quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Lições Bíblicas para Liderança na Igreja Local - Parte 1/2


Introdução

Muitos estudos têm sido empreendidos na área de liderança, na verdade há sempre uma necessidade de reavaliar tais posicionamentos sobre a questão da condução de qualquer obra, grupo, igreja, povo, tribo ou nação. A liderança é algo necessário e presente na cultura humana. A liderança não foi instituída por causa da Queda. Deus já havia instituído tal liderança a Adão e também a Eva. Eram eles subgerentes na criação. Deus havia lhes dado os mandatos da criação: espiritual, social e cultural¹.

Então temos de fato uma necessidade de refletir biblicamente sobre liderança. Sobre os princípios que a Bíblia ensina sobre liderança, a importância disso é muito grande, uma liderança sem princípios é como um navio sem bússola. Liderança sem o processo de experiência é como um navio sem o capitão. Liderança sem um padrão é como um navio sem porto seguro². Tal é a importância dos princípios bíblicos para a liderança, serão uma bússola, um capitão, um padrão, um porto seguro. Os princípios ditarão o que será a liderança e mostrarão os pressupostos da liderança exercida. Se o pressuposto não for a glória de Deus, o que teremos é uma liderança que glorifica a criatura em vez do Criador. Isso é relevante para entendermos o que disse o Dr. Shedd:

Os eventos, as pessoas e as circunstâncias afetam as atitudes e produzem reações que as pessoas desenvolvem desde o nascimento até a morte. Enquanto uma pessoa amadurece, ela aprende através da experiência e da reflexão. A leitura, o estudo e a discussão afetam o processo que transforma um jovem imprudente em um líder respeitado³.

Os princípios serão aprimorados pela experiência do líder, Paulo nos diz isso em várias de suas epístolas, “Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo”, (1 Timóteo 3.6); é um exemplo escriturístico. Então, como disse Shedd, a experiência e reflexão devem seguir os princípios bíblicos. Tudo na liderança deve girar em torno da sabedoria bíblica. A boa liderança bíblica é marcada pela integridade de caráter e sabedoria bíblica. Alguém pode até ser um bom líder e arrebanhar multidões sem ser bíblico e íntegro. Portanto, o que marca o líder cristão não é o sucesso diante dos homens, mas, sua fidelidade a Deus e sua Palavra. O que um líder cristão precisa ler? Ele pode ler bons livros sobre liderança, pode recorrer a palestras e a congressos, mas, diante da enxurrada de literatura sobre o assunto pautada na literatura secular empresarial, meu conselho é simples, o líder bíblico deve procurar sabedoria, então, leia Provérbios.

Deve ser piedoso, buscar sabedoria. Temos muitos líderes com muito conhecimento, mas pouca sabedoria. Fontes sem águas. A sabedoria bíblica é prática. O conhecimento de Deus deve permear a comunidade e redundar em prática, em vida. Devemos ensinar nosso povo a buscar conhecimento, mas, também devemos ensiná-los a amar a sabedoria, afinal, “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria”, (Pv 1.7), isso é tão básico que esquecemos tamanha riqueza.

Uma liderança bíblica destoa grandemente do tipo de liderança que temos visto em nosso tempo. Não podemos negar que uma grande onda de influência empresarial tem invadido, mudado o foco e distorcido o que dizem as Escrituras sobre uma liderança bíblica. Estratégias, planejamento, projeções, análises de dados tem sido as principais abordagens de muitos autores que escrevem nessa área, não apenas isso, muitos pastores têm tomado conselhos de uma abordagem puramente empresarial e não bíblica da liderança e isso causa consideráveis problemas a igreja. Neste artigo, iremos caminhar observando alguns líderes na Bíblia, extrairemos alguns exemplos nas narrativas que mencionam cada um deles. Necessário é sabermos que o foco não está, de fato, na vida deles, mas, como Deus operou através deles, usou e corrigiu muitos dos seus erros. A Bíblia é o maior manual de liderança já conhecido. Não há e não haverá outro livro que supere a Bíblia nos ensinamentos sobre liderança, nela temos as diretrizes eternas para o exercício da liderança espiritual.

A Igreja não funciona como uma empresa

Não queremos dizer com isso que a igreja não deve se preocupar com suas obrigações como registro de funcionários, pagamentos de contas como de água, luz, telefone e internet. Não queremos dizer com isso que uma igreja não possa ter trabalhos como creches ou escolas infantis, absolutamente não. Não queremos dizer que a igreja não deva valer-se de recursos vindos do mundo empresarial, porque se fizéssemos isso, estaríamos negando a graça comum. Quando dizemos que a igreja não funciona como uma empresa, dizermos que o rebanho do Senhor não pode ser visto como consumidores, funcionários, gerentes, supervisores (no sentido empresarial) e proprietários. A igreja é uma organização no sentido de que ela precisa estar organizada com fins a melhor testemunhar com evangelho de Cristo, mas, a igreja também é um organismo vivo. Então, é necessário cuidado com abordagens seculares a respeito da liderança, liderar na igreja não é a mesma coisa de chefiar um departamento numa empresa. A liderança espiritual está totalmente ligada a edificação da igreja para glória de Deus.

A Igreja não funciona como um clube

Muitos tem figurado a igreja como um clube ou agremiação. Uma associação de pessoas que estão ali para viverem juntas em com um objetivo terapêutico. Não devemos duvidar que a vida em comunidade na igreja também é terapêutico, pessoas solitárias, deprimidas, atribuladas, indecisas, assoladas por tragédias e sofrimentos que não temos como listar, estão na igreja e são atraídas para a igreja. Essas pessoas são, em grande medida, transformadas pelo evangelho e desfrutam na comunidade de fé de amizades saudáveis, relacionamentos que lhes fazem bem, companhia e cura de dores dos seus sofrimentos. É verdade que na igreja pessoas tristes encontram alegria de viver em comunidade, mas, isso não faz da igreja um clube. A igreja é a comunidade da Palavra, todos os benefícios que a igreja proporciona deve girar em torno da Palavra. Toda comunhão, alegria, solidariedade, compaixão, misericórdia, bondade, longanimidade e fé são frutos da Palavra e para a glória da graça que opera na santa igreja de Deus.

A Igreja como Comunidade Cristã

Segundo a confissão de fé congregacional, mais conhecida como Declaração de Savoy, sobre a igreja:

A igreja católica ou universal, a qual é invisível, consiste de todo o número dos eleitos que têm sido, são ou serão reunidos num só corpo, sob Cristo – sua Cabeça; ela é a Esposa, o corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas⁴.

Isso é a igreja de Cristo, a reunião dos eleitos de Deus, que foram predestinados, chamados, justificados, santificados e que serão glorificados, para a glória única do Deus triúno. Nos diz ainda o Catecismo de Heidelberg, pergunta 55:


O que você crê sobre a comunhão dos santos?
Resposta: Primeiro, creio que todos os crentes, juntos e cada um em particular, como membros de Cristo, têm comunhão com Ele e participam de todos os Seus tesouros e dons. Segundo, creio que cada um têm o dever de usar seus dons com disposição e alegria para o benefício e o bem-estar dos outros membros.

Através dessa pergunta do catecismo podemos mensurar o que é a liderança bíblica: o exercício de dons para a edificação da igreja. Os dons de liderança que foram dados a igreja em todas as eras, mostram que a finalidade da existência de líderes é para o bem-estar  da comunidade de fé que é regida pela Palavra de Deus. Líderes bíblicos servem a Deus e o glorificam, cuidando da igreja seguindo os princípios bíblicos e não formulas empresariais ou publicitárias. A liderança cristã bíblica é cativa ao ensino bíblico e a busca da sabedoria bíblica. 


A Liderança Espiritual Bíblica

Aqui temos um princípio básico, a liderança espiritual é humilde e exemplo. Quando era menino ouvi muito um ditado proferido por cristãos imaturos dizendo “manda quem pode e obedece quem tem juízo”, há certa verdade nesse ditado, mas absolutamente ele não transmite o que a Bíblia diz sobre liderança cristã. Temos vários exemplos de liderança cristã nas Escrituras, vamos falar um pouco sobre cada uma delas. Nossos objetos de estudo serão as lideranças de Adão, Moisés, Davi e Josias.

A Liderança de Adão

Poderíamos tratar de vários personagens bíblicos que serviriam de estudo de caso para a liderança bíblica, mas, por questões de espaço selecionamos alguns. Nosso primeiro estudo será com base na liderança de Adão. Deus criou o homem e a mulher (Gn 1.26,27) a sua imagem e semelhança. Colocando-os como vice-gerentes na criação. Eles tinham que cuidar, gerir tudo aquilo que Deus tinha colocado em suas mãos. Nesse contexto, temos a liderança de Adão como o cabeça de sua esposa. Adão deveria governar o que Deus havia lhe dado como trabalho na criação e também sua mulher e seus filhos. Observamos na narrativa bíblica algo interessante, vejamos:

E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim, (Gênesis 3.8)

Podemos extrair algumas aplicações desse texto sagrado. Depois de pecarem, o homem e sua mulher, não mais eram atraídos pela voz do Senhor, mas, temeram juízo. A liderança de Adão foi destruída por causa do seu pecado, Adão agora perdera a comunhão com Deus; sem comunhão como poderia liderar justamente, como poderia exercer aquilo para que Deus o havia criado? Adão pecou, seu pecado comprometeu sua liderança. Uma liderança bíblica deve ser santa, uma vida que busca a piedade e afasta-se do pecado. O apóstolo Paulo disse que o presbítero deve ser irrepreensível, equilibrado, modesto e que tenha domínio próprio (1 Timóteo 3). Essas são algumas das características para um pastor, mas, devemos perceber que tais atribuições morais e espirituais não são restritas a pastores, mas a todo cristão. Mas, de fato, principalmente aqueles que lideram. Um líder intemperante, ímpio, sem equilíbrio não promoverá saúde aos seus liderados.

***
Continua em breve...
____________________
Notas:
[1] Para estudos mais profundos sobre esse assunto da liderança de Adão e Eva, as obras de Gerard Van Groningen são uma contribuição ímpar. Criação e Consumação, são três volumes publicados pela editora cultura cristã.
[2] SHEDD, Russell. O Líder que Deus Usa. Ed. Vida Nova, p. 25.
[3] Ibid, p. 24.
[4] Declaração de Savoy. Capítulo 26. 1. Ed. Aliança.

***
Autor: Rev. Thomas Magnum de Almeida
Divulgação: Bereianos

PIEDADE: VIVER PARA A GLÓRIA DE DEUS



Pv 3.9,10; 1 Co 10.31

O pastor Joel Beeke escreveu “em nossos dias poucas pessoas gostam de ser chamadas piedosas”, pois muitas vezes o termo é usado de forma pejorativa. Mas, Deus nos chamou para vivermos uma vida piedosa. Para o reformador suíço João Calvino piedade designa uma atitude para com Deus e obediência a Ele.

A verdadeira piedade envolve o nosso relacionamento com Deus e resulta na nossa comunhão com o nosso próximo. O lema da vida reformador Calvino resume a sua vida piedosa “ofereço-te Senhor meu coração pronta e sinceramente”. Para viver uma vida piedosa que glorifica a Deus, o homem precisa:

1-VIVER EM COMUNHÃO COM CRISTO (Jo 3.1-15; Rm 5.8-11) –
O ponto de partida para uma vida piedosa é a união do crente com Cristo. Essa união só é possível porque Cristo se fez homem, isto é, encarnou e assumiu a nossa natureza. Esta união do homem com Cristo só possível, porque é realizada através da fé operada pelo Espírito Santo, pois só ele pode unir Cristo no céu com o crente na terra, pobre e frágil pecador.

A fé une os servos de Deus a Cristo por intermédio da Palavra, de tal forma que o crente é iluminado a receber a Cristo como está prometido nas escrituras sagradas e oferecido graciosamente pelo Pai. Desta maneira o crente cresce mais e mais objetivando se parecer com o seu Senhor, pois ao sermos justificados por Jesus devemos cada dia viver uma vida de santificação, onde nos tornamos mais conformados a Cristo no coração, conduta e devoção a Deus, buscando uma vida cada dia de comunhão com os nossos irmãos. É a contínua transformação que o Espírito graciosamente realiza no crente, a consagração total do homem a Deus, isto exige mortificação da carne e renúncia do mundo.

Para que possamos viver esta vida de comunhão com Cristo o homem precisa nascer de novo, não basta apenas ser religioso, como era Nicodemos ou fazer parte uma denominação, mas ele precisa aceitar a Jesus como Senhor e Salvador, e cada dia viver uma vida de santidade, renunciando o mundo e mortificando o pecado que tenazmente tenta nos separar de Deus.

2- VIVER PARA GLÓRIA DE DEUS (Sl 19.1;Pv 3.9,10; 1 Co 10.31) – Aqueles que foram alcançados pela graça de Deus, precisam olhar constantemente para a glória que resplandece nos atributos de Deus, na estrutura do mundo, na glória e ressurreição de Cristo, devem nos levar a glorificar cada dia a Deus. Mas, como podemos viver para glória de Deus? Deus nos prescreveu uma maneira como podemos viver para glória dele, ou como ele será glorificado. Nós podemos glorificar a Deus através de uma vida piedosa, que consiste na obediência a sua Palavra que encontra-se revelada no Velho e no Novo Testamento. Isto implica rendição completa a Deus, a sua palavra e a sua vontade (Rm 11.33-12.2).

O salmista Davi de maneira bela se manifestou dizendo: “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos”(Sl 19.1). Ao olharmos para o firmamento podemos contemplar a grandeza do nosso Deus e ao olharmos para Cristo, contemplamos o seu amor incomparável para conosco, ao enviar o seu filho para morrer em nosso lugar nos libertar da escravidão do pecado, então só podemos viver para a glória de Deus.

3- VIVER O EVANGELHO DA GRAÇA (1 Sm 15.22; Mt 7.24-27; Tg 1.22-27) – O Evangelho não é uma cerimônia religiosa, uma ortodoxia morta, uma especulação filosófica ou uma experiência em laboratório, mas é vida prática. A nossa intimidade com o Senhor, não pode ser apenas nas quatro paredes de um templo, mas precisa ser externada na caminhada diária.

O evangelho da graça de Deus envolve a vida toda daqueles que nasceram de novo, que foram justificados, santificados e reconciliados com Deus através do Senhor Jesus Cristo, de tal maneira que o servo do Senhor almeja viver de forma diferente do mundo. Mas como assim? Exercendo a sua fé, louvando a Deus, praticando boas obras, tendo uma vida de oração que o principal exercício da fé dos eleitos de Deus. Calvino ao falar sobre a oração nos oferece seis propósitos para orarmos ao Senhor: 1)Ir a Deus com toda necessidade e obtermos dele o que não temos para viver a vida cristã; 2)aprender a desejar, de todo coração, o que é certo, enquanto colocamos diante de Deus todas as nossas petições; 3)prepararmos para receber os benefícios e as respostas de Deus as nossas petições, com gratidão e humildade; 4) levar-nos a meditar na bondade de Deus para conosco, quando recebemos o que pedimos; 5)cultivar o espírito apropriado deleite nas respostas de Deus; 6) confiar a fiel providência de Deus, para que o glorifiquemos e confiemos de bom grado em sua ajuda presente, enquanto testemunhamos regularmente que ele responde as nossas orações.

Como crentes em Cristo, precisamos nos arrepender. Este arrependimento é o fruto da fé e da oração. Calvino disse que o arrependimento não é o começo da vida cristã é a própria vida cristã. O verdadeiro arrependimento, envolve confissão de pecados e crescimento em santidade.

Na prática do evangelho, nós somos desafiados como crentes em Cristo, a renunciarmos o nosso o eu e a levar a cruz. Ao levarmos a cruz, “somos despertados na esperança, treinados na paciência, instruídos na obediência e disciplinados no orgulho”(Beeke, 2012, p.204).De tal maneira que ao olharmos para a obediência de Cristo ao pai também nós somos concitados a viver em obediência a vontade de Deus que é a essência da piedade.O cristão precisa olhar para Cristo e seguir o seu exemplo em casa, na igreja e na sociedade. Para os reformadores do século XVI, a doutrina, piedade e práticas estão conectadas.

Portanto, se queremos viver uma vida piedosa para a glória de Deus, precisamos viver em comunhão com Cristo, obedecendo a Deus e praticando o que Deus nos ensina em sua Palavra.


1-Beeke, R. Joel – Vivendo Para a Glória de Deus- 1ª Ed. Editora Fiel, 2010


Sobre o autor: Eli Vieira é formado pelo Seminário Presbiteriano Norte-Recife, cursando administração na Uninassau e pastor efetivo da Igreja Presbiteriana Filadélfia, Garanhuns-PE.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Ministro da Palavra: Santo e Douto


A Bíblia revela que há um conselho de líderes que são responsáveis pelo governo e o bom andamento espiritual do rebanho de Deus. Esse conselho é chamado de presbíteros, sempre no plural e com algumas características essenciais para a função (1Tm 5.17; Tt 1.7; 1 Pe 5.1-2; 1Tm 3.2; 2Tm 4.2; Tt 1.9; At 20.17, 28-31; Tg 5.14; At 15.16).

Dentre esses presbíteros há alguns que são chamados para se afadigarem na Palavra, seguindo mais de perto a decisão dos apóstolos e sucedendo o ministério apostólico como Ministros da Palavra (At 6.4; 1Tm 5.17). Normalmente esses presbíteros que ministram e ensinam são chamados de pastores, isso se deve ao fato de Efésios atribuir à docência aos pastores (Ef 4.11).

Por essas razões, o Pastor é mestre e um verdadeiro Ministro. Tem como sua principal função pregar e ensinar, tanto pela sã doutrina, como pelo exemplo de vida – na espiritualidade e piedade. Pensando nessas questões de piedade e docência é que lanço mão de dois deveres do Ministro: Ser irrepreensível e apto a ensinar (Tt 1.6; 1Tm 3.2). Por isso, o Ministro da Palavra (Pastor) precisa ser um homem santo[1] e douto[2] (culto), pois sem santidade não agrada a Deus e nem verá sua presença (Hb 12.14) e sem a Palavra conduzirá o povo a destruição e miséria espiritual (Pv 29.18; Os 4.6).

A História demonstra que o esforço para nomear ministros menos capacitados e com mais habilidade política e “prática” causou igrejas mais mundanizadas, secularizadas e acostumadas com modismos. A ênfase na prática em detrimento do conhecimento profundo tem produzido doutrinas controvertidas, heréticas e até práticas seitarias nos cultos públicos. Também vê-se que o predomínio de ministros leigos em algumas denominações promovem divisões sem fim e é a bandeira do movimento neopentecostal, com suas esquisitices.

A crise atual da Igreja no contexto religioso brasileiro é acima de tudo teológica/doutrinária, por isso, o que precisamos na verdade é de ministros do evangelho mais santos e doutos. Homens piedosos, que servem de joelhos com os olhos ao alto e ao mesmo tempo são conhecedores profundos das ciências bíblicas e gerais, verdadeiros teólogos; exercendo seu conhecimento na pregação das Escrituras, na visitação do rebanho, no auxílio aos necessitados e na defesa do evangelho que foi entregue aos santos.

Um Ministro não santo governa a igreja com libertinagem e escandaliza o evangelho do Senhor. Não se submete a ninguém e muito menos a disciplina, seu poder e domínio é absoluto e sua administração é déspota. Não segue a Escritura e se apega ao alegorismo e múltiplas interpretações para justificar seus demandos e libertinagem. É visível homens assim na atualidade, assim como era na Igreja Medieval. Um Ministro não douto (alguns se orgulham da prática) leva a igreja para inovações, sem reflexão e nem razão de ser. A quantidade de ministros aderindo ao neopentecostalismo ou ao movimento de crescimento de igreja é enorme; hoje é comum encontrar em igrejas e até mesmo de minha denominação práticas católicas, superstições, estruturas secularizadas, mensagens de auto-ajuda, interpretações relativizadas da Bíblia, entre outras coisas.

Quero dedicar algumas linhas para expor dois movimentos (modismos) que vem crescendo no Brasil e já entrou sorrateiramente em muitas igrejas históricas. O primeiro é profano e blasfemo, o chamado “Caminho da Graça”. Seu principal tema é a graça; fundado por um lunático que desdém das Escrituras e da Igreja de Cristo. Esse movimento é moralmente orientado pela inclusão e tolerância pós-modernas, rejeitam os ensinos da Bíblia sobre a Igreja e as doutrinas e super valorizam a informalidade (ex: o culto para eles é reunião de amigos ao redor da mesa, a pregação é conversa sobre qualquer coisa). Não vou gastar mais tempo com esse grupo, basta acessar sites e youtube para conhecê-los, é público.

Outro movimento é o chamado MDA (movimento de discipulado apostólico). No link a seguir você pode conferir a história e perceber que começou com novas visões do Espírito e não pela Bíblia, também há uma forte ênfase pragmática (a igreja tem que crescer) - https://www.youtube.com/watch?v=zVSv3wJ7DME. Os princípios de discipulado são bíblicos e acredito que devem ser considerados, os problemas estão nas práticas. Eu mesmo participei de uma conferência em São Paulo e me lembro bem das ênfases em restauração de todos os dons, curas, crescimento numérico, pregação temática e desejo de ser como a igreja primitiva.

Tenho em mãos um documento de uma igreja ligada ao MDA, onde diz que seus discipulandos devem “submissão total”. O ponto onde descrevem essa submissão é posterior a explicação do MDA, onde se afirma que o discipulado se desenvolve com o conceito de paternidade e na questão da submissão, o discipulando deve se submeter ao discipulador da mesma forma como a seus pais. Me lembro recentemente de visitar uma igreja ligada a esse movimento e um pastor auxiliar chamava o pastor presidente de “meu pai”.

Outra questão é que no ponto quatro do material dizem que o discipulando precisa “pensar igual ao discipulador”. É uma corrente de manipulação e subtraem a liberdade de consciência do indivíduo, fazendo acreditar que o movimento é de Deus e o único capaz de retornar a igreja nos moldes primitivos.

Recentemente conversei com um importante pastor batista que entrou e saiu deste movimento, ele me relatou: “Glauco, nós saímos porque percebi que nossas práticas mudaram muito e todas as igrejas de minha região que aderiram ao movimento se tornaram neopentecostais”. Se não bastasse, no mesmo documento citado acima, no ponto 5, pede-se ao discípulo “lealdade plena”. Conforme testemunhas que participaram do movimento “quem discordar das práticas desses grupos é considerado rebelde por seus líderes”.

Para esses movimentos de crescimento de igreja não há liberdade e a tradição deve ser rejeitada e colocada de lado. Concluo esse ponto com a fala de um pastor no culto público sobre sua tradição e denominação: “Eu quero que a convenção b... vá as favas, não quero nem saber, nossa igreja será como a igreja primitiva”. Um pastor me testemunhou que ouviu do mesmo líder: “Faço qualquer negócio para minha igreja crescer”. Lembro-me bem da febre “Igreja com Propósitos”, depois “Vineyard”, Willow Creek”, “MDA”, “Igreja Emergente” e qual será o próximo?

O Ministro santo e douto é importante porque todas as práticas estranhas ao Evangelho de Cristo ou são introduzidas pelo Ministro ou autorizadas por ele. Sendo assim, um Ministro não douto produz leigos ignorantes ao Evangelho, suscetíveis ao erro e uma igreja distante da vontade de Deus e sensível a todo vento de doutrinas e inovações sem fim. Meu apelo é que a Igreja Cristã Protestante invista e motive seus obreiros ordenados e leigos a uma vida piedosa e estudiosa das Escrituras e da teologia bíblica, sistemática e prática. O verdadeiro Ministro da Palavra busca a santidade e simplicidade, assim como busca ser um teólogo para o pastoreio, evangelização mundial e qualidade da sua igreja local.

Que o Deus da nossa vocação nos ajude para sua própria glória!

____________________
Notas:
[1] Santo: Alguém separado para uma vida de piedade e de acordo com a vontade de Deus, separado do mundo.
[2] Douto: Alguém muito instruído, sábio, inteligente, estudioso e doutrinado
***
Autor: Pr. Glauco Pereira
Fonte: Pastor Reformado

terça-feira, 15 de agosto de 2017

"Estamos vendo profecias da Bíblia se cumprirem", diz arqueóloga de Israel

Anarina Heymann atua em um projeto de escavações em Jerusalém e disse que a Bíblia tem importante papel neste processo.
 Anarina Heymann atua como coordenadora de divulgação da "Cidade de Davi". (Imagem: CBN News)
Anarina Heymann atua como coordenadora de divulgação da "Cidade de Davi". (Imagem: CBN News)

Quando as pessoas visitam a Cidade Velha de Jerusalém, elas podem acreditar que é o mesmo lugar que o rei Davi estabeleceu como sua capital há mais de 3.000 anos. Mas esse não é exatamente o caso. Arqueólogos estão descobrindo o local que seria originalmente a "Cidade de Davi" e contando aos outros sua incrível história.
Anarina Heymann é arqueóloga atua como coordenadora de divulgação da "Cidade de Davi".
"Bem-vindos à Cidade de Davi", disse Heymann à equipe da CBN News. "É o lar da antiga Jerusalém bíblica e até 150 anos atrás, todos pensaram que a antiga Jerusalém bíblica estava dentro dos limites da Cidade Velha, logo atrás de vocês, dentro destes muros. Então a questão é: "O que aconteceu 150 Anos atrás e onde está a antiga Jerusalém bíblica?".
Ela então ajudou a responder a essa pergunta, explicando como a cidade de Davi ficou escondida por quase 2.000 anos até que um arqueólogo britânico começou a escavar e suas descobertas continuam até hoje.
"Estamos em um lugar mágico agora", continuou Heymann. "Este é o lugar ao qual Charles Warren chegou através dos resquícios que ele encontrou. Ele viu alguma coisa. E quando Charles Warren viu isso, ele percebeu que estava redescobrindo a antiga Jerusalém bíblica".
Questionada se o trabalho de Warren teria sido o início da inauguração da Cidade de Davi nos tempos modernos, ela respondeu: "Exatamente porque estamos falando de um período de 2.000 anos, no qual ninguém sabia onde era a cidade antiga. A maioria dos visitantes pensavam que o que eles viam na Cidade Velha, era a antiga Jerusalém bíblica. Mas só quando Warren fez suas descobertas, comprovou que a antiga Jerusalém está fora do que hoje chamamos de Cidade Velha".
A descoberta do sistema de túnel conhecido como "Eixo de Warren" conta visualmente como o rei David capturou a cidade e ilustra relatos bíblicos.
"Quando vimos isso, de repente percebemos exatamente como a imagem se montava", continuou Heymann. "E muitas vezes, quando fazemos escavações, também não sabemos o que estamos procurando e então temos de ir à Bíblia e é ela mesma quem começa a nos explicar. Então, a Bíblia vem primeiro e depois as escavações. Quando juntamos os dois fatores, isso nos dá a imagem completa sobre a antiga Jerusalém".

Anunciando Reis de Israel
Se aprofundando em suas pesquisas, os arqueólogos descobriram mais detalhes sobre como os homens se tornavam reis em Israel.
"A maioria dos reis de Israel foram ungidos exatamente onde estamos de pé agora. Estamos de pé no lugar da unção. E Isaías diz que você irá tirar água com alegria das origens da salvação", disse ela.
Na verdade, a Cidade de Davi ecoa com toda a mensagem e o povo da Bíblia.
"Abraão, quando conheceu Melquisedeque e depois chegamos a Davi, a Salomão, chegamos a Isaías quando ele estava dando suas profecias esses muros aqui", disse ela. "Jeremias, quando posteriormente teve que falar sobre a destruição que se aproximava de Jerusalém ... todas essas coisas aconteceram exatamente onde estamos de pé agora".
Há mais de 10 anos, os arqueólogos descobriram outro local de importância bíblica, o Tanque de Siloé, que foi alimentado pela Fonte de Giom. O tanque foi o lugar onde Jesus curou o cego e também onde o povo judeu se reuniu para as Festas do Senhor.
"Três vezes por ano, todos os homens tiveram que vir ao mikvah (banho ritual) neste tanque e de lá se preparavam para ir ao Monte do Templo. Esta é a caminhada, a ascensão final, que todos os peregrinos podem fazer novamente quando visitam Jerusalém", explicou.
Heymann vê essa ascensão final como uma fusão entre a arqueologia e a as próprias profecias bíblicas.
"Algo incrível está acontecendo, porque você vê que agora estamos escavando esta estrada e a profecia novamente está sendo cumprida. Em Isaías diz 'Passai, passai pelas portas; preparai o caminho ao povo; aplanai, aplanai a estrada, limpai-a das pedras; arvorai a bandeira aos povos", lembrou a arqueóloga.
Uma escavação em curso é o túnel que leva do Tanque de Siloé ao Monte do Templo. Heymann diz que isso revela o passado e abre uma porta para o futuro.
Um dos projetos mais ambiciosos da cidade de Davi é uma escavação chamada Givati, onde toda a história de Jerusalém está sendo revelada como se as rochas estivessem gritando.
"Você pode ver exatamente como ela (Jerusalém) desapareceu lentamente da civilização, justamente porque uma cidade foi construída sobre a outra, e você podia ver como provavelmente a cidade poderia ter perdido a esperança, pensando: 'quem vai me descobrir de novo?'. Mas isso é até que Deus diga: 'Mas em um momento de favor, nada pode detê-lo' e é isso que vemos em Giviti. Jerusalém está sendo revelada lentamente ", disse ela.
A pesquisadora não tem dúvida de que está vendo as profecias - sobretudo esta de Isaías - se cumprindo.
"Estamos começando a ver na última década, o modelo. Ela está começando a compartilhar novamente como era sua apaerência. Então, você pode ver como o cumprimento da profecia está acelerando enquanto nós avançamos aqui. É dito que [em hebraico] 'Levante-se, sacode sua poeira, tome o seu lugar legítimo, Jerusalém'. Se você vê as escavações aqui diariamente, você pode ver o pó desta terra literalmente voando. A cidade está sacudindo a poeira".
Heymann se considera uma privilegiada em poder trabalhar na "Cidade de Davi".
"Eu digo que sou a pessoa mais feliz do mundo, porque tenho a oportunidade de mostrar o que vemos aqui e contar às pessoas sobre a Cidade de Davi, sobre a antiga Jerusalém e sobre todas as pessoas apaixonadas por Jerusalém, além das diversas provas sobre a profecia bíblica que se cumpre", disse ela.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CBN NEWS




segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Pastor alerta cristãos sobre Game of Thrones: "Está repleto de sexo explícito"

O pastor se mostrou preocupado com o número de cristãos que são fãs da série, mesmo diante das cenas de violência e sexo.
  O pastor é autor de livros como "Brecha em Nossa Santidade". (Foto: Reprodução).
O pastor é autor de livros como "Brecha em Nossa Santidade". (Foto: Reprodução).

O pastor Kevin DeYoung está preocupado com a reação de muitos cristãos sobre um seriado que é febre no mundo todo, Game of Thrones. Em um artigo publicado no site The Gospel Coalition, ele ressalta a importância de filtrar o que se vê e já inicia afirmando que tal problema não deveria parecer complicado, deixando claro que sua visão sobre a produção da HBO é clara.
“Eu não entendo cristãos que assistem Game of Thrones. Sempre que há um novo episódio, meu feed do Twitter transborda de pessoas falando sobre a série. Primeiro, eu fico espantado ao ver que muitas pessoas têm HBO. Mas em segundo lugar, e muito mais importante, fico espantado com o número de pessoas que respeito, pessoas inteligentes, cristãos sérios, bons pensadores conservadores, que estão assistindo a série”, iniciou.
“É verdade, eu não cheguei a assistir. Nenhum episódio. Nemuma cena. Não sei nada sobre essa série. Mas, eu sei que muitas pessoas consideram absolutamente fascinante, cheio de personagens convincentes, uma história cativante e excelentes atuações, escrita e estética”, ressaltou.
“Mas não é também cheia de sexo? Com muito, muito sexo incrivelmente explícito? Eu fiz uma pesquisa no Google por "Game of Thrones Sexo" e encontrei notícias (evitei as imagens, apenas li as manchetes) sobre cenas de sexo que você não pode deixar de ver e as melhores cenas de sexo da série. E é por isso que Game of Thrones é tão comentada, por explicitar sexo (às vezes até violento) com nudez”, pontuou.
Sensualidade
Kevin faz um alerta sobre a questão do que se vê. “Se não me engano, a série não deu uma guinada nos últimos meses. Percebo que a sensualidade - de natureza muito novelística - é uma parte importante da série. E ainda, um bom número de cristãos conservadores tratam ela como se fosse algo que realmente precisasse assistir. Eu não entendo”, colocou o pastor.
“Não vou repetir o que John Piper já escreveu. Suas ‘12 perguntas’ já valem a pena”, disse ele se referindo ao artigo “12 perguntas a se fazer antes de assistir Game of Thrones”, publicado em 2014, afirmando que os questionamentos respondidos por Piper valem não apenas para a série da HBO, mas para todas as opções de entretenimento.
“Eu só quero perguntar uma outra pergunta: O que alguém realmente acha quando Jesus advertiu sobre olhar para uma mulher com intenção impura, ou quando Paulo nos disse para evitar toda menção de imoralidade sexual? O mundo faz as coisas em segredo (Ef. 4: 3-12). Se isso não significa para você de alguma forma, vá em frente e assista homens e mulheres nus fingindo ter sexo”.
O seriado da HBO está em sua sétima temporada. (Foto: Reprodução).

Arte?
“Sei que algumas pessoas vão dizer que isso não é preocupante para sua consciência ou que é arte. Eles podem ver sem participar. Mas isso não muda o que a Bíblia diz sobre a importância da pureza e o poder do que se vê. O fato é que a nossa consciência deve ser destruída. Cenas de sexo picantes não são o tipo de arte para a qual podemos dar graças. É difícil imaginar Paul sendo legal com os crentes em Éfeso assistindo sexo”, colocou.
“Eu não espero que aqueles que são estranhos para a luz passe a se incomodar estando na escuridão. Mas para os cristãos conservadores que se preocupam com a imoralidade, casamento, decência em tantas outras áreas, é desconcertante que Game of Thrones receba um passe livre. ‘Então olhe com cuidado como você anda’, é a Palavra de Deus para todos nós. ‘Não como néscios, mas como sábios, fazendo o melhor uso do tempo, porque os dias são maus’ (Ef. 5: 15-16)”, finalizou.


 FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO THE GOSPEL COALITION


O que é a Pregação Expositiva?

O antigo puritano William Perkins, no segundo capítulo da sua obra clássica sobre pregação The Art of Prophesying, ofereceu a seguinte instrução aos pregadores: “A Palavra de Deus, exclusivamente, deve ser pregada, em sua perfeição e consistência intrínseca. A Escritura é o objeto exclusivo da pregação, o único campo onde o pregador deve trabalhar”.[1] Isso está intrinsecamente relacionado com a natureza da pregação expositiva.

De forma simples e até tautológica, John A. Broadus afirma que a pregação expositiva “ocupa-se principalmente da exposição das Escrituras”.[2] Tudo flui do texto: as suas divisões e a exploração dessas divisões, todo o conteúdo de pensamento. De acordo com ele, a principal característica de um sermão expositivo é a unidade no discurso: “A unidade no discurso é necessária à instrução, à convicção e à persuasão. Sem ela, o gosto dos ouvintes cultos não será satisfeito; mesmo os incultos, embora talvez não saibam por que, se sentirão bem menos profundamente impressionados”.[3] Isso é interessante, visto que há muita pregação versículo por versículo em nossos dias, mas que nada mais é do uma série de observações desarticuladas e desconexas sobre versículos sucessivos. 

O grande problema com a obra de Broadus é aquilo que pode ser percebido no ideário da vasta maioria dos evangélicos e até mesmo de muitos protestantes, a saber, que pregação expositiva é apenas um estilo de pregação, apenas um tipo de sermão classificado de acordo com a sua estrutura homilética. Antigamente, mesmo nossos seminários e institutos bíblicos trabalhavam a prática da pregação da seguinte forma: Primeiro, você prega um sermão tópico. Segundo, um sermão textual. Terceiro, um sermão expositivo. Scholars e professores chegam a recomendar uma variação de estruturas homiléticas em seus sermões, com vistas a “alcançar variedade no método sermonário [...] Essa variedade será aceitável e agradável à congregação atenta”.[4]

Interessa-me, particularmente, a definição de pregação expositiva que Albert Mohler apresenta:

A pregação expositiva é aquele tipo de pregação cristã que tem como seu propósito central a apresentação e a aplicação do texto da Bíblia. Todos os outros assuntos e interesses são subordinados à tarefa central de apresentar o texto bíblico. Como Palavra de Deus, o texto das Escrituras tem o direito de estabelecer tanto o conteúdo como a estrutura do sermão. A exposição autêntica acontece quando o pregador apresenta o significado e a mensagem do texto bíblico e mostra com clareza como a Palavra de Deus estabelece a identidade e a cosmovisão da igreja como o povo de Deus.[5]

Nisso reside a principal diferença entre a pregação expositiva e os outros tipos de pregação. Enquanto a pregação temática parte de um tópico em direção a textos bíblicos, e a pregação textual faça uso de uma passagem particular sem, contudo, examinar o intento original daquela passagem, a pregação expositiva “está, portanto, inescapavelmente ligada à obra de exegese séria. Se o pregador tem de explicar o texto, ele deve estudá-lo e dedicar horas de estudo e pesquisa necessárias ao entendimento do texto”.[6] Michael Houdmann afirma que, “tanto no sermão temático como no textual, a passagem da Bíblia é usada como material de apoio para o tema. Em sermões expositivos, a passagem da Bíblia é o tema, e materiais de apoio são usados para explicá-la e esclarecê-la”.[7]


Alguns eruditos, como Sidney Greidanus e John Stott, discordam da diferença estabelecida entre pregação expositiva e pregação textual, afirmando que esta distinção nada mais é do que um ato de confusão. A distinção alvo das críticas é aquela que diz que o sermão expositivo brota de uma passagem da Bíblia mais extensa do que dois ou três versículos, que é uma explicação versículo por versículo de uma passagem escolhida, dentre outras afirmações. Greidanus afirma que pregar expositivamente é “manusear o texto ‘de tal forma que seu significado essencial e real seja manifestado e aplicado às necessidades atuais dos ouvintes, como ele existe na mente do escritor bíblico em particular e como ele existe à luz de todo o contexto da Escritura’”.[8]

John Stott afirma:

Se ele [o texto] é longo ou curto, nossa responsabilidade como expositores é esclarecê-lo de tal forma que ele fale sua mensagem de forma clara, aberta, correta, relevante, sem adição, subtração ou falsificação. Na pregação expositiva o texto bíblico não é nem uma introdução convencional para um sermão num tema totalmente diferente, nem um pretexto conveniente sobre o qual projeta-se uma mistura de pensamentos heterogêneos, mas um mestre que dita e controla o que é dito.[9]

Mesmo Karl Barth disse acertadamente que, “se o pregador se dá por tarefa expor uma ideia sob uma forma qualquer – mesmo se esta ideia resulta de uma exegese séria e adequada – então não é a Escritura que fala, mas fala-se sobre ela. Para ser positivo, a pregação deve ser uma explicação da Escritura”.[10]


O fundamento bíblico de tudo o que foi dito pode ser percebido em Neemias 8:

1 Em chegando o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da Porta das Águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o Livro da Lei de Moisés, que o SENHOR tinha prescrito a Israel. 2 Esdras, o sacerdote, trouxe a Lei perante a congregação, tanto de homens como de mulheres e de todos os que eram capazes de entender o que ouviam. Era o primeiro dia do sétimo mês. 3 E leu no livro, diante da praça, que está fronteira à Porta das Águas, desde a alva até ao meio-dia, perante homens e mulheres e os que podiam entender; e todo o povo tinha os ouvidos atentos ao Livro da Lei. 4 Esdras, o escriba, estava num púlpito de madeira, que fizeram para aquele fim; estavam em pé junto a ele, à sua direita, Matitias, Sema, Anaías, Urias, Hilquias e Maaséias; e à sua esquerda, Pedaías, Misael, Malquias, Hasum, Hasbadana, Zacarias e Mesulão. 5 Esdras abriu o livro à vista de todo o povo, porque estava acima dele; abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé. 6 Esdras bendisse ao SENHOR, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém! Amém! E, levantando as mãos; inclinaram-se e adoraram o SENHOR, com o rosto em terra. 7 E Jesua, Bani, Serebias, Jamim, Acube, Sabetai, Hodias, Maaséias, Quelita, Azarias, Jozabade, Hanã, Pelaías e os levitas ensinavam o povo na Lei; e o povo estava no seu lugar. 8 Leram no livro, na Lei de Deus, claramente, dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia.

O texto foi lido e o texto foi exposto, explicado e aplicado às vidas do povo de Israel. Isto posto, fica claro que os seguintes elementos mínimos identificam uma pregação expositiva[11]:
  1. A mensagem encontra a sua única fonte na Escritura.
  2. A mensagem é extraída da Escritura a partir de cuidadosa exegese.
  3. A preparação da mensagem interpreta corretamente a Escritura em seu sentido normal e em seu contexto.
  4. A mensagem claramente explica o significado original da mensagem de Deus na Escritura.
  5. A mensagem aplica o significado da Escritura para os dias de hoje.

_______________________

Notas:
[1] William Perkins. The Art of Prophesying. Acessado em 11/10/2012.  http://www.monergism.com/thethreshold/sdg/perkins_prophesying.html >.
[2] John A. Broadus. Sobre a Preparação e a Entrega de Sermões. São Paulo: Hagnos, 2009. p. 65.
[3] Ibid. p. 67.
[4] Ibid.
[5] R. Albert Mohler, Jr. Deus Não Está em Silêncio: pregando em um mundo pós-moderno. São José dos Campos: Fiel, 2011. p. 75.
[6] Ibid. p. 76.
[7] Michal Houdmann. What Is Expository Preaching? Acessado em 12/10/2012. <http://www.gotquestions.org/expository-preaching.html>.
[8] Sidney Greidanus. O Pregador Contemporâneo e o Texto Antigo. São Paulo: Cultura Cristã, 2006. p. 26.
[9] John R. W. Stott. Between Two Worlds: the art of preaching in the Twentieth Century. Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1982. p. 126.
[10] Karl Barth. A Proclamação do Evangelho. Brasília: Monergismo, 2007. pp. 7-8. Acessado em 12/10/2012. <http://monergismo.com/wp-content/uploads/proclamacao_evangelho_barth.pdf>.
[11] Richard L. Mayhue. “Rediscovering Expository Preaching”. In: John MacArthur (Org.). Recovering Expository Preaching. Nashville, TN: Thomas Nelson, 1992. pp. 12-13.

***
Autor: Rev. Alan Rennê Alexandrino Lima
Fonte: Electus

O PAPEL SACERDOTAL DO PAI NA FAMÍLIA


Ex 28.1-4,36;Lv 16;Ed 9; Dt 6.

O casamento é uma aliança entre um homem e uma mulher na presença das testemunhas e de Deus, através do qual se forma uma nova família, onde cada um tem seu papel. E para que a o lar seja uma bênção cada membro precisa desenvolver a sua função. Neste texto eu vou me deter sobre o papel do pai na família da aliança.
Nos nossos dias marcado pelo materialismo, muitos pais pensam, que só precisam ter uma boa casa, carro e ser um sucesso no trabalho, etc. Mais o que adianta ter uma casa e uma famílias infeliz? Que adianta ser um sucesso no trabalho e ter um lar ser fracasso? Nenhum sucesso compensa o fracasso da família. A família é um projeto de Deus, para a glória dEle, e para que isso possa acontecer os pais precisam desenvolver o seu sacerdócio no lar. Para sermos sacerdotes em nossos lares, cada pai precisa:

1-VIVER EM SANTIDADE (Êx 28.1-4; Lv 16; 19.1,2; 21.6,8) – Quando os sacerdotes foram estabelecidos por Deus, ao separar Arão e seus filhos, ordenou que eles vivessem em santidade. A santidade era indispensável a vida dos sacerdotes para exercerem o seu ministério diante do Senhor, porque senão seriam destruídos como aconteceu com Nadabe e Abiú filhos de Arão que morreram diante do Senhor (Lv. 10.1-7). Deus ao chamar o seu povo do Egito ordenou dizendo: “Disse mais o Senhor a Moisés:“Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Sereis santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo”(Lv 19.1,2), e também o apóstolo Pedro ao escrever aos irmãos dispersos disse:“porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo”(1 Pe 1.16).

Sem santidade não podemos desfrutar da presença de Deus e desenvolver o sacerdócio do lar. Os pais precisam levar o relacionamento com Deus a sério, para serem bênção e exemplo para os familiares, pois eles sabem muito bem que somos dentro de casa. Se os nossos familiares nos conhecem, pense, quanto mais o nosso Deus. Ele conhece cada pai (Sl 139). Portanto, precisamos de pais santos para serem bênçãos e seus lares.

2-SER UM PAI DE ORAÇÃO (Lv 9.1,2,22-24; 16.2-34; Ed 9.15) – A vida de oração é era uma das características dos verdadeiros sacerdotes, na casa de oração. O capítulo de 16 do livro de Levítico é o clímax do livro que apresenta o caminho de acesso a Deus, onde os sacerdotes no dia da expiação se achegavam diante de Deus, principalmente quando o sumo-sacerdote se apresentava diante de Deus para fazer expiação por sua casa, pelos sacerdotes e pelo povo. O dia da expiação era um dia de jejum e lamentação pelos pecados Dt 9.18, de confissão ! Sm 7.9, Ne 9.1,2. Era um momento de intercessão pelas famílias e nação (Lv 16.11-34). Jó foi um homem rico, integro e temente a Deus que se desviava do mal, que também intercedia por seus filhos (Jó 1.5).

Orar uma vez pela família é fácil, mais ter uma vida de oração não é, pois para sermos maridos de oração precisamos ter fé, dedicação, tempo, etc. Em nossa igreja, quando os pais apresentam os seus filhos para serem batizados, um dos compromissos assumidos é de ter uma vida de oração com e pelos filhos. Hoje precisamos orar apresentando a Deus as nossas famílias. Portanto, precisamos de pais de oração, como alguém já disse: “pais de oração famílias de pé”.

3- ENSINAR A PALAVRA DE DEUS (Ed 7.10;10.10,16, Dt 6.6-9; 2 Tm 3.14-16) – Os sacerdotes também tinham a responsabilidade de ensinar a Lei do Senhor como podemos ver o exemplo de Esdras Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar e cumprir a lei do Senhor, e para ensinar em Israel os seus estatutos e as suas ordenanças”(7.10). Os sacerdotes ensinavam aos de sua casa como ao povo. Quando o sacerdote Ele deixou de ensinar aos seus filhos ele foi repreendido, pois o verdadeiro ensino é muito mais do que palavras, envolve atitude. Eli precisava ter confrontado os seus filhos, sua falha em não ter tomado uma atitude “foi interpretada como ter honrado mais os seus filhos do que o Senhor” (1 Sm 2.29).

Como homens de Deus, os pais  israelitas precisavam ensinar a Palavra de Deus aos seus filhos conforme as sagradas escrituras: “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te. Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por frontais entre os teus olhos; e as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas”(Dt 6.7-9).

Paulo ao escrever a Timóteo disse: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que desde a infância sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela que há em Cristo Jesus. Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra”(2 Tm 3.14-17).

Como homens de Deus precisamos ensinar a palavra de Deus em nossos lares, e não deixar esta responsabilidade só para a igreja, os professores, etc. Você não precisa ser pastor para ensinar aos seus filhos! Você precisa conhecer a Deus e sua palavra e fazer a sua parte sem se acomodar. Entretanto, pai, você precisa estudar a palavra, ir à igreja, tirar suas dúvidas com o pastor, missionário, presbítero ou algum líder da igreja. Nós também, precisamos orar rogando a iluminação do Senhor para crescermos na graça e no conhecimento do nosso Deus para assim ensinarmos a nossa família.

Meus irmãos, nesta atualidade tão desafiadora em que estamos vivendo, onde podemos ver o problema das drogas, prostituição, corrupção, idolatria, etc. O os pesquisadores já descobriram que o problema começa nos lares. Como homens de Deus somos privilegiados, mas grandes privilégios implicam em grandes responsabilidades. Os pais cristãos, como sacerdotes do lar tem grande responsabilidade de viverem em santidade não só na igreja, mais em toda a sociedade, de serem homens de oração, que intercedem por seus lares e ensinam a palavra da vida. Grande é o nosso desafio, mas não podemos desanimar e sim despertar para cumprirmos o nosso papel de pais para a glória de Deus.

Sobre o autor: Eli Vieira é formado pelo Seminário Presbiteriano do Norte-Recife, cursando Administração na Uninassau e pastor efetivo da Igreja Presbiteriana Filadélfia, Garanhuns-PE

sábado, 12 de agosto de 2017

05 maneiras de ajudar seu pastor a edificar uma igreja mais saudável


Muitos são aqueles que vivem reclamando de suas igrejas e por conseguinte de seus pastores. Para estes nada está bom. Na verdade, ouso dizer que para os murmuradores de plantão a igreja que congregam tem mais problemas que o time do Vasco quando rebaixado à segunda divisão do brasileirão. 

Ora, por acaso você já parou para pensar que alguns dos problemas que sua igreja experimenta poderiam ser solucionados? Por acaso você já refletiu que se em vez de reclamar das dificuldades de sua comunidade local, você fosse mais presente auxiliando a liderança de sua igreja, muitos problemas seriam resolvidos? 

Diante disso, resolvi escrever cinco maneiras em que um crente pode ajudar seu pastor a edificar sua igreja, senão vejamos:

1- Orando pelo pastor, pelos líderes e pelos departamentos da igreja.

2- Reclame menos e auxilie mais. Ora, se a igreja está suja, ajude na limpeza; se faltou água no bebedouro, providencie; se não tem ninguém para ajudar no estacionamento, voluntarie-se.

3- Seja um apagador de incêndios. Infelizmente tem gente que gosta de ver "o circo pegar fogo". Se alguém reclama, essa pessoa reclama junto, se outro murmura, ela murmura também. Que tal comportar-se de forma diferente, não incentivando, muito menos alimentando a murmuração alheia?

4- Incentive o seu pastor, encorajando-o mesmo diante das lutas, a continuar firme no ministério, na pregação, no aconselhamento, no pastoreio e na condução da igreja.

5- Seja um servo. Em vez de um assistente de culto, procure o pastor de sua igreja e se ofereça para servir em alguma área da comunidade local, atenuando com isso a sobrecarga de trabalho daqueles que por falta de trabalhadores são obrigados a fazer mais do que necessário.

Pense nisso!

Renato Vargens

Desenho da Disney exibe mães lésbicas com mensagem LGBT para crianças

ALERTA AOS PAIS


A cena foi exibida nos Estados Unidos, porém o desenho já é veiculado também no Brasil, com o nome 'Doutora Brinquedos'.
 Cena do desenho "Doc McStuffins", no qual aparecem duas mães lésbicas juntas. (Foto: Yahoo)
Cena do desenho "Doc McStuffins", no qual aparecem duas mães lésbicas juntas. (Foto: Yahoo)

Exibido primeiro para o programa 'Disney Junior' (EUA), um episódio recente do desenho animado para crianças chamado "Doc McStuffins" ("Doutora Brinquedos", em português) apresentou duas mães lésbicas como chefes de uma família.
O desenho - que agora está em sua quarta temporada - está voltado para crianças de 2 a 5 anos, de acordo com Common Sense Media. O desenho também é exibido no Brasil por meio da 'Disney Junior BR', com o nome "Doutora Brinquedos".
"Doc McStuffins" é um programa muito muito popular e recebeu o apoio de uma variedade de públicos com diferentes origens. A personagem principal é uma menina negra chamada "Doc", que ajuda os animais de pelúcia enfermos como uma "médica mirim".

O episódio intitulado "O Plano de Emergência" foi exibido no Disney Channel na semana passada. Mostrou mães que se portam como um casal. As personagens ganharam as vozes de duas lésbicas conhecidas nos EUA: Wanda Sykes e Portia de Rossi.

Na cena, as duas mães são pegas despreparadas quando um dragão de brinquedo provoca um terremoto, pulando para cima e para baixo. As duas lésbicas acabam se separando do bebê, mas a "Doutora Brinquedos" ajuda a reuni-las novamente e mostra-lhes como fazer kits de emergência.

O grupo ativista cristão "One Million Moms" ("Um Milhão de Mães") disse que a exibição de um casal homossexual na série animada, "infelizmente já não é mais uma surpresa", ressaltando que a criadora e produtora executiva do desenho, Chris Nee, é uma lésbica assumida.

Em uma entrevista on-line para o "After Ellen", um site especificamente voltado para lésbicas, Nee assumiu que tem o desejo de incutir mensagens sutis sobre orientação sexual no enredo de seu desenho, conforme o diálogo abaixo:

After Ellen: "Mesmo que este seja um programa para crianças e não vamos ver enredos gays, como você inclui mensagens sutis sobre aceitação e como as pessoas são diferentes? Isso está sempre na sua mente quando faz esses desenhos?"

Chris Nee: "Definitivamente sim! Meu filho tem duas mães e essa é uma grande parte da minha vida como um ser humano. Isso tem sido uma parte incrível do jeito como vejo o mundo e da maneira como vejo personagens e da maneira que eu quero criar personagens que são incrivelmente aceitos um pelo outro e tudo o que está acontecendo em suas vidas".
"Eu acho que eu trabalho muito na criação da família de amigos. Eu gosto de criar um mundo onde há amigos que são simplesmente extraordinários em se apoiarem em tudo o que eles estão fazendo - minha própria família biológica é uma família incrível, mas eu acho que a história clássica de falar sobre filhos de homossexuais é como você acaba criando essa família de amigos e isso sempre se reflete no meu trabalho", acrescentou.

Ativistas LGBT estão aplaudindo a Disney pela atitude.

"Crianças como as minhas merecem a chance de ver suas famílias refletidas na TV, e esse episódio faz exatamente isso de uma maneira bonita e positiva", disse Sarah Kate Ellis, presidente e CEO da GLAAD.

Enquanto isso, o grupo "One Million Moms" pediu um boicote ao programa dizendo: "As famílias conservadoras não terão escolha senão deixar de assistir ao Disney Channel Network em suas casas para evitar suas propagandas e programações. As famílias não poderão mais permitir que o Disney Channel entre em suas casas se a rede se afastar do entretenimento familiar desta forma".

O ativismo LGBT nas programações infantil não é algo novo para a Disney. A empresa de entretenimento enfrentou uma grande contração por incluir uma história homossexual "sutil" em sua versão de ação de "A Bela e a Fera" no início deste ano.

E logo antes disso, a Disney exibiu seu primeiro beijo gay na tela em um show de desenho infantil "Star vs. the Forces of Evil". Os produtores do desenho decidiram mostrar vários casais do mesmo sexo se beijando durante uma cena de um show, enquanto uma banda cantava a música "Best Friends" ("Melhores Amigos").

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CBN NEWS

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *