sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Mídia do Irã incita ódio contra cristãos, denuncia comissão dos EUA

 



Militante islâmico com a bandeira do grupo terrorista. (Foto: Wikipedia)

Cristãos são acusados de fazer parte de “culto sionista evangélico” e são vistos como ameaça à segurança nacional.

O governo iraniano está ativamente incitando a “opinião pública depreciativa” contra o cristianismo e outras religiões, usando os meios de comunicação para isso, de acordo com a Comissão dos EUA sobre Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF, na sigla em inglês).

Um novo relatório do comitê diz que o governo do Irã usa a mídia oficial estatal e as mídias sociais para espalhar “notícias falsas e equívocos” sobre minorias religiosas para virar a opinião pública contra essas comunidades. 

O relatório “Propaganda Religiosa no Irã” aponta para a existência de uma “campanha sistemática para negar a liberdade de religião ou crença a grupos que não se conformam com a interpretação singular do governo que defende o islamismo xiita.

Como o governo iraniano classifica os cristãos

O governo diz que alguns cristãos pertencem ao “culto sionista evangélico”, usando acusações vagas ligadas à segurança nacional para atingir a Igreja de Cristo. 

Embora a Constituição do país declare que promover o cristianismo e estabelecer igrejas domésticas não são crimes e nem constituem crimes de segurança nacional, uma frase que foi mencionada na decisão de 3 de novembro de 2021, da Suprema Corte do Irã, mostra que na prática é bem diferente. 

A frase citada pela opinião do tribunal usou o termo “culto sionista evangélico” para se referir aos convertidos cristãos cujo caso estava sendo abordando.

“Esta campanha de desinformação restringe a liberdade de religião ou crença para as minorias religiosas no Irã”, disse a comissária da USCIRF, Sharon Kleinbaum, ao Christian Post.

Cristãos acusados de promover o sionismo

De acordo com a USCIRF, a propaganda estatal iraniana contra os cristãos é, muitas vezes, disfarçada de anti-sionismo. Aqueles que se convertem ao cristianismo são acusados de fazer parte de uma rede “sionista”.

O sionismo é um movimento político que defende o direito à autodeterminação do povo judeu e à existência de um Estado nacional judaico independente e soberano no território onde historicamente existiu o antigo Reino de Israel. 

E os iranianos, que promovem uma revolução islâmica, não possuem laços diplomáticos com Israel, aliás, o relacionamento entre eles é tenso e violento. 

As autoridades dizem que os cristãos são ligados ao sionismo — misturando religião com política — então quando um muçulmano se converte ao cristianismo, ele é visto como um traidor e passa a representar perigo à segurança nacional.

Cristianismo visto como uma ameaça

Hojjat al-Islam Kashani, um clérigo muçulmano que atua como secretário da Associação de Diálogo Islã-Cristianismo, disse a um meio de comunicação iraniano: “O que está sendo promovido, hoje, como cristianismo, não é o cristianismo tradicional, mas é o cristianismo evangélico e colonial”. 

“O cristianismo evangélico não é uma religião, é uma política orientada para o colonialismo”, continuou. De acordo com o relatório, Kashani acusou os “iranianos cristãos evangélicos” de perseguir uma agenda política de expansão destinada a minar o governo do Irã.

A história do Irã está repleta de exemplos de intervenção externa de potências coloniais em seus assuntos domésticos, então este comentário apela ao sentimento de injustiça que alguns iranianos podem sentir sobre a intromissão estrangeira na política iraniana.

Irã envolvido em abusos da liberdade religiosa

O Irã é um dos 10 países reconhecidos pelo Departamento de Estado dos EUA como um país de particular preocupação por tolerar e se envolver em abusos da liberdade religiosa. 

Apenas um ano depois que o Irã assinou um acordo nuclear histórico com os EUA e outras nações ocidentais, em 2015, a USCIRF informou que as minorias religiosas no Irã, incluindo os cristãos, continuam sofrendo graves abusos dos direitos humanos.

O relatório descobriu que as condições de liberdade religiosa “continuaram a se deteriorar”, com cristãos e outras minorias que enfrentam a maior perseguição na forma de assédio, violências e prisões.

O Irã foi classificado pela Portas Abertas como o 9º pior país do mundo quando o assunto é perseguição aos cristãos. 

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CHRISTIAN POST

A MENSAGEM DE PAULO À IGREJA



Paulo fala hoje

2 Timóteo 1-4

Introdução

O Rev. Handley Moule confessou ter-lhe sido muito difícil ler a segunda carta de Paulo a Timóteo sem sentir as lágrimas brotarem nos olhos. Isso é compreensível, já que se trata de um documen­to humano bastante comovedor¹.

Imaginemos o apóstolo Paulo o grande teólogo do Novo Testamento, o grande plantador de igrejas do cristianismo, já idoso, definhando numa masmorra escura e úmida em Roma, de onde não deverá sair, a não ser para a morte. O seu trabalho apostólico está concluído, tan­to que ele pode dizer: “completei a carreira”. Agora, no entan­to, compete-lhe tomar providências para que, depois da sua par­tida, a fé seja transmitida sem se contaminar, genuína, às gerações futuras. Assim ele dá a Timóteo esta soleníssima missão, bem como a igreja do Senhor Jesus. Timóteo precisava preservar, a qualquer preço, o que recebeu, e transmitir a homens fiéis, que por sua vez sejam também idôneos para ensi­nar a outros (2:2).

Para bem captar a mensagem da carta e sentir todo o seu im­pacto, é necessário entender a situação no contexto em que foi escrita.

Esta epistola trata-se de uma genuína carta de Paulo a Timóteo escrita por volta do ano 95 d.C. Podemos ver que alguns pais da igreja tais como Clemente de Roma, Inácio e Policarpo e Irineu fizeram alusões a ela

Paulo, escreveu esta carta quando estava preso em Roma,  pouco antes de morrer, durante a sua última e mais severa prisão, que Paulo enviou a sua segunda mensagem a Timóteo. Paulo escrevia à sombra de sua execução, que lhe parecia iminente. Além de ser uma comunicação muito pessoal ao seu jovem amigo Timó­teo, esta carta foi também o registro de sua última vontade, o seu testamento à Igreja.

Timóteo,  a quem a carta foi endereçada, era um jovem pastor e estava numa posição de responsabilidade, muito além da sua capacidade natural pos ele era um jovem timido e doente, mas agora tinha a incubência de pastorear a grande igreja de Éfeso capital da Ásia Menor. Uma grande obra lhe estava sendo confiada e, como Moisés, Jeremias e muitos outros antes e depois dele, Timóteo se sentia muito relutante em aceitá-la. Será que algum leitor destas pági­nas encontra-se numa situação semelhante? Você é jovem, fraco e tímido, e ainda assim Deus o está chamando à liderança? Esta carta contém uma mensagem especial para todos os tímidos os servos do Senhor.

Paulo ao escrever esta carta a Timóteo, tinha como grande preocupação o evan­gelho da graça de Deus, o depósito da verdade que lhe havia sido revelada e confia­da por Deus.

Timóteo é lembrado de que agora o precioso evangelho lhe foi confiado, que agora era a sua hora de assumir responsabilidade, de pregar, ensinar, e defender o evangelho contra os ataques e contra a falsificação, e de assegurar a sua correta transmissão às ge­rações vindouras. Este deasafio é também para a igreja hoje Em cada capítulo Paulo retorna ao mesmo assun­to básico, ou a algum aspecto dele.

O comentarista warren Wiersbe diz que nesta carta Paulo faz quatro apelos: “O apelo Pastoral, o apelo prático, o apeloprofético e o apelo pessoal”² . Estes apelos ou exortações são dirigidos a igreja do Senhor Jesus Cristo. Como servo e igreja de Jesus hoje nós precisamos:

I – PRESERVAR O PRECIOSO EVANGELHO(II Tm 1)

Antes de abordar o tema principal deste capítulo, que é a exorta­ção a Timóteo para não se envergonhar do evangelho e, sim, guar­dá-lo com toda a segurança (vs. 8-14), o apóstolo começa esta sua carta com a costumeira saudação pessoal (vs. 1, 2).Segue-se uma oração de agradecimento (vs. 3, 5) e uma admoestação (vs. 6, 8).

No parágrafo inicial deparamo-nos, de um modo muito vivido, com Paulo e Timóteo, o autor da carta e o destinatário, respectivamen­te.

1. Paulo, apóstolo de Cristo Jesus (v. 1). Ele é um apóstolo de Cristo Jesus. O seu apostolado originou-se na vontade de Deus e consolidou-se na proclamação do evangelho de Deus, isto é, na “promessa da vida que está em Cristo Jesus”.

2. Timóteo, o filho amado de Paulo (vs. 2-8).Aqui Paulo chama Timóteo de “amado filho”, e em outra parte “filho amado e fiel no Senhor” (1 Co 4: 17), presumivelmente porque foi o instrumento humano usado para a conversão de Ti­móteo. A formação familiar, b. A amizade espiritual, c. O dom espiritual e d. A disciplina pessoal.Timóteo não deveria envergonhar-se desse ministério, nem temer exercê-lo.

3. O Evangelho de Deus (vs. 9,10)- Examinando com mais cuida­do a forma concisa com que Paulo apresenta o evangelho de Deus nestes versículos, constatamos que ele indica a sua essência (o que é o evangelho), a sua origem (de onde provém) e o seu fundamento (onde se baseia).

Timoteo, bem como a igreja tem uma grande responsabilidade perante o evangelho divino (vs. 11-18). Paulo dá três responsabiladades cnossa concernete ao evangelho: a. Nossa responsabilidade de comunicar o evangelho (v. 11); b. Nossa responsabilidade de sofrer pelo evangelho (v. 12a); c. Nossa responsabilidade de zelar pelo evangelho (vs. 12b-18).

Timóteo deveria “guardá-lo” preservar o Evangelho. É precisamente o mesmo apelo que Paulo lançou no final da sua primeira carta (6: 20), com a única diferença de que agora ele o chama de “bom”, literalmente “belo” depósito. O verbo (phylassõj tem o sentido de guardar algo “para que não se perca ou se danifique” (AG). É emprega­do com a idéia de guardar um palácio contra saqueadores, e bens contra ladrões (Lc 11: 21; At 22: 20). Fora há hereges prontos a corromper o evangelho e desta forma roubar da igreja o inesti­mável tesouro que lhe foi confiado. Cabe a Timóteo colocar-se em guarda.

O apóstolo dá a Timóteo a base segura de que ele necessita. Ti­móteo não pode pensar em guardar o tesouro do evangelho com força própria; somente poderá fazê-lo “mediante o Espírito San­to que habita em nós (v.14). A mesma verdade é ensinada na se­gunda parte do versículo 12. A maior parte dos cristãos está familiarizada com a tradução “por­que sei em quem tenho crido, e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia”.

Cristo o confiou a Paulo, é verdade, mas o próprio Cristo cuidará do depósito. E ago­ra Paulo o está confiando a Timóteo. E Timóteo pode ter esta mes­ma segurança para transmitir a igreja do senhor jesus e a igreja precisa preservar o evangelho.

Meus irmãos, em última análise, é Deus mesmo quem preserva o evangelho. Ele se responsabiliza por sua conservação. “Sobre qualquer outro fundamento a obra da prega­ção não se sustentaria nem por um momento”.³ Podemos ver a fé evangélica encontrando oposição em toda parte, e a mensagem apostólica sendo ridicularizada em muitos lugares onde fora pregada. Talvez vejamos uma crescente apostasia crescer na igreja, muitos de nossa geração abandonando a fé de seus pais. Mas não temos nada a temer! Deus nunca permi­tirá que a luz do evangelho se apague.

É verdade que ele o confiou a nós (igreja), frágeis e falíveis criaturas tão grande privilégio. Ele colocou o seu tesouro em frá­geis vasos de barro, e nós devemos assumir a nossa parte na guarda e na defesa da verdade. Contudo, mesmo tendo entregue o depósi­to aos cuidados de nossas mãos, Deus não retirou as suas mãos desse depósito. Ele mesmo é, afinal, o seu melhor vigia; ele saberá preservar a verdade que confiou à Igreja. Isto nós sabemos, porque sabemos em quem depositamos a nossa confiança, e em quem con­tinuamos a confiar.

Mas devemos resistir a esta tentação. Pois, antes de tudo, fomos chamados a guardar o evangelho, conservando-o puro, a qualquer preço, preservando-o de toda corrupção do mundo que não conhece a Jesus.

Guardá-lo fielmente. Difundi-lo ativamente. Sofrer corajosa­mente por ele. Esta é a nossa tríplice esponsabilidade perante o evangelho de Deus, de acordo com este primeiro capítulo. Não importa mesmo que alguns vanham abandonar o evangelho, como acontecera na época do apóstolo Paulo, pois ele diz: “Estás ciente de que todos da Ásia me abandonaram; dentre eles cito Figelo e Hermógenes”(II Tm 1.15), mas a igreja precisa continuar firme no evangelho do Senhor Jesus.

 II – SOFRER PELO EVANGELHO(II Tm 2.1-26)

Depois de falar sobre a grande responsabilidade de Timóteo e da igreja. O apóstolo nos fala dos grande desafio de Timóteo e da igreja.

O primeiro capítulo termina com a pesarosa referência que Paulo fez à generalizada deserção dos cristãos na província romana da Ásia (1: 15). Onesíforo e sua casa talvez tenham sido a única exce­ção. Agora Paulo insta com Timóteo para que ele se mantenha fir­me, em meio à debandada geral. Esta é a primeira de uma série de exortações similares na carta, que começam com su oun ou su de, “tu, pois” ou “mas tu”, ordenando que Timóteo resista a várias coisas predominantes naquela época.

É co­mo se Paulo lhe dissesse: “Não te importes com o que outras pes­soas possam estar pensando, dizendo ou fazendo. Não te importes com a fraqueza e a timidez que talvez estejas sentindo. Quanto a ti, Timóteo, sê forte!”

No restante deste segundo capítulo de sua carta, Paulo prossegue abordando o ministério do ensino, ao qual Timóteo foi cha­mado, Como ilustração, Paulo faz uso de seis vividas metáforas. As três primeiras são suas imagens favoritas: o soldado, o atleta, e o lavrador. Em cartas anteriores ele já fizera uso delas, em várias ocasiões, para salientar muitas verdades. Aqui todas elas enfatizam que a obra de Timóteo exigirá vigor, envolvendo tanto labuta quanto sofrimento.

Participa dos meus sofrimentos, como um bom soldado de Cristo Jesus (II Tm 2.3,4). O apóstolo estava preso sofrendo por causa do evangelho.Segundo alguns historiadores o imperador Nero em 17 de julho de 64 d.C. querendo reconstruir uma capital mais bonita e moderna incendiou a cidade de Roma.Dos quatorze bairros dez foram destruídos pelas chamas. Os quatro bairros restantes bem povoados por judeus e cristãos deram a Nero o álibi, a Nero  de lançar a culpa sobre os cristãos. Então começou uma grande perseguição contra a igreja. Diz-se que naquela época faltou madeira para fazer cruzes, diante do numero tão grande de cristãos que foram crucificados em Roma. Segundo o comentarista Hernandes Dias Lopes “Foi nesse tempo de atroz e amarga perseguição aos cristãos que Paulo foi preso novamente e jogado numa prisão imunda como um criminoso comum, ou seja, como um malfeitor”. 4Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou.

A aplicação de tal versículo não é somente restrita a pastores. Cada cristão é, num certo grau, um soldado de Cristo, ainda que seja tímido como Timóteo. Não importando qual seja o nosso temperamento, não podemos evitar o conflito cristão. Se que­remos ser bons soldados de Cristo, devemos dedicar-nos à bata­lha, comprometendo-nos com uma vida de disciplina e de sofri­mento, e evitando tudo o que possa nos “envolver” e assim nos desviar do seu propósito.

Igualmente o atleta não é coroado, se não lutar segundo as normas(II Tm 2.50).Agora Paulo desvia os seus olhos da imagem do soldado romano para a do competidor nos jogos gregos. Em nenhuma competição atlé­tica do mundo antigo (assim como hoje também) o competidor dava uma demonstração de força ou de habilidade ao acaso. Cada esporte tinha as suas regras para a competição, e às vezes também para o treino preparatório.

Assim, Timóteo e a igreja deve confiar o depósito a homens fiéis. Somente se ele, como Paulo, perseverar até a fim, combatendo também o bom combate, completando a car­reira e guardando a fé, somente assim poderá ele esperar receber, no último dia, a mais desejável de todas as coroas: “a coroa da justiça” (2Tm4:7-8).

O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a participar dos frutos(II Tm 2.6).Tendo o atleta de competir com honestidade, o lavrador, por sua vez, tem de trabalhar arduamente. O sucesso na lavoura só é conseguido com muito trabalho. Isso é verdade particularmente em países em desenvolvimento, antes de se ter as técnicas da mecanizaçãomoderna.

A que espécie de colheita se refere o apóstolo? Duas interpre­tações apresentam maiores evidências bíblicas. Primeira, a santidade como colheita. Verdadeiramente, a santi­dade é “fruto (ou colheita) do Espírito”, sendo que o próprio Espírito é o principal agricultor, que produz uma boa safra de qualidades cristãs na vida do cristão. No entanto, nós também temos que fazer a nossa parte. Temos de “andar no Espírito” e “semear no Espírito” (Gl 5: 6; 6: 8), seguindo os seus impulsos e disciplinando-nos, para fazermos a colheita da santidade. Como o Rev. Ryle enfatiza repetidas vezes em seu notável livro Santidade: “não há prêmio sem esforço”.

A segunda interpretação é que a conquista de conversões é também uma colheita. “A seara na verdade é grande”, disse Jesus referindo-se aos muitos que esperam por ouvir e receber o evan­gelho (Mt 9: 37; cf. Jo 4: 35; Rm 1:13).

Somente como igreja, se nos entregarmos sem reservas às nossas labutas como soldados, corre­dores e agricultores, poderemos esperar resultados. Somente se cortarmos a verdade em linha reta e não nos desviarmos dela, se­remos aprovados por Deus e não teremos do que nos envergonhar. Somente se nos purificarmos do que é ignóbil, de todo erro e peca­do, seremos vasos para uso nobre, úteis ao Senhor da casa. Somen­te se formos bondosos e avessos às intrigas, como fiéis servos do Senhor, Deus concederá aos nossos adversários arrependimento, conhecimento da verdade e livramento do diabo.

Tal é a nossa responsabilidade de labutar e sofrer pelo evange­lho. Assim, não é de se estranhar que este capítulo 2 tenha co­meçado com a exortação: “fortifíca-te na graça que está em Cris­to Jesus”.

III – PERMANECER NO EVANGELHO!(II Tm 3)

Deitado em sua cela, prisioneiro do Senhor, Paulo ainda se preo­cupa com o futuro do Evangelho. Sua mente vagueia pensando ora na maldade dos tempos, ora na timidez de Timóteo. Timóteo é tão fraco, e a oposição tão forte! Parece estranho que um ho­mem assim seja chamado, em tal situação, a combater pela verda­de. Assim o apóstolo começa com um vivido esboço desse cená­rio e, em oposição a tal pano de fundo, conclama Timóteo, a des­peito dessa situação caracterizada por um generalizado desvio de Deus, e a despeito da fraqueza de temperamento de Timóteo, a continuar fiel ao que aprendera.

Enfrentando tempos difíceis (vs. 1,2a) –Sabe, porém, isto: nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis; 2pois os homens serão egoístas,. .. Por que será que Paulo inicia este capítulo dando uma ordem tão en­fática a Timóteo: “sabe, porém, isto”? Afinal, a existência de uma ativa oposição ao evangelho era evidente.

Os homens maus são descritos (vs. 2-9) – O restante deste primeiro parágrafo do capítulo 3 dedica-se a uma perfeita descrição de tais homens. Paulo delineia particularmente a conduta moral (vs. 24), a observância religiosa (v.5) e o zelo proselitista (vs. 6-9) deles.

3. Permanecendo firme na fé (vs. 10-15), Timóteo e a igreja foram chamados pra viver pela fé.

4. A origem e o propósito da Escritura (vs. 15b-17) – Duas verdades fundamentais a respeito da Escritura são afirmadas aqui. A primeira concerne à sua origem (de onde ela provém) e a segunda ao seu propósito (o que ela pretende).

A primeira verdade é que “toda Escritura é inspirada por Deus”; ela é “soprada” por Deus. Alguns teólogos traduziram as primeiras palavras do versículo 16 assim: “toda Escritura inspirada é proveito­sa”.   Tal tradução daria lugar a uma dupla limitação da Escritura.

A segunda verdade abordada neste trecho refere-se a que Paulo explica o propósito da Escritura: “ela é útil ao ensino”. E isso decorre precisamente do fato de ser inspirada por Deus. Somente a sua origem divina garante e explica a sua utilidade para o homem. Para mostrar o que isso significa, Paulo emprega duas expressões.

Considerando tudo o que foi dito neste capítulo, podemos apreciar a relevância da mensagem de Paulo à nossa sociedade pluralista e permissiva.

 Os “tempos difíceis”, em que estamos vivendo, são desconcertantes. Às vezes nos perguntamos se o mundo e a igreja ficaram loucos, por serem tão estranhos os seus pontos de vista e tão frouxos os seus padrões. Alguns cristãos foram arrastados de seus ancoradouros por uma onda de pecado e de erro. Outros procuram esconder-se, como se fosse a melhor esperança de sobrevivência, a única alternativa para não capitularem. Mas estes processos não são cristãos. “Tu, porém”, Paulo nos diz, como o disse a Timóteo, “permanece naquilo que aprendeste, ainda que a pressão para se acomodar seja muito forte. Não importa que sejas jovem, inexperiente, tímido e fraco. Não importa se acontecer de ficares testemunhan­do sozinho.

 Até aqui seguiste o meu ensino; permanece, pois, da­qui para a frente, naquilo em que vieste a crer. Conheces as cre­denciais bíblicas da tua fé. A Escritura é inspirara por Deus, e útil. Mesmo em meio a estes tempos difíceis, em que os homens maus e impostores vão de mal a pior, ela pode te suprir e te equipar para o teu trabalho. Que a Palavra de Deus te faça um homem de Deus. Permanece leal para com ela, e ela te conduzirá à maturidade cristã.”

IV – PREGAR O EVANGELHO!(II Tm 4)

Este capítulo contém parte das últimas palavras proferidas ou es­critas pelo apóstolo Paulo.    São, certamente, as últimas que fo­ram preservadas.    Foram escritas a semanas, talvez não mais do que poucos dias antes do seu martírio.   De acordo com antiga tradição fidedigna, Paulo foi decapitado na Via Ápia.   Por trinta anos ininterruptos trabalhara como apóstolo e evangelista itinerante.   Fez, na verdade, o que ele mesmo escreve aqui: combateu o bom combate, completou a carreira e guardou a fé (v.7). 

A primeira parte do capítulo toma a forma de uma comovente in­cumbência.   “Conjuro-te, perante Deus”, assim começa.   O verbo diamartyromai tem conotações legais e pode significar “testificar sob juramento” numa corte de justiça, ou “adjurar” uma testemu­nha a assim proceder.   No Novo Testamento refere-se a qualquer “elocução solene e enfática”.   A exortação de Paulo é endereçada, em primeiro lugar, a Timóteo, seu delegado apostólico e represen­tante em Éfeso.   É aplicada, também, a cada homem chamado a um ministério evangelístico ou pastoral, ou mesmo a todos os cristãos.

Há três aspectos da exortação a serem estudados, os quais são: sua natureza (o que Paulo de fato está comissionando a Timóteo), sua base (os argumentos sobre os quais Paulo baseia a sua exorta­ção)e uma ilustração pessoal dela, do exemplo do próprio Paulo em Roma.

1. A natureza da exortação (v.2) – Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina.

Timóteo deve “pregar” esta palavra; ele deve falar o que Deus falou. Sua responsabilidade não é somente ouvir essa palavra, crer nela e obedecê-la, nem somente guardá-la de toda falsidade; nem somente sofrer por ela e permanecer nela; mas, sim, pregá-la a outros. São as boas novas de salvação para os pecadores. Assim ele deve proclamá-la como um arauto em praça pública (kèryssö, cf. këryx, “um arauto” em 1: 11). Para fazê-la conhecida, deverá levantar a sua voz para todos, sem temor.

Paulo prossegue mostrando quatro sinais que deverão caracte­rizar a proclamação a ser feita por Timóteo.

a.  Uma proclamação urgente- O verbo ephistëmi, “instar”, significa literalmente “assistir”, e assim “estar de prontidão”, “estar disponível”. Aqui, contudo, pa­rece ter o sentido não somente de alerta e zelo mas de insistência e urgência. “Nunca perca o teu sentido de urgência” (CIN). Nu­ma forma lânguida e indiferente, certamente não se faz

b. Uma proclamação contextual-O arauto que anuncia a Palavra deve corrigir, repreender e exortar.

c.Uma proclamação paciente-Mesmo devendo instar (esperando obter das pessoas rápidas deci­sões em resposta à Palavra), devemos ter “toda a longanimidade na espera por essa resposta”. Nunca devemos nos valer do uso de técnicas humanas de pressão ou tentar forçar uma “decisão”.

      d,   Uma proclamação inteligente

Não devemos só pregar a palavra, mas também ensiná-la, ou me­lhor, pregá-la “com toda a doutrina” (këryxon. . . en pasë..didachè). Tal é a instrução de Paulo a Timóteo. Ele deve pregar a Pala­vra anunciando a mensagem dada por Deus, mas deve fazê-lo com um sentido de urgência, deve aplicá-la ao contexto da situação pre­sente, deve ser paciente em seu modo de ser e inteligente na sua apresentação.

2. A base da exortação ( vs. 1, 3-8)

Pede que Timóteo olhe a três direções: primeiro para Jesus Cristo, o juiz e rei que retor­na; em segundo lugar, ao cenário contemporâneo; e, em terceiro, a ele, Paulo, o idoso prisioneiro à beira do martírio.

Conclusão

Helen Roseveare, ela chegou no Congo com 28 anos de idade, a Dra. Helen era médica com doutorado em medicina na Universidade de Cambridge com formação também em enfermagam, solteira, sozinha ela foi para o interior do Congo, em uma em que aquele país passava por uma guerra civil. Ali ela começou a trabalhar, pregar a Palavra de Deus incansavemente. Ela fundou uma escola de enfermeiras treinou em poucos anos cem enfermeiras missionárias e espalhou por todo o país.

Não havendo hospitais naquela região que ela trabalhava como médica, ela escreveu para sua igreja na Inglaterra que enviou uma boa oferta e construiu um hospital com cem leitos, mas o Congo era um país muito perigoso naquela época, certa feita a Dra Helen foi sequestrada por um grupo de rebeldes guerreilheiros, e eles a leveram-na e a mantiveram-na em cativeiro durante um longo período… Ela escreveu em seu diário algumas coisas, ela disse: eles me puxavam pelos pés, batiam em minha cabeça, chutavam-me na boca, quebraram os meus dentes, me humilharam, insultaram, agrediram dia a dia.

Semanas depois ela escreveu: em uma das noites o horror ultrapassou todos os limites, e fui violentamente abusada sexualmente, eu senti que Deus havia me abandonado.

Dias depois, ela escreveu: Logo depois senti uma impressionante presença de Deus que me dizia, Helem estes não são os seus sofrimentos, são os meus e o Senhor me encontrou com braços abertos e indizível amor, seu conforto foi total e eu ententi que o seu amor me era suficiente.

Ela foi liberta do cativeiro, voltou para a Inglaterra, ficou praticamente um ano internada para se recuperar dos dentes quebrados, ossos quebrados, do trauma psicológico emocional, durante um ano.

Depois recebeu alta dos médicos daquele hospital inglês, voltou para a sede da missão  UEC, dizendo eu quero voltar para o Congo. E a diretoria disse: nós não vamos enviá-la a situação do Congo está mais difícil do que antes. Ela disse: se vocês não me enviarem eu saiu da missão para voltar para o Congo porque Deus me quer naquele lugar, eu ainda não pregeuei a palavra a todos que Deus colocou em meu coração.

E a missão a enviou para o Congo, ela voltou para o mesmo lugar, percebeu que os guerelheiros havia destruido aquele lugar… ela deixou aqueles país com centenas de pessoas que houviram a palavra de Deus. Ela foi uma mulher que rodou o mundo dando testemunho, mobilizando jovens para obra missionária.

Segundo o pastor Ronaldo Lidório a missionária Helen antes dela morrer, ela escreveu um artigo, que resume bem o ensino da teologia reformado da centraliadade da palavra de Deus, não apenas uma palavra liturgica,  não apenas uma palavra que tem espaço em nossa biblioteca porque está em nossa língua, mas uma palavra que nos desafia e nos transforma: quando nos transforma e nos empele a pregar este evangelho que tanto mexe com o nossso coração.

Dra. Helem escreve neste artigo o seguinte: “O PROBLEMA É QUANDO NÃO QUEREMOS SÓ JESUS, QUEREMOS JESUS E MAIS ALGUMA COISA, QUEREMOS JESUS E A POPULARIDADE, QUEREMOS JESUS E O SUCESSO, QUEREMOS JESUS E OS APLAUSOS, QUEREMOS JESUS E O RECONHECIMENTO, QUEREMOS JESUS MAS TAMBÉM SERMOS OS PRIMEIROS, E SERMOS OS MELHORES, NÃO MEUS IRMÃOS, NÓS DEVEMOS DESEJAR SÓ JESUS”.

Pastor Eli Vieira

Fonte: Adapitado do Comentário de John Stott de 2 Timóteo

Depois de 30 anos, Mianmar volta a ter execuções de prisioneiros




População está indignada e protestos eclodiram em várias partes do país (foto representativa)

Junta Militar executou arbitrariamente dois líderes pró-democracia

A violência e as atrocidades aumentaram mais do que nunca em Mianmar. As notícias da execução de dois líderes pró-democracia, Ko Jimmy e Phyo Zayar Thaw, na prisão de Insein em Yagon, pelos militares mexeu com os sentimentos democráticos do país. As famílias deles não teve permissão para um último encontro antes da execução. E quando chegaram à prisão, não puderam ver nem sepultar os corpos. 

Cidadãos em vários locais de Mianmar intensificaram os protestos contra a junta militar, enquanto isso, muitos cidadãos ficaram assustados e com medo pelo futuro do país. Guerra ininterrupta, fome e morte são alguns dos desafios presentes. 

Organizações internacionais, grupos étnicos armados e as Forças de Defesa das Pessoas (PDF, da sigla em inglês) condenaram veementemente os militares por causa da execução dos líderes pró-democracia. As PDF também mencionarão que vingarão essas mortes. A morte dos líderes pode causar uma série de eventos, como a intensificação da luta nas regiões de conflito e início de novas lutas. 


Crise humanitária
 

A insegurança em Mianmar aumentou o número de deslocados internos. Muang*, um jovem refugiado disse: “Quando percebemos o que estava acontecendo, fugimos de casa. Nossos vizinhos estavam com medo e nós também. O país está em retrocesso, talvez 20 ou 30 anos de retrocesso, se comparado com os países vizinhos. Muitas crianças crescerão sem bons exemplos no país. O nosso futuro é preocupante”. 

Win Tin*, uma parceira local, compartilhou: “Penso que a essa altura, a junta militar não se importa com a pressão de organizações internacionais e de outros países. Essas execuções revivem o que acontecia há 30 anos em Mianmar, a junta militar está deixando as pessoas com tanto medo que ninguém ousa se opor. As execuções aumentaram a ira das pessoas contra os militares. Muitas pessoas postaram nas redes sociais: ‘Sem perdão. Nunca esqueceremos!’”.


Os cristãos em Mianmar oram pedindo paz para o país, mas a piora das condições, com os incêndios das igrejas e, agora, as execuções, tornam a paz uma realidade ainda mais distante. 


Apoie cristãos perseguidos 


Como uma forma de pressão, cristãos são privados de remédios, acesso a água e Bíblias. Com uma doação, você atende as necessidades mais urgentes dos irmãos na fé e mostra que eles não estão sozinhos. 

Fonte: Portas Abertas

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

O PROFETA JOEL FALA HOJE

 



Joel 1:1-2:21

Deus dirige os eventos da História. Não há qualquer casualidade aqui. Os gafanhotos e a seca são agentes de Deus. Eles não agem fora do controle divino. Todas as coisas estão sob seu controle e tudo concorre para a realização de sua soberana vontade.

Joel desejava que o povo de Judá compreendesse o que Deus estava falando por meio da praga e da seca. Em nosso tempo, as nações do mundo estão passando por secas e fome severas, epidemias assustadoras, terremotos inesperados, enchentes devastadoras e outras "catástrofes naturais", sendo que tudo isso tem afetado profundamente a economia global e, no entanto, poucas pessoas se perguntam: "O que Deus está nos dizendo?" Joel escreveu seu livro para que o povo soubesse o que Deus estava lhes dizendo por meio desses acontecimentos críticos.

Ao olharmos para aquele momento em que o servo de Deus pregou, devemos perguntar: o que nos ensina a mensagem do profeta Joel? A mensagem de Joel nos ensina que:

1-A LAMENTÁVEL SITUAÇÃO DEVE NOS MOTIVAR A CLAMAR A DEUS (Joel 1.14,19).

O profeta Joel foi levantado por Deus para transmitir a sua mensagem em um momento marcado pela crise, causada principalmente por causa da seca e da praga de gafanhotos. A situação da terra é descrita no capítulo 1 e pode ser resumida nos versículos 10 e 14b, onde podemos ver: a devastação do campo; cessação do serviço religioso, crise espiritual, tristeza e desolação.

Este era o cenário que traduzia a lamentável situação da terra. Diante deste quadro desolador em que a nação se encontrava, muitas pessoas murmuravam, choravam, lamentavam, etc. Diante deste cenário econômico triste e desafiador para os habitantes de Judá, o profeta exorta o povo a clamar ao Senhor e promulgar um santo Jejum (Joel 1:14).

O profeta Joel nos ensina, que a lamentável situação deve nos motivar a buscar a Deus e não murmurar. Devemos clamar aquele que é poderoso para intervir e mudar a situação lamentável que muitas vezes enfrentamos. Esse deve ser o Projeto do Povo de Deus. Esse deve ser o projeto da Igreja na atualidade em que estamos vivendo em nosso país e no mundo, em meio crise política, moral e espiritual da nossa nação e do mundo. Deve ser o meu e o seu projeto em momentos de lutas, certos de que Deus ouve e responde a orações dos seus servos.

2- AS MISERICÓRDIAS DE DEUS, DEVE NOS LEVAR AO ARREPENDIMENTO (Joel 2.12-19).

Judá estava vivendo um momento de tristeza e dor, porque havia se afastado da Palavra de Deus e do Deus da Palavra, e como consequência deixaram-se levar pelo pecado.

O povo estava sendo disciplinado pela seca e pela praga, permitidas por Deus, para falar à nação que ela precisava se arrepender dos seus pecados, e olhar para as misericórdias do Senhor que controla todas as coisas, que não se limita as concepções humanas. Naquele momento, o profeta prega que Judá precisava abandonar os seus pecados e voltar-se para Deus, confiando somente em suas misericórdias e pedir perdão de todo coração.

Hoje, quando nós olhamos para o Brasil e o mundo, podemos ver a idolatria, a injustiça social, feitiçaria, violência, prostituição infantil, o sincretismo religioso, etc., isto é, a depravação total. A solução para situação em que estamos vivendo, é o homem se a arrepender dos seus pecados e confiar nas misericórdias de Deus, na certeza de que no Senhor, há perdão e restauração para todos que se rendem a Jesus.

3-AS PROMESSAS DE DEUS, DEVE NOS ENCHER DE ESPERANÇA (Joel 2.18-32).

Em Joel 2:18 o Senhor se mostra zeloso de sua terra, compadecendo-se do Seu povo e promete bênçãos grandiosas. Podemos classificar estas bênçãos, como sendo de ordem: materiais, espirituais e eternas. Deus promete ao povo normalidade na produção, dizendo:”… eis que vos envio o cereal e o vinho, e o óleo… os pastos do deserto reverdecerão, porque o arvoredo dará o seu fruto, etc. (2:19,22-26). Deus promete proteção (2:20,21,27), estabilidade climática (2:23), fartura e alegria (2:24,26) e o derramamento do Espírito Santo (2:22-32). Diante de tais promessas de Deus, o profeta Joel desafia o povo de Judá a renovar a esperança.

Meus irmãos, diante das promessas do Senhor, nós somos desafiados a nos enchermos de esperança, e não ficarmos desanimados, murmurando, chorando, etc. Como o teólogo calvinista suíço Emil Brunner disse: “O que o oxigênio significa para os pulmões, é a esperança para o sentido da vida”. Hoje, diante das dúvidas e incertezas, há muita gente ansiosa, desesperada, buscando um sentido para a vida nos prazeres carnais, nas drogas, nas religiões, etc., sem, contudo, encontrar uma saída, porque estão pondo suas esperanças onde não há esperança. Como igreja do Senhor, devemos confiar nas promessas de Deus e no Deus das promessas, na certeza de que Ele pode mudar a nossa situação e vai mudar se nos voltarmos para Ele, como Ele nos ensina em Sua Palavra (2 Cônicas 7.13,14).Desperta! É tempo de confiarmos nas promessas de Deus e nos voltarmos para Ele.

Portanto, não sei qual é o teu problema hoje, mas eu sei que o nosso Deus não mudou, ele é imutável, ele permanece o mesmo. Por isso podemos confiar nas suas promessas e nos encher de esperanças e ouvir o que o profeta Jeremias também nos diz em Lamentações 3:21 ” Quero trazer a memória o que me pode dar esperança”. O que você está trazendo a memória neste momento? Pare e pense? Olhe para Deus, independente das circunstâncias, clame ao Senhor, confie nas suas misericórdias e firme a sua vida nas promessas do Senhor, na certeza de que há esperança para mim, para você o Brasil. No Senhor está a nossa Salvação.

Autor Pr. Eli Vieira é formado pelo Seminário Presbiteriano do Norte e pastor da Igreja Presbiteriana Semear Itabuna-BA.

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Uma visão do crescimento da igreja

 


Com base no texto de 2 Reis 6.1-7, aprenderemos alguns princípios sobre o crescimento da igreja.

O texto de 2 Reis 6.1-7 ensina alguns princípios importantes sobre o crescimento da obra de Deus. O contexto está ligado com a escola de profetas nos dias do profeta Eliseu, discípulo de Elias. O professor era um homem comprometido com a Palavra e com a oração. Nesse tempo, os milagres de Deus eram operados, confirmando a palavra dos profetas. Em virtude desse exemplo, havia muitos jovens sendo vocacionados para o profetismo em Israel. Quando os professores andam com Deus, eles motivam outros a também conhecerem a intimidade de Deus. O seminário estava pequeno para o crescimento da demanda vocacional. Uma espécie de reavivamento estava acontecendo na casa de profetas. Não era tempo de estagnar o ímpeto vocacional nem dispensar novos estudantes. Era tempo de alargar as fronteiras, ampliar a tenda, criar mais vagas e ver o crescimento da obra. O texto em tela enseja-nos alguns princípios sobre o crescimento da igreja. Vejamos:

Em primeiro lugar, é preciso ter uma visão de empreendedorismo e crescimento. Em vez de dispensar os novos candidatos que estavam sendo despertados para a vocação profética, os seminaristas resolveram ampliar as dependências do seminário. Eles foram empreendedores e resolveram trabalhar para ampliar a casa de profetas. O crescimento da igreja começa com a visão de líderes que desejam vê-la crescer e que trabalham para isso. Precisamos de líderes que estão gratos pelo que já alcançaram, mas não conformados com o que já obtiveram. A igreja tem o tamanho da visão de seus líderes. Se Deus amou o mundo, nossa visão não pode ser menor do que o mundo. Se Jesus morreu para comprar com o seu sangue os que procedem de todos os povos, línguas e nações, precisamos ampliar nossa visão de crescimento. Não podemos nos acomodar. Precisamos subir nos ombros dos gigantes e ter a visão do farol alto. Precisamos empreender e alargar as estacas da nossa tenda. A igreja pode crescer, deve crescer e precisa crescer.

Em segundo lugar, precisamos nos unir com pessoas que têm a mesma visão de crescimento. Os alunos da escola de profetas compartilharam a visão com Eliseu e o convidaram a participar com eles do projeto de expansão. Precisamos nos unir com pessoas que amam ao Senhor e desejam ver o crescimento da obra. Precisamos de parcerias inspiradoras. Ninguém realiza grandes projetos sozinho. Somos um corpo, uma equipe. Precisamos da cooperação de todos. O projeto de crescimento da igreja não é adição, mas multiplicação. Se todos colocarem a mão no arado; se todos se envolverem; se todos estivem motivados e trabalhando com o mesmo propósito e com a mesma motivação, a igreja avançará e alargará sua tenda.

Em terceiro lugar, precisamos de ferramentas adequadas para fazer a obra. Os estudantes empunharam machados afiados. Cada um tinha um machado nas mãos. Eles foram cortar árvores para ampliar a casa de profetas e precisavam de ferramentas adequadas. O machado tem o poder do corte. O machado é o instrumento. O machado é um símbolo do poder do Espírito. Sem essa ferramenta não conseguimos atingir nosso objetivo de expandir a casa de Deus. Não fazemos a obra de Deus com a força do braço da carne. Não é por força nem por poder, mas pelo Espírito de Deus que realizamos a obra de Deus.

Em quarto lugar, precisamos compreender que enquanto trabalhamos na obra acidentes de percurso podem acontecer. Enquanto um moço de Eliseu derrubava um tronco o machado caiu na água e foi parar no fundo do rio Jordão. O jovem profeta se desesperou e disse: “Ai! Meu Senhor! Porque era emprestado”. No trabalho também enfrentamos perdas, dores, baixas e acidentes. Nem sempre lidamos com situações favoráveis. Perdas, prejuízos, doenças, fragilidades nos assaltam, mesmo quando estamos na lida. As crises podem nos pegar de surpresa, porém, não deixam nosso Deus em apuros. Elas são pedagógicas. Nossas crises são oportunidades para Deus nos demonstrar sua providência milagrosa.

Em quinto lugar, precisamos recorrer ao extraordinário de Deus quando chegamos ao fim dos nossos recursos. O moço recorreu a Eliseu e Eliseu cortou um pau e lançou-o no rio e fez flutuar o machado. Então, o moço estendeu a mão e o apanhou. Enquanto fazemos a obra, Deus opera suas maravilhas. Quando chegamos ao fim dos nossos recursos Deus opera o extraordinário. A igreja nunca pode perder a expectativa do extraordinário de Deus no ordinário da vida.

É tempo de avançarmos! É tempo de alargar nossas fronteiras! É tempo de crescimento!

Hernandes Dias Lopes é pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, escritor, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil e diretor executivo da Editora Luz para o Caminho.

FONTE: GUIAME, HERNANDES DIAS LOPES

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Cresce o número de evangélicos na República Dominicana, país oficialmente católico

 

O número de cristãos protestantes chegou a 30% na República Dominicana. (Foto: Imagem ilustrativa/Facebook/Iglesia de La Alabanza Alcarrizos).

A porcentagem de dominicanos que seguem a fé evangélica chegou a 30%, enquanto o número de católicos caiu.

O número de evangélicos na República Dominicana cresceu e já representa 30% da população, segundo dados do Conselho Dominicano de Unidade Evangélica (Codue).

De acordo com o Relatório Internacional de Liberdade Religiosa da Embaixada dos Estados Unidos na República Dominicana, enquanto em 2008 os cristãos protestantes representavam apenas 12% da população, em 2020 eles chegaram a 26%, mais de 11,3 milhões de pessoas.

O relatório ainda apontou que a fé evangélica é a que mais cresceu no país latinoamericano de tradição católica. A tendência para os próximos anos é que os evangélicos continuem crescendo.

O catolicismo é a religião oficial da República Dominicana, porém a Constituição de 2010 instituiu a liberdade de culto e o país como um estado laico.

Declínio do catolicismo

Desde então, o número de católicos tem diminuído. A nação que já foi 90% católica, hoje menos da metade da população segue o catolicismo.

Conforme o relatório da Embaixada dos EUA, em 2020, os católicos representavam 49%, enquanto em 2008, eram 68%.

Uma pesquisa de 2018 revelou que 29,4% dos dominicanos afirmam não ter uma religião, mesmo não se definindo como ateu ou agnóstico.

Segundo o Evangelical Focus, na República Dominicana existe uma comunidade muçulmana de cerca de 2.500 membros. 

Há também uma parcela de budistas, hindus e bahá’ís, embora não exista um registro oficial.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO EVANGELICAL FOCUS

sábado, 30 de julho de 2022

O DEUS QUE AGE

 







Texto: Josué 4.1-24

Nos dias difíceis que estamos vivendo, muitos creem que Deus reina soberano no céu, mas muitos não acreditam que ele reina na terra. Muitos duvidam de sua soberana providência no mundo pós-moderno (atual), acham que ele não está conosco, não se interessa com o que está acontecendo em nossas vidas, família, igreja, nação, etc. Mas, quando estudamos a Palavra de Deus, podemos ver que o nosso Deus é transcendente, mas também imanente, olhe e veja, a sua intervenção na história de Israel.

No livro de Josué, aprendemos algumas lições importantes sobre o agir soberano de Deus na história de Israel. E os capítulos 3 e 4 nos ensina, que o Deus que Age:

1-CUMPRE A SUA PALAVRA (Js 3.1-13; 4.10) – No livro de Josué, podemos ver Deus cumprindo a sua Palavra, como ele falara ao seu servo Josué (Js 1.1-9;3.7,8 e 15). Diante desta verdade, aprendemos que podemos confiar na Palavra e no Deus da Palavra, pois ele não é como o homem. Sua Palavra é verdadeira e imutável, Deus não muda (Ml 3.6).

O Senhor Jesus nos ensinou dizendo: “PASSARÁ O CÉU E A TERRA, PORÉM AS MINHAS PALAVRAS NÃO PASSARÃO”(Mt.24.35). Nós podemos confiar na Palavra viva e eficaz do nosso Deus. Ela é Palavra que nos encoraja, renova e santifica como nos diz o apóstolo João “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”(Jo 17.17). Ela é, a nossa regra de fé e prática, para vivermos neste mundo de forma diferente, independente das circunstâncias que nos cercam. O escritor J. I. Packer disse: “para os puritanos a Bíblia em seu todo e em suas partes era o pronunciamento de Deus… e servir a Deus significava obedecer a Bíblia”(Entre os Gigantes de Deus). Nesta atualidade muitos não querem fundamentar suas vidas na Palavra, mas querem viver uma vida sem as Santas Escrituras.

Meus irmãos, como servos de Deus, não podemos nos conformar com o mundo, mas se queremos fazer diferença neste mundo hoje, precisamos fundamentar a nossa conduta na Palavra viva, sant e eficaz, porque só na Bíblia Sagrada, nós encontramos “todo o conselho de Deus concernente a todas as coisas necessárias para glória dEle, para salvação, fé e vida do homem…” como nos ensina a Confissão de Fé de Westminster.


2- É O DEUS SOBERANO (3.14-17;4.1-9) – O Deus que Age, é Todo-Poderoso, é o Senhor do impossível. Nada é difícil para Ele. Nos capítulos 3 e 4 de Josué, contemplamos o agir soberano de Deus, fazendo as águas do Rio Jordão pararem de maneira inédita, fato igual a este Israel não havia visto contemplado durante aquele período no deserto.

Meus amados irmãos, o nosso Deus é especialista em fazer coisas inéditas, nada é impossível para Ele. Deus não está limitado a visão do homem. Ele ainda hoje é o Deus imutável, soberano o criador dos céus e da terra. O mesmo Deus que abriu o mar vermelho (Êx.14.15-31), que derrotou o Faraó do Egito juntamente com o seu exército, ele não está morto, mas continua agindo ainda hoje, lutando por seu povo de tal maneira que ninguém pode impedir “…agindo eu quem impedirá?”(Isaías 43.13), de tal maneira que nele podemos confiar.

Desse modo, meus irmãos diante das dificuldades da vida, precisamos confiar em Deus, entregar os nossos problemas, sonhos e projetos nas mãos dEle, na certeza que Deus proverá, pois nada é impossível para o Senhor. Não diga, eu tenho um grande problema, mas fale, eu tenho um grande Deus maior do que todos os meus problemas, e nada é impossível para o Soberano Deus a quem nós servimos resolver. Ele está vivo, tem o controle da minha vida e de tudo e de todos em suas mãos. Sua mão é forte e poderosa e não está encolhida, por isso, nEle nós podemos confiar.


3- É O ÚNICO DIGNO DE GLÓRIA(4.21-24) – Deus realizou aquele milagre extraordinário, não só para que Israel entrasse na terá prometida, mas para que Israel e os demais povos da terra soubessem que Ele é verdadeiramente e o único Deus digno de temor, honra e glória (Josué 4.24). Só o Senhor é Deus. Sua mão é forte, para livrar, salvar, para fazer aquilo que o homem não pode fazer.

Como povo especial de Deus, liberto pela graça e misericórdia do Senhor da escravidão do Egito e chegando à terra prometida, Israel precisava viver para honra e glória de Deus. Este era o fim principal da existência do povo de Israel. Deus libertara Israel pra viver em santidade e glorificar o seu nome, independente, de qualquer circunstância na jornada da vida. Meu irmão, você está enfrentando lutas em sua vida, família, empresa, etc. Não deixe de confiar no Senhor, mas entregue tudo nas mãos dEle, como nos ensina o salmista “entrega o teu caminho (vida) ao Senhor confia nele e o mais ele fará” (Sl 37.5). Deus conhece a minha e a tua vida, ele conhece o nosso andar, sabe o momento que estamos passando, as circunstâncias que você está vivendo, e ele nos diz: “não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel”(Isaías 41.10).

Portanto, não desanime, mas creia que a nossa vitória está no Senhor. Quando você alcançar a sua vitória diante dos inimigos, glorifique o nome do Senhor, manifeste a sua glória e o seu amor através do seu viver, para que todos saibam que o Senhor é Deus (1 Co 10.31). O Senhor continua agindo ainda hoje. Nele estar a nossa esperança e salvação. A Deus somente a glória para todo sempre.


Pr. Eli Vieira formado pelo Seminário Presbiteriano do Norte, Recife-PE e pastor da Igreja Presbiteriana Semear, Itabuna-BA.

Mais de 30 cristãos são sequestrados durante ataque extremista na Nigéria

 



Os radicais raptaram os crentes de porta em porta em uma aldeia, no estado de Kaduna. (Foto: International Christian Concern).

Os radicais raptaram os crentes de porta em porta em uma aldeia no estado de Kaduna, de maioria cristã.

Na segunda-feira (25), 36 cristãos foram sequestrados durante um ataque extremista a uma vila no estado de Kaduna, de maioria cristã, na Nigéria

De acordo com o International Christian Concern (ICC), se estima que radicais islâmicos raptaram os crentes de porta em porta na aldeia.

“Os terroristas muçulmanos atacaram a comunidade por volta das 21h, atirando nas pessoas, invadiram suas casas e levaram as vítimas à força para um lugar desconhecido”, contou um morador local, ao Morning Star News.

No mesmo dia, no estado de Sokoto, no noroeste da Nigéria, um cristão também foi sequestrado em sua casa.

Tony Udemezue, um membro de uma paróquia católica, chegou a ligar para a polícia, pedindo socorro, mas não foi atendido.

Sem socorro da polícia

“Não houve resposta da polícia ao telefonema angustiado de Udemezue por volta das 2h da manhã. Isso apesar de vários telefonemas que ele fez para a polícia antes de ser levado. Por favor, vamos manter ele e sua família em orações”, afirmou o reverendo Chris Omotosho, diretor de comunicação da Diocese Católica de Sokoto, em um comunicado à imprensa.

Os dois casos de perseguição violenta contra seguidores de Jesus acontecem três semanas depois de extremistas islâmicos terem matado dois filhos e sequestrado a filha de um pastor, durante um ataque à família, no estado de Adamawa.

Em junho, membros de uma igreja batista foram sequestrados durante um ataque a um culto de domingo, em Kajuru, no estado de Kaduna.

Número de sequestros aumenta a cada dia

Diariamente, várias pessoas são sequestradas no país africano. Grupos extremistas islâmicos como Boko Haram, pastores de cabra fulanis e outros grupos armados que operam no Norte e Centro da Nigéria fazem do sequestro uma forma de negociação.

Os cristãos são alvos frequentes por causa da fé em Jesus. Só em 2021, mais de 2.500 cristãos foram sequestrados por motivos relacionados à fé.

Esse número cresceu bastante em relação ao ano anterior, que contabilizou 990 sequestros, conforme dados da Lista Mundial de Perseguição.

Na tentativa de diminuir os sequestros, o Senado da Nigéria criou uma lei, no mês passado, que pode punir aqueles que pagam resgates para libertar reféns. 

A resolução define 15 anos de prisão para quem paga resgaste e pena de morte para sequestradores quando, no caso de crianças, a vítima morre.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE INTERNACIONAL CHRISTIAN CONCERN

sexta-feira, 29 de julho de 2022

Clínica cristã é incendiada por rebeldes na África e pacientes morrem queimados

 

Pelo menos nove pessoas morreram queimadas em clínica cristã, na República Democrática do Congo. (Foto: Portas Abertas)

O número de ataques aos cristãos na República Democrática do Congo continua aumentando e muitos fogem deixando tudo para trás em busca de segurança.

Uma clínica cristã que fica na República Democrática do Congo, dirigida por uma igreja, foi atacada pelas Forças Democráticas Aliadas (ADF, sigla em inglês), no dia 7 de julho. 

O ataque começou por volta das 22h40, conforme a Portas Abertas, e havia pacientes dentro da clínica. Os rebeldes atearam fogo mesmo assim, e as pessoas morreram queimadas. 

O prefeito congolês da cidade de Lume no estado de Kivu, Kasereka Ise Mighambo, confirmou o ataque. Uma enfermeira local disse que o Ministério da Saúde registrou 13 mortes. 

Já o porta-voz do exército congolês, capitão Antony Mualushayi, relatou a perda de 9 vidas, entre elas 3 crianças. 

Sobre a clínica cristã e o ataque

A clínica da Igreja Comunidade Cristã na África Central (CECA, na sigla em inglês), oferecia pronto-atendimento para cristãos das áreas rurais. Não ficou claro quantos pacientes eram cristãos e qual o total de mortes na clínica.  

As Forças Democráticas Aliadas têm atacado sistematicamente e enfraquecido as igrejas cristãs no Leste do país como parte do projeto da expansão islâmica.

A Portas Abertas compartilhou que tem sido desgastante sofrer os ataques recorrentes e violentos no Leste da República Democrática do Congo. No mês passado, por exemplo, um treinamento foi interrompido por tiroteios dos extremistas. 

Em 2021, tanto a República Democrática do Congo quanto a Uganda lançaram uma ofensiva contra as ADF, mas a violência contra civis permanece imbatível. Tentando evitar os ataques desenfreados, muitas pessoas fogem e deixam tudo para trás buscando segurança.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE PORTAS ABERTAS

quinta-feira, 28 de julho de 2022

China usa dispositivo para testar lealdade de funcionários ao Partido Comunista

 

Ditador chinês, Xi Jinping. (Foto: Flickr/Casino Connection)

“Isso mostra que o PCC está se tornando cada vez mais totalitário”, disse um sociólogo chinês.

Um instituto de inteligência artificial, em Anhui, na China, diz ter aperfeiçoado um dispositivo capaz de “testar a lealdade” de funcionários ao Partido Comunista Chinês (PCC). 

Trata-se de um polígrafo — aparelho detector de mentiras, que mede e grava variáveis fisiológicas — com capacidade de fazer varreduras faciais. Com essa tecnologia, eles esperam determinar o nível de comprometimento dos chineses.

Um pequeno vídeo enviado para o Weibo — plataforma que segue o estilo do Twitter — do “Hefei Comprehensive National Science Center”, em 30 de junho, disse que o projeto era um exemplo de “inteligência artificial que fortalece a construção do partido”. 

A postagem no Weibo foi posteriormente excluída, mas um resumo em texto do vídeo, produzido em homenagem ao aniversário do PCC em 1º de julho, permaneceu disponível no Internet Archive.

“Garantir a qualidade das atividades dos membros do partido está se transformando em um problema que precisa de coordenação”, diz o texto conforme a Rádio Free Asia.

Sobre o equipamento

“Este equipamento é uma espécie de ideologia inteligente, usando tecnologia de inteligência artificial para extrair e integrar expressões faciais, leituras de EEG [eletroencefalograma] e condutividade da pele”, dizia a descrição. 

“Ele pode fornecer dados reais para organizadores de educação ideológica e política, para que possam continuar melhorando seus ‘métodos de educação’ e enriquecendo o conteúdo”, afirmava ainda. 

Na descrição diz também que o dispositivo depende de “computação emocionalmente inteligente”, entre outros métodos, para medir até que ponto os indivíduos “se sentem gratos ao PCC e fazem o que ele diz, seguindo sua liderança”. 

No vídeo, conforme relatado pelo jornal Ming Pao, de Hong Kong, um pesquisador de branco entra em uma sala e se senta em frente a uma tela para fazer um teste, antes de receber uma pontuação.

Críticas ao PCC e comparação com o Big Brother

Antes da postagem ser excluída, alguns comentários criticaram a ideia como “lavagem cerebral de alta tecnologia”, enquanto outros disseram que “Big Brother os estaria assistindo”.

Vale citar que o programa Big Brother (Grande Irmão) foi inspirado na distopia futurística de 1984, obra que o escritor George Orwell criou para falar de uma sociedade onde todos os cidadãos são filmados e vigiados o tempo todo.

O ditador conhecido como “Big Brother” podia ver tudo em suas telas de TV e ainda manipular a forma de pensar de cada pessoa. No caso do programa, o ditador é o próprio apresentador — único contato com o mundo externo — que dita as regras para as pessoas confinadas em uma casa. 

Motivo da remoção do post

Conforme o sociólogo chinês, Song Da’an, o post foi removido devido à sua sensibilidade política.

“O Hefei Comprehensive National Science Center tem usado a biotecnologia para medir a lealdade dos membros e quadros do partido. Isso mostra que o PCC está se tornando cada vez mais totalitário”, comentou. 

Ele explica que, na lógica de uma sociedade totalitária, cada vez mais ênfase é colocada em refinar o controle. 

“Os membros do partido são vistos como parafusos [que podem se soltar] e potencialmente causar danos. Se eles escaparem podem se tornar inimigos da máquina”, disse ainda.

“Medo de perder o poder político?”

“O uso dessa tecnologia em funcionários demonstra o estado lamentável das coisas dentro do Partido”, disse Song.

“Eles estão consolidando seu poder para que os funcionários fiquem firmes. Será que eles querem consolidar sua posição por medo de perder o poder político?”, questionou Zhang, um comentarista de Jiangxi. 

Lembrando que, em 2018, as autoridades da província de Zhejiang instalaram um “olho que tudo vê” em uma sala de aula do ensino médio para detectar alunos que não estavam prestando atenção ou que adormeciam na aula, conforme a mídia oficial.

“O sistema pode realizar análises estatísticas sobre os comportamentos e expressões dos alunos na sala de aula e fornecer feedback oportuno sobre comportamentos anormais”, diz um relatório.

Os dados coletados pelo sistema são analisados ​​pelo software, e o comportamento excessivamente desatento ou sonolento gera um alerta para o professor advertir o “infrator”. Porém, os dados também podem ser usados ​​para avaliar o desempenho dos professores em sala de aula.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE RFA

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