Um cristão no Iêmen precisa ser discreto ao viver e compartilhar a fé em Jesus
Após conhecer outros seguidores de Jesus, Mohammad recebe irmãos e faz cultos em casa
Quando Mohammad decidiu seguir a Jesus, achava que era o único cristão do país. Ele não conhecia nenhum outro, mas com o tempo passou a encontrá-los. Até hoje, ele lembra como foi a primeira vez que teve contato com um irmão. “Nós rimos juntos. Mais tarde, encontrei-me com outras pessoas, algumas se converteram antes do ano 2000”, relembra. O cristão iemenita passou por um discipulado, foi batizado e foi crescendo gradativamente na fé.
Milagres pelo caminho
Mohammad se casou com Alima, quando ela ainda era muçulmana, já que era difícil encontrar jovens cristãs no país. Mas desde o início do relacionamento, ele tinha certeza de que ela também seria seguidora de Jesus. “Minha primeira oração a Deus foi que minha esposa também recebesse a fé. Que nós, como casal, crescêssemos juntos e que minha esposa também se tornasse cristã, pois ela já estava interessada em outras religiões”, conta.
O casal começou a estudar a Bíblia juntos, e Alima ficou impactada com o conceito de amar os inimigos. Porém, ainda não era algo que a fizesse se tornar cristã. Até que um dia, ela ouviu dos médicos que não poderia ser mãe novamente. Mas ao lerem o evangelho e perceberem o poder de Jesus, o esposo desafiou a esposa a pedir um filho ao Senhor. “Dissemos a Deus que queríamos outro filho e que quando Deus respondesse a essa oração, nós o seguiríamos. No mesmo mês, ela ficou grávida”, diz Mohammad. As consequências da gravidez também impactaram a equipe do hospital que acompanharam o caso dela.
A família viveu muitos milagres com Cristo. Um deles foi um livramento de um grave acidente de carro. “Nada aconteceu conosco, ninguém se machucou, nem sequer batemos nossas cabeças ou algo assim. Nosso filho mais velho também estava no carro e, após o incidente, ele disse: Isso foi legal, você pode fazer isso de novo? Ele nem sabia do perigo, mas minha esposa e eu sentimos que tínhamos visto a morte de perto. Depois disso, sabíamos que Deus queria nos proteger”, testifica.
Durante a guerra no Iêmen, os cristãos veem o amparo de Deus em tudo, até mesmo em providenciar alimentos suficientes para todos. A consequência de tantos milagres foi a abertura da residência do casal para o início de grupos familiares. “Dividimos cada grupo em dois, um para aqueles que não são batizados e outro para aqueles que creem há mais tempo e já foram batizados. Todos os dias eles vêm para nossa casa. Às vezes, apenas um número pequeno, mas outras vezes chegam de dez a doze pessoas", explica.
*Nomes alterados por segurança.
Fonte: Portas Abertas
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