quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Mais de 87 mil pessoas pedem fim de clube satânico para crianças nos EUA


 Logo do Clube Satânico Pós-Escola. (Foto: Captura de tela/YouTube Fox 43 News)

Pais e mães lutam para proteger seus filhos de influência satânica em escola dos EUA: ‘Isso é terrorismo espiritual’.

Milhares de pais e mães nos EUA, estão profundamente preocupados com a abertura de um “After School Satan Club” (Clube Satânico Pós-Escola) para crianças, na Golden Hills Elementary School, em Tehachapi, na Califórnia. 

O clube estava previsto para acontecer em 5 de dezembro, mas uma petição contra sua abertura foi assinada por 87.402 pessoas: “Diga ‘NÃO’ ao After School Satan Club que está visando nossos pequeninos”.

A petição foi organizada pela TFP Student Action dirigida ao distrito escolar. “A América é uma nação sob Deus e eu encorajo você a usar todos os meios legais para proteger nossos filhos de Satanás, o pai da mentira”, diz o texto.

‘Terrorismo espiritual’

Os organizadores alegam que “incentivar deliberadamente o satanismo a crianças pequenas é uma forma de terrorismo espiritual”, conforme comparou John Ritchie, diretor da Ação Estudantil da TFP. 

“O que as escolas mais precisam é de Deus, verdade e virtude. Mas o Templo Satânico quer abrir mais clubes satânicos e expor crianças inocentes, de 5 a 12 anos, ao maior perigo espiritual e à influência destrutiva do Inferno”, continuou.

“Enquanto os pais claramente não querem atividades satânicas perto de seus filhos, seus direitos parentais são pisoteados e não são mais respeitados. Muitos pais são deixados de lado. Suas vozes não importam. E os funcionários da escola insistem — com base em um conceito distorcido de igualdade — que eles não têm outra escolha senão acolher a influência nociva de satanás na escola”, disse ainda conforme o Christian News Wire. 

‘Satanismo é anti-religião’

Ritchie continua explicando que “há uma diferença fundamental entre o bem e o mal, a verdade e a mentira, o satanismo e o cristianismo”.

“É um grande erro dar ao satanismo igual acesso às escolas porque o satanismo é, por sua própria essência, contra Deus, ou seja, o inimigo declarado de Deus e, portanto, é anti-religião”, explicou.

Vale ressaltar que o Templo Satânico, que vem promovendo os Clubes Satânicos nas escolas, é uma organização que se descreve como “grupo religioso não teísta” e quer que as pessoas pensem que eles “usam o imaginário satânico para promover o igualitarismo e a justiça social”. 

“Enquanto a maioria das crianças está pensando sobre a beleza pacífica do Natal, as crianças da Golden Hills Elementary estão lutando contra o inimigo do Natal: satanismo obscuro, anticristão e direto”, continuou Ritchie.

“Esta é uma batalha espiritual com dois resultados possíveis. Se quisermos restaurar a paz nas escolas e promover a harmonia na sociedade, devemos respeitar e honrar o Príncipe da Paz”, frisou.

“Como cultura, não podemos servir a dois senhores. Ou servimos a Deus e desfrutamos da paz, ou servimos ao pai da mentira, um assassino desde o princípio, conforme João 8.44, e experimentamos mais crimes, mais revoltas e mais caos”, concluiu.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CHRISTIAN NEWS WIRE

Mais de 1300 igrejas deixam a Metodista Unida por doutrina LGBT

 


A White’s Chapel de Southlake, no Texas, votou para deixar a Igreja Metodista Unida. (Captura de tela: YouTube/Drone Star State)

A maioria das igrejas que votaram para sair da UMC planeja se juntar à recém-criada Igreja Metodista Global (GMC).

Os órgãos regionais da Igreja Metodista Unida (UMC, sigla em inglês), no Texas, votaram no fim de semana para aprovar a desfiliação de centenas de igrejas, com a maioria planejando se juntar à recém-criada Igreja Metodista Global (GMC).

O número total de congregações que saíram da UMC inclui 294 das 598 igrejas pertencentes à Conferência Central do Texas, com sede em Houston, e 145 das 201 igrejas pertencentes à Conferência do Noroeste do Texas, com sede em Lubbock, informou o The Dallas Morning News.

As igrejas que saíram formam quase a metade de todas as congregações da UMC no Texas e se somam a centenas em outros estados que tiveram suas saídas confirmadas por seus órgãos regionais.

Toda essa movimentação gira em torno do polêmico debate enfrentado pela UMC por sua posição oficial sobre a homossexualidade, conforme estabelecido em seu Livro de Disciplina, que proíbe a bênção de casamentos de pessoas do mesmo sexo, além da ordenação de homossexuais não celibatários.

Frustração conservadora

Embora os liberais teológicos tenham falhado em mudar a postura oficial, muitos líderes se recusaram a aplicar ou seguir as regras, levando a muita frustração entre os conservadores teológicos, diz o Christian Post.

Como exemplo, citam a eleição da Reverenda Karen Oliveto como bispa da UMC Mountain Sky Area. Enquanto Oliveto está em um casamento gay e teve sua eleição declarada inválida pelo Conselho Judicial Metodista Unido em 2017, a partir deste mês, ela permanece no cargo.

Saída será ainda maior

Mark Tooley, chefe do teologicamente conservador do Instituto de Religião e Democracia, conta as igrejas que deixaram a UMC nos últimos meses para mais de 1.300 em um artigo recente, com a expectativa de mais abandonos.

“Até o final do próximo ano (o prazo para sair com a propriedade da igreja), pelo menos 3.000 e possivelmente 5.000 igrejas devem sair”, escreveu Tooley um dia antes das conferências do Texas finalizarem a saída das igrejas.

“As agências denominacionais estão se preparando para uma queda de 38% no financiamento para 2025-2028, o que implica uma perda aproximada de membros esperada de 2,3 milhões de membros dos quase 6,3 milhões que a denominação tinha nos Estados Unidos em 2020. Isso não é um êxodo menor.”

O Rev. Nathan Lonsdale Bledsoe, pastor sênior da Igreja Metodista Unida de St. Stephen de Houston, disse ao The Texas Tribune que acredita que as saídas refletem a divisão geral nos Estados Unidos.

“É paralelo a este momento no mundo mais amplo”, disse Bledsoe, cuja congregação planeja permanecer com a UMC. “É um momento difícil para unir as pessoas. Nós realmente refletimos a fragilidade da cultura e do mundo.”

Nova denominação

Em maio, a Igreja Metodista Global (GMC) foi oficialmente lançada para servir como uma alternativa teologicamente conservadora à UMC, com muitas congregações Metodistas Unidas decidindo se juntar à nova denominação.

No mês passado, a Conferência UMC da Carolina do Norte realizou uma sessão especial para aprovar oficialmente os votos de desfiliação de 249 congregações, quase um terço das igrejas membros da conferência.

“O futuro é brilhante, especialmente porque Deus tem algo a ver com isso”, disse o bispo da Carolina do Norte, Leonard E. Fairley, em um comunicado.

“Sabemos o final desta história por causa de quem Jesus Cristo é. Que vocês se considerem queridos, independentemente do que votamos aqui. Tenham uns aos outros queridos em suas orações.”

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST

O DEUS QUE ADORAMOS

 


O Deus do Povo de Deus

Deuteronômio 4 – 5

O povo de Israel foi abençoado mais do que todas as nações da terra, pois pertencia ao verdadeiro Deus vivo e tinha um relacionamento de aliança com ele. Estavam se preparando para entrar na terra que Deus prometeu quando chamou Abraão, o pai dos israelitas (Gn 12:1-3; 13:14-18), e parte dessa preparação consistia em ouvir atenciosamente discurso de despedida de Moisés, o profeta do Senhor e líder do povo de Deus.

Depois de relatar a história de Israel (Dt 1-3), Moisés lembrou o povo do caráter do Deus de Israel e de como deveriam responder a ele. Se não conhecermos o caráter do Deus a quem adoramos, como poderemos adorá-lo “em espírito e em verdade” (Jo 4:24)?

1. DEUS FALA – DEVEMOS OUVI-LO (Dt 4:1,2)
O grande estudioso judeu Abraham Joshua Heschel escreveu: “Para crer, precisamos de Deus, de uma alma e da Palavra”. Outro estudioso judeu, o apóstolo Paulo, chegou à mesma conclusão e escreveu: “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Rm 10:17).
O Deus que fez a criação existir por sua Palavra (Sl 33:6-9) ordenou que seu povo deve ter uma vida dedicada à atenção e à obediência a sua Palavra.

O verbo “ouvir” é usado quase cem vezes em Deuteronômio. A confissão de fé tradicional dos judeus (Dt 6:4,5) é chamada de Shema, palavra que vem do hebraico e significa “ouvir, prestar atenção, compreender, obedecer”. Para o judeu do Antigo Testamento e o cristão do Novo Testamento, ouvir a Palavra de Deus implica muito mais do que ondas de som chegando ao ouvido humano.

Ouvir a Palavra de Deus é uma questão de concentrar todo nosso ser – mente, alma e vontade – no Senhor, recebendo o que ele nos diz e obedecendo. A fim de transformar nossa vida, a Palavra de Deus deve penetrar em nosso coração e tornar-se parte de nosso ser interior. Foi isso o que Jesus quis dizer quando falou: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Lc 8:8). Essa declaração aparece pelo menos oito vezes nos Evangelhos e, portanto, deve ser importante (ver também Dt 29:4 e Ez 12:2).

Ouvir a Palavra de Deus e lhe obedecer era a essência de Israel (Dt 4:1a). Quando Deus fala, coloca diante de nós a vida e a morte (Dt 30:15-20), e nossa resposta determina qual se concretizará. “Portanto, os meus estatutos e os meus juízos guardareis; cumprindo-os, o homem viverá por eles. Eu sou o S e n h o r ” (Lv 18:5). Deuteronômio 4:1, 2 e 5 enfatiza o mandamento e o ensino, pois o Senhor não apenas nos diz o que fazer, mas também explica a verdade por trás de suas prescrições. É possível que Jesus tivesse isso em mente quando disse a seus discípulos que os tratava como amigos e não como escravos, pois lhes explicava o que estava fazendo (Jo 15:14, 15).

Não era apenas a vida de Israel que dependia da obediência à Palavra de Deus, mas também sua vitória sobre o inimigo (Dt 4:1b). Sem fé e obediência, Israel não poderia entrar na terra e derrotar as nações fortemente entrincheiradas naquela região. O Senhor não poderia ir adiante de seu povo e dar-lhes a vitória se eles não o seguissem em obediência (Dt 1:30). Os dez espias que não compreenderam o poder das promessas de Deus levaram Israel ao desânimo, à derrota e à morte por causa de sua incredulidade (Nm 13-14). “Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 Jo 5:4), e a fé vem da Palavra (Rm 10:17).

Os cristãos de hoje devem buscar sua vida e sua vitória na Palavra de Deus. Não podemos obedecer a Deus se não conhecemos seus mandamentos. Mas se os conhecemos, cremos neles e lhes obedecemos, então o poder de Deus opera em nossa vida. “Ora, os seus mandamentos não são penosos” (1 Jo 5:3). Obedecer ao Senhor torna-se um privilégio prazeroso quando percebemos que seus mandamentos são expressões de seu amor, garantias de sua força, convites às suas bênçãos, oportunidades de crescer e de trazer glória para o nome do Senhor e ocasiões de desfrutar o amor de Deus e a comunhão com ele, à medida que procuramos agradá-lo. A Palavra de Deus é a porta para os tesouros da graça divina.

Moisés deu ainda uma advertência sobre mudar a Palavra de Deus, acrescentando a ela ou subtraindo dela (Dt 4:2; ver 12:32; Pv 30:6; Gl 3:15; Ap 22:18, 19). Os primeiros manuscritos das Escrituras eram copiados a mão, e era fácil um copista fazer mudanças; mas Deus cuida de sua Palavra (Jr 1:12) e julga aqueles que adulteram seu conteúdo. Os fariseus do tempo de Jesus guardavam as Escrituras com grande zelo e, no entanto, adulteravam a Palavra de Deus ao colocar no lugar dela suas próprias tradições (Mc 7:1-1 3). Se a Palavra de Deus é nossa vida, então estamos pondo nosso próprio futuro em risco se deixarmos de honrá-la e de lhe obedecer de todo o coração (Ef 6:6).

1.1- DEUS É SANTO – DEVEMOS TEMÊ-LO (DT 4:3,4)
A idolatria e as práticas imorais associadas a ela eram o pecado contumaz de Israel. Enquanto viveram no Egito, os hebreus tiveram contato com a idolatria e chegaram a praticá-la em sua jornada pelo deserto (At 7:42, 43). Enquanto Moisés estava com Deus no monte Sinai, o povo no acampamento adorou a um bezerro de ouro (Êx 32). A idolatria era um pecado muito grave, pois Israel havia se “casado” com Jeová no monte Sinai, de modo que, na verdade, sua adoração a ídolos era adultério (Jr 3; Os 1-2). Era um pecado contra o amor de Deus e uma transgressão à lei divina. Por fim, o Senhor teve de mandar seu povo à Babilônia para curá-lo de sua idolatria.

Pode ter sido esse o motivo que levou Moisés a citar a tragédia dos pecados de Israel em Baal-Peor (Dt 4:3,4; Nm 25). O acontecimento era recente o suficiente para que o povo se lembrasse dele. O falso profeta Balaão havia sido contratado pelo rei Balaque para amaldiçoar o povo de Israel, mas cada vez que Balaão tentava amaldiçoa-los, acabava abençoando-os (Nm 22 – 24). Suas maldições não funcionaram, mas ele elaborou um plano que deu certo. Balaão e Balaque convidaram os homens israelitas para as festas religiosas dos moabitas e incentivaram sua total participação (Nm 25). Isso significava ter relações com prostitutas cultuais dos templos, e um dos homens chegou a levar sua “namorada” de volta para o acampamento de Israel! O fato de Deus julgar seu povo matando vinte e quatro mil homens indica que muitos dos israelitas não hesitaram em tomar parte naquela libertinagem. Aquilo que o inimigo não conseguiu fazer com maldições e combate, foi capaz de realizar por meio da condescendência e da “amizade”.

Temer ao Senhor significa respeitar quem ele é, o que ele é e o que ele diz, e por meio de nossa submissão e obediência demonstrar nosso amor e o desejo de lhe agradar. Deus é o Criador e nós somos as criaturas; ele é o Senhor e nós somos os servos. Quando desrespeitamos sua autoridade deliberada e propositadamente, tentamos o Senhor a nos disciplinar, e nossa arrogância só causa dor e perdas trágicas. Não vale a pena. Se você quer identificar as bênçãos que os cristãos perdem quando não temem ao Senhor, leia e medite nos seguintes versículos: Deuteronômio 6:24; Salmos 25:12; 31:19; 34:9; 112; 145:19; Provérbios 1:7; Isaías 33:6; Efésios 5:21; Hebreus 12:28, 29.

1.2-DEUS É SÁBIO – DEVEMOS APRENDER DELE (Dt 4:5-9) A Palavra de Deus é a revelação da sabedoria de Deus, e precisamos conhecer e seguir tal sabedoria se queremos ter uma vida que agrade e que glorifique ao Senhor. Para Deus, a sabedoria do mundo é insensatez (1 Co 3:19) e aqueles que a seguem ficarão desapontados. No Antigo Testamento, a palavra “sabedoria” está relacionada ao caráter e não à inteligência humana e descreve o uso correto do conhecimento. De acordo com o Dr. Roy Zuck: “A sabedoria consiste em demonstrar aptidão e em ter sucesso nos relacionamentos e responsabilidades, observando e seguindo os princípios de ordem do Criador no universo moral”.2 A prática da sabedoria de Deus implica não apenas sobreviver, mas viver de fato.

Há ainda outro benefício que gozamos quando seguimos a sabedoria de Deus: ela nos ajuda a construir lares tementes ao Senhor (Dt 4:9, 10). Cercados como estavam de povos pagãos, apenas uma geração separava Israel de perder as bênçãos de Deus, sendo que o mesmo se aplica à Igreja de hoje (2 Tm 2:2). Se não ensinarmos nossos filhos sobre Deus e sua Palavra, um dia surgirá uma geração que não conhece ao Senhor, como acabou acontecendo em Israel (Jz 2:7-15). “Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lc 18:8).

Qual a melhor maneira de os pais cristãos influenciarem seus filhos de modo que confiem no Senhor e vivam de acordo com a sabedoria de Deus? Moisés dá três sugestões aos adultos: sejam exemplos para seus filhos; não deixem que a Palavra de Deus saia da mente e do coração deles; e lembrem-se do que o Senhor fez por vocês no passado, compartilhando essas experiências com seus filhos. Todas as crianças israelitas no tempo de Moisés deveriam conhecer a história do êxodo (Dt 6:20-25; Êx 10:1, 2; 12:24-28; 13:1-16), e, posteriormente, toda criança deveria saber o que significava o fato de Israel ter cruzado o rio Jordão (Js 4:1-7, 21-24). A negligência espiritual e os maus exemplos – podem ser imitados pelos filhos e produzir consequências tristes ao longo da vida desses jovens (Dt 5:8-10; Êx 20:5, 6; Nm 14:17, 18).4

2- SOMENTEO SENHOR É DEUS – DEVEMOS ADORÁ-LO (Dt 4:10-43)
As nações ao redor de Israel adoravam vários deuses e deusas, mas Israel deveria adorar somente o único e verdadeiro Deus. “Ouve, Israel, o S e n h o r , nosso Deus, é o único S en h o r ” – esse é o primeiro princípio fundamental da confissão de fé dos judeus, o Shema (Dt 6:4, 5), e o primeiro dos dez mandamentos é: “Não terás outros deuses diante de mim” (Dt 5:7). Isso porque todos os outros “deuses” são apenas fruto de imaginações pecaminosas e, na verdade, não são deuses coisa nenhuma (Rm 1:18ss). Adorar outros deuses significa adorar o nada e tornar-se nulo (Sl 115:8). Uma das palavras hebraicas para “ídolos” significa “vaidade, inutilidade”. Em sua mensagem, Moisés apresenta vários argumentos para apoiar essa advertências contra a idolatria.

A experiência de Israel no Sinai (w.10-19). Moisés lembrou o povo das experiências extraordinárias de Israel no Sinai, quando Deus fez sua aliança com eles. A montanha ardeu em fogo e cobriu-se de nuvens e de grande escuridão.
“Aquele que pode ouvir, pode ver”, disse, com toda razão, um sábio judeu.
“Aparência nenhuma vistes no dia em que o Senhor, vosso Deus, vos falou em Horebe, no meio do fogo” (Dt 4:15). A conclusão é óbvia: o Senhor proíbe seu povo de adorar representações visíveis de Deus ou qualquer coisa que Deus tenha feito, sejam seres humanos, animais, aves, peixes, o Sol, a Lua ou as estrelas.

O livramento de Israel do Egito (v. 20). Moisés havia acabado de mencionar todas as nações (v. 19), de modo que lembrou o povo que Israel era diferente desses outros povos, pois Israel era o povo escolhido de Deus e sua propriedade peculiar (Êx 19:1- 6). O Senhor escolheu Abraão e seus descendentes para levar suas bênçãos ao mundo todo (Gn 12:1-3; Jo 4:22), e, a fim de realizar essa tarefa importante, era preciso que Israel fosse um povo separado

A experiência de Moisés em Cades (vv.21-24; Nm 20:1-13). Quando Moisés feriu a rocha em vez de falar-lhe, Deus, em sua bondade, supriu água em abundância para seu povo sedento, mas disciplinou seu servo, que havia glorificado a si mesmo em lugar de glorificar ao Senhor. Não há outro Deus além do Senhor e somente ele deve ser glorificado. “Eu sou o S e n h o r , este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem” (Is 42:8).

A aliança de amor de Deus (w. 25-31). Deus fez uma aliança com seu povo e esperava que eles a guardassem. A palavra “aliança” é usada pelo menos vinte e sete vezes em Deuteronômio e vem do termo hebraico berith que, de acordo com alguns estudiosos, significa “comer pão”. No Oriente, quando as pessoas faziam uma refeição juntas, formavam uma aliança ou tratado de ajuda e de proteção mútuas (ver Gn 26:26-35).

O amor de Deus (w. 32-43). Ao educar crianças pequenas, usam-se recompensas e castigos para ensiná-las a obedecer, mas quando ficam mais velhas, espera-se que o caráter e o amor sejam sua motivação para evitar o mal e fazer o que é certo. O Senhor é um Deus misericordioso (Dt 4:31), mas não devemos tentá-lo, pois também é um Deus zeloso (v. 24). Como prova do amor e da misericórdia de Deus, Moisés separou três “cidades de refúgio” do lado leste do Jordão, para onde as pessoas que tivessem matado alguém acidentalmente poderiam fugir, receber justiça e encontrar proteção (vv. 41-43). Trataremos desse assunto com mais detalhes em Deuteronômio 19:1-14.

3. DEUS É SENHOR DE TUDO – DEVEMOS LHE OBEDECER (Dt 4:44-5:33)
As descobertas arqueológicas revelam que o Livro de Deuteronômio segue um padrão literário empregado em tratados entre um soberano e seus vassalos no antigo Oriente Próximo. No caso de Israel, é evidente que o Senhor havia conquistado seus inimigos e libertado os israelitas, seu povo especial. Israel era o povo da aliança, e Deuteronômio define os termos desse acordo. Assim como os antigos tratados de vassalos, Deuteronômio contém um preâmbulo (Dt 1:1-5) e uma recapitulação da história por trás do tratado (1:6 – 4:49). Em seguida, apresenta uma lista das estipulações do soberano quanto à conduta de seus súditos (caps. 5 – 26) e o que aconteceria em caso de desobediência (caps. 27 – 30). Encerra com uma explicação de como o tratado funcionaria nas gerações futuras (caps. 31 – 34).

Moisés começou chamando Israel para ouvir a aliança de Deus, aprendê-la e cumpri-la (Dt 5:1). Como vimos, “ouvir” significa muito mais do que escutar casualmente aquilo que alguém está dizendo. Significa ouvir atentamente, compreender, atender e obedecer.

Moisés era o mediador entre Jeová e Israel, pois o povo tinha medo de ouvir a voz de Deus (Dt 5:23-27; Êx 20:18-21; ver também Gl 3:19). Para quem é cristão e obediente, ouvir a voz de Deus significa bênção e ânimo; mas se nosso coração não está em ordem com Deus, sua voz significa juízo.

A lei de Deus (w. 6-21; Êx 20:1-17). O Senhor deu início à proclamação de sua lei lembrando o povo de que era ele quem os havia livrado da escravidão do Egito (Dt 5:6; ver Ne 9:9-11; Sl 77:14, 15; 105:23-38; 136:10-1 5; Is 63:11-14). Esse grande ato de redenção deveria ter sido motivo suficiente para o povo de Israel ouvir a lei de Deus e lhe obedecer, assim como a redenção que temos em Cristo deve servir de motivação para que obedeçamos ao Senhor. A cada Páscoa, os israelitas eram lembrados do grande ato de salvação de Deus, e cada vez que nós, como igreja, celebramos a Ceia do Senhor, somos lembrados de que Cristo morreu por nós para que fôssemos salvos de nossos pecados e pertencêssemos a ele. O Senhor deseja que sejamos obedientes a ele, não como escravos que estremecem de medo diante de um capataz, mas como filhos gratos que amam o Pai celeste e apreciam tudo o que ele é para nós e que faz por nós.

No terceiro mandamento (Dt 5:11), o nome de Deus representa o caráter e a reputação do Senhor, e honrar o nome dele significa falar bem dele para as pessoas a nosso redor. Todo pai quer que seus filhos honrem o nome da família.
Nove dos dez mandamentos são repetidos no Novo Testamento para que a Igreja obedeça; a exceção é o quarto mandamento (Dt 5:12-15) sobre o sábado. Isso porque o sábado era um sinal especial entre Israel e o Senhor (Êx 31:12-1 7; Ne 9:13-1 5; Ez 20:1 2, 20) e não foi dado a nenhuma outra nação (Sl 147:19, 20).

O quinto mandamento (Dt 5:16) nos leva do relacionamento com o Senhor para a prática desse relacionamento com outras pessoas, começando no lar..Isso leva, logicamente, ao sexto mandamento (Dt 5:1 7), que exige que honremos a vida humana e que não matemos.
O sétimo mandamento (Dt 5:18) requer a pureza sexual e a fidelidade no casamento como forma instituída por Deus para o uso e desfrute apropriados da sexualidade.

O nono mandamento (Dt 5:20) proíbe todas as formas de mentira, desde aquelas contadas no banco de testemunhas no tribunal até aquelas ditas ao vizinho (ver Dt 1 7:6-13).O Deus da lei (w. 22-33). O propósito da lei de Deus é revelar o Deus da lei, e, quando nos concentramos nele, vemos que é agradável obedecer a seus mandamentos (Sl 40:8). Moisés encerrou sua recapitulação dos dez mandamentos lembrando a nova geração de que, no Sinai, Deus revelou sua glória e grandeza.

Muitas igrejas de hoje perderam o conceito bíblico da majestade e da autoridade de Deus conforme expressas em sua lei. Essa deficiência empobreceu nosso culto, transformou o evangelismo numa técnica de venda religiosa e converteu a Bíblia num livro de auto-ajuda, que garante transformar você num sucesso. A. W. Tozer estava certo quando disse que: “religião alguma jamais foi maior do que sua concepção de Deus”. Também de acordo com Tozer: “A essência da idolatria é alimentar pensamentos sobre Deus que não são dignos dele”.6 Se isso é verdade, e creio que é, então muitos cristãos evangélicos estão caindo em idolatria.

Em seu apelo a Israel, Moisés instou o povo a lembrar a majestade de Deus e a respeitar a Palavra de Deus. Citou as palavras do próprio Jeová: “Quem dera que eles tivessem tal coração, que me temessem e guardassem em todo o tempo todos os meus mandamentos” (Dt 5:29). A obediência envolve sempre uma atitude do coração, e se amamos ao Senhor, guardaremos seus mandamentos (Jo 14:15, 21-24).
“Terei prazer nos teus decretos; não me esquecerei da tua palavra” (SI 119:16).
Pr. Ele Vieira adap. de WW.

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

“O espírito do Anticristo já está presente”, diz Nicodemus sobre o fim dos tempos

 

Pastor Augustus Nicodemus. (Foto: Captura de tela/YouTube Flow Podcasts)

Conforme o pastor, todos os sinais dados por Jesus já estão sendo cumpridos.

De acordo com o pastor Augustus Nicodemus, o livro de Apocalipse “pede para ser interpretado simbolicamente”, conforme ele explica em entrevista ao Flow Podcasts, na última sexta-feira (18).

Ao ser questionado sobre o arrebatamento, a volta de Cristo e o fim dos tempos, o pastor começa falando sobre o milênio. Sendo amilenista, ele acredita que já vivemos no fim dos tempos.

Segundo os amilenistas, Jesus começou a reinar a partir de sua ressurreição e os próximos eventos serão a volta Dele, a ressurreição dos mortos e o Juízo Final.

Pré-milenismo X Pós-milenismo

Lembrando que o pré-milenismo interpreta os “mil anos” citados na Bíblia como sendo literais, período em que Jesus vai reinar na terra. Nessa linha interpretativa, Jesus volta antes do milênio e a sede de Seu reinado será em Jerusalém.

Nicodemus esclarece que os pré-milenistas acreditam que ainda virá a Grande Tribulação (GT), citada em Mateus 24.

Já para os seguidores da linha pós-milenista, conforme explica Nicodemus, o milênio é figurado, ou seja, não vai durar exatamente mil anos e Jesus só voltará após esse período indefinido.

Nessa interpretação, o milênio é considerado como um tempo de paz, com a Igreja sendo proeminente no mundo. “Há pouca gente que acredita nessa visão”, ele mencionou.

Amilenismo

Segundo Nicodemus, os amilenistas não acreditam que haverá um milênio literal. “Ele é figurado e já está acontecendo a partir da ressurreição de Cristo, que se sentou no Trono do Universo”, explicou ao esclarecer que a paz e o domínio de Cristo é sobre Sua Igreja e não ainda no mundo.

Depois disso, o próximo passo é a vinda de Jesus para o início dos novos céus e nova terra, após o Juízo Final, conforme cita Nicodemus.

“Eu sou amilenista e creio que Cristo já reina, já governa no coração do Seu povo”, disse ao compartilhar que não acredita em arrebatamento secreto, antes da GT, já que a Bíblia não fala sobre o tema.

Essa ideia muito propagada pelos filmes, segundo o pastor, surgiu há 200 anos, aproximadamente e não existia entre os teólogos mais tradicionais.

Sobre a figura do Anticristo

O Anticristo, o homem da iniquidade ou a besta que sai do mar, conforme a Bíblia, é uma figura profética que vai surgir durante o período de maior perseguição à Igreja.

Nicodemus acredita em sua vinda literal, no futuro, mas também considera o “espírito do Anticristo” que já está entre nós.

“Anticristo é uma palavra que pode significar ‘no lugar de Cristo’ ou ‘contra Cristo’. Ou então as duas coisas juntas, pois a ambiguidade enriquece esse sentido”, disse.

Ao falar dos falsos profetas e anticristos, Nicodemus lembra que muitos apontam para a figura do Papa ou do Hitler, entre outros. Depois, lembrou que o apóstolo João escreveu sobre os anticristos: “Aqueles que negavam a humanidade de Cristo”.

Além disso, disse que alguns estudiosos apontam para o Anticristo, não como uma pessoa, mas como um sistema que se levanta contra Cristo: “E, ao mesmo tempo, se oferece no lugar de Cristo para resolver os problemas da humanidade”.

Sobre o número da besta 666

Nicodemus disse: “Em minha interpretação, o número 7 é o número de Deus [perfeito] e 6 é o número do homem, e ele nunca será Deus”.

O pastor explica que o Anticristo quer tomar o lugar de Deus, mas será sempre 666, ou seja, sempre o número 6, nunca alcançará o 7. A Bíblia deixa isso claro: “Pois é número de homem”. (Ap 13.18).

E sobre os sinais bíblicos sobre a vida do Anticristo e o fim dos tempos, o pastor cita Mateus 24 e lembra de cada profecia: guerras, rumores de guerras, perseguição aos cristãos, fomes, terremotos, pestes, pandemias e falsos profetas.

‘Jesus é o Filho de Deus’

“Jesus deu 9 ou 10 sinais que eram difíceis de acontecer naquela época”, disse o pastor ao mencionar que Jesus estava vivendo o tempo da Pax Romana, e mesmo assim falou das guerras.

“Jesus estava sozinho no Monte das Oliveiras, sendo perseguido, já traído por Judas, iria ser negado por Pedro e os outros discípulos fugiram”, citou o pastor ao destacar como Jesus profetizou.

“Como Ele poderia dizer que o nome Dele seria tão conhecido e que seus discípulos seriam levados diante de reis e autoridades? Aqueles sinais foram dados para mostrar que Jesus é o Filho de Deus e o Profeta, pois Ele conhece o futuro”, continuou.

Nicodemus finaliza dizendo que, desde que Jesus falou sobre os sinais, tudo vem se cumprindo: “Nunca parou de ter guerras, pandemias, pestes, doenças, perseguições, falsos profetas. Sempre teve [tudo isso], em algumas épocas mais, em outras menos”.

“Esses sinais foram dados, não para marcar a data da vinda Dele, mas para termos certeza de que isso vai acontecer [Jesus vai voltar]”, concluiu.

FONTE: GUIAME, CRIS BELONI

Catar: como é a realidade dos cristãos no país da Copa do Mundo

 

Culto na Assembleia de Deus Bethel – Doha Catar. (Foto: Facebook/Igreja Bethel AG Doha Catar)

Apesar da relativa liberdade religiosa, os cristãos, que correspondem 9,6% da população do Catar, sofrem pressões e as igrejas só funcionam sob égide de denominações reconhecidas pelo governo.

Catar ou Qatar, uma península localizada no litoral do Golfo Pérsico, no oriente Médio, está em evidência em todo a mídia. Os holofotes apontados para o pequeno emirado são devidos à maior competição de esporte único: a Copa do Mundo de futebol.

A cerimônia de abertura da Copa do Catar aconteceu no domingo (20), às 11h (horário de Brasília).

Segundo a Forbes, em 2022 o país, que faz fronteira com a Arábia Saudita e é separado por um estreito do Golfo Pérsico do Bahrein, foi considerado o 4º mais rico do mundo.

Comandado pela família al-Thani, que ganhou esse direito político concedido pelo Reino Unido e pelo Império Otomano, o país asiático tem uma população de aproximadamente 2,8 milhões de habitantes. Do total, cerca de 75% são estrangeiros, representados especialmente pelos indianos. Quase 90% da população vive na área urbana.

De acordo com o Qatar Statistics Authority, a população masculina atual é de aproximadamente 2.036.932 homens e cerca de 646.575 mulheres. Esses números fazem do Catar o país com o maior número de homens para cada mulher.

Estrangeiros

Outras comunidades estrangeiras também ajudam a compor a população catariana, entre elas nepalenses, filipinas, paquistanesas e de outras nacionalidades menos representativas. Segundo dados do país, cerca de 800 brasileiros vivem no Catar.

A dinastia reinante no Catar está no poder desde 1825. Após a renúncia sobre a região do Catar pelos otomanos, o país passou a ser um protetorado britânico, em 1916. Quase 60 anos depois, país conquistou sua independência do Reino Unido, e se tornou um Estado Soberano.

Só em 2003, uma Constituição foi aprovada após um referendo com cerca de 98% de aprovação. O Catar corresponde a uma Monarquia Absolutista e Constitucional. No Catar, partidos políticos são proibidos e não há legislatura independente.

Religião

A principal religião do país é o islamismo, mas outras crenças em minoria podem ser praticadas no país entre elas o cristianismo.

Aproximadamente 9,6% da população do Catar é cristã, formada em sua imensa maioria por trabalhadores filipinos, indianos e libaneses, além de alguns convertidos do islamismo.

Apesar de grupos missionários estrangeiros não ter permissão para trabalhar no país, a Copa do Mundo é uma oportunidade para evangelizar no Catar.

Sociedade Bíblica divulgou que irá distribuir exemplares do Novo Testamento e do Evangelho de João durante a competição. A tradução será em 14 idiomas, entre eles o árabe, inglês, francês, alemão, hindi, italiano, malaiala, nepalês, português e cingalês.


Assembleia de Deus Bethel – Doha Catar. (Foto: Facebook/Igreja Bethel AG Doha Catar)

As Bíblias serão oferecidas aos turistas de várias nacionalidades que visitarão o país árabe e aos trabalhadores imigrantes.

“Nosso mandato como Sociedade Bíblica é acender esperança, cuidado e amor nos corações de milhares”, declarou o Dr. Hrayr Jebejian, secretário-geral da Sociedade Bíblica no Golfo.

Igrejas cristãs

Segundo a Religion and Public Life, antes da construção contínua de igrejas, os cristãos se reuniam em casas particulares e centros comunitários para adoração. Tanto o governo quanto os líderes cristãos promovem a necessidade de discrição e comunicação amigável, e os símbolos cristãos não são permitidos no exterior das igrejas.

Entre a minoria cristã, os católicos romanos encabeçam a lista, seguidos por protestantes, anglicanos e cristãos não afiliados. Apenas seis igrejas são reconhecidas pelo governo do Catar: católica romana, anglicana, ortodoxa grega, ortodoxa síria, copta e cristã indiana.

As denominações menores não reconhecidas oficialmente, em grande parte protestantes, devem realizar cultos sob o amparo de um dos seis grupos reconhecidos. A Igreja Anglicana abriga sessenta evangélicos, protestantes e pentecostais.

Aos poucos, as igrejas estão conseguindo algumas conquistas. Segundo a Religion and Public Life, várias já foram construídas e outras foram aprovadas para construção futura.

“Uma igreja católica foi inaugurada em março de 2008, cujo terreno foi doado diretamente ao Emir, Sheikh Hamad bin Khalifa. Uma Igreja Anglicana foi consagrada em setembro de 2013 com capacidade para 15.000 lugares e é supervisionada pela Diocese Anglicana de Chipre e do Golfo”, diz a RPL.

A instituição, ligada à Harvard Divinity School, diz ainda que várias outras igrejas estão planejadas para o mesmo complexo, conhecido como Complexo Religioso de Mesaymir ou “Cidade da Igreja”, um movimento visto como consistente com os esforços do Catar para modernizar e atrair trabalhadores expatriados.

Liberdade religiosa

Apesar da relativa liberdade religiosa, o Catar figura em 18º lugar na lista da perseguição da Portas Abertas.

As mullheres enfrentam restrições e limitações aos direitos humanos devido à sharia (conjunto de leis islâmicas). Elas são obrigadas a obedecer ao marido, serem vulneráveis à violência doméstica e restringidas legalmente de herdar metade do que um familiar masculino nas mesmas condições receberia.


Culto na Assembleia de Deus Bethel – Doha Catar. (Foto: Facebook/Igreja Bethel AG Doha Catar)

No Catar, os homens são mais visíveis na esfera pública e, portanto, estão à frente da interação com as autoridades. Os que estão na liderança cristã são obrigados a relatar detalhes das atividades da igreja.

Os homens cristãos ex-muçulmanos não são imunes à pressão doméstica. Quando a conversão se torna conhecida, a família pode ameaçar de tirar as esposas e os filhos e colocá-los com outra família. A fé cristã de um pai jamais deve ser compartilhada com um filho. 

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO G1 E RELIGION AND PUBLIC LIFE

sábado, 26 de novembro de 2022

É TEMPO DE CONQUISTAR



CONQUISTANDO PELA FÉ



Josué 3 – 4

Há alguns anos o ex-primeiro ministro britânico Benjamim Disraeli disse: “o mundo jamais foi conquistado por intrigas; antes, foi conquistado pela fé”.

O livro de Josué concentra-se na fé de Israel como nação. Ele trata de questões que vão além de história antiga, daquilo que Deus fez séculos atrás pelos israelitas. Josué diz respeito a sua vida e à vida da Igreja nos dias de hoje, ao que Deus quer fazer aqui e agora pelos que crêem nele. Ele trata da vitória da fé e da glória que Deus recebe quando seu povo crê e obedece.

Em Josué 3 e 4, podemos aprender três coisas essenciais para que possamos conquistar pela fé e tomarmos posse de tudo o que Deus tem para nós: a palavra da fé, a jornada de fé e o testemunho da fé.

1. A PALAVRA DA FÉ (Js 3:1-13) - Enquanto a nação estava aguardando à beira do rio Jordão, o povo deve ter ficado imaginando o que Josué pretendia fazer. Por certo, ele não ia pedir que atravessassem o rio a nado, pois era a estação das cheias e o rio estava cheio (Js 3:15). Não tinham como construir barcos nem balsas para transportar mais de um milhão de pessoas pela água até o outro lado. Além disso, ao se aproximarem desse modo da terra, seriam alvo fácil para os inimigos.

Como Moisés antes dele, Josué recebia ordens do Senhor e lhes obedecia pela fé. “E, assim, a fé vem pelo ouvir a mensagem da Palavra de Cristo” (Rm 10:17). Alguém disse bem: “que ter fé não é crer apesar das evidências, mas sim obedecer apesar das consequências”. A vida de fé sempre nos leva a agir. “Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta” (Tg 2:26).

O Senhor deu aos israelitas toda a informação que precisavam para realizarem a tarefa que lhes atribuía (Js 3.1-13). São encontradas as condições que deveriam preencher, as ordens que deveriam obedecer e as promessas nas quais deveriam crer. Deus sempre dá sua “Palavra da fé” a seu povo quando pede que o siga para a conquista. Com seus mandamentos, ele concede a capacitação e as promessas de Deus não falham. “Nem uma só palavra falhou de todas as suas boas promessas” (1 Rs 8:56).

2. A JORNADA DE FÉ (JS 3:14-17) - Durante a maior parte do ano, o rio Jordão tinha pouco mais de trinta metros de largura, mas na época das cheias de primavera, o rio transbordava sobre as margens e chegava a ter mais de um quilômetro e meio de largura. Assim que os sacerdotes carregando a arca colocaram os pés no rio, as águas pararam de correr e se detiveram como muros, cerca de trinta quilômetros rio acima, perto de uma cidade chamada Adã. Foi um milagre de Deus em resposta à fé de seu povo.

É preciso darmos um passo de Fé (JS 1:3) se não “molharmos nossos pés”, é pouco provável que tenhamos grandes progressos em nossa vida e serviço para Cristo. Quando Israel atravessou o Jordão, não foi o braço obediente do líder que operou o milagre, mas sim os pés obedientes do povo. Se não estivermos dispostos a dar um passo de fé e obedecer à Palavra do Senhor, Deus não abrirá o caminho para nós.

Não podemos ficar parado na vida cristã: ou avançamos pela fé, ou regredimos em incredulidade. Mas, antes de agirmos, precisamos crer em Deus e nos santificarmos para o agir poderoso dele. Deus abriu o rio, mas o povo teve que atravessá-lo. Às vezes há uma inércia espiritual no meio do povo de Deus. Quando as oportunidades estão diante de nós, quando Deus abre o rio, devemos atravessar.

Boa parte dos problemas é resultado de desobediência ou descaso para com a Palavra de Deus. Então, resolva que você vai colocar a sua vida em ordem diante do Senhor e vai começar a andar com ele pela fé. Santifique-se e viva, para a glória de Deus.

3. O TESTEMUNHO DA FÉ (Js 4:1-24) - O Senhor estava no controle de tudo o que ocorreu no rio Jordão naquele dia. Disse aos sacerdotes quando entrar no rio e quando sair dele e ir para a outra margem. Ordenou às águas quando deveriam se deter e quando retomar o curso. Tanto as águas quanto o povo obedeceram ao Senhor, e tudo correu de acordo com os planos de Deus. Foi um dia que glorificou ao Senhor e que engrandeceu seu servo, Josué (Js 4:14).

O povo de Israel ergueu dois montes de pedras como memoriais da travessia do rio Jordão: doze pedras em Gilgal (vv. 1-8, 10-24) e doze pedras no meio do rio (v. 9). Esses monumentos eram testemunhas de que Deus honra a fé e opera em favor daqueles que confiam nele.

Na vida cristã, você é vencedor ou vencido, vitorioso ou vítima. Afinal, Deus não nos salvou para nos transformar em estátuas para exibição. Fomos salvos para que nos transformasse em soldados, avançando pela fé a fim de tomar posse de nossa rica herança em Cristo Jesus. Moisés expressou esse fato com perfeição: “Dali nos tirou, para nos levar e nos dar a terra” (Dt 6:23).

Hoje a muita gente do povo de Deus com a ideia equivocada quanto a salvação – ser liberto da escravidão do Egito – é tudo o que há na vida cristã, quando, na verdade, a salvação é apenas o começo. Tanto em nosso crescimento pessoal quanto em nosso serviço ao Senhor “ainda muitíssima terra ficou para se possuir” (Js 13:1). O tema do Livro de Josué também é o tema do Livro de Hebreus: “Deixemo-nos levar” (Hb 6:1), e a única forma de fazer isso é pela fé. Portanto, que você possa se lembrar disso e ter esperança, coragem e força para viver.

Pr. Eli Vieira

AINDA HÁ ESPERANÇA



Como transformar a desespero em cântico de vitória?

Texto: Habacuque 1-3

Há um provérbio Chinês que diz: “Jamais se desespere em meio as sombrias aflições de sua vida, pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda”.

O profeta Habacuque foi contemporâneo de Naum, de Sofonias e de Jeremias durante os reinados de Josias (640-609 a.C.) e de Jeoaquim (609-598 a.C.). A Assíria havia saído de cena, e a Babilônia (“os caldeus”) estava no poder. Nabucodonosor havia derrotado o Egito em 605 a.C. e estava prestes a atacar Judá. Jeremias havia anunciado que a Babilônia invadiria Judá, destruiria Jerusalém e o templo e enviaria a nação para o exílio. Isso ocorreu em 606-586 a.C.

Seu nome significa “abraçar” ou “lutar”, e em seu livro ele faz as duas coisas. Seu conflito com Deus foi entender como um Deus santo podia usar uma nação perversa como a Babilônia para disciplinar o povo de Judá, e assim, pela fé, aceitou o que Deus lhe disse e apegou-se a suas promessas. Habacuque também lutou contra o declínio espiritual de sua nação e perguntou-se por que Deus não estava tomando uma providência. O profeta desejava ver o povo renovado (Hc 3:2), mas Deus não estava respondendo às suas orações.

A declaração de Habacuque: “mas o justo viverá pela sua fé” (Hc 2:4) é citada três vezes no Novo Testamento (Rm 1:17; Cl 3:11; Hb 10:38). A ênfase em Romanos é sobre o justo, em Gálatas sobre como ele deve viver e em Hebreus sobre a fé propriamente dita. O profeta Habacuque nos desafia mesmo em meio as aflições da vida a não perdermos a nossa esperança, por isso ele fala hoje, que ainda há esperança.

1-PORQUE DEUS CONHECE OS NOSSOS PROBLEMAS – Hc 1

O primeiro capítulo de Habacuque fala de uma sentença, um peso, uma mensagem difícil de ser entendida e mais difícil ainda de ser engolida. Nesse capítulo, o profeta escancara as tensões da sua alma e expressa sem rodeios os dilemas que assaltam seu coração. Dois grandes conflitos são vividos por Habacuque.

O primeiro é o prevalecimento do mal e a aparente inação e demora de Deus. Suas orações não são respondidas com a urgência que as endereçou ao céu.

O segundo conflito é a resposta surpreendente da sua oração. A resposta de Deus deixou o profeta mais alarmado e esmagado que o seu silêncio. Deus disse a Habacuque que os caldeus sanguinários, truculentos e expansionistas estavam vindo contra Judá não ao arrepio da sua vontade, mas em obediência ao seu chamado.

Meus irmãos tempos de crises geram questionamentos, porém, o profeta fez a coisa certa: levou seus problemas para o Senhor. Assim podemos ver:

1 .1. PORQUE DEUS É TÃO INDIFERENTE? ” (HC 1:2-11)

Uma vez que era um homem perceptivo, Habacuque sabia que o reino de Judá estava se deteriorando rapidamente. Desde a morte do rei Josias, em 609 a.C., suas reformas religiosas haviam sido esquecidas, e seu filho e sucessor, Jeoaquim, vinha conduzindo a nação cada vez mais para perto da calamidade (se você deseja saber o que Deus pensava de Jeoaquim, leia Jr 22:13-19).

A preocupação do profeta (vv. 2, 3). O vocabulário de Habacuque neste capítulo indica que os tempos eram difíceis e perigosos, pois ele usa palavras como violência, iniquidade, destruição, contendas e injustiça. Habacuque orou pedindo a Deus que tomasse uma providência quanto à violência, às contendas e às injustiças na terra, mas Deus pareceu não ouvir.

A causa fundamental (v. 4). Os problemas de Judá eram causados por líderes que não obedeciam à lei. “Por esta causa, a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta, porque o perverso cerca o justo, a justiça é torcida” (v. 4). Os ricos exploravam os pobres e escapavam do castigo subornando os oficiais.

O conselho do Senhor (vv. 5-11). Deus respondeu a Habacuque e garantiu-lhe que, ainda que seu servo não pudesse ver, o Senhor estava operando em meio às nações.

Essa não era a resposta que Habacuque estava esperando. Sua esperança era que Deus enviasse a seu povo um reavivamento (ver Hc 3:2), julgasse os líderes perversos e estabelecesse a justiça na terra. Só assim, a nação poderia escapar do julgamento, e o povo e as cidades seriam poupados.

Haviam tentado a longanimidade de Deus tempo suficiente, e era chegada a hora do Senhor agir.

1.2. ” COMO DEUS PODE SER TÃO INCOERENTE?” (HC 1:12-17)

Para Habacuque, a primeira resposta de Deus, na verdade, não havia sido uma resposta coisa nenhuma. Na verdade, só havia criado um novo problema ainda mais desconcertante: a incoerência da parte de Deus. Como era possível um Deus santo usar uma nação perversa para castigar seu povo especial?

A santidade de Deus (vv. 12, 13). O profeta concentrou-se no caráter de Deus, como Jonas ao discordar do que Deus estava fazendo (Jn 4:2). Nas palavras de G. Campbell Morgan: “Os homens de fé são sempre os homens que devem confrontar os problemas”, pois quem crê em Deus, às vezes se pergunta por que ele permite que certas coisas aconteçam. Mas não se esqueça de que existe uma diferença entre dúvida e incredulidade.

Era preciso que o profeta se lembrasse de dois fatos: (1) Deus havia usado outros instrumentos para disciplinar seu povo – guerras, calamidades naturais, a pregação dos profetas -, mas eles não haviam dado ouvidos; (2) Quanto maior o conhecimento, maior a responsabilidade. Sem dúvida, os babilônios eram pecadores perversos, mas eram idólatras e não conheciam o verdadeiro Deus vivo. Isso não desculpava seus pecados (Rm 1:18ss), mas explicava sua conduta.

A fragilidade do povo (vv. 14, 15). Depois de apresentar seu caso tomando por base a santidade de Deus, Habacuque argumentou do ponto de vista da fragilidade do povo (vv. 14, 15). Judá jamais seria capaz de sobreviver a um ataque dos ferozes babilônios. Para eles, a vida não tinha valor algum, e os prisioneiros de guerra eram sacrificáveis. As pessoas eram como peixes a ser fisgados ou répteis marinhos a ser capturados em redes varredouras.

A arrogância do inimigo (vv. 16, 17). A terceira abordagem do profeta foi ressaltar como os babilônios viviam e adoravam. Seu deus era o poder (ver Hc 1:11), confiavam em sua força militar (“a sua rede”; vv. 16, 1 7) e idolatravam a violência. Os babilônios eram “soberbos” (Hc 2:4) em sua arrogância e autoconfiança. Como era possível Deus honrá-los ao dar-lhes vitória sobre Judá? Deus estava enchendo a rede deles de vítimas, e os caldeus estavam esvaziando a rede ao destruir uma nação após a outra (Hc 1:1 7).

Habacuque poderia ter dito mais coisas sobre a religião abominável dos babilônios. Acreditavam numa miríade de deuses e deusas, sendo Bel o cabeça do panteão. Anu era o deus do céu, Nebo, o deus da literatura e da sabedoria e Nergal, o deus do Sol. A feitiçaria era uma parte importante de sua religião, que incluía a adoração a Ea, o deus da magia. Seus sacerdotes praticavam adivinhações e usavam agouros, sendo que todas essas coisas eram proibidas pela lei de Moisés. Parecia sem sentido algum o Senhor permitir a tal povo espiritualmente ignorante

Mas, Habacuque estava deixando de observar o que Judá não precisava de grande poderio militar, mas sim de fé obediente em Deus.

II- PORQUE DEUS RESPONDE A ORAÇÃO DO SEU SERVO – Hc 2

Neste capítulo o profeta se dispõe a vigiar e esperar a resposta do Senhor(2.1ss).O segundo capítulo fala de uma visão. O profeta deveria escrever a visão num outdoor para todos lerem. A visão que Deus revela anuncia que o soberbo vai perecer, mas o justo vai sobreviver à crise, pois ele viverá pela fé. Os caldeus, por pensarem que seu poder emanava de suas próprias mãos e de seus ídolos mudos, cairiam, sem jamais serem levantados, mas o povo de Deus, que vive pela fé, seria restaurado.

Juntemo-nos a Habacuque na torre de vigia, seu santuário, e ouçamos o que o Senhor lhe disse. Quando Deus falou a seu servo, incumbiu-o de três responsabilidades.

2.1. ESCREVA A VISÃO DE DEUS (HC 2:1-3) – O profeta viu-se como um vigia nos muros de Jerusalém esperando uma mensagem de Deus que pudesse transmitir ao povo. Na antiguidade, os vigias (ou “atalaias”) eram responsáveis por alertar a cidade de qualquer perigo que se aproximasse, e se não fossem fiéis, o sangue do povo que morresse ficaria nas mãos deles (Ez 3:17-21; 33:1-3). Tratava-se de uma grande responsabilidade.

A imagem do vigia tem uma lição espiritual para nós nos dias de hoje. Como povo de Deus, devemos saber que o perigo se aproxima, e é nossa responsabilidade alertar as pessoas a “fugir da ira vindoura” (Mt 3:7).

Contemplar a glória de Deus e crer na Palavra de Deus dá-nos fé para aceitar a vontade de Deus. Não estaríamos estudando este livro hoje se Habacuque não tivesse obedecido às ordens de Deus e escrito o que o Senhor lhe havia dito e mostrado. Este texto deveria ser registrado de modo permanente, a fim de que geração após geração pudesse lê-lo.

2.2. CONFIE NA PALAVRA DE DEUS (Hc 2:4,5) – Aqui, o contraste apresentado é entre pessoas de fé e pessoas que, em sua arrogância, confiam em si mesmas e deixam Deus de fora de sua vida. A aplicação imediata era aos babilônios. O pecador. Os babilônios eram “soberbos”, cheios de orgulho de seu poderio militar e de suas grandes conquistas. Haviam construído um império impressionante, o qual estavam certos de ser invencível. As palavras de Nabucodonosor expressam perfeitamente esse fato: “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e para glória da minha majestade?” (Dn 4:30).

O justo. E agora, o contraste: “mas o justo viverá pela sua fé” (Hc 2:4b; ver Rm 1:1 7; Gl 3:11; Hb 10:38). Essa é a primeira de três certezas maravilhosas que Deus dá neste capítulo para estimular seu povo. Ela enfatiza a graça de Deus, pois a graça e a fé sempre andam juntas.

As palavras “o justo viverá pela sua fé” foram o lema da Reforma e podem muito bem ter sido as mais importantes de toda a história da Igreja. Foi o versículo 4, citado em Romanos 1:17, que ajudou a levar Martinho Lutero à verdade da justificação pela fé. “Esse texto”, disse Lutero, “foi para mim a verdadeira porta do Paraíso”.

A glória de Deus – Habacuque 2:14 ressalta a glória de Deus e nos assegura de que, apesar de este mundo estar cheio de violência e de corrupção (Gn 6:5, 11-13), um dia ele se encherá da glória de Deus.

A Soberania – Habacuque 2:20 e enfatiza a soberania de Deus. Os impérios podem se elevar e cair, mas Deus está assentado em seu santo trono e é o Rei dos reis e Senhor dos senhores.

A vitória. Não somos apenas salvos pela fé (Ef 2:8, 9), mas também instruídos a viver pela fé. “E esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 Jo 5:4). A fé é um modo de vida exatamente oposto à “soberba” e à dependência dos próprios recursos. Habacuque sabia que o povo de Judá teria pela frente tempos difíceis e que seu único recurso era confiar na Palavra de Deus e descansar em sua vontade.

Viver pela fé significa crer na Palavra de Deus e lhe obedecer, independentemente de como nos sentimos, do que vemos ou de quais possam ser as consequências. Esse fato é ilustrado em Hebreus 11, o famoso capítulo da Bíblia sobre os “heróis da fé”.

Alguém disse bem que ter FÉ NÃO É CRER APESAR DAS EVIDÊNCIAS, MAS SIM OBEDECER APESAR DAS CONSEQUÊNCIAS, DESCANSANDO NA FIDELIDADE DE DEUS.

2.3 . DECLARE O JULGAMENTO DE DEUS (Hc 2:6-20) – Para os judeus fiéis na terra, Deus seria refúgio e força (Na 1:7; Sl 46), mas para os perversos babilônios, seria um Juiz que, a seu tempo, os castigaria por seus pecados e lhes daria o que mereciam. Em seu “cântico de escárnio”, Deus pronuncia “ais” sobre cinco pecados diferentes, todos eles comuns no mundo de hoje.

Ambição egoísta (vv. 6-8). A ambição, em si, pode ser uma coisa boa, mas é ruim se motiva as pessoas a serem gananciosas, egoístas e agressivas. “[Esforço-me], deste modo, por pregar o evangelho” (Rm 1 5:20), disse Paulo, e Deus honrou essa santa ambição.

Ganância (vv. 9-11). De acordo com Efésios 4:28, há três maneiras de se obter riqueza: você pode trabalhar por ela, roubá-la ou recebê-la de presente. Roubar é uma transgressão do oitavo mandamento: “Não furtarás” (Êx 20:15). “Nenhum indivíduo ou nação pode construir muros altos o suficientes para deixar Deus de fora”.

Exploração do povo (vv. 12-14). A Babilônia foi construída com o sangue de vítimas inocentes que os babilônios derramaram. Foi construída por prisioneiros de guerra, cujo trabalho escravo era explorado ao máximo.

A QUEDA DA “GRANDE BABILÔNIA” É UMA LEMBRANÇA PARA NÓS DE QUE AQUILO QUE O HOMEM CONSTRÓI SEM DEUS NÃO PODE DURAR.

Embriaguez e violência (vv. 15-17). Esse retrato repulsivo pode ser interpretado tanto pessoal quanto nacionalmente. Ao mesmo tempo que a Bíblia não exige abstinência total, adverte sobre os males das bebidas fortes (Pv 20:1; 21:1 7; 23:20, 21,29-35; Rm 13:13; Gl 5:21; 1 Ts 5:7). A embriaguez e o comportamento sensual com frequência andam juntos (Gn 9:20-27; 19:30-38; Rm 13:11-14).

Idolatria (vv. 18-20). Infelizmente, o povo de Judá também era culpado desse pecado, pois, durante os anos de declínio do reino, adoraram os deuses de outras nações.

A idolatria não apenas é uma forma de desobediência à Palavra de Deus, como também é tola e fútil. De que vale um deus feito pelo homem? É muito mais racional adorar ao Deus que fez o homem (ver Rm 1:1 8ss)! A idolatria não só é inútil (ver Sl 11 5), mas também causa verdadeiro mal ao ensinar mentiras (Hc 2:18) e ao dar às pessoas uma falsa segurança de que ídolos sem vida podem ajudá-las. Para um exemplo comovente desse tipo de raciocínio tolo, leia Jeremias 44.

Os ídolos são substitutos mortos do Deus vivo (Sl 115). Tudo aquilo de que as pessoas se agradam além de Deus, tudo aquilo a que se dedicam e pelo que se sacrificam, tudo aquilo que não podem viver sem é um ídolo e, portanto, condenado por Deus.

Também é possível adorar e servir a coisas como carros, casas, barcos, jóias e obras de arte. Ainda que todos nós apreciemos objetos bonitos e úteis, uma coisa é possuí-los e outra bem diferente é ser possuído por eles. De acordo com Albert Schweitzer:

“Qualquer coisa que tiver e que não seja capaz de dar é algo que não possui, mas sim que possui você”. Encontrei pessoas que idolatravam seus filhos e netos a ponto de se recusarem a permitir que estes sequer considerassem dedicar sua vida ao serviço cristão.

A posição social pode ser um ídolo, bem como a realização profissional. Para alguns, seu ídolo é o apetite (Fp 3:19; Rm 16:18) e vivem apenas em função de sentir prazer carnal. A capacidade intelectual pode ser um ídolo terrível (2 Co 10:5), quando as pessoas adoram seu Ql e recusam-se a submeter-se à Palavra de Deus.

Deus conclui sua resposta a Habacuque dando-lhe uma terceira certeza: “O Senhor , porém, está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra” (Hc 2:20; ver Sl 11:4).

A primeira certeza ressaltava a graça de Deus (Hc 2:4), e a segunda, a glória de Deus (v. 14). Essa terceira certeza concentra-se na soberania de Deus; ele está assentado em seu trono e tem o controle de todas as coisas.

Ao compreender o significado das três grandes certezas que Deus lhe deu, passou da preocupação e da vigilância à adoração. No capítulo de encerramento de seu livro, compartilhará conosco a visão que recebeu de Deus e a diferença que isso fez na vida dele.

III- POR ISSO DEVEMOS ADORAR A DEUS INDEPENDENTE DAS CIRCUNSTÂNCIAS Hc 3

O terceiro capítulo fala de um cântico. O profeta, que começa o livro chorando, termina-o cantando. Seu cântico não é em virtude da mudança circunstancial. As circunstâncias continuavam pardacentas, mas a verdade de Deus enchera sua alma de esperança. Deus descortinara para o Seu profeta Seu propósito, mostrara a ele Sua soberania, e agora, em vez de questionar a Deus, Habacuque clama por avivamento e se alegra em Deus, a despeito da situação.

O que levou Habacuque do vale para o alto do monte? As mesmas disciplinas espirituais que também podem nos elevar: oração, visão e fé. Habacuque intercedeu pela obra de Deus (vv. 1, 2), meditou sobre os caminhos de Deus (vv. 3-15) e afirmou a vontade de Deus (vv. 16-19).

3.1. ORAÇÃO : ORE PELA OBRA DE DEUS (Hc 3:1, 2) – Este capítulo é um “salmo de oração” que pode ter sido usado na adoração no templo de Jerusalém.’ (Para outros “salmos de oração”, ver Sl 17; 86; 90; 102 e 142.).O profeta começou a orar ao Senhor e não discutir com o Senhor, e sua oração logo se transformou em louvor e adoração.

Ele orou porque havia ouvido Deus falar. O termo “declarações” é o mesmo que “relatos” e refere-se ao que Deus havia lhe dito anteriormente (Hc 2:2, 3). Conhecer a vontade de Deus deve nos levar a orar pedindo: “Seja feita a tua vontade”. O mesmo Deus que determina os fins também determina os meios para alcançar esses fins.

D. L. Moody disse: “Costumava pensar que devia fechar minha Bíblia e orar pedindo fé, mas percebi que era por meio do estudo da Palavra que obteria a fé”.

A. W. Tozer disse: “CONHECER A DEUS É, AO MESMO TEMPO, A COISA MAIS FÁCIL E A MAIS DIFÍCIL DO MUNDO”. Deus certamente tem a capacidade de se revelar a nós, pois para ele nada é impossível; porém, Deus tem dificuldade em achar alguém que esteja pronto para encontra-se com ele.

Por fim, Habacuque orou porque desejava que Deus mostrasse misericórdia. O profeta concordava que o povo de Deus merecia ser disciplinado e que a disciplina de Deus seria para o bem, mas pediu que o coração amoroso do Senhor se revelasse em sua misericórdia.

NAS PALAVRAS DE CHARLES SPURGEON: “QUER GOSTEMOS QUER NÃO, A REGRA NO REINO É PEDIR”. O que o mundo de hoje mais precisa é de intercessores. “Viu que não havia ajudador algum e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor” (Is 59:16).

3.2 . VISÃO: MEDITE SOBRE A GRANDEZA DE DEUS (HC 3:3-15) – É pouco provável que, nos dias de hoje, o Senhor nos dê uma visão como a de Habacuque, mas pelo fato do profeta tê-la registrado na Palavra, podemos meditar sobre ela e deixar que o Espírito a use para nos ensinar.

DEUS REVELA SUA GRANDEZA NA CRIAÇÃO, NAS ESCRITURAS E NA HISTÓRIA, E SE TIVERMOS OLHOS PARA VER, PODEMOS CONTEMPLAR SUA GLÓRIA.

Deus veio em esplendor (vv. 3-5). De acordo com alguns estudiosos, o monte Parã é outro nome para toda a península do Sinai ou para o próprio monte Sinai (Dt 33:2).

Tudo nessa estrofe revela a glória de Deus. Ele é chamado de “Santo” (Hc 3:3; ver 1:12), nome usado em Isaías pelo menos trinta vezes. A expressão: “A sua glória cobre os céus” (Hc 3:3) é um antegozo do tempo em que sua glória cobrirá toda a Terra (Hc 2:14). A aparência de Deus é como a de um relâmpago que cruza os céus antes da tempestade. Toda a criação participa da adoração, uma vez que “a terra se enche do seu louvor”. O esplendor de Deus era como o nascer do Sol, porém muito mais intenso (ver Mt 17:2). Raios saíam de sua mão, em que estava oculto o seu poder (Hc 3:4).

O versículo 5 nos leva para o Egito, onde Deus revelou seu poder e glória nas pragas e pestes que devastaram a terra e que tiraram a vida dos primogênitos (Êx 7 – 12).

O Senhor deteve-se em poder (vv. 6, 7). Numa invasão, os generais avançam para ganhar terreno ou recuam em retirada, mas o Senhor simplesmente se deteve e, destemido, encarou o inimigo. Na verdade, mediu a terra calmamente, como sinal de que ela era sua propriedade. Medir algo era indicação de que aquilo lhe pertencia e de que você poderia fazer disso o que bem entendesse.

Deus marchou em vitória (vv. 8-15). Habacuque usa imagens poéticas dinâmicas para descrever a marcha de Israel pelo deserto seguindo o Senhor até a Terra Prometida e, depois, ao tomar posse de sua herança.

Nesse hino, Habacuque descreve seu Deus, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, e o Deus e Pai da nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é o Deus da glória que revela sua glória na criação e na história. Ele é o Deus vivo que faz com que os ídolos mortos das nações pareçam ridículos. Ele é o Deus de poder que pode comandar o céu, a terra e o mar e, portanto, ele é o Deus da vitória que conduz seu povo em triunfo.

Não há substitutos para uma teologia correta – nem sermões nem cânticos. A superficialidade dos sermões, livros e cânticos da atualidade pode ser o principal fator a contribuir para o enfraquecimento da igreja e para o crescimento do “entretenimento religioso” em encontros nos quais deveríamos estar louvando a Deus. O QUE ELEVOU HABACUQUE ATÉ O ALTO DO MONTE FOI SUA COMPREENSÃO DA GRANDEZA DE DEUS.

Precisamos voltar ao tipo de adoração que se concentra na glória de Deus e buscar honrar somente o Senhor.

3.3. FÉ: AFIRME A VONTADE DE DEUS (Hc 3:16-19) – Essa é uma das mais magníficas confissões de fé das Escrituras. Habacuque encarou o fato assustador de que a nação seria invadida por um inimigo inclemente. O profeta sabia que muitos do povo iriam para o exílio e que muitos outros seriam mortos. A terra seria devastada, e Jerusalém e o templo seriam destruídos. E, no entanto, declara ao Senhor que confiaria nele em qualquer circunstância!

Ouça sua confissão de fé -“Esperarei pacientemente no Senhor” (v. 16). Se Habacuque tivesse dependido de seus sentimentos, jamais teria escrito essa magnífica confissão de fé. Ao olhar para o futuro, Habacuque viu a nação rumando para a destruição.

ANDAR PELA FÉ SIGNIFICA CONCENTRAR-SE NA GRANDEZA E NA GLÓRIA DE DEUS.

Não importa o que vemos nem como nos sentimos, devemos depender das promessas de Deus e não permitir que nos desintegremos. “Descansa no Senhor e espera nele” (Sl 37:7).

Ao longo dos anos disse Wiersbe, aprendi três versículos que têm me ajudado a esperar pacientemente no Senhor: “Não temais; aquietai-vos” (Êx 14:13), “Espera” (Rt 3:18) e “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” (Sl 46:10).

Sempre que nos sentimos agitados, podemos estar certos de que precisamos parar, orar e esperar no Senhor antes de fazer alguma tolice.

“Eu me alegrarei no Senhor” (vv. 17,18). Depois que os babilônios passassem por Judá, não restaria muita coisa de valor (Hc 2:17). Destruiriam as construções, saqueariam os tesouros e devastariam lavouras e pomares. A economia se desintegraria, e não haveria motivo para cantar. Contudo, Deus ainda estaria assentado em seu trono, cumprindo os propósitos divinos para seu povo (Rm 8:28). Habacuque não podia se alegrar com suas circunstâncias, mas podia se alegrar em seu Deus!

Habacuque descobriu que Deus era sua força (Hc 3:19) e também seu cântico e sua salvação (ver Is 12:1, 2; Êx 15:2; Sl 118:14), portanto, não precisava temer coisa alguma.

“Confiarei no Senhor” (v. 19). Este é o motivo pelo qual Deus permite que passemos por provações: elas podem nos aproximar dele e nos elevar acima das circunstâncias para que andemos nas alturas com o Senhor.

Nas palavras do grande comentarista inglês, G. Campbell Morgan: “Nossa alegria é proporcional a nossa confiança. Nossa confiança é proporcional a nosso conhecimento de Deus”.

OS MISSIONÁRIOS MÁRTIRES NO EQUADOR – Cinco homens – todos eles jovens – com personalidades diferentes, provenientes de diversas zonas do Estados Unidos, chegaram ao Equador com um objetivo comum. Todos eles tinham respondido a uma mesma chamada: a de pregar o evangelho onde ele nunca tinha sido pregado. Um mesmo e terrível povo estava no coração deles: os Aucas. No entanto, para evangelizá-los, deveriam estar dispostos a pagar o preço.

A história de Jim Elliot e seus quatro amigos é uma das histórias missionárias mais empolgantes e inspiradoras.
Jim Elliot nasceu em 8 de Outubro de 1927 na cidade de Portland, no estado americano de Oregon. Jim pertencia a uma família cristã dedicada ao Senhor; desde cedo foi instruído nos caminhos de Deus, e veio a receber a Cristo como seu salvador aos 8 anos de idade. Fred, um pastor batista, e Clara Elliot, seus pais, eram bastante cuidadosos quanto à instrução bíblica de seus filhos e exerceram forte influência na formação de suas vidas.
Jim recusou convites para pastorear em algumas igrejas nos ministérios da juventude. Para alguns líderes, Jim tinha um futuro bastante promissor no ministério pastoral nas igrejas do EUA. Por esta razão foi criticado quando insistia em sua decisão em levar o evangelho de seu Salvador aos índios na Amazônia. Jim convenceu dois de seus amigos (Ed mcCully e Peter Fleming) que trabalhavam com ele numa rádio de difusão do evangelho a participarem da escola linguística, juntamente com ele e Elisabeth.

Pouco tempo depois, um grupo de quatro índios visitaram os missionários em seu acampamento. Os missionários deram-lhes presentes e alimentos como um sinal de paz. Outros contatos foram feitos por mais algumas vezes e um daqueles índios chegou a voar com Nate Saint em seu avião, sobrevoando sua própria aldeia. Incentivados por uma visita no dia 7 de Janeiro, os missionários decidiram ir até a aldeia dos huaoranis. Acordaram cedo e louvaram ao Senhor na manhã de 8 de Janeiro. Nate e Jim sobrevoando a área da aldeia dos aucas avistaram um grupo de 20 a 30 índios se movendo em direção ao acampamento. Através do rádio comunicaram com suas esposas e decidiram ás 16:30 entrarem em contato novamente.

Ao chegarem na praia de seu acampamento, Nate e Jim avisaram aos outros que os aucas estavam vindo. Munidos de armas decidiram não utilizá-las. Pouco tempo depois chegaram os aucas e pouco esses cinco jovens puderam fazer. Foram mortos pelos aucas naquele dia de 8 de Janeiro de 1956. Angustiadas pela demora do contato de seus maridos, suas esposas solicitaram imediatamente ajuda. Helicópteros e forças do exército equatoriano sobrevoando o rio Curray encontraram os corpos de quatro missionários (não foi encontrado o corpo de Ed McCully). Seus corpos foram encontrados brutalmente perfurados por lanças e machados. O relógio de Nate Saint foi encontrado parado em 15:12 minutos, do que se deduz a hora em que foram mortos.

As esposas desses missionários, apesar da grande dor que sofreram, decidiram continuar com a missão, e algum tempo depois foram sucedidas na evangelização dos aucas. A tribo foi evangelizada e alguns anos mais tarde, o assassino de Jim Elliot, agora convertido ao Senhor Jesus e líder da igreja na aldeia batizou a filha de Jim e Elizabeth no rio onde seu pai tinha sido morto.
A vida e o testemunho desses cinco missionários martirizados por amor ao evangelho têm inspirado até hoje centenas de jovens a dedicar suas vidas ao Senhor da seara. Jim Elliot procurou servir a Jesus com todas as suas forças e a maior parte de sua vida e de seu ministério é contado por sua esposa Elizabeth em dois livros publicados posteriormente. Sua célebre frase, encontrada em seu diário nos inspira a entregar sem reservas a nossas vidas nas mãos do Mestre: “Aquele que dá o que não pode manter, para ganhar o que não pode perder, não é um tolo”.

Habacuque nos ensina a encarar nossas dúvidas e conflitos com honestidade, a LEVA-LOS HUMILDEMENTE AO SENHOR, A ESPERAR QUE SUA PALAVRA NOS ENSINE E, ENTÃO, A ADORÁ-LO A DESPEITO DO QUE SENTIMOS E VEMOS.

Deus nem sempre muda as circunstâncias, mas pode nos transformar para enfrentarmos as situações. Isso é viver pela fé.


Pr. Eli Vieira AAWW

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