quarta-feira, 25 de maio de 2022

O PODER LIBERTADOR DO EVANGELHO

 


O PODER TRANSFORMADOR DO EVANGELHO

Mt 9.9-17

Josh McDowell se converteu depois de ser desafiado a investigar as evidências contra o cristianismo durante a faculdade.

Criado por um pai agressivo e abusado sexualmente desde os 6 anos de idade, Josh McDowell não tinha motivos para acreditar em Deus. Sua história começou a mudar depois que ele foi desafiado por estudantes cristãos de sua faculdade a investigar as evidências contra o cristianismo.

“Especificamente, eles me desafiaram a investigar as evidências da ressurreição. Eu pensei que era brincadeira. De fato, achei que seria fácil reunir as evidências que refutavam as afirmações de Cristo. Como gosto de um bom desafio, aceitei a oferta deles”, disse ele.

McDowell levou o desafio tão a sério que saiu de férias da universidade e viajou pelos Estados Unidos, Europa e Oriente Médio para estudar os manuscritos antigos e reunir provas contra o cristianismo.

“Após meses de estudo, voltei a uma pequena biblioteca na Inglaterra. Me recostei na cadeira, coloquei minhas mãos na parte de trás da cabeça e disse: ‘É verdade, realmente é verdade’”, reconheceu.

Quando McDowell voltou para a faculdade, sua busca chegou a uma conclusão. “Desnecessário será dizer que a minha pesquisa tomou um rumo inesperado. Eu me propus a desmentir a ressurreição histórica de Jesus, mas acabei me tornando um seguidor de Cristo”, destaca.

Depois que Jesus perdoa e cura um paralítico, mandando-o de volta para sua casa, ele convoca um homem rejeitado e odiado em Israel a deixar seu trabalho e segui-lo. Tanto em Marcos 2.14 quanto em Lucas 5.27, Mateus recebe o nome de Levi, embora este não ocorra em nenhuma das listas dos doze apóstolos (10.3; Mc 3.18; Lc 6.15; At 1.13). Ou Mateus é nome que se deu a Levi, quando se tornou discípulo, ou ambos os nomes pertencem à mesma pessoa, desde o começo.

A passagem em apreço ensina-nos algumas lições, como vemos a seguir.

1-NO EVANGELHO  CONTEMPLAMOS A GRAÇA DE JESUS AOS REJEITADOS (9.9)

 Jesus está ainda em Cafarnaum, cidade aduaneira, no caminho de Damasco para o Egito, rota por onde passavam grandes caravanas com suas mercadorias. Ali, Mateus tinha seu posto de coletoria. Ele cobrava impostos sobre os produtos que trafegavam por essa rota comercial, além de cobrar impostos dos barcos que cruzavam o lago para sair do território de Herodes. Os publicanos eram uma classe odiada em Israel. Trabalhavam para o império romano e, no exercício dessa profissão, extorquiam o povo, cobrando mais do que o estipulado. Eram vistos pelos judeus como traidores da pátria. Eram considerados gentios e pagãos por seus compatriotas. Tinham um enorme desfavor público. A. T. Robertson diz que os publicanos eram detestados porque praticavam extorsão.

Robert Mounce ajuda-nos ainda a compreender essa realidade, com as seguintes palavras:

Nos dias de Jesus os romanos impuseram pesados impostos sobre o povo, para todo tipo de coisas. Além dos três principais impostos (territorial, de renda e per capita), havia impostos sobre todas as mercadorias importadas. Todas as caravanas que utilizavam as principais estradas e todos os navios que aportavam eram taxados. Mateus era membro de um grupo desprezadíssimo de funcionários que cobravam impostos do povo judeu, entregando-os a Herodes Antipas, o tetrarca da Galileia e Pereia. Mateus com certeza instalara seu escritório à beira da grande estrada que ligava Damasco ao mar.

É a esse homem odiado pelo povo que Jesus chama para segui-lo. É a esse homem colaboracionista do império romano que Jesus convoca para ser um apóstolo. E esse homem que amealha riquezas cobrando pesados tributos ao povo que escreve o primeiro evangelho. A graça de Deus é surpreendente: alcança os inalcançáveis. Abre a porta da salvação para os rejeitados. John MacArthur Jr. diz que, segundo o padrão de seus dias, Mateus era o pecador mais vil e mais miserável em Cafarnaum. Sendo um publicano, era uma ferramenta voluntária a serviço do governo de Roma, ocupado com a tarefa odiosa de arrancar de seu próprio povo o dinheiro dos impostos. Mateus era visto como um traidor de Israel. Os publicanos não podiam entrar na sinagoga. Eram considerados animais imundos e tratados como porcos. Não podiam servir de testemunhas em nenhum julgamento, porque não eram de confiança. Eram contados como mentirosos, ladrões e assassinos. A tradição rabínica dizia que era impossível a um homem como Mateus arrepender-se.

Jesus não argumenta com Mateus; apenas ordena que ele o siga. O Senhor tem autoridade e a exerce. Sua voz é poderosa. Sua vontade é soberana.

Mateus não questiona nem adia sua decisão. Atende ao chamado de Jesus imediatamente. O texto diz: Ele se levantou e o seguiu. Oh, quão glorioso é o poder de Jesus para transformar homens da pior estirpe em vasos de honra! John Charles Ryle diz, corretamente, que Mateus atendeu prontamente ao chamado de Jesus e em consequência recebeu uma grande recompensa. Ele escreveu um dos evangelhos, um livro que se tornou conhecido em todo o mundo. Tornou-se uma bênção para outras pessoas. Deixou atrás de si um nome que é mais conhecido do que o nome de príncipes e reis. O homem mais rico do mundo, ao morrer, logo é esquecido. Porém, enquanto durar o mundo, milhões de pessoas conhecerão o nome de Mateus, o publicano.5 291 M ateus — Jesus, o Rei dos reis

2-O EVANGELHO ABRE AS PORTAS DA GRAÇA AOS QUE SE RECONHECEM PECADORES (9.10-13)

 Mateus não se contenta em seguir Jesus. Ele quer apresentar Jesus a seus amigos. Oferece um banquete a Jesus e convida seus amigos para um encontro com o seu senhor. Sua casa se enche de publicanos e pecadores. Quem é alcançado pela graça, não retém esse privilégio apenas para si. Quem foi alcançado, é também um enviado. Quem achou pão com fartura, anuncia isso a outrem.

 Os convidados de Mateus não eram pessoas respeitáveis aos olhos dos fariseus. Eram a escória da sociedade. As pessoas mais desprezadas da comunidade. Não podiam participar da sinagoga nem testemunhar nos tribunais. Os fariseus, como fiscais alheios, não perderam a oportunidade de participar também desse encontro. Estão ali para censurar Jesus mais uma vez. Se no caso do paralítico eles acusaram Jesus de blasfemar, colocando-se como Deus, agora o acusam de ter comunhão com pecadores e publicanos, a escória da sociedade (9.11).

 Lawrence Richards diz que a literatura rabínica contém diversas listas de profissões desprezadas. Proeminentes entre os proscritos, sociais, estavam os cobradores de impostos, ou publicanos, que obtinham o seu direito de cobrar impostos mediante urna oferta de dinheiro e depois extorquiam mais dinheiro do que era devido, para enriquecerem. Na cartilha dos fariseus, a graça era apenas para pessoas decentes como eles e jamais para pecadores e publicanos. Jesus, porém, como médico do corpo e da alma, via-se compelido a entrar em estreito contato com os desterrados sociais.Tom Hovestol está correto quando escreve: “O ápice de considerar-me justo é condenar os outros pelos pecados de minha alma”.

Jesus responde aos fariseus com ironia, mostrando que não eram os sãos que precisavam de médico, mas, sim, os doentes. Os sãos eram os fariseus, que viam a si mesmos como não padecendo nenhuma necessidade, embora a verdadeira condição deles fosse bem o contrário. Os doentes eram os marginalizados que reconheciam a necessidade de cura.

Jesus ensina, portanto, que só aqueles que se reconhecem doentes procuram um médico. Da mesma forma, só aqueles que se reconhecem pecadores buscam o abrigo de sua graça. Os fariseus se consideravam sãos e justos e, por isso, rejeitavam a graça. Jesus ainda ensina que a religiosidade pomposa daqueles que se consideram justos não é aceita por Deus. Ao contrário, Deus quer misericórdia, e não holocaustos. A citação é de Oseias 6.6. O ministério de Jesus entre os cerimonialmente inaceitáveis é um ato de misericórdia, algo que agrada mais a Deus do que a atenção cansativa devotada pelos fariseus às ofertas sacrificiais.

John MacArthur Jr. diz que a resposta de Jesus é um poderoso argumento triplo: apela para a experiência (ao comparar os pecadores a enfermos que precisam de um médico); para as Escrituras, fazendo voar pelos ares o orgulho dos fariseus, ao dizer-lhes: Ide, porém, e aprendei (9.13); e para sua autoridade pessoal, ao declarar: Não vim chamar justos e sim pecadores [ao arrependimento] (9.13; v. tb. Lc 3.32). É como se Jesus dissesse:

“Vocês afirmam que são justos, e recebo isso como uma autoavaliação. Mas, se é esse o caso, nada tenho a dizer-lhes, pois vim chamar pecadores ao arrependimento”.

Tom Hovestol diz oportunamente que, se entendermos corretamente o ataque que Jesus desferiu à tradição dos fariseus, a forma com que esmagou seu sistema, como ele destruiu as cercas que eles ergueram, como expôs a insinceridade velada deles, é fácil perceber de que maneira esse grupo passou a desprezá-lo. Na mente desses fariseus legalistas, eles eram justos e bons, enquanto os demais homens eram injustos e maus. Porém, nenhum homem pode ser realmente bom até que saiba quanto é mau ou quanto poderia sê-lo. Nenhum homem é bom até que tenha espremido de sua alma a última gota do óleo dos fariseus.

3-O EVANGELHO ABRE AS PORTAS DA GRAÇA PARA UMA VIDA DE JUBILOSA CELEBRAÇÃO (9.14,15)

No parágrafo anterior, a questão era se Jesus deveria estar comendo com marginais; agora a questão é se ele devia comer. Jesus está sendo questionado agora não mais pelos fariseus, mas pelos discípulos de João. Os discípulos querem saber por que eles jejuam, mas os discípulos de Jesus não o fazem. Ao responder, Jesus reafirma que o jejum é um exercício espiritual legítimo e que chegará o dia em que seus discípulos jejuarão, mas agora, enquanto está com eles, estão como numa festa de casamento, e esse não é um tempo para jejuar, mas para celebrar. A vida cristã não é um funeral, mas uma festa. Não é um rosário de tristeza, mas uma celebração de alegria.

Charles Spurgeon, nessa mesma toada, diz que Jesus é o esposo que veio para conquistar e ganhar sua noiva; aqueles que o seguiam eram os convidados, os melhores companheiros do noivo; eles deveriam regozijar-se enquanto o noivo estivesse com eles, pois a tristeza não é adequada para as bodas. Nosso Senhor é a nossa alegria; sua presença é o nosso banquete. Em sua presença, há plenitude de alegria; em sua ausência, há profundidade de miséria.

4-O EVANGELHO ABRE AS PORTAS DA GRAÇA PARA URNA VIDA TOTALMENTE NOVA (9.16,17)

 Robert Mounce diz que as duas ilustrações da vida diária salientam a descontinuidade essencial entre as antigas formas de adoração no judaísmo e o novo espirito da era messiânica. No contexto, o pano novo e o vinho fresco representam o espirito alegre do cristianismo. O vestuário velho e os odres também velhos representam as formas restritivas do antigo culto.  Vejamos.

Em primeiro lugar, a vida cristã não é uma mera reforma, mas uma vida absolutamente nova (9.16). A vida cristã não é um remendo novo numa estrutura velha. Não é a reforma de uma casa velha nem um verniz de religiosidade numa estrutura podre. O evangelho produz uma mudança radical. A graça é transformadora. Faz do pecador uma nova criatura. Tudo se faz novo. Charles Spurgeon é oportuno quando escreve:

Jesus não veio para reparar o manto desgastado de Israel, mas para trazer novas vestes .Seus discípulos não deveriam reparar a velha religião do judaísmo, que se tornou desgastada. Eles eram homens novos, que não haviam sido escolhidos pelo espírito da tradição [...]. Jesus não veio para consertar nossa velha religiosidade exterior, mas para fazer um novo manto de justiça para nós. Todas as tentativas de adicionar o evangelho ao legalismo somente servirão para piorar as coisas.

Em segundo lugar, a vida cristã não pode ser acondicionada numa estrutura arcaica (9.17).

O farisaísmo com o seu legalismo pesado era como um odre velho, que não podia suportar o vinho novo da mensagem do reino dos céus. O poder do evangelho não pode ser aprisionado em velhas e arcaicas estruturas eclesiásticas. O vinho novo da vida cristã rompe os odres velhos das tradições religiosas. Charles Spurgeon, nessa mesma linha de pensamento, diz que o judaísmo, em sua condição degenerada, era um odre velho que já havia passado de seu prazo de utilidade, e nosso Senhor não deitaria o vinho novo do reino dos céus nele.

Tasker diz que o vinho novo do perdão messiânico não seria conservado nos remendados odres do legalismo judaico. Concordo com Richards quando ele diz que nossas categorias teológicas não devem nunca ter a mesma autoridade que as Escrituras. A medida que cada geração enfrenta novos desafios, precisamos retornar à Palavra de Deus, pedindo ao Espírito Santo que abra nosso coração e nossa mente para compreender a aplicar sua verdade.

Fritz Rienecker diz, com razão, que essa palavra de Jesus tem máxima importância para todos os tempos. Mostra-nos quanto o Senhor ressaltou a importância da forma para o conteúdo. Revela com que clareza o Senhor reconheceu como imprescindível que a forma do cristianismo corresponda à sua natureza interior. Ou seja, não se pode colocar a forma acima da vida nem prender obstinadamente o espírito exuberante pela organização.

Há 20 anos, igrejas foram proibidas na Eritreia

 

Igreja Ortodoxa Eritreia é uma das únicas igrejas com permissão para funcionar na Eritreia

Além das três denominações aprovadas pelo governo, nenhuma outra igreja tem permissão para funcionar no país

Nesta data, 24 de maio, dia da independência da Eritreia, completa 20 anos desde que o governo proibiu todas as igrejas. Aquelas que não obedeceram à lei de 1997 para pedido de registro foram fechadas, exceto a Ortodoxa Eritreia, Católica e Evangélica Luterana. Já que completam-se 20 anos desde esse triste dia no país, pedimos aos cristãos brasileiros que orem pela Eritreia. O país ocupa a 6ª colocação na Lista Mundial da Perseguição 2022. Abaixo estão seis motivos para você interceder por essa nação africana.

  1. A Eritreia foi colonizada pelos italianos em 1885 e colocada sob administração militar britânica após os italianos se renderem na 2ª Guerra Mundial. Em 1952, uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) unificou a Eritreia com a Etiópia, apesar do pedido dos eritreus por independência. Dez anos depois da Etiópia ter anexado a Eritreia, teve início uma luta por independência, que a Eritreia ganhou em 1991. Em abril de 1993, os eritreus votaram em massa pela independência em um referendo. A Eritreia celebrou sua independência em 24 de maio de 1993. Foi uma longa jornada por liberdade. Mas a jornada ainda não encerrou. Agora, 29 anos depois, a democracia plena ainda não se materializou. Milhares de homens e mulheres sacrificaram suas vidas pela independência da Eritreia. Ore para que os líderes da Eritreia se lembrem que são responsáveis perante Deus e sejam inspirados a liderar seu povo de forma responsável e justa. Ore pelos cristãos eritreus e líderes de igrejas enquanto passam por dificuldades.
  2. A Eritreia, um pequeno país no Chifre da África, é jovem e conhecida por sua beleza natural, herança cultural e resiliência do povo. Eles lutaram pela independência contra todas as probabilidades e as superaram. Em 2023, o país completa 30 anos de independência. Entretanto, isso resultou em alguns desafios importantes, incluindo intensa perseguição aos cristãos. Ore pelos cristãos eritreus para que o amor que têm uns pelos outros aumente e que a fé cresça cada vez mais e esteja firme em todas as perseguições e tribulações.
  3. O governo enfrentou grandes desafios após a independência. Não havia Constituição, sistema judicial e instituições do governo. O sistema educacional precisou ser construído do zero. Em 1993, o governo provisório declarou um período de transição de quatro anos em que seria elaborada a Constituição, uma lei quanto a partidos políticos e imprensa, e conduzidas eleições para um governo constitucional. Uma comissão foi escolhida e por três anos consultou e elaborou a Constituição. O resultado desse trabalho foi aprovado em 1997. Infelizmente, 25 anos após ser aprovada, a Constituição ainda precisa ser implementada. Agradeça ao Senhor pelo trabalho de amor daqueles que escreveram a Constituição e pela liberdade que ela prevê para as pessoas. Peça a Deus para que a Constituição e a verdadeira democracia sejam implementadas.
  4. Durante as colonizações italiana e britânica, as igrejas na Eritreia desfrutaram de liberdade religiosa. O imperador Haile Selassie (1952-1974) queria apresentar a Etiópia para o mundo todo como uma nação cristã. Quando ele foi destronado pelo regime Derge, em 1974, o novo governo fechou as igrejas pentecostais e protestantes. Até a independência da Eritreia, em 1991, todos os grupos religiosos além da Igreja Copta, Evangélica Luterana, Católica e islâmicos se tornaram secretos e enfrentaram prisão e perseguição por parte do governo marxista. Após a independência, as igrejas secretas foram restauradas à liberdade estabelecida anteriormente de forma a continuar suas atividades religiosas. Louve a Deus pela presença da igreja na Eritreia e que ela seja sal e luz para a sociedade. Clame ao Senhor para que justiça e retidão invadam o país.
  5. Em 1997, o governo ordenou que todos os grupos religiosos, além das igrejas Ortodoxa Eritreia, Católica e Evangélica Luterana e islâmicos, se registrassem. As igrejas Presbiteriana, Metodista e Adventista do Sétimo Dia são exemplos de grupos que pediram o registro, mas até hoje não receberam resposta. Consultados para saber por que isso não ocorreu, oficiais dizem que o governo está em guerra com a Etiópia e não vê o processo de registro como prioridade. Agradeça ao pai pela fé preciosa dos cristãos eritreus e amor por Jesus Cristo. Interceda para que conforme a fé deles for testada, que ela esteja firme e que Deus receba glória como resultado.
  6. Desde o anúncio do fechamento das igrejas em 2002, autoridades começaram a ter como alvo igrejas domésticas e continuam prendendo cristãos. Muitos deles foram torturados por continuar com os cultos. Como resultado do severo tratamento nas prisões e recusa no tratamento a prisioneiros religiosos, diversos homens e mulheres morreram na prisão. O governo continua forçando cristãos na prisão a abandonarem a fé por meio de tortura física e psicológica. A perseguição afeta as igrejas não registradas, mas não é limitada a esses grupos. Até mesmo igrejas sancionadas e em conformidade enfrentam restrições e interferências. Louve ao Senhor porque a igreja na Eritreia tem provado não ter vergonha de Cristo. Ore para que por meio do testemunho dela, muitos sejam levados ao arrependimento e à fé.

Fonte: Portas Abertas

Casal de pastores é preso por levar 1000 hindus a Jesus

 








Pastor e sua esposa foram acusados de conversões forçadas. (Foto: The Quint)

Um vídeo mostra membros do grupo invadindo a casa do pastor na Índia.

Um pastor e sua esposa foram presos na quarta-feira (18) acusados de “conversões forçadas” em Karnataka, no sudoeste da Índia. A prisão aconteceu dia depois que o governador aprovou a Portaria do Direito à Liberdade Religiosa no estado.

O pastor Kuryichan V., 62 anos, e sua esposa Salenamma, 57 anos, foram presos depois que um grupo nacionalista prestou queixas à polícia, alegando que o pastor converteu à força 1000 trabalhadores das fazendas de café.PUBLICIDADE

Um vídeo mostra membros do grupo invadindo a casa do pastor no distrito de Kodagu e viralizou nas redes sociais. “Nos diga, quantas pessoas você converteu? Quanto dinheiro você coletou e onde estão suas contas bancárias?”, perguntou um homem no vídeo.

A polícia disse que o casal foi registrado sob a Seção 295 do Código Penal Indiano, que condena “atos deliberados e maliciosos, destinados a indignar os sentimentos religiosos de qualquer classe, insultando sua religião ou crenças religiosas”. 

“Se o governo emitir uma notificação no diário, nós vamos acusá-los com a nova lei anticonversão”, disse um policial, informou o Indian Express.

O que é a nova portaria?

A Portaria do Direito à Liberdade Religiosa de Karnataka foi aprovada pelo governador de Karnataka, Thawar Chand Gehlot, na terça-feira (17). O objetivo é evitar conversões com pena de prisão prevista de 3 a 10 anos.

Na quarta-feira, o arcebispo de Bengaluru, Peter Machado, disse que o governo de Karnataka decepcionou a população cristã no estado. 

“A comunidade cristã se sente traída quando seus sentimentos não são levados em conta e seus serviços nas áreas de educação, saúde e outras áreas sociais, para o bem-estar de todas as comunidades, não são levados em consideração”, disse ele.

O arcebispo disse que a comunidade cristã irá lutar para garantir democraticamente que esta lei não entre em vigor.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO INDIAN EXPRESS

terça-feira, 24 de maio de 2022

A Autoridade de Jesus Revelada na Purificação do Templo

 


O zelo de Jesus na purificação do Templo

Jo 2.13-22

Jesus sai de uma festa familiar e vai para a festa mais importante dos judeus, a festa da Páscoa, na cidade de Jerusalém. Naquela época, a população de Jerusalém, que girava em torno de cinquenta mil pessoas, quintuplicava. A Páscoa era a alegria dos judeus e ao mesmo tempo o terror dos romanos. Havia grande temor de conflitos e insurreições, uma vez que pessoas de todo o Império Romano se dirigiam a Jerusalém nessa semana. O templo era o centro nevrálgico dessa festa; e foi exatamente aí que Jesus agiu.

No casamento, Jesus exerceu misericórdia; no templo, exerceu juízo e disciplina. No casamento, ele transformou água em vinho; no templo, pegou o chicote e expulsou os cambistas. No entanto, o zelo intenso pela casa de seu Pai não é menos revelação da glória do Filho que sua participação no poder criador e doador de Deus ao realizar o milagre por ocasião das bodas. Um aspecto não pode ser dissociado do outro nem pode ser eliminado pelo outro. Somente na simultaneidade dos dois traços básicos Jesus revela o Deus verdadeiro, que ama o mundo com a entrega do melhor, e cuja ira, apesar disso, é manifesta com uma seriedade inflexível.

Alguns estudiosos afirmam que a purificação do templo descrita aqui no evangelho de João (2.13-22) é a mesma purificação realizada por Jesus no final do seu ministério e descrita pelos Evangelhos Sinóticos (Mt 21.12-16; Mc 11.13-18; Lc 9.4,46). Os fatos, porém, provam o contrário. O relato de João se dá no começo do ministério de Jesus, e o fato narrado pelos Evangelhos Sinóticos acontece no final de seu ministério. Nos Sinóticos, Jesus cita o Antigo Testamento como autoridade (Mt 21.13; Mc 11.17; Lc 19.46), mas, em João, ele usa suas próprias palavras. Os Sinóticos não mencionam a importante declaração de Jesus de que destruiria o templo e em três dias o reedificaria, declaração que mais tarde foi usada contra ele em seu julgamento no Sinédrio (Mt 26.61; Mc 15.58).

Charles Erdman diz que só havia um lugar e uma ocasião para nosso Senhor inaugurar de modo próprio o seu ministério público: o lugar devia ser Jerusalém, a capital, no templo, o centro da vida do povo e do culto; a ocasião devia ser a festa da Páscoa, a quadra mais solene do ano, quando a cidade se enchia de peregrinos de todas as partes da terra. Aqui Jesus deixa a vida privada para encetar sua carreira pública.

William Barclay explica que Jesus purificou o templo motivado pelo menos por três razões: 1) porque o templo, a casa de oração, estava sendo dessacralizada; 2) para demonstrar que todo o aparato de sacrifícios de animais carecia completamente de permanência; 3) porque o templo estava sendo transformado em covil de ladrões. O templo era formado por uma série de pátios que conduziam ao templo propriamente dito e ao Lugar Santo. Primeiro, havia o Pátio dos Gentios; logo depois, o Pátio das Mulheres; então, o Pátio dos Israelitas; e, depois, o Pátio dos Sacerdotes. Todo o comércio de compra e venda era feito no Pátio dos Gentios, o único lugar onde os gentios podiam transitar. Aquele pátio fora destinado aos gentios para que eles viessem meditar e orar. Aliás, era o único lugar de oração que os gentios conheciam. O problema é que os sacerdotes transformaram esse lugar de oração numa feira de comércio onde ninguém conseguia orar. O mugido dos bois, o balido das ovelhas, o arrulho das pombas, os gritos dos vendedores ambulantes, o tilintar das moedas, as vozes que se elevavam no regateio do comércio; todas essas coisas se combinavam para converter o Pátio dos Gentios em um lugar onde ninguém podia adorar a Deus.

Esse episódio nos ensina duas lições, que descrevemos a seguir.

Em primeiro lugar, a casa de Deus é lugar de adoração, e não de comércio (2.13-17). O único espaço aberto no templo a pessoas de “todas as nações” (além dos israelitas) era o pátio externo (às vezes chamado de Pátio dos Gentios); e, se essa área fosse ocupada para o comércio, não poderia ser usada para o culto. A ação de Jesus reforçou seu protesto verbal.38 Mudar o propósito da casa de Deus e instrumentalizá-la para auferir lucro é uma distorção intolerável. Isso provoca a ira de Deus. O mesmo Jesus que compareceu cheio de ternura ao casamento está, agora, irado no templo. Ele tem uma profunda paixão pela reverência. A casa de Deus havia sido profanada. Jeitosamente, transformaram-na em covil de ladrões e salteadores. O templo virou uma praça de negócios. O lucro, e não a face de Deus, era buscado avidamente.

Carson diz que, em lugar da solene dignidade e do murmúrio de oração, havia o rugido do gado e o balido das ovelhas. Em lugar do quebrantamento e da contrição, da santa adoração e da prolongada petição, havia apenas o barulho do comércio.39 A purificação do templo demonstra de forma eloquente a preocupação de Jesus com a verdadeira adoração e o correto relacionamento com Deus.

Precisamos entender o contexto para compreender a atitude de Jesus. A lei definia os animais a serem oferecidos nos sacrifícios. Deveriam esses peregrinos trazer esses animais de longas distâncias ou poderiam comprá-los na praça do templo? Deuteronômio 14.24-26 já havia permitido levar os dízimos em dinheiro em vez dos produtos agrícolas propriamente ditos. Além disso, havia o imposto do templo (Mt 17.24), que cada judeu devia pagar anualmente. Os sacerdotes, dissimuladamente, proibiam que dinheiro estrangeiro fosse aceito na compra de animais para o sacrifício. Os peregrinos que vinham de outras paragens precisavam trocar a moeda estrangeira com os cambistas do templo. O problema é que esses cambistas, em parceria com os sacerdotes, cobravam taxas abusivas dos adoradores, a fim de auferirem lucros mais expressivos. Com o tempo, o propósito não era mais facilitar a vida dos peregrinos, mas alcançar gordos lucros com o comércio dentro da casa de Deus. O dinheiro, e não a glória de Deus, era a motivação deles. A casa de Deus estava sendo profanada.

A reação de Jesus é contundente. Ele não usa apenas palavras para reprovar essa profanação, mas adota uma ação enérgica. O que move Jesus não é uma ira descontrolada, mas seu zelo pela casa do Pai (SI 69.10). Jesus fez uma faxina geral no templo. Expulsou os vendedores e os cambistas, virou as mesas e ordenou aos que vendiam pombas que as retirassem daquele lugar sagrado. Matthew Henry diz que Jesus nunca usou a força para levar alguém ao templo, mas somente para expulsar de lá aqueles que o profanavam.

Warren Wiersbe acrescenta que não apenas o vinho havia se esgotado no casamento, como também a glória havia deixado o templo. Werner de Boor tem razão em destacar que esse zelo pela casa de Deus podia “consumi-lo” em sentido mais profundo, levando-o à morte. Quando Jesus purificou o templo, acabou declarando guerra a esses líderes religiosos. William Hendriksen diz que, ao purificar o templo, Jesus atacou o espírito secularizado dos judeus, expôs sua corrupção e ganância e atacou seu espírito antimissionário, pois o Pátio dos Gentios havia sido construído para que estes pudessem adorar o Deus de Israel (Mc 11.17), mas Anás e seus filhos o estavam usando para propósitos pessoais. Isso havia sido planejado como bênção para as nações, e, finalmente, se cumpriu a profecia messiânica (SI 69 e Ml 3). Jesus tocou no bolso dos sacerdotes que governavam o templo. Por isso, eles se tornaram inimigos cruéis. Foram os sacerdotes administradores do templo que prenderam Jesus e o levaram à morte. De fato, o zelo da casa de Deus o consumiu!

Em segundo lugar, a casa de Deus é lugar de contemplar Jesus, o verdadeiro santuário de Deus entre os homens (2.18­ 22). Jesus não apenas purificou o templo, mas também o substituiu, cumprindo seus propósitos. Quando pediram a Jesus um sinal de sua autoridade, ele deu como exemplo sua morte e ressurreição. A morte e a ressurreição de Jesus são os argumentos mais eloquentes e decisivos em favor de sua pessoa divina e de sua missão redentora. Jesus veio para substituir o templo. Sua morte varreu dos altares os animais do sacrifício. Com sua morte e ressurreição, cessaram todos os sacrifícios cerimoniais. Ele veio para oferecer um único e irrepetível sacrifício. Ele morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação. Agora, a verdadeira adoração não tem mais que ver com a geografia do templo. Devemos adorar a Deus em espírito e em verdade.

Com sua vinda, Jesus estava colocando fim a toda forma de adoração arranjada pelos homens, colocando em seu lugar a adoração espiritual. A ameaça de Jesus era: A adoração de vocês com pomposos rituais, incensos aromáticos e pródigos sacrifícios de animais chegou ao fim. Eu sou o novo templo, onde pessoas do mundo inteiro podem vir e adorar o Deus vivo em espírito e em verdade.45

Carson corrobora essa ideia:

E o corpo humano de Jesus que unicamente manifesta o Pai e torna-se o ponto focal da manifestação de Deus ao homem, a habitação viva de Deus sobre a terra, o cumprimento de tudo o que o templo significava e o centro de toda a verdadeira adoração (contra todas as outras reivindicações de lugar santo). Nesse templo, o sacrifício definitivo aconteceria; após três dias de sua morte e sepultamento, Jesus Cristo, o verdadeiro templo, levantar-se-ia dos mortos.46

Os judeus e até mesmo os discípulos não compreenderam a linguagem de Jesus. E à luz da ressurreição que podemos entender a Bíblia e interpretar as palavras e afirmações de Cristo. Erdman diz que, como a morte de Jesus envolvia a destruição do templo literal e o respectivo culto, da mesma forma a sua ressurreição asseguraria a ereção de um santuário espiritual, mais verdadeiro, que era sua igreja. Desse modo, em lugar de um ritual de fórmulas, sombras e tipos, erigir-se-ia uma religião de culto mais verdadeiro e de comunhão mais real com Deus. Werner de Boor é oportuno quando escreve:

O verdadeiro e incontestável “sinal” da autoridade de Jesus, apesar de todos os demais milagres, é — tanto em João quanto nos sinóticos (Mt 12.38-40) – que ele rendeu dessa maneira sua vida e que receberá de volta dessa maneira, pela ressurreição dentre os mortos, a sua vida e sua glória. Somente a morte de Jesus e sua ressurreição hão de demonstrar seu poder divino de uma maneira tal que surja a fé em Jesus até entre as fileiras dos sacerdotes (At 6.7).48

Herodes, o Grande, mandou substituir o pequeno templo construído após o cativeiro babilónico (Ag 2.1-3) por um edifício suntuoso e magnificente no ano 20 a.C. Esse magnífico templo ainda não estava plenamente concluído na época de Jesus, o que só aconteceu no ano 64 d.C.49 Já se haviam passado 46 anos que a obra estava em andamento. Os judeus ressaltaram esse fato. As palavras de Jesus não foram compreendidas por eles nem mesmo pelos discípulos. Pensaram que Jesus estivesse falando de uma conspiração para derrubar o templo, o centro da adoração judaica. Viram-no como um revolucionário iconoclasta. Acusaram-no diante do Sinédrio fazendo menção desse caso (Mt 26.59-61). Alguns do povo usaram essas palavras para zombar de Jesus, quando ele morria na cruz (Mt 27.40). Os inimigos de Jesus e até seus discípulos não conseguiram ver o antítipo no tipo; ou, pelo menos, não discerniram que o físico simbolizava o espiritual. O templo, junto com toda a sua mobília e suas cerimônias, era somente um tipo, destinado à destruição (SI 40.6,7; Jr 3.16).50

O evangelho de João usou várias figuras para enfatizar a morte de Cristo. A primeira delas está em João 1.29, mostrando Jesus como o Cordeiro de Deus que morre substitutivamente pelo seu povo. A segunda é a figura da destruição do templo, evidenciando que sua morte violenta terminaria em ressurreição vitoriosa (2.19). A terceira figura é a da serpente de bronze erguida por Moisés no deserto (3.14), mostrando o Salvador feito pecado por nós. A quarta figura mostra Jesus como o bom pastor que voluntariamente dá sua vida por suas ovelhas (10.11-18). Finalmente, temos a figura da semente que precisa morrer para frutificar abundantemente (12.20-25). Se o corpo de Cristo é o templo que foi destruído em sua morte, Jesus estava profetizando o fim do sistema religioso judaico. O sistema legal chegou ao fim, e a “graça e a verdade” vieram por meio de Cristo. Ele é o novo sacrifício (1.29) e o novo templo (2.19). A nova adoração dependerá da integridade interior, e não da geografia exterior (4.19-24).51

Em terceiro lugar, a onisciência de Jesus manifestada no conhecimento dos corações (2.23-25)

A atuação pública de Jesus não começa na Galileia, mas em Jerusalém, a capital da religião judaica. Muitas pessoas, ao verem seus milagres operados em Jerusalém, naqueles sete dias de festa da Páscoa, creram nele, mas com uma fé deficiente e insuficiente. Até mesmo Nicodemos, um mestre entre o povo, ficou impactado com os sinais operados por Jesus (3.2). Carson diz que, infelizmente, a fé que eles tinham era espúria, e Jesus sabia disso. Diferentemente de outros líderes religiosos, Jesus não podia ser enganado por bajulação, seduzido por elogios ou surpreendido por ingenuidade.

O problema é que essas pessoas viram Jesus apenas como um operador de milagres. Creram nele apenas para as coisas desta vida. Não acreditaram nele como o Cristo, Filho de Deus. Jesus conhecia os corações e sabia que essa fé temporária não era a fé salvadora. Concordo com Warren Wiersbe quando ele diz: “Uma coisa é reagir a um milagre; outra bem diferente é assumir um compromisso com Jesus Cristo e permanecer em sua palavra (8.30,31)”. Tasker é claro nesse ponto: “Embora eles cressem em Jesus, Jesus não cria neles. Jesus não tinha fé na fé deles. Jesus considerou toda a crença que depositavam nele como algo superficial, desprovida do mais essencial elemento, a necessidade de perdão e a convicção de que Jesus somente é o mediador do perdão”.

Werner de Boor tem razão em ressaltar que Jesus “conhece” não apenas Natanael, vendo-o numa hora especial de sua vida (1.47-49), mas conhece “todos”, todos em Jerusalém que estão entusiasmados com seus milagres e “confiam” nele, mas enganam a si mesmos e não sabem qual é a sua verdadeira situação.

MacArthur alerta do perigo de confundir a fé salvadora com a fé espúria. A diferença entre a fé espúria e a fé salvadora é crucial. E a diferença entre a fé viva e a fé morta (Tg 2.17); entre o ímpio que irá para a condenação e o justo que entrará na vida eterna (Mt 25.46), entre aqueles que ouvirão: Muito bem, servo bom e fiel […] participa da alegria do teu senhor! (Mt 25.21) e aqueles que ouvirão: Nunca vos conheci; afastai-vos de mim, vós que praticais o mal (Mt 7.23).56

Jesus não pode confiar-se aos homens; pode apenas morrer por eles. Entre Jesus e nós, há uma grande distância. Ele conhece o nosso coração e as nossas motivações. E não se deixa enganar. Ele jamais confunde trigo com joio, pois conhece verdadeiramente suas ovelhas.

Texto extraído do Comentário de João do Pr. Hernandes D. Lopes

Igreja da Escócia aprova casamento gay e remove as palavras “marido” e “esposa”

 

A Igreja da Escócia toma uma decisão antibíblica. Pare e pense, a que situação chegou a Igreja da Escócia!!!

Muitos membros da Assembleia Geral se manifestaram contra, lembrando que a decisão não é bíblica.

Nesta segunda-feira (23), a Igreja da Escócia aprovou o casamento gay durante sua Assembleia Geral. A denominação protestante, de orientação reformada e afiliada ao presbiterianismo, sancionou uma nova lei, permitindo que seus ministros celebrem casamentos de pessoas do mesmo sexo.

A mudança também retirou as palavras “marido” e “esposa” da Lei de Reconhecimento de Serviços de Casamento, de 1977. Agora, a legislação afirma que: PUBLICIDADE

“A solenização do casamento na Igreja da Escócia é realizada por um ministro ou diácono ordenado em uma cerimônia religiosa em que, diante de Deus, e na presença do ministro ou diácono e pelo menos duas testemunhas competentes, as partes se comprometem a tomar um ao outro em casamento enquanto ambos viverem, e o ministro ou diácono declara que as partes estão casadas”.

O casamento gay na denominação protestante recebeu 274 votos a favor e 136 contra. Segundo o relatório da Assembleia, 29 presbitérios apoiaram a mudança e catorze se opuseram, declarando que “o que está sendo proposto é contrário ao ensino das Escrituras e causaria mais divisão dentro da Igreja da Escócia”.

Durante o debate, os defensores do casamento homoafetivo argumentaram que a denominação estava prejudicando os “cristãos LGBT” ao impedir que se casassem na igreja, “tornando as pessoas indesejadas”.

O reverendo Scott Rennie, que está em uma relação homossexual e que luta pela aceitação de ministros gays na igreja há 13 anos, afirmou que estava animado com a aprovação da maioria.

“Meu casamento com meu marido, Dave, nutre minha vida e meu ministério e, francamente, não acho que poderia ser um ministro desta igreja sem seu amor e apoio”, ressaltou Rennie.

Outro ministro, Craig Dobney, revelou que mudou de posição, antes contrária ao casamento homoafetivo, após ser rejeitado por sua comunidade local ao se recusar a ordenar um clérigo gay. 

“Eu me preocupo que nossas igrejas tenham se tornado irrelevantes para nossas comunidades”, disse.

Decisão antibíblica 

Muitos membros da Assembleia Geral se manifestaram contra a aprovação, lembrando que a nova legislação não era bíblica. 

O reverendo Phil Gunn, ministro da Igreja Paroquial de Rosskeen, afirmou que a Igreja da Escócia estava “afirmando em alto e bom som que a Bíblia, a Palavra de Deus, não é mais nossa autoridade, que não há problema em escolhermos o que gostamos e ignorar o resto, que não há problema em reescrever as Escrituras para que pareçam boas aos olhos de uma sociedade que já pensa que somos hipócritas”.

O reverendo Alistair Cook também protestou contra a medida, declarando que continuará se referindo ao casamento como a união entre um homem e uma mulher. Para ele, a questão não é uma escolha individual dos ministros, mas se trata de um posicionamento da denominação.

“Essa é uma mudança teológica profunda para a igreja”, lamentou ele.

Já o reverendo Ben Thorp chamou atenção para a divisão e tensão que a mudança vai causar na igreja. E lembrou que os ministros e presbitérios que são contrários poderão se tornar alvos de ativistas LGBT.

“Não será o fim da jornada. Isso não vai parar o declínio da igreja. Não nos tornará subitamente mais atraentes para os mais jovens. Continuaremos divididos”, avaliou Ben.

A votação da Assembleia Geral acontece em um contexto de queda no número de casamentos e de membros da instituição.

A Igreja da Escócia é a segunda demonimação protestante no país a aprovar o casamento gay. A primeira foi Igreja Episcopal Escocesa, que é anglicana, que aprovou a união homoafetiva em 2017, contrariando a posição bíblica de sua irmã, a Igreja da Inglaterra.

De acordo com o The Guardian, a Igreja do País Gales indicou que pode seguir o mesmo caminho nos próximos anos. Os Metodistas, Quakers e a Igreja Reformada Unida já realizam cerimônias de casamento entre pessoas do mesmo sexo.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CHRISTIAN TODAY E THE GUARDIAN

Um Novo Começo

 

Uma nova história

Gênesis 12:1-9

O jornalista e dramaturgo irlandês George Bernard Shaw brincou dizendo: “Se os outros planetas são habitados, então devem estar usando a Terra como seu manicômio”.

 Podemos achar esse comentário engraçado, mas ele nos faz lembrar de um fato triste: o mundo encontra-se num estado de caos, e as coisas não parecem estar melhorando. Qual é o problema?

A origem de tudo isso remonta aos acontecimentos registrados no Livro de Gênesis. Com exceção do relato nos capítulos 1 e 2, os onze primeiros capítulos de Gênesis registram uma sucessão de erros dos seres humanos, erros estes que estão se repetindo nos dias de hoje. Primeiro, o homem e a mulher desobedeceram a Deus e foram expulsos do jardim (cap. 3). Caim matou seu irmão, Abel, e mentiu sobre o que havia feito (cap. 4). A humanidade tornou-se tão corrompida que Deus limpou a Terra com um dilúvio (caps. 6 – 8). Noé embriagou-se, e seu filho, Cam, viu a nudez do pai (cap. 9). Rebelando-se contra Deus, os seres humanos construíram uma cidade e uma torre, e Deus precisou mandar confusão para acabar com essa rebelião (cap. 10).

Desobediência, homicídio, engano, bebedeira, nudez e rebelião parecem coisas bem atuais, não é? Se você fosse Deus, o que você faria com tais pecadores, homens e mulheres criados à sua imagem? “Provavelmente eu os destruiria!” poderia ser sua resposta.

Mas não foi isso o que Deus vez. Antes, chamou um homem e sua esposa para que deixassem seu lar e fossem para uma nova terra, de modo que pudessem dar um recomeço à humanidade. Em consequência do chamado de Deus e de sua fé obediente, Abraão e Sara, em última análise, propiciaram ao mundo a nação judaica, a Bíblia e o Salvador. Onde estaríamos hoje se Abraão e Sara não tivessem confiado em Deus?

Consideremos os elementos envolvidos em sua experiência.

  1. UM CHAMADO (Gn 12:1a)

Quando Deus chamou. A salvação vem porque Deus, em sua graça, chama o pecador, o qual responde pela fé (Ef 2:8, 9; 2 Ts 2:1 3, 14). Deus chamou Abraão do meio da idolatria (Js 24:2) quando se encontrava em Ur dos caldeus (Gn 11:28, 31; 15:7; Ne 9:7), uma cidade dedicada a Nanar, o deus Lua. Abraão não conhecia o verdadeiro Deus e não havia feito nada para merecer conhece-lo, mas, em sua graça, Deus o chamou. “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros” (Jo 15:16).

Abraão tinha setenta e cinco anos quando Deus o chamou, de modo que a idade não é obstáculo para a fé. Ele confiou em Deus durante cem anos (Gn 25:7), e hoje podemos aprender com sua experiência a andar pela fé e a viver de modo agradável a Deus.

Abraão era casado com Sara, sua meia irmã (Gn 20:12), e não tinham filhos. No entanto, Deus usou esse casal para fundar uma grande nação! “Porque era ele [Abraão] único, quando eu o chamei, o abençoei e o multipliquei” (Is 51:2). Por que Deus chamaria um casal nada promissor como esse para uma tarefa tão importante? Paulo dá a resposta em 1 Coríntios 1:26-31.

Como Deus chamou. “O Deus da glória apareceu a Abraão, nosso pai” (At 7:2). Não nos é dito como Deus apareceu a Abraão, mas, de acordo com o registro de Gênesis, foi a primeira de sete vezes que Deus se comunicou com Abraão. A revelação de Deus deve ter mostrado a Abraão a vaidade e insensatez da idolatria em Ur. Quem iria querer adorar um ídolo morto depois de ter um encontro com o Deus vivo? 1 Tessalonicenses 1:9, 10 e 2 Coríntios 4:6 descrevem essa experiência de salvação.

 No entanto, Deus também falou a Abraão (Gn 12:1-3), e a Palavra realizou o milagre da fé. “Assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” ‘Rm 10:17). Foi um chamado para que Abraão se separasse da corrupção a seu redor, e ele obedeceu pela fé (Hb 11:8). A verdadeira fé baseia-se na Palavra de Deus e conduz à obediência. Deus não poderia abençoar e usar Abraão e Sara a menos que estivessem no lugar onde o Senhor queria que estivessem (2 Co 6:14 – 7:1).

Por que Deus chamou. Há pelo menos três motivos pelos quais Deus chamou Abraão e Sara. Em seu amor, Deus estava preocupado com a salvação deles, de modo que revelou sua glória e compartilhou com eles suas bondosas promessas. Mas, além da salvação pessoal deles, o propósito de Deus era abençoar todos os povos da Terra. Isso aconteceu quando Deus enviou seu Filho ao mundo por meio do povo de Israel. Cristo morreu pelos pecados do mundo (1 Jo 2:2; 4:14) e quer que sua Igreja conte as boas novas da salvação a toda a Terra (Mc 16:15).

 Existe, porém, um terceiro motivo: a vida de Abraão é um exemplo para todos os cristãos que desejam andar pela fé. Abraão foi salvo pela fé (Gn 1 5:6; Rm 4:1-5; Gl 3:6-14) e viveu pela fé (Hb 11:8-19), e essa fé ficou evidente em sua obediência (Tg 2:14-26). Abraão obedeceu quando não sabia onde (Hb 11:9, 10), como (vv. 11, 12), quando (v. 13-16) nem por que (vv. 17-19), e nós devemos fazer o mesmo.

Abraão e Sara não eram perfeitos, mas, de modo geral, sua caminhada caracterizou-se pela fé e pela fidelidade. Quando pecaram, sofreram por isso, e o Senhor mostrou-se sempre pronto a perdoá-los quando se arrependeram. “A vida cristã vitoriosa”, disse George Morrison, “é uma série de recomeços”. Ao estudar a vida de Abraão e Sara, você verá o que é fé e como andar pela fé. Descobrirá que, quando você confia no Senhor, nenhuma provação é impossível de vencer e nenhum fracasso é permanente.

 2 . UMA ALIANÇA (Gn 12:1-3)

A fé não se baseia em sentimentos, apesar de, sem dúvida, as emoções fazerem parte da experiência de fé em certas ocasiões (Hb 11:7). A verdadeira fé baseia-se na Palavra de Deus (Rm 10:17). Deus falou a Abraão e disse o que faria para ele e por meio dele, se ele confiasse e obedecesse. “Grandes vidas são moldadas por grandes promessas”, escreveu Joseph Parker, e certamente esse foi o caso de Abraão e Sara. A aliança de Deus concedeu-lhe a fé e as forças de que precisavam para uma vida toda de peregrinação.

Não somos salvos ao fazer promessas a Deus. Somos salvos ao crer nas promessas de Deus. Foi Deus quem, em sua graça, deu sua aliança a Abraão, e ele respondeu com fé e obediência (Hb 11:8-10). A maneira como você responde às promessas de Deus determina aquilo que ele fará na sua vida.

A Bíblia registra várias alianças de Deus, começando com a promessa de um Redentor, em Gênesis 3:15, e culminando com a nova aliança por meio do sangue de Jesus Cristo (Lc 22:20; Hb 8). A palavra hebraica traduzida por “aliança” tem vários significados: (1) comer com alguém, o que sugere comunhão e concordância; (2) atar ou acorrentar, o que significa compromisso; e (3) distribuir, o que sugere compartilhar. Quando Deus faz uma aliança, entra num acordo e compromete-se a cumprir suas promessas. Trata-se de um ato da mais pura graça. Deus não deu a Abraão motivos ou explicações. Deu-lhe, simplesmente, uma promessa: “Te mostrarei […] de ti farei […] te abençoarei […] abençoarei os que te abençoarem” (Gn 12:1-3). Deus prometeu mostrar-lhe uma terra, fazer dele uma grande nação e usar essa nação para abençoar o mundo todo. Deus nos abençoa para que possamos ser uma bênção para outros, e sua grande preocupação é que o mundo todo seja abençoado. A comissão missionária da Igreja não começa com João 3:16 nem com Mateus 28:18-20. Começa com a aliança entre Deus e Abraão. Somos abençoados para que sejamos uma bênção.

Deve ter sido difícil para Abraão e Sara crerem que Deus iria abençoar o mundo todo por meio de um casal idoso e sem filhos, mas foi exatamente o que ele fez. Deles procedeu a nação de Israel, e de Israel procedeu a Bíblia e o Salvador. Deus reafirmou sua aliança com Isaque (Gn 26:4) e Jacó (Gn 28:14) e cumpriu-a em Cristo (At 3:25, 26). Ao longo dos anos, Deus ampliou diversos elementos dessa aliança, mas deu a Abraão e Sara elementos suficientes da verdade para que cressem nele e partissem pela fé.

Podemos ver que em sua jornada Abrão fez concessões (Gn 11:27-32; 12:4 )

Os primeiros passos de fé nem sempre são gigantescos, o que explica o motivo de Abraão não ter sido completamente obediente a Deus. Em vez de deixar a família, conforme Deus havia ordenado, quando saiu de Ur, Abraão levou consigo o pai e o sobrinho, Ló, e todos permaneceram em Harã até que seu pai morreu. Tudo aquilo que você traz consigo da antiga vida para a nova pode causar problemas. Tera, o pai de Abraão, serviu de empecilho para que Abraão obedecesse plenamente ao Senhor, e Ló criou sérias dificuldades para Abraão até que os dois finalmente decidiram se separar. Quando saíram de Ur (Gn 20:13), Abraão e Sara levaram consigo uma concessão pecaminosa que em duas ocasiões lhes causou problemas (Gn 12:10-20; 20:1-18).

A vida de fé exige separação total daquilo que é mau e dedicação total àquilo que é santo (2 Co 6:14 – 7:1). Ao estudar a vida de Abraão, veremos que, com frequência, ele foi tentado a ser condescendente e, por vezes, chegou a ceder. Deus nos testa a fim de edificar nossa fé e de extrair o que há de melhor em nós, mas o diabo nos tenta a fim de destruir nossa fé e de extrair o que há de pior em nós.

Quando andamos pela fé, só podemos nos apoiar em Deus: sua Palavra, seu caráter, sua vontade e seu poder. Não que você tenha de se isolar de sua família e amigos, mas não os considera mais seu primeiro amor e primeira responsabilidade (Lc 14:25-27). Seu amor por Deus é tão intenso a ponto de fazer com que, em termos comparativos, o amor pela família pareça ódio! Deus nos chama para a “solidão” (Is 51:1-3), e não devemos fazer concessões.

 3. UM COMPROMISSO (Gn 12:4-9)

Thomas Fuller, um pregador puritano do século XVII, disse que toda a humanidade foi dividida em três classes: os planejadores, os empreendedores e os realizadores. É possível que Tera fosse um planejador, mas não chegou à terra da promessa. Até certa altura, Ló foi um empreendedor, mas fracassou terrivelmente, pois não foi capaz de andar pela fé. Abraão e Sara foram realizadores, pois confiaram em Deus para realizar aquilo que havia prometido (Rm 4:18-21). Assumiram um compromisso com Deus e dedicaram a ele seu futuro, obedeceram ao que o Senhor ordenou e receberam tudo o que Deus havia planejado para eles.

 A fé nos leva a mudar (w. 4, 5). Pode ter sido o amor de um filho por seu pai idoso que fez Abraão protelar (Lc 9:59-62), mas finalmente chegou o dia em que ele e Sara íi\eram de sair de Harã e dirigir-se à terra que Deus havia escolhido para eles. É impossível ter fé e duvidar (Tg 1:6-8), e não se pode servir a dois senhores (Mt 6:24). A fé exige compromisso.

“Vivemos um tempo de declarações efêmeras”, disse Vance Havner. “Os credos fundamentais da igreja encontram-se no final do hinário, mas desapareceram da vida da maioria de seus membros – se é que chegaram a significar alguma coisa. Declarações de dedicação pessoal desvanecem e precisam ser renovadas. São tempos de declarações de compromisso enfraquecidas!”

A fé nos conduz ao objetivo (w. 6-8). Deus nos coloca em ação para nos conduzir ao objetivo que tem para nós (Dt 6:23). Não sabemos nada sobre a longa jornada de Abraão e Sara de Harã até Canaã, pois o que importava era seu destino. Séculos depois, Deus daria aquela terra aos descendentes de Abraão. No entanto, quando Abraão e Sara chegaram, eram “estrangeiros e peregrinos” (Hb 11:13) em meio a uma sociedade pagã.

Tomar posse da herança implica passar por provas e tentações, desafios e batalhas, mas Deus pode nos conduzir a seu objetivo (Fp 1:6).

A obediência nos leva a uma nova segurança em Deus e a novas promessas dele (Cn 12:7; Jo 7:17). Que consolo deve ter sido para Abraão e Sara quando receberam essa nova revelação de Deus ao chegarem a uma terra estranha e perigosa. Quando caminha pela fé, sabe que Deus está com você e não há nada a temer (Hb 13:5, 6; At 18:9, 10; 2 Tm 4:17). Deus cumprirá seus propósitos e realizará em você e por seu intermédio tudo o que está no coração dele.

Por vezes, há problemas sérios em casa, no trabalho ou na igreja e nos perguntamos por que Deus permite que tais coisas aconteçam. A fim de se apropriar de sua herança espiritual em Cristo, você deve demonstrar fé na Palavra de Deus e obediência à vontade de Deus. 90 GÊNESIS 11:27 – 12:9

Para onde quer que Abraão fosse em Canaã, lá ele levantava sua tenda e seu altar (Gn 12:7, 8; 13:3, 4, 18). A tenda indicava que ele era um “estrangeiro e peregrino” que não pertencia a este mundo (Hb 11:9- 1 6; 1 Pe 2:11), e o altar indicava que ele era um cidadão do céu que adorava o verdadeiro Deus vivo. Abraão testemunhava a todos que era separado deste mundo (a tenda) e consagrado ao Senhor (o altar). Sempre que Abraão abandonava sua tenda e seu altar, metia-se em apuros.

O lugar onde Abraão colocou sua tenda tinha Betel a oeste e Ai a leste (Gn 12:8). Os nomes da Bíblia por vezes têm significados importantes, apesar de não podermos levar isso ao extremo. Betel significa “a casa de Deus” (Gn 28:19) e Ai significa “ruína”. Em termos figurativos, Abraão e Sara estavam andando na luz, do Leste para o Oeste, da cidade da ruína para a casa de Deus! O sistema deste mundo está corrompido, mas os verdadeiros cristãos deram as costas para o mundo e voltaram o rosto para o lar celestial de Deus. “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv 4:18).

A fé nos coloca em movimento (v. 9). A vida de fé não deve jamais tornar-se estagnada, pois se nossos pés estão se movendo, nossa fé está crescendo. Observe os verbos usados para descrever a vida de Abraão: ele partiu (Gn 12:4), partiu e chegou (v. 5), atravessou (v. 6), passou dali (v. 8) e seguiu dali (v. 9). Deus manteve Abraão em movimento para que se deparasse com novos desafios e fosse forçado a confiar em Deus para receber “graça para socorro em ocasião oportuna” (Hb 4:16). O cristianismo confortável é o oposto da vida de fé, pois “peregrinos e estrangeiros” devem enfrentar novas circunstâncias, a fim de obter novas percepções sobre si mesmos e sobre seu Senhor. “Deixemo-nos levar para o que é perfeito” (Hb 6:1).

Como Abraão soube para onde ir e o que fazer? Ele “invocou o nome do S e n h o r ” (Gn 12:8). Orou ao Senhor, e Deus o ajudou. Os vizinhos pagãos de Abraão viram que ele possuía um altar, mas não tinha ídolos. Não tinha “lugares sagrados”, mas construía seu altar onde levantava sua tenda. Era possível traçar o caminho que Abraão havia percorrido até então seguindo o rastro dos altares que havia deixado para trás. Não se envergonhava de adorar a Deus abertamente enquanto seus vizinhos pagãos o observavam.

Na vida do peregrino, devemos prosseguir “de fé em fé” (Rm 1:1 7) para caminhar “de força em força” (Sl 84:7). G. A. Studdert Kennedy disse: “Fé não é crer apesar das evidências, é obedecer apesar das consequências”. “Pela fé, Abraão […] obedeceu” (Hb 11:8). A fé sem obediência é morta (Tg 2:14-26), e a ação sem fé é pecado (Rm 14:23). Deus ligou a fé à obediência como os dois lados de uma moeda – as duas são inseparáveis.

A essa altura da narrativa bíblica, Abraão encontra-se no lugar que Deus reservou para ele, fazendo o que Deus ordenou. Mas a história não termina aí – esse é só o começo! Mesmo quando você está vivendo em obediência, passa por testes e enfrenta provações, pois é assim que a fé cresce. Mas o mesmo Senhor que fez você mudar, alcançar o objetivo e continuar em movimento também o fará atravessar as provações, se você o seguir pela fé.

Adap. Pr. Eli Vieira

domingo, 22 de maio de 2022

Plano de Expansão Semear

 O conselho da Igreja Presbiteriana Semear aprovou o Projeto de Evangelização PES ( Plano de Expansão Semear) a partir de Junho de 2022 estaremos iniciando Novos Pequenos Grupos nos condomínios São José, Jubiabá e Gabriela, Itabuna-BA




EVIDÊNCIAS DA FÉ DE NEEMIAS

 

Três Evidências da Fé de Neemias

Neemias 2.1-20

Como disse Martinho Lutero: “A fé é uma confiança viva e ousada na graça de Deus. É tão certa e segura que um homem pode colocar sua vida em jogo mil vezes por ela”. A Palavra de Deus nos promete que “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9:23). Jesus afirmou que a fé viva pode mover montanhas! (M t 17:20).

Neemias foi um homem temente a Deus que viveu pela fé e fez diferença em sua geração. Uma pessoa pode fazer uma grande diferença neste mundo, se tiver o conhecimento de Deus e, verdadeiramente, confiar nele. A fé é decisiva, e, portanto, podemos fazer diferença em nosso mundo para a glória de Deus.

Este capítulo descreve três evidências da fé de Neemias. Ao meditar sobre essas evidências de fé, devemos examinar nosso coração a fim de determinar se estamos, de fato, caminhando e agindo pela fé.

1.TEVE FÉ PARA ESPERAR (Ne 2:1-3)

Uma vez que o mês hebraico de nisã vai de meados de março a meados de abril em nosso calendário, isso indica que se passaram quatro meses desde que Neemias recebeu as más notícias sobre a situação de Jerusalém. Como todo cristão deveria fazer, Neemias esperou pacientemente a orientação do Senhor, pois é “pela fé e pela longanimidade” que herdamos as promessas (Hb 6:12). “Aquele que crer não foge” (Is 28:16). A verdadeira fé em Deus traz ao coração uma tranquilidade que nos impede de nos precipitar e de tentar fazer com as próprias forças aquilo que só Deus pode realizar. Devemos saber não apenas quando chorar e orar, mas também quando esperar e orar.

Três declarações das Escrituras sempre nos tranquilizam quando ficamos agitados e queremos ir à frente do Senhor: “Aquietai-vos e vede o livramento do S e n h o r ” (Ê x 14:13); “Espera […] até que saibas em que darão as coisas” (Rt 3:18) e “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” (Sl 46 :10). Quando esperamos no Senhor em oração, não estamos perdendo nosso tempo, mas sim o investindo.

Deus está nos preparando e arranjando as circunstâncias a nosso redor para que seus propósitos sejam cumpridos. Porém, quando chegar a hora certa de agir pela fé, não devemos, de modo algum, protelar, assim como Neemias fez, agiu tempo certo.

2. TEVE FÉ PARA PEDIR (Ne 2:4-8)

“Que me pedes agora?”, perguntou-lhe o rei. Neemias estava diante de uma oportunidade incrível! Aquela pergunta envolvia todo o poder e a riqueza do reino!

Como era seu costume, Neemias fez uma de suas “orações instantâneas” ao Senhor (4:4; 5:9; 6:9, 14; 13:14, 22, 29, 31). Não se esqueça, porém, de que essa oração emergencial teve por base quatro meses de jejum e oração. Se Neemias não estivesse orando diligentemente em particular, talvez essas “orações instantâneas” não tivessem sido respondidas. Como disse George Morrison: “Ele não teve mais do que um instante para fazer essa oração. O silêncio teria sido interpretado equivocadamente. Se tivesse fechado os olhos e se demorado numa prece devota, o rei teria suspeitado imediatamente de um caso de traição”.

Neemias não apenas orou por essa oportunidade, mas também fez planos para ela, de modo que tinha uma resposta pronta. Ao longo daqueles quatro meses de espera, havia refletido cuidadosamente sobre a questão e sabia exatamente qual seria sua abordagem àquela empreitada. Sua resposta ao rei pode ser resumida em dois pedidos: “Envia-me!” (Ne 2:4-6) e “Concede-me!” (vv. 7-10).

A resposta do rei é prova da soberania de Deus sobre tudo o que diz respeito às nações. Esperamos que Deus realize sua obra por meio de um servo consagrado como Neemias, mas nos esquecemos de que Deus também opera por intermédio de incrédulos a fim de realizar sua vontade. Por exemplo Ele usou Ciro para libertar seu povo da Babilônia (Is 44:28; 45:1; Ed 1:1, 2).

3 . TEVE FÉ PARA DESAFIAR A OUTROS (Ne 2:9-18 a)

Quando Neemias chegou a Jerusalém, pode constatar que a situação era exatamente aquela que seu irmão havia relatado: os muros não passavam de escombros e as portas haviam sido queimadas (Ne 2:13; 1:3). Os líderes não devem viver numa utopia. Antes, devem encarar os fatos com honestidade e aceitar tanto as más quanto as boas notícias. Durante a noite, Neemias viu mais coisas do que os habitantes da cidade eram capazes de ver durante o dia, pois não enxergou apenas os problemas, mas também o potencial. E isso o que faz um líder!

Diante de tal situação, firmado no Senhor ele desafiou os seus irmãos a edificarem os muros da cidade, como também foi capaz de fazer frente ao inimigo e de tratar sua oposição de modo eficaz. Assim que os membros do povo de Deus dão um passo de fé para fazer sua vontade, o inimigo aparece e tenta desanimá-los. Sambalate e Tobias ficaram sabendo da empreitada (v. 10) e chamaram Gesém para se juntar a eles em sua oposição aos judeus.

Se não fosse pela dedicação e determinação resultantes de sua fé num grande Deus, Neemias jamais teria aceitado o desafio nem terminado o trabalho. Certamente não havia lido esse versículo, mas aquilo que Paulo escreveu em 1 Coríntios 15:58 foi o que motivou Neemias até o fim: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão”.

Portanto meus irmãos, não importa a dificuldade da tarefa nem a intensidade da oposição, sejamos determinados! Como Dr. V. Raymond Edmand costumava dizer: “É sempre cedo demais para desistir”. Vamos lutar e trabalhar na certeza de que Deus proverá.

Adap. Pr. Eli Vieira

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