar se um indivíduo é caracteristicamente não arrependido: a pessoa está disposta a cortar uma mão ou arrancar um olho ao invés de repetir o pecado (Mateus 18:8-9)? Ou seja, ela está disposta a fazer o que for necessário para lutar contra o pecado? Pessoas arrependidas, tipicamente, são zelosas quanto a abandonar seu pecado. É isso que o Espírito de Deus faz dentro delas. Quando isso acontece, pode-se esperar ver uma disposição para aceitar conselho de fora. Uma disposição para interromper seus planos. Uma disposição para confessar coisas vergonhosas. Uma disposição para fazer sacrifícios financeiros, ou perder amigos, ou terminar relacionamentos.
4) Indivíduos devem receber o benefício da dúvida
Como já observamos, Jesus prescreve algo como um cuidadoso processo judicial em Mateus 18: “que toda acusação se estabeleça pelo depoimento de duas ou três testemunhas.” As acusações devem ser estabelecidas. Evidências devem ser apresentadas. Testemunhas devem ser envolvidas. Isso significa que os cristãos movem-se lenta e cuidadosamente, mas isso também significa que as igrejas devem abordar casos de disciplinas com algo semelhante ao princípio do tribunal de “inocente até que se prove culpado.” Este princípio se aplica não apenas em questões de disciplina formal, mas também afeta como um cristão deveria confrontar um irmão ou irmão em particular. Deve ser dado às pessoas o benefício da dúvida. Perguntas devem preceder acusações. Clareza deve ser pedida antes que certezas sejam pronunciadas. No domínio da disciplina, como em todo domínio da vida, “todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” (Tiago 1:19).
5) Líderes devem se envolver e instruir a congregação
Diferentes tradições denominacionais possuem diferentes formas de envolver toda a congregação no processo da disciplina formal. Eu sou batista e congregacional, então eu pessoalmente recomendo envolver a congregação como um princípio bíblico, baseado em Mateus 18 (onde Jesus envolve “a igreja”) e 1 Coríntios 5 (onde Paulo instrui toda a congregação a se responsabilizar). Mas para aqueles que ainda não foram convencidos pelo congregacionalismo, eu ainda recomendo procurar maneiras de envolver a congregação como um mandato teológico e pastoral. Teologicamente, Paulo manda que todas as partes do corpo tenham empatia e participem das experiências de todas as outras partes do corpo, quer tais partes estejam se alegrando ou lamentando (1 Coríntios 12:21-26; veja Efésios 4:16). A disciplina na igreja, especialmente em seus estágios finais, é um evento profundamente significativo na vida de um corpo, o qual, por virtude de nossa união comum em Cristo, cada parte certamente participa. Pastoralmente, é um evento significativo que cada parte certamentedeveria participar. Todos aprenderão. Todos serão advertidos e desafiados. Todos podem ter algo para contribuir.
Em um regime congregacional, a igreja será pedida para votar (em alguns contextos) ou chegar a um consenso (em outros contextos) no ato final de excomunhão, uma atividade que parece ter precedente bíblico. Note que a palavra “maioria” em 2 Coríntios 2:6. Em outros regimes, os líderes da igreja devem ainda assim envolver a congregação em pelo menos quatro outras maneiras. Primeiro, os líderes da igreja devem “dizê-lo à igreja” antes de excluir alguém (Mateus 18:17). E você notou o espaço de tempo antes do ato final de remoção? “… dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o…” Presumivelmente, este passo dá aos membros da igreja que já têm um relacionamento com o indivíduo não arrependido a oportunidade de buscar seu arrependimento. E também prepara a congregação para o ato final de remoção, caso ocorra. Dá-lhes a oportunidade de agir e fazer perguntas antes que a decisão final seja anunciada.
Segundo, os líderes da igreja devem falar à igreja após disciplinar alguém. A Escritura diz que aos cristãos que seus relacionamentos devem mudar com os indivíduos excluídos; portanto, os crentes devem ser avisados a respeito da exclusão de um indivíduo.
O que nos trás ao terceiro ponto… Terceiro, os líderes da igreja devem instruir e pastorear a congregação sobre como ver possíveis ou reais atos de excomunhão. Jovens cristãos são frequentemente suscetíveis a compaixões mal orientadas e ingênuas (como Deus falou em algumas ocasiões ao povo de Israel). Os líderes devem prevenir que eles tropecem explicando os textos bíblicos pertinentes e dando exemplo de como uma compaixão inconsolável e que ama a verdade deve parecer. Enquanto isso, os líderes também devem instruir os membros sobre como interagir com um indivíduo que foi excluído, que o Novo Testamento fala a respeito em diversos lugares (1 Coríntios 5:9,11; 2 Tessalonicenses 3:6, 14-15; 2 Timóteo 3:5; Tito 3:10; 2 João 10). Pense em Paulo dizendo: “Com tal pessoa, nem sequer comais” ou “não vos associeis.” O conselho básico que os presbíteros de minha própria igreja dão é que o teor geral do relacionamento de alguém com o indivíduo disciplinado deve mudar de maneira clara. Interações não devem ser caracterizadas por descontração, mas por conversas deliberadas sobre o arrependimento. Certamente os membros da família devem continuar a cumprir com suas obrigações familiares (veja Efésios 6:1-3; 1 Timóteo 5:8; 1 Pedro 3:1-2).
Quarto, os líderes devem guiar as congregações em oração e esperança de arrependimento, prontas para receber e serem reconciliadas com o pecador. Não deve haver dúvida na mente de ninguém que tanto os líderes quanto a igreja como um todo estão inconsoláveis e não querem nada mais do que ser reconciliados com o membro distanciado.
Por Jonathan Leeman. Leeman é o diretor editorial do ministério 9Marks (9 Marcas). Webiste: www.9marks.org.
Para Luiz Carlos Fernandes a desistência de Joseph Ratzinger marca o início dos finais dos tempos
por Leiliane Roberta Lopes
Pesquisador relaciona a renúncia de Bento 16 com profecia de Apocalipse
A renúncia do papa Bento 16 fez aumentar em blogs evangélicos as interpretações sobre o livro do Apocalipse, apontando que o próximo papa seria o último antes da destruição de Roma e que este seria também a besta, dando início ao período da tribulação.
Em entrevista exclusiva ao Gospel PrimeLuiz Carlos Fernandes, do site Tempo Final, explica quais serão os desdobramentos proféticos desta renúncia e o que estudiosos do tema acreditam que irá acontecer nos próximos anos.
Ao ser questionado sobre o que representa a renúncia de Bento 16, Fernandes afirma que a atitude de Joseph Ratzinger é o “marco inicial que irá desencadear as cenas finais da história da terra previstas no livro do Apocalipse”.
Em Apocalipse 17. 9 e 10 lemos: Aqui o sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada. E são também sete reis; cinco já caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo.
As interpretações feitas sobre este capítulo como um todo apontam a Igreja Católica como sendo a grande prostituta e que João teria visto o sexto rei, que seria o papa João Paulo II. A contagem de reis como papa é feita a partir do ano 1929 quando o Vaticano se tornou um Estado.
Quem será o oitavo rei?
“Em 1929 quando o Vaticano foi instituído, o papa Pio XI estava no poder, e agora sim, ele pode ter uma coroa e governar como um rei, e passou a ser o primeiro papa-rei, em seguida, vieram papa Pio XII, papa João XXIII, papa Paulo VI, papa João Paulo I, e este já foi o quinto rei e sobre João Paulo II que era o sexto rei”, explica Fernandes que lidera o Spiritual Group.
O mesmo texto bíblico profetiza que o sétimo rei duraria pouco tempo, como de fato aconteceu com Bento 16 que ficou no poder por oito anos. Mas o que acontecerá com o oitavo papa? Seria ele a besta que conduziria a Terra à destruição?
Para responder a esta pergunta Luiz Carlos Fernandes comentou que a besta significa tanto um animal como um reino e ele cita o capítulo 7, versículo 23 do livro de Daniel para explicar sua opinião a este respeito. Dito isto, ele comenta que “a besta é uma caricatura de Cristo e Seu governo, uma imitação barata, pois enquanto Cristo recebe poder e autoridade do Seu Pai para reinar sobre todo o universo e também para exercer Seu ministério sacerdotal, a besta ou anticristo, que será o Oitavo Papa-Rei, recebe seu poder e autoridade do dragão, que é Satanás”.
Tempo de tardança
Enquanto a escolha do novo papa não é revelada, muitos estudiosos tentam voltar atrás das profecias reveladas que diziam que o papa João Paulo II ressuscitaria entre os mortos para ser o oitavo papa. Além disso, os dez reis revelados no Apocalipse ainda não estão reinando no que muitos chamam de Nova Ordem Mundial, contudo estamos próximos desses dias como afirma Fernandes. A previsão do estudioso é que o Vaticano escolha quatro cardeais que reinarão enquanto o mundo sofre essas mudanças necessárias para a volta de Cristo. O oitavo papa surgirá apenas depois do tocar das quatro primeiras trombetas.
“Após a saída de Bento XVI e até a chegada do Oitavo Papa-Rei que será apenas somente na quinta trombeta, o Vaticano estará dividido em poder entre quatro líderes (quatro cardeais) como visto em Daniel 8.22″, diz.
Abaixo você confere a entrevista completa(cada página uma pergunta):
Em 1900, Lars Dahle, secretário-geral da Sociedade Missionária Norueguesa, previu que até 1990 toda a raça humana já teria sido conquistada para a fé cristã. Em contrapartida, na mesma época, outros, imbuídos de uma fé quase cega no avanço da ciência e da tecnologia, criam que era apenas questão de tempo para que o ser humano deixasse de lado todo e qualquer tipo de crença religiosa.
Hoje, claro, podemos dizer que ambos os pontos de vista estavam totalmente equivocados. A pesquisa O Cenário Religioso Mundial, realizada pelo Centro de Pesquisas Pew Forum e publicada em dezembro de 2012, mostra isso claramente. Além de a população mundial não ter se tornado cristã, o ser humano continua buscando na religião respostas para alguns dos seus anseios mais profundos.
Números Vejamos alguns dos dados mais importantes mostrados pela pesquisa:
Cerca de 84% das pessoas de todo o mundo se identificam com alguma religião. Isso significa que dos 6,9 bilhões de habitantes que existem hoje no mundo, 5,8 bilhões manifestam pertencer a algum grupo religioso.
1,1 bilhão de pessoas consideram-se sem nenhuma afiliação religiosa. Neste grupo estão os ateus e agnósticos, mas também aqueles que, apesar de possuírem algum tipo de crença espiritual, não se identificam com nenhum grupo religioso. Dos que pertencem a este grupo, 700 milhões estão na China, 158 milhões nos demais países da região Ásia-Pacífico e cerca de 134 milhões na Europa. O Brasil está entre os dez países com o maior número de pessoas sem afiliação religiosa.
O Cristianismo, somadas todas as vertentes, continua sendo a religião com o maior número de adeptos, com 2,2 bilhões de pessoas (31,5% da população mundial), seguido pelo Islamismo (1,6 bilhão, 23%), Hinduísmo (1 bilhão, 15%), Budismo (quase 500 milhões de pessoas, 7% da população mundial), religiões tradicionais (400 milhões, 6%), outras religiões (Xintoísmo, Zoroastrismo, Taoísmo, etc –58 milhões, pouco menos de 1%) e Judaísmo (14 milhões, 0,2%).
A região da Ásia-Pacífico concentra cerca de 90% dos seguidores do Hinduísmo, Budismo e religiões populares.
Os cristãos são os que estão em uma melhor distribuição nas diferentes regiões do mundo: 26% estão na Europa, 24% na América Latina-Caribe e outros 24% na África subsaariana. O restante está distribuído entre a Ásia-Pacífico, América do Norte e Oriente Médio/Norte da África. É interessante notar que, hoje, existe mais cristãos na região Ásia-Pacífico do que na América do Norte, fato inimaginável há algumas décadas.
Dentre os cristãos, 50% são católicos, 37% fazem parte de alguma das denominações que traçam suas origens a partir da Reforma Protestante e 12% são cristãos ortodoxos.
Para a surpresa de muitos, 62% dos muçulmanos existentes no mundo vivem na região da Ásia-Pacífico. Aproximadamente 20% vivem no Oriente Médio e Norte da África, e quase 16% na África subsaariana.
Cerca de 90% dos muçulmanos são sunitas e 10% xiitas.
A Europa, com 43 milhões de muçulmanos, já é a quarta maior região do mundo em número de seguidores de Maomé.
Das quatro maiores religiões do mundo, o maior número de pessoas com menos de 25 anos de idade encontra-se entre os muçulmanos.
Ao redor de 27% daqueles que aderem a alguma religião vivem como minoria religiosa em diferentes partes do mundo.
Análise Diante da realidade esboçada acima, e considerando que a fé cristã é eminentemente missionária, quais são alguns dos principais desafios para a igreja do século 21 que emanam de uma rápida análise da pesquisa?
Possivelmente, o desafio que mais salta à vista é o fato de a maior concentração de seguidores de três das quatro maiores religiões do mundo (hindus, budistas e muçulmanos) encontrar-se na região da Ásia-Pacífico. Se queremos que o nome de Jesus seja conhecido em toda a terra, obviamente não podemos ignorar esta região do mundo. Também chama a atenção o fato de existirem mais de 800 milhões de pessoas nesta região do mundo que são ateus, agnósticos ou simplesmente não se identificam com nenhuma confissão religiosa.
Em qualquer leitura missiológica que façamos dos resultados da pesquisa, torna-se óbvio que o Islamismo, com 1,6 bilhão de fiéis espalhados principalmente pela Ásia, Oriente Médio, África do Norte e Europa, precisa estar no centro dos esforços missionários cristãos. Em 2008, o Vaticano anunciou que o número de muçulmanos no mundo havia ultrapassado o número de católicos, e tudo indica que o crescimento dos seguidores de Maomé continuará em ritmo acelerado por algum tempo, não somente por meio de conversões, mas principalmente pela alta taxa de natalidade entre as mulheres muçulmanas.
Se fossem considerados um grupo religioso, os que não possuem afiliação religiosa (1,1 bilhão de pessoas) estariam em terceiro lugar, atrás apenas do Cristianismo e do Islamismo. Eles estão principalmente na Ásia e na Europa, e precisamos traçar estratégias específicas para que o Evangelho chegue a essas pessoas.
A Europa, apesar de possuir um grande contingente de cristãos, torna-se, cada vez mais, um grande desafio para os esforços missionários. Além de já não ser o centro do Cristianismo mundial, a presença de mais de 40 milhões de muçulmanos, a alta taxa de nominalismo entre os cristãos (algo que a pesquisa não se propunha a detectar) e a crescente secularização, deveriam fazer com que o Velho Continente ocupasse um lugar destacado nas nossas estratégias. Precisamos, urgentemente, deixar de pensar que os povos não alcançados estão somente nos recônditos mais longínquos do nosso planeta, e parar de olhar para cidades como Paris, Roma, Madri e Berlim como se fossem apenas parte de importantes roteiros turísticos reservados aos mais abastados. Precisamos entender que, apesar da fartura material, a necessidade espiritual destes lugares precisa ser olhada com tanto interesse como qualquer outra região do mundo.
Por já não existir um centro do Cristianismo mundial (os cristão estão distribuídos de maneira quase uniforme pela África, Europa e América Latina e, em menor proporção, na Ásia e América do Norte), a responsabilidade de proclamar, em palavras e obras, o Reino de Deus por toda a terra, deixou de ser um privilégio exclusivo dos cristãos europeus e norte-americanos. A igreja do “sul global” (América Latina, África e Ásia) precisa assumir a responsabilidade de investir na expansão do Evangelho.
Por último, mas nem por isso menos importante, é preciso destacar que cerca de um bilhão e meio de pessoas vivem como minoria religiosa em diferentes lugares do mundo. Isso dá lugar a um sem número de injustiças, principalmente (mas não exclusivamente) na Ásia, Oriente Médio e Norte da África. Mesmo que muitos destes não sejam cristãos, precisamos ter organizações cristãs especializadas na defesa do direito à liberdade de religião e culto de todo ser humano, sem que isso afete o nosso profundo desejo de que todos conheçam a Cristo.
Diante de tão grandes desafios, resta-nos rogar ao Senhor que nos capacite a sermos fiéis ao chamado e que, assim como Davi, possamos servir à nossa “própria geração, conforme o desígnio de Deus” (Atos 13.36).
___________ Marcos Amado é pastor, missionário da SEPAL e diretor para a América Latina do Movimento Lausanne. Atualmente coordena os esforços para o desenvolvimento do Centro de Reflexão Missiológica Martureo.
O jogador brasileiro de futebol Kaká não conseguiu esconder a alegria após a vitória do seu time Real Madrid por 2 a 1 sobre o Manchester United, que classificou a equipe para as quartas de final da Liga dos Campeões. Ele ajudou o time a sair vencedor, horas depois de voltar a ser convocado pelo técnico Luiz Felipe Scolari para a seleção brasileira, para as partidas dos dias 21 e 25.
“Foi uma terça-feira perfeita, saio duplamente feliz, por essa vitória e pela convocação. Ganhar na Inglaterra, da forma como foi, é uma coisa muito especial. A gente não vinha em fase boa, mas em dez dias a coisa virou, ganhamos duas vezes do Barcelona e agora nos classificamos aqui. É especial”, afirmou, citando o bom momento da equipe.
Kaká contou que soube da convocação ao chegar ao estádio e ligar o telefone celular, por meio de mensagens da mulher, Carol, e de amigos. Ele diz que ainda não conversou com Felipão e que vai esperar os treinos para saber o que o técnico espera dele.
O novo técnico, inclusive, deixou claro nesta terça-feira que provavelmente escolherá entre ele e Ronaldinho Gaúcho para ser o camisa 10 e “cérebro” da seleção.
No último domingo, a partida entre Flamengo e Botafogo pelo Campeonato Carioca foi palco para o goleiro Jefferson apresentar seu novo corte de cabelo: um peixe em alto relevo, símbolo tradicionalmente ligado ao cristianismo, e que é usado pela associação Atletas de Cristo.
“O peixe na cabeça é um símbolo dos Atletas de Cristo. Significa nadar contra a correnteza e, graças a Deus, deu certo. Fiz algumas defesas que dizem ter sido milagrosas”, declarou Jefferson ao Globoesporte.com.
Evangélico, Jefferson costuma ousar nos cortes e já fez homenagens ao clube de General Severiano, com uma estrela solitária, símbolo do clube, e também à sua esposa, Michelle.
Sobre sua fé, Jefferson faz questão de ressaltar que a leitura da Bíblia faz parte de sua rotina: “Acho que ninguém sabe, mas leio antes de todos os jogos o Salmo 91: ‘Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo à sombra do Onipotente descansará. Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza’. Gosto também de outro: ‘O cavalo se prepara para a batalha, mas a vitória vem de Deus’. São trechos que me passam muita tranquilidade na hora dos jogos”, disse o goleiro, que já foi convocado pela Seleção Brasileira.
Entretanto, o gesto de homenagear os Atletas de Cristo pode render uma punição, pois a International Football Association Board, entidade ligada à Fifa, proíbe manifestações religiosas dentro de campo. Jefferson, no entanto, não recua: “Tem que nadar contra a correnteza desse mundo, contra as coisas tristes e erradas, por isso fiz essa homenagem. Para o Botafogo, as coisas se tornam mais difíceis. Vamos nadar contra a correnteza e conquistar o título”.
O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro, José Teixeira Fernandes, afirma que o assunto ainda será analisado, mas pode render punição ao goleiro: “É um caso novo e, a princípio, não tenho nenhuma objeção. Não vejo problemas de um cidadão explicitar a sua preferência religiosa. Mas o Código é extenso e não é possível saber todos os pontos dele. Faremos uma apuração mais profunda. Se houver alguma ofensa à regra, vamos fazer a denúncia. Vamos pesquisar e não descarto [punição]”.
Diversidade de cortes de cabelo do goleiro Jefferson
The Bible, do History Channel, teve quase 14 milhões de espectadores em sua estreia.
por Jarbas Aragão
Minissérie bíblica é uma das maiores audiências da TV
Desde que foi anunciada, a produção da minissérie sobre aBíblia do History Channel se consagrou como o novo sucesso de audiência da TV a cabo. Embora não seja a maior da história, a audiência do primeiro capítulo, que foi ao ar domingo, não conseguiu bater o recorde, mas o número de telespectadores chegou a 13.1 milhões, com 3.3 milhões entre o público alvo. Como teve reprise na mesma noite, chegou a 14.8 milhões, com 5 milhões entre o público alvo.
Embora a crítica especializada não tenha gostado a maneira como Mark Burnett e sua esposa, Roma Downey, que são evangélicos, abordaram as conhecidas histórias da Bíblia. Entre os americanos religiosos, a série foi aprovada pelos líderes e bastante celebrada, tendo inclusive uma campanha favorável nas redes sociais. Algo similar ao que aconteceu com as séries brasileiras da Record, como Rei Davi e José.
O canal History celebra a sua noite mais bem sucedida na trajetória do canal, ajudando outra série que também estreou domingo: Vikings, que teve público estimado em 6.2 milhões.
O pastor Rick Warren, da igreja de Saddleback também comemorou “O mundo está respondendo [à Bíblia] com um interesse esmagador. Deus está trabalhando! Só podemos imaginar como será quando a verdadeira estrela do show aparece na tela”. Jesus, interpretado pelo ator Português Diogo Morgado, fará sua primeira aparição na série em 17 de março.
Roma Downey e Mark Burnett agradeceram o apoio dos cristãos através da internet. “Nós sabemos que Deus agiu na noite passada. Pessoas de todas as denominações mostraram o poder que pode ser exercido sobre nossa cultura, quando se unem com um propósito e visão em comum. O mundo ganha quando a Igreja está unida”.
Durante as quase duas horas do primeiro capítulo, o assunto chegou a ser o mais comentado noTwitter. “Este livro é vivo. Hoje, mais americanos e canadenses estão falando sobre o povo escolhido de Deus”, disse Burnett. ”Eles estão pensando mais agora sobre a fidelidade e perseverança de Noé, Abraão e Moisés do nos últimos tempos”. Ele acrescentou, “Elas são a base de nossa fé, a base das nossas leis e a base desta nação.”
Após a estreia, Scot Cru, diretor de Distribuição Internacional da produtora da série comemorou: “O mundo está falando sobre a Bíblia. Pessoas de todo o mundo estão pedindo para ver a série em seus países”.
Universidade Presbiteriana Mackenzie abre espaço para exposição de ideias, mas manifestações contrárias durante o evento abafam discussões
por David de Gregório Neto
Militância gay tumultua debate sobre diversidade sexual no Mackenzie
Um debate sobre o tema “Liberdade Religiosa e Diversidade Sexual: Um casamento possível?” no auditório da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie causou polarização entre o público presente. Os debatedores foram o deputado federal Jean Wyllys (PSOL/RJ) e o diretor honorário da Associação Nacional de Juristas Evangélicos – ANAJURE, Dr. Guilherme Schelb, que procurou abordar os aspectos jurídicos referentes ao tema.
Apesar de o objetivo do evento ser a livre exposição de idéias a respeito dos temas em questão, a discussão foi prejudicada pelas manifestações exaltadas da platéia, que por meio de gritos, vaias e impropérios, se dirigia a Schelb, além e do próprio Wyllys, que se mostrou refratário a idéias contraditórias às suas.
Schelb abordou aspectos jurídicos a respeito da criminalização de opiniões e manifestações de pensamento contrários ao movimento gay, questões contempladas pela PLC 122/2006, mostrando cabalmente o aspecto inconstitucional da proposição. Além disso, falou sobre o material conhecido como kit gay, que contem aspectos que promovem a erotização da infância.
“Temos que respeitar as pessoas que têm idéias contrárias às nossas. Criminalizar opiniões contrárias – como querem o movimento gay e o PL 122 – só encontra respaldo histórico no direito nazista alemão”, disse Schelb.
E mostrou que sua postura calma e equilibrada, ainda que firme, procurou traduzir um comportamento cristão. “Não podemos aceitar a intolerância, ainda que para defender minorias. Como cristãos, agimos diferente: combatemos o pecado com vigor, mas respeitamos o indivíduo e sua dignidade humana, independente do que se faça ou fale”, disse citando Gálatas 3:28.
O presidente da ANAJURE Dr. Uziel Santana ressaltou que as universidades são tradicionalmente espaços que privilegiam a liberdade de pensamento e a possibilidade de se discutir todos os temas sociais. Segundo ele, esse tipo de encontro “é importante desmascarar o autoritarismo e caráter destrutivo e socialmente maléfico de ideias, pensamentos e políticas públicas como as que propõe, a respeito de alguns assuntos, o movimento LGBT brasileiro”.
Lamentou, no entanto, a tentativa de impedir a livre manifestação de idéias. “O lamentável do debate foi o clima hostil e antidemocrático dos militantes gays presentes. Isso não se coaduna com o Estado Democrático de Direito, muito menos com o princípio da universalidade do conhecimento ínsito ao meio acadêmico e universitário”, conclui.