segunda-feira, 4 de março de 2024

REVITALIZAÇÃO DE IGREJAS: ORAÇÃO, ENSINO E PASTOREIO


 | POR RONALDO LIDÓRIO

Deus deseja que a Sua igreja seja saudável e, por isso, “…nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença” (Ef. 1.4).

Diante desse versículo, a motivação para a revitalização de igrejas enfraquecidas não é desenvolver um programa eclesiástico ou efetivar o plano de crescimento proposto pela liderança, mas perseguir o expresso desejo de Deus: ver a Sua igreja fortalecida em Cristo Jesus. A Sua vontade é que sejamos santos e irrepreensíveis e, assim, Ele trabalha dia e noite para que isto aconteça.

De certa forma, revitalização de igrejas é um processo que responde à seguinte pergunta: quais são os cenários de enfraquecimento da igreja local e como tratá-los? Neste capítulo, abordarei essas duas facetas. Primeiramente refletirei sobre os cenários de adoecimento e, logo depois, as propostas bíblicas de abordagem e cura.

1. Cenários de adoecimento

É importante observarmos que diferentes igrejas adoecem de diferentes formas. Em Apocalipse 2, vemos a descrição de Deus sobre algumas igrejas. A igreja em Éfeso possuía uma doutrina sólida, mas perdeu seu primeiro amor. O problema era a sua relação pessoal com Deus (Ap 2.2-6).

A igreja em Pérgamo era fiel e perseverante, mesmo na perseguição, mas possuía problemas doutrinários – seguindo a doutrina de Balaão (idolatria e prostituição). Sua fraqueza era a falta de pureza (Ap 2.13-16). A igreja em Tiatira era fiel no serviço, amor e fé, mas se deixou conduzir por falsas profecias e falsas revelações. O adoecimento corrompeu seu discernimento (Ap 2.19-24).

Também em nossos dias, diferentes igrejas enfrentam diferentes adoecimentos. Há igrejas cujo ponto de fraqueza é a rasa exposição da Palavra nos momentos de culto. Outras, mesmo com rico ensino bíblico, experimentam divisões e problemas de comunhão que carecem de uma intervenção pastoral mais específica.

Há aquelas que compreendem bem a Palavra, mas não a aplicam em casa, no trabalho e na vida. Outras que não compreendem bem a Palavra e inserem em seu meio valores sincréticos e mundanos. Algumas possuem um bom conhecimento bíblico sobre a igreja, mas não sobre a missão, o que faz com que percam o privilégio de ser sal que salga e luz que brilha. Há igrejas que são bíblicas, vivas e missionárias, mas não têm conseguido comunicar a verdade do evangelho aos seus próprios filhos, à nova geração.

Há igrejas totalmente dissociadas do bairro e da cidade onde se encontram, a ponto de poucos saberem de sua existência. E ainda outras se misturam com a sociedade a ponto de perder a sua própria identidade cristã, tornando-se mais influenciadas do que influenciadoras. Também existem igrejas movidas por eventos que, na ausência desses, desconstroem-se. Outras são a tal ponto centralizadas no pastor, e não em Cristo, que na ausência do ministro, a igreja se quebra.

Anos atrás visitei uma igreja Metodista em Toronto, Canadá. Era um lindíssimo templo, mas fui informado que estava a venda, pois a igreja havia morrido. Cerca de 30 anos antes aquela era uma congregação viva com quase 3.000 membros. Passou a ser pastoreada por um ministro que relativizava a singularidade do sacrifício de Cristo e que se opunha à evangelização. Em menos de 3 décadas a igreja se arrastava com sérios problemas doutrinários e de vivência cristã, contando com menos de 50 membros.

2. Identificando as fraquezas

Em um processo de revitalização de igrejas é crucial identificar as fraquezas, bem como as razões do adoecimento. O apóstolo Paulo encorajou, exortou, confrontou e também orientou igrejas locais, tanto pessoalmente, quanto por mensageiros, e ainda por meio de suas cartas, partindo do conhecimento ou discernimento do estado espiritual dos cristãos. Isso indica a necessidade de observação, oração e vivência com a igreja, a fim de colaborar para o seu crescimento em Cristo Jesus. Tenho percebido que a ausência de uma avaliação mais metódica da vitalidade da igreja local tem sido um dos principais obstáculos à sua revitalização.

Há diferentes formas de se avaliar a vitalidade de uma igreja local.[1] Identifico três mais evidentes na Palavra. A primeira avalia a presença de elementos bíblicos que definem a natureza da igreja, sobretudo os citados no livro de Atos: centralidade na Palavra, vida de oração, comunhão entre os irmãos, testemunho de vida, dedicada diaconia, verdadeiro culto a Deus e proclamação do evangelho (At 2.37-42; At 4.21-24; At 8.1-8; At 13.1-3).

A segunda avalia a vitalidade de uma igreja local a partir da vitalidade espiritual de seus membros, levando-se em consideração especialmente alguns ensinos de Paulo: firmeza na fé (1Co 16.13; Cl 2.5), união entre os irmãos (Rm 12.5; Ef 4.16), saúde familiar (Ef 5.33; 1Tm 3.12; Cl 3.20), culto público (Rm 12.1-2; 1Co 11.18-34) e prática missionária (Rm 15.20-21; Cl 1.28; 1Ts 1.5; Fp 2.25).

A terceira avalia a vitalidade organizacional em áreas como liderança, ordem de culto, mordomia e crescimento (1Tm 3; Rm 12; 1Co 14.26-40; Ml 3.8-12; Pv 3.9; Ef 4.28; At 2.47).

Portanto, entendo que a avaliação de uma igreja local, em busca de um diagnóstico de vitalidade, deve passar por critérios bíblicos e eclesiológicos que envolvam a natureza da igreja, a saúde espiritual de seus membros e a vitalidade organizacional.

Uma outra forma de avaliação seria identificar a presença ou ausência das práticas cristãs mais destacadas nas cartas paulinas e nos evangelhos. Há sete práticas repetidamente associadas à vitalidade espiritual: Palavra (leitura e meditação na Palavra de Deus); adoração (individual e coletiva; privada e pública); comunhão (andar com aqueles que amam e seguem a Cristo); oração (vida de diálogo com o Pai em nome do Filho); santidade (intensa e intencional busca por uma vida pura que agrada a Deus); boas obras (sofrer com quem sofre e abraçar o aflito e necessitado); e evangelização (proclamar quem é Jesus e o que Ele fez por nós).

Portanto, a Palavra, adoração, comunhão, oração, santidade, boas obras e evangelização apontam para uma vida cristã fortalecida em Cristo. Identificar a presença ou ausência dessas práticas na vida diária de uma igreja local é um bom exercício de avaliação de sua vitalidade. E sugiro que esse processo seja iniciado a partir da liderança da igreja.

3. O processo de revitalização

Ao observarmos a abordagem de Paulo perante igrejas enfraquecidas e doentes, três atitudes eram constantes: a) Paulo orava e convidava o povo a orar; b) ele ensinava a Palavra confrontando o pecado e consolando o povo; e c) também pastoreava e acompanhava os cristãos, enviando outros a fazerem o mesmo.

Portanto, creio que esse tripé representa, em boa medida, a abordagem de revitalização do apóstolo Paulo: oração, ensino e pastoreio. Logo, há de se destacar que um resultado direto de uma igreja revitalizada (ou em processo de revitalização) era a missão, tendo em vista que há uma profunda conexão entre a vitalidade espiritual e a missão. Quanto mais firmes estamos em Cristo, maior é o nosso envolvimento no propósito de Deus para a Sua igreja perante o mundo.

Como um brevíssimo estudo de caso, proponho observarmos uma enfermidade na igreja de Corinto e a abordagem do apóstolo Paulo.

Deve-se ressaltar, inicialmente, que a cidade de Corinto era uma importante cidade comercial na Grécia e em todo o mundo antigo. Os portos da cidade recebiam centenas de barcos com milhares de marinheiros a cada ano, além da cidade ser também conhecida por uma diversa religiosidade, abrigando 12 templos. A deusa Afrodite, principal divindade adorada, contava com cerca de mil sacerdotisas que se prostituíam para, com o dinheiro ganho, manter o templo e o culto. Aparentemente, boa parte do misticismo e clientelismo reinantes na cidade influenciava a igreja que ali nascera.

Enquanto em Éfeso, Paulo foi informado sobre sérios problemas na igreja em Corinto. Escreveu a primeira carta para abordar e tratar esses problemas em um processo de revitalização. Ele orou pela igreja (1 Co 1.4), ensinou a igreja por meio de suas cartas e a pastoreou, desejando vê-los (1 Co 16.5-7) e enviando Timóteo para acompanhá-los (1 Co 4.17, 16.10-11)

Paulo foi informado que havia na igreja grupinhos, divisões, e que tais grupos chegaram a se posicionar uns contra os outros abertamente. Essa é uma enfermidade que não apenas abate a igreja, mas possui alto potencial para expandir e corromper toda a comunidade.

Paulo teve conhecimento de todas as divisões, preocupando-se com o conflito interno e denunciando aqueles que diziam “sou de Paulo” ou “sou de Apolo” (1 Co 1.10-12). E perguntou “Acaso Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado em favor de vocês? Foram vocês batizados em nome de Paulo?” (1 Co 1.13). Como parte do ensino e pastoreio, o apóstolo, após questionar e confrontar a igreja, conclui: “Quem se gloriar, glorie-se no Senhor” (1 Co 1.31)

Nessa passagem, vemos que Paulo identificou a desunião na igreja, a qual se baseava na preferência por lideranças. Identificar o adoecimento é essencial tanto para a oração, quanto para o ensino e pastoreio.

Divisões internas, competitividade e partidarismo geram pelo menos quatro manifestações nocivas: enfraquecem a fé dos salvos em Cristo Jesus; drenam as forças e energias da liderança da igreja; escandalizam o povo de Deus, especialmente os novos na fé; e levam a igreja a se desinteressar pela missão. (1 Co 3.1-9)

Na tríade oração, ensino e pastoreio, a proposta de Paulo para curar a enfermidade das divisões e partidarismo é o chamamento da igreja à centralidade de Cristo como líder, Cabeça da igreja.

Entretanto, a enfermidade da desunião não se manifestava apenas na divisão de grupos com suas preferências de liderança, mas também na inveja e competitividade quanto aos dons espirituais. Havia pessoas com dons mais visíveis e proeminentes na igreja (como o ensino, a pregação e a liderança) e outros com dons e trabalhos com menos destaque. E aparentemente dois problemas surgiram: alguns, com dons mais visíveis e públicos, se tornaram soberbos, colocando-se como superiores aos outros, em detrimento de outros irmãos com dons menos visíveis e públicos, que invejavam os demais ou se sentiam inferiorizados. São problemas sérios: competição interna na igreja; comparação entre dons e talentos; falta de humildade e contentamento.

Paulo mantém o tripé da oração, ensino e pastoreio e, no capítulo 12, afirma que os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo (v.4); o serviço é diverso, mas o Senhor é o mesmo (v.5); e as formas de trabalhar são diferentes, mas é o Senhor quem opera tudo em todos (v.6). Ensina, assim, que cada um recebe algo de Deus de forma única, não importando ter mais ou menos destaque, e que tudo que se tem e se faz é para o Senhor, pela graça e poder do Senhor.

Também enfatiza que o Espírito se manifesta como deseja para um fim proveitoso para o Reino de Deus (v.7); somos todos parte do Corpo (se todos quisessem ser olhos, não houvesse ouvidos, como seria?); e foi o próprio Deus quem dispôs os membros, colocando cada um no corpo como lhe aprouve (v.16-18).

4. Qual é o seu papel?

Se você está envolvido com um processo de revitalização de igreja local faço algumas sugestões.

Primeiramente, busque em Deus humildade de coração e um espírito profundamente submisso a Cristo. Envolver-se em um processo de revitalização, sobretudo ao observar a fraqueza e adoecimento alheios, pode corromper o coração levando-o a julgar, criticar e condenar. Lembre-se que todos os salvos são igualados pelo pecado, pois “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23) e “… vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus” (Ef. 2.8). Somos salvos por Ele e para Ele. Um alerta: envolver-se com a revitalização de uma igreja local com o coração tomado pela soberba ou crítica é delapidar a própria fé e tornar-se uma pedra de tropeço para aqueles que já estão fracos.

Em segundo lugar, busque sabedoria e discernimento de Deus e inicie um processo de identificação das fraquezas e motivos de adoecimento da igreja local. Seja humilde, rejeite qualquer espírito crítico, observe, converse e informe-se. Faça um registro dos pontos fortes e fracos da igreja local que se tornam perceptíveis de forma detalhada. O objetivo neste primeiro passo é conhecer a enfermidade. E lembre-se que identificar os pontos fortes é igualmente importante. Os pontos fortes devem ser valorizados para continuarem a florescer. Já os pontos fracos, precisam ser tratados com amor, na Palavra e dependência de Deus.

Em terceiro lugar, envolva-se e promova o tripé da revitalização: oração, ensino e pastoreio. Ore e convide outros a orar. Ensine ou promova o ensino saudável, amoroso e fiel da Palavra. Pastoreie ou promova o pastoreio e aconselhamento cristão.

Em alguns ambientes, caberá um planejamento detalhado. Em situações assim, sugiro que cinco perguntas sejam respondidas nesse planejamento. A primeira é “qual a fraqueza?”. Liste os principais pontos fracos que devem urgentemente ser fortalecidos. A segunda: “o que deve ser feito?”. Ao lado de cada fraqueza identificada registre as ações que visam tratar e curar, tendo em mente a oração, o ensino e o pastoreio. Em terceiro lugar, “quem fará?”. Cada ação precisa ter um promotor ou responsável. A quarta pergunta é “quando será feito?”. Indica-se, portanto, tanto o prazo quanto a periodicidade. E por fim, “qual o resultado esperado?”. Em outras palavras, o que se espera que aconteça?

Um dos mais lindos resultados de uma igreja fortalecida em Cristo é a missão. Este é um sintoma de vitalidade. Uma igreja fortalecida prega a Palavra, atende aos desafios missionários e se apresenta na sociedade como sal que salga e luz que brilha. Uma igreja fortalecida tem um profundo desejo de fazer Cristo conhecido em todo o mundo.

É importante lembrar que, a rigor, não há plantadores ou revitalizadores de igreja, pois é o próprio Deus quem faz nascer e fortalece uma igreja local. Para isso, Ele também convoca alguns servos para se envolverem com uma intencional busca por vitalidade teológica, espiritual e missionária dos salvos em Cristo. Esses não são chamados para mostrar o caminho da revitalização, mas para percorrer essa estrada juntamente com o povo de Deus. Assim, em todo esse processo, creio que Deus está simplesmente em busca de um coração quebrantado.

[1] Veja Lidório, Ronaldo. Revitalização de igrejas – avaliando a vitalidade de igrejas locais. São Paulo: Vida Nova, 2017.

Sobre o autor
Ronaldo Lidorio é pastor presbiteriano e missionário ligado à APMT e WEC Internacional.
É doutor em Teologia pela SATS e plantador de igrejas entre povos indígenas.
Contato com o autor: ronaldo@lidorio.com.br

Perseguição faz número de cristãos crescer em 83 mil por dia no mundo


Cristão ora de joelhos em igreja destruída. (Foto: TBAW)

A intensificação da perseguição leva a um crescimento significativo no número de cristãos, afirma o diretor da Fundação da Igreja Subterrânea.

O diretor da SDOK “Stichting de Ondergrondse Kerk” (Fundação da Igreja Subterrânea, em tradução livre) na Holanda afirma, em um artigo, que a intensificação da perseguição leva a um crescimento significativo no número de cristãos no mundo.

André van Grol afirma ainda que a perseguição aos cristãos aumentará ainda mais este ano. Como exemplo, ele explica que a vigilância digital dos cristãos chineses é uma das questões mais preocupantes.

Segundo o diretor da organização holandesa, dedicada a apoiar cristãos perseguidos ao redor do mundo, a primeira tendência que mencionaria é a radicalização contínua de grupos islâmicos violentos, como o Boko Haram, os Taliban e grupos afiliados à Al-Qaeda.

“Estes tentam aumentar a sua influência e território com uma violência cada vez mais extrema. Isto leva a mais perigo para os cristãos. A perseguição está aumentando acentuadamente, especialmente na região do Sahel (países ao redor do deserto do Saara)”, diz.

Van Grol relata que no norte da Nigéria, os cristãos enfrentam intensa perseguição há décadas. “Desde que o Boko Haram assumiu o controle em 2009, extremistas islâmicos (com o apoio de pastores extremistas Fulani) mataram pelo menos 50 mil cristãos e 18.000 igrejas também foram destruídas”.

Falando sobre a África, ele explica que a situação no Mali, no Burkina Faso e no Níger é também muito preocupante, devido aos recentes golpes militares nestes países, e cita o caso do Níger.

“Um golpe de Estado é um sinal de instabilidade política e muitas vezes agrada aos jihadistas. É seguro dizer que o Sahel se tornou agora o epicentro do jihadismo internacional. Os extremistas aproveitam-se dos problemas que já acontecem na região. Pense na pobreza, na ausência de um governo funcional e na escassez de educação”.

Cristão são alvo

Van Grol diz que os cristãos são os principais alvos dos grupos extremistas que se radicalizam ainda mais.

“Milhares de irmãos e irmãs foram assassinados ou deslocados”, diz.

A perseguição digital também é citada por van Grol. Para ele, desenvolvimentos digitais dão aos governos a oportunidade de exercer mais controle sobre os cristãos, por exemplo.

“Essa é uma segunda tendência. O reconhecimento facial digital e o reconhecimento da íris tornaram-se agora comuns na China”, diz.

Segundo estimativas, diz van Grol, existem agora mais de meio bilhão de câmeras inteligentes neste país. Outros países, como o Vietnã e Bangladesh, estão adoptando esta forma de controle.

“O argumento para utilizar esta ferramenta é que aumentaria a segurança dos cidadãos”, diz van Grol.

Além disso, outro uso da tecnologia para controle é o recolhimento de DNA humano em grande escala na China, inclusive de pessoas que nunca cometeram um crime.

Câmeras de reconhecimento facial são obrigatórias na Igreja das Três Autonomias que é registrada junto ao governo comunista.

“Isto permite às autoridades não só ver e ouvir o que está acontecendo nas igrejas, mas também verificar se elas cumprem a lei que proíbe crianças com menos de dezoito anos de irem à igreja”.

van Grol cita ainda a Índia, com fortes influências nacionalistas, onde as minorias têm cada vez menos. Ele diz que o slogan ali é bem conhecido: “Um bom indiano é um hindu”. Se você não é hindu, você não é um bom indiano.

Segundo fontes do SDOK, aproximadamente 300 igrejas foram incendiadas na Índia e 60 mil pessoas foram expulsas das suas casas.

Dois fatores apontam para a crescente hostilidade para com os cristãos. A primeira é a promulgação de leis anticonversão e as subsequentes detenções de cristãos que partilham a sua fé com pessoas que ainda não conhecem a Deus.

Perseguições

Van Grol cita ainda outras perseguições contra cristãos como um desânimo por parte de muitos que acreditam que nunca irão acabar.

“Na verdade, sempre haverá perseguição neste mundo”, avisa van Grol.

E lembra: “Temos a mensagem maravilhosa de conforto que se encontra em Mateus 5:10-12: ‘Bem-aventurados os que são perseguidos por amor da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, e perseguirem, e disserem todo tipo de mal contra vós, mentindo, por minha causa. Alegrai-vos e exultai, porque grande é a vossa recompensa nos céus, porque assim perseguiram os profetas que existiram antes de vós’”.

Ele diz que todos os dias ao SDOK chegam histórias de cristãos de países onde ocorrem perseguições severas. No entanto, apesar da gravidade, não são deprimentes.

“São precisamente histórias com testemunhos poderosos de um Deus que vive, apesar da resistência que os cristãos encontram”, diz.

Crescimento do Cristianismo

“Este ano, vamos olhar para os relatos de perseguição de uma forma diferente. Há uma explicação esperançosa envolvida, que gostaria de compartilhar com vocês”, diz Van Grol.


André van Grol é diretor do SDOK. (Foto: Reprodução/SDOK)

E justifica: “Com base em visitas aos vários países e em histórias e pesquisas, é possível fazer uma lista dos países onde o cristianismo cresce mais fortemente”.

E cita os países que estão em primeiro, segundo e terceiro lugar em perseguição aos cristãos: Nepal, China e Península Arábica.

“Apesar do aumento da perseguição, o número de cristãos na China cresce em média 10 por cento ao ano. O número de cristãos em todo o mundo está crescendo em 83 mil por dia. Estes são números extremamente esperançosos. Deus continua Sua obra”, avisa.

“O Cristianismo está crescendo mais devagar nos países da Europa Ocidental e da América, os lugares onde há liberdade para acreditar e viver de acordo com a Palavra de Deus”, diz mostrando que a perseguição acelera o aumento da fé cristã.

“Cada vez mais ouço dos nossos irmãos e irmãs perseguidos que eles também oram por nós, cristãos ocidentais.”

O motivo segundo eles é que “há tanta tentação e prosperidade entre vocês que isso poderia desviá-los de seguir a Cristo e fazer vocês esquecerem que somos apenas peregrinos aqui na terra.”

Van Grol testemunha que recentemente visitou um país do Oriente Médio onde a procura pela Palavra de Deus é grande.

“Um dos envolvidos me disse que a oração por proteção é desesperadamente necessária. Por exemplo, os cristãos arriscam as suas vidas ao transportar Bíblias através das fronteiras do Irã. Porque, disse ele, se não trouxermos as Bíblias, as pessoas (porque a fome pela Palavra de Deus é tão grande) virão buscá-las elas mesmas e isso traz muito mais perigo.”

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CVANDAAG

sábado, 30 de dezembro de 2023

Cristãos ajudam refugiados palestinos no Egito: ‘A igreja está mostrando a luz de Cristo’

Refugiados em acampamento. (Foto: Reprodução/Unsplash/Julie Ricard)

A Igreja egípcia está trabalhando para evangelizar refugiados à medida que as tensões aumentam na Faixa de Gaza.

A TV cristã SAT-7 explicou como o Egito, que faz fronteira com Gaza, está respondendo à guerra e ajudando a salvar vidas. 

Recentemente, o Egito tem ajudado a facilitar a libertação de reféns e, desde o início do conflito, enviou mais de 25.000 toneladas de kits de emergência à Gaza.

O país está rodeado por nações devastadas pela guerra e tem servido como refúgio para refugiados do Sudão, Síria, Iémen, Líbia e Gaza.

De acordo com o Mission Network News, o Egito permitiu que cerca de 400 refugiados palestinos entrassem no país para receber tratamento médico.

A igreja egípcia está trabalhando para evangelizar essas pessoas à medida que as tensões aumentam.

Família refugiada

O programa “You Are Not Alone” da SAT-7 entrevistou Adam Al Madhoun, que fugiu para o Egito em busca de tratamentos médicos para sua filha de quatro anos. 

A menina teve o braço amputado, fraturas no crânio, quadril e perna, após um ataque com mísseis enquanto a família procurava abrigo em Gaza.

Adam só conseguiu cuidar das lesões de Kanzi, sua filha, quando chegaram ao Egito e foram recebidos por cristãos que ofereceram ajuda e esperança em Jesus.

“Nossa jornada foi longa e difícil. Esperamos 24 horas nos portões da fronteira”, disse ele à SAT-7.

Ele informou que a filha precisa de cuidados médicos que não estavam disponíveis em Gaza.

“Ela vai precisar de uma cirurgia na cabeça, no quadril e na perna. Há uma escassez de suprimentos médicos necessários para essas cirurgias. A nossa chegada ao Egito foi em grande parte para salvar os nossos familiares feridos. Kanzy está acordada e consegue falar, mas sente muitas dores. Ela não consegue se mover. Agora estamos no hospital para tratamento dela”, contou o pai.

Compaixão da Igreja

Os líderes cristãos no Egito afirmaram que a Igreja apoia as vítimas independentemente da sua religião e “está com os inocentes cujo sangue está a ser derramado sem piedade”.

Pastores egípcios estão pregando contra a violência que acontece na Terra Santa e incentivando à perseverança na fé em Jesus. Eles estão orando pela paz e proteção dos cidadãos na região.

“Quando vejo o papel do Egito nesta situação e especialmente da Igreja que está, mais uma vez, mostrando a luz da verdade da Palavra de Deus, penso que isto mostra verdadeiramente que a Igreja está causando um impacto na cultura do país”, disse Joe Willey, apresentador do SAT-7.

SAT-7 informou que seu papel é apoiar a Igreja e alcançar os não-crentes com programação bíblica de televisão por satélite. O seu ministério alcança países do Médio Oriente e Norte de África, incluindo o Egito e a Terra Santa.

“Quer haja um conflito ou haja paz, a programação da SAT-7 está disponibilizando o Evangelho e está tornando o amor de Deus visível”, contou Joe.

E concluiu dizendo: “É muito importante compreender que temos irmãos e irmãs em Cristo que estão no Médio Oriente e no Norte de África, e eles adoram saber que estamos a orar por eles”.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE MISSION NETWORK NEWS

 

Mãe é morta por filho muçulmano após ser pega falando o nome de Jesus em oração

 

Sawuba Naigaga. (Foto: Reprodução/Morning Star News)


Desde que se converteu em 2022, Sawuba Naigaga manteve a fé em segredo da família em Uganda.


No dia 17 de dezembro, Sawuba Naigaga, foi morta pelo filho de 25 anos, depois que ele a ouviu falar o nome de Jesus enquanto orava em Uganda.

Antes de falecer, a cristã, de 46 anos, conseguiu relatar a agressão a uma amiga — que não teve o nome divulgado por questão de segurança — no leito do hospital.

A amiga informou que Ashirafu Basalirwa, filho de Sawuba, passou quatro anos trabalhando na Arábia Saudita depois de se formar em uma universidade islâmica em Uganda.

No dia 15 de dezembro, ele retornou para casa na cidade de Busia e encontrou sua mãe orando.

“Enquanto eu estava orando com os olhos fechados, meu filho disse: 'Mãe, você está se tornando uma vergonha para a família e para a religião de Alá'”, contou a cristã à amiga antes de morrer

E continuou: “Fiquei quieta e ele me empurrou com força contra a parede, então eu caí. Ele então pegou um objeto pontiagudo e me bateu na cabeça. Desde então, perdi toda a minha consciência. Então, me encontrei na cama do hospital”.

Conversão ao Evangelho 

Segundo o Morning Star News, essa amiga que levou Sawuba a Cristo. “Preguei a Boa Nova de Jesus a Sawuba, que entregou sua vida a Jesus em 2022”, disse ela.

“Estávamos frequentando a igreja. Uma coisa que sei é que ela manteve a sua fé em segredo dos membros da sua família, incluindo o seu filho”, acrescentou.

No dia do ataque, ela encontrou Sawuba inconsciente em casa:

“Corri rapidamente para o local depois de ouvir gritos e um alarme dos vizinhos, e a encontrei em uma poça de sangue. Nós a levamos às pressas para um hospital próximo, mas ela deu seu último suspiro depois de dois dias, em 17 de dezembro, devido a uma hemorragia interna”.

De acordo com fontes locais, Ashirafu fugiu e está desaparecido. Além dele, Sawuba também tinha uma filha.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE MORNING STAR NEWS



sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Terroristas matam 10 cristãos após se recusarem negar Jesus em Uganda

 


Africano. (Foto: Ilustração/Unsplash/Ali Mkumbwa)

Na ocasião, os extremistas, ligados ao Estado Islâmico, queimaram casas e mais de 200 pessoas fugiram.

No dia 19 de dezembro, terroristas islâmicos membros das Forças Democráticas Aliadas (ADF) mataram 10 cristãos, incluindo uma criança, no oeste da Uganda.

Os ataques contra os crentes ocorreram na aldeia de Kyitehurizi, no distrito de Kamwenge. 

Segundo fontes do Morning Star News, o general Felix Kulayigye das Forças de Defesa Popular de Uganda confirmou que o grupo atacou a aldeia, mas não deu detalhes.

“Ouvi os agressores dizerem: ‘Os cristãos não celebrarão o nascimento de Jesus, temos que ensinar uma lição a estes infiéis por recusarem a nossa religião’”, relatou uma jovem que conseguiu fugir.

As vítimas eram membros da Igreja Anglicana de Uganda, da Igreja Pentecostal e da Igreja Católica Romana. 

Enock Tukamushaba, presidente da aldeia Kyitehurizi, identificou os 10 cristãos mortos como Mary Kyomuhangi, de 3 anos; Rossete Kugonza; Princesa Ahumuza; Margaret Bunyazaki; Tugume; Ester Kurihura; Glorioso Arindwaruhanga; Mesulamu; Bagiriana e Panddy.

Os terroristas também incendiaram casas e mais de 200 pessoas conseguiram fugir durante o ataque.

Richard Baguma, de 35 anos, membro da Igreja Anglicana de Uganda, informou que escapou, porém perdeu todos os seus pertences, incluindo suas colheitas e produtos agrícolas.

Os terroristas 

ADF é um grupo islâmico localizado na República Democrática do Congo (RDC), considerado uma organização terrorista com o objetivo de expandir o Islã. 

O grupo se tornou cada vez mais extremista em 2019, quando se uniu ao Estado Islâmico. Em 2020, o líder da ADF, Musa Baluku, anunciou oficialmente a união.

Desde então, a ADF é reconhecida pelo extremismo islâmico, causando sofrimento aos cristãos na RDC, Uganda e Moçambique. 

O ataque que ocorreu no dia 19 de dezembro foi o caso mais recente de perseguição aos cristãos em Uganda, relatado pelo Morning Star News.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE MORNING STAR NEWS

UM NOVO RECOMEÇO

 

Um novo tempo, uma nova vida

Gênesis 12:1-9

O jornalista e dramaturgo irlandês George Bernard Shaw brincou dizendo: “Se os outros planetas são habitados, então devem estar usando a Terra como seu manicômio”. Podemos achar esse comentário engraçado, mas ele nos faz lembrar de um fato triste: o mundo encontra-se num estado de caos, e as coisas não parecem estar melhorando. Qual é o problema?

A origem de tudo isso remonta aos acontecimentos registrados no Livro de Gênesis. Com exceção do relato nos capítulos 1 e 2, os onze primeiros capítulos de Gênesis registram uma sucessão de erros dos seres humanos, erros estes que estão se repetindo nos dias de hoje. Desobediência, homicídio, engano, bebedeira, nudez e rebelião parecem coisas bem atuais, não é? Se você fosse Deus, o que você faria com tais pecadores, homens e mulheres criados à sua imagem? “Provavelmente eu os destruiria!” poderia ser sua resposta. Mas não foi isso o que Deus vez. Antes, chamou um homem e sua esposa para que deixassem seu lar e fossem para uma nova terra, de modo que pudessem dar um recomeço à humanidade.

 Em consequência do chamado de Deus e de sua fé obediente, Abraão e Sara, em última análise, propiciaram ao mundo a nação judaica, a Bíblia e o Salvador. Consideremos os elementos envolvidos em sua experiência deste novo recomeço:

1-UM CHAMADO (Gn 12:1a)

 Deus chamou Abraão do meio da idolatria (Js 24:2) quando se encontrava em Ur dos caldeus (Gn 11:28, 31; 15:7; Ne 9:7), uma cidade dedicada a Nanar, o deus Lua. Abraão não conhecia o verdadeiro Deus e não havia feito nada para merecer conhece-lo, mas, em sua graça, Deus o chamou. “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros” (Jo 15:16). Ele confiou em Deus e obedeceu ao seu chamado e hoje podemos aprender com sua experiência a andar pela fé e a viver de modo agradável a Deus.

Há alguns motivos pelos quais Deus chamou Abraão e Sara. Em seu amor, Deus estava preocupado com a salvação deles, de modo que revelou sua glória e compartilhou com eles suas bondosas promessas. Mas, além da salvação pessoal deles, o propósito de Deus era abençoar todos os povos da Terra. Isso aconteceu quando Deus enviou seu Filho ao mundo por meio do povo de Israel. Cristo morreu pelos pecados do mundo (1 Jo 2:2; 4:14) e quer que sua Igreja conte as boas novas da salvação a toda a Terra (Mc 16:15).

 Existe, porém, outro motivo: a vida de Abraão é um exemplo para todos os cristãos que desejam andar pela fé. Abraão foi salvo pela fé  e viveu pela fé, e essa fé ficou evidente em sua obediência (Tg 2:14-26).  “A vida cristã vitoriosa”, disse George Morrison, “é uma série de recomeços”. Ao estudar a vida de Abraão e Sara, você verá o que é fé e como andar pela fé. Descobrirá que, quando você confia no Senhor, nenhuma provação é impossível de vencer e nenhum fracasso é permanente.

 2 . UMA ALIANÇA (Gn 12:1-3)

A fé não se baseia em sentimentos, apesar de, sem dúvida, as emoções fazerem parte da experiência de fé em certas ocasiões (Hb 11:7). A verdadeira fé baseia-se na Palavra de Deus (Rm 10:17). Deus falou a Abraão e disse o que faria para ele e por meio dele, se ele confiasse e obedecesse. “Grandes vidas são moldadas por grandes promessas”, escreveu Joseph Parker, e certamente esse foi o caso de Abraão e Sara. A aliança de Deus concedeu-lhe a fé e as forças de que precisavam para uma vida de peregrinação.

Deve ter sido difícil para Abraão e Sara crerem que Deus iria abençoar o mundo todo por meio de um casal idoso e sem filhos, mas foi exatamente o que ele fez. Deles procedeu a nação de Israel, e de Israel procedeu a Bíblia e o Salvador. Deus reafirmou sua aliança com Isaque (Gn 26:4) e Jacó (Gn 28:14) e cumpriu-a em Cristo (At 3:25, 26). Ao longo dos anos, Deus ampliou diversos elementos dessa aliança, mas deu a Abraão e Sara elementos suficientes da verdade para que cressem nele e partissem pela fé.

Quando andamos pela fé, só podemos nos apoiar em Deus: sua Palavra, seu caráter, sua vontade e seu poder. Não que você tenha de se isolar de sua família e amigos, mas não os considera mais seu primeiro amor e primeira responsabilidade (Lc 14:25-27). Seu amor por Deus é tão intenso a ponto de fazer com que, em termos comparativos, o amor pela família pareça ódio! Deus nos chama para a “solidão” (Is 51:1-3), e não devemos fazer concessões.

 3. UM COMPROMISSO (Gn 12:4-9)

Thomas Fuller, um pregador puritano do século XVII, disse que toda a humanidade foi dividida em três classes: os planejadores, os empreendedores e os realizadores. Ló foi um empreendedor, mas fracassou terrivelmente, pois não foi capaz de andar pela fé. Abraão e Sara foram realizadores, pois confiaram em Deus para realizar aquilo que havia prometido (Rm 4:18-21). Assumiram um compromisso com Deus e dedicaram a ele seu futuro, obedeceram ao que o Senhor ordenou e receberam tudo o que Deus havia planejado para eles.

A vida de fé não deve jamais tornar-se estagnada, pois se nossos pés estão se movendo, nossa fé está crescendo. Observe os verbos usados para descrever a vida de Abraão: ele partiu (Gn 12:4), partiu e chegou (v. 5), atravessou (v. 6), passou dali (v. 8) e seguiu dali (v. 9). Deus manteve Abraão em movimento para que se deparasse com novos desafios e fosse forçado a confiar em Deus para receber “graça para socorro em ocasião oportuna” (Hb 4:16).

O cristianismo confortável é o oposto da vida de fé, pois “peregrinos e estrangeiros” devem enfrentar novas circunstâncias, a fim de obter novas percepções sobre si mesmos e sobre Deus, mas isto, só é possível quando vivemos em obediência ao Senhor.

 Pr. Eli VieiraFacebook

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Missão levou mais de 51 mil jovens atletas a Jesus em 2023 nos EUA


 Mais de 50 mil jovens atletas aceitaram Jesus através da FCA. (Foto: Instagram/FCA).

As conversões são frutos de eventos evangelísticos da Fellowship Christian Athletes em escolas e universidades do país.

Um ministério de evangelismo esportivo levou mais de 51 mil jovens atletas a Jesus em 2023, nos Estados Unidos.

Em comunicado à imprensa, a Fellowship Christian Athletes (FCA) divulgou que 51.730 pessoas aceitaram a Jesus durante seus eventos evangelísticos, realizados de setembro de 2022 a agosto de 2023. 

“O melhor presente que podemos dar e receber no Natal é o presente de Cristo, que veio à Terra para nos salvar e oferecer a todos o presente gratuito da salvação”, afirmou o presidente da FCA, Shane Williamson.

“Ao refletirmos sobre o nascimento do nosso Salvador, somos lembrados do que Jesus fez com a FCA e somos muito gratos pelos 51.730 estudantes-atletas que o conheceram este ano através do ministério”.

A missão explicou que a multidão de novos convertidos é formada por jovens atletas, treinadores e voluntários.

“A FCA usa uma ferramenta Faith Response, um sistema de mensagens de texto que permite que funcionários, treinadores e atletas compartilhem essas decisões significativas que mudam vidas”, disse o porta-voz do ministério.

E acrescentou: “Este sistema proporciona à FCA a oportunidade não só de ter uma ideia do seu impacto em todo o mundo, mas também permite um contato inicial entre a organização e cada jovem seguidor de Cristo”.

Depois de se converterem durante os eventos, a equipe da FCA acompanha os recém convertidos, garantindo que tenham uma Bíblia e sejam discipulados em uma igreja local.

Pregando em estádios

A Fellowship of Christian Athletes trabalha para levar o Evangelho a atletas e treinadores.

Através do evento “Campos da Fé”, a FCA tem reunido jovens atletas em estádios esportivos de escolas e universidades nos Estados Unidos, para pregar sobre Jesus.

O ministério já imprimiu Bíblias e devocionais para esportistas e técnicos em diversas línguas, como chinês, russo e espanhol. Nos últimos 15 anos, o ministério já distribuiu três milhões de Bíblias pelo mundo.

Hoje, em parceria com o aplicativo YouVersion, a missão também possui a Bíblia do Atleta digital e planos de leitura da Bíblia online para pessoas envolvidas com o esporte.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO THE CHRISTIAN POST

ATITUDES PARA O SUCESSO

 


Êxodo 13:17-15:21

 “A história não confia a guarda da liberdade por muito tempo àqueles que são fracos ou tímidos.” O presidente Dwight Eisenhower disse essas palavras em seu discurso de posse, no dia 20 de janeiro de 1953. Como o homem que ajudou a liderar os Aliados rumo à vitória na Segunda Guerra Mundial, o general Eisenhower tinha amplo conhecimento do altíssimo preço da vitória, bem como do fardo pesado da liberdade que sempre segue o triunfo. Charles Kingsley, escritor inglês, estava certo ao dizer que: “Há dois tipos de liberdade – o falso, no qual o homem é livre para fazer o que bem entende, e o verdadeiro, no qual o homem é livre para fazer o que deve”. Ao longo de sua história, a nação de Israel lutou com esses dois tipos de liberdade, como acontece com o povo de Deus nos dias de hoje.

É um sinal de maturidade quando aprendemos que a liberdade é uma ferramenta de construção, não um brinquedo, e que a liberdade envolve aceitar responsabilidades. O êxodo de Israel ensinou ao povo que seu futuro sucesso estava no cumprimento de três atitudes (responsabilidades) importantes: seguir ao Senhor (Êx 13:1 7-22), confiar no Senhor (14:1-31) e louvar ao Senhor (15:12-21).

  1. SEGUIR A O SENHOR (ÊX 13 :17-22)

O êxodo de Israel do Egito não foi o fim de sua experiência com Deus; na verdade foi um recomeço. “Foi preciso uma noite para tirar Israel do Egito, mas foram necessários quarenta anos para tirar o Egito de Israel”, disse George Morrison.1 Se Israel obedecesse 5 à vontade de Deus, o Senhor os conduziria à terra prometida e lhes daria sua herança. Quarenta anos depois, Moisés lembraria a nova geração de que Deus “te tirou do Egito […] para te introduzir na sua terra e ta dar por herança” (Dt 4:37, 38).

A mesma coisa pode ser dita da redenção que temos em Cristo: Deus nos livrou da escravidão para que pudesse nos conduzir à bênção. A. W. Tozer costumava nos lembrar de que “somos salvos de, como também para”. A pessoa que confia em Jesus Cristo nasce de novo e passa a fazer parte da família de Deus, mas esse é só o começo de uma nova e empolgante aventura que deve nos conduzir ao crescimento e a conquistas. Deus nos liberta e, então, nos conduz através das várias experiências da vida, um dia de cada vez, para que possamos conhecê-lo melhor e para que, pela fé, possamos nos apropriar de tudo o que ele deseja nos dar. Ao mesmo tempo, passamos a nos conhecer melhor e crescemos em entendimento quanto à vontade de Deus e quanto à confiança em suas promessas.

Deus traça o caminho para seu povo (w. 17, 18). Deus não é surpreendido por nada. Ele planeja o melhor caminho a ser percorrido por seu povo. E possível que nem sempre compreendamos o caminho que ele escolhe ou que nem mesmo concordemos com ele, mas o caminho de Deus é sempre certo. Podemos dizer cheios de confiança: “Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome” (SI 23:3) e devemos orar com humildade e pedir: “Faze-me, Senhor , conhecer os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas. Guiame na tua verdade e ensina-me” (SI 25:4, 5).

Se houvesse algum estrategista militar no meio do povo de Israel naquela noite, ele provavelmente teria discordado da rota de desocupação escolhida por Deus, pois era longa demais.3 O primeiro destino de Israel era o monte Sinai, mas por que levar milhões de pessoas pela rota mais longa em vez de tomar o caminho mais curto e mais fácil? A resposta é simples: havia postos avançados egípcios por todo o caminho mais curto, e os soldados nesses locais teriam entrado em confronto com os hebreus. Além disso, cruzar a fronteira com a Filistia teria sido um convite a um ataque de seu exército, e a última coisa de que Israel precisava era entrar em guerra com seus vizinhos. Deus sabia o que estava fazendo quando escolheu o caminho mais longo.

Se você permitir que Deus dirija seus passos (Pv 3:5,6), espere ser conduzido, de vez em quando, por alguns caminhos que parecem desnecessariamente longos e sinuosos. Lembre-se de que Deus sabe o que está fazendo, de que ele não está com pressa e de que, enquanto você segui-lo, estará seguro sob a bênção dele. É possível que ele feche algumas portas e, de repente, abra outras, e devemos ficar alertas para isso (At 16:6-10; 2 Co 2:12,13).

 Deus encoraja a fé de seu povo (v. 19). Antes de morrer, José fez seus irmãos prometerem que, quando Deus livrasse Israel do Egito, seus descendentes levariam consigo os restos mortais dele para a terra prometida (Gn 50:24, 25; Hb 11:22). José sabia que Deus cumpriria sua promessa e salvaria os filhos de Israel (Gn 15:13-16). José também sabia que seu lugar era na terra de Canaã, junto com seu povo (Gn 49:29-33).

O que esse caixão significava para as gerações de judeus que viveram durante os terríveis anos de escravidão no Egito? Sem dúvida, os judeus podiam olhar para o caixão de José e ser encorajados. Afinal, o Senhor havia cuidado de José durante suas provações e, por fim, o havia libertado, e faria o mesmo pela nação de Israel, libertando-a no devido tempo. Durante os anos que passou no deserto, Israel viu o caixão de José como uma lembrança de que Deus tem seu tempo e cumpre suas promessas. José estava morto, mas servia de testemunho da fidelidade de Deus. Quando chegaram a sua terra, os judeus cumpriram sua promessa e sepultaram José na terra prometida a Abraão, Isaque e Jacó (Js 24:32).

É idolatria ter lembranças visíveis da fidelidade de Deus? Não necessariamente, pois há vários monumentos importantes no Livro de Josué. Quando Israel cruzou o rio Jordão, o povo ergueu um monumento de pedra na margem oposta para comemorar o que Deus havia feito (Js 4). Também colocaram pedras nos montes Ebal e Gerizim para servir de lembrança da lei de Deus (Êx 8:30-35). Um monte de pedras foi testemunho da traição de Acã (Js 7:25, 26), e uma grande pedra serviu de testemunho da reconsagração de Israel depois da conquista da terra (Js 24:24-28). Samuel colocou uma pedra como marco da vitória de Israel sobre os filisteus e a chamou de “Ebenézer, e disse: Até aqui nos ajudou o S e n h o r ” (1 Sm 7:12).

Enquanto continuamos a obedecer ao Senhor, tais lembranças podem servir para encorajar nossa fé. O importante é que elas apontem para o Senhor e não para um passado morto e que perseveremos em caminhar pela fé e em obedecer ao Senhor em nossos dias.

Deus vai adiante de seu povo para mostrar o caminho (w. 20-22). A nação foi guiada por uma coluna de nuvem, durante o dia, e uma coluna de fogo, durante a noite. Essa coluna é identificada como o anjo do Senhor, que guiou a nação (Êx 14:19; 23:20- 23; ver Ne 9:12). Houve ocasiões em que Deus falou de dentro da coluna de nuvem (Nm 12:5, 6; Dt 31:15, 16; Sl 99:7), e ela também protegeu o povo enquanto caminhavam sob o sol escaldante durante o dia. (Sl 105:39). Quando a nuvem se movia, o acampamento também se deslocava; quando a nuvem parava, o acampamento esperava (Êx 40:34-38).

Não temos o mesmo tipo de orientação visual hoje em dia, mas contamos com a Palavra de Deus, que é luz (Sl 119:105) e fogo (Jr 23:29). É interessante observar que a coluna de fogo servia de iluminação para os israelitas, mas era escuridão para os egípcios (Êx 14:20). O povo de Deus é esclarecido por sua Palavra (Ef 1:15-23), mas os que não são salvos não conseguem compreender a verdade de Deus (Mt 11:25; 1 Co 2:11-16).

O Espírito de Deus, que também é o Espírito de Verdade, guia-nos ao ensinar-nos a Palavra (Jo 16:12, 13). Assim como Deus falou a Moisés por meio da coluna, também o Senhor se comunica conosco por meio das Escrituras ao torná-las claras para nós. Há momentos em que não estamos certos do rumo que Deus deseja que tomemos, mas, se esperarmos nele, ele nos guiará.

Como teria sido insensato os israelitas pararem sua marcha a fim de fazer uma votação sobre o caminho que deveriam tomar para o monte Sinai! Certamente há um lugar para a deliberação e para o referendo comunitários (At 6:1-7), no entanto, quando Deus fala, não há motivo para fazer uma assembleia. Em mais de uma ocasião, nas Escrituras, a maioria estava errada.

2- CONFIAR NO SENHOR (Ê X 14:1-31)

“[Deus] Manifestou os seus caminhos a Moisés e os seus feitos aos filhos de Israel” (SI 103:7). O povo judeu foi informado daquilo que Deus desejava que fizesse, porém Moisés foi informado do porquê de Deus estar fazendo tais coisas. “A intimidade do S e n h o r é para os que o temem” (SI 25:14). A liderança de Moisés foi um elemento essencial para o sucesso de Israel.

A perseguição dos egípcios (vv. 1-9). Finalmente, ocorreu ao Faraó e a seus oficiais que, ao deixarem os hebreus escaparem, haviam colocado em risco – ou talvez até destruído – toda a economia de sua terra, portanto o mais lógico era ir atrás deles e levá-los de volta ao Egito. Encontramos, aqui, outro motivo pelo qual o Senhor escolheu aquele determinado caminho: os relatos levariam o Faraó a crer que os hebreus estavam vagando como ovelhas perdidas no deserto e que, portanto, poderiam facilmente ser perseguidos e capturados pelo exército egípcio. O Senhor estava atraindo os egípcios para sua armadilha.

O pânico de Israel (w. 10-12). Enquanto os israelitas mantivessem seus olhos fixos na coluna de fogo e seguissem ao Senhor, estariam andando pela fé e nenhum inimigo poderia tocá-los. Contudo, quando tiraram os olhos do Senhor e olharam para trás, viram os egípcios se aproximando, apavoraram-se e começaram a murmurar.

Quando você se esquece das promessas de Deus, começa a imaginar as mais terríveis possibilidades. Os judeus estavam certos de que eles e seus filhos morreriam no deserto assim que o exército egípcio os alcançasse. Em pânico, o povo lembrou Moisés de que haviam lhe dito para partir sozinho (Êx 5:20- 23), mas ele insistira em desafiar o Faraó. Israel encontrava-se, então, numa situação terrível, e a culpa era de Moisés. A incredulidade consegue apagar de nossa memória todas as demonstrações que vimos do grande poder de Deus e todos os exemplos que conhecemos da fidelidade de Deus a sua Palavra.

O poder de Deus (w. 13-31). Moisés era um homem de fé, que sabia que o exército do Faraó não consistia, de modo algum, numa ameaça para Jeová. Moisés deu várias ordens ao povo, e a primeira delas foi: “Não temais” (v. 13). Às vezes, o medo nos enche de energia e procuramos evitar o perigo. Em outras ocasiões, porém, ele nos paralisa e não sabemos o que fazer. Israel foi tentado a fugir, mas Moisés deu-lhe mais uma ordem: “Aquietai-vos e vede o livramento do S e n h o r ” (v. 13). Pela fé, os israelitas haviam marchado para fora do Egito e deveriam, portanto, pela fé, aquietar-se e ver Deus destruir os soldados da cavalaria egípcia.

Moisés não disse apenas para se aquietarem, mas também “vós vos calareis” (v 14). Como teria sido fácil chorar, murmurar e criticar Moisés, mas nenhuma dessas coisas teria ajudado o povo a sair daquela situação. A incredulidade gera murmuração, mas a fé leva à obediência e traz glória para o Senhor. “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” (Sl 46:10). Que motivo há para reclamação quando temos a maravilhosa promessa de que “O Senhor pelejará por vós” (Êx 14:14)? Mais tarde, em sua jornada, o Senhor ajudaria Josué e o exército israelita a combater suas batalhas (Êx 17:8), mas, dessa vez, Deus derrotaria os egípcios sem a ajuda de Israel.

A ordem seguinte foi de Deus para Moisés: “Que marchem!” (14:15) O fato de Israel estar diante do mar não era problema para Deus, e ele disse a Moisés exatamente o que fazer.

 Por que Deus realizou essa série de milagres para o povo hebreu? Certamente, não era algo que merecessem, uma vez que se encontravam tomados de pânico e encolhidos de medo, reclamando e dizendo que Deus parecia não saber o que estava fazendo.

Em primeiro lugar, ele estava cumprindo sua promessa de que livraria Israel e de que os tomaria para si como seu povo (Êx 3:7,8). Em tempos vindouros, os judeus mediriam todas as coisas tomando como parâmetro a demonstração do grande poder de Deus no êxodo. No entanto, Deus tinha mais um propósito em mente: revelar outra vez seu poder e glória na derrota do exército egípcio. “E os egípcios saberão que eu sou o Senhor ” (Êx 14:18).

Sabendo que estavam sendo perseguidos pelo inimigo e ouvindo os ventos uivando a noite toda, os israelitas devem ter se perguntado o que iria acontecer e por que Deus estava demorando tanto. Contudo, quando temos fé nas promessas de Deus, temos paz em nosso coração. Jesus perguntou a seus discípulos depois de acalmar uma tempestade: “Por que sois assim tímidos?! Como é que não tendes fé?” (Mc 4:40). A fé e o medo não podem viver juntos no mesmo coração, pois uma coisa destrói a outra. A verdadeira fé depende daquilo que Deus diz e não daquilo que vemos ou da maneira como nos sentimos. Alguém disse, muito corretamente, que fé não é crer apesar das evidências – isso é superstição -, mas sim obedecer apesar das consequências.

Essa série de milagres divinos certamente foi uma revelação da grandeza e do poder de Deus, de sua fidelidade às suas promessas e de sua preocupação por seu povo. Em anos vindouros, os salmistas exaltariam ao Senhor por seus poderosos feitos no mar Vermelho (Sl 66; 78; 80, 81; 105, 106; 136), e os profetas usariam o êxodo para encorajar os exilados judeus durante sua volta à terra depois do cativeiro na Babilônia (Is 43:1-7; 52:11, 12; 55:12, 13; Jr 16:14, 15; 23:7, 8), bem como para motivar a nação apóstata a voltar para o Senhor (Jr 2:2, 3; Ez 20; Os 2:14-23; Am 3; Mq 6:3, 4).

A posição de Moisés (v. 31; 1 Co 10:1, 2). Paulo considerou a marcha de Israel pelo mar como um “batismo”, pois as águas os cercavam de ambos os lados como muros, e a presença de Deus estava atrás deles e sobre eles. Era como se Israel tivesse sido “imersa” ao atravessar rapidamente o fundo seco do mar. Seu livramento certamente foi um ato de Deus, porém realizado mediante a liderança obediente de Moisés. Em decorrência disso, “o povo […] confiou no S en h o r e em Moisés” (Êx 14:31). Passaram, então, a ser uma nação tendo Moisés como líder. Por meio desse “batismo”, o povo de Israel foi identificado com Moisés, assim como nas águas do batismo, o povo de Deus hoje em dia é identificado com jesus Cristo. O milagre do êxodo tornou-se parte da confissão de fé de Israel ao levarem suas ofertas ao Senhor (Dt 26:1-11).

3. LOUVAR AO SENHOR (ÊX 15:1-21) – Uma vez que os inimigos haviam se afogado e que a liberdade era certa, o povo de Israel irrompeu em cânticos e adorou ao Senhor. Não lemos que adoraram a Deus enquanto eram escravos no Egito, e, durante a saída da terra, queixaram-se a Moisés pedindo que os deixasse voltar ao Egito. Mas é preciso haver maturidade da parte do povo de Deus a fim de ser capaz de entoar “canções de louvor durante a noite” (Jó 35:10; SI 42:8; Mt 26:30; At 16:25), e naquele tempo os israelitas ainda eram imaturos em sua fé.

O hino de louvor tem quatro estrofes: a vitória de Deus é anunciada (Êx 15:1-5), as armas de Deus são descritas (vv. 6-10), o caráter de Deus é exaltado (vv. 11-16a) e as promessas de Deus são cumpridas (vv. 16b-18).

A vitória de Deus é anunciada (w. 1-5). O Senhor é mencionado dez vezes nesse hino, enquanto Israel cantava ao Senhor e sobre o Senhor, pois a verdadeira adoração envolve o testemunho fiel de quem Deus é e do que ele faz por seu povo.

A vitória de Deus foi gloriosa, pois em tudo foi obra do Senhor. O exército egípcio foi lançado no mar (vv. 1 e 4), e os soldados afundaram como pedras (v. 5) e como chumbo (v. 10). Foram consumidos como restolho (v. 7). O Faraó havia ordenado que os bebês hebreus do sexo masculino fossem afogados, de modo que Deus lhe retribuiu afogando suas tropas.

Moisés prometeu ao povo: “O Senhor pelejará por vós” (Êx 14:14; ver Dt 1:30), e um dos nomes de Deus é “Jeová Sebaoth”, que significa ” Senhor dos Exércitos”, título que aparece mais de duzentas e quarenta vezes no Antigo Testamento. Em seu hino da reforma, Castelo Forte, Martinho Lutero escreveu:

A nossa força nada faz

Num mundo tão perdido,

Mas nosso Deus socorro traz,

Por Cristo, o escolhido.

Conosco está Jesus,

O que venceu na cruz,

Senhor dos altos céus;

 E, sendo o próprio Deus,

Triunfa na batalha.

(Hinário Luterano, nº 165)

          Se temos neste mundo um inimigo como Satanás e se o pecado e o mal são abomináveis ao Senhor, então Deus deve guerrear contra eles. “O Senhor sairá como valente, despertará o seu zelo como homem de guerra; clamará, lançará forte grito de guerra e mostrará sua força contra os seus inimigos” (Is 42:13). jesus Cristo é tanto o Cordeiro que morreu pelos nossos pecados como o Leão que julgará o pecado (Ap 5:5, 6) e, um dia, cavalgará para a conquista de seus inimigos ; (Ap 19:11). Enfatizar somente que “Deus é | amor” (1 jo 4:8, 16) e ignorar que “Deus é luz” (1 Jo 1:5) significa tirar de Deus os seus atributos de retidão, santidade e justiça. 

Em três ocasiões específicas registradas nas Escrituras, o povo de Israel cantou: “O S en h o r é a minha força e o meu cântico; ele me foi por salvação” (Êx 15:2): quando Deus livrou Israel do Egito, quando o remanescente judeu lançou os alicerces do segundo templo (Sl 118:14) e quando os judeus foram reunidos e voltaram para sua terra a fim de desfrutar as bênçãos do reino (Is 12:2)

Em cada um desses casos, o Senhor deu força, salvação e um cântico.

As armas de Deus são descritas (vv. 6- 10). O Senhor é um “homem de guerra” que não luta com armas convencionais. Ao usar características humanas para descrever atributos divinos, os cantores declaram que sua destra é gloriosa em poder, sua majestade lança por terra os inimigos e sua ira os consome como o fogo que queima o restolho

O caráter de Deus é exaltado (w. 11-16a). Com as dez pragas que havia enviado sobre a terra, o Senhor já havia provado como era maior do que os deuses e deusas do Egito. Não é de se admirar que seu povo cantou: “Ó S e n h o r , quem é como tu entre os deuses?” (v. 11; ver Mq 7:18) A resposta, obviamente, é que não há ninguém como o Senhor, pois nenhum outro ser no Universo é “Glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos, que opera(s) maravilhas” (Êx 15:11). Essa estrofe prossegue louvando a Deus por seu poder (v. 12), por sua sabedoria ao conduzi-los (v. 13) e pela grandeza de sua presença ao inspirar o medo no coração de seus inimigos (v. 14).

A promessa de Deus é cumprida (w. 16b-18). Essa estrofe refere-se à futura conquista de Canaã por Israel e afirma que Deus comprou Israel e que são seu povo. As nações de Canaã ficariam mudas como pedras, quando os exércitos israelitas conquistassem a terra e as tribos se apropriassem de sua herança. Deus os tirou do Egito para levá-los a Canaã e plantá-los em sua própria terra (Sl 44:2; 80:8, 15; Is 5). Deus colocaria seu santuário no meio do povo e habitaria com eles em glória. A frase “O S en h o r reinará por todo o sempre” (Êx 1 5:18) é o apogeu do cântico, enfatizando que Deus é soberano e eterno.

Não apenas Moisés liderou os homens no cântico desse hino de louvor (Êx 15:1) como também Miriã formou um coral especial de mulheres israelitas, que se juntaram a ela repetindo as primeiras palavras do cântico. Seu entusiasmo cheio de regozijo expressou-se enquanto cantavam, tocavam seus tamborins e dançavam na presença do Senhor (ver 1 Sm 18:6; 2 Sm 1:20). Miriã é chamada de “profetisa”, o que explica a razão de, mais tarde, ela ter coragem de criticar Moisés (Nm 12:1, 2).n “As águas cobriram os seus opressores; nem um deles escapou. Então, creram nas suas palavras e lhe cantaram louvor” (Sl 106:11, 12). Contudo, esse não é o fim da história, pois o cântico do povo logo transformou-se em murmuração ao entrarem no deserto e rumarem para o monte Sinai. “Cedo, porém, se esqueceram das suas obras e não lhe aguardaram os desígnios; entregaram-se à cobiça, no deserto; e tentaram a Deus na solidão” (Sl 106:13, 14).

Não foi fácil para eles carregar o fardo da liberdade, e Deus precisou ensiná-los a viver um dia de cada vez.

Pr. Eli V. Filho (Adap. de W.W.)


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