quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Missionários caminham 7 horas na selva para levar o Evangelho a tribos isoladas na Libéria

 

Missionários na Libéria enfrentam os perigos da selva para levar Jesus a povos não alcançados. (Foto: Christian Aid Mission).

Enfrentando os perigos da floresta para falar de Jesus a povos não alcançados, a equipe já foi ameaçada de morte por indígenas hostis.

Missionários locais na Libéria estão enfrentando os perigos da selva e caminhando de cinco a sete horas por dia para levar o Evangelho a tribos isoladas de povos não alcançados.

Apoiados pela Christian Aid Mission, os missionários se esforçam para compartilhar Jesus com indígenas hostis, mesmo sofrendo ameaças de morte.

“Às vezes encontramos mosquitos, cobras ou leões, entre outros animais, e ficamos doentes”, contou o líder do ministério local, que não teve o nome revelado por razões de segurança.

“Os adoradores de ídolos às vezes nos ameaçam, dizendo que se não sairmos de sua aldeia, vão nos matar. Temos que lidar com tudo isso confiando em Deus, o autor e consumador de nossa fé”.

Comprometidos a levar as Boas Novas a todos os povos, os trabalhadores se submetem a sacrifícios.

Sacrifícios pelo Reino

“Em alguns lugares que vamos, não há onde dormir; nós apenas deitamos no chão de terra. Pode não haver água potável ou luz. Quando a bateria da lanterna que carrego acaba, não há onde conseguir luz adicional – não há lojas na selva. É difícil fazer missões; ore para Deus prover”, disse ele.

Os missionários também proclamam Jesus em cidades da Libéria, usando vários meios, como programas de rádio, reuniões de reavivamento e visitas às casas.

A equipe também se oferece para ajudar os aldeões em suas fazendas, como uma forma de conquistar a confiança deles e falar sobre Jesus.

“Planejo um dia com eles, descobrindo a que horas costumam ir para suas fazendas e quais são algumas das coisas que fazem lá, e às vezes levo mão de obra para trabalhar, sem pedir um centavo”, afirmou o líder. 

“Também os ajudo com algumas sementes agrícolas gratuitamente, como milho, tomate e berinjela, embora seja muito caro”.

Compaixão para alcançar pessoas

Para o líder local, o evangelismo deve ser acompanhado por ajuda social e os missionários precisam ter compaixão para alcançar as pessoas.

“Quando começo a compartilhar os folhetos evangélicos e a convidar os moradores da comunidade para os cultos, alguns deles me dizem: ‘Quero ir aos cultos, mas não tenho roupas para vestir’, enquanto outros dizem: ‘ Estou com fome’. Procuro atender a algumas dessas necessidades imediatas; ganhadores de almas devem ter compaixão”, ressaltou.

Em seis meses, a equipe missionária levou 270 liberianos a Cristo, de acordo com o líder. 

Uma jovem que passou grande parte de sua vida presa nas drogas, álcool e fumo, experimentou uma grande transformação ao se entregar para Jesus. Seu estilo de vida lembrava o do Filho Pródigo. 

“Quando eu compartilhei o Evangelho com ela, contei a história dos dois filhos em Lucas 15, então eu disse a ela: ‘Se você apenas crer no Senhor Jesus Cristo e pedir a Ele para perdoá-lo, Ele o fará”, contou o líder local.

Vidas transformadas pelo Evangelho

“Sem hesitação, ela imediatamente aceitou o Senhor Jesus, foi batizada e está servindo na igreja como porteira, fazendo isso com alegria”.

Enfrentando os desafios e perigos do campo missionário, os missionários confiam no poder da Palavra de Deus para salvar os liberianos.

“Só as palavras de Deus podem fazer a diferença. À medida que vão às reuniões e ouvem as palavras de Deus, e especialmente quando começam a ver o verdadeiro amor de Deus sendo demonstrado diante de seus olhos, eles acreditam e entregam suas vidas”, declarou.

E concluiu: “Assim como Jesus disse a seus discípulos que a colheita está madura e pronta, mas para orar para que o Mestre da colheita empregue mais trabalhadores, também temos feito isso com empenho e dedicação e, como resultado, almas foram ganhas para Cristo. Não foi fácil, mas valeu a pena”.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CHRISTIAN AID MISSION

UNIÃO PRESBITERIANA DE HOMENS DA IP COARACI 25 ANOS DE BÊNÇÃOS

 


UNIÃO PRESBITERIANA DE HOMENS DA IP COARACI 25 ANOS DE PROCLAMANDO A GLÓRIA DE DEUS




Pr. Eli e a diretoria atual da UPH Coaraci

No dia 27 de agosto de 2022 aconteceu o culto de gratidão ao Senhor pelos 25 anos de organização da União presbiteriana de Homens(UPH) da Igreja Presbiteriana de Coaraci-BA. Na oportunidade o pregador foi o Rev. Eli Vieira pastor da Igreja Presbiteriana Semear de Itabuna-BA. Estiveram presentes também nas comemorações o preside te atual da federação do Presbitério de Itabuna o  diácono  Otacílio e secretário presbiterial o presbítero Aminadabe.

Quanto a história da UPH da  IP de Coaraci, foi organizada no dia 17 de agosto de 1997 no antigo templo na Rua José Evangelista de Farias onde os valorosos irmãos se reuniram e deram início a esse belíssimo trabalho tão necessário na vida da igreja. Com os trabalhos iniciando às  10:30 h da manhã. Na oportunidade estavam presentes 3três representantes da diretoria do Presbitério de Itabuna (PITB), o secretário presbiterial da Federação de UPH, e os representantes da federação de homens do Presbitério de Itabuna. Presentes ainda o Rev. Walderico Santana  pastor da IP Coaraci,  o presb. Deusdete Mendes e os irmãos: Carlos Albertos, Toinho,  Hércules,  José Lito, Marcos,  Silveira, Paulo, Cesar, Paulo José, Antônio,  Zezé,  Martinha, Aufredo de Tina, Zé  Garcia, Gilson, Silvestre Reis, Silvestre Aranha, João  Grande, Marcão,  Artur e Aminadabe.

Pr. Waldérico, Pr. Eli, diác. Otacilio e o Pb. Abinadabe

Sendo eleita a primeira diretoria eleita da UPH ficou composta assim: Presidente Carlos Albert, vice-presidente Hércules,  primeiro secretário


Marcos de João Grande, segundo secretario Zelito, tesoureiro sr. Silveira . E conselheiro o presbítero Deusdete.  Essa diretoria, teve seu mandato de 17/08/1997 a 22/11/1997.

A união presbiteriana de Homens é uma das sociedades internas da Igreja Presbiteriana do Brasil e tem como objetivo organizar o trabalho masculino em uma igreja e assim integrar os homens para melhor servirem ao Senhor na igreja, congregação ou ponto de pregação. É também organizada nos âmbitos regionais (Federação e Confederação Sinodal) e nacional  a Confederação Nacional de Homens  Presbiterianos (CNHP).

Parabéns a UPH Coaraci, que o nosso Deus continue derramando suas ricas bênçãos sobre os amados irmãos.

Com informações do pastor Waldérico Santana

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

JOÃO CALVINO – O REFORMADOR MISSIONÁRIO

 


João Calvino é conhecido por todos nós Reformados como a estrela de primeira grandeza na galáxia dos Reformadores, e o grande intérprete da Reforma do século XVI.

O calvinismo obteve força mundial desde os dias áureos da Reforma, mas Calvino tem sido interpretado, por outro lado, como o Reformador indiferente à causa missionária. Alguns o interpretam como um homem muito ocupado com as causas internas e polêmicas da Reforma, sem dar uma atenção especial aos pecadores perdidos entre as nações. Outros creem que há uma grande injustiça da parte de alguns quando acusam Calvino de não ter dado ênfase às missões.

Ele nunca escreveu um tratado específico sobre missões, todavia entendia, conforme expressa nas Institutas, que o objeto da obra da pregação do evangelho deveria ser “a todos os incrédulos de todos os lugares”. Ele entendia que a implantação e o avanço do reino de Deus apenas se dão quando o evangelho é pregado entre todas as nações.

Calvino insistia que os cristãos carregam a responsabilidade de espalhar o Evangelho. Ele afirma: “porque é nossa obrigação proclamar a bondade de Deus para todas as nações… a obra não pode ser escondida em um canto, mas proclamada em todos os lugares”.

Embora Deus pudesse ter usado outros meios, Ele escolheu “empregar a ação de homens” para a pregação do Evangelho. Pelo fato de entender que o catolicismo é o próprio paganismo, onde houvesse um católico o evangelho deveria ser pregado, especialmente na Europa.

Seus comentários estão repletos de referência a respeito da necessidade de a igreja clamar ao Senhor para que envie obreiros à sua seara. Historiadores honestos afirmam que João Calvino enviou centenas de missionários para a França, para o resto da Europa e para a América. Ele mesmo estava em Genebra, cantão francês, como missionário convidado por Farel.

A Academia de Calvino em Genebra foi interpretada como sendo “um centro de treinamento missionário”. Os doutores preparados na Academia foram enviados especialmente para o mundo romanista do continente europeu. Em 1544, uma delegação da igreja reformada da Bélgica foi até Genebra para solicitar a Calvino que lhes enviasse um missionário reformado para a sua terra devido ao grande paganismo existente lá.

Em 1556 João Calvino enviou dois pastores missionários, um de 50 e outro de 30 anos, para acompanhar um grupo de Huguenotes que veio ao Brasil para a Baía da Guanabara, a fim de trabalhar entre os índios Tupinambás. Chegaram dia 7 de março de 1557 e realizaram o primeiro culto evangélico em 10 de março, a seguir, em terras brasileiras. Cantaram naquele dia o hino que interpreta o Salmo 5 “A minha voz ó Deus atende” (122 do H.P). Alguns foram assassinados brutalmente, mas o sangue desses mártires foi a primeira semente em nossa terra para o nascimento da igreja cristã reformada.

Como é denominado de “O teólogo do Espírito Santo”, deixar de se envolver com a obra missionária seria um verdadeiro contrassenso. Por volta de 1542, a Genebra de Calvino tornou-se um centro de refúgio. Protestantes de toda a Europa iam à Genebra para refugiar-se da perseguição religiosa. Em 1555, a população de Genebra duplicou. O próprio Calvino tinha prazer em abrigar esses refugiados. Isso revela seu coração missionário.

John Knox, pai do presbiterianismo histórico, foi um desses que recebeu toda a influência de Calvino sobre sua vida. Por meio de sua Academia preparou centenas de doutores e os entregou a várias nações europeias para a pregação do evangelho. Países que receberam a influência missionária de Calvino: Holanda, Escócia, Inglaterra, Hungria, Polônia e outros; e, na América, Brasil.

Somos hoje herdeiros da Reforma calvinista. Ser calvinista significa ter também um coração missionário. O mundo inteiro recebeu influência da pregação e dos ensinos de João Calvino. Nossa pergunta é: quem influenciou mais o mundo do que Calvino na expansão do evangelho? Ensina-se missões fazendo missões.

Rev. José João de Paula

Fonte: APMT

VENCENDO OS PROBLEMAS DA VIDA

 


Gênesis 26.1-25

            Na jornada da vida todos nós em algum momento passamos por problemas, a grande diferença está como nós enfrentamos as dificuldades da vida. Os problemas são uma realidade. Talvez você esteja atravessando um período assim, seja financeiro, familiar ou mesmo na área dos seus sentimentos. Como você tem reagido diante desses problemas?

A experiência de Isaque nos ensina como devemos enfrentar os problemas da vida. A crise foi um tempo de oportunidade na vida de Isaque. Em vez de se desesperar, ele seguiu a direção de Deus e triunfou num tempo em que todos estavam fracassando.

Estou certo de que os princípios que encontramos neste capítulo poderão lançar luz em seu coração e colocar os seus pés na estrada que o conduzirá à verdadeira prosperidade e vitória.

Aqui estão os princípios para que possamos enfrentar e vencer os problemas da vida.

1- CRER E SEGUIR A ORIENTAÇÃO DE DEUS

Isaque também estava enfrentando um problema sério não era um problema pequeno. A fome assola a sua terra. Seu país vive o drama do empobrecimento coletivo. A esperança do povo está morta.

Ele ficou atento a voz de Deus. Devemos estar com os ouvidos atentos nos tempos de crise. É justamente nesses períodos que temos as maiores experiências com Deus. Quando todas as soluções da terra entram em colapso, o céu aponta o rumo a seguir. O trono de Deus não enfrenta crise. Os propósitos de Deus não podem ser frustrados. As catástrofes da história não desestabilizam o governo de Deus. As tragédias humanas não fazem sucumbir os planos divinos.

Os problemas que vivemos são instrumentos pedagógicos para nos aperfeiçoar em santidade, e não fatos acionados pela mão do acaso, para nos destruir. Aquilo que nos ameaça está rigorosamente sob o controle soberano de Deus. Ele muitas vezes nos permitir passar por crises não para nos destruir, mas para nos colocar mais perto de Cristo. A mesma crise que levanta uns, abate outros.

2- NOS VOLTAR PARA AS PROMESSAS DA PALAVRA DE DEUS

Deus diz a Isaque: " Permaneça nesta terra e eu estarei com você" (Gn 26.3). Quando o problema bate à porta da nossa vida, a primeira coisa que perdemos é a consciência da presença de Deus. Quando somos encurralados por circunstâncias adversas, tendemos a achar que Deus nos desamparou. Por isso, a primeira palavra de encorajamento que Deus dá a Isaque é a garantia da sua presença com ele.

O segredo da vitória na crise é peregrinar na terra em obediência a Deus. Andar sob a direção do céu é caminhar seguro. Estar no centro da vontade de Deus é triunfar nas horas de incertezas. Quando temos consciência da presença de Deus conosco, passamos pelas águas, pelos rios e até pelo fogo sem nos intimidar. O que dava confiança para Davi passar pelo vale da sombra da morte era a presença de Deus. Quando vivemos em obediência, mesmo na fornalha ardente das provações mais amargas contamos com a presença do Senhor caminhando conosco.

Andar com Deus é o maior investimento que podemos fazer na vida. Não há projeção para o futuro mais compensadora do que ser fiel a Deus hoje. Não há herança mais bendita a deixar para os filhos do que andar com Deus.

3- OBEDECER A DEUS SEM RACIONALIZAÇÕES

Isaque também é convocado a obedecer a Deus no fragor daquele problema. O Senhor então com o seu servo: "Não desça ao Egito" (Gn 26.2). Não fuja do problema.

Isaque não discute, não questiona, não racionaliza, não duvida. Ele obedece prontamente, pacientemente (Gn 26.6). Deus o manda ficar, ele fica. Deus dá uma ordem, ele obedece. A obediência imediata abriu-lhe a porta da esperança. Ele prosperou naquela terra. Ali ele viu milagres extraordinários acontecendo. A crise é um tempo de oportunidade. As grandes lições da vida são aprendidas no vale. “O deserto é o cemitério dos covardes e incrédulos, mas também campo de semeadura e treinamento para os que confiam nas promessas de Deus” (HDL).

O nosso triunfo é resultado da nossa confiança em Deus. É Deus quem transforma desertos em pomares e fracassos em vitórias. É ele quem faz dos nossos vales verdadeiros mananciais. O caminho da obediência é a estrada da bênção.

 4- CONFIAR QUE DEUS PODE FAZER UM MILAGRE

Isaque colheu a cento por um no deserto em tempo de seca (Gn 26.12). "O homem enriqueceu, e a sua riqueza continuou a aumentar, até que ficou riquíssimo" (Gn 26.13). Tornou-se próspero empresário rural (Gn 26.14). A razão: "Porque o Senhor o abençoou" (Gn 26.12b). "A bênção do Senhor traz riqueza, e não inclui dor alguma" (Pv 10.22).

A colheita farta é bênção de Deus. O homem planta e rega, mas só Deus pode dar o crescimento. O homem trabalha, mas só Deus pode fazê-lo prosperar. O homem investe, mas só Deus pode recompensar o seu labor. Deus não abençoa a indolência. O preguiçoso está fadado à miséria. O trabalho árduo, sério e honesto é o caminho da prosperidade. Devemos despender todo o nosso esforço e esperar com todas as forças da nossa alma em Deus. Sem semeadura não há colheita. Sem investimento não há retorno. Sem fé o milagre é retido.

Isaque colheu com fartura em tempo de fome. Ele prosperou no deserto e experimentou os milagres de Deus na crise. Mas Isaque não ficou rico de braços cruzados. Ele suou a camisa. Ele botou a mão na massa. Ele cavou poços. Plantou, investiu e trabalhou. Foi um empreendedor. É hora de parar de falar em crise e arregaçar as mangas. É hora de parar de reclamar e começar a trabalhar com afinco para a glória de Deus.

Portanto, não podemos ficar com os olhos fitos nos problemas, é preciso ouvir, crer e obedecer a Deus, na certeza que ele pode fazer um milagre extraordinário em nossas vidas.

Pr. Eli Vieira

terça-feira, 23 de agosto de 2022

A história da igreja que orou sem parar por 100 anos e enviou os primeiros missionários




A igreja morávia em Herrnhut, na Alemanha.

Após receberem um derramamento do Espírito Santo em 1727, a congregação de Herrnhut experimentou um grande avivamento.

A igreja morávia em Herrnhut, na Alemanha. (Foto: Wikimedia Commons/Rixxo).

Há 295 anos, aconteceu um dos maiores avivamentos da história do cristianismo, quando uma pequena congregação de imigrantes na Saxônia, região da Alemanha, recebeu o derramamento do Espírito Santo durante um culto.

No dia 13 de agosto de 1727, na cidade de Herrnhut, a igreja de 300 membros ouviu uma pregação sobre a cruz e o cordeiro de Deus. Enquanto a congregação se preparava para realizar a Santa Ceia, “o Espírito Santo caiu sobre eles”.

Nenhum dos cristãos que foram cheios naquela manhã de quarta-feira soube descrever o que tinham experimentado.

Mas, um deles descreveu que saíram da igreja no final naquele dia “sem saber se pertenciam à Terra ou já haviam ido para o Céu”.

A presença de Jesus foi sentida muito forte por todos os membros da igreja, até dois crentes que não estavam presentes no culto e trabalhavam a 30 km do templo.

Duas semanas depois do derramar do Espírito Santo, que ficou conhecido como

“Pentecostes da Morávia”, a igreja iniciou um relógio de oração de 24 horas, que duraria 100 anos, sem interrupção.

No começo, 24 irmãos participavam e cada um se comproteu a orar uma hora por dia todos os dias da semana. 

Com o tempo, o número passou para 77, incluindo crianças, que se revezavam para interceder todos os dias.

Enviando missionários às nações

Foi da pequena comunidade de Herrnhu que saíram os primeiros missionários da Igreja protestante. 

Durante os 25 anos após o derramamento do Espírito, 100 trabalhadores foram enviados para pregar o Evangelho em quase todos os países da Europa e em muitas tribos na América do Norte, América do Sul, Ásia e África.

Em 1791, 65 anos depois do início do ministério de oração, a igreja já havia enviado mais de 300 missionários até os confins da Terra. 

Isso aconteceu muito antes do “Pai das Missões Modernas”, William Carey, viajar para a Índia em 1793.

Lugar improvável para um avivamento

Aos olhos humanos, a comunidade de Herrnhut era um lugar improvável para viver um avivamento. 

A cidade foi criada pelo conde Nicolau Zinzendorf, para refugiar imigrantes cristãos da Boêmia, Morávia e Silésia (atual Tchecoslováquia), que fugiram para a Saxônia a fim de escapar da perseguição da Igreja Católica.

Na época, muitos crentes morávios foram mortos, torturados ou presos por sua fé. 

A cidade, que começou como uma vila, ganhou o nome de Herrnhut, que significa “cuidado vigilante do Senhor” ou “proteção do Senhor”.

De 1722 a 1727, a pequena vila de imigrantes cresceu para um total de 220 pessoas, vivendo em 30 casas.

Brigas por diferenças doutrinárias

Porém, os primeiros cinco anos em Herrnhut foram repletos de dissensão, amargura e brigas por diferenças doutrinárias na comunidade formada por batistas, presbiterianos, luteranos, schwenkfelders e morávios.

Em 1727, quando a comunidade estava prestes a se destruir, o conde Nicolau interviu, apaziguando os cristãos e realizando reuniões de oração.

Então, eles paravam de julgar uns aos outros e se arrependeram de suas atitudes. Foi assim, através do dom de reconciliação, que a igreja estava pronta para receber a manifestação do Espírito Santo em 13 de agosto daquele ano.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE ETERNITY NEWS

O que está acontecendo na Nicarágua? Um sinal de alerta para os Cristãos no Brasil

 


Desde o ano passado, 22 líderes foram presos arbitrariamente na Nicarágua (foto representativa)

Cristãos estão sob intensa perseguição do Estado

Localizada na  América Latina, a Nicarágua foi incluída na Lista de Países em Observação de 2022 por apresentar um contexto de forte opressão aos cristãos. Desde 2018, sob a gestão do presidente Ortega, o governo faz prisões e proibições de eventos cristãos com recorrência sob alegação de “desestabilizar o Estado”. Por causa dos protestos de 2018, contra as reformas sociais do governo Ortega, vários pastores passaram a ser fortemente vigiados e receberam restrições de deslocamento dentro e fora do país.

O governo aprovou recentemente leis que impactaram as ONGs e centros de educação no país. Várias instituições cristãs foram interditadas por causa dessa lei. O Estado também aumentou a pressão contra os “inimigos do governo”. Ortega e sua esposa, Rosário Murillo, que ocupa o cargo de vice-presidente há dois mandatos, suspeitam de todas as pessoas ou organizações vinculadas aos protestos de 2018. Eles fecharam universidades, ONGs e outras instituições que em algum momento manifestaram a insatisfação com as políticas do casal à frente da presidência.


Pastores vigiados

Muitos cristãos apoiaram as manifestações de 2018 contra ações do governo que eram incoerentes com o evangelho. Eles também consolaram os que perderam parentes nas manifestações e socorreram as vítimas feridas pelos policiais. Por isso, as igrejas estão prejudicadas e os líderes cristãos estão sob forte vigilância. Foram registrados casos de invasão e violência na casa de pastores. As famílias dos pastores foram muito afetadas pelas falsas denúncias que pretendem limitar a liberdade de ação dos líderes cristãos.

Desde 2021, foi registrada a prisão de 22 líderes cristãos. Todos estavam ministrando os cultos no momento da detenção e não tiveram direito a julgamento. Um líder cristão foi sequestrado e está desaparecido desde a semana passada e 12 cristãos foram agredidos fisicamente por causa da perseguição.

Restrição às instituições cristãs

Regularizar as igrejas tem sido um verdadeiro desafiona Nicarágua. Novos documentos são exigidos quase mensalmente e há rumores de uma nova lei que pretende colocar todas as igrejas do país sob a fiscalização de um novo órgão de vigilância. O governo afirma que essa medida procura evitar ações ilegais das igrejas contra a população, mas as burocracias na verdade só têm cooperado para fechar e confiscar os bens de igrejas que funcionavam regularmente há anos.

O governo pressiona também a relação com países estrangeiros. É proibido que cidadãos e instituições nicaraguenses tenham qualquer tipo de interação com o exterior, inclusive financiamentos, pois o governo afirma que isso traz riscos à segurança nacional. Muitas igrejas e ONGs que contam com a ajuda de organizações internacionais foram fechadas por esse motivo. Nos últimos quatro anos, 1.268 ONGs foram fechadas. 

“As mudanças estão acontecendo rapidamente por causa das entidades do governo que têm sido enviadas pelo presidente para executar leis que penalizam e prendem pessoas suspeitas de oposição. ONGs cristãs que funcionavam há anos no país foram fechadas e as igrejas enfrentam o desafio de manter os documentos atualizados, pois qualquer deslize resulta  igreja fechada e suspensão dos cultos”, comentou um pastor local.

Fonte: Portas Abertas

sábado, 20 de agosto de 2022

ATENÇÃO: ESTAMOS EM GUERRA

 


ESTAMOS EM GUERRA

Ef 6.10-20

            A história humana é a história das guerras. Nunca houve tempo de paz desde que o pecado entrou no mundo. Só no século passado, duas sangrentas guerras mundiais ceifaram mais de cem milhões de pessoas. Multiplicam-se ainda hoje as guerras tribais, étnicas, religiosas e ideológicas. A guerra de que falarei aqui, porém, não é a batalha com enfrentamento de armas carnais, mas uma guerra ainda mais perigosa. Ninguém é dispensado dessa peleja. Nessa conflagração quem não é um guerreiro, é uma vítima. Não há campo neutro nessa peleja.

Destacamos aqui alguns pontos importantes:

            Em primeiro lugar, a natureza dessa guerra. Essa guerra não é contra carne e sangue. Não lutamos contra pessoas. Nosso problema não é outro que mora debaixo do mesmo teto nem mesmo aquele que mora ao nosso lado ou além-fronteiras. Essa guerra é espiritual. Por isso, não podemos entrar nela usando armas carnais. Devemos usar armas espirituais, poderosas em Deus, para anular sofismas e destruir fortalezas. Entrar num conflito intérmino contra pessoas é fazer o jogo do verdadeiro inimigo contra quem devemos lutar.

            Em segundo lugar, o inimigo a ser enfrentado nessa guerra. Se a nossa luta não é contra carne e sangue, a Bíblia diz que é contra o diabo e seus asseclas: principados, potestades, dominadores deste mundo tenebroso e forças espirituais do mal, nas regiões celestes. O diabo não é um mito nem uma energia negativa. O diabo é um ser maligno e perverso. A Palavra de Deus o chama de Satanás, diabo, maligno, tentador, enganador, pai da mentira, assassino, ladrão, antiga serpente. Ele veio para matar, roubar e destruir. Ele anda ao nosso derredor como leão ao mesmo tempo que é sutil como a serpente. Ele rodeia a terra e passeia por ela, buscando alguém para devorar. A Bíblia chama esse inimigo de príncipe da potestade do ar, de espírito que atua nos filhos da desobediência. Ele tem uma casa e guarda em segurança todos os seus súditos. Seu reino é o reino das trevas e debaixo de sua potestade estão todos aqueles que ainda não foram libertos e remidos por Jesus. 

            Em terceiro lugar, as artimanhas do inimigo nessa guerra. O inimigo usa várias artimanhas para atacar o povo de Deus. Ele coloca dúvidas sobre a veracidade da Palavra. Semeia joio, ou seja, os filhos do maligno do trigal de Deus. Ele dissemina falsas doutrinas e realiza falsos milagres. Intercepta orações e coloca barreiras na obra missionária. Ele se opõe aos obreiros de Deus e engana os que abrem brechas para suas artimanhas. O inimigo tem um arsenal variado e muda de tática para alcançar seus intentos perversos. Ele age com pressão e, também, com perseverança. Não podemos ignorar seus desígnios. Sua aparente trégua é apenas um tempo de refazimento de novas estratégias. Precisamos nos acautelar. Homens como Davi e Pedro caíram em suas armadilhas. Homens como Jó foram alvo de suas setas venenosas.

            Em quarto lugar, as armas da vitória nessa guerra. Para enfrentarmos vitoriosamente essa peleja, precisamos ser revestidos do poder de Deus. Não temos forças em nós mesmos para esse conflito. Precisamos, outrossim, ser revestidos de toda a armadura de Deus para ficarmos firmes contra as ciladas do diabo. Precisamos tanto de armas defensivas como de armas ofensivas. Precisamos orar, jejuar e manejar bem a espada do Espírito. É insensatez entrar nesse campo minado de cara limpa, confiando em nossos próprios recursos ou predicados morais e espirituais. Precisamos do poder que vem do alto, da força do onipotente, da proteção da armadura divina. O diabo e suas hostes, embora tão medonhos e perigosos, já foram vencidos na cruz do Calvário e nós somos soldados alistados no exército vitorioso, sob o comando do nosso supremo comandante, Jesus Cristo. Portanto, não é hora de ensarilhar as armas, mas de entrar nessa peleja e vencermos!

Rev. Hernandes Dias Lopes

Fonte:LPC

Perseguição na América Latina: Governo da Nicarágua envia policiais para vigiarem Igreja

 


Cristãos estão sendo perseguidos pelo governo da Nicarágua.

O país tem visto uma tensão entre a Igreja e o regime político do país.


Cristãos estão sendo perseguidos pelo governo da Nicarágua. (Foto representativa: Portas Abertas)

No último sábado (13), centenas de nicaraguenses assistiram a uma missa sob vigilância policial, depois que as autoridades proibiram uma procissão religiosa pelas ruas da capital por motivos de “segurança interna”.

“Perdoe-os, Senhor, porque eles não sabem o que estão fazendo”, disse o cardeal Leopoldo Brenes, ao falar sobre as tensões e a prisão do bispo Rolando Álvarez, que foi detido sob a acusação de “desestabilizar o país”. 

governo de esquerda, comandado pelo presidente Daniel Ortega, já ordenou vários atos de repressão contra a Igreja, desde o início de agosto.

‘Perseguição contra a Igreja’

Até agora, sete estações de rádio pertencentes a instituições religiosas foram fechadas, líderes religiosos foram proibidos de sair de suas comunidades e Rolando Álvarez foi acusado de “incitar atos violentos”. 

Os membros da comunidade afirmam que, sem dúvida, tudo isso se trata de uma perseguição contra a Igreja, conforme notícias do Euronews. 

“A verdade é que a igreja não provocou um confronto. A igreja sempre foi perseguida pelos executores deste governo. Essa é a realidade e não pode ser escondida”, disse María Cárdenas, moradora de Manágua.

“De 1979 a 1990 , a igreja foi perseguida e está acontecendo de novo. Se ela [a igreja] não se ajoelhar ignorando essas coisas, então será perseguida novamente. Não podemos viver sob essa coação”, ela continuou. 

  Daniel Ortega, da Nicarágua, ordenou q as igrejas católicas do país sejam fechadas e q os cultos sejam proibidos. Por enquanto os padres não estão sendo presos, mas fontes locais dizem q é só uma questão de tempo até isso acontecer. pic.twitter.com/yGH5qZfVxw

— Hoje no Mundo Militar (@hoje_no) August 17, 2022

‘Cristãos estão sendo preparados para enfrentar a perseguição’

O presidente Ortega, que está no poder há 15 anos, tem sido abertamente hostil à Igreja no país. Ele alegou que os bispos fizeram parte de uma tentativa de golpe para expulsá-lo do cargo, em 2018, porque apoiaram manifestações antigovernamentais que seu regime reprimiu brutalmente. Ele chegou a chamar os bispos de “terroristas” e “demônios de batina”. 

A Portas Abertas informou que os cristãos estão sendo preparados para enfrentar a perseguição, após incluir a Nicarágua na 61ª posição da Lista de Países em Observação. 

contexto de opressão aos cristãos  tem se intensificado desde 2018, quando o governo passou a proibir eventos cristãos e a prender os seguidores de Cristo, sempre com a desculpa de que estão “desestabilizando o Estado”.  

Leis contra o cristianismo

O governo aprovou, recentemente, leis que impactaram as ONGs e centros de educação no país. Várias instituições cristãs foram interditadas por causa dessa lei. 

O Estado também aumentou a pressão contra os “inimigos do governo”. Ortega e sua esposa, Rosário Murillo, que ocupa o cargo de vice-presidente há dois mandatos, suspeitam de todas as pessoas ou organizações vinculadas aos protestos de 2018. 

Eles fecharam universidades, ONGs e outras instituições que em algum momento manifestaram “insatisfação com as políticas do casal”.

Pastores vigiados

Muitos cristãos apoiaram as manifestações de 2018 contra ações do governo que eram incoerentes com o Evangelho, consolaram os que perderam parentes nas manifestações e socorreram as vítimas feridas pelos policiais. 

Por tudo isso, as igrejas estão sendo agora  prejudicadas e os líderes cristãos estão sob forte vigilância. Foram registrados casos de invasão e violência na casa de pastores. 

As famílias foram muito afetadas pelas falsas denúncias, que pretendem limitar a liberdade dos pastores. Desde 2021, foi registrada a prisão de 22 líderes cristãos. Todos estavam ministrando os cultos no momento da detenção e não tiveram direito a julgamento. 

Um líder cristão foi sequestrado e está desaparecido desde a semana passada e 12

cristãos foram agredidos fisicamente por causa da perseguição, informou a Portas Abertas. 

Restrição às instituições cristãs

Regularizar as igrejas têm sido um verdadeiro desafio também. Novos documentos são exigidos quase mensalmente e há rumores de uma nova lei que pretende colocar todas as igrejas do país sob a fiscalização de um novo órgão de vigilância.

O governo afirma que essa medida procura evitar ações ilegais das igrejas contra a população, mas as burocracias na verdade só têm cooperado para fechar e confiscar os bens de igrejas que funcionavam regularmente há anos.

O governo pressiona também a relação com países estrangeiros. É proibido que cidadãos e instituições nicaraguenses tenham qualquer tipo de interação com o exterior, inclusive financiamentos, pois o governo afirma que isso traz riscos à segurança nacional. 

Muitas igrejas e ONGS que contam com a ajuda de organizações internacionais foram fechadas por esse motivo. Nos últimos quatro anos, 1.268 ONGs foram fechadas.

As mudanças estão acontecendo rapidamente por causa das entidades do governo que têm sido enviadas pelo presidente para executar leis que penalizam e prendem pessoas suspeitas de oposição.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE EURONEWS E PORTAS ABERTAS

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

SANTIDADE AO SENHOR

  


Texto: Hebreus 12.14-16

John C. Ryle, bispo em Liverpool no século XIX,  disse: “Precisamos ser santos, porque esse é um supremo fim e propósito pelo qual Cristo veio ao mundo… Jesus é um Salvador completo. Ele não retira, meramente, a culpa do pecado do que crê, ele vai além… rompe o seu poder (1 Pe 1.2; Rm 8.29)”.

A união entre paz e santificação aqui é uma advertência implícita de que não devemos buscar a paz a ponto de comprometer a santificação. O cristão busca a paz com todos, mas busca a santidade também, e esta não pode ser sacrificada por aquela.

A sã doutrina reformada será inútil, se não for acompanhada por uma vida santa. Tenho a firme impressão de que precisamos de um completo reavivamento acerca da santidade bíblica. Por quê ?

 1-NOS FAZ PERCEBER O PECADO (Rm 3.23) O pecado é a transgressão da lei 1 João 3.4. Aquele que desejar ter pontos de vista corretos sobre a santidade cristã terá de começar examinando o vasto e solene assunto do pecado. Conceitos errôneos sobre a santidade geralmente advêm de ideias distorcidas quanto à corrupção humana.

A verdade absoluta é que o correto conhecimento do pecado jaz à raiz de todo o cristianismo salvífico. Sem ele, doutrinas como justificação, conversão e santificação serão apenas “palavras e nomes” que não transmitem qualquer sentido à nossa mente. John Owen escreveu, com toda a razão: “Não posso entender como um homem pode ser um crente verdadeiro, se para ele o pecado não é a maior carga, a maior tristeza e o maior motivo de perturbação”. 

No entanto, a primeira coisa que Deus faz quando quer tornar alguém em uma nova criatura em Cristo é iluminar-lhe o coração, mostrando-lhe que ele é um pecador culpado. Se um homem não percebe a natureza perigosa da doença de sua alma, ninguém poderá admirar-se de que ele se contente com remédios falsos ou imperfeitos. 

  2- A VERDADEIRA SANTIFICAÇÃO É OPERADA PELO ESPÍRITO (Jo 17.17; I Ts 4.3) - Esse é um assunto de máxima importância para a nossa alma. Há três coisas que, de acordo com a Bíblia, são absolutamente necessárias para a salvação de todo homem e mulher na cristandade. Essas três coisas são justificação, regeneração e santificação.

A santificação é aquela operação interna que o Senhor Jesus Cristo realiza em uma pessoa pelo Espírito Santo, quando Ele a chama para ser um servo verdadeiro. O instrumento mediante o qual o Espírito efetua essa obra geralmente é a Palavra de Deus, embora algumas vezes use as aflições e as visitas providenciais “sem palavra alguma” (1 Pe 3.1).É o invariável resultado da união vital com Cristo, que a verdadeira fé confere a um crente: “Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto” (Jo 15.5). Aquele que tem uma esperança real e viva em Cristo purifica-se a si mesmo, assim como Ele é puro (Tg 2.17-20; Tt 1.1; Gl 5.6; 1 Jo 1.7; 3.3).

  É absolutamente necessária para nos treinar e nos preparar para o céu. A maioria dos homens espera chegar ao céu quando morrerem; mas bem poucos, o que é de se temer, preocupam-se em considerar se conseguirão apreciar o céu, se ali chegarem. Teremos de ser santos antes de morrer, se quisermos ser santos quando estivermos na glória.

3 -A SANTIDADE IMPLICA EM VIDA PRÁTICA (Hb. 12.14) - A santificação [santidade], sem a qual ninguém verá o Senhor (Hebreus 12.14). Trata-se da santidade prática. Ele sugere um questionamento que requer a atenção de todos os cristãos professos, a saber: Somos santos? Veremos o Senhor? Esta pergunta diz respeito aos homens de todas as classes e condições.

            Por qual motivo a santidade é tão importante? Permita-me expor algumas razões que explicam isso. Acima de tudo, devemos ser santos porque a voz de Deus, nas Escrituras Sagradas, assim nos ordena claramente dizendo: “Sede santos, porque eu sou santo”(I Pe 1.16).  Porque essa é a grandiosa finalidade e propósito daquilo que Cristo veio fazer no mundo. Paulo escreveu: “Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse” (Ef 5.25,26 Porque essa é a única prova de que amamos o Senhor Jesus Cristo com sinceridade. Esse é um ponto acerca do qual Ele falou nos mais claros termos em João (Jo 14.15,21,23 e 15.14).

Além disso, a santificação é o único sinal seguro da eleição divina. O apóstolo Paulo percebeu a “fé” atuante, o “amor” operante e a “esperança” paciente dos crentes de Tessalônica, disse: “reconhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição” (1 Pe 1.2; 2 Ts 2.13; Rm 8.29; Ef 1.4; 1 Ts 1.3-4). Aquele que se orgulha de ser um dos escolhidos de Deus enquanto voluntária e habitualmente vive em pecado; está apenas enganando a si mesmo e proferindo ímpias blasfêmias. O catecismo da nossa igreja ensina, de forma correta e sábia, que o Espírito Santo “santifica todos os eleitos de Deus”.

             Devemos ser santos na terra, se quisermos ser santos no céu. Foi Deus quem o disse e Ele não retrocederá: “A santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”. Observou Jenkyn: “O calendário do papa só declara santos às pessoas mortas, mas as Escrituras requerem a santidade da parte dos vivos”.

Conclusão

Portanto, você quer ser santo? Então terá de começar com Cristo. Você simplesmente não conseguirá fazer coisa alguma e nem obterá qualquer progresso, enquanto não sentir os seus pecados e fraquezas, e não fugir para Ele. A santidade é a obra que Jesus efetua nos corações dos crentes, através do Espírito que Ele lhes proporciona no íntimo. Cristo foi nomeado para ser “Príncipe e Salvador, a fim de conceder ao homem o arrependimento e a remissão de pecados”. “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem em seu nome” (Jo 1.12).

Pr. Eli Vieira

HELEN ROSEVEARE – DECEPÇÕES TRANSFORMADAS EM BENÇÃOS

 



 No momento em que Jesus lavava os pés dos discípulos, junto à reação de Pedro para que os seus pés não fossem lavados pelo Mestre, Jesus fez uma importante declaração: “O que eu faço não o sabes agora; compreendê-lo-ás depois” (Jo 13.7).

Nem sempre entenderemos o porquê das coisas no momento, só depois. A vida da missionária inglesa Dra. Helen Roseveare é um grande atestado dessa verdade. Em 1953 navegou para o Congo, enfrentando já três problemas: era mulher, era branca e solteira.

Helen foi profundamente discriminada pelos nativos e pelos colegas da Cruzada de Evangelização Mundial. Seu alvo principal era evangelizar os nativos. Decidiu criar um centro preparatório de enfermeiras, para aprenderem a Bíblia e medicina básica para atenderem às carências espirituais e físicas da população. Após o treinamento, seriam enviadas de volta às suas cidades a fim de tratar dos casos de rotina e ensinar cuidados médicos preventivos, enquanto serviam como evangelistas leigas.

Construiu, nos dois primeiros anos, na cidade de Ibambi, um Hospital-Escola, com muito sacrifício. Para a sua decepção, em 1955, a Missão a tirou daquela frente de trabalho, e foi forçada a se mudar para outra cidade, Nebobongo. Tudo o que ela fez foi praticamente tomado de suas mãos. Assumiu o novo trabalho em uma maternidade abandonada e um centro de tratamento de leprosos. Tomou aquele centro e o transformou em um hospital com mais de 100 leitos, cuidando de parturientes, leprosos e crianças. Fez ali, também, um centro de treinamento para paramédicos e 48 clínicas rurais. Infelizmente tudo isso parecia causar muito ciúme nos demais missionários.

Ela escolheu um idoso pastor africano para ser seu conselheiro espiritual. Era inaceitável para seus colegas verem um missionário se humilhar para um africano, e o estabelecer como seu conselheiro. A Missão, por sentir que ela era uma ameaça, em 1957, decidiu deslocar um médico novo, Dr. Harris, para ser o superior dela naquele hospital que ela mesma construíra.

Muito esgotada, em 1958 rumou para a Inglaterra para um ano sabático, até pensando em não voltar, por sofrer tanta humilhação da parte da sua própria equipe. Todavia ela retornou, por entender o seu chamado.

Em 1960, o Congo se tornou independente da Bélgica, e em 1964 estourou uma guerra civil, que resultou numa grande aflição para os missionários. Todo o hospital em Nebobongo foi destruído, e juntamente com os missionários foi detida e colocada numa casa pela força rebelde. Depois foram todos levados para uma prisão.

Todos os brancos que estavam no país sofreram retaliação dos rebeldes negros. Helen foi muito espancada, machucada e estuprada. Sentiu naquela ocasião que Deus a tinha abandonado. Mas nisso tudo ela teve uma experiência bem mais profunda com o Senhor e entendeu Deus falando ao seu coração.

Começou a sentir um grande privilégio de sofrer por Cristo ali no campo missionário. Então ela foi levada de volta para sua pátria. Em 1966, retornou para o Congo, na convicção de seu chamado como médica-missionária, para o posto de treinamento dos nativos. Deixou Nebobongo para construir um novo centro médico em Nyankunde, e ali fez um hospital para 250 leitos, enfermarias para maternidade, escola de medicina, centro de tratamento de leprosos e outros vários investimentos.

Claro que ela enfrentou outras várias dificuldades. Num país africano, sua autoridade “branca” era questionada continuamente, o que a levou a sentir-se decepcionada e um pouco abandonada. Ainda assim, ficou mais sete anos na África. Ela entendeu que seus 20 anos ali terminaram numa tragédia, pela ótica humana.

Em 1973 retornou ao Reino Unido, estabelecendo-se na Irlanda do Norte. Nesse tempo, escreveu vários livros. O que ela não sabia é que Deus, a partir de agora, querida usá-la como uma conferencista internacional, falando sobre o desafio missionário. Ela foi tão usada por Deus a partir daí que fez, talvez, mais do que fizera na África.

Toda a sua decepção se converteu numa grande bênção. Deus sempre faz assim com seus servos: transforma grandes decepções em fontes inesgotáveis de bênçãos para o seu reino. Helen faleceu em 2016.

Rev. José João de Paula

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

ROBERT BURNS – O MISSIONÁRIO LABORIOSO E INCANSÁVEL

 



A Escócia foi o berço não só do presbiterianismo no mundo, mas também uma grande vertente missionária. Grandes missionários saíram da Escócia, e a maioria da igreja presbiteriana. Um deles foi Robert Burns.

Burns (1789-1869) foi um ministro presbiteriano e um grande líder missionário tanto na Escócia quanto no Canadá. Seu pai se converteu com a pregação de Whitfield e Burns recebeu essa herança, tanto de piedade cristã quanto de ardor evangelístico e missionário. Além disso se envolveu muito com a ação social, entendendo a salvação como uma amplitude integral do ser humano. Por causa disso, ele exerceu muita influência sobre a Igreja da Escócia, no começo do século 19.

Começou seu ministério em 1811, e permaneceu até a divisão da Igreja da Escócia (1843), havendo surgido, a partir daí, a chamada Free Church (Igreja Livre da Escócia), uma igreja presbiteriana mais conservadora. Por ser um calvinista ortodoxo, tornou-se ministro dessa nova denominação presbiteriana. Em 1845 foi enviado para o Canadá, para pastorear a Knox Church, em Toronto, ligada à Free Church da Escócia. Logo a seguir, tornou-se professor de Divindade na Escola teológica Knox, onde mais tarde viria a ser professor de História da Igreja. Logo que chegou àquele país, foi escolhido como presidente do Sínodo da Igreja Presbiteriana do Canadá, em conexão com a Free Church da Escócia. Tornou-se o homem mais proeminente da Igreja das Colônias Britânicas de Ontário e Quebec.

Robert Burns era um homem incansável como missionário. Por meio de seu intenso trabalho, fortaleceu poderosamente a Igreja do século 19 nas colônias britânicas do Canadá. Desenvolveu uma grande estrutura de Escolas Bíblicas Dominicais, visitava centenas de distritos, criou incontáveis grupos de comunhão, criou várias organizações missionárias e filantrópicas. Era um verdadeiro cientista. Editou obras em História da Igreja, escreveu obras sobre políticas sociais – especialmente referente a abordagens da pobreza – e era colunista do Jornal Evangélico The Edinburgh Christian Instructor.

Com seu temperamento opinativo e volátil, participava das controvérsias de seus dias, especialmente no que dizia respeito a Controvérsias Apócrifas da Sociedade Bíblica, Controvérsia Voluntária e as chamadas Controvérsias Não-Intrusivas na Igreja da Escócia. Mas além de tantas atividades, Burns se destacou, acima de tudo, como um missionário entusiasta. Liderou a Sociedade Missionária Colonial de Glasgow, desde sua fundação em 1825. Enquanto esteve em Toronto, deu preferência ao trabalho missionário. Frequentemente ele estava encorajando líderes ao plantio de novas igrejas, e há ainda hoje mais de meia dúzia de igrejas em Ontário levando o seu nome.

Ele instalou um importante ministro chamado Rev John Black, em Red River, umas das mais importantes da região de Winnipeg (Winnipeg transformou-se em centro urbano de primeiro mundo com a vinda de imigrantes de origem variada). Foi esse o primeiro pastor da Igreja Presbiteriana daquela região tão influente e estratégica para a difusão do evangelho. Ajudou a instalar muitos pastores nas igrejas do Canadá. Também teve um papel chave na Missão Buxton, enquanto ministrava treinamento aos escravos do fim da Estrada de Ferro subterrânea, na região sudeste de Ontário. Muitos missionários foram enviados para várias partes do país.

Podemos considerar alguns importantes aspectos no sucesso ministerial de Burns:
1) sua profunda piedade. Era um homem que amava muito ao Senhor e esse ministério era fruto da visão que tinha do próprio Deus;
2) sua dedicação ao trabalho. Ele trabalhou duramente e de forma incansável. Ele semeou muito para colher muito.

Cremos que nos dias de hoje, precisamos refletir sobre isso. Talvez nem todos colhem muito porque não semeiam com tanto ardor a semente necessária. Deus é cem por cento responsável pela colheita em sua obra, todavia, precisamos também ser cem por cento responsáveis na semeadura da poderosa semente do evangelho. Precisamos ser ardorosos e incansáveis para vermos uma grande colheita.

Rev. José João de Paula

Fonte: APMT

JOHN NELSON HYDE – O APÓSTOLO DA ORAÇÃO




A história de John Hyde é uma das maiores inspirações para nossa vida cristã e para o trabalho missionário – um jovem presbiteriano que desceu ao noroeste da Índia em 1892, ao Punjab.

Durante a viagem, Hyde abriu uma carta que recebera antes de viajar. Leu-a e ficou irado. A carta dizia que ele deveria buscar a plenitude do Espírito Santo para a capacitação de sua obra naquele país. Amassou-a e a lançou no convés do navio. Entendia que era essa carta quase uma acusação e uma agressão à sua fé. Todavia, começou a refletir sobre o que lera e decidiu pegá-la novamente e a releu. Entendeu que ainda precisava mais do que já havia recebido. Começou a buscar muito mais ao Senhor em oração durante a viagem, pedindo-lhe que o enchesse do seu Santo Espírito, e a conhecer, de forma prática, a experiência real do que significava o que Jesus prometera: “Recebereis poder… e sereis minhas testemunhas …” (At 1.8).

Os seus primeiros doze anos na Índia foram de esforço, lutas, dedicação ao estudo das Escrituras e da língua. Durante esses anos, se consagrou a visitar as inúmeras vilas, buscando ovelhas para o Bom Pastor. Percebendo a dureza e a aridez dos corações para crer, decidiu, juntamente com outros obreiros, experimentar uma dor bem mais profunda no campo da oração e na amplitude das fronteiras da fé.

Em 1904, um grupo de missionários, inspirado pela vida de oração de Hyde, formou a Associação de Oração de Punjab, em Sialkot. Hyde também era membro. Não dá para medir o impacto das pregações ministradas por Hyde, resultantes dessa vida de oração, regadas pelo poder do Espírito Santo! Deus soprava seu Espírito sobre ele e sobre a obra na Índia.

Tanto Hyde quanto os demais da Associação entendiam que o único método de adquirir tal despertamento era por meio de oração. Assentaram em seus corações, deliberada, definitiva e determinantemente, empregar esse meio até alcançarem o resultado.

Antes e durante as convenções em Sialkot, Hyde e os demais membros da Associação passavam noites inteiras e longos períodos em oração. Eram convenções evangelísticas – e às vezes para crentes – e Deus derramava seu Espírito sobre as multidões.

John Hyde decidiu no seu coração pedir a Deus vidas salvas todos os dias. Em 1908 pediu ao Senhor uma por dia; o Senhor as dava; em 1909, duas por dia; em 1910, quatro por dia. O Senhor lhe dava até dez por dia. Era o poder do Espírito Santo que descia dos céus sobre ele através das longas horas de oração. Era chamado de “o homem que nunca dorme”.

“Hyde foi um instrumento para o estabelecimento das conferências anuais em Sialkot, por meio das quais milhares de missionários e obreiros nativos voltaram para os campos cheios de poder e vigor para a obra”.

Ele retornou para a América devido a problemas de saúde, e em 1912 o Senhor o chamou à sua presença. Antes de sua morte, quando o médico o examinou, afirmou:

“O coração está em terríveis condições; nunca encontrei um caso como este. Está deslocado da posição normal no lado esquerdo e passou para o lado direito. O Sr. Hyde esforçou-se tanto que agora deve ficar em descanso meses e meses para que o coração possa voltar ao lugar. Que é que o Senhor fez para chegar a essa situação?”

A conclusão a que chegaram foi: sua vida de incessante luta em oração, com lágrimas, pelos seus filhos na fé, pelos companheiros de lutas e pela igreja na índia.

Na hora de sua morte, sua última frase foi: “Aclamem a vitória de Jesus Cristo!” Sim, John Hyde orou até seu coração ser deslocado para o Senhor levantar milhares de obreiros e convertidos na Índia. Ele era conhecido na Índia como “O Hyde de oração”, “O apóstolo da oração”. E nós, como seremos chamados?

Rev. José João de Paula

Fonte: APMT

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