domingo, 13 de julho de 2014

Sai a programação do Palco Gospel do Festival de Inverno de Garanhuns 2014

CONFIRA

Foi divulgada nesta quinta (10 de julho), a esperada programação do Palco Gospel do Festival do Inverno de Garanhuns -Fig 2014.O Garanhuns Gospel Festival, como está sendo denominado este ano, começa sábado (19), e segue até o dia 26. As apresentações acontecem na quadra do Colégio Quinze, sempre a partir das 20 horas.  OBS: Grade sujeita a alterações

CONFIRA




Fonte:Blog V&C Garanhuns

sábado, 12 de julho de 2014

Litígio - Disputa entre irmãos na Fé

.


Por Rev. Fernando de Almeida


O caso de Corinto - 1Coríntios 6.1-8


A cultura de nosso país tem mudado bastante de algumas décadas para cá no que tange a reivindicação dos direitos. Por pequenas coisas ações são movidas e existe uma infinidade de siglas que traduzem a amplitude do direito do cidadão. Por causa disso, as próprias empresas prestadoras de serviços criaram órgãos internos para atenderem seus clientes, as ouvidorias ou então o trabalho de um ombudsman.

De tanta ênfase que se tem dado ao direito individual não será possível que preceitos ainda mais importantes que esse sejam colocados de lado? Vamos estudar hoje como a busca pelo direito pode atrapalhar a comunhão da igreja.

Ganância disfarçada de justiça

É bastante comum ouvirmos de crentes que tem disputas contra outros a seguinte declaração: “Só desejo que a justiça seja feita”. Existe, porém, muitas afirmações bíblicas que nos fazem desconfiar das verdadeiras intenções humanas. Segundo a Palavra de Deus, o coração humano é desesperadamente corrupto (Jr 17.9); os nossos projetos e até pensamentos estão distantes do que Deus planeja em sua santidade (Pv 16.1; Is 55.8-9); e que há pecados praticados que passam desapercebidos de nossas consciências viciadas (Sl 19.12).

Por causa dessa tramoia que nossa carne prega é que foi tão importante para a Igreja de Corinto ser confrontada com as intenções reais de se contestar alguém na justiça comum. O que geralmente se busca com essa atitude senão uma compensação financeira por um suposto dano sofrido? Vê-se, então, que a “sede de justiça” nada mais é do que uma máscara para disfarçar um profundo amor ao dinheiro e desejo de vingança.

Há, portanto, no direito inato de todo cidadão (de usar a justiça comum quando se sentir prejudicado de alguma forma) uma série de quebras dos mandamentos de Deus e dentre esses, a constante busca pelo bem do próximo; um princípio muito mais importante que a procura pelo dinheiro ou o desejo de vingança.

Jesus disse que deveríamos fazer o bem até mesmo aos nossos inimigos bem como amá-los, bendizê-los e orar por eles (Lc 6.27-28). Tiago rumina essa ideia lembrando que devemos amar o próximo como a nós mesmos sem qualquer acepção de pessoas (Tg 2.8-9), ou seja, sem mesmo levar em consideração se o próximo é um crente ou um ímpio. Talvez por isso Paulo tenha apresentado um caso tão abrangente em nosso texto básico: “Atreve-se algum de vós, tendo negócio contra outro…” (1Co 6.1) Ele não especifica se esse “outro” é crente ou não[1] porque não vem ao caso; a regra é a mesma.

Seria possível aos coríntios acionar a justiça dos ímpios sem quebrar o mandamento acima? Será que algum dia encontraremos alguém que diga: “Meu irmão eu amo você em Jesus por isso já perdoei sua ofensa em meu coração mas mesmo assim vou entrar na justiça para requerer uma compensação em dinheiro”. Seria isso coerente?

Paulo começa o versículo com o verbo “atrever”. De fato, esse falso desejo por justiça é uma tremenda arrogância, atrevimento e audácia. É como se Paulo dissesse: “Como alguém que se diz crente pôde ter coragem de fazer algo assim?”

A suficiência da Igreja

O final do primeiro verso de 1 Coríntios 6, apresenta uma indignação da parte do apóstolo Paulo pelo fato de o caso controverso ter sido apresentado “aos injustos e não perante os santos” (1Co 6.1). Essa mesma repulsa é confirmada no verso 6: “Mas irá um irmão a juízo contra outro irmão, e isto perante incrédulos!” (1 Co 6.6).

Um cristão deveria ter a consciência (“ou não sabeis… [v.2]) que a atitude mais sensata diante de uma controvérsia na igreja era procurar irmãos na fé e não os ímpios.

Para vergonha vo-lo digo. Não há, porventura, nem ao menos um sábio entre vós, que possa julgar no meio da irmandade?” (1 Co 6.5). Essa declaração indica que até mesmo um único cristão, com uma mente cristão madura, já seria suficiente para intermediar qualquer disputa. Aliás, embora apareça muitas vezes a palavra “julgar” nesse texto, o espírito do significado está muito mais ligado a “mediação” do que “julgamento”. Nas questões terrenas podemos ser mediadores uns dos outros e assim cumprirmos a bem-aventurança que nos manda ser pacificadores (Mt 5.9).

Em uma certa igreja, dois irmãos na fé eram sócios em um negócio. Depois de um certo tempo de sociedade acharam por bem dissolvê-la mas não conseguiram acordar em que termos isso se daria. Imbuídos de sabedoria, levaram o caso ao conselho da igreja e após exporem cada um a sua versão pediram que aqueles líderes se pronunciassem (mediassem) a respeito e a opinião dada seria acatada por ambos. Assim foi feito. Um ou o outro talvez não tenha recebido o tanto que gostaria mas com certeza ambos puderam sentir paz com a decisão tomada.

A união que existe na igreja de Cristo deveria torná-la em um fórum suficiente para os irmãos resolvem seus problemas. As instâncias da justiça comum “não têm nenhuma aceitação na igreja” (1Co 6.4b), ou seja, de nada valem para a igreja. A “justiça dos homens” recentemente nos deu um exemplo claro disso ao proibir pais de imporem castigos físicos aos seus filhos. Essa mesma justiça tem autorizado o aborto, desconsiderado o adultério como crime e está em vias de não só aceitar a união civil homossexual mas também capacitá-los a adoção. De fato, a justiça humana nada tem a ver com a justiça de Deus e por causa dessa diferença abismal que os apóstolos disseram: “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens.” (At 5.29b).

Os coríntios são lembrados por Paulo a respeito do papel que os crentes ocuparão na vida eterna. “O absurdo da situação em Corinto torna-se mais claro quando a pessoa reconhece que, na consumação da história (mas não antes; 5.12,13), os crentes participarão, juntamente com Cristo, no julgamento não somente dos incrédulos, mas também dos anjos. Até o menos qualificado entre os crentes de Corinto estava em melhor posição do que um incrédulo para arbitrar disputas na igreja local.” [2]

O Testemunho diante do mundo

Levando as questões internas a justiça comum, os coríntios estavam literalmente lavando suas roupas sujas em público. Segundo Paulo, esse comportamento da comunidade cristã se traduzia em uma “completa derrota” (1Co 6.7). Primeiro por causa da evidente falta de amor cristão recíproco e segundo, por causa do testemunho cristão: em vez de a igreja julgar os valores do mundo o inverso é que se dá. O mundo tem que interferir na convivência da igreja para que esta tenha paz. De fato, a igreja tem que se sentir derrotada com isso.

Simon Kistemaker escreveu com bastante propriedade: “Para Paulo, o propósito do Cristianismo é permear o mundo todo, influenciá-lo e mudá-lo de acordo com as normas do evangelho. Mas Paulo nota que em Corinto está acontecendo o contrário. O mundo está penetrando na comunidade cristã para amoldá-la aos padrões do mundo. Prova disso é a questão das disputas que não são resolvidas dentro dos limites da comunidade cristã, mas levadas diante de juízes mundanos. Os irmãos cristãos que levam suas causas para não-cristãos estão tornando a igreja um motivo de galhofa no mundo gentio.” [3] Na ânsia de derrotar um outro irmão a fim de obter vantagem, essa pessoa derrotava a si mesma como parte do corpo de Cristo.

Aquilo que é mais valioso

A prova maior de que os coríntios litigiosos estavam negligenciando o amor se evidenciava no fato de não perceberem que “pessoas” é melhor do que “coisas” e “o bem do Corpo" (igreja) é melhor do que “satisfação pessoal”.

A Unidade da Igreja é mais importante do que o sofrimento pela injustiça.

Paulo questiona os coríntios: “Por que não sofreis, antes, a injustiça?” (1Co 6.7b). Diante da vergonha que é para a igreja a desunião de seus membros ao ponto de um acionar o outro na justiça comum, Paulo pergunta: “Por que não é preferível ser tratado injustamente? Jesus salientou bem que quando alguém impingisse injustiça ao crente este deveria conformar-se e alegrar-se: “Ao que te bate numa face, oferece-lhe também a outra; e, ao que tirar a tua capa, deixa-o levar também a túnica; dá a todo o que te pede; e, se alguém levar o que é teu, não entres em demanda.” (Lc 6.29-30). A Palavra de Deus nos autoriza protegermos nosso patrimônio (afinal somos mordomos de Deus) mas não ao ponto de amarmos mais as posses do que nossa própria vida, a do próximo ou o próprio Deus. Se o crente não tem coragem de dispor do que tem então é porque nisso está seu coração. A história do encontro de Jesus com o jovem rico ilustra bem isso (Mc 10.17-22). 

A Unidade da Igreja é mais importante do que o sofrimento pelo prejuízo.

A segunda pergunta de Paulo foi: “Por que não sofreis, antes, o dano?” (1Co 6.7b); ou seja: “Não seria melhor ficar com o prejuízo?” (NTLH). A injustiça agora revela-se em prejuízo.

Ninguém melhor do que Paulo para falar de abnegação. Se você pudesse fazer uma meça da vida financeira de Paulo antes e depois de sua conversão, você saberia dizer se Paulo se tornou mais rico ou mais pobre? A Bíblia não trata desse assunto mas em mais de uma oportunidade ele confessa que já teve experiência de fome e escassez (Fp 4.12) bem como prisões, perigos, naufrágios, trabalhos, fadigas, sede, frio e nudez (2Co 11.24-27).

A igreja é o Reino de Deus visível nesse mundo caído. O Reino de Deus não tem preço, por isso, ele é comparado a uma pérola de grande valor ou a um campo com um tesouro. Os coríntios deveriam por tudo de lado em favor da preservação da igreja de Deus da mesma forma que um colecionador de pérolas vende todas que tem para comprar a mais valiosa (Mt 13.45,46) ou alguém que achando um tesouro vende tudo o que tem para comprar o campo no qual esse tesouro se encontra (Mt 13.44).

Conclusão

De acordo com a exortação de Paulo a comunhão do Corpo de Cristo é mais importante que qualquer coisa. Para esse fim devemos suportar, então, injustiças pessoais e até mesmo sermos roubados.

Nisso se manifesta o testemunho do cristão pois é bastante incomum um ímpio abrir mãos de bens materiais em detrimento de outras pessoas; somente com Cristo na direção de nossa vida isso pode ser possível.

Por outro lado, se preferirmos contender a abrir mão é porque ainda não entendemos o espírito do Evangelho e do próprio ministério de nosso Redentor Jesus Cristo.

Nem sempre as contendas entre os membros da igreja chegam aos tribunais mas nem por isso elas são menos prejudiciais à união da igreja. Tendo isso em conta, procure em seu coração as desavenças pendentes e tome a decisão de consertá-las sempre com o espírito de abrir mão do que por direito deveria ser seu. Se preciso chame o pastor ou qualquer outro líder sábio (1Co 6.5) para ser o mediador.

_________
Notas:
[1] A maioria dos estudiosos entende que a contenda que Paulo tinha em mente se deu entre dois crentes membros da igreja de Corinto.
[2] Bíblia de Genebra, comentário a 1Coríntios 6.2-5
[3] Simon  J. Kistemaker,  1 Coríntios,  São Paulo, Cultura Cristã, 2003, p.251.

***
Sobre o autor: Rev. Fernando de Almeida é Ministro Presbiteriano e capelão da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Presbiteriano "Rev. José Manoel da Conceição"; Bacharel em Teologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; Pós Graduado em Filosofia pela Universidade Católica de Brasília; Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Doutorando em Letras. Escritor de revistas para Escola Dominical pela Editora Cultura Cristã.

Fonte: Reflexões Bíblicas
.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Que é um Evangélico?

.


Por Michael Horton


Os rótulos geralmente são confusos, especialmente quando o conteúdo da embalagem muda. Suco de uva pode virar vinagre com o passar dos anos na adega, porém o rótulo não muda junto com as mudanças na substância. O mesmo vale para o termo "evangélico".

Desde o "Ano do Evangélico", correspondente ao bicentenário de nossa nação (no caso os EUA) em 1976, o termo - pelo menos na América do Norte - veio a identificar aqueles que salientam um determinada marca da política, uma abordagem moralista e freqüentemente legalista da vida, e certo tipo de imitação, "cafona" de estilo de evangelismo. Para alguns o termo compreende o emocionalismo que eles vêem na televisão religiosa. Para outros, hipocrisia e justiça própria. E aí há as memórias que muitos de nós, que fomos criados como evangélicos, temos: ambientes familiares fortes e cuidadosos; um senso de pertencer a um mesmo lugar, com os amigos que gostam de conversar das "coisas do Senhor".


Independente do seu passado, é importante entender o significado do termo "evangélico".


As pessoas só começaram a usar o rótulo no século XVI, designando aqueles que abraçaram o Evangelho que havia - num sentido bem real - sido recuperado pela Reforma Protestante naquele século. "Evangélico" vem de "evangel", que é o termo grego para "evangelho". Deste modo, os "evangélicos" eram luteranos e calvinistas que queriam recuperar o evangel e proclamá-lo dos altos dos telhados. Era uma designação empregada para colocar os Protestantes num agudo contraste com os Católicos Romanos e "seitas". Mas para entender por que estes Protestantes pensavam que eram realmente aqueles que recuperaram o verdadeiro e bíblico Evangelho, temos que entender o que era aquele evangelho.


O "Evangel"


A Reforma era uma coleção de "solas" - esta é a palavra latina para "somente". Eles vibravam ao dizer "Sola Scriptura!", significando, "Somente as Escrituras". A Bíblia era a "única regra para fé e prática" (Westminster) para os reformadores. Você vê que a igreja acreditava que a Bíblia era totalmente inspirada e infalível, mas a igreja era o único intérprete infalível da Bíblia. Os Reformadores acreditavam que a Tradição era importante e que os Cristãos não a deveriam interpretar por eles mesmos, mas que todos os cristãos sejam clérigos ou leigos, deveriam chegar a um comum entendimento e interpretação das Escrituras juntos. A Bíblia não deveria ser exclusivamente deixada aos "espertos", mas isso nunca significou para os Reformadores que cada cristão deveria presumir que ele ou ela pudessem chegar a interpretações da Bíblia sem a orientação e assistência da Igreja.


O principal ponto de "Sola Scriptura" então, era este: Não deveria ser permitido à Igreja fazer regras ou doutrinas fora das Escrituras. Não existem novas revelações, nem papas que ouvem diretamente a voz de Deus, e nada que a Bíblia não apresente deveria ser ordenado aos cristãos.


O segundo "sola" era "Solo Christus", "Somente Cristo". Isto não queria dizer que os Reformadores não criam na Trindade - pois o Pai e o Espírito Santo eram igualmente divinos, mas que Cristo, sendo o "Deus-Homem" e nosso único Mediador, é o "Homem de frente" para a Trindade. "Aquele que me vê a Mim, vê ao Pai que me enviou", disse Jesus. Num tempo em que meros seres humanos estão tomando o lugar de Cristo como Mediador entre Deus e cristãos, os reformadores proclamaram juntamente com Paulo: "Há somente um Deus e um Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem" (1 Tim. 2: 5). Eu cresci em igrejas onde tínhamos "apelos ao altar" e esta pode ser a coisa mais próxima que nós cristãos modernos temos do "chamado ao altar" medieval, a missa. Em nossas igrejas, o pastor atuaria como mediador, vendo nossa mão levantada "enquanto cada cabeça está baixa e cada olho fechado", e nós iríamos para a frente onde ele estava, o chamado "altar" e repetiríamos uma oração após ele. Então ele afirmaria que, tendo "feito a oração", nós agora estaríamos salvos. Eu me lembro de ter sido "salvo" novamente, e novamente. Quando me senti culpado após uma particular e desagradável noite de sábado, lá ia eu novamente ao altar. Cristãos medievais estavam sempre apavorados até a morte, por ver que poderiam morrer com pecados não confessados e assim iriam para o inferno. Assim, a missa era uma oportunidade de "estar em dia com Deus" e de "encher a banheira" que tinha tido um vazamento por causa do pecado.


Os reformadores, porém, diriam àqueles dentre nós que vivem ansiosos quanto ao fato de estar ou não dentro do favor de Deus, ou se estamos cedendo demais ou obtendo vitória: "Somente Cristo!" É a Sua vida e não a nossa, que conta para a nossa salvação; foi a Sua morte sacrificial e ressurreição vitoriosa que nos assegurou vida eterna. Porque Ele "entregou tudo"; o Seu mérito cobre totalmente o nosso demérito.


E isso nos traz ao próximo "sola" - "Sola Gracia" (Somente a Graça!) Roma acreditava na graça; de fato, a Igreja insistia que, sem a graça, ninguém poderia ser salvo. Só que a graça era o tipo de "um pó mágico" que ajudava a pessoa a viver uma vida melhor - com a ajuda de Deus. Os reformadores, em contrapartida, diziam que a graça não é uma substância que Deus nos dá para vivermos uma vida melhor, mas sim uma atitude em relação a nós, aceitando-nos como justos por causa da santidade de Cristo, e não nossa.


Por isso eles lançaram o quarto "somente" (sola), que sabemos ser "Sola Fide"(somente a fé). Considerando que somos salvos somente pela graça, como obtemos essa graça? Roma argumentava que essa graça era distribuída pela igreja através dos vários métodos que os "altos escalões" haviam inventado. Fé mais amor, ou fé mais boas obras, ou alguma coisa assim, tornou-se a fórmula para a salvação. Os reformadores ao contrário, insistiam que do início ao fim, "salvação é obra do Senhor" (João 2:9). "O Espírito dá vida; o homem em nada colabora" (João 6:55). "Não depende da decisão, nem do esforço do homem, mas da misericórdia de Deus" (Rom 9:16). Assim a fé em si mesma é um dom da graça de Deus e não se pode dizer dela que seja "a coisa" que nós fazemos na salvação: Pois nós não somos nascidos "da vontade da carne ou da vontade do homem, mas de Deus" ( João 1:13).


No minuto em que uma pessoa olha para "Cristo somente" para sua salvação, dependendo da Sua vida santa e sacrifício substitutivo na cruz, naquele exato momento ela ou ele é justificado (posto em posição de justiça, declarado justo, santo, perfeito). A própria santidade de Cristo é imputada (creditada) na conta do crente, como se ele ou ela tivessem vivido uma vida perfeita de obediência - mesmo enquanto aquela pessoa continua a cair repetidamente no pecado durante sua vida. O Cristão não é alguém que está olhando no espelho espiritual, medindo a proximidade de Deus pela experiência e progresso na santidade, mas é antes alguém que está "olhando para Cristo, o Autor e Consumador da nossa fé" ( Heb. 12:2). Resumindo, é o estilo de vida de Cristo, não o nosso, que atinge os requisitos de Deus, e é por Ele que a justiça pode ser transferida para nossa conta, pela fé (olhando somente para Cristo).


Finalmente, os reformadores disseram que tudo isso significa que Deus é quem tem todo o crédito. "Soli Deo Gloria" (Somente a Deus seja a Glória) era a forma que eles colocavam - nosso último "sola", que quer dizer, "A Deus somente seja a Glória" Um evangélico, portanto, era centrado em Deus; alguém que estava convencido de que Deus havia feito tudo e que não restava nada que o homem considerasse seu a não ser seu próprio pecado. Isto não apenas transformou radicalmente a vida devocional dos crentes que o abraçaram, mas toda a estrutura social também.


Numa velha taverna do século XVII em Heidelberg, na Alemanha, lê-se no alto "Soli Deo Gloria!" Johann Sebastian Bach, o famoso compositor, assinou todas as suas composições com aquele slogan da Reforma. Do mesmo modo, um outro compositor, Handel, declarou, "Que privilégio é ser membro da igreja evangélica, saber que meus pecados estão perdoados. Se nós fossemos deixados à mercê de nós mesmos, meu Deus, o que seria de nós?" Grandes e nobres vidas requerem grandes e nobres pensamentos, e a soberania e a graça de Deus são, para o crente, grandes e nobres pensamentos. Os reformadores disseram a Roma o que J.B.Philipps, o tradutor inglês da Bíblia, disse à igreja contemporânea: "O Deus de vocês é muito pequeno".


A Reforma, a qual produziu o termo "evangélico", também recuperou a doutrina bíblica do "sacerdócio universal de todos os santos" e a noção bíblica do chamado e vocação. A igreja tinha dividido os cristãos em primeira classe (aqueles que serviriam no "ministério cristão em tempo integral") e segunda classe (aqueles que estavam empregados em serviços "seculares"). Os reformadores concediam, por direito, que todos os cristãos são sacerdotes e são, por isso, ministros de Deus, independente de estarem varrendo uma sala para a glória de Deus, moldando uma peça de cerâmica, defendendo um cliente na corte, curando um paciente, ordenhando uma vaca, ou conduzindo uma congregação no louvor. Não há o "secular" e o "sagrado" - Deus criou o mundo inteiro e fez a vida neste mundo como algo inseparável de nossa própria humanidade.


Como nós ajustamos as coisas hoje?


A questão, é claro, é ser "evangélico" hoje significa o que significou há quinhentos anos.


Em primeiro lugar, muitos dos evangélicos de hoje têm uma visão das Escrituras inferior à que a igreja de Roma tinha no século XVI. Instituições evangélicas de peso duvidam da confiabilidade da Bíblia e de sua infalibilidade - a menos, claro, que se trate daquilo que eles já decidiram que é verdade. Outros acreditam que a Bíblia é inerrante, porém acrescentam novas regras e revelações ao cânon. "A Bíblia é suficiente", nos aconselhariam os reformadores. Os sermões, com muita freqüência, são "pop-inspiracionalistas" discursos superficiais de "Como criar filhos positivos" ou "Como ter uma auto-estima" em detrimento de sérias exposições das Escrituras. De acordo com o Gallup, "Os EUA são um país de iletrados bíblicos", ainda que 60 milhões deles se consideram "evangélicos".


Em segundo lugar, muitos evangélicos modernos também não acreditam que Cristo é suficiente. Às vezes pessoas muito boas e nobres substituem Cristo como nosso único Mediador, assim como o Espírito Santo. Enquanto louvamos o Espírito juntamente com o Pai e o Filho, o Filho tem este papel único de nosso único advogado e Mediador. Não devemos olhar para a obra do Espírito nos nossos corações, mas para a obra de cristo na cruz. Às vezes, nós temos mediadores humanos que não são o Deus-Homem Jesus Cristo. Precisamos de outras coisas pelo meio, como a figura do pastor no "apelo" do altar ao qual me referi anteriormente. Não muito tempo atrás eu vi um tele-evangelista de sucesso tirando o fone do gancho e informando seus telespectadores que "esta é sua conexão com Deus". Uma banda secular, "Depeche Mode", canta sobre "Seu próprio Jesus Pessoal" que pode ser contactado ao se pegar no fone e fazendo sua confissão. Enquanto estivermos neste assunto, também deveríamos mencionar que foi a venda de indulgências de John Tetzel (redução do período no purgatório em troca de valores em dinheiro) que inspirou as "Noventa e Cinco Teses" de Lutero, desencadeando a Reforma. "Quando a moeda bate no cofre", o coro cantava, "uma alma do purgatório é vivificada". Será que isso realmente é diferente da venda da salvação que temos visto na televisão cristã, rádio, e mesmo em muitas igrejas? Dinheiro e salvação têm sido distorcidos para serem uma coisa só no meio de muitos de nós. "Eles vendem salvação a você", canta Ray Stevens, "enquanto eles cantam 'Amazing Grace' ('Graça Maravilhosa')".


Muitos evangélicos hoje crêem que "Somente a Graça" (sola gracia) é algo como livre-arbítrio, uma decisão, uma oração, uma ida até a frente, uma segunda bênção, algo que nós façamos por Deus que nos dará confiança de sermos alvo do Seu favor. Doutrinas como eleição, justificação e regeneração são discutidas quase que nunca, porque elas mostram o quadro de uma humanidade que é incapaz e nem ao menos pode cooperar com Deus em matéria de salvação. Se nós formos salvos é Deus e Deus somente que deverá faze-lo.


E sobre "Somente a Fé" (sola fide)? Muitos evangélicos acham que a fé não é suficiente. Se um indivíduo crê em Cristo e daí sai e o anuncia, será que a fé é suficiente? Alguns insistem que a fé mais a entrega, ou a fé mais a obediência, ou fé mais um sincero desejo de servir ao Senhor servirão como uma fórmula. O fato de que os evangélicos hoje lutam com estas questões indica que nós não ouvimos o "som seguro" de "Somente a Fé" em nossas igrejas. Fé é suficiente porque Cristo é suficiente.


Como se comparariam os evangélicos de hoje com os seus predecessores em matéria de "Somente a Deus seja a Glória"? Auto-estima, glória-própria, centralidade do "eu" parecem dominar a pregação, ensino e a literatura popular do mundo evangélico. Os evangélicos de hoje sabem muito pouco do grande Deus dos reformadores - um Deus que faz tudo conforme o Seu agrado, em relação aos céus e às pessoas sobre a terra e "que faz tudo conforme o conselho da Sua vontade" (Dn. 4; Ef. 1: 11). Os evangélicos hoje, refletindo sua cultura e sociedade mais ampla, estão intimidados por um Deus que é Deus. Porém que outro Deus é digno de confiança? Em poucas palavras, que outro Deus existe? Louvar ao Deus de uma experiência pessoal ou o Deus de preferência pessoal é louvar um ídolo. Os reformadores levaram isso a sério, e aqueles que quiserem ser evangélicos genuínos também devem faze-lo.


Conclusão


Muitas pessoas se perguntam por que o povo da "Reforma" parece bravo. Ninguém quer estar ao redor de pessoas bravas - e eu não gostaria de ser conhecido como uma pessoa "brava". Mas precisamos encarar o fato de que estes são tempos de grande infidelidade para o povo de Deus. A nós foi dada uma fé rica, com Cristo no centro. Porém trocamos nossa rica dieta por um saco de pipocas e estamos mal nutridos. Se os evangélicos terão a mesma saúde espiritual que tiveram em épocas passadas, eles terão que voltar para as verdades que fazem de "evangélicos" "evangélicos". A Bíblia - nosso único fundamento; Cristo - nossa única esperança; Graça - nosso único evangelho; Fé - nosso único instrumento; a Glória de Deus - nosso único alvo; o Sacerdócio de todos os santos - nosso único ministério. Este evangelicalismo original ainda é suficiente para fazer, mesmo de nossas menores vitórias, algo muito grande.


***
Sobre o autor: Dr. Michael Horton é professor no Seminário Teológico Reformado, Orlando-Flórida e editor da revista Modern Reformation.

Fonte: Extraído do Jornal "Os Puritanos" Ano V - Número 3 
Via: Monergismo
.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

DEZ CARACTERÍSTICAS DE UMA IGREJA FRIA


Por Renato Vargens

Um número significativo de cristãos acreditam que uma igreja fria é caracterizada pela ausência do chamado reteté de Jeová.

Nessa perspectiva  ensinam que uma comunidade desaquecida espiritualmente é desprovida de gritos, danças, giro santo, e outras coisas mais.

Há pouco fiquei sabendo de um irmão aque afirmou que uma igreja gelada é aquela que enquanto o pastor prega ninguém grita glória, aleluia ou coisa parecida.

Caro leitor, as definições que alguns entendem quanto ao que seja uma igreja fria é de arrepiar os cabelos. Lamentavelmente parte do povo de Deus tem fundamentado sua percepções doutrinárias em achismos desprovidos de conteúdo bíblico.

Isto posto, resolvi elencar sete REAIS características de uma fria:

  1. Uma igreja fria se caracteriza pela relativização do pecado. Geralmente os membros destas comunidades chamam doce de amargo, amargo de doce; luz de escuridade, escuridade de luz. Nessa perspectiva, não vêem problemas no sexo antes do casamento, em defraldar o próximo, em mentir, em promover suborno, fazer fofocas, produzir contendas e muito mais.
  2. Uma Igreja fria é uma igreja que não valoriza a oração. Uma igreja que não ora e não acredita na importância de orações, intercessões e ações de graça é uma igreja desprovida da vida de Deus em suas estruturas.
  3. Uma Igreja fria ama o mundo e as coisas que há no mundo. Nessa perspectiva permitem que os valores deste século prevaleçam sobre aquilo que as Escrituras dizem e ensinam.
  4. Uma igreja fria relativiza as Escrituras. Para ela, a Bíblia não é a Palavra de Deus e em virtude disso colocam aquilo que sentem, acham ou pensam acima das verdades contidas na Bíblia.
  5. Uma igreja fria é desprovida de amor. Para os membros desta comunidade, gente é tratada como coisa e não como pessoas que possuem dores, angústias, problemas e carências.
  6. Uma igreja fria é caracterizada pela ausência de misericórdia em suas estruturas. Nessa perspectiva os órfãos são negligenciados, as viúvas abandonadas e os pobres desprezados.
  7. Uma igreja fria  é uma igreja desprovida de santidade. Para ela, conceitos como "separação  do mundo" são antiquados e ultrapassados.
  8. Uma igreja fria é uma igreja aonde não há relacionamentos profundos entre os irmãos.
  9. Uma igreja fria é uma igreja que valoriza os defeitos e erros dos irmãos em detrimento as virtudes e valores.
  10. Uma igreja fria é uma igreja que há muito perdeu o temor do Senhor.
É o que penso, é o que digo.

Renato vargens

terça-feira, 8 de julho de 2014

5 Coisas que todo homem casado deveria fazer quando em companhia de mulheres solteiras

.


Por Bryan Van Slyke


Certa vez, um sábio homem me aconselhou que, quando eu estiver reunido com mulheres solteiras, especialmente atraentes ou interessantes, devo mencionar minha esposa e minha família logo no início da conversa. Percebi que esse conselho foi útil em muitas ocasiões. 

Caros maridos companheiros, aprendi o conselho acima, como também outras dicas abaixo listadas, essenciais para manter o meu casamento saudável e forte. Quero que meu casamento seja forte e saudável e você também! Na verdade, é uma das maiores responsabilidades no seu casamento. 

Então, vamos nos aprofundar neste assunto. Em quais situações você se encaixa? Para muitos, isto poderia facilmente acontecer no trabalho. Você poderia estar iniciando em um novo emprego e encontrar-se cercado de mulheres jovens e agradáveis. Se for esse o caso, você precisa escolher entre atrair a atenção delas ou impor-se de forma amigável, mencionando sua bela esposa e família. 

Outros podem estar trabalhando com as mesmas mulheres há mais tempo. Você pode ter optado por envolver-se em flertes ou sair com os colegas de trabalho após o expediente. Se este for o seu caso e sua esposa estiver em casa esperando por você, então é hora de voltar atrás e reavaliar a sua posição como o marido e líder, tomar as medidas necessárias para tornar a sua relação com sua esposa a mais importante e não se esquecer disso. Liderança, senhores, liderança! 

Mesmo que tenham sido apenas alguns rápidos exemplos, sei que alguns precisam intensificar o seu papel de marido. Estes exemplos não se aplicam a você? Então, pense em suas amizades na academia, no supermercado, na padaria, na internet ou em qualquer outro lugar. Estes "simples" locais poderiam produzir relacionamentos difíceis que podem prejudicar tanto o seu relacionamento quanto o seu amor pela sua esposa. Tome coragem e faça o que precisa ser feito para o seu casamento! 

Agora que tenho sua atenção, aqui estão cinco coisas que todo homem casado deve fazer ao encontrar-se em companhia de mulheres solteiras:

1. Mantenha sua aliança no dedo. Há muito poucas exceções quando o anel precisa ser tirado, como ao operar máquinas pesadas, nadar em águas infestadas de tubarões e afins. Se você está prestes a entrar alguma situação que o faça olhar para o seu anel e considerar se você precisa dele no ou não, saia! Corra! Afaste-se! Sério, saia dessa situação; seus votos, casamento, filhos e muito mais dependem dessas decisões importantes. (Leia Lucas 16:10.)

2. Tenha fotos da sua esposa no trabalho. Um homem casado, nessa situação, seria sábio ao escolher um par de grandes e divertidas fotos dele e da sua esposa e mantê-las exibidas em seu escritório ou local de trabalho. Escolha uma situação que tenha sido divertida por dois motivos: você se lembrará porque gosta tanto dela, e será um ótimo assunto para conversa quando em companhia de outras pessoas, especialmente mulheres. Atualize a foto quando necessário, para que as pessoas ao seu redor vejam o crescimento no seu relacionamento. Separe esta foto ainda essa semana e apague o fogo. (Leia o Salmo 119:37.)

3. Mantenha contato simples e breve. Não leia isso da forma errada; não estou dizendo para ser rude. Estou falando para ser cuidadoso para onde viajam seus olhos e por quanto tempo eles viajam quando você está perto de uma mulher atraente. Você sabe que, ao se deter no primeiro olhar, você estará assinando na linha pontilhada para maiores problemas. Mantenha o olhar breve, mantenha-o decisivo e siga em frente. Olhe novamente para a foto em sua mesa. Faça isso! (Leia Mateus 5.28)

4. Mantenha a conversa geral e profissional. Se você trabalha com mulheres solteiras, não há dúvida de que a conversa vai acontecer. Cabe a você como falar com elas. Você pode optar por manter os diálogos curtos e generalizados, pode optar por mantê-los profissionais, ou você pode permitir que a conversa tome rumos que não deveria. Seja educado, mas muito intencional em suas conversas. Se necessário, mais uma vez, esteja sempre pronto para falar sobre a sua esposa ou sua família. Puxe o pino do extintor, mire e extinga a chama. Segurança em primeiro lugar. (Leia Romanos 6:13.)

5. Fale sobre a sua esposa e faça isso com frequência. Já mencionei sobre a importância de falar sobre a sua esposa em suas conversas? Acho que sim, mas esse último tópico solidifica essa idéia. As mulheres solteiras com quem você lida diariamente, não devem ser páreo para a sua esposa e para a sua família. Sua família deve ser a sua primeira prioridade onde quer que você esteja e com qualquer pessoa que se encontre diariamente. Sim, cada dia e todo dia. Seja breve, seja simples e mencione sua linda esposa. Agora dê um tapinha nas suas costas e ânimo. (Leia Efésios 5.25-33)

Nota Importante: Não importa o que você tenha feito em seus relacionamentos atuais com mulheres solteiras, esses passos podem e devem ser iniciados a qualquer momento. Os sentimentos da sua esposa são e sempre serão mais importantes do que os da mulher com quem você precisa dar início a esses passos. Seja firme.

Eu o desafio a dar esses passos de forma confiante, por você, pelo seu casamento e pela sua família. Novamente, é sua a responsabilidade de liderar!

***
Fonte: CharismaMag 
Tradução e versão: Carla Ribas
.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Após 40 anos, prostíbulo se torna templo da Assembleia de Deus

Prostíbulo que virou igreja muda paisagem de cidade do interior
por Jarbas Aragão

Após 40 anos, prostíbulo se torna templo da Assembleia de DeusFoto: Mário Bittencourt/Folhapress
Uma mudança no cenário da pequena Jequié, Bahia, localizada a 365 km da capital vem chamando atenção. Depois de quase 40 anos, o local onde funcionava uma famosa casa de prostituição virou igreja evangélica.
Funcionando no mesmo local, às margens da BR-116, rodovia federal que corta a cidade, o templo da agora Assembleia de Deus apresenta na fachada a mensagem  “Onde abundou o pecado, superabundou a graça”.
A antiga dona é a ex-cafetina Maria Amenade Coelho, 67 anos. Ela fechou o prostíbulo e decidiu abrir a igreja para servir de testemunho aos moradores e, sobretudo, antigos clientes. Tanto é que hoje o templo reúne em seus cultos vários deles, além de garotas de programa e donas de outros prostíbulos fechados no município.
“Vivia nesse local afundado na droga, bebida e sexo. Era só perdição. Mas o exemplo dela [Maria] me deu forças para me libertar”, conta o carregador de cargas Antonio Barbosa Teixeira, 35, hoje convertido e membro da igreja.
Jéferson Barbosa Ramos, 24, outro que agora frequenta os cultos, lembra: “Todo final de semana eu chegava aqui sete horas da noite e só saía sete da manhã do outro dia, bebendo e me drogando. Roubei várias vezes e cheguei a ficar no presídio por dois meses, mas agora estou liberto”.
A polícia chegou a prender Maria nos anos 1990 por ter empregado no bordel três garotas adolescentes. “Tinha muita droga, briga, só coisa ruim. Mas garanto que estou arrependida de tudo que fiz e que hoje sou outra pessoa e estou buscando a Deus”, conta a ex-cafetina.
Sua mudança de vida começou quando ele ficou três meses de cama por causa de um problema na cartilagem dos joelhos. “Foi um momento de pensar na vida. Recebi visitas de evangélicos que fizeram orações comigo por vários dias e me convenceram a sair daquela vida”, comemora.
O testemunho de Maria é forte. Ela passou 38 anos na prostituição, em suas próprias palavras, por “opção de sobrevivência”.  Sua antiga casa de prostituição tinha oito quartos apertados com banheiro, paredes de reboco semiacabado e sem forro no teto.  As paredes internas foram derrubadas e hoje o local atrai dezenas de pessoas a cada culto. Com informações Folha de SP
Fonte:gospelprime

domingo, 6 de julho de 2014

Radicais islâmicos invadem aldeia cristã e crucificam nove pessoas

Imagem: Reprodução
Guerrilheiros do ISIS invadiram a província cristã de Aleppo, no norte do país, e crucificaram nove homens em praça pública
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos vem divulgando constantemente os horrores da guerra na Síria. Tendo se iniciado há mais de três anos, já resultou em 162 mil mortos e mais de nove milhões forçados a saírem de suas casas.
No embate entre as forças do governo e os rebeldes, de duas facções islâmicas distintas, os cristãos foram pegos no fogo cruzado e são o grupo que mais sofre nessa guerra. Quando os rebeldes invadem as aldeias e cidades cristãs da Síria, geralmente punem seus moradores por não servirem a Alá e por serem aliados do governo do presidente Bashar al-Assad, que nunca perseguiu os cristãos do país.
Os guerrilheiros do exército do Estado Islâmico no Iraque e na Síria (ISIS), vem chamando atenção da mídia internacional pelas demonstrações de crueldade nesta guerra. Seu objetivo declarado é criar um estado islâmico em áreas sunitas do Iraque e na Síria.
Imagem: Reprodução
Em maio deste ano, os terroristas também invadiram a cidade de Raqqa. Nos corpos de cristãos crucificados foram colocadas faixas, com os dizeres: “Este homem lutou contra os muçulmanos”.
Desde o início deste ano, os cristãos de Raqqa precisam pagar uma espécie de “imposto de proteção”. Os cultos não muçulmanos foram proibidos, assim como o uso de símbolos religiosos cristãos
No último final de semana, deram dois sinais claros que as coisas estão saindo de controle novamente. Após as eleições recentes, esperava-se que o ritmo da guerra diminuísse e a paz fosse negociada.
Porém, foram divulgadas imagens da ação do ISIS na província cristã de Aleppo, no norte do país. Nove homens foram crucificados em público. A acusação era de apostasia (afastar-se da verdadeira fé muçulmana). Um deles, que não teve seu nome divulgado, conseguiu sobreviver depois de ficar crucificado por oito horas. Ele contou que foram torturados após os jihadistas invadirem sua aldeia, e condenados a pagar por sua falta de fé.
Os corpos dos demais homens ficaram na praça principal da vila por três dias, como um sinal de força do ISIS. No início do mês passado, foram divulgadas imagens de cristãos sendo crucificados por soldados do ISIS na cidade de Raqqa.
Neste domingo (29), uma gravação postada na internet anunciou para o mundo que os jihadistas do ISIS estão restabelecendo o califado. Esse regime político, desaparecido há um século, significa na prática que seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi, agora é o califa, e portanto será o líder dos muçulmanos em todas as partes do mundo.
Segundo o que essa organização terrorista, que nasceu no seio da Al-Qaeda, tem divulgado, pretendem instituir um regime fundamentalista islâmico em todo o Oriente Médio e norte da África. Isso pode ser visto como uma declaração de guerra a Israel, a quem eles prometeram aniquilar. Também pode ser encarado como uma ameaça real a todos os cristãos que vivem nessas áreas.
Deixe seu comentário no Agreste Presbiteriano
Fonte: Telegraph, Yahoo e Gospel Prime
Via Verdade Gospel

sexta-feira, 4 de julho de 2014

A "MANIFESTAÇÃO" DO ANTINOMIANISMO NOS ARRAIAIS EVANGÉLICOS BRASILEIROS

Pr. Renato Vargens


Em minha última viagem aos Estados Unidos fiquei impressionado com o número de crentes que estão abraçando o antinomianismo. Um pastor amigo compartilhou que em sua igreja dois pastores abandoram a denominação por se considerarem antinomianos. Para piorar a situação, sei de inúmeros casos no Brasil onde pastores e líderes de segmentos denominacionais diferentes rejeitam o cumprimento da lei moral de Deus. 

Um antinomianista significa literalmente alguém que se posiciona contra a lei. Na verdade, ele é um "antilei". Ele nega ou diminui a importância da lei de Deus na vida do crente. 

Os antinomianistas acreditam que em virtude da graça adquirida em Cristo  o crente está desobrigado a obedecer às leis morais de Deus simplesmente  porque Jesus os libertou da lei. Para estes a graça não só liberta da maldição da lei de Deus, mas também nos liberta da obrigação de obedecê-la. 

Caro leitor, o antinomianismo é antibíblico pela razão de que o Senhor deseja com que obedeçamos a lei moral de Deus. O apóstolo João em sua primeira carta nos adverte a guardar os mandamentos do Senhor. (I João 5:03), isso sem falar é claro nos inúmeros textos que nos incentivam a viver a vida de forma santa. Ora, o antinomianismo é contrário a tudo o que a Bíblia ensina. Deus espera que vivamos uma vida de moralidade, amor e integridade. Além disso as Escrituras nos ensinam devemos lutar para vencer o pecado e viver uma vida de santidade. João nos admoesta a  guardarmos os mandamentos do Senhor: "Ora, aquele que diz: eu o conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade; mas qualquer que guarda a sua palavra, nele realmente se tem aperfeiçoado o amor de Deus. E nisto sabemos que estamos nele; aquele que diz estar nele, também deve andar como ele andou." 

Para terminar cito o notável teólogo R.C, Sproul que  ensinou: 

"O Antigo Testamento é um testemunho monumental da maravilhosa graça de Deus em favor de seu povo. Semelhantemente, o Novo Testamento está literalmente cheio de mandamentos. Não somos salvos pela lei, mas demonstramos nosso amor a Cristo obedecendo a seus mandamentos." Jo 14.15. 

Pense nisso!

Renato Vargens

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *