sexta-feira, 22 de março de 2024

Abortos nos EUA ultrapassam a marca de 1 milhão pela 1ª vez em uma década

 

Em 2023, 1.026.690 abortos foram feitos no sistema de saúde do país, segundo dados do Instituto Guttmacher.

Pela primeira vez em uma década, o número de abortos realizados nos Estados Unidos ultrapassou a marca de 1 milhão.

Em 2023, 1.026.690 abortos foram feitos no sistema de saúde formal (clínicas de aborto, consultórios médicos e prestadores de telessaúde) em todo o país, de acordo com dados do Instituto Guttmacher, uma organização pró-aborto de pesquisa, divulgados na terça-feira (19).

O “Estudo Mensal de Provisão de Aborto” do instituto mostrou que a cada 1.000 mulheres em idade reprodutiva, 15,7 interrupições de gravidez foram feitas no ano passado. 

O número representa um aumento de 10% em relação a 2020, e é a taxa mais alta registrada nos EUA em mais de uma década. 

A maioria dos abortos (63%) foram realizados através da ingestão de dois medicamentos abortivos (mifepristona e misoprostol), somando 642.700 bebês abortados. A medicação é o método mais comum fornecido nos EUA para interromper gestações. 

Em 1990, o número de abortos atingiram o pico de 1,6 milhões. A última vez que a quantidade de interrupções chegou a marca de 1 milhão foi em 2012.

Depois de quase três décadas de declínio, o número de abortos começou a subir novamente em 2019 e 2020.

Leis pró-vida

Nos 14 estados americanos que restringiram ou proibiram o aborto depois que a Suprema Corte dos EUA derrubou a lei pró aborto conhecida como “Roe V. Wade” em junho de 2022, houve uma diminuição no número de abortos.

Segundo um relatório da Sociedade de Planejamento Familiar, mais de 32.000 bebês foram salvos nesses estados.

O aborto foi a principal causa de mortes no mundo em 2023, pelo quinto ano consecutivo, de acordo o banco de dados em tempo real de saúde e população global, Worldometer. No total, 44,6 milhões de bebês foram mortos no ano passado.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE BAPTIST PRESS

A Igreja e a Grande Comissão

 

Em um mundo em constante transformação, onde as fronteiras são apagadas pelos avanços tecnológicos e as culturas se entrelaçam em uma dança intrincada, a igreja se encontra diante do desafio extraordinário da missão global. Nessa jornada, somos convocados pelo eco inegável das palavras de Jesus em Mateus 28.19-20: “Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações…” A Grande Comissão não é apenas uma incumbência, mas uma oportunidade única de testemunhar a transformação de vidas e o nascimento de igrejas, através da pregação Evangelho.

Devemos conhecer as complexidades contemporâneas da missão, compreendendo alguns desafios e estratégias necessárias para levar a mensagem do Evangelho a todas as culturas. Descobriremos o chamado à responsabilidade da igreja local em unir forças para cumprir a Grande Comissão. A Grande Comissão deve continuar ecoando em nossos corações, instigando-nos a fazer discípulos de todas as nações.

A Urgência do Chamado Missionário

A urgência do chamado missionário, delineada nas palavras do Senhor Jesus, deve ainda ressoar vigorosamente nos corações e mentes dos crentes como um imperativo incontestável. Na grande comissão de Cristo aos seus discípulos, encontramos não apenas uma sugestão, mas um mandato divino que continua relevante através dos séculos e permanece como um chamado urgente para a Igreja Contemporânea: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado.” Essa ordem convoca a igreja a uma ação incessante.

O cenário moderno, caracterizado por rápidas mudanças sociais e tecnológicas, destaca a atualidade e a urgência desse chamado. A rapidez com que as ideias se propagam e as culturas se entrelaçam exige uma resposta diligente da Igreja.

João Calvino, teólogo reformador, expressou a imperatividade do envolvimento missionário ao afirmar que os cristãos carregam a responsabilidade de espalhar o Evangelho. Ele escreve “porque é nossa obrigação proclamar a bondade de Deus para todas as nações… a obra não pode ser escondida em um canto, mas proclamada em todos os lugares”. Embora Deus pudesse ter usado outros meios, Ele escolheu “empregar a ação de homens” para a pregação do Evangelho.

As palavras de Calvino ressoam a essência do chamado missionário de Cristo, sublinhando que a fé cristã não é uma jornada solitária, mas uma missão compartilhada. A urgência não está apenas na preservação da própria fé, mas na propagação do Evangelho para além das fronteiras familiares e culturais. A ordem de Jesus é clara e incontornável: “Indo.” Esse imperativo transcende barreiras geográficas, culturais e temporais, convocando a Igreja a mover-se em direção àqueles que ainda não ouviram a mensagem transformadora do Evangelho.

Ao refletir sobre a urgência do chamado missionário, somos desafiados a considerar o contexto de uma sociedade em constante transformação. As mudanças nas dinâmicas familiares, avanços tecnológicos e as rápidas mudanças nas normas culturais destacam a relevância contínua do mandato de Cristo. A urgência não está enraizada apenas na necessidade de salvação, mas na resposta ativa à crescente escuridão espiritual que envolve muitas comunidades ao redor do mundo. Calvino, entendendo a profundidade dessa ordem, enfatizou que a fé não deve ser guardada egoisticamente, mas compartilhada generosamente. A Igreja, então, deve encarar a urgência do chamado missionário como parte integrante de sua identidade e propósito.

A obra missionária não é uma opção para a Igreja; é uma resposta inevitável ao chamado de Cristo. A grande comissão em Mateus 28.19-20 não é uma sugestão, mas uma ordenança divina. Os demais evangelistas também deram ênfase a essa ordem: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura.” (Marcos 16.15, ARA); “Disse-lhes, então, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.” (João 20.21, ARA); “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.8).

Desafios contemporâneos na Missão

À medida que a Igreja responde ao chamado, é imperativo considerar e abordar os desafios contemporâneos que permeiam o cenário global. Os desafios enfrentados pela missão hoje são multifacetados, exigindo uma compreensão profunda e uma resposta sábia.

Um dos desafios urgentes é a pluralidade religiosa, uma característica marcante do mundo contemporâneo. Em muitas regiões, as religiões são diversas e profundamente enraizadas nas tradições culturais. Lidar com essa diversidade requer uma abordagem respeitosa enquanto se apresenta a singularidade e exclusividade do Evangelho. Num contexto de secularização crescente, e questionamento das verdades absolutas, os missionários enfrentam a tarefa de comunicar uma mensagem que, muitas vezes, é considerada contracultural. Faz-se necessário apresentar o Evangelho de forma relevante, que responda as perguntas e inquietações contemporâneas.

A globalização também desempenha um papel central nos desafios contemporâneos da missão. Embora conecte o mundo de maneiras sem precedentes, ela também traz consigo complexidades culturais e sociais. A rápida disseminação de ideias e valores pode impactar a receptividade da mensagem cristã, exigindo uma compreensão profunda do contexto local e uma abordagem flexível, sem abrir mão da verdade inalienável do Evangelho.

Navegar pelos desafios contemporâneos na missão é um chamado à adaptação, humildade e perseverança. E, principalmente, exige uma compreensão profunda das Escrituras, uma busca constante pela orientação do Espírito Santo e uma abordagem estratégica fundamentada na verdade do Evangelho.

A Escritura fornece orientações claras sobre a comunicação da mensagem em diferentes contextos. Em Colossenses 4.5-6 (NVI), Paulo instrui os crentes: “Comportem-se com sabedoria para com os que são de fora; aproveitem ao máximo todas as oportunidades. O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como responder a cada um.” Essa instrução destaca a necessidade de sabedoria na interação com diferentes culturas, comunicando o Evangelho de maneira temperante e relevante. A missão persiste, apesar dos desafios, pois a luz do Evangelho brilha ainda mais intensamente nas trevas contemporâneas.

A Responsabilidade da Igreja Local na Execução do Mandato

Ao considerarmos a responsabilidade da igreja local na execução do mandato missionário, somos chamados a um entendimento profundo da importância do envolvimento ativo. A grande comissão de Cristo é uma incumbência que recai sobre cada pessoa que um dia foi regenerada por esse Evangelho. A participação da igreja local na missão global não é uma opção, mas sim a resposta natural ao chamado de Jesus para fazer discípulos de todas as nações.

Essa cooperação ressoa com a necessidade de parcerias sólidas entre as igrejas locais e organizações missionárias, promovendo uma abordagem eficaz na execução da missão. É crucial que a igreja local compreenda a magnitude do desafio missionário e a urgência de uma resposta coletiva. A obra missionária não é uma responsabilidade apenas dos vocacionados (missionários, obreiros, evangelistas, pastores), mas uma expressão intrínseca da identidade da Igreja. À medida que nos envolvemos na missão, não estamos apenas cumprindo um mandato, estamos participando da história redentora de Deus, sendo instrumentos nas mãos do Criador para trazer salvação a lugares onde muitas vezes a mensagem ainda não fora pregada.

A igreja local deve sentir-se diariamente desafiada a despertar para a missão global com renovado zelo e compromisso. É hora de se unir, compartilhar recursos, talentos e chamados em prol da expansão do Reino de Deus. As palavras de Jesus em Mateus 28 não são um fardo pesado, mas uma oportunidade sublime de participar da obra mais significativa da história humana.

Que cada cristão veja a missão não como uma obrigação, mas como uma honra. Ao nos engajarmos na Grande Comissão, experimentaremos a alegria de ver vidas transformadas, comunidades restauradas e o nome de Jesus glorificado em lugares onde Ele ainda não foi conhecido. Que a Igreja, fortalecida pela convicção de sua responsabilidade na execução do mandato missionário, avance com coragem, confiança e amor, sabendo que o Senhor da colheita está conosco em cada passo da jornada. O desafio é grande, mas a promessa de Cristo é maior: “E eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mateus 28.20, ARA).

Rev. Daniel Bovo

Fonte:https://apmt.org.br/blog/10744-a-igreja-e-a-grande-comissao?

China obriga igreja a retirar cruzes do templo por suposto ‘risco de segurança’


 Cruz sendo retirada do topo do prédio da Igreja Cristã de Chengdong, em 2019. (Foto: Reprodução/ChinaAid)

Para a comunidade local, a ação do governo não teve qualquer fundamento, pois as cruzes não representavam nenhum tipo de perigo

Uma igreja cristã que fica na cidade de Huainan, província chinesa de Anhui, recebeu uma notificação do governo comunista para remover as cruzes do templo.

Os oficiais alegaram supostos “riscos de segurança”. Uma das cruzes faz parte do espaço religioso há quarenta anos.

O comitê de gestão de nível local, controlado pela ditadura de Xi Jinping, ordenou que a comunidade Wangfenggang retirasse as duas cruzes, uma que ficava no telhado e outra na entrada da igreja. 

Conforme notícias da Gazeta do Povo, não houve relatório de avaliação de segurança elaborado por pessoal atualizado dos departamentos relevantes.

‘Sem qualquer fundamento’

Segundo os responsáveis ​​pela comunidade, a cruz localizada na cobertura do templo foi construída de acordo com os projetos de construção e, após a conclusão, foi submetida a testes e inspeção pelos departamentos competentes.

Ela está em uso há cinco anos, desde que foi aprovada na inspeção. Já a cruz que fica na entrada da igreja está em uso há mais de quarenta anos sem problemas de segurança.

Para a comunidade, o comitê concluiu o “risco de segurança” sem qualquer fundamento. Nos últimos trinta anos, a ditadura chinesa permitiu que as cruzes fossem usadas como símbolos de igrejas cristãs ou locais de encontro tanto na China urbana como rural.

Mas, a partir de 2014, a situação de tolerância religiosa começou a ser duramente reprimida de forma mais abrangente. O regime de Xi começou primeiro a remover cruzes das igrejas na cidade de Yuyao, província de Zhejiang, onde há uma grande população de cristãos.

Nos três anos seguintes, mais de mil cruzes foram removidas da província de Zhejiang. A campanha de remoção de itens sagrados se estendeu posteriormente a províncias como Henan, Anhui e Jiangxi e também afetou regiões como Shandong e Xinjiang, também regiões que concentram boa parte dos cristãos no país.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE GAZETA DO POVOFacebook

terça-feira, 5 de março de 2024

Cristãos crescem no Irã em meio à forte perseguição e torturas, diz relatório

 


Mulher é batizada no Irã. (Foto: Elam Ministries)

O relatório ‘Vítimas sem rosto’ detalha a perseguição sofrida pelos cristãos no regime iraniano.

Uma descoberta do relatório de 40 páginas do Artigo 18, intitulado “Vítimas sem rosto: violações de direitos contra cristãos no Irã”, afirma:

“No final de 2023, pelo menos 17 dos cristãos presos durante o verão receberam sentenças de prisão entre três meses e cinco anos, ou punições não privativas de liberdade, como multas, flagelação e, num caso, o serviço comunitário de cavar sepulturas.”

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O relatório observou: “Apesar de um número comparável de cristãos presos em 2023 ao de anos anteriores – 166 prisões foram documentadas em 2023, em comparação com 134 em 2022 – menos nomes e rostos puderam ser divulgados”.

Presidente do Congresso de Líderes Cristãos, o pastor Johnnie Moore disse à Fox News Digital: “A política absolutamente insana do Departamento de Estado em relação à República Islâmica, que está causando estragos em todo o mundo, também tem consequências reais de vida ou morte para o povo no Irã”.

E afirmou: “Os mulás sentem atualmente que têm licença para matar quem quiserem e ninguém fará nada. Portanto, mais pessoas estão sendo capturadas e mortas e os líderes terroristas da República Islâmica anseiam particularmente pelo sangue de mulheres e cristãos.”

Perseguição a minorias

Segundo um porta-voz do Departamento de Estado, “a perseguição aos cristãos e outras minorias religiosas no Irão é antiga e bem documentada. Os EUA continuam condenando estas ações e usando todas as ferramentas à nossa disposição para lidar com tais violações flagrantes”.

E acrescentou: “O mais recente Relatório do Departamento sobre Liberdade Religiosa Internacional no Irã observa: ‘As autoridades continuaram prendendo, assediando e vigiando desproporcionalmente cristãos, especialmente evangélicos e outros convertidos do Islã, de acordo com ONGs cristãs'”.

Em resposta à Fox News Digital se o Departamento de Estado iria impor novas sanções de direitos humanos ao regime iraniano pela perseguição aos cristãos, o porta-voz disse:

“Embora o Departamento não preveja sanções, o Irã foi designado como um ‘País de Particular Preocupação’ e impôs Ações Presidenciais sob a Lei Internacional de Liberdade Religiosa por ter se envolvido ou tolerado violações particularmente graves da liberdade religiosa todos os anos desde 1999.”

Estado teocrático

O relatório do Artigo 18 documentou a violência brutal empregada pelo Estado teocrático do Irã contra os cristãos iranianos.

Ali Kazemian relatou que seus interrogadores “descobriram que eu tinha um implante de metal na perna esquerda devido a uma fratura histórica” e “por esse motivo, um dos agentes chutou minha perna esquerda várias vezes, e o interrogador disse: ‘Você está agora em uma cadeira elétrica’… Então eles me deram vários socos violentos.”

Ele disse que as forças de segurança o ameaçaram: “Vamos prejudicar sua esposa e seus filhos!… Vamos trazer sua esposa para a sala de interrogatório e deixá-la nua na frente de todos, para ver se você realmente consegue resistir e ficar quieto.”

O regime do Irã tem como alvo de sua perseguição todas as formas de cristianismo, incluindo os protestantes e a prisão de católicos.

Em meio à perseguição, milhares de iranianos muçulmanos têm se convertido ao cristianismo, como é o caso de Maral.

Nascida numa família muçulmana, ela era fascinada por Jesus desde a juventude. Mais tarde, ela entregou sua vida a Ele, mas por muitos anos não teve a oportunidade de ter comunhão com a igreja. Recentemente, Maral se batizou.

O Artigo 18, que publicou o relatório em colaboração com Open Doors, Christian Solidarity Worldwide e Middle East Concern, afirmou que pode haver até 800.000 cristãos no Irã.

O relatório apresenta esse número com base “uma pesquisa sobre as atitudes dos iranianos em relação à religião em 2020, conduzida por um grupo de pesquisa secular com sede na Holanda, revelou que 1,5% dos iranianos de uma amostra de 50.000 se identificaram como cristãos”.

Execução brutal

O relatório foi publicado em 19 de fevereiro para chamar a atenção para o 45º aniversário da execução brutal do pastor anglicano Arastoo Sayyah pelo regime iraniano em sua igreja em Shiraz, apenas oito dias após a Revolução Islâmica. Sayyah foi o primeiro cristão a ser assassinado pelo regime.

Sheina Vojoudi, uma cristã iraniana que fugiu da República Islâmica, disse à Fox News Digital: “O cristianismo no Irã é classificado como crime de segurança política. Apesar disso, mais e mais iranianos estão se convertendo ao cristianismo todos os dias. O cristianismo é considerado pela República Islâmica no Irã como uma religião ocidental e é visto como uma ameaça à República Islâmica.”

Vojoudi, que é membro associado do Gold Institute for International Strategy, com sede nos EUA, acrescentou: “A perseguição e a matança de cristãos começaram após a ocupação do Irã pelo regime islâmico, e desde então a República Islâmica assassinou pelo menos 15 pastores iranianos.”

De acordo com Vojoudi, o regime do Irã intensificou a perseguição à comunidade cristã em dificuldades após o movimento da Revolução Verde em 2009, que foi uma resposta à eleição fraudulenta amplamente documentada do ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad.

“O regime no Irã aumentou as perseguições e prisões devido ao medo da sua queda e isso, claro, não exclui os cristãos no Irã”, disse Vojoudi.

“O regime queimou 300 Bíblias em persa e apreendeu 650 Bíblias e até hoje ter uma Bíblia em persa é um crime. A proibição de pregar em persa nas igrejas foi anunciada pelas organizações de inteligência.”

Igreja secreta

Vojoudi se converteu ao cristianismo e fugiu para a Alemanha devido à perseguição religiosa.

O relatório do Artigo 18 afirmou: “Os cristãos convertidos do Islã formam a maior comunidade cristã numericamente no Irã, mas não são reconhecidos pelo Estado e frequentemente são alvos das autoridades, e em alguns casos, de suas famílias ampliadas e da sociedade”.

“Eu costumava ir a uma igreja perto desta catedral em Teerã, é claro, secretamente. Esta igreja estava aberta ao público, mas esqueci em que dias, mas está extremamente sob a vigilância do regime”.

“A imagem do [aiatolá Ruhollah] Khomeini, o fundador do regime islâmico, sentado ao lado da igreja, significa que eles observam a todos e não têm respeito pelas outras religiões.”

Apostasia

O Artigo 18 escreveu: “Com os convertidos constituindo a maior – embora não reconhecida – comunidade cristã no Irã, a questão da ‘apostasia’ é uma preocupação central… um cristão convertido foi condenado à forca por apostasia em 2010, a acusação de apostasia e sentença de morte foram derrubados em resposta à pressão internacional, mas muitos convertidos foram desde então ameaçados com um destino semelhante após serem presos e durante interrogatórios.”

O destino terrível dos cristãos iranianos os obrigou a estabelecer igrejas domésticas como parte de um movimento clandestino.

Vojoudi disse que Ali Khamenei, o líder supremo do Irã, declarou num discurso a “importância de confrontar as igrejas domésticas e provocou os seus seguidores contra os cristãos, alegando que as igrejas domésticas são criadas pelos ‘inimigos do Islã’ e devem ser detidas”.

O Artigo 18 enumera uma série de exigências para a comunidade internacional, incluindo que as nações estrangeiras exortem o Irão “a garantir e facilitar a liberdade de religião ou crença para todos os seus cidadãos” e “destacar as infrações aos direitos humanos durante os diálogos bilaterais e multilaterais com o Irã”.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO ARTICLE 18 E FOX NEWS

INSTITUTO BÍBLICO DE ITABUNA

 


Professores e alunos do IBI -Um sonho que se tornou realidade

No 01 de março de 2024 foi inaugurado o Instituto Bíblico de Itabuna, um sonho que se tornou realidade. Na aula inaugural contamos com a presença do secretario sinodal de educação cristã do Sínodo Sul da Bahia e pastor da Igreja Presbiteriana de Vitória da Conquista o Rev. Marcelo Crispim. O IBI é reconhecido como órgão de ensino teológico do Presbitério Grapiúna (PRGP), que visa formar obreiros-evangelistas para servir às Igrejas de Itabuna, Bahia e no Brasil.

A iniciativa de criar um órgão de formação teológica de obreiros surgiu dos pastores Davi, Egenildo e Eli Vieira a qual foi apoiada pelo Presbitério do Presbitério Grapiúna (PRGP). A proposta, depois de discutida foi aprovada e o PRGP nomeou uma Comissão Especial com plenos poderes para os executar os passos necessários para a criação de um Instituto Bíblico com o objetivo de oferecer formação teológica de obreiros que no final do curso estarão aptos para a atuação como obreiros-evangelistas em Igrejas locais, Presbitérios ou nos Órgãos Missionários.

A direção executiva ficou composta pelos seguintes irmãos: Pr. Eli Vieira, Rev.  Davi Almeida e  Pr. Egenildo. Várias reuniões foram realizadas durante o ano 2023 visando a definição da grade curricular, o corpo de professores, etc.

O Instituto Bíblico de Itabuna (IBI) é uma instituição de interesse público, com natureza jurídica de direito privado sem fins lucrativos, fundado em 2024, reconhecido e jurisdicionado pelo Presbitério Grapiúna (IPB) desde 2023.

O objetivo do IBI, sob orientação do PRGP, é preparar obreiros para os serviços das Igrejas Evangélicas, tendo por base o ensino das Sagradas Escrituras, interpretada pelos Princípios Evangélicos do Sistema Presbiteriano, numa perspectiva Teológica Reformada Calvinista.

O IBI tem como missão Glorificar a Deus, formar obreiros e treinar liderança para a Igreja local. A nossa visão é ser uma instituição de educação teológica reformada comprometida com as Sagradas Escrituras e confessionalidade da Igreja Presbiteriana do Brasil.

Os nossos valores é o ensino Teológico: Capacitar nossos alunos, treinando-os para as diversas áreas do trabalho na Igreja, buscando oferecer ensino teológico reformado. Piedade: Levar nossos alunos à disciplina pessoal da prática diária da oração e leitura da Bíblia com vistas ao comprometimento com Deus.

O IBI funciona nas dependências da Igreja Presbiteriana Jardim das Oliveiras da cidade de Itabuna-BA, sede do Presbitério Grapiúna. A primeira turma teve início com 16 alunos das igrejas da nossa cidade. Se você deseja ajudar esta obra, ofertando, doando uma bolsa de estudos para um aluno entre em contato conosco através do fone 73-99919-0501 conta para contribuição: Nubank Agencia 0001  Conta 32144252-0 pix 73 98193-4973 (celular).

Não despreze os dias dos pequenos começos. A Deus toda glória!

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segunda-feira, 4 de março de 2024

Milhares marcham contra o aborto na capital da Alemanha

 

Portão de Brandemburgo. (Foto ilustrativa: Unsplash/Marius Serban)

A “Marcha pela Vida”, que acontece anualmente, reuniu milhares de manifestantes a leste do Portão de Brandemburgo.

Portão de Brandemburgo. (Foto ilustrativa: Unsplash/Marius Serban)

Milhares de pessoas saíram às ruas em Berlim, capital da Alemanha, em marcha contra o aborto e pelo direito à vida dos nascituros.

A “Marcha pela Vida”, que acontece anualmente, reuniu pró-vidas a leste do Portão de Brandemburgo.

DER „BUNDESVERBAND LEBENSRECHT“ SPRICHT VON „TÄTLICHEN ANGRIFFEN UND VERWÜSTUNGEN“ DURCH GEGENPROTESTLER. HTTPS://T.CO/SS5OHT4JOS— CHRISTLICHES MEDIENMAGAZIN PRO (@PRO_MAGAZIN) SEPTEMBER 20, 2023

Durante o comício, Alexandra Maria Linder, que é presidente da Associação Alemã pelo Direito à Vida, fez um apelo para o fim das “políticas prejudiciais às mulheres” na Alemanha.

Ela destacou que “quando organizações de aconselhamento financiadas pelo Estado lucram com o aborto e se referem aos fetos como ‘conteúdo do útero’ antes do nascimento, estão enganando as mulheres e negando-lhes apoio”.

‘Oásis de vida’

Linder também enfatizou a importância de apoiar essas mulheres. Ela exigiu que os participantes criassem “oásis de vida” onde a morte provocada intencionalmente não tivesse acesso. Isto se aplica não apenas ao aborto, mas também ao suicídio assistido.

Em seguida, o diretor da organização holandesa “Schreeuw om Leven” (Clamor pela Vida, em tradução livre), Arthur Alderliesten, abordou a situação do aborto na Holanda, enquanto o diretor executivo da “Coligação Canadense para a Prevenção da Eutanásia”, Alex Schadenberg, chamou a atenção para as condições em seu próprio país.

Ele expressou preocupação de que a eutanásia tenha saído de controle no Canadá, observando que pessoas sem-teto, solitárias ou com depressão frequentemente optam pela morte como resultado das políticas em vigor.

Segundo a polícia, cerca de 2.000 participantes iniciaram a marcha pelo bairro governamental. Alguns cantavam clássicos cristãos como Gross ist unser Gott (Grande é o nosso Deus).

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO EVANGELICAL FOCUSA

REVITALIZAÇÃO DE IGREJAS: ORAÇÃO, ENSINO E PASTOREIO


 | POR RONALDO LIDÓRIO

Deus deseja que a Sua igreja seja saudável e, por isso, “…nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença” (Ef. 1.4).

Diante desse versículo, a motivação para a revitalização de igrejas enfraquecidas não é desenvolver um programa eclesiástico ou efetivar o plano de crescimento proposto pela liderança, mas perseguir o expresso desejo de Deus: ver a Sua igreja fortalecida em Cristo Jesus. A Sua vontade é que sejamos santos e irrepreensíveis e, assim, Ele trabalha dia e noite para que isto aconteça.

De certa forma, revitalização de igrejas é um processo que responde à seguinte pergunta: quais são os cenários de enfraquecimento da igreja local e como tratá-los? Neste capítulo, abordarei essas duas facetas. Primeiramente refletirei sobre os cenários de adoecimento e, logo depois, as propostas bíblicas de abordagem e cura.

1. Cenários de adoecimento

É importante observarmos que diferentes igrejas adoecem de diferentes formas. Em Apocalipse 2, vemos a descrição de Deus sobre algumas igrejas. A igreja em Éfeso possuía uma doutrina sólida, mas perdeu seu primeiro amor. O problema era a sua relação pessoal com Deus (Ap 2.2-6).

A igreja em Pérgamo era fiel e perseverante, mesmo na perseguição, mas possuía problemas doutrinários – seguindo a doutrina de Balaão (idolatria e prostituição). Sua fraqueza era a falta de pureza (Ap 2.13-16). A igreja em Tiatira era fiel no serviço, amor e fé, mas se deixou conduzir por falsas profecias e falsas revelações. O adoecimento corrompeu seu discernimento (Ap 2.19-24).

Também em nossos dias, diferentes igrejas enfrentam diferentes adoecimentos. Há igrejas cujo ponto de fraqueza é a rasa exposição da Palavra nos momentos de culto. Outras, mesmo com rico ensino bíblico, experimentam divisões e problemas de comunhão que carecem de uma intervenção pastoral mais específica.

Há aquelas que compreendem bem a Palavra, mas não a aplicam em casa, no trabalho e na vida. Outras que não compreendem bem a Palavra e inserem em seu meio valores sincréticos e mundanos. Algumas possuem um bom conhecimento bíblico sobre a igreja, mas não sobre a missão, o que faz com que percam o privilégio de ser sal que salga e luz que brilha. Há igrejas que são bíblicas, vivas e missionárias, mas não têm conseguido comunicar a verdade do evangelho aos seus próprios filhos, à nova geração.

Há igrejas totalmente dissociadas do bairro e da cidade onde se encontram, a ponto de poucos saberem de sua existência. E ainda outras se misturam com a sociedade a ponto de perder a sua própria identidade cristã, tornando-se mais influenciadas do que influenciadoras. Também existem igrejas movidas por eventos que, na ausência desses, desconstroem-se. Outras são a tal ponto centralizadas no pastor, e não em Cristo, que na ausência do ministro, a igreja se quebra.

Anos atrás visitei uma igreja Metodista em Toronto, Canadá. Era um lindíssimo templo, mas fui informado que estava a venda, pois a igreja havia morrido. Cerca de 30 anos antes aquela era uma congregação viva com quase 3.000 membros. Passou a ser pastoreada por um ministro que relativizava a singularidade do sacrifício de Cristo e que se opunha à evangelização. Em menos de 3 décadas a igreja se arrastava com sérios problemas doutrinários e de vivência cristã, contando com menos de 50 membros.

2. Identificando as fraquezas

Em um processo de revitalização de igrejas é crucial identificar as fraquezas, bem como as razões do adoecimento. O apóstolo Paulo encorajou, exortou, confrontou e também orientou igrejas locais, tanto pessoalmente, quanto por mensageiros, e ainda por meio de suas cartas, partindo do conhecimento ou discernimento do estado espiritual dos cristãos. Isso indica a necessidade de observação, oração e vivência com a igreja, a fim de colaborar para o seu crescimento em Cristo Jesus. Tenho percebido que a ausência de uma avaliação mais metódica da vitalidade da igreja local tem sido um dos principais obstáculos à sua revitalização.

Há diferentes formas de se avaliar a vitalidade de uma igreja local.[1] Identifico três mais evidentes na Palavra. A primeira avalia a presença de elementos bíblicos que definem a natureza da igreja, sobretudo os citados no livro de Atos: centralidade na Palavra, vida de oração, comunhão entre os irmãos, testemunho de vida, dedicada diaconia, verdadeiro culto a Deus e proclamação do evangelho (At 2.37-42; At 4.21-24; At 8.1-8; At 13.1-3).

A segunda avalia a vitalidade de uma igreja local a partir da vitalidade espiritual de seus membros, levando-se em consideração especialmente alguns ensinos de Paulo: firmeza na fé (1Co 16.13; Cl 2.5), união entre os irmãos (Rm 12.5; Ef 4.16), saúde familiar (Ef 5.33; 1Tm 3.12; Cl 3.20), culto público (Rm 12.1-2; 1Co 11.18-34) e prática missionária (Rm 15.20-21; Cl 1.28; 1Ts 1.5; Fp 2.25).

A terceira avalia a vitalidade organizacional em áreas como liderança, ordem de culto, mordomia e crescimento (1Tm 3; Rm 12; 1Co 14.26-40; Ml 3.8-12; Pv 3.9; Ef 4.28; At 2.47).

Portanto, entendo que a avaliação de uma igreja local, em busca de um diagnóstico de vitalidade, deve passar por critérios bíblicos e eclesiológicos que envolvam a natureza da igreja, a saúde espiritual de seus membros e a vitalidade organizacional.

Uma outra forma de avaliação seria identificar a presença ou ausência das práticas cristãs mais destacadas nas cartas paulinas e nos evangelhos. Há sete práticas repetidamente associadas à vitalidade espiritual: Palavra (leitura e meditação na Palavra de Deus); adoração (individual e coletiva; privada e pública); comunhão (andar com aqueles que amam e seguem a Cristo); oração (vida de diálogo com o Pai em nome do Filho); santidade (intensa e intencional busca por uma vida pura que agrada a Deus); boas obras (sofrer com quem sofre e abraçar o aflito e necessitado); e evangelização (proclamar quem é Jesus e o que Ele fez por nós).

Portanto, a Palavra, adoração, comunhão, oração, santidade, boas obras e evangelização apontam para uma vida cristã fortalecida em Cristo. Identificar a presença ou ausência dessas práticas na vida diária de uma igreja local é um bom exercício de avaliação de sua vitalidade. E sugiro que esse processo seja iniciado a partir da liderança da igreja.

3. O processo de revitalização

Ao observarmos a abordagem de Paulo perante igrejas enfraquecidas e doentes, três atitudes eram constantes: a) Paulo orava e convidava o povo a orar; b) ele ensinava a Palavra confrontando o pecado e consolando o povo; e c) também pastoreava e acompanhava os cristãos, enviando outros a fazerem o mesmo.

Portanto, creio que esse tripé representa, em boa medida, a abordagem de revitalização do apóstolo Paulo: oração, ensino e pastoreio. Logo, há de se destacar que um resultado direto de uma igreja revitalizada (ou em processo de revitalização) era a missão, tendo em vista que há uma profunda conexão entre a vitalidade espiritual e a missão. Quanto mais firmes estamos em Cristo, maior é o nosso envolvimento no propósito de Deus para a Sua igreja perante o mundo.

Como um brevíssimo estudo de caso, proponho observarmos uma enfermidade na igreja de Corinto e a abordagem do apóstolo Paulo.

Deve-se ressaltar, inicialmente, que a cidade de Corinto era uma importante cidade comercial na Grécia e em todo o mundo antigo. Os portos da cidade recebiam centenas de barcos com milhares de marinheiros a cada ano, além da cidade ser também conhecida por uma diversa religiosidade, abrigando 12 templos. A deusa Afrodite, principal divindade adorada, contava com cerca de mil sacerdotisas que se prostituíam para, com o dinheiro ganho, manter o templo e o culto. Aparentemente, boa parte do misticismo e clientelismo reinantes na cidade influenciava a igreja que ali nascera.

Enquanto em Éfeso, Paulo foi informado sobre sérios problemas na igreja em Corinto. Escreveu a primeira carta para abordar e tratar esses problemas em um processo de revitalização. Ele orou pela igreja (1 Co 1.4), ensinou a igreja por meio de suas cartas e a pastoreou, desejando vê-los (1 Co 16.5-7) e enviando Timóteo para acompanhá-los (1 Co 4.17, 16.10-11)

Paulo foi informado que havia na igreja grupinhos, divisões, e que tais grupos chegaram a se posicionar uns contra os outros abertamente. Essa é uma enfermidade que não apenas abate a igreja, mas possui alto potencial para expandir e corromper toda a comunidade.

Paulo teve conhecimento de todas as divisões, preocupando-se com o conflito interno e denunciando aqueles que diziam “sou de Paulo” ou “sou de Apolo” (1 Co 1.10-12). E perguntou “Acaso Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado em favor de vocês? Foram vocês batizados em nome de Paulo?” (1 Co 1.13). Como parte do ensino e pastoreio, o apóstolo, após questionar e confrontar a igreja, conclui: “Quem se gloriar, glorie-se no Senhor” (1 Co 1.31)

Nessa passagem, vemos que Paulo identificou a desunião na igreja, a qual se baseava na preferência por lideranças. Identificar o adoecimento é essencial tanto para a oração, quanto para o ensino e pastoreio.

Divisões internas, competitividade e partidarismo geram pelo menos quatro manifestações nocivas: enfraquecem a fé dos salvos em Cristo Jesus; drenam as forças e energias da liderança da igreja; escandalizam o povo de Deus, especialmente os novos na fé; e levam a igreja a se desinteressar pela missão. (1 Co 3.1-9)

Na tríade oração, ensino e pastoreio, a proposta de Paulo para curar a enfermidade das divisões e partidarismo é o chamamento da igreja à centralidade de Cristo como líder, Cabeça da igreja.

Entretanto, a enfermidade da desunião não se manifestava apenas na divisão de grupos com suas preferências de liderança, mas também na inveja e competitividade quanto aos dons espirituais. Havia pessoas com dons mais visíveis e proeminentes na igreja (como o ensino, a pregação e a liderança) e outros com dons e trabalhos com menos destaque. E aparentemente dois problemas surgiram: alguns, com dons mais visíveis e públicos, se tornaram soberbos, colocando-se como superiores aos outros, em detrimento de outros irmãos com dons menos visíveis e públicos, que invejavam os demais ou se sentiam inferiorizados. São problemas sérios: competição interna na igreja; comparação entre dons e talentos; falta de humildade e contentamento.

Paulo mantém o tripé da oração, ensino e pastoreio e, no capítulo 12, afirma que os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo (v.4); o serviço é diverso, mas o Senhor é o mesmo (v.5); e as formas de trabalhar são diferentes, mas é o Senhor quem opera tudo em todos (v.6). Ensina, assim, que cada um recebe algo de Deus de forma única, não importando ter mais ou menos destaque, e que tudo que se tem e se faz é para o Senhor, pela graça e poder do Senhor.

Também enfatiza que o Espírito se manifesta como deseja para um fim proveitoso para o Reino de Deus (v.7); somos todos parte do Corpo (se todos quisessem ser olhos, não houvesse ouvidos, como seria?); e foi o próprio Deus quem dispôs os membros, colocando cada um no corpo como lhe aprouve (v.16-18).

4. Qual é o seu papel?

Se você está envolvido com um processo de revitalização de igreja local faço algumas sugestões.

Primeiramente, busque em Deus humildade de coração e um espírito profundamente submisso a Cristo. Envolver-se em um processo de revitalização, sobretudo ao observar a fraqueza e adoecimento alheios, pode corromper o coração levando-o a julgar, criticar e condenar. Lembre-se que todos os salvos são igualados pelo pecado, pois “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23) e “… vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus” (Ef. 2.8). Somos salvos por Ele e para Ele. Um alerta: envolver-se com a revitalização de uma igreja local com o coração tomado pela soberba ou crítica é delapidar a própria fé e tornar-se uma pedra de tropeço para aqueles que já estão fracos.

Em segundo lugar, busque sabedoria e discernimento de Deus e inicie um processo de identificação das fraquezas e motivos de adoecimento da igreja local. Seja humilde, rejeite qualquer espírito crítico, observe, converse e informe-se. Faça um registro dos pontos fortes e fracos da igreja local que se tornam perceptíveis de forma detalhada. O objetivo neste primeiro passo é conhecer a enfermidade. E lembre-se que identificar os pontos fortes é igualmente importante. Os pontos fortes devem ser valorizados para continuarem a florescer. Já os pontos fracos, precisam ser tratados com amor, na Palavra e dependência de Deus.

Em terceiro lugar, envolva-se e promova o tripé da revitalização: oração, ensino e pastoreio. Ore e convide outros a orar. Ensine ou promova o ensino saudável, amoroso e fiel da Palavra. Pastoreie ou promova o pastoreio e aconselhamento cristão.

Em alguns ambientes, caberá um planejamento detalhado. Em situações assim, sugiro que cinco perguntas sejam respondidas nesse planejamento. A primeira é “qual a fraqueza?”. Liste os principais pontos fracos que devem urgentemente ser fortalecidos. A segunda: “o que deve ser feito?”. Ao lado de cada fraqueza identificada registre as ações que visam tratar e curar, tendo em mente a oração, o ensino e o pastoreio. Em terceiro lugar, “quem fará?”. Cada ação precisa ter um promotor ou responsável. A quarta pergunta é “quando será feito?”. Indica-se, portanto, tanto o prazo quanto a periodicidade. E por fim, “qual o resultado esperado?”. Em outras palavras, o que se espera que aconteça?

Um dos mais lindos resultados de uma igreja fortalecida em Cristo é a missão. Este é um sintoma de vitalidade. Uma igreja fortalecida prega a Palavra, atende aos desafios missionários e se apresenta na sociedade como sal que salga e luz que brilha. Uma igreja fortalecida tem um profundo desejo de fazer Cristo conhecido em todo o mundo.

É importante lembrar que, a rigor, não há plantadores ou revitalizadores de igreja, pois é o próprio Deus quem faz nascer e fortalece uma igreja local. Para isso, Ele também convoca alguns servos para se envolverem com uma intencional busca por vitalidade teológica, espiritual e missionária dos salvos em Cristo. Esses não são chamados para mostrar o caminho da revitalização, mas para percorrer essa estrada juntamente com o povo de Deus. Assim, em todo esse processo, creio que Deus está simplesmente em busca de um coração quebrantado.

[1] Veja Lidório, Ronaldo. Revitalização de igrejas – avaliando a vitalidade de igrejas locais. São Paulo: Vida Nova, 2017.

Sobre o autor
Ronaldo Lidorio é pastor presbiteriano e missionário ligado à APMT e WEC Internacional.
É doutor em Teologia pela SATS e plantador de igrejas entre povos indígenas.
Contato com o autor: ronaldo@lidorio.com.br

Perseguição faz número de cristãos crescer em 83 mil por dia no mundo


Cristão ora de joelhos em igreja destruída. (Foto: TBAW)

A intensificação da perseguição leva a um crescimento significativo no número de cristãos, afirma o diretor da Fundação da Igreja Subterrânea.

O diretor da SDOK “Stichting de Ondergrondse Kerk” (Fundação da Igreja Subterrânea, em tradução livre) na Holanda afirma, em um artigo, que a intensificação da perseguição leva a um crescimento significativo no número de cristãos no mundo.

André van Grol afirma ainda que a perseguição aos cristãos aumentará ainda mais este ano. Como exemplo, ele explica que a vigilância digital dos cristãos chineses é uma das questões mais preocupantes.

Segundo o diretor da organização holandesa, dedicada a apoiar cristãos perseguidos ao redor do mundo, a primeira tendência que mencionaria é a radicalização contínua de grupos islâmicos violentos, como o Boko Haram, os Taliban e grupos afiliados à Al-Qaeda.

“Estes tentam aumentar a sua influência e território com uma violência cada vez mais extrema. Isto leva a mais perigo para os cristãos. A perseguição está aumentando acentuadamente, especialmente na região do Sahel (países ao redor do deserto do Saara)”, diz.

Van Grol relata que no norte da Nigéria, os cristãos enfrentam intensa perseguição há décadas. “Desde que o Boko Haram assumiu o controle em 2009, extremistas islâmicos (com o apoio de pastores extremistas Fulani) mataram pelo menos 50 mil cristãos e 18.000 igrejas também foram destruídas”.

Falando sobre a África, ele explica que a situação no Mali, no Burkina Faso e no Níger é também muito preocupante, devido aos recentes golpes militares nestes países, e cita o caso do Níger.

“Um golpe de Estado é um sinal de instabilidade política e muitas vezes agrada aos jihadistas. É seguro dizer que o Sahel se tornou agora o epicentro do jihadismo internacional. Os extremistas aproveitam-se dos problemas que já acontecem na região. Pense na pobreza, na ausência de um governo funcional e na escassez de educação”.

Cristão são alvo

Van Grol diz que os cristãos são os principais alvos dos grupos extremistas que se radicalizam ainda mais.

“Milhares de irmãos e irmãs foram assassinados ou deslocados”, diz.

A perseguição digital também é citada por van Grol. Para ele, desenvolvimentos digitais dão aos governos a oportunidade de exercer mais controle sobre os cristãos, por exemplo.

“Essa é uma segunda tendência. O reconhecimento facial digital e o reconhecimento da íris tornaram-se agora comuns na China”, diz.

Segundo estimativas, diz van Grol, existem agora mais de meio bilhão de câmeras inteligentes neste país. Outros países, como o Vietnã e Bangladesh, estão adoptando esta forma de controle.

“O argumento para utilizar esta ferramenta é que aumentaria a segurança dos cidadãos”, diz van Grol.

Além disso, outro uso da tecnologia para controle é o recolhimento de DNA humano em grande escala na China, inclusive de pessoas que nunca cometeram um crime.

Câmeras de reconhecimento facial são obrigatórias na Igreja das Três Autonomias que é registrada junto ao governo comunista.

“Isto permite às autoridades não só ver e ouvir o que está acontecendo nas igrejas, mas também verificar se elas cumprem a lei que proíbe crianças com menos de dezoito anos de irem à igreja”.

van Grol cita ainda a Índia, com fortes influências nacionalistas, onde as minorias têm cada vez menos. Ele diz que o slogan ali é bem conhecido: “Um bom indiano é um hindu”. Se você não é hindu, você não é um bom indiano.

Segundo fontes do SDOK, aproximadamente 300 igrejas foram incendiadas na Índia e 60 mil pessoas foram expulsas das suas casas.

Dois fatores apontam para a crescente hostilidade para com os cristãos. A primeira é a promulgação de leis anticonversão e as subsequentes detenções de cristãos que partilham a sua fé com pessoas que ainda não conhecem a Deus.

Perseguições

Van Grol cita ainda outras perseguições contra cristãos como um desânimo por parte de muitos que acreditam que nunca irão acabar.

“Na verdade, sempre haverá perseguição neste mundo”, avisa van Grol.

E lembra: “Temos a mensagem maravilhosa de conforto que se encontra em Mateus 5:10-12: ‘Bem-aventurados os que são perseguidos por amor da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, e perseguirem, e disserem todo tipo de mal contra vós, mentindo, por minha causa. Alegrai-vos e exultai, porque grande é a vossa recompensa nos céus, porque assim perseguiram os profetas que existiram antes de vós’”.

Ele diz que todos os dias ao SDOK chegam histórias de cristãos de países onde ocorrem perseguições severas. No entanto, apesar da gravidade, não são deprimentes.

“São precisamente histórias com testemunhos poderosos de um Deus que vive, apesar da resistência que os cristãos encontram”, diz.

Crescimento do Cristianismo

“Este ano, vamos olhar para os relatos de perseguição de uma forma diferente. Há uma explicação esperançosa envolvida, que gostaria de compartilhar com vocês”, diz Van Grol.


André van Grol é diretor do SDOK. (Foto: Reprodução/SDOK)

E justifica: “Com base em visitas aos vários países e em histórias e pesquisas, é possível fazer uma lista dos países onde o cristianismo cresce mais fortemente”.

E cita os países que estão em primeiro, segundo e terceiro lugar em perseguição aos cristãos: Nepal, China e Península Arábica.

“Apesar do aumento da perseguição, o número de cristãos na China cresce em média 10 por cento ao ano. O número de cristãos em todo o mundo está crescendo em 83 mil por dia. Estes são números extremamente esperançosos. Deus continua Sua obra”, avisa.

“O Cristianismo está crescendo mais devagar nos países da Europa Ocidental e da América, os lugares onde há liberdade para acreditar e viver de acordo com a Palavra de Deus”, diz mostrando que a perseguição acelera o aumento da fé cristã.

“Cada vez mais ouço dos nossos irmãos e irmãs perseguidos que eles também oram por nós, cristãos ocidentais.”

O motivo segundo eles é que “há tanta tentação e prosperidade entre vocês que isso poderia desviá-los de seguir a Cristo e fazer vocês esquecerem que somos apenas peregrinos aqui na terra.”

Van Grol testemunha que recentemente visitou um país do Oriente Médio onde a procura pela Palavra de Deus é grande.

“Um dos envolvidos me disse que a oração por proteção é desesperadamente necessária. Por exemplo, os cristãos arriscam as suas vidas ao transportar Bíblias através das fronteiras do Irã. Porque, disse ele, se não trouxermos as Bíblias, as pessoas (porque a fome pela Palavra de Deus é tão grande) virão buscá-las elas mesmas e isso traz muito mais perigo.”

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CVANDAAG

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