quarta-feira, 15 de junho de 2022

Ataque deixa pelo menos 100 mortos em Burkina Faso e cristãos pedem orações

 


Os cristãos em Burkina Faso vive onda de insegurança devido aos ataques extremistas. (Foto representativa: Portas Abertas)

Há pelo menos 5 milhões de cristãos vivendo sob risco no país por causa dos ataques de extremistas islâmicos.

No último fim de semana, homens armados mataram pelo menos 100 civis em um distrito rural do norte de Burkina Faso, perto da fronteira com o Níger. Uma fonte local, porém, disse que esse número pode ser maior e que a contagem provisória era de 165.

Os criminosos atacaram somente os homens e pouparam mulheres e crianças do distrito de Seytenga, conforme informações da Reuters. 

Embora nenhum grupo tenha reivindiado a responsabilidade, o ataque aconteceu em terras fronteiriças onde militantes ligados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico estão travando uma insurgência.

Cerca de 3 mil pessoas que fugiram por causa da violência chegaram a Dori, capital da região do Sahel, onde foram socorridas por agências de ajuda humanitária que atuavam no local. 

Altos níveis de violência

O porta-voz do governo de Burkina Faso, Lionel Bilgo, disse que os soldados foram de casa em casa à procura de corpos e que até agora encontraram 50. 

violência ligada a insurgentes islâmicos matou milhares e deslocou milhões em Burkina Faso e nos vizinhos Mali e Níger, desde 2015.

Diante desse cenário,  oficiais do exército que já estavam irados com a escalada de ataques decidiram derrubar o presidente de Burkina Faso, em janeiro, e prometeram melhorar a segurança. Os níveis de violência, porém, permaneceram altos.

5,1 milhões de cristãos vivem sob risco

Conforme a Portas Abertas dos EUA, as pessoas no norte e leste de Burkina Faso agora vivem sob o domínio cada vez mais perigoso de grupos islâmicos extremistas. 

Illia Djadi, analista da Portas Abertas para Liberdade de Religião e Crença na África Subsaariana, relatou que o Estado está “ausente e que as forças de segurança têm grande dificuldade em recuperar o controle da área, deixando as pessoas desprotegidas e tendo que se defender sozinhas”. 

Os cristãos — que representam 25% da população de Burkina Faso — são diretamente afetados pela violência que inclui sequestros e ataques. Não existe garantia de liberdade religiosa no país. Djadi compartilhou sobre um pastor que  foi sequestrado de sua igreja durante um culto matinal. 

O pastor que foi levado com seu carro ficou sob o domínio dos sequestradores por alguns dias. “Eles fizeram muitas perguntas e tentaram obrigá-lo a renunciar sua fé. O pastor recusou. No final, eles lhe disseram que o deixariam ir com a condição de que ele não misturasse homens e mulheres em sua igreja ou tocasse música”. 

‘Orem pelos cristãos burquinenses’

Segundo o analista, muitas igrejas enfrentam intimidações semelhantes, sabendo que correm o risco de serem atacadas ou fechadas. Os fiéis vivem constantemente na insegurança.

Burkina Faso permaneceu em 32º lugar na Lista Mundial da Perseguição, onde a situação dos cristãos só piora a cada dia. 

Pesquisadores destacam que os jihadistas estão expandindo suas áreas de controle, fechando cada vez mais igrejas e impedindo a prestação de serviços sociais fornecidos por organizações cristãs. 

A Portas Abertas pede oração pelos burquinenses que decidiram seguir a Cristo para que permaneçam firmes em sua fé, principalmente aqueles que perderam seus entes queridos em ataques.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE REUTERS E OPEN DOORS

terça-feira, 14 de junho de 2022

O DEUS DA ALIANÇA

 

Neemias 9

O Dr. Arthur T. Pierson: “Nossa história é a história de Deus”, uma verdade que este capítulo comprova. “O fato de os seres humanos não aprenderem muita coisa com as lições da história é a lição mais importante que a história tem a ensinar”, foi o que escreveu Aldous Huxley; e nas palavras do filósofo George Santayana: “Aqueles que não se lembram do passado estão condenados a revivê-lo”. A Igreja de hoje tem muito que aprender com as experiências de Israel, mas só se estivermos dispostos a nos humilhar e a receber a verdade.

O Deus Jeová é o tema central deste capítulo: quem ele é, o que ele faz por seu povo e o que o seu povo deve fazer por ele. Essa oração faz uma retrospectiva da história de Israel e revela tanto a majestade de Deus quando a depravação dos seres humanos. Israel respondeu à “grande bondade” de Deus (Nm 9:17, 25) e à sua “grande misericórdia” (v. 31) com “grandes blasfêmias” (vv. 18, 26) que resultaram numa “grande angústia” (v. 37).

É interessante que três das principais “orações nacionais” de Israel foram registradas em Esdras 9, Neemias 9 e Daniel 9. Por trás dessas orações, encontra-se a promessa de 2 Crônicas 7:14, bem como o exemplo de Moisés ao interceder pelo povo (Êx 32 – 33).

Ao ler esta oração, observe como suas palavras revelam a grandeza de Deus (Ne 9:1-6), a bondade de Deus (vv. 7-30) e a graça de Deus (vv. 31-38).

1. A GRANDEZA DE DEUS ( Ne 9:1-6) A Festa dos Tabernáculos havia terminado, mas o povo ainda ficou na cidade para ouvir mais da Palavra de Deus. Os banquetes transformaram-se em jejum, à medida que a Palavra os convenceu da culpa e que o povo começou a confessar seus pecados. Na maioria das igrejas de hoje, um culto de seis horas – com três horas de pregação e três horas de oração – provavelmente resultaria em algumas cartas de transferência, mas para o povo judeu daquela época, foi o começo de uma nova vida para eles e para sua cidade.

No passado as igrejas do EUA costumavam promover campanhas evangelísticas que duravam duas semanas, e não era incomum ter uma série de eventos que reuniam a cidade toda e que se estendia por um mês ou seis semanas durante o verão. Aos poucos, houve uma mudança, à medida que as “reuniões especiais” foram encurtadas para uma semana, depois para um final-de-semana e, agora, são praticamente obsoletas. Vivemos numa era de resumos e de fast-food, e essa mentalidade invadiu nossas igrejas. Cantamos hinos piedosos, mas não estamos dispostos a pagar o preço de buscar a santidade.

 A grandeza de Deus é vista no fato de que ele aceita nossa adoração (vv. 1-5). A verdadeira adoração é constituída de vários elementos: ouvir as Escrituras, louvar a Deus, orar, confessar os pecados e se separar daquilo que desagrada ao Senhor. Cada um desses elementos encontra-se registrado neste parágrafo.

A adoração envolve a Palavra de Deus, pois a Palavra de Deus revela o Deus da Palavra. Em sua obra The Knowledge of the Holy [O Conhecimento do Santo], A . W. Tozer escreveu: “A essência da idolatria é alimentar pensamentos sobre Deus que não são dignos dele” (p. 11). Quanto mais conhecermos as Escrituras e interagirmos com elas, maior será nosso conhecimento de Deus e mais semelhantes a ele nos tornaremos. Israel foi escolhido por Deus para receber sua lei (v. 13) e para conhecer sua vontade. Qualquer culto que deixe as Escrituras de fora não recebe a bênção do Senhor.

Deus fala conosco por meio das Escrituras, e nós falamos com ele por meio da oração e do louvor. “Levantai-vos, bendizei ao S e n h o r , vosso Deus” (v. 5) – essa é uma ordem à qual todo cristão verdadeiro deseja obedecer. O nome de Deus é exaltado acima de todos os nomes (Fp 2:9-11), e devemos honrá-lo com nosso louvor. Deve ser um nome que “ultrapassa todo bendizer e louvor” (Ne 9:5).

O povo também dedicou algum tempo à confissão de seus pecados (vv. 2, 3) e buscou o perdão do Senhor. A comemoração anual do Dia da Expiação havia passado, mas os adoradores sabiam que precisavam ser constantemente purificados e renovados pelo Senhor. Não devemos nos tornar tão introspectivos a ponto de começarmos a deixar o Senhor de lado, mas devemos ser honestos em nosso relacionamento com ele (1 Jo 1:5-10).

 Por fim, o povo se separou do mundo ao se aproximar do Senhor (Ne 9:2; Ed 6:21). A separação sem devoção ao Senhor transforma-se em isolamento, mas a devoção sem separação é hipocrisia (ver 2 Co 6:14 – 7:1). A nação de Israel foi escolhida por Deus para ser um povo especial, separado das nações pagãs ao seu redor. “Ser-me-eis santos, porque eu, o S e n h o r , sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus” (Lv 20:26). O apóstolo Pedro aplicou essas palavras aos cristãos na igreja de nossos dias (1 Pe 1:15; 2:9, 10).

 A grandeza de Deus também pode ser vista no fato de que somente ele é Deus (Ne 9:6a). A nação de Israel estava cercada pela idolatria e pelo estilo de vida degradante associado aos cultos pagãos. Em sua leitura e explicação da lei, Esdras sem dúvida havia enfatizado os Dez Mandamentos (Êx 20:1- 17; Dt 5:6-21), inclusive os dois primeiros mandamentos que declaram a singularidade de Deus e a perversidade da idolatria. Até hoje, os judeus devotos ainda recitam o “Shema” (Dt 6:4-6), como sua declaração de fé no único Deus verdadeiro.

Outra prova da grandeza de Deus é o fato de que ele criou o universo (Ne 9:6b). A declaração: “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1:1) aplica-se somente a Jeová, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Sempre que Deus desejava encorajar seu povo, apontava para a criação ao redor deles e os lembrava de que havia feito todas as coisas (Is 40). Usou a mesma abordagem para lembrá-los da insensatez da idolatria (Is 41).

A grandeza de Deus é vista em seu cuidado providencial com sua criação (Ne 9:6c). Ele não se ateve simplesmente a criar todas as coisas e a entregá-las à própria sorte. Deus está envolvido naquilo que diz respeito a sua criação: ele vê quando um pardal cai em terra (M t 10:29) e ouve os filhos dos corvos quando pedem alimento (Sl 147:9). Sabe o número e o nome de todas as estrelas (v. 4) e sabe até o número de cabelos em nossa cabeça (Lc 12:7). “Abres a mão e satisfazes de benevolência a todo vivente” (Sl 145:16).

 Por fim, a grandeza de Deus é vista no fato de que o exército dos céus o adora (Ne 9:6d). Não somos capazes de imitar os feitos poderosos dos anjos, mas podemos imitar sua devoção ao Senhor, adorando-o diante de seu trono. E temos mais motivos para louvá-lo do que eles! Fomos salvos pela graça de Deus e, um dia, seremos como o Senhor Jesus Cristo. Não somos apenas servos, mas também filhos de Deus (1 Jo 3:1-3) e habitaremos com ele para sempre!

Em nossa adoração, é prudente começar pela grandeza de Deus. Se nos concentrarmos demais naquilo que ele nos dá ou no que desejamos que ele faça, nosso coração pode tornar-se egoísta. A adoração sincera honra a Deus apesar das circunstâncias, sentimentos ou desejos.

2 . A BONDADE DE DEUS ( Ne 9 :7-30) Essa oração recita a história de Israel, revelando a bondade de Deus para com seu povo e como este, repetidamente, não deu o devido valor a suas dádivas nem obedeceu à sua vontade. O verbo “dar” aparece, de uma forma ou de outra, pelo menos dezesseis vezes neste capítulo, pois Deus é, de fato, o “doador”, que se compraz em suprir as necessidades de seu povo (1 Tm 6:17). Deus deu a Israel uma terra (Ne 9:8, 15, 35), uma lei (v. 13), o ministério do Espírito (v. 20), alimento e água (vv. 15, 20), libertadores (v. 27) e vitória sobre os inimigos (vv. 22, 24). O que mais podiam querer?

 Séculos antes, Moisés havia advertido o povo a que não se esquecesse de Deus e de sua mão bondosa de bênção ou de sua mão amorosa de disciplina (Dt 8). Infelizmente, a nação não agradeceu a Deus em tempos de bênção, mas, em tempos de sofrimento, buscou mais que depressa o socorro do Senhor (ver os Sl 105 e 106). Não nos apressemos em julgá-los, pois alguns dentre o povo de Deus, nos dias de hoje, tratam o Senhor da mesma forma.

 Trata-se de um padrão de comportamento que pode ser visto em todos os estágios da história de Israel.

A nação é formada (vv. 7-18). Quando Deus escolheu Abrão e se revelou a ele, foi um ato da mais pura graça, pois Abrão era um idólatra que vivia numa cidade pagã (Js 24:2, 3). Com o tempo, Deus mudou o nome do patriarca de Abrão (“pai exaltado”) para Abraão (“pai de muitos”), pois prometeu transformá-lo numa grande nação (Gn 12:1- 3; 17:1-8). Apesar dos lapsos ocasionais de fé, durante um século Abraão creu no Senhor e caminhou de acordo com sua vontade. Sua fé obediente se manifestou de forma especialmente clara quando colocou seu filho, Isaque, no altar (Gn 22; Hb 11:1 7-19).

A aliança de Deus (Gn 12:1-3) serviu de base para tudo o que Deus fez com Abraão e seus descendentes e em favor deles. O propósito de Deus era que todo o mundo fosse abençoado por intermédio de Israel, o que se cumpriu quando ele enviou seu Filho, Jesus Cristo (Gl 3:8).

Em Neemias 9:16-18, Neemias relata como a nação reciprocou tudo o que Deus havia feito por eles. Recusaram curvar-se diante de sua autoridade (“endureceram a sua cerviz”), a ouvir sua Palavra (“não deram ouvidos”) e a obedecer à sua vontade. Em Cades-Barneia, tentaram assumir o controle e nomear um novo líder para levá-los de volta ao Egito (v. 1 7; Nm 14:1-5). Enquanto Moisés estava no monte com Deus, os israelitas confeccionaram e adoraram um ídolo (Ne 9:18; Êx 32). Moisés intercedeu pelo povo, e Deus os perdoou.

 Como essas pessoas puderam dar as costas para Deus depois de tudo o que o Senhor havia feito por elas? A verdade é que não o amavam. Sua obediência era apenas uma atitude externa, que não vinha do coração. Em seu coração, ainda estavam no Egito, e era para lá que desejavam voltar. Não tinham uma fé viva em Deus, mas, ainda assim, queriam receber sua ajuda e desfrutar suas dádivas. Para um “raio-x” da história espiritual de Israel, leia o Salmo 78.

A nação é conduzida (vv. 19-22). Durante os quarenta anos em que Israel foi disciplinado no deserto, a geração mais antiga morreu e nasceu uma nova geração; mas, em momento algum, Deus abandonou seu povo. Ele os conduziu por meio da coluna de nuvem e de fogo, ensinou-lhes a Palavra, supriu suas necessidades práticas e lhes deu vitória sobre os inimigos. Deus cumpre suas promessas e propósitos. Se obedecermos ao Senhor, participaremos de suas bênçãos; se desobedecermos ao Senhor, perderemos a bênção, mas ainda assim Deus cumprirá seus propósitos, e seu nome será glorificado.

A nação é disciplinada (vv. 23-30). Deus prometeu multiplicar seu povo e cumpriu sua promessa (Gn 22:17). Também prometeu lhes dar uma boa terra e cumpriu essa promessa (13:14-18; 17:7, 8). Sob a liderança de Josué, o exército de Israel invadiu Canaã, conquistou a terra e se apropriou de todas as suas riquezas. Foi Deus quem lhes deu a vitória, permitindo que tomassem cidades, casas, terras e bens na terra de Canaã.

 Era uma “terra fértil”, e os israelitas “engordaram”, e isso os levou à queda. “Mas engordou-se o meu amado [Israel]; deu coices; engordou-se, engrossou-se, ficou nédio e abandonou a Deus, que o fez” (Dt 32:15). O povo não deu ouvidos às advertências de Moisés (Dt 8). Israel desfrutou a grande bondade de Deus, mas não se agradou do Senhor. Assim como o filho pródigo (Lc 1 5:11- 24), quis a riqueza do seu Pai, mas não a vontade dele.

 Com o disse Thomas Carlyle: “Para cada cem homens que suportam a adversidade, há somente um capaz de suportar a prosperidade”. Nas palavras do escritor John Steinbeck: “Para destruir uma nação, dê-lhe em excesso – torne-a gananciosa, miserável e doente”. Uma igreja local também pode orgulhar-se de suas “riquezas” e se tornar pobre aos olhos de Deus (Ap 3:14-22). A igreja que talvez consideremos pobre é, provavelmente, rica aos olhos de Deus (Ap 2:8, 9)

Os propósitos de Deus são mais importantes que nossos prazeres, e ele cumprirá esses propósitos, mesmo que, para isso, tenha de nos disciplinar.

A disciplina de Deus é uma prova tão real de seu amor quanto o suprimento abundante de nossas necessidades (Hb 12:1-11). Devemos ser gratos por Deus nos amar demais para permitir que fiquemos “mimados”. Em momento algum o Pai está mais próximo de nós do que quando ele nos disciplina. “Bem-aventurado o homem, S e n h o r , a quem tu repreendes, a quem ensinas a tua lei, para lhe dares descanso dos dias maus, até que se abra a cova para o ímpio” (S l 94:12, 13). “Antes de ser afligido, andava errado, mas agora guardo a tua palavra” (119:67).

3 . A GRAÇA DE DEUS ( Ne 9 :31 – 38 ) Deus foi bom para seu povo quando seu povo não foi bom para ele. Enviou profetas para ensinar e advertir Israel, mas a nação recusou-se a ouvir (2 Cr 36:14-21). Foi misericordioso ao perdoá-los quando clamaram por socorro e foi longânimo com eles quando se rebelaram repetidamente contra sua Palavra. Poderia ter destruído a nação e começado de novo (ver Êx 32:10 e Nm 14:11, 12), mas, em sua graça, ele os poupou. Em sua misericórdia, Deus não lhes deu o que mereciam e, em sua graça, ele lhes deu o que não mereciam.

Enquanto os levitas oravam, reconheceram os pecados de sua nação e a justiça de Deus ao enviar o castigo. “Porque tu és justo em tudo quanto tem vindo sobre nós; pois tu fielmente procedeste, e nós, perversamente” (Ne 9:33). Observe que os levitas usaram o pronome “nós” e não “eles”. Ao orar, identificaram-se com a nação e reconheceram a própria culpa. Neemias havia orado de maneira semelhante no início do livro (1 :6, 7). E fácil ter convicção dos pecados dos outros, mas Deus só perdoa quando nos arrependemos e confessamos os próprios pecados.

Quando Deus havia sido seu rei, os israelitas desfrutaram grandes bênçãos, mas quando se rebelaram contra a vontade de Deus, viram-se escravizados por reis que não tinham compaixão alguma por eles. Samuel havia advertido (1 Sm 8) e Moisés havia profetizado que a nação entregaria suas riquezas a seus conquistadores (Dt 28:1 5ss). Sempre que deixamos de entregar a Deus o que lhe é devido, não retemos essa riqueza para nós. Ele a tomará de uma forma ou de outra. Os cristãos que se recusam a honrar a Deus alegremente por meio da contribuição fiel acabam vendo-se obrigados a gastar esse dinheiro de modo relutante em coisas difíceis ou inesperadas, como tratamentos médicos ou reparos na casa (ver Ml 3:7-12).

 Samuel havia conduzido o povo a uma renovação de seus votos pactuais (1 Sm 11:14 – 12:25), mas o rei Saul levou o povo de volta ao pecado e à derrota. Assim que consolidou seu reinado, Davi procurou guiar o povo de volta ao Senhor (2 Sm 6), e a oração de Salomão na consagração do templo foi um passo nesse sentido. Infelizmente, porém, Salomão pecou contra o Senhor e quase destruiu o próprio reino.

Nosso Deus é um Deus glorioso (Ne 9:5). Ele é poderoso (v. 6), fiel (v. 8) e se preocupa com as necessidades de seu povo (v. 9). Ele é um Deus clemente (vv. 17-19) e longânimo quando pecamos (vv. 21, 30), mas que nos disciplina se nos rebelamos (vv. 26ss). É um Deus generoso (vv. 24, 25, 35), que nos dá muito mais do que merecemos. É um Deus que cumpre suas promessas, mesmo se formos infiéis.

Sem dúvida, esse Deus merece nossa obediência em amor!
Talvez seja chegada a hora de começar de novo.

Adp. WW. Pr. Eli Vieira

QUANDO TUDO PARECE PERDIDO

 

Jesus o Senhor do Impossível

João 11.1-42

Meus irmãos, “as crises são inevitáveis. Há momentos em que somos bombardeados por problemas que escapam ao nosso controle: enfermidades, perdas, prejuízos, luto. Oramos, e nada acontece. Aliás, as coisas pioram. Queremos alívio, e a dor aumenta”(HDL). Os problemas produzem angústia e muitas vezes podem aumentar. Como discípulos de Jesus não estamos isentos de problemas neste mundo, Lázaro era amigo e de Jesus ficou doente e morreu.

Este é o sétimo, o último e o maior dos milagres públicos operados por Jesus e registrado no evangelho de João. Foi realizado na última semana antes de Jesus ser preso e morto na cruz. Seu propósito foi despertar a fé nos salvos e a fúria definitiva dos inimigos.

Neste texto de João 11.1-46 podemos aprender algumas lições preciosas para enfrentarmos os  problemas neste mundo em que vivemos.

1)JESUS NÃO SE LIMITA A VISÃO HUMANA (Jo 1.14,16,21,32 e 37). Nestes versículos podemos olhar para os discípulos e ver a visão que eles tinham daquele momento em que Jesus estava passando, principalmente no que diz respeito a perseguição cada vez maior dos Judeus ao Senhor Jesus. Podemos perceber isto nas palavras de Tomé quando ele disse: “vamos também nós para morrermos com ele” (Jo. 11.16), este era o pensamento de Tomé, diante das circunstâncias adversas que os cercavam.

Como conciliar a nossa necessidade com a demora de Jesus? (11.6,39). Em vez de mudar sua agenda para socorrer Lázaro, Jesus ficou ainda mais dois dias onde estava. Em vez de ir pessoalmente, mandou apenas um recado. Marta precisou lidar não apenas com a doença do irmão, mas também com a demora de Jesus. Perguntas surgiram em sua mente: Por que ele não veio? Será que ele virá? Será que ele nos ama mesmo? Muitos passaram a censurar a demora de Jesus.

É interessante olharmos para as irmãs e os judeus quando Jesus chegou a Betânia, Marta disse: “Senhor, se estiveras aqui, não teria morrido meu irmão” ( Jo 11.21), quando Maria chegou ao lugar que Jesus estava disse: “Senhor, se estivaras aqui não teria morrido meu irmão“(Jo 11.32), alguns judeus ao contemplarem a dor daquelas mulheres falaram: “não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer que este não morresse?”(Jo 11.37).

A visão de todos fora  humana, diante de toda aquela triste situação em que eles estavam passando. Muitas vezes, nós também pensamos e  falamos como eles ou ficamos nos questionando dizendo “SE” ou “não podia ele ter feito” isso ou aquilo outro, etc. Visão humana. Graças a Deus, o Senhor Jesus não se limita a nossa visão, ele sabe o que eu e você estamos passando, ele conhece as nossas dores, os problemas que estamos vivendo. Então, não permita, que os seus pensamentos o impeçam de contemplar quem realmente é o Senhor Jesus.

2-NADA É IMPOSSÍVEL PARA JESUS ( Jo 11.38-44) – Neste texto podemos ver o poder de Jesus. Lázaro estava morto a quatro dias(Jo 11.39), já cheirava mal, o corpo estava em decomposição, na visão humana não havia mais nada para se fazer. Aquele era um caso perdido, não adiantava a abrir o túmulo.

Mas ali estava o Senhor da vida, o eu SOU todo poderoso, o doador da vida. Nada é impossível para ele. Ele disse: “Tirai a pedra”, mas Marta disse:  “Senhor , já cheira mal, porque é de quatro dias”(jo 11.39), significa enfrentar uma situação que não queremos mais mexer. A incredulidade nos impede de ver a manifestação plena do ser divino. Jesus disse: […] se creres, verás a glória de Deus (Jo 11.40). Em vez de duvidar, questionar e lamentar, Marta deveria crer. A porta do milagre é aberta com a chave da fé.  Mas Jesus não tem compaixão apenas; tem também poder. Ele não apenas sente os nossos dramas, mas também tem poder para resolvê-los.

A voz de Jesus é poderosa(11.43,44) Vede o milagre extraordinário. Até um morto a escuta e obedece. Lázaro ouve, atende e sai da caverna da morte. Ele sai todo enfaixado, coberto de mortalha. Jesus ordena que o desatem e o deixem ir. Lázaro agora estava vivo, mas com vestes mortuárias. Seus pés, suas mãos e seu rosto estavam enfaixados. Precisamos nos despir das vestes da velha vida. Precisamos nos revestir das roupagens do novo homem.

Eu não sei qual momento você está vivendo neste dia, mas eu sei que as circunstâncias adversas chegam para todos, seja pobre, rico, preto, branco, etc. Mais quando os problemas baterem a sua porta não diga não tem jeito, tudo está perdido não há mais esperança, que tudo acabou. É preciso confiar e orar na certeza que Deus proverá. O Senhor Jesus continua o mesmo, ele sabe o que você está passando, ele conhece o seu e o meu sofrer, os nossos desafios. Não se desespere, Jesus tem a última palavra. Ele o único que ressuscita mortos, que pode transformar a morte em vida, a derrota em vitória (Jo 11.43), nada é impossível para ele.

3- VOCÊ PRECISA CRER EM JESUS (11.40,45) – O maior milagre público de Jesus tem um duplo efeito: fé (11.45) e incredulidade (11.46-57). Muitos judeus creram em Jesus outros foram incrédulos. Qual será a sua atitude? Confiar ou duvidar de Jesus? Há como é difícil crer, quando o médico diz: é câncer! Quando os seus cálculos lhe mostram que o dinheiro que você tem não dá para pagar as suas contas amanhã, e os credores vão bater a sua porta! Há o que fazer?

         Ser crente quando tudo vai bem é fácil. São nos momentos adversos que Jesus quer que nós confiemos nele independente das circunstâncias, pois só assim você poderá contemplar a glória de Deus no seu viver.

O mesmo Senhor que deu a vida a Lázaro pode mudar a situação em que você está passando. Veja o que Deus fez com José, foi vendido por seus irmãos, traído pela mulher do seu senhor, foi preso e esquecido. Mas, o Senhor não o deixou, José tinha esta certeza. Na conversa que ele teve com os seus irmãos depois da morte de seu pai Jacó, ele disse: “Vós, na verdade intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida”(Gn 50.20). O nosso Deus é o único que pode transformar até mesmo o mal em bem.

Ser crente quando tudo vai bem é fácil, são nos momentos adversos que devemos confiar em Jesus, pois só assim você poderá contemplar a glória de Deus no seu viver. Em Jesus está a solução do maior problema da humanidade o pecado, só ele pode realizar o milagre da salvação, mas você precisa crer.

Portanto, não se prenda a visão humana, olhe para Jesus ele é poderoso para fazer infinitamente mais do que pedimos ou pensamos, creia nele, hoje é o momento, não deixe para amanhã, e assim você verá a glória de Deus.

Autor Pr. Eli Vieira é pastor efetivo da Igreja Presbiteriana Semear de Itabuna-BA

O que é o ISWAP(Estado Islâmico da Província da África Ocidental) ?

 



Entenda como atua o grupo Estado Islâmico da Província da África Ocidental

Um dos resultados da ação do ISWAP é o crescimento de deslocados em países como o Chade

ISWAP é a sigla em inglês usada para denominar o grupo extremista Estado Islâmico da Província da África Ocidental. O grupo é uma facção afiliada ao Estado Islâmico (EI), que dominou países como Síria e Iraque em 2014. Essa ramificação atua no Oeste Africano em países como Burkina FasoCamarõesChadeMaliNíger e Nigéria.

Qual o objetivo do Estado Islâmico da Província da África Ocidental?

O objetivo do ISWAP é o mesmo do EI, estabelecer um califado, ou seja, um estado governado de acordo com a interpretação radical da sharia (conjunto de leis islâmicas). O líder desse governo é o califa e seria o representante de Alá na terra, por isso todos os demais países muçulmanos devem obedecê-lo.

Para que esse plano aconteça, os jihadistas utilizam a violência para eliminar todos que são considerados infiéis, ou seja, os não muçulmanos que, segundo os jihadistas, desejam impedir a dominação do islã no mundo. De acordo com suas crenças, a batalha com os governos locais faz parte dos confrontos do final dos tempos, descritos nas profecias apocalípticas da religião.


A força militar dos governos no Oeste Africano não consegue conter a ação dos jihadistas

Quando surgiu o Estado Islâmico da Província da África Ocidental? 

O ISWAP surgiu em 7 de março de 2015, quando o líder do grupo Boko Haram, Abubakar Shekau, jurou lealdade ao Estado Islâmico (EI) no Iraque e ao Levante na Síria. Nesse período, o nome foi mudado para Estado Islâmico da Província da África Ocidental.

No mesmo mês, o EI aceitou a promessa e o porta-voz do grupo, Abou Mohamed al Adnani, orientou os membros expulsos do Iraque e da Síria a viajarem para a África Ocidental, com o objetivo de treinar os insurgentes em assuntos como técnicas de combate, fabricação de armas artesanais e manuseio de explosivos.


Em agosto de 2016, os líderes do EI escolheram Abu Musab al-Barnawi como o líder do ISWAP. Mas houve conflitos internos e o grupo se dividiu em duas facções: ISWAP, liderada por al-Barnawi, e Boko Haram, liderada por Shekau. 

Desde a formação, o grupo ataca vilas e até bases militares. Além de assassinar pessoas, muitos delas cristãs, o ISWAP sequestra estudantes e trabalhadores humanitários.

Como o Estado Islâmico da Província da África Ocidental é financiado?

Um ano após a filiação, o ISWAP recebia uma quantia de 500 mil dólares do Estado Islâmico (EI) a cada quatro meses. Em 2018, o grupo radical já não precisava mais de dinheiro externo, pois era capaz de se autofinanciar.

O ISWAP recolhe impostos nos territórios onde domina e também é um dos principais produtores e distribuidores de peixe seco, arroz e pimenta. Há uma estimativa de que os jihadistas recebam de 2 a 3 milhões de dólares mensalmente.

Quantos combatentes o Estado Islâmico da Província da África Ocidental tem?

De acordo com estimativas da CIA, o ISWAP tinha 7 mil membros em junho de 2016. Em 2018, o Centro de Combate ao Terrorismo acreditava que a facção tinha de 3.500 a 5 mil combatentes. Mas em 2019, o pesquisador Vincent Foucher, do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica, garantiu que os números eram entre 2.500 a 5 mil homens.

Os soldados do ISWAP têm o conhecimento sempre atualizado. Eles costumam participar de treinamento militar também na Líbia e receberam jihadistas líbios como instrutores.

Quem são os soldados do ISWAP?

De acordo com o site de notícias Deutsch Weller (DW), os jihadistas que estão no controle ao redor do Lago Chade, por exemplo, têm uma relação profunda com as comunidades. O governo islâmico deles promete segurança, disciplina, lei e ordem em uma região de fraca presença do Estado, onde a pobreza é extrema e a oportunidade de melhores condições de vida é nula.


Os jovens decidem fazer parte de grupos extremistas como maneira de mudar de vida e garantir a segurança social (foto representativa)
Para os jovens na região, juntar-se ao ISWAP é uma maneira de melhorar e dar um sentido à vida. Em entrevista ao DW, o analista político nigeriano, Bulama Bukarti, afirmou que a propaganda é crucial para o crescimento do grupo. Uma prova disso é o testemunho de que um homem escolheu servir o Estado Islâmico da Província da África Ocidental  porque o grupo mostrou qual farda ele usaria durante as batalhas.

Os homens recrutados costumam ser das regiões que serão dominadas, por isso eles têm vantagem quando o assunto é conhecer a área, em detrimento das forças de segurança nacionais e regionais. Essa estratégia é fundamental para que o ISWAP tenha sucesso.  

Como o ISWAP persegue cristãos no Oeste Africano?

O Estado Islâmico da Província da África Ocidental deseja acabar com a presença cristã onde atua. Por isso, utiliza a violência para atacar e destruir vilas, igrejas e prédios cristãos, como hospitais e escolas. Outra maneira de expandir a ação é assassinar homens e jovens cristãos e sequestrar mulheres e crianças.

De acordo com os dados da Lista Mundial da Perseguição 2022, o grupo contribuiu com boa parte das 4.659 mortes de cristãos, que aconteceram entre 1 de outubro de 2020 a 30 de setembro de 2021, na Nigéria.

Fonte: Portas Abertas

segunda-feira, 13 de junho de 2022

O que é a Igreja Perseguida?

 


Por meio da sua oração e doação, você ajuda os cristãos perseguidos a se manterem firmes na fé

Entenda o que os cristãos perseguidos enfrentam e saiba como fortalecê-los

Quando os cristãos ao redor do mundo têm os direitos negados, por escolherem seguir a Jesus, eles se tornam vulneráveis a hostilidades em diferentes esferas da vida: vida privada, família, comunidade, nação e igreja. Isso faz com que eles sejam considerados cristãos perseguidos e pertençam à Igreja Perseguida. De acordo com os dados da Lista Mundial da Perseguição 2022, coletados entre 1 de outubro de 2020 e 30 de setembro de 2021, mais de 360 milhões de cristãos no mundo enfrentam algum tipo de oposição como resultado da identificação com Cristo.

Essa perseguição religiosa ocorre quando os seguidores de Jesus não têm os direitos de liberdade religiosa garantidos; a conversão ao cristianismo é proibida devido a ameaças vindas do governo ou de grupos extremistas; nossos irmãos são forçados a deixar as casas ou empregos por medo da violência; os cristãos são agredidos fisicamente ou até mesmo mortos por causa da fé; os irmãos são presos, interrogados e, por diversas vezes, torturados por se recusarem a negar a Jesus.

Qual a diferença entre Igreja Perseguida e Igreja Sofredora?

Em 2002, a Portas Abertas realizou uma reformulação da identidade corporativa a fim de ressaltar a fundamentação bíblica de nossa atuação. Nesse processo, nos deparamos com a necessidade de fazer uma distinção clara entre sofrimento e perseguição.

Sofrimento é algo passivo, enquanto perseguição é algo ativo. É por isso que falamos sobre os cristãos perseguidos ou a Igreja Perseguida, deixando de usar as expressões cristãos sofredores ou Igreja Sofredora no contexto do ministério da Portas Abertas.

Sofrimento implica em todos os esforços e sacrifícios assumidos para que a missão cristã seja cumprida, independentemente do local onde o cristão viva. Ou seja, todos os cristãos envolvidos na vida da igreja podem se considerar cristãos sofredores. O sofrimento também pode vir de situações variadas de angústia, como doenças, questões familiares, problemas financeiros etc. Então dizemos que é sofrimento quando tais situações não são resultado direto de professar a fé cristã.



Igreja na Nigéria, onde a Portas Abertas trabalha em prol dos cristãos perseguidos

Já a perseguição implica em todos os tipos de injustiça, de maus-tratos e desrespeito aos direitos humanos com o objetivo de impedir a proclamação do evangelho, seja por parte de um indivíduo, grupo ou comunidade.

O foco da Portas Abertas é apoiar a parte do corpo de Cristo que é perseguida. É por isso que quando a Portas Abertas é solicitada a atender cristãos que estejam sofrendo, mas não estão vivendo sob perseguição, ela busca fazer o contato com alguma outra missão ou organização voltada a atender aquele tipo de fonte de sofrimento. Reconhecendo, assim, a importância de que irmãos que estejam sofrendo também recebam a ajuda adequada.

O que é o Domingo da Igreja Perseguida (DIP)?

O Domingo da Igreja Perseguida (DIP) é um movimento de oração em favor dos cristãos perseguidos idealizado pelo Irmão André, fundador da Portas Abertas. Atualmente, estima-se que mais de 360 milhões de cristãos enfrentam algum tipo de perseguição.

O DIP acontece no Brasil desde 1988 e tem como objetivo servir aos cristãos perseguidos por meio da oração e contribuição para fortalecê-los em meio a adversidades, além de conscientizar a igreja brasileira a respeito da hostilidade enfrentada por nossos irmãos e irmãs. Milhares de igrejas do Brasil participam do DIP por entenderem que um dos papéis fundamentais que exercemos como igreja, em um país livre, é interceder por nossos irmãos perseguidos, que não desfrutam da mesma liberdade de adorar sem medo. 

Como é possível participar do DIP?

A participação da sua igreja no DIP consiste em um compromisso de mobilizar os membros para orar e agir em favor dos cristãos presos nos países da Lista Mundial da Perseguição. Esse tempo dedicado à Igreja Perseguida pode acontecer antes, durante ou após o culto. Cada igreja local decide o formato que o DIP terá.

A data da realização do DIP pode variar a cada ano, pois acontece no domingo após o Pentecostes. Isso porque o relato bíblico de Atos 4 marca o início da perseguição aos cristãos logo após a descida do Espírito Santo, com a prisão de Pedro e João. Simbolicamente, então, podemos dizer que esse foi o “início” da Igreja Perseguida.



Após cadastrar sua igreja no DIP, você terá acesso aos materiais exclusivos para a realização do evento

O primeiro passo para participar é pedir autorização para o pastor da sua igreja. Depois é só se cadastrar em nosso site, no qual você terá acesso a um manual de como realizá-lo, além de diversos materiais exclusivos na área restrita do site para ajudar na realização do evento. Realizando o DIP em sua igreja, você dará a oportunidade de mais cristãos conhecerem sobre a causa da Igreja Perseguida e, o mais importante, poderá interceder e agir para que o Senhor fortaleça nossos irmãos que enfrentam perseguição por amor a Jesus.

Como posso ajudar a Igreja Perseguida?

Há muitas maneiras de servir aos cristãos perseguidos, mas a oração é o principal pedido deles à igreja global. Você também pode ser um voluntário, engajando-se em divulgar as necessidades e pedidos da Igreja Perseguida em sua comunidade cristã e entre amigos. Também é possível doar para projetos que apoiam os seguidores de Jesus em mais de 60 países.

Ao se tornar um parceiro Portas Abertas, você pode mudar a vida de um cristão perseguido ao redor do mundo


Nosso trabalho só é possível com o apoio de milhares de parceiros, pessoas como você, que decidiram apoiar a causa. A Portas Abertas é a ponte que conecta você, parceiro, àqueles a quem servimos, os cristãos perseguidos. Enquanto você socorre nossos irmãos apoiando esse trabalho, sua fé é aprofundada e enriquecida com os testemunhos de transformação.

Faça parte do grupo de pessoas que está fazendo a diferença na vida de milhões de cristãos perseguidos. Ao realizar qualquer doação em nosso site você se torna um parceiro e recebe de presente a Revista Portas Abertas, na qual você lerá testemunhos impactantes dos cristãos perseguidos apoiados pela missão.

LIÇÕES SOBRE LIDERANÇA PASTORAL

 












Se liderança é uma arte, confesso que muitas vezes me vejo desprovido de qualquer veia artística nessa área. Se o seu exercício for comparado a uma maratona, me sinto arrastando na pista, enquanto outros me ultrapassam rapidamente. Todavia, contrário aos que acreditam que liderança é um “dom nato”, defendo a tese de que o Deus que vocaciona é o mesmo que capacita seus servos para essa atividade. Isso é especialmente verdadeiro em se tratando de liderança pastoral. Parte do processo de capacitação inclui o aprendizado com outros líderes mais experientes e mais capacitados para esse ministério.

Nesse sentido, tenho sido especialmente abençoado pelas ministrações do Dr. Guy Richardson, no módulo de Liderança Pastoral, que faz parte do Programa de Doutorado em Ministério (DMin) na parceria entre o Reformed Theological Seminary (RTS) e o Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper (CPAJ). Guy é um grande amigo e alguém que geralmente tenho o privilégio de traduzir em sala de aula naquela disciplina. Até antes de sua aposentadoria em meados de 2021, ele foi diretor presidente do RTS-Jackson, por quase 22 anos. Mas sua experiência em liderança também incluiu a coordenação do Programa de Aconselhamento nas unidades do RTS-Jackson e RTS-Orlando. Atualmente Guy continua na direção de outras instituições internacionalmente conhecidas, como, por exemplo, a RUF – Reformed University Fellowship. No entanto, as aulas ministradas por ele não se fundamentam apenas em suas experiências pessoais, mas em seus estudos acadêmicos e reflexões sobre esse importante assunto. 

As aulas ministradas por Guy têm me ensinado e desafiado em vários aspectos. Destaco aqui quatro lições nem sempre encontradas em livros sobre liderança pastoral, mas extremamente úteis à dinâmica do pastoreio do rebanho de Cristo.

1. Pastor, você lidera um exército de voluntários

Muitos problemas e tensões em liderança pastoral provém da incompreensão de alguns pastores quanto ao grupo liderado por eles. Lamentavelmente, alguns pastores esperam que suas ovelhas respondam ao trabalho a ser desempenhado da mesma maneira que um assalariado procede na empresa onde foi contratado. Essa expectativa empresarial requer dedicação e comprometimento contratual que, na realidade, não possui fundamento. O assalariado trabalha motivado por um ganho salarial, expectativas de promoções e deveres estabelecidos no contrato de trabalho. O assalariado é responsável por apresentar boa produtividade, número de horas trabalhadas e, muitas vezes, obediência passiva a seus superiores. Nada disso prevalece no universo das atividades voluntárias!

O voluntário não pauta suas atividades por demandas contratuais. No geral, ele é motivado para trabalhar por um ideal a ser atingido. Essa motivação é alimentada pelo benefício resultante de suas ações e o reconhecimento por parte daqueles com quem colabora. Se o voluntário não percebe o valor de seu trabalho, logo desanima e desiste. Assim, a função do líder pastor consiste, em grande medida, em ajudar a manter o interesse do voluntário no trabalho a ser realizado. Voluntários precisam saber que são participantes não apenas de uma tarefa, mas de um projeto maior.

Como líder, o pastor precisa desenvolver paciência e boa compreensão em relação ao seu exército de voluntários. Embora o pastor lidere pessoas com grandes potenciais, essas mesmas pessoas possuem agendas e recursos limitados na execução de suas tarefas. Além disso, ele necessita aprender a motivar pelo exemplo e empolgação com o trabalho a ser realizado, nunca se esquecendo de ser um encorajador de seus liderados.

2. Gentileza é mais importante em liderança do que imaginamos. Muito mais!

Infelizmente alguns líderes, inclusive cristãos, se esquecem de praticar gentileza e generosidade em relação aos seus liderados. A mentalidade de celebridade do líder pode levá-lo a exigir que outros sejam gentis com ele, enquanto desconsidera seu dever em relação aos outros. Isso já parece tão comum na sociedade que algumas pessoas até se surpreendem quando notam gentileza em seus líderes. Mas no contexto da igreja a gentileza deve sempre ser uma norma, principalmente na liderança pastoral.

Algo que o pastor precisa sempre se lembrar é “as pessoas não se interessam pelo quanto sabemos até que saibam, de fato, o quanto nos interessamos”. Em suas aulas, Guy Richardson normalmente lembra seus alunos que nosso interesse pelas pessoas é mais efetivamente comunicado nas expressões de generosidade e gentileza com elas. Algumas de suas sugestões para a prática nesse sentido incluem: lembrança de datas de aniversário de membros do rebanho, o envio de mensagens de encorajamento a pessoas em situações difíceis, visitação de enfermos e enlutados, celebração de ocasiões especiais, auxílio financeiro quando possível, etc. Essas pequenas ações podem ser extremamente importantes para solidificar a confiança e determinação de alguns em seguirem a liderança do pastor. No geral, as pessoas seguem um déspota por medo, mas alegremente seguem um líder gentil por amor.

3. As pessoas que parecem menos importantes são, de fato, mais valiosas do que consideramos

Em 1974, Francis Schaeffer publicou uma série de dezesseis sermões sob o título: No little people [Não há pessoas pequenas]. Nessa obra ele esclarece que a perspectiva bíblica sobre as pessoas é muito diferente da cultura ao redor. Schaeffer lembra os leitores de seu livro que: “Não há pessoas pequenas aos olhos de Deus”. Todavia, diferente de Schaeffer, vários líderes tentam minimizar a importância de seus liderados, tratando-os quase como se eles fossem “descartáveis”. O líder dedicado, porém, notará que aqueles que parecem menos importantes são extremamente valiosos. Uma frase que Guy sempre repete em suas aulas é que “quanto mais elevado o cargo e função desempenhamos, mais dependentes somos dos que estão sob nosso cuidado e liderança”.

O pastor sábio procurará atentar para as pessoas que parecem menos importantes em seu rebanho. Por exemplo, ele prestará atenção e interesse especial pelas crianças, chamando-as pelo nome e cumprimentando-as sempre que se encontra com elas. O próprio Jesus ensinou que devemos atentar para os pequeninos (cf. Lucas 18.15). Também, o pastor poderá atentar para os menos favorecidos em seu rebanho e receber a esses com o mesmo entusiasmo e alegria com os quais ele recebe os mais abastados. Cada pessoa é importante para Deus, para o rebanho e para o sucesso do trabalho do pastor, inclusive aqueles que parecem menos importantes. O pastor deve “velar” pela alma de todos, pois ele prestará contas a Deus por cada ovelha de seu rebanho (cf. Hebreus 13.17).

4. O líder não é avaliado apenas pelo que ele faz, mas também pelo que deixa de fazer

Normalmente estamos conscientes que seremos avaliados pelas nossas palavras e ações. Isso faz com que sejamos cuidadosos com aquilo que falamos e fazemos. Mas as pessoas sob nossa liderança também nos julgam pelo que deixamos de fazer, seja isso positivo ou negativo. O melhor nesse caso é que elas percebam as coisas negativas que deixamos de fazer, pois, isso reforça nosso comprometimento com o progresso de cada uma delas.

As pessoas notam como o pastor trata suas ovelhas, especialmente se ele recusa cometer alguns erros comuns de outros líderes. Por exemplo, se ele evita tratar as pessoas de maneira pejorativa, se ele não trata seus liderados com opressão e imposições, se ele luta para não ser um peso para o seu rebanho, se ele luta para não agir como um dominador das ovelhas, mas procura liderar pelo bom exemplo (cf. 1Pedro 5.1-5), etc. É necessário lembrar que as pessoas comentam não apenas os defeitos de seus líderes, mas também seus esforços em deixar de praticar alguns “vícios da liderança”. Quando evitamos esses defeitos comuns na área da liderança, facilitamos para que as pessoas se submetam à nossa direção. Por isso, o líder pastor deve estar atento não apenas em “fazer o que é certo”, mas também em “evitar o que é errado”. Isso é especialmente verdadeiro na área dos relacionamentos.

Eu espero continuar aprendendo outras lições de liderança pastoral com meus amigos e pessoas que o Senhor providencialmente coloca ao meu redor. Também espero não me esquecer desses pontos mencionados acima, pois até o apóstolo Pedro escreveu que nossa mente esclarecida precisa ser lembrada devido ao nosso esquecimento. Contudo, também espero que essas lições por mim aprendidas sejam úteis para ajudar outros pastores amigos que desejam crescer nessa área. 

Rev. Valdeci Santos

Fonte: Portal IPB https://www.ipb.org.br/conteudos_detalhe?conteudo=436

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