quarta-feira, 11 de maio de 2022

INSTITUTO BÍBLICO DO NORTE 77 anos Preparando Obreiros para a Seara do Senhor Jesus

 

Nos dias 29 e 30 de abril de 2022 o Instituto Bíblico do Norte, Garanhuns-PE está comemorando 77 anos de fundação com uma programação especial com os alunos e ex-alunos. No dia 29 de abril de 2022 às 19:30h aconteceu o culto de Gratidão ao Senhor no templo da Igreja Presbiteriana Central de Garanhuns,

tendo como pregador o presidente do Suplemo Concílio da IPB o Reverendo Roberto Brasileiro e no dia 30 serão realizadas diversas atividades na capela e anfiteatro. Segue abaixo a história do IBN pelo pastor




Conjunto de Sinos do IBN

Alderi S. Matos.


Alderi S. Matos
O CASAL FUNDADOR DO IBN – Rev Raynard e Frances Arehart

Em 1945, a Missão Norte do Brasil, da Igreja do Sul dos Estados Unidos (PCUS), reconhecendo a necessidade de preparar moças para se dedicarem ao evangelismo e à educação cristã, resolveu abrir um instituto bíblico na região Nordeste. A iniciativa partiu do casal Edwin e Frances Arehart, que havia chegado ao Brasil em 1936, tendo trabalhado inicialmente em Fortaleza antes de se transferir para Recife. Em 1944, a chegada da missionária Charlotte Alexander Taylor, da Virgínia, especializada em treinar obreiros, possibilitou a abertura da nova escola.

Havia muitas dificuldades a superar, a começar de um local para sediar a instituição. Os diretores do Ginásio Evangélico Agnes Erskine, em Recife, se dispuseram a hospedar o instituto, oferecendo para tal um quarto de dormir e uma pequena sala de aula no edifício principal. O instituto bíblico iniciou as aulas no dia 7 de março de 1945 com seis moças – duas do Ceará, duas do Maranhão e duas de Pernambuco. A inauguração oficial se deu no dia 2 de abril, na capela do Agnes, com o nome de Escola de Treinamento Bíblico para Moças (ETBM). O primeiro diretor foi o Rev. Edwin Raynard Arehart.

O corpo docente era composto pelos Revs. Landgon Henderlite, Antônio Almeida, Samuel Falcão, Ismael Andrade e as professoras Charlotte Taylor e Frances Arehart. A primeira turma se formou em 1947. Nos sete anos seguintes, outras seis turmas concluíram o curso e passaram a trabalhar nas igrejas e campos missionários. A maior parte das formandas foi servir no interior, lecionando em escolas paroquiais de cidades e vilarejos, beneficiando crianças que, sem elas, não teriam a oportunidade de estudar. Elas ensinavam não somente as matérias do curso primário, mas também a Bíblia para crianças e jovens, visitavam os lares com objetivos evangelísticos, organizavam escolas dominicais, uniões da mocidade e sociedades femininas, e em muitos locais ofereciam aulas de alfabetização de adultos.

Algumas ex-alunas passaram a lecionar no Colégio 15 de Novembro, em Garanhuns, e no Ginásio Agnes Erskine. Outras estudaram enfermagem ou serviam em igrejas locais, ajudando no trabalho de educação cristã e outras atividades. Diversas ex-alunas casaram-se com pastores; em 1955 havia moças formadas no IBN servindo a Cristo em onze estados da federação. Outros professores dos primeiros anos foram o Rev. Heinz Neumann, Maurício Wanderley, Noemi Marinho, Edla de Oliveira, Else Azambuja, Álvaro Costa, Lina Boyce, Ann Pipkin e Ruth Collette. O curso tinha a duração de dois anos, com ênfase no estudo da Bíblia. Também havia aulas sobre o trabalho nos diversos departamentos da igreja, higiene, evangelismo pessoal, missões, canto, órgão e datilografia. Devido às limitações de espaço, durante o período em Recife a matrícula ficou restrita a 15 alunas.

Em 1949, a escola recebeu parte da oferta de aniversário das senhoras da PCUS, no valor de 45 mil dólares, destinada à compra de um terreno e à construção de uma sede própria. A missão decidiu transferir a ETBM para Garanhuns, fato motivado em parte pela existência do Colégio 15 de Novembro naquela cidade, o que auxiliaria na formação do corpo docente. O terreno foi adquirido em 1951, nas proximidades do referido colégio; no ano seguinte foi adotado o nome Instituto Bíblico do Norte (IBN). A construção se deu em 1953-1954, sendo as novas e amplas instalações inauguradas no dia 1º de maio de 1955. A capela recebeu o nome do Rev. William Neville, que havia supervisionado a construção do edifício. O Rev. Arehart novamente ocupava a direção, sendo vice-diretora a missionária Charlotte Taylor.

A vasta propriedade incluía o prédio da administração e salas de aula, um grande dormitório para moças, um dormitório menor para rapazes e uma fazenda experimental. Visto que, após a conclusão do curso, um bom número de alunos voltava para a vida no campo, foi criado um curso especial de um ano que incluía treinamento em agricultura. A mudança para Garanhuns também possibilitou a criação de um curso básico ou de preparatórios para alunos que não tinham preparo suficiente para acompanhar o curso bíblico. O novo curso ficou a cargo da professora Aretusa Gueiros Pessoa, que no final de 1958 concluiu um curso de pós-graduação nos Estados Unidos.

Ao mesmo tempo, foram recebidos os primeiros rapazes, num total de seis, que desejavam dedicar suas vidas ao serviço de Cristo como evangelistas e obreiros leigos. O corpo docente também incluía Julia Pratt Taylor, que retornou ao Brasil em 1956, a convite da missão, tendo servido por dois anos e meio. Era viúva do Rev. George Washington Taylor Jr., falecido no início de 1936, que havia sido diretor do Colégio 15 de Novembro. Em 1959 o corpo discente totalizava 34 alunos. Nesse ano, foi construído o anfiteatro, também idealizado pelo Rev. Neville, com capacidade para 200 pessoas. Foi fundada a escola experimental, sob a direção da professora Aretusa Gueiros, visando atender as crianças menos favorecidas dos bairros da cidade.

Em 1960, elevou-se o nível educacional dos alunos a serem admitidos, passando a ser exigido o curso oficial de admissão. Caso o aluno não tivesse esse curso poderia fazê-lo no prazo de um ano no próprio IBN. O exame de admissão era uma exigência para se cursar o Ginasial e a Escola Normal Rural. Em 1965, foram aprovados os estatutos do IBN e a administração passou a ter maior participação do Conselho Deliberativo do que da Missão Norte do Brasil. O Conselho Deliberativo é, atualmente, o órgão de direção superior do IBN, formado por sete membros efetivos e sete suplentes, indicados pela Igreja Presbiteriana do Brasil e pelos sínodos da região, com mandato de quatro anos.

Em 1966, o IBN participou da Cruzada ABC, com a responsabilidade de formar professores. A cruzada financiava as bolsas dos alunos que queriam se preparar para a alfabetização de adultos. Nesse período, houve um aumento significativo no número de matrículas. Em 1968, foram admitidas 80 alunas, muitas das quais residiam no Colégio 15 de Novembro, visto não haver acomodações suficientes no IBN. A década de 70 apresentou muitas dificuldades. Desde 1969, a Cruzada ABC deixou de enviar bolsistas, de modo que grande parte do sustento financeiro continuou a vir da Missão presbiteriana. Ao entrar a nova década, a Missão teve de cortar parte dos subsídios destinados ao IBN e chegou-se a discutir a possibilidade de fechamento da instituição.

Em 1975, a viúva do Rev. Neville (Mary) criou nos Estados Unidos o Fundo Escolar Hap Neville, que financiava bolsas para o IBN. No ano seguinte, parte da propriedade foi vendida, sendo o dinheiro investido em benefício da escola. Em 1978, foi fundado o Instituto Bíblico Samuel Falcão como extensão das atividades do IBN. Esse instituto tinha como diretor o Rev. Edijéce M. Ferreira e como coordenadora a missionária Elisa González Pierre (Elisa Goodson). O IBSM tornou-se independente do IBN em 1980.

Em meados da década de 70, dentre os moços que passaram pelo IBN havia 17 pastores e 11 evangelistas. Das ex-alunas, mais de 30 eram esposas de pastores. Havia também professores em todos os níveis, enfermeiras, diretores de orfanatos, assistentes sociais e coordenadores de educação cristã e de música em igrejas locais. Eram oferecidos quatro cursos: Curso Bíblico Intensivo de um ano para concluintes do 2º grau; Curso de Música de dois anos para concluintes do 1º ou 2º graus; Curso Bíblico-Científico de três anos para alunos que também estudavam no Colégio 15 de Novembro, e Curso Bíblico-Pedagógico de três anos para os que estudavam no Colégio Municipal de Garanhuns.

O Curso de Música, que visava preparar organistas, regentes de corais e coordenadores do programa musical de igrejas locais, era dirigido pela missionária Margaret Morrison, conhecida por seu talento na execução da harpa. O coro de sinos do IBN era muito procurado para tocar nas igrejas. Todos os alunos tinham atividades especiais nos domingos, ensinando em escolas dominicais de congregações e fazendo visitas evangelísticas. Havia a Semana de Missões, Semana de Aulas Especiais e um Minicurso para Escritos Evangélicos, dirigido pela professora Juracy Fialho Viana e Miss Ann Farr Pipkin. Participavam do corpo docente os dois ministros presbiterianos da cidade, Revs. Gerson da Rocha Gouveia e Nisan Baía.

Em 1978, retornou para os Estados Unidos a diretora do instituto, missionária Charlotte A. Taylor (1913-1993), após 34 anos no Brasil, quase todos passados no IBN, sendo substituída interinamente por Ann Pipkin. O instituto tinha 42 alunos de dez estados. No ano seguinte, assumiu a direção o Rev. Frank Musick. Em 1983, as propriedades do instituto foram nacionalizadas, sendo transferidas para o Conselho Deliberativo e para a Igreja Presbiteriana do Brasil. A partir dessa data, a IPB assumiu maior responsabilidade no sustento do IBN, embora esporadicamente ainda continuem a chegar verbas dos Estados Unidos.

Ao longo de quase quatro décadas da fase missionária, foram os seguintes os dirigentes do instituto: Edwin R. Arehart (1945, 1955-62), Charlotte Taylor (1946-48, 1950, 1952-54, 1963-64, 1972-78), Edla Gabriel de Oliveira (1949), Ann Farr Pipkin (1951, 1979), Aretuza Gueiros Pessoa (1965-70), Edna Teixeira (1971), Frank Musick (1979-82, 1984) e Paul Coblentz (1983). Além dos nomes já mencionados, outros missionários que trabalharam no IBN foram Alfreda Hinn, Charles Ansley, Douglas e Sheila Barrick, Ella Koroch, Elizabeth Musick, Farris McDaniel Goodrum, James Chang, James e India Maner, Mary Garland Taylor (irmã de Charlotte), Mary Sullivan, Olin Coleman, Adele Coblentz e Virginia Gartrell.

Após a nacionalização, o IBN teve como diretores os Revs. Ivaldo Buarque Calado, Lindberg Clemente de Morais, Maely Ferreira Vilela, Luiz Augusto Correa Bueno, José Ernando Pereira de Vasconcelos e Edson Dantas de Oliveira. Desde o início de 2011, esse cargo é exercido pelo Rev. Milton César Oliveira da Silva, um ex-aluno da casa.

Atualmente o Conselho Deliberativo é composto pelos seguintes integrantes: Rev. Cilas Cunha de Meneses (presidente), Rev. Jadilson de Oliveira Silva (vice-presidente), Rev. Civaldo de Assis Almeida (secretário), Rev. Altino Firmino da Silva Júnior, Pb. Emídio George Gonzaga, Rev. Samuel Vitorino da Silva e Rev. Zenaldo Nunes de Andrade. Eles representam os Sínodos de Garanhuns (Rev. Samuel), Pernambuco (Rev. Cilas), Central de Pernambuco (Rev. Civaldo), Agreste Sul de Pernambuco (Rev. Zenaldo) e o Supremo Concílio (os demais).

O IBN oferece os seguintes cursos: Plantador de Igreja (CPI), com duração de três anos; Preparação de Obreiros (CPO), oferecido no mês de julho durante três anos, e Música Sacra (CMS), de dois anos. O internato tem capacidade para 55 alunos, embora até 70 sejam hospedados por ocasião do CPO. O pessoal é composto de 11 funcionários e 8 professores. A situação financeira é estável: embora não haja meios para a adequada manutenção e aperfeiçoamento da ampla propriedade, os recursos disponíveis são suficientes para as atividades regulares da escola.

Passados 77 anos desde sua fundação, o IBN continua fiel ao propósito de preparar obreiros de ambos os sexos para servirem a causa de Cristo no Nordeste e em outras partes do Brasil. Deus continue abençoando o IBN para honra e glória dEle.










sábado, 30 de abril de 2022

Ataques de Grupos armados causam 1.900 mortes na Nigéria entre Janeiro e Março de 2022

 
Quem não perdeu entes queridos para a violência está deslocado pelo país por causa dela

O número de assassinatos foi contabilizado entre janeiro e março de 2022

A violência de extremistas islâmicos tem castigado a Nigéria nos últimos anos. De janeiro até final de março de 2022, 1.900 nigerianos foram assassinados durante ataques dos jihadistas. De acordo com a análise da empresa de pesquisa SBM Intelligence, a região mais afetada pelo terrorismo foi o Noroeste, com 782 mortes, depois vem o Nordeste com 441 e em seguida o Centro-Norte, também conhecido como Cinturão Médio, com 425 pessoas assassinadas.

Em 19 de abril, pelo menos 20 pessoas foram mortas ou feridas em um ataque do ISWAP em um mercado em Iware, uma cidade no Leste da Nigéria. Em um comunicado publicado no Telegram, o grupo radical disse que “soldados do califado no centro da Nigéria” atacaram “uma reunião de cristãos infiéis”, informou a Reuters. No domingo anterior, extremistas fulanis atacaram dez comunidades no estado de Plateau, na região centro-norte da Nigéria, matando mais de 150 pessoas.

Unindo forças para o mal

De acordo com o diretor de pesquisa da Portas Abertas, os ataques recentes a um trem que viaja do Aeroporto Internacional de Abuja e Kaduna, bem como batalhas com forças do governo, indicam uma colaboração entre os diferentes grupos violentos. “Parece que o país está agora tendo que enfrentar um poderoso monstro de três cabeças,  já que Boko Haram, ISWAP, extremistas fulanis e os criminosos estão evidentemente agindo em cooperação uns com os outros.”

Após os assassinatos em massa em Plateau, o ministro da Informação do Estado, Lai Mohammed, disse aos repórteres que os ataques foram resultado de “uma espécie de aperto de mão profano entre bandidos e insurgentes do Boko Haram”.

Embora a violência afete a todos, os cristãos costumam ser alvos específicos por causa de sua fé. Este ano, a Nigéria subiu duas posições na Lista Mundial da Perseguição 2022, agora é o 7º  país onde os cristãos sofrem mais violência no mundo.

Socorra cristãos na Nigéria

Você pode demonstrar que os cristãos vítimas de violência na Nigéria não estão sozinhos. Ajude a suprir as principais necessidades de nossos irmãos e a reconstruir comunidades cristãs. Doe!

Pedidos de oração

  • Clame para que a paz do Senhor seja derramada em toda a Nigéria e a população consiga viver sem medo.
  • Peça que os entes queridos dos nigerianos que morreram sejam consolados por Deus e supridos nas necessidades físicas, emocionais e espirituais.
  • Interceda para que as autoridades tenham sabedoria e consigam conter a onda de violência que tem destruído o país.
  • Ore para que os intentos dos grupos radicais sejam frustrados. Que o Senhor faça justiça e alcance pessoas-chave da liderança deles.
  • Fonte: Portas Abertas

sexta-feira, 29 de abril de 2022

Pedro: Transformado para Servir

 



João 21

A queda de Pedro foi muito triste, mas a sua restauração foi maravilhosa, onde podemos ver a graça incomparável do Senhor Jesus para com o pobre pecador.

Este capítulo é dedicado, basicamente, ao apóstolo Pedro, companheiro de ministério muito próximo de João (At 3:1). João não desejava terminar seu Evangelho sem contar aos leitores que Pedro havia sido restaurado a seu apostolado. Sem essas últimas informações, seria difícil entender a posição tão proeminente que Pedro ocupa nos doze primeiros capítulos do Livro de Atos.

Neste capítulo podemos aprender algumas lições como cristãos transformados pela graça de Deus, cada uma, com uma respectiva responsabilidade, como:

 1 . PESCADORES DE HOMENS – DEVEMOS OBEDECER AO SENHOR (Jo 21:1-8)

O Senhor havia instruído seus discípulos a se encontrarem com ele na Galileia, o que explica por que estavam no mar da Galileia ou mar de Tiberíades (Mt 26:32; 28:7-10; Mc 16:7). Mas João não diz por que Pedro decidiu ir pescar, e os estudiosos da Bíblia não apresentam um consenso quanto a essa questão. Alguns afirmam que estava fazendo algo perfeitamente legítimo, pois, afinal, precisava pagar suas contas, e a melhor maneira de levantar seu sustento era pescar. Por que ficar ocioso? Mãos à obra!

Talvez a impulsividade e a presunção de Pedro estivessem se revelando novamente. Foi sincero, trabalhou com afinco noite toda, mas não obteve resultados – como acontece com alguns cristãos na obra do Senhor! Acreditam sinceramente que estão fazendo a vontade de Deus, mas seu trabalho é em vão. Estão servindo sem orientação de Deus e não podem esperar as bênçãos dele.

                Era hora de Jesus assumir o controle da situação, exatamente como havia feito quando chamou Pedro para ser seu discípulo. Disse-lhes onde lançar as redes, e eles obedeceram e pegaram 153 peixes! Nunca estamos longe do sucesso quando permitimos que Jesus dê as ordens e, normalmente, estamos mais próximos do sucesso do que imaginamos.

2 . PASTORES – DEVEMOS AMAR AO SENHOR (Jo 21:9-18 )

 Jesus encontrou-se com seus discípulos na praia, onde já havia preparado um café da manhã para eles. Essa cena toda deve ter trazido fortes memórias a Pedro e tocado sua consciência. Sem dúvida, se lembrou daquela primeira pescaria (Lc 5:1-11), talvez da ocasião em que Jesus alimentou os 5 mil com pão e peixe (Jo 6). Foi no final desse último acontecimento que Pedro fez sua confissão explícita de fé em Jesus Cristo (Jo 6:66-71). As brasas na areia provavelmente o lembravam do braseiro junto ao qual havia negado ao Senhor (Jo 18:18). É bom recordar o passado, pois podemos ter algo a confessar.

O elemento-chave é o amor de Pedro pelo Senhor, e esse também deve ser o elemento central hoje. Mas a que Jesus se referia quando perguntou: “Amas-me mais do que estes outros?” Essa pergunta provavelmente queria dizer: “Você me ama – como você mesmo afirmou – mais do que os outros discípulos me amam?” A imagem muda, então, do pescador para o pastor, Pedro estava sendo restaurado. Pedro deveria ministrar tanto como evangelista (pegando peixes) quanto como pastor (cuidando do rebanho). É triste separar essas duas coisas, pois devem sempre andar juntas.

Por certo, o Espírito Santo prepara os que devem servir como pastores e coloca essas pessoas nas igrejas (Ef 4:11 ss), mas cada cristão, como indivíduo, também deve ajudar a cuidar do rebanho. Cada um de nós recebeu um ou mais dons do Senhor, e devemos usar o que ele nos deu para ajudar a proteger e aperfeiçoar o rebanho. As ovelhas têm a tendência de se perder, portanto devemos cuidar uns dos outros e nos exortar mutuamente.

3 . DISCÍPULOS – DEVEMOS SEGUIR AO SENHOR (Jo 2 1 : 1 9 – 2 5 )

Jesus havia acabado de falar sobre a vida e o ministério de Pedro e, agora, trata de sua morte. Pedro deve ter estremecido ao ouvir o Senhor discutir sua morte de maneira tão clara. Sem dúvida, Pedro sentia-se alegre por ter sido restaurado à comunhão e ao apostolado. Por que, então, falar do martírio?

  Um pouco antes, naquela manhã, Pedro “cingiu-se” e lançou-se ao mar rumando para a praia (Jo 21:7). Um dia, alguma outra pessoa o cingiria – e o executaria (ver 2 Pe 1:13,14). Diz a tradição que, de fato, Pedro foi crucificado, mas que pediu para ser colocado de ponta cabeça na cruz, pois não era digno de morrer exatamente da forma como seu Mestre havia morrido.

                 Jesus Cristo transformou a de seus discípulos, e ainda hoje transforma vidas. Onde quer que encontre alguém que creia e que esteja disposto a sujeitar-se a sua vontade, a ouvir sua Palavra e a seguir seu caminho, começa a transformar essa pessoa e a realizar coisas extraordinárias por meio dela.

Exceto pelos relatos bíblicos, Pedro e João saíram de cena há séculos, mas nós ainda estamos aqui. Trata-se de um grande privilégio e de uma responsabilidade enorme! Só seremos bem-sucedidos à medida que permitimos que o Senhor nos transforme.

Ad. Pr. Eli Vieira

Igreja permanece firme no Afeganistão: “O Talibã pode nos tirar tudo, menos nossa fé”

 

Os crisãos no país continuam resistindo, após 8 meses da volta do grupo islâmico. (Foto: Heart4Iran).

Os cristãos secretos no país continuam resistindo, após 8 meses da tomada do poder pelo grupo islâmico.

Após oito meses da retomada do grupo extremista Talibã ao governo do Afeganistão, a situação continua crítica para os cristãos que ficaram no país. 

A Missão Portas Abertas classificou o Afeganistão como a nação mais perigosa para ser um seguidor de Cristo, ultrapassando a Coreia do Norte e alcançando o 1° lugar da Lista da Perseguição 2022.

De acordo com o Mission Network News, o povo afegão continua enfrentando crise econômica e violações dos direitos humanos por parte dos radicais islâmicos. 

“Era difícil para os crentes antes, mas ficou mais difícil (hoje). Eles (Talibã) estão vasculhando as [casas] de porta em porta; eles têm um posto de controle em todos os lugares, verificando os telefones, os aplicativos, as mensagens”, relatou o cristão afegão Hossein*, que trabalha com a Heart4Iran, uma organização missionária que apoia a igreja subterrânea no Oriente Médio. 

E completou: “Eu vi um vídeo apenas alguns dias atrás, e eles estavam batendo em alguém que não frequentava a mesquita”.

Para o cristão, o grupo extremista aperfeiçoou suas táticas de domínio. “O Talibã não mudou nada desde 20 anos atrás, mas uma coisa mudou: eles aprenderam a manipular; como falar com o mundo e fazer o que eles quiserem”, avaliou.

Apesar do aumento da perseguição islâmica, a Igreja no Afeganistão tem resistido e continua anunciando o Evangelho. “As pessoas ainda defendem o Senhor. Muitas deixaram o país, mas ainda há muitos (crentes) dentro do país”, disse Hossein.

Em uma região não revelada, ele e sua esposa continuam discipulando os cristãos. O líder pede que os irmãos em todo mundo orem pela proteção da igreja subterrânea afegã. “Este é o pedido de oração mais [importante] para nós”, declarou.

“O Talibã pode tirar tudo de nós, mas não podem tirar o amor de Deus. Eles não podem tirar nossa fé”, ressaltou Hossein. 

O cristão secreto também pediu oração para que o Senhor providencie mais obreiros para a igreja. “Precisamos aumentar nossa equipe para servir melhor”, explicou ele.

“Precisamos investir mais [para que os cristãos] se tornem discípulos, não apenas crentes; porque o crente pode ser facilmente mudado, mas quando ele se torna um discípulo, isso é diferente”.

*Nome alterado por razões de segurança.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE MISSION NETWORK NEWS

sexta-feira, 22 de abril de 2022

Você precisa Crer para Vencer

 

Gideão você precisa Crer para Vencer

Juízes 7.1-25


    Warren Wiersbe disse: “Lembro-me de poucas mensagens que ouvi na capela quando era seminarista, mas nunca me esqueci de uma pregação de Vance Havner que me deu ânimo em muitas ocasiões. Ao falar sobre Hebreus 11, disse que, pelo fato de Moisés ser um homem de fé, podia “ver o invisível, escolher o imperecível e fazer o impossível”. Ainda hoje nós precisamos ouvir mensagens assim que nos desafiam a viver pela fé´. Mas vivemos em uma atualidade onde homens de fé parecem que estão faltando hoje na igreja, especialmente notáveis por glorificar a Deus por meio de grandes atos de fé.
    Lembre-se de que a fé não depende de como nos sentimos, daquilo que vemos nem do que pode acontecer.
    O relato tão conhecido e empolgante da vitória de Gideão sobre os midianitas é, na verdade, uma história de fé que nos desafia a crermos na palavra de Deus e a viver esta palavra de maneira prática em nossos dias. Este texto nos revela três princípios importantes sobre essa fé. Se queremos ser vencedores e não vencidos diante dos inimigos que estão diante de nós, precisamos ver o que a Palavra de Deus nos ensina nesse texto.
1 . DEUS PROVA NOSSA FÉ ( JZ 7 :1-8 )
Quando olhamos para o texto de Juizes 7,1-8 podemos contemplar Deus provando a fé de Gideão ao falar-lhe sobre a quantidade de pessoas que se encontrava com ele, e assim levou Gideão a fazer uma peneirada daqueles soldados
    A primeira peneirada (vv. 1-3). Deus testou a fé de Gideão ao peneirar os 32 mil voluntários até que restaram apenas trezentos homens. Se a fé de Gideão tivesse sido do tamanho de seu exército, então não teria sobrado muita coisa depois das peneiradas de Deus! Menos de 1% do contingente inicial acabou seguindo Gideão até o campo de batalha. As palavras de Wisnton Churchill sobre a Força Aérea Britânica na Segunda Guerra Mundial certamente se aplicam aos “trezentos homens de Gideão: “No campo dos conflitos humanos, nunca tanta gente deveu tanto a tão poucos”.
    Deus explicou a Gideão o motivo de estar diminuindo seu exército: não queria; que e os soldados se vangloriassem de que haviam vencido os midianitas. As vitórias alcançadas pela fé glorificam a Deus, pois ninguém é capaz de explicar como ocorreram. “Se você é capaz de explicar o que está acontecendo em seu ministério, então é porque não foi Deus quem fez”, disse o Dr. Bob Cook. Quando trabalhava no mistério Mocidade para Cristo, costumava: ouvir os líderes pedirem em suas orações: Senhor, mantenha sempre o trabalho de Mocidade para Cristo funcionando à base de milagres”. Isso era viver pela fé.
    Ao ordenar que os soldados temerosos que voltassem para casa, Gideão estava apenas obedecendo à lei que Moisés havia dado: Qual o homem medroso e de coração tímido? Vá, torne-se para casa, para que o coração de seus irmãos se não derreta como o seu coração” (Dt 20:8). “Deus não pode usar homens trêmulos e temerosos”, disse C . Campbell Morgan. “O problema hoje em dia é que os homens trêmulos e temerosos insistem em permanecer no exército. Uma redução de membros que peneira da igreja os amedrontados e vacilantes é um ganho imenso e glorioso”.1
    Não se pode confiar numa fé não testada. Costuma-se pensar que a fé não passa de um “sentimento cheio de calor e de aconchego” ou, quem sabe, há os que simplesmente “acreditam na fé”. De acordo com J. G. Stipe, a fé é como uma escova de dente: todo mundo deve ter uma e usá-la com frequência, mas não é recomendável usar a de outra pessoa.
    Podemos cantar em alta voz sobre a fé dos antigos, mas não podemos exercitar a fé de nossos pais. Podemos seguir homens e mulheres de fé e participar de seus grandes feitos, mas não teremos sucesso em nossa vida pessoal dependendo apenas da fé de outrem.
Há pelo menos dois motivos pelos quais Deus prova a nossa fé: em primeiro lugar, a fim de nos mostrar se nossa fé é verdadeira ou se não passa de uma imitação e, em segundo lugar, a fim de fortalecer nossa fé para as tarefas que colocou diante de nós. Deus, muitas vezes, nos faz passar pelo vale da provação antes de permitir que alcancemos o ápice da vitória. Spurgeon estava certo quando disse que as promessas de Deus brilham mais forte na fornalha da aflição, e é ao nos apropriarmos dessas promessas que alcançamos a vitória.
    As vitórias alcançadas pela fé glorificam a Deus, pois ninguém é capaz de explicar como ocorreram. “Se você é capaz de explicar o que está acontecendo em seu ministério, então é porque não foi Deus quem fez”, disse o Dr. Bob Cook. Quando trabalhava no mistério Mocidade para Cristo, costumava: ouvir os líderes pedirem em suas orações: Senhor, mantenha sempre o trabalho de Mocidade para Cristo funcionando à base de milagres”. Isso era viver pela fé.
    Com frequência somos como o rei Uzias, que “foi maravilhosamente ajudado, a medida que se tornou forte. Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína” (2 Cr 26:15, 16). As pessoas que vivem pela fé conhecem suas fraquezas e, cada vez mais, dependem de Deus para lhes dar forças. “Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte” (2 Co 12:10).
O orgulho depois da batalha toma do Senhor a glória que lhe é devida, e o medo durante a batalha toma dos soldados do Senhor a coragem e o poder. O medo costuma se espalhar, e um único soldado temeroso é capaz de causar mais estrago do que um regimento inteiro de soldados inimigos.
    O medo e a fé não podem conviver por muito tempo no mesmo coração. Ou o medo vence a fé e desistimos, ou a fé conquista o medo e triunfamos. É possível que John Wesley estivesse pensando no exército de Gideão quando disse: “Dê-me um exército de cem homens que não temem coisa alguma a não ser o pecado e que não amam coisa alguma a não ser Deus e farei estremecer as portas do inferno!”.2
    A segunda peneirada (vv. 4-8). Deus fez os dez mil homens que haviam restado do exército de Gideão passarem por mais um teste ao pedir-lhes que bebessem água de um rio. Nunca sabemos quando Deus está nos testando com alguma experiência comum da vida. Ouvi falar de um pastor titular de uma igreja que sempre andava de carro com os candidatos à vaga de pastor assistente no carro deles, só para ver se o carro estava bem cuidado e se o candidato dirigia com cuidado. É discutível se o asseio e o cuidado ao dirigir garantem que alguém seja bem sucedido em seu ministério, mas se trata de uma lição que vale a pena considerar. Mais de um candidato a emprego já acabou com suas chances de ser contratado durante um almoço com o possível chefe por não perceber que estava sendo avaliado. “Faça de toda ocasião uma grande ocasião, pois nunca sabe quando alguém o está avaliando para algo mais elevado.” Quem disse isso foi um homem chamado Marsden e, há muitos anos, tenho sua citação – agora amarelada pelo tempo – debaixo do vidro de minha mesa de trabalho. Sempre me fez bem refletir sobre essa frase.
    A meu ver, Deus escolheu esse método para peneirar o exército, pois era simples, despretensioso (nenhum soldado sabia que estava sendo testado) e fácil de ser aplicado.Só depois dessa identificação é que os homens descobriram que haviam sido testados. “Porque para o S e n h o r nenhum impedimento há de livrar com muitos ou com poucos” (1 Sm 14:6).
    Algumas igrejas hoje se encantam com as estatísticas e acreditam que são fortes por terem muitos membros e recursos, mas os números não são garantia da bênção de Deus. Moisés assegurou os israelitas de que, se obedecessem ao Senhor, um soldado perseguiria mil e “dois [fariam] fugir dez mil” (Dt 3 2 :3 0 ). Assim, Gideão só precisava de 27 soldados para derrotar todo o exército midianita com seus 135 mil homens (Jz 8 :1 0 ), mas Deus lhe deu trezentos. Juízes 7:14 deixa claro que os midianitas conheciam Gideão e, sem dúvida, estavam observando todos os seus movimentos. Muitas vezes me pergunto o que os espias inimigos pensaram quando viram o exército israelita aparentemente se desfazer. Isso deixou os midianitas ainda mais confiantes e, portanto, descuidados? Ou será que seus líderes ficaram ainda mais alertas, imaginando se Gideão estava armando uma estratégia complicada para pegá-los?
    Em sua graça, Deus deu a Gideão mais uma promessa de vitória: “Com estes trezentos homens que lamberam a água eu vos livrarei” (v. 7). Gideão, ao apropriar-se dessa promessa e seguir as instruções do Senhor, derrotou o exército inimigo e trouxe à terra uma paz que durou quarenta anos (8:28).
    Os soldados que voltaram para casa deixaram parte de seu equipamento com os trezentos homens, de modo que cada um tivesse uma tocha, uma trombeta e um cântaro – armas estranhas para um combate.
2 . DEUS ENCORAJA SEU SERVO (JZ 7:9-15A )
O Senhor queria que Gideão e seus trezentos homens atacassem o acampamento inimigo durante a noite, mas primeiro teve de tratar do medo que persistia no coração de Gideão. Deus já havia dito três vezes a Gideão que daria a vitória a Israel (Jz 6:14, 16; 7:7) e o havia tranqüilizado com três sinais especiais: o fogo de uma rocha (6:19-21), a lã molhada (6:36-38) e a lã seca (6:39,40 ). Depois de toda essa ajuda divina, Gideão deveria ter se fortalecido em sua fé, mas não foi o que aconteceu. Como devemos ser gratos por Deus nos entender e não nos condenar por nossos medos e dúvidas! Ele sempre nos dá sabedoria e não nos repreende quando continuamos pedindo (Tg 1:5). Nosso grande Sumo Sacerdote no céu identifica-se conosco em nossas fraquezas (Hb 4:14-16) e continua a dar mais graça (Tg 4:6). Deus se lembra de que somos apenas pó (Sl 103:14) e carne (Sl 78:39).
    Deus estimulou a fé de Gideão de duas maneiras. Por meio de mais uma promessa (v. 9). O Senhor disse a Gideão pela quarta vez que havia entregue o exército midianita em suas mãos. (Observar o tempo verbal; ver também Js 6:2.) Ainda que precisassem lutar na batalha, os israelitas já haviam vencido! Os trezentos homens poderiam atacar o exército inimigo certos de que Israel seria vitorioso.
    Os cristãos que crêem nas promessas de Deus e que o vêem fazer grandes coisas são conduzidos à humildade por saberem que o Deus do universo cuida deles e está a seu lado.
A esperança e o amor são virtudes cristãs importantes, mas o Espírito Santo dedicou um capítulo inteiro do Novo Testamento -Hebreus 11 – às vitórias conquistadas pela FÉ por pessoas comuns que ousaram acreditar em Deus e agir em função de suas promessas .Pode soar como um chavão para alguns, mas o velho ditado é verdadeiro: “Se Deus diz, eu creio e ponto final!”
    Através de mais um sinal (vv. 10-14).Gideão e seu servo precisaram de coragem para entrar no território inimigo e aproximar-se do acampamento midianita o suficiente para ouvir a conversa dos dois soldados. Deus havia dado um sonho a um dos soldados, e esse sonho informou Gideão de que Deus entregaria os midianitas em suas mãos.
    O Senhor já havia comunicado esse fato a Gideão, mas dessa vez o comandante de Israel ouviu-o da boca do inimigo! A melhor maneira de obter a orientação de Deus é pela sua Palavra, pela oração e pela sensibilidade ao Espírito, enquanto observamos as circunstâncias.
    Uma vez que a cevada era um cereal usado principalmente pelos pobres, a imagem do pão de cevada com relação a Gideão e seu exército referia-se a sua condição fraca e humilde. Trata-se de um pão seco e duro que podia girar feito uma roda – uma comparação nada elogiosa! O homem que interpretou o sonho não fazia ideia que estava proferindo a verdade de Deus e encorajando o servo do Senhor. Gideão não se importou de ser comparado com um pão seco, pois soube com certeza que Israel derrotaria os midianitas e livraria a terra da servidão.
    É relevante o fato de Gideão ter se detido para adorar ao Senhor antes de fazer qualquer coisa. Estava tão sobrepujado pela bondade e misericórdia de Deus que se curvou com o rosto em terra em sinal de submissão e de gratidão. Josué fez a mesma coisa antes de tomar a cidade de Jericó (Js 5:1 3-1 5), e se trata de uma boa prática a ser seguida hoje. Antes de ser guerreiros vitoriosos, precisamos nos tornar adoradores sinceros.
3 . DEUS HONRA A FÉ DOS SEUS SERVOS(JZ 7:15b – 25 )
De que maneira Deus recompensou a fé de Gideão? Deus lhe deu sabedoria para preparar o exército (7:15b-18). Quando Gideão e seu servo voltaram para o acampamento israelita, Gideão era um novo homem. Seus medos e dúvidas se dissiparam, enquanto ele mobilizava seu pequeno exército e enchia de coragem o coração dos soldados com suas palavras e ações. ” O S e n h o r entregou o arraial dos midianitas nas vossas mãos”, anunciou aos homens (Jz 7:1 5). Como Vance Havner disse, a fé vê o invisível (vitória numa batalha que ainda não havia ocorrido) e faz o impossível (vence a batalha com poucos homens e com armas incomuns).
    O plano de Gideão era simples porém eficaz. Deu a cada um de seus homens uma trombeta para tocar, um cântaro para quebrar e uma tocha para acender. Os israelitas iriam rodear o acampamento inimigo com as tochas dentro dos cântaros e segurando as trombetas. Essas trombetas eram, na verdade, chifres de carneiro (o shofar), como os que Josué usou em Jericó, e essa relação com aquela grande vitória talvez tenha ajudado a animar Gideão e seus homens ao enfrentar a batalha. Quando Gideão desse o sinal, os homens tocariam as trombetas, quebrariam os cântaros, revelariam as tochas e gritariam: “Espada pelo Senhor e por Gideão!”, e Deus faria o resto.
    Gideão era o exemplo que deveriam seguir. “Olhai para mim […] fazei como eu fizer […] como fizer eu, assim fareis” (Jz 7:1 7). Gideão havia feito um bocado de progresso desde que Deus o havia encontrado escondido no lagar! Não o ouvimos mais perguntando: “Se […] por que […] onde?” (Jz 6:13). Não o vemos mais buscando um sinal. Antes, deu as ordens a seus homens com segurança, sabendo que o Senhor lhes daria a vitória.
    Alguém disse bem que as Boas Novas do evangelho são estas: não precisamos continuar do jeito que somos. Pela fé em Jesus Cristo, qualquer um pode ser transformado. “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Co 5:17).
    Deus pode pegar um homem cheio de dúvidas como Gideão e fazer dele um general! Deus lhe deu coragem para comandar o exército (vv. 19-22). Gideão conduziu seu pequeno exército da fonte de Harode (“estremecimento”) para o vale de Jezreel, onde todos se colocaram a postos ao redor do acampamento. Quando Gideão deu o sinal, todos tocaram os chofares, quebraram os cântaros e bradaram: “Espada pelo Senhor e por Gideão!” Vendo-se cercados pela luz repentina e por todo aquele barulho, os midianitas concluíram que estavam sendo atacados por um exército enorme e, portanto, entraram em pânico. O Senhor interveio e colocou um espírito de confusão no acampamento, de modo que os midianitas começaram a matar uns aos outros. Então, perceberam que a coisa mais segura a fazer era fugir.
    Deus lhe deu a oportunidade de aumentar seu exército (vv. 23-25). Era evidente que trezentos homens não poderiam perseguir um exército de milhares de soldados inimigos, de modo que Gideão chamou mais voluntários. Creio que muitos dos homens do primeiro exército de 32 mil responderam ao chamado de Gideão; até mesmo a tribo orgulhosa de Efraim foi ajudá-lo.
    Esses homens tiveram a honra de capturar e matar Orebe (“corvo”) e Zeebe (“lobo”), os dois príncipes de Midiã. A história de Gideão começa com um homem se escondendo num lagar (6:11), mas termina com o príncipe inimigo sendo morto num lagar.
A grande vitória de Gideão sobre os midianitas tornou-se um marco na história de Israel, não muito diferente da Batalha de Waterloo para a Grã-Bretanha, pois lembrou os israelitas do poder de Deus de livrá-los de seus inimigos. O dia de Midiã foi um grande dia do qual Israel jamais se esqueceria (Sl 83:11; Is 9:4; 10:26).
    A Igreja de hoje também pode aprender com esse acontecimento e ser encorajada por ele. Deus não precisa de um grande número de pessoas para realizar seus propósitos, como também não precisa de líderes com talentos especiais. Gideão e seus trezentos homens colocaram-se a serviço do Senhor, e ele os capacitou para que conquistassem o inimigo e trouxessem paz à terra de Israel.
Quando a igreja começa a depender da ‘ “grandiosidade” – grandes construções, grandes multidões, grandes orçamentos – , passa a depositar sua fé no lugar errado, e Deus não pode dar sua bênção.
Quando os líderes dependem de seu currículo acadêmico, aptidões e experiência em vez de Deus, então Deus os abandona e sai em busca de um Gideão.
    O importante é que estejamos à disposição de Deus, para ele nos usar como lhe aprouver. Podemos não entender inteiramente seus planos, mas devemos confiar inteiramente em suas promessas. É a fé em Deus que nos dá a vitória. Hoje você precisa crer para vencer os nossos grandes inimigos, o mundo, a carne e o diabo.

Pr. Eli Vieira

segunda-feira, 18 de abril de 2022

Obediência ao Senhor, a Chave para uma Vida Abençoada

 


Obediência ao Senhor, a Chave para uma Vida Abençoada

Texto: Dt 10:12 – 11:32

Na atualidade muitos querem receber e desfrutar das bênçãos de Deus, mas não querem viver em obediência a Deus. Se queremos ter uma vida abundante e verdadeiramente abençoada, nós precisamos viver em obediência ao Senhor. A  Palavra de Deus no livro de Deuteronômio é muito clara concernente a esse assunto.

As palavras: “Agora, pois, ó Israel” (Dt 10:12) constituem a transição a que Moisés chega ao encerrar essa parte de seu discurso, uma seção em que ele lembra o povo dos motivos para obedecer ao Senhor seu Deus. Não se tratava de um assunto novo, porém, ainda assim, era uma questão importante, e Moisés queria que todos compreendessem a mensagem e que não a esquecessem: A OBEDIÊNCIA POR AMOR AO SENHOR É A CHAVE DE TODA BÊNÇÃO.

Nem todos os ouvintes compreendem a mensagem da primeira vez, e alguns, mesmo que a entendam, podem esquecê-la. Os israelitas não carregavam Bíblias de bolso e tinham de depender de sua memória, de modo que a repetição era um recurso importante. 

O Deus que age, ensina ao seu povo que a obediência por amor ao Senhor é a chave de toda bênção, POR ISSO FALA AOS SEUS SERVOS. Neste momento eu quero pensar com você sobre o tema: Obediência a Deus, a chave para uma vida abençoada, isto implica que:

1-DEVEMOS OBEDECER, OS MANDAMENTOS DE DEUS (w. 12, 13). A sequência destes cinco verbos é significativa: temer, andar, amar, servir e guardar. O temor do Senhor é a reverência que lhe devemos pelo simples fato de ele ser Senhor. Tanto no Antigo como no Novo Testamento, a vida de fé é comparada a uma caminhada (Ef 4:1, 17; 5:2, 8, 15). Começa com um passo de fé quando confiamos em Cristo e entregamos nossa vida a ele, mas conduz a uma comunhão diária com o Senhor ao andarmos juntos pelo caminho que ele planejou. Essa caminhada cristã envolve progresso e também equilíbrio: fé e obras, solidão e comunhão, separação do mundo e ministério e testemunho para o mundo. A obediência ao Senhor é “para o [nosso] bem” (Dt 10:13), pois quando lhe obedecemos temos comunhão com ele, desfrutamos suas bênçãos e evitamos as consequências trágicas da desobediência.

O elemento central desse conjunto de cinco verbos é o amor, sendo que nessa parte de seu discurso Moisés emprega seis vezes termos relacionados a ele (Dt 10:12, 15, 19; 11:1, 13, 22). É possível temer e amar ao Senhor ao mesmo tempo? Sim, pois a reverência que demonstramos para com ele é uma forma amorosa de respeito que vem do coração. A palavra “coração” aparece cinco vezes nessa parte do discurso de Moisés (Dt 10:12, 16; 11:13, 16, 18), de modo que ele deixou claro que o Senhor quer mais do que obediência externa. Deseja que façamos a vontade dele de coração (Ef 6:6), uma obediência motivada pelo amor que alegra nosso Pai celestial. O amor é o cumprimento da lei (Rm 13:10); portanto, se amarmos a Deus, não será um fardo nem uma batalha lhe servir e guardar seus mandamentos. Esses cinco elementos são como partes de um motor, que devem ficar juntas e trabalhar em conjunto.

2-DEVEMOS OBEDEÇER PELO CARÁTER DE DEUS (VV. 14-22). O equilíbrio entre o temor do Senhor e o amor ao Senhor é resultado de uma compreensão cada vez maior dos atributos de Deus, sendo que esses atributos encontram-se descritos na Bíblia. Ele é o Criador (v. 14): “Tudo foi criado por meio dele e para ele” (Cl 1:16). Enquanto estavam vivendo no Egito, os israelitas viram o poder do Criador quando ele mandou fogo, granizo, escuridão, rãs, piolhos e até morte, provando que estava no controle de todas as coisas. Ele abriu o mar Vermelho para permitir que Israel fugisse e, depois, fechou as águas para que o exército egípcio não escapasse. Deu água da rocha e pão do céu. Quando o Criador do Universo é seu Pai, por que se preocupar?

Ao olhar para a criação, não ê difícil ver que existe um Deus poderoso e sábio, pois somente um Ser poderoso teria como criar algo do nada e somente um Ser sábio teria como fazê-lo de modo tão completo e maravilhoso e como mantê-lo funcionando em harmonia. Quer você olhe por um telescópio, quer por um microscópio, vai concordar com Isaac Watts:

Do chão que estou a pisar

As noites estreladas,

Para onde volto meu olhar.

Senhor, como tuas maravilhas são demonstradas!

A criação não revela claramente o amor e a graça de Deus, mas vemos esses atributos nas alianças que ele fez com seu povo (Dt 10:15, 16). Deus escolheu Israel porque o amava, e, por causa desse amor, entrou em aliança com ele, a fim de ser seu Deus e de abençoá-lo. O selo dessa aliança era a circuncisão, dada primeiramente a Abraão (Gn 1 7:9-14) e que devia ser realizada em todos os seus descendentes do sexo masculino. A circuncisão era tão importante para os judeus que eles se referiam aos gentios como “incircuncisos” ou “incircuncisão” (Jz 14:3; 1 Sm 1 7:26, 36; At 11:3; Ef 2:11). Contudo, Israel exaltou esse ritual físico a tal ponto que se esqueceu da realidade espiritual de que a circuncisão marcava-os como povo de Deus com privilégios e responsabilidades espirituais. A circuncisão não era uma garantia de que todo judeu iria para o céu (Mt 3:7-12). A menos que houvesse uma transformação interior, realizada por Deus em resposta a sua fé, a pessoa não pertenceria, necessariamente, ao Senhor (ver Dt 30:6), sendo que essa mensagem foi repetida pelos profetas (Jr 4:4; Ez 44:7, 9) e pelo apóstolo Paulo (Rm 4:9-12; ver At 7:51).

Infelizmente, a mesma cegueira espiritual ainda está presente em nosso meio hoje em dia, pois muitas pessoas crêem que o batismo, a profissão de fé, o fato de ser membro da igreja ou de participar da Ceia do Senhor garantem, automaticamente, sua salvação. Por mais importantes que sejam essas coisas, a certeza e o selo da salvação do cristão não estão em uma cerimônia física, mas sim na obra espiritual realizada pelo Espírito Santo no coração (Fp 3:1-10; Cl 2:9-12). A circuncisão dos judeus removia uma pequena parte da carne, mas o Espírito Santo despoja todo o “corpo da carne” e nos faz novas criaturas em Cristo (Cl 2:11). Os judeus do Antigo Testamento sabiam que faziam parte da aliança por causa de uma operação física. Os cristãos do Novo Testamento sabem que fazem parte de uma aliança por causa da presença do Espírito Santo dentro deles (Ef 1:13 e 4:30; Rm 8:9, 16).

O Deus que adoramos e servimos também é santo e justo. “Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” (1 Jo 1:5). Depois de atravessar o mar Vermelho, os israelitas cantaram: “Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos?” (Êx 15:11; ver também Sl 22:3 e Is 6:3). O amor de Deus recebe tanta ênfase hoje em dia que nossa tendência é esquecer de que se trata de um amor santo e de que “o nosso Deus é fogo consumidor” (Hb 12:29). Por ser santo, tudo o que Deus faz é justo, pois para Deus é impossível pecar. As pessoas podem acusá- lo de ser injusto quando as coisas não acontecem da forma como esperavam, mas um Deus santo não pode cometer injustiça alguma. Sua conduta é imparcial, e ele não pode ser subornado por nossas promessas ou boas obras. Deus tem um cuidado especial com os desamparados, especialmente as viúvas, os órfãos e os estrangeiros sem lar (Dt 27:19; Êx 22:21-24; 23:9; Lv 19:33; Sl 94:6; Is 10:2). Deus cuidou dos israelitas quando eram estrangeiros no Egito e esperava que eles cuidassem de outros estrangeiros quando Israel estivesse assentado em sua própria terra.

3-DEVEMOS OBEDEÇER PELO CUIDADO DE DEUS (10:21 – 11:7). As palavras “o que fez” ou semelhantes são usadas seis vezes nesse parágrafo, pois a ênfase é sobre os feitos poderosos de Deus em favor de seu povo, Israel, “a grandeza do Senhor , a sua poderosa mão e o seu braço estendido” (Dt 11:2). O que Deus fez por Israel?

Em primeiro lugar, quando eram escravos no Egito, Deus cuidou deles e multiplicou-os grandemente. Jacó e sua família fizeram sua jornada para o Egito, a fim de se juntarem a José (Gn 46), e setenta pessoas transformaram-se numa nação poderosa de cerca de dois milhões. Sem dúvida, Deus cumpriu a promessa que havia feito a Abraão de multiplicar sua descendência como as estrelas do céu e como o pó da terra (Gn 13:14-16; 15:5; 22:17; 26:4). Quando os israelitas estavam no Egito, viram o grande poder de Deus em ação contra o Faraó e contra a nação, quando Deus enviou sucessivos juízos que finalmente levaram à libertação de Israel. O poder de Deus não apenas devastou a terra e destruiu o exército do Faraó, como também demonstrou que Jeová era o Deus verdadeiro e que todos os deuses e deusas do Egito não passavam de ídolos parvos e impotentes. Uma vez que Israel se assentasse na terra, comemoraria a Páscoa todos os anos e se recordaria do que o Senhor havia feito por eles.

Moisés também lembrou a nova geração de que Deus havia cuidado deles durante o tempo em que vagaram pelo deserto, mas mencionou apenas um acontecimento específico: o julgamento de Deus sobre Datã e Abirão (Dt 11:5, 6; Nm 16; Jz 11). Um levita chamado Corá conseguiu o apoio de Datã, Abirão e de mais duzentos e cinquenta líderes para desafiar a autoridade de Moisés, pois Corá desejava que os levitas tivessem o privilégio de servir como sacerdotes. Isso era contra a vontade de Deus, de modo que Moisés e Arão entregaram a questão nas mãos do Senhor. Deus abriu a terra, que tragou os três rebeldes, e, então, o Senhor enviou fogo para destruir os duzentos e cinquenta líderes das tribos.

 Era importante que essa nova geração aprendesse a respeitar os líderes de Deus e a obedecer aos mandamentos do Senhor com relação ao sacerdócio. Ainda hoje, indivíduos arrogantes que desejam promover-se e ser “importantes” na igreja devem ter cuidado com a disciplina e o juízo de Deus (At 5:1-11; 1 Co 3:9-23; Hb 13:17; 2 Jo 9-12).

4- DEVEMOS OBEDEÇER PELAS PROMESSAS DA ALIANÇA DE DEUS (W. 8-25). A palavra-chave desta parte do discurso é “terra” e aparece pelo menos doze vezes, referindo-se à terra de Canaã que Deus havia prometido a Abraão e a seus descendentes quando entrou em aliança com ele (Gn 13:14-1 7; 15:7-21; 1 7:8; 28:13; 5:12; Êx 3:8). Canaã não era apenas a Terra Prometida pelo fato de Deus haver garantido a posse daquele território a Israel, mas era também a “terra das promessas”, pois naquele lugar Deus cumpriria muitas de suas promessas relacionadas a sua grande dádiva da salvação para o mundo todo. A terra de Israel serviria de palco em que se desenrolaria o grande drama da redenção. Lá o Salvador nasceria e viveria; lá morreria pelos pecados do mundo. Seria ressuscitado dos mortos e voltaria ao céu, e para seu povo nascido de novo naquela terra, ele enviaria a dádiva do Espírito Santo. A partir daquela terra, seu povo se espalharia para todo o mundo e transmitiria a mensagem da salvação.

Se Israel desejava possuir a terra, permanecer nela e desfrutá-la, deveria obedecer aos mandamentos de Deus, pois toda a terra de Israel pertence ao Senhor (Lv 25:2, 23, 38). Somente ele poderia abrir o rio Jordão para que Israel entrasse na terra, e somente ele poderia dar aos israelitas a vitória sobre as nações que já ocupavam Canaã. Essas nações eram mais fortes que Israel, e o povo vivia em cidades muradas. Contudo, mesmo depois que Israel entrasse em Canaã e que conquistasse a terra, não permaneceria lá nem desfrutaria sua herança se deixasse de ouvir a Palavra de Deus e de lhe obedecer. O mesmo princípio aplica-se aos cristãos de hoje: em Cristo temos “toda sorte de bênção espiritual” (Ef 1:3), mas não podemos nos apropriar delas nem desfrutá-las a menos que creiamos nas promessas de Deus e que obedeçamos a seus mandamentos.

A Terra Prometida era uma “terra de leite e mel”, mas se as chuvas não viessem nas devidas estações do ano, nada cresceria, e o povo morreria de fome; e somente Deus pode mandar a chuva.

O problema não era Deus nem a terra, mas sim o coração do povo. “Guardai-vos não suceda que o vosso coração se engane” (11:16). Se o povo abandonasse a adoração a Jeová, a ira do Senhor se acenderia, e ele mandaria sua disciplina. Se a idolatria contaminasse a terra, Deus teria de removê-los dela e de purificá-la, e foi o que fez quando enviou os judeus para o cativeiro na Babilônia. O instrumento mais eficaz para deter a idolatria era a Palavra de Deus (vv. 18-21; ver Dt 6:6-9), o tesouro que Deus deu a Israel e a nenhuma outra nação. Essa Palavra deveria governar a vida do povo e ser o assunto de suas conversas. Como vimos anteriormente, os judeus entenderam esse mandamento literalmente e fizeram filactérios para o braço e a testa, bem como mezuzás para as casas, mas não deixaram que a Palavra de Deus penetrasse em seu coração.

Os cristãos de hoje enfrentam o mesmo perigo. É muito mais fácil usar uma cruz de ouro no pescoço do que carregar a cruz de Cristo na vida diária, e pendurar um texto das Escrituras na parede de nossa casa é mais simples do que guardar a Palavra de Deus em nosso coração. Se amamos o Senhor e se nos apegamos a ele, vamos ansiar conhecer mais de sua Palavra e lhe obedecer em todas as áreas de nossa vida.

De que maneira nos apropriamos das bênçãos de Deus? Ao dar um passo de fé (Dt 11:24, 25). Foi isso o que Deus ordenou a Abraão (Gn 13:17), bem como a Josué (Js 1:3). Essa foi a promessa da qual Calebe se apropriou quando pediu sua herança na terra prometida (Js 14:6-15) e essa é a promessa da qual todos os cristãos devem se apropriar se esperam desfrutar as bênçãos que Deus tem para eles. Você não “toma posse da terra” ao estudar o mapa e sonhar com a conquista. Você toma posse ao dar um passo de fé, crer na Palavra de Deus e depender da fidelidade do Senhor. J. Hudson Taylor, fundador da China Inland Mission [Missão para o Interior da China], hoje chamada Overseas Missionary Fellowship, disse: “Como fazer para que a fé se fortaleça? Não lutando por ela, mas, sim, descansando sobre aquele que é fiel”.

 CONCLUSÃO:( 26-32).

A conclusão era que o povo precisava escolher se iria obedecer a Deus e desfrutar suas bênçãos ou se iria desobedecer-lhe e sofrer sua disciplina. Tinham opção de desfrutar a terra, de suportar o castigo na terra (Livro de Juizes) ou de ser expulsos da terra (cativeiro na Babilônia). Seria de se esperar que a escolha fosse fácil, pois quem iria querer a disciplina do Senhor?

Suas vitórias no futuro dependiam de suas decisões no presente, da determinação em seu coração de amar ao Senhor e de obedecer à sua Palavra. Logo estariam num campo de batalha, e somente a ajuda do Senhor lhes daria a vitória sobre o inimigo.

A oferta era simples: se obedecessem ao Senhor, ele os abençoaria; se desobedecessem, ele os disciplinaria. As dispensações de Deus podem mudar, mas seus princípios são sempre os mesmos, e um desses princípios é que Deus nos abençoa quando obedecemos e nos disciplina quando desobedecemos. Ao caminhar no poder do Espírito, superamos os desejos da carne, a retidão de Deus se cumpre em nós (Rm 8:4) e nunca ouvimos as vozes do monte Ebal.

Adaptado Pr. Eli Vieira

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