terça-feira, 24 de maio de 2022

Um Novo Começo

 

Uma nova história

Gênesis 12:1-9

O jornalista e dramaturgo irlandês George Bernard Shaw brincou dizendo: “Se os outros planetas são habitados, então devem estar usando a Terra como seu manicômio”.

 Podemos achar esse comentário engraçado, mas ele nos faz lembrar de um fato triste: o mundo encontra-se num estado de caos, e as coisas não parecem estar melhorando. Qual é o problema?

A origem de tudo isso remonta aos acontecimentos registrados no Livro de Gênesis. Com exceção do relato nos capítulos 1 e 2, os onze primeiros capítulos de Gênesis registram uma sucessão de erros dos seres humanos, erros estes que estão se repetindo nos dias de hoje. Primeiro, o homem e a mulher desobedeceram a Deus e foram expulsos do jardim (cap. 3). Caim matou seu irmão, Abel, e mentiu sobre o que havia feito (cap. 4). A humanidade tornou-se tão corrompida que Deus limpou a Terra com um dilúvio (caps. 6 – 8). Noé embriagou-se, e seu filho, Cam, viu a nudez do pai (cap. 9). Rebelando-se contra Deus, os seres humanos construíram uma cidade e uma torre, e Deus precisou mandar confusão para acabar com essa rebelião (cap. 10).

Desobediência, homicídio, engano, bebedeira, nudez e rebelião parecem coisas bem atuais, não é? Se você fosse Deus, o que você faria com tais pecadores, homens e mulheres criados à sua imagem? “Provavelmente eu os destruiria!” poderia ser sua resposta.

Mas não foi isso o que Deus vez. Antes, chamou um homem e sua esposa para que deixassem seu lar e fossem para uma nova terra, de modo que pudessem dar um recomeço à humanidade. Em consequência do chamado de Deus e de sua fé obediente, Abraão e Sara, em última análise, propiciaram ao mundo a nação judaica, a Bíblia e o Salvador. Onde estaríamos hoje se Abraão e Sara não tivessem confiado em Deus?

Consideremos os elementos envolvidos em sua experiência.

  1. UM CHAMADO (Gn 12:1a)

Quando Deus chamou. A salvação vem porque Deus, em sua graça, chama o pecador, o qual responde pela fé (Ef 2:8, 9; 2 Ts 2:1 3, 14). Deus chamou Abraão do meio da idolatria (Js 24:2) quando se encontrava em Ur dos caldeus (Gn 11:28, 31; 15:7; Ne 9:7), uma cidade dedicada a Nanar, o deus Lua. Abraão não conhecia o verdadeiro Deus e não havia feito nada para merecer conhece-lo, mas, em sua graça, Deus o chamou. “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros” (Jo 15:16).

Abraão tinha setenta e cinco anos quando Deus o chamou, de modo que a idade não é obstáculo para a fé. Ele confiou em Deus durante cem anos (Gn 25:7), e hoje podemos aprender com sua experiência a andar pela fé e a viver de modo agradável a Deus.

Abraão era casado com Sara, sua meia irmã (Gn 20:12), e não tinham filhos. No entanto, Deus usou esse casal para fundar uma grande nação! “Porque era ele [Abraão] único, quando eu o chamei, o abençoei e o multipliquei” (Is 51:2). Por que Deus chamaria um casal nada promissor como esse para uma tarefa tão importante? Paulo dá a resposta em 1 Coríntios 1:26-31.

Como Deus chamou. “O Deus da glória apareceu a Abraão, nosso pai” (At 7:2). Não nos é dito como Deus apareceu a Abraão, mas, de acordo com o registro de Gênesis, foi a primeira de sete vezes que Deus se comunicou com Abraão. A revelação de Deus deve ter mostrado a Abraão a vaidade e insensatez da idolatria em Ur. Quem iria querer adorar um ídolo morto depois de ter um encontro com o Deus vivo? 1 Tessalonicenses 1:9, 10 e 2 Coríntios 4:6 descrevem essa experiência de salvação.

 No entanto, Deus também falou a Abraão (Gn 12:1-3), e a Palavra realizou o milagre da fé. “Assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” ‘Rm 10:17). Foi um chamado para que Abraão se separasse da corrupção a seu redor, e ele obedeceu pela fé (Hb 11:8). A verdadeira fé baseia-se na Palavra de Deus e conduz à obediência. Deus não poderia abençoar e usar Abraão e Sara a menos que estivessem no lugar onde o Senhor queria que estivessem (2 Co 6:14 – 7:1).

Por que Deus chamou. Há pelo menos três motivos pelos quais Deus chamou Abraão e Sara. Em seu amor, Deus estava preocupado com a salvação deles, de modo que revelou sua glória e compartilhou com eles suas bondosas promessas. Mas, além da salvação pessoal deles, o propósito de Deus era abençoar todos os povos da Terra. Isso aconteceu quando Deus enviou seu Filho ao mundo por meio do povo de Israel. Cristo morreu pelos pecados do mundo (1 Jo 2:2; 4:14) e quer que sua Igreja conte as boas novas da salvação a toda a Terra (Mc 16:15).

 Existe, porém, um terceiro motivo: a vida de Abraão é um exemplo para todos os cristãos que desejam andar pela fé. Abraão foi salvo pela fé (Gn 1 5:6; Rm 4:1-5; Gl 3:6-14) e viveu pela fé (Hb 11:8-19), e essa fé ficou evidente em sua obediência (Tg 2:14-26). Abraão obedeceu quando não sabia onde (Hb 11:9, 10), como (vv. 11, 12), quando (v. 13-16) nem por que (vv. 17-19), e nós devemos fazer o mesmo.

Abraão e Sara não eram perfeitos, mas, de modo geral, sua caminhada caracterizou-se pela fé e pela fidelidade. Quando pecaram, sofreram por isso, e o Senhor mostrou-se sempre pronto a perdoá-los quando se arrependeram. “A vida cristã vitoriosa”, disse George Morrison, “é uma série de recomeços”. Ao estudar a vida de Abraão e Sara, você verá o que é fé e como andar pela fé. Descobrirá que, quando você confia no Senhor, nenhuma provação é impossível de vencer e nenhum fracasso é permanente.

 2 . UMA ALIANÇA (Gn 12:1-3)

A fé não se baseia em sentimentos, apesar de, sem dúvida, as emoções fazerem parte da experiência de fé em certas ocasiões (Hb 11:7). A verdadeira fé baseia-se na Palavra de Deus (Rm 10:17). Deus falou a Abraão e disse o que faria para ele e por meio dele, se ele confiasse e obedecesse. “Grandes vidas são moldadas por grandes promessas”, escreveu Joseph Parker, e certamente esse foi o caso de Abraão e Sara. A aliança de Deus concedeu-lhe a fé e as forças de que precisavam para uma vida toda de peregrinação.

Não somos salvos ao fazer promessas a Deus. Somos salvos ao crer nas promessas de Deus. Foi Deus quem, em sua graça, deu sua aliança a Abraão, e ele respondeu com fé e obediência (Hb 11:8-10). A maneira como você responde às promessas de Deus determina aquilo que ele fará na sua vida.

A Bíblia registra várias alianças de Deus, começando com a promessa de um Redentor, em Gênesis 3:15, e culminando com a nova aliança por meio do sangue de Jesus Cristo (Lc 22:20; Hb 8). A palavra hebraica traduzida por “aliança” tem vários significados: (1) comer com alguém, o que sugere comunhão e concordância; (2) atar ou acorrentar, o que significa compromisso; e (3) distribuir, o que sugere compartilhar. Quando Deus faz uma aliança, entra num acordo e compromete-se a cumprir suas promessas. Trata-se de um ato da mais pura graça. Deus não deu a Abraão motivos ou explicações. Deu-lhe, simplesmente, uma promessa: “Te mostrarei […] de ti farei […] te abençoarei […] abençoarei os que te abençoarem” (Gn 12:1-3). Deus prometeu mostrar-lhe uma terra, fazer dele uma grande nação e usar essa nação para abençoar o mundo todo. Deus nos abençoa para que possamos ser uma bênção para outros, e sua grande preocupação é que o mundo todo seja abençoado. A comissão missionária da Igreja não começa com João 3:16 nem com Mateus 28:18-20. Começa com a aliança entre Deus e Abraão. Somos abençoados para que sejamos uma bênção.

Deve ter sido difícil para Abraão e Sara crerem que Deus iria abençoar o mundo todo por meio de um casal idoso e sem filhos, mas foi exatamente o que ele fez. Deles procedeu a nação de Israel, e de Israel procedeu a Bíblia e o Salvador. Deus reafirmou sua aliança com Isaque (Gn 26:4) e Jacó (Gn 28:14) e cumpriu-a em Cristo (At 3:25, 26). Ao longo dos anos, Deus ampliou diversos elementos dessa aliança, mas deu a Abraão e Sara elementos suficientes da verdade para que cressem nele e partissem pela fé.

Podemos ver que em sua jornada Abrão fez concessões (Gn 11:27-32; 12:4 )

Os primeiros passos de fé nem sempre são gigantescos, o que explica o motivo de Abraão não ter sido completamente obediente a Deus. Em vez de deixar a família, conforme Deus havia ordenado, quando saiu de Ur, Abraão levou consigo o pai e o sobrinho, Ló, e todos permaneceram em Harã até que seu pai morreu. Tudo aquilo que você traz consigo da antiga vida para a nova pode causar problemas. Tera, o pai de Abraão, serviu de empecilho para que Abraão obedecesse plenamente ao Senhor, e Ló criou sérias dificuldades para Abraão até que os dois finalmente decidiram se separar. Quando saíram de Ur (Gn 20:13), Abraão e Sara levaram consigo uma concessão pecaminosa que em duas ocasiões lhes causou problemas (Gn 12:10-20; 20:1-18).

A vida de fé exige separação total daquilo que é mau e dedicação total àquilo que é santo (2 Co 6:14 – 7:1). Ao estudar a vida de Abraão, veremos que, com frequência, ele foi tentado a ser condescendente e, por vezes, chegou a ceder. Deus nos testa a fim de edificar nossa fé e de extrair o que há de melhor em nós, mas o diabo nos tenta a fim de destruir nossa fé e de extrair o que há de pior em nós.

Quando andamos pela fé, só podemos nos apoiar em Deus: sua Palavra, seu caráter, sua vontade e seu poder. Não que você tenha de se isolar de sua família e amigos, mas não os considera mais seu primeiro amor e primeira responsabilidade (Lc 14:25-27). Seu amor por Deus é tão intenso a ponto de fazer com que, em termos comparativos, o amor pela família pareça ódio! Deus nos chama para a “solidão” (Is 51:1-3), e não devemos fazer concessões.

 3. UM COMPROMISSO (Gn 12:4-9)

Thomas Fuller, um pregador puritano do século XVII, disse que toda a humanidade foi dividida em três classes: os planejadores, os empreendedores e os realizadores. É possível que Tera fosse um planejador, mas não chegou à terra da promessa. Até certa altura, Ló foi um empreendedor, mas fracassou terrivelmente, pois não foi capaz de andar pela fé. Abraão e Sara foram realizadores, pois confiaram em Deus para realizar aquilo que havia prometido (Rm 4:18-21). Assumiram um compromisso com Deus e dedicaram a ele seu futuro, obedeceram ao que o Senhor ordenou e receberam tudo o que Deus havia planejado para eles.

 A fé nos leva a mudar (w. 4, 5). Pode ter sido o amor de um filho por seu pai idoso que fez Abraão protelar (Lc 9:59-62), mas finalmente chegou o dia em que ele e Sara íi\eram de sair de Harã e dirigir-se à terra que Deus havia escolhido para eles. É impossível ter fé e duvidar (Tg 1:6-8), e não se pode servir a dois senhores (Mt 6:24). A fé exige compromisso.

“Vivemos um tempo de declarações efêmeras”, disse Vance Havner. “Os credos fundamentais da igreja encontram-se no final do hinário, mas desapareceram da vida da maioria de seus membros – se é que chegaram a significar alguma coisa. Declarações de dedicação pessoal desvanecem e precisam ser renovadas. São tempos de declarações de compromisso enfraquecidas!”

A fé nos conduz ao objetivo (w. 6-8). Deus nos coloca em ação para nos conduzir ao objetivo que tem para nós (Dt 6:23). Não sabemos nada sobre a longa jornada de Abraão e Sara de Harã até Canaã, pois o que importava era seu destino. Séculos depois, Deus daria aquela terra aos descendentes de Abraão. No entanto, quando Abraão e Sara chegaram, eram “estrangeiros e peregrinos” (Hb 11:13) em meio a uma sociedade pagã.

Tomar posse da herança implica passar por provas e tentações, desafios e batalhas, mas Deus pode nos conduzir a seu objetivo (Fp 1:6).

A obediência nos leva a uma nova segurança em Deus e a novas promessas dele (Cn 12:7; Jo 7:17). Que consolo deve ter sido para Abraão e Sara quando receberam essa nova revelação de Deus ao chegarem a uma terra estranha e perigosa. Quando caminha pela fé, sabe que Deus está com você e não há nada a temer (Hb 13:5, 6; At 18:9, 10; 2 Tm 4:17). Deus cumprirá seus propósitos e realizará em você e por seu intermédio tudo o que está no coração dele.

Por vezes, há problemas sérios em casa, no trabalho ou na igreja e nos perguntamos por que Deus permite que tais coisas aconteçam. A fim de se apropriar de sua herança espiritual em Cristo, você deve demonstrar fé na Palavra de Deus e obediência à vontade de Deus. 90 GÊNESIS 11:27 – 12:9

Para onde quer que Abraão fosse em Canaã, lá ele levantava sua tenda e seu altar (Gn 12:7, 8; 13:3, 4, 18). A tenda indicava que ele era um “estrangeiro e peregrino” que não pertencia a este mundo (Hb 11:9- 1 6; 1 Pe 2:11), e o altar indicava que ele era um cidadão do céu que adorava o verdadeiro Deus vivo. Abraão testemunhava a todos que era separado deste mundo (a tenda) e consagrado ao Senhor (o altar). Sempre que Abraão abandonava sua tenda e seu altar, metia-se em apuros.

O lugar onde Abraão colocou sua tenda tinha Betel a oeste e Ai a leste (Gn 12:8). Os nomes da Bíblia por vezes têm significados importantes, apesar de não podermos levar isso ao extremo. Betel significa “a casa de Deus” (Gn 28:19) e Ai significa “ruína”. Em termos figurativos, Abraão e Sara estavam andando na luz, do Leste para o Oeste, da cidade da ruína para a casa de Deus! O sistema deste mundo está corrompido, mas os verdadeiros cristãos deram as costas para o mundo e voltaram o rosto para o lar celestial de Deus. “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv 4:18).

A fé nos coloca em movimento (v. 9). A vida de fé não deve jamais tornar-se estagnada, pois se nossos pés estão se movendo, nossa fé está crescendo. Observe os verbos usados para descrever a vida de Abraão: ele partiu (Gn 12:4), partiu e chegou (v. 5), atravessou (v. 6), passou dali (v. 8) e seguiu dali (v. 9). Deus manteve Abraão em movimento para que se deparasse com novos desafios e fosse forçado a confiar em Deus para receber “graça para socorro em ocasião oportuna” (Hb 4:16). O cristianismo confortável é o oposto da vida de fé, pois “peregrinos e estrangeiros” devem enfrentar novas circunstâncias, a fim de obter novas percepções sobre si mesmos e sobre seu Senhor. “Deixemo-nos levar para o que é perfeito” (Hb 6:1).

Como Abraão soube para onde ir e o que fazer? Ele “invocou o nome do S e n h o r ” (Gn 12:8). Orou ao Senhor, e Deus o ajudou. Os vizinhos pagãos de Abraão viram que ele possuía um altar, mas não tinha ídolos. Não tinha “lugares sagrados”, mas construía seu altar onde levantava sua tenda. Era possível traçar o caminho que Abraão havia percorrido até então seguindo o rastro dos altares que havia deixado para trás. Não se envergonhava de adorar a Deus abertamente enquanto seus vizinhos pagãos o observavam.

Na vida do peregrino, devemos prosseguir “de fé em fé” (Rm 1:1 7) para caminhar “de força em força” (Sl 84:7). G. A. Studdert Kennedy disse: “Fé não é crer apesar das evidências, é obedecer apesar das consequências”. “Pela fé, Abraão […] obedeceu” (Hb 11:8). A fé sem obediência é morta (Tg 2:14-26), e a ação sem fé é pecado (Rm 14:23). Deus ligou a fé à obediência como os dois lados de uma moeda – as duas são inseparáveis.

A essa altura da narrativa bíblica, Abraão encontra-se no lugar que Deus reservou para ele, fazendo o que Deus ordenou. Mas a história não termina aí – esse é só o começo! Mesmo quando você está vivendo em obediência, passa por testes e enfrenta provações, pois é assim que a fé cresce. Mas o mesmo Senhor que fez você mudar, alcançar o objetivo e continuar em movimento também o fará atravessar as provações, se você o seguir pela fé.

Adap. Pr. Eli Vieira

domingo, 22 de maio de 2022

Plano de Expansão Semear

 O conselho da Igreja Presbiteriana Semear aprovou o Projeto de Evangelização PES ( Plano de Expansão Semear) a partir de Junho de 2022 estaremos iniciando Novos Pequenos Grupos nos condomínios São José, Jubiabá e Gabriela, Itabuna-BA




EVIDÊNCIAS DA FÉ DE NEEMIAS

 

Três Evidências da Fé de Neemias

Neemias 2.1-20

Como disse Martinho Lutero: “A fé é uma confiança viva e ousada na graça de Deus. É tão certa e segura que um homem pode colocar sua vida em jogo mil vezes por ela”. A Palavra de Deus nos promete que “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9:23). Jesus afirmou que a fé viva pode mover montanhas! (M t 17:20).

Neemias foi um homem temente a Deus que viveu pela fé e fez diferença em sua geração. Uma pessoa pode fazer uma grande diferença neste mundo, se tiver o conhecimento de Deus e, verdadeiramente, confiar nele. A fé é decisiva, e, portanto, podemos fazer diferença em nosso mundo para a glória de Deus.

Este capítulo descreve três evidências da fé de Neemias. Ao meditar sobre essas evidências de fé, devemos examinar nosso coração a fim de determinar se estamos, de fato, caminhando e agindo pela fé.

1.TEVE FÉ PARA ESPERAR (Ne 2:1-3)

Uma vez que o mês hebraico de nisã vai de meados de março a meados de abril em nosso calendário, isso indica que se passaram quatro meses desde que Neemias recebeu as más notícias sobre a situação de Jerusalém. Como todo cristão deveria fazer, Neemias esperou pacientemente a orientação do Senhor, pois é “pela fé e pela longanimidade” que herdamos as promessas (Hb 6:12). “Aquele que crer não foge” (Is 28:16). A verdadeira fé em Deus traz ao coração uma tranquilidade que nos impede de nos precipitar e de tentar fazer com as próprias forças aquilo que só Deus pode realizar. Devemos saber não apenas quando chorar e orar, mas também quando esperar e orar.

Três declarações das Escrituras sempre nos tranquilizam quando ficamos agitados e queremos ir à frente do Senhor: “Aquietai-vos e vede o livramento do S e n h o r ” (Ê x 14:13); “Espera […] até que saibas em que darão as coisas” (Rt 3:18) e “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” (Sl 46 :10). Quando esperamos no Senhor em oração, não estamos perdendo nosso tempo, mas sim o investindo.

Deus está nos preparando e arranjando as circunstâncias a nosso redor para que seus propósitos sejam cumpridos. Porém, quando chegar a hora certa de agir pela fé, não devemos, de modo algum, protelar, assim como Neemias fez, agiu tempo certo.

2. TEVE FÉ PARA PEDIR (Ne 2:4-8)

“Que me pedes agora?”, perguntou-lhe o rei. Neemias estava diante de uma oportunidade incrível! Aquela pergunta envolvia todo o poder e a riqueza do reino!

Como era seu costume, Neemias fez uma de suas “orações instantâneas” ao Senhor (4:4; 5:9; 6:9, 14; 13:14, 22, 29, 31). Não se esqueça, porém, de que essa oração emergencial teve por base quatro meses de jejum e oração. Se Neemias não estivesse orando diligentemente em particular, talvez essas “orações instantâneas” não tivessem sido respondidas. Como disse George Morrison: “Ele não teve mais do que um instante para fazer essa oração. O silêncio teria sido interpretado equivocadamente. Se tivesse fechado os olhos e se demorado numa prece devota, o rei teria suspeitado imediatamente de um caso de traição”.

Neemias não apenas orou por essa oportunidade, mas também fez planos para ela, de modo que tinha uma resposta pronta. Ao longo daqueles quatro meses de espera, havia refletido cuidadosamente sobre a questão e sabia exatamente qual seria sua abordagem àquela empreitada. Sua resposta ao rei pode ser resumida em dois pedidos: “Envia-me!” (Ne 2:4-6) e “Concede-me!” (vv. 7-10).

A resposta do rei é prova da soberania de Deus sobre tudo o que diz respeito às nações. Esperamos que Deus realize sua obra por meio de um servo consagrado como Neemias, mas nos esquecemos de que Deus também opera por intermédio de incrédulos a fim de realizar sua vontade. Por exemplo Ele usou Ciro para libertar seu povo da Babilônia (Is 44:28; 45:1; Ed 1:1, 2).

3 . TEVE FÉ PARA DESAFIAR A OUTROS (Ne 2:9-18 a)

Quando Neemias chegou a Jerusalém, pode constatar que a situação era exatamente aquela que seu irmão havia relatado: os muros não passavam de escombros e as portas haviam sido queimadas (Ne 2:13; 1:3). Os líderes não devem viver numa utopia. Antes, devem encarar os fatos com honestidade e aceitar tanto as más quanto as boas notícias. Durante a noite, Neemias viu mais coisas do que os habitantes da cidade eram capazes de ver durante o dia, pois não enxergou apenas os problemas, mas também o potencial. E isso o que faz um líder!

Diante de tal situação, firmado no Senhor ele desafiou os seus irmãos a edificarem os muros da cidade, como também foi capaz de fazer frente ao inimigo e de tratar sua oposição de modo eficaz. Assim que os membros do povo de Deus dão um passo de fé para fazer sua vontade, o inimigo aparece e tenta desanimá-los. Sambalate e Tobias ficaram sabendo da empreitada (v. 10) e chamaram Gesém para se juntar a eles em sua oposição aos judeus.

Se não fosse pela dedicação e determinação resultantes de sua fé num grande Deus, Neemias jamais teria aceitado o desafio nem terminado o trabalho. Certamente não havia lido esse versículo, mas aquilo que Paulo escreveu em 1 Coríntios 15:58 foi o que motivou Neemias até o fim: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão”.

Portanto meus irmãos, não importa a dificuldade da tarefa nem a intensidade da oposição, sejamos determinados! Como Dr. V. Raymond Edmand costumava dizer: “É sempre cedo demais para desistir”. Vamos lutar e trabalhar na certeza de que Deus proverá.

Adap. Pr. Eli Vieira

Governo dos EUA nomeia CEO da Portas Abertas para Comissão de Liberdade Religiosa

 



David Curry vai aconselhar o governo americano na política externa para combater a perseguição. (Foto: Portas Abertas USA).

David Curry vai aconselhar o governo americano na política externa para combater a perseguição em todo o mundo.

O governo americano nomeou o CEO da Missão Portas Abertas, Dr. David Curry, para liderar a Comissão de Liberdade Religiosa dos Estados Unidos (USCIRF, na sigla em inglês).

A USCIRF é uma entidade independente do governo federal criada pelo Congresso dos EUA para monitorar, analisar e informar sobre a liberdade religiosa em todo o mundo.PUBLICIDADE

O anúncio foi feito pela Portas Abertas e celebrado como uma importante conquista na luta pelos direitos religiosos. 

“Eu estava na África Oriental e testemunhei em primeira mão a intolerância vivida pelas minorias religiosas. O governo dos Estados Unidos tem um papel a desempenhar no incentivo e apoio à liberdade religiosa em todo o mundo, e espero ajudar a USCIRF enquanto aconselho o governo nesse papel”, declarou David Curry, após sua nomeação.

Ele pediu oração para exercer sua nova função. “Desejo suas orações enquanto sirvo nesta Comissão, tanto para mim quanto para meus colegas Comissários – para que ajudemos a fazer a diferença para que todos, independentemente de fé ou não, possam viver suas vidas em paz”, afirmou.




David Curry vai aconselhar o governo americano na política externa para combater a perseguição. (Foto: Portas Abertas USA).

“Em muitos países hoje, exercer o direito fundamental de praticar sua fé tem um preço terrível”, lembrou ele. 

“As pessoas em todos os lugares devem ter liberdade para adorar e viver suas convicções religiosas pacificamente, sem medo de governos, extremistas ou pressão cultural. Estou honrado em servir nesta comissão bipartidária”.

Os comissários da Comissão de Liberdade Religiosa são designados pelo Presidente ou pela liderança dos partidos políticos no Senado e na Câmara dos Representantes. Seu trabalho é fazer recomendações de política externa, que combata a perseguição e promova os direitos de religião, ao Presidente, ao Secretário de Estado e ao Congresso.

“Essas nomeações não poderiam vir em melhor hora. A liberdade religiosa é um direito que pertence a todos, em todos os lugares, o tempo todo, e é um direito que está constantemente sob ataque”, comentou o ex-embaixador-geral dos EUA para a Liberdade Religiosa Internacional e o membro sênior da Portas Abertas, Sam Brownback.

E explicou: “A USCIRF desempenha um papel fundamental ao relatar ao Congresso e à Administração as violações da liberdade religiosa em todo o mundo e ao fazer recomendações de políticas para lidar com essas violações”.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE OPEN DOORS USA

quinta-feira, 19 de maio de 2022

Websites cristãos são fechados na China

 

Apenas a menção à palavra evangelho é suficiente para que sites sejam tirados do ar


Um site cristão chinês bastante conhecido foi forçado a fechar seguindo a implementação do novo regulamento da internet do começo deste ano. Depois de mais de 20 anos online, o website Jona Home fechou em 12 de abril, deixando para trás uma página web estática com um aviso: “O desaparecimento deste site é apenas o desaparecimento de um website, não significa nada em especial. Esse link não pode mais ser aberto, não há nada além disso. Não fique preocupado. Apenas siga em frente”.

As novas medidas para a administração de serviços de informação religiosa na internet, que entraram em vigor em 1º de março, exigem que os usuários de internet que quiserem postar conteúdos religiosos obtenham permissão. A licença está disponível apenas para as cinco instituições religiosas aprovadas pelo Estado, como a igreja protestante Movimento Patriótico das Três Autônomas. Aqueles que não obedecem recebem uma advertência.

Um website cristão que compartilha notícias, artigos e devocionais, na China, foi bloqueado por dez dias no último mês. Os administradores do site foram orientados a alinhar o conteúdo com as novas regras. Os artigos 15º e 16º proíbem a pregação religiosa individual ou de organizações, treinamentos religiosos, posts ou repostagem de sermões e pregações sobre as Escrituras. Também não permitem conduzir atividades religiosas, postar na internet lives, textos, imagens e vídeos de rituais religiosos, incluindo ceias, cultos, queima de incenso, unção de monges, louvores, missas e batismos.

Restrições às atividades cristãs na internet

Algumas contas do WeChat, o aplicativo mais conhecido na China, e o aplicativo da Bíblia foram fechadas nos últimos anos. Aparentemente, apenas a menção à palavra evangelho (fuyn, em chinês) é suficiente para soar o alarme.

“Uma conta oficial contendo a palavra evangelho foi bloqueada permanentemente em 18 de abril. A equipe operacional, então, registrou outra conta que logo se tornou anônima. Nenhuma conta relacionada ao cristianismo pode ser encontrada na barra de pesquisa do WeChat”, de acordo com o China Christian Daily, um site de notícias cristãs.

Os níveis de controle crescente na internet em combinação com o aumento da vigilância física são abrangentes. Cristãos podem acessar a internet, mas sempre precisam ser cuidadosos no que fazem e com quem se encontram. Para cristãos, o espaço da internet se tornou mais restrito do que para a maioria dos cidadãos, já que eles são vistos como parte da influência do Ocidente. Há dois anos, a China voltou a ocupar o topo da Lista Mundial da Perseguição, na 17ª posição.

Acesso às Escrituras

Na China, as atividades religiosas são proibidas ou muito restritas pelo controle estatal. Com uma doação você ajuda cristãos chineses ex-budistas a terem acesso à Bíblia e apoia a formação de líderes.

Fonte: Portas Abertas

quarta-feira, 18 de maio de 2022

Mais de 2 mil igrejas suspendem cultos devido a ataques armados na Colômbia

 

Queima de veículos, incêndio de empresas e assassinatos são algumas das ações dos grupos armados na Colômbia. (Foto: Portas Abertas)

Até agora, já ocorreram mais de 100 incidentes terroristas, com queima de veículos, incêndio de empresas, desalojamentos e assassinatos.

Ataques armados na Colômbia acontecem com frequência, afetando a estabilidade da nação que ocupa o 30º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2022, conforme a Portas Abertas. 

Esses ataques são considerados “ações de grupos ilegais”, entre eles guerrilheiros, paramilitares e traficantes de drogas. Normalmente, os atingidos são civis e oficiais das Forças Armadas. 

Os criminosos bloqueiam estradas, forçam estabelecimentos a fecharem e, automaticamente, alunos de escolas e faculdades têm suas aulas suspensas. 

Sobre os ataques

Uma das maiores ondas de ataques deste ano aconteceu em fevereiro, quando Dairo Antonio Úsuga, conhecido como “Otoniel, o homem mais procurado na Colômbia”, foi extraditado.

Sua extradição desencadeou a retaliação por parte do Clã do Golfo, uma organização ilegal armada que ele liderava. 

Depois, no dia 5 de maio, esse grupo conhecido por muitos outros nomes, circulou um panfleto que anunciava o decreto de um ataque armado em quatro dias. 

O aviso dizia que era proibido abrir as lojas ou fazer qualquer tipo de movimentação. A declaração terminava com a ameaça de “consequências desfavoráveis” para aqueles que não obedecessem a essas regras.

Como a Igreja é afetada

Conforme as autoridades nacionais, desde que os ataques começaram na última semana, já ocorreram mais de 100 incidentes terroristas desses grupos, entre eles, queima de veículos, incêndio de empresas, desalojamentos e assassinatos.

As igrejas são diretamente afetadas por essas medidas e ações extremistas. Estima-se que no dia 8 de maio, mais de 2 mil igrejas não puderam celebrar os cultos de domingo como fazem tradicionalmente.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE PORTAS ABERTASFacebook



DAVI, UM JOVEM QUE FEZ DIFERENÇA

 

3º Domingo de maio Dia do Jovem Presbiteriano

1 Samuel 17.1-58

O escritor Charles R. Swindoll certa vez disse: “nosso mundo necessita desesperadamente de modelos dignos de serem seguidos. Heróis autênticos. Pessoas integras, cujas vidas nos inspirem a ser melhores”¹(1998, p.9).

Malala Yousafzai é uma jovem paquistanesa, já foram publicados livros, documentários e muito conteúdo na internet sobre Malala. Em muitos países, a educação é um direito básico para homens e mulheres, crianças e adultos. Mas no Paquistão, o Talibã proíbe as mulheres de estudar.

Isso fez com que a pequena Malala, na época com 11 anos de idade, começasse sua luta pelo direito à educação. Suas ações começaram a ganhar repercussão, e o Talibã começou a perseguir a menina até conseguir acertá-la com um tiro na cabeça e outro no pescoço. Ela sobreviveu e, depois disso, ganhou o prêmio Nobel da Paz, tudo isso na adolescência! E ela fez muita diferença: o Malala Fund hoje garante a educação de cerca de 130 milhões de meninas pelo mundo!4

O evangelista doutor Lucas ao falar sobre o Davi disse: “Porque na verdade, tendo Davi servido a sua própria geração, conforme os desígnios de Deus, adormeceu, foi para junto de seus pais e viu corrupção” (At. 13.36). Davi foi um jovem que fez diferença e marcou a sua geração conforme os propósitos divinos. Mas, devemos perguntar: porque Davi marcou a sua geração? No texto de 1 Samuel 17.1-58 podemos encontrar a resposta para a nossa indagação e aprendermos algumas lições.

1-PORQUE ELE NÃO TEMIA OS DESAFIOS (1 Samuel 17.32) – A vida de Davi foi marcada por lutas e desafios, desde a sua mocidade. Ainda jovem, como pastor de ovelhas enfrentou feras, tais como leão ou urso (1 Sm 17.34,35). Ao ser enviado, por seu pai, ao arraial do exército de Israel para levar alimentos e saber como seus irmãos estavam (1 Sm 17.17-19), o jovem Davi se deparou com uma cena inimaginável, o grande duelista filisteu desafiando o exército de Israel. Davi não teve medo do incircunciso Golias e dispõe-se a pelejar contra ele (1 Sm. 17.32). Ele não temeu o desafio, não olhou para o tamanho do guerreiro filisteu, mas estava pronto se possível a morrer, como disse o pastor Martin Luther King: “Se você não está pronto para morrer por alguma coisa, então você não está pronto para viver”, ele estava pronto a tirar a afronta de sobre Israel, o exército do Deus vivo (1 Sm.17.26), na certeza de que Deus lhe concederia a vitória independente do experiente gigante.

O Precursor da Reforma Protestante Jerônimo Savonarola (1452-1498) disse: “Se não houver inimigos, não há lutas, se não há lutas não a vitórias”. Jovens, irmãos, se queremos ser vitoriosos e marcar a nossa geração, precisamos enfrentar os desafios que surgem diante nós todos os dias, sem temor, assim como Davi. Não tema os desafios da vida, mas enfrente-os com coragem e fé, na certeza que Deus proverá.

2-PORQUE ELE NÃO DEU OUVIDOS A VOZ DOS CRÍTICOS E PESSIMISTAS (1 Samuel 17.28,33,42)-Quando o jovem Davi disse que iria enfrentar o gigante, ninguém o incentivou, antes ele foi criticado, desanimado, por seus irmãos e pelo rei Saul. Saul disse a Davi, que ele não poderia enfrentar Golias, porque ele era moço, e Golias guerreiro desde a sua mocidade (1 Sm 17.33), ele foi desprezado pelo gigante Golias (1 Sm 17.42). Contudo, Davi não deu ouvidos a voz dos críticos e pessimistas.

Quando olhamos para a vida do jovem Abraão Lincoln (1809-1865),  cheio de sonhos, antes de se tornar o presidente americano que decretou a emancipação dos escravos. Ele foi considerado um dos inspiradores da moderna democracia, tornou-se uma das maiores figuras da história americana. Elegeu-se Deputado por Illinois. Defendia a causa dos pobres e humildes. Formou-se em Direito. Elegeu-se Deputado Federal e incentivou a criação de novas industrias no Norte do país. Foi eleito o primeiro presidente pelo Partido Republicano, que ajudou a fundar. Foi o 16º presidente dos Estados Unidos. Enfrentou a Guerra da Secessão, por longo período de seu governo. Com a vitória do Norte, foi reeleito para presidente”. Parece que ele viveu em um tempo fácil, mas vejamos um pouco mais sobre a sua vida.

Abraham Lincoln (1809-1865) nasceu na cidade de Hardim no Kentucky, Estados Unidos. Filho dos camponeses Thomas Lincoln e Nancy Lincoln, quando pequeno viveu numa casa de madeira, a beira da floresta. Frequentou a escola durante um ano, quando em 1816 sua família mudou-se para Indiana. Com sete anos já trabalhava no campo. Ficou órfão aos nove anos de idade. Seu pai casa com Sarah Bush Johnston, que ficou responsável por sua instrução.

Abraham Lincoln teve vários empregos, foi lenhador, trabalhou numa serraria, foi barqueiro, balconista e Chefe dos Correios da Aldeia de Salem em Illinois. Como barqueiro, em 1831, navegava pelos rios Missisípi e Ohio, transportando mercadorias. Nas horas vagas se dedicava à leitura. Participou como Capitão voluntário, na luta contra os índios no sul do Estado. Foi chefe dos correios e trabalhou na demarcação de terras para o governo.

Em 1834 elegeu-se Deputado pela Assembleia de Illinois. Estudou Direito, formando-se em 1837. Trabalhou defendendo as causas dos pobres e humildes. Em 1842 casa-se com Mary Todd. Em 1846 elegeu-se Deputado Federal. Entre 1847 e 1849, foi representante de Illinois no Congresso, onde propôs a emancipação gradativa para os escravos, o que desagradou tanto aos abolicionistas quanto aos defensores da escravidão. Fez oposição a invasão de terras no México, mas no fim do conflito novas terras foram anexadas aos Estados Unidos. Sua posição o fez perder muitos votos. Lincoln fazia campanha para que essas novas terras ficassem livres da escravidão.

Concorreu para o senado, foi derrotado, afastou-se da política durante cinco anos. Seus discursos e debates em torno da escravidão os tornou conhecido e popular. Em 1854 participou da fundação do Partido Republicano.

Grandes transformações sociais ocorriam no país. Ao norte, desenvolvia-se uma rica e poderosa burguesia industrial e uma classe operaria organizada e numerosa, apoiada pelo Partido Republicano. Ao sul, consolidou-se a supremacia aristocrata rural, com grandes propriedades agrárias, apoiadas na monocultura e no trabalho escravo. A rivalidade política entre o Partido Democrata, dos aristocratas do sul, e o Partido Republicano da burguesia industrial do norte, gerava vários conflitos.

A guerra contra o México ampliara o território da União e não era possível prever se a população das novas terras se declararia a favor da escravidão. Instalou-se uma grande polêmica nacional. Lincoln assumiu atitude antiescravagista e transformou-se no paladino dessa tendência após o debate que travou com o senador democrata Stephen Douglas.

Em 1858, candidato ao Senado pelo novo Partido Republicano, perdeu as eleições para Douglas, mas tornou-se líder dos republicanos. Em 1860, disputou o pleito para a presidência da república e elegeu-se o 16º presidente dos Estados Unidos.

Ao iniciar seu governo, em 4 de março de 1861, Lincoln teve de enfrentar o separatismo de sete estados escravistas do sul, que formaram os Estados Confederados da América. O presidente foi firme e prudente: não reconheceu a secessão, ratificou a soberania nacional sobre os estados rebeldes e convidou-os à conciliação, assegurando-lhes que nunca partiria dele a iniciativa da guerra. Os confederados, porém, tomaram o forte Sumter, na Virgínia Ocidental.

Lincoln encontrou o governo sem recursos, sem exército e com uma opinião pública que lhe era favorável somente em reduzida escala. Com vontade férrea, profunda fé religiosa e confiança no povo, iniciou uma luta que primeiramente lhe foi adversa. Só conseguiu armar sete mil soldados, com os quais começou a guerra. Em apenas um ano, duplicou o Exército, organizou a Marinha e obteve recursos. Os confederados haviam consolidado sua situação, com a adesão de mais quatro estados aos sete sublevados. Em meados de 1863 chegaram à Pensilvânia e ameaçaram Washington. Foi nesse grave momento que se travou, em 3 de julho de 1863, a batalha de Gettysburg, vencida pelas forças do norte.

Lincoln, que decretara a emancipação dos escravos e tomara outras providências liberais, pronunciou, meses depois, ao inaugurar o cemitério nacional de Gettysburg, o célebre discurso em que definiu o significado democrático do governo do povo, pelo povo e para o povo, e que alcançou repercussão mundial.

A guerra continuou ainda por dois anos, favorável à União. Lincoln foi reeleito presidente em 1864. Em 9 de abril de 1865, os confederados renderam-se em Appomattox.

Embora considerado conservador ou reformista moderado no início da presidência, as últimas proposições de Lincoln foram avançadas. Preparava um programa de educação dos escravos libertados e chegou a sugerir que fosse concedido, de imediato, o direito de voto a uma parcela de ex-escravos. Inclinou-se também à exigência dos radicais por uma ocupação militar provisória de alguns estados sulistas, para implantar uma política de reestruturação agrária.

Em 14 de abril de 1865, Lincoln assistia a um espetáculo no Teatro Ford, em Washington, quando foi atingido na nuca por um tiro de pistola desferido por um escravista intransigente, o ex-ator John Wilkes Booth. Lincoln morreu na manhã do dia seguinte¹. Meus irmãos, jovens, assim como Davi, Lincoln enfrentou muitas críticas e os pessimistas e triunfou sobre todos. Ele não se deixou intimidar, ele não deu ouvidos a voz dos críticos e pessimistas, por isso marcou a sua geração e a história.

Meus irmãos, jovens, Deus está nos dando o privilégio de vivermos nesta geração, nesta atualidade desafiadora, sabemos que não é fácil, como não fora na época de Davi, de Lincoln, dos reformadores, mas confiados em Deus, não podemos nos intimidar diante dos críticos, pessimistas que tentam fazer com que você e eu possamos desanimar, desistir de lutar, mas se queremos fazer diferença e marcar esta geração, precisamos nos levantar e fazer a nossa parte na certeza de que o nosso trabalho não será em vão. Jovens, não podemos só ficar olhando para o passado, precisamos olhar para o nosso presente e perguntar: o que eu estou fazendo diferente para marcar a minha geração? Vamos começar fazendo coisas pequenas e Deus irá nos preparar para fazermos coisas grandes que ainda não sabemos.

3-PORQUE ELE LUTAVA EM NOME DO SENHOR DOS EXÉRCITOS (1 Samuel 17.37, 42)

O Jovem Davi decidiu lutar e enfrentar o gigante filisteu. É importante notarmos que Davi decidiu lutar, não em nome de Saul, de sua família, para ficar famoso, etc. Ele disse: eu vou contra ti em nome do Senhor dos Exércitos. O “nome” para os autores bíblicos, é mais que uma junção de letras, ele representa a própria essência da pessoa que o carrega.

Meus irmãos, o que Davi estava dizendo era: “SENHOR dos Exércitos” eu vou contra você Golias, firmado em Deus. O verdadeiro comandante supremo do seu povo escolhido, dos exércitos de Israel, o Deus todo poderoso, ontem, hoje e sempre. Ah! meu querido jovem, isto fez toda diferença na vida do guerreiro Davi e faz toda diferença ainda hoje. O jovem Davi não estava dizendo, eu não vou te enfrentar confiado em minhas experiências, nas minhas armas, no rei Saul, em minha família, em meus diplomas, mas eu vou lutar contra ti confiado naquele que nos dá a vitória, pois dele é a guerra, em nome do Deus Todo-poderoso, o rei dos reis, Senhor dos senhores .

 Muitos hoje estão vivendo desanimados, derrotados, sem expectativa porque foram derrotados e humilhados pelo inimigo. Perderam a batalha, porque confiaram em dinheiro, seus amigos, em seus títulos, em familiares, namorado(a)s, etc. Mas neste momento eu te convido a erguer a cabeça, e lutar em nome do Senhor.

O rei Josafá diante de uma confederação de inimigo, que se levantara contra Israel disse: “Ah! Senhor Deus, acaso, não executarás tu o teu julgamento contra eles? Porque em nós não há força para resistirmos a essa grande multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que fazer; porém os nossos olhos estão postos em ti”( 2 Cr. 20.12). Josafá confiou em Deus e o Senhor lhe deu a vitória, e assim os moradores daquelas terras viram quem era o Deus de Israel, como nos diz crônicas: “Veio da parte de Deus o terror sobre todos os reinos daquelas terras, quando ouviram que o Senhor havia pelejado contra os inimigos de Israel (2 Cr 20.29).

Jovem, irmão, em nome de quem você está enfrentando as dificuldades e os seus problemas hoje? Em nome de seus familiares, dos seus amigos, em nome do presidente, etc. Não, não, não!!! Levante-se, lute em nome do Senhor, ele não mudou, continua sendo o mesmo, tem em suas mãos o controle de tudo e de todas as coisas, só ele é quem pode nos dá a vitória sobre todos os gigantes que estão nos desafiando. O Senhor fala conosco através do profeta Isaías “Tu és o meu servo, eu te escolhi e não te rejeitei, não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” (Isaías 41.9b,10).

4-PORQUE O SEU PROPÓSITO ERA A GLORIFICAR A DEUS (1 Samuel 17.46,47)-

O jovem Davi tinha um alvo que estava além da visão do exército de Saul, maior do que os seus compatriotas. Ele queria vencer o gigante filisteu para manifestar a glória de Deus, vede o que ele disse: “Hoje mesmo, o Senhor te entregará nas minhas mãos; ferir-te-ei, tirar-te-ei a cabeça e os cadáveres do arraial dos filisteus darei, hoje mesmo, às aves dos céus e às bestas-feras da terra; e toda a terra saberá que há Deus em Israel. Saberá toda esta multidão que o Senhor salva, não com espada, nem com lança; porque do Senhor é a guerra, e ele vos entregará nas nossas mãos” (1 Sm 17.46,47).

O propósito principal de Davi era engrandecer o nome do Senhor em toda a terra. Não era fazer o seu nome conhecido, nem da sua família, mas glorificar o nome do Deus de Israel. Saberá toda terra que há um Deus que salva. Davi lutou para a glória de Deus e derrotou  o  gigante Golias e Israel venceu os filisteus.

 Paulo ao escrever aos irmãos da igreja de Corinto nos ensina dizendo: “ Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus”. (1 Co.10.31). A pergunta de número um do Breve Catecismo de Westminster: Qual é o fim principal do homem? O fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre³.

Jovens a pergunta que devemos fazer é: O que estou fazendo glorifica a Deus? Estou lutando para glorificar o nome do meu Salvador? Como nós podemos viver para a glória de Deus? Vivendo de conformidade com a Palavra de Deus, que é a nossa única regra para nos dirigir na maneira de o glorificar e gozar (Lc 24.27,44; 2 Pe 3.2, 15,16; 2 Tm 3.15-17; Jo 15.10,11; Is 8.20 e Jo 20.30,31).  Se vivermos firmados na Palavra do Senhor, nós não vamos temer os gigantes que se levantam contra nós, tentando nos intimidar e nos derrotar. Nós vamos marca a nossa geração e o mundo, e todos verão quem realmente é o nosso Deus, pois com ele somos mais que vencedores.

Algumas pessoas hoje, ao olharem para os heróis da fé do passado, falam: acho que eu nasci na época errada! Porque eu não nasci na época dos reformadores, Martinho Lutero, Calvino e Knox? Porque eu não vivi, na época do Grande Avivamento do século XVIII e fui amigo Jonathan Edwards, George Whitefield? Se, você ficar atento poderá ouvir Deus lhe falar: porque os meus desígnios para você jovem são para esta geração, para hoje, se coloque nas mãos de Deus e lute para a glória dEle. O mundo está para ver o que Deus pode fazer com um jovem totalmente entregue nas mão de Deus e que luta para a glória dEle.

Meu amado jovem, Deus está nos dando um grande privilégio de vivermos nesta geração, não podemos nos intimidar diante dos desafios que se levantam contra nós nesses dias, dos críticos e pessimistas ou dos gigantes que estão sempre diante de nós, mas vamos enfrentar os gigantes em nome do Senhor Deus, ne certeza que o Deus de Davi também é o nosso Deus. O mesmo Deus que deu tão grande vitória a Davi é o mesmo que dá a vitória hoje sem nos deixar levar por aqueles que não conhecem a Deus. Vamos lutar em nome do Senhor e para a glória do Senhor.

Referência Bibliográficas

1- Swindoll, Charles R. Davi: um Homem segundo o Coração de Deus. – 1ª Ed.– São Paulo: Editora Mundo Cristão, 1998

2-Frazão, Dilva. Biografia de Abraham Lincoln, Disponível em https://www.ebiografia.com/abraham_lincoln/ acesso em 08.08.2017

3- Martins, Valter Graciliano (organizador)-O Breve Catecismo. 1ª Ed. Especial – São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1991

4-https://www.yazigi.com.br/noticias/cultura/7-jovens-cidadaos-do-mundo-que-revolucionaram-a-historia

Sobre o autor Pr. Eli Vieira é formado pelo Seminário Presbiteriano do Norte e pastor efetivo da Igreja Presbiteriana Semear, Itabuna-BA.

sábado, 14 de maio de 2022

PAI, O SACERDOTE DA FAMÍLIA

 



O papel sacertotal do pai na família

Dt 6.1-25; Ef 6.1-4

O casamento é uma aliança entre um homem e uma mulher na presença de Deus e das testemunhas, através do qual se forma uma nova família, onde cada um tem seu papel. E para que o lar seja uma bênção, cada membro precisa desenvolver a sua função.

No mundo atual  marcado pelo materialismo, muitos pais pensam que só precisam ter um bom trabalho, uma boa casa, carro e ser um sucesso no trabalho, etc. Todas estas coisas são importantes, mas o que adianta ter tudo isso e uma família infeliz? Que adianta ser um sucesso no trabalho e ser fracasso na família? Nenhum sucesso compensa o fracasso da família. A família é um projeto de Deus, para a glória dEle, e para que isso possa acontecer o pai precisa desenvolver o seu papel sacerdotal no lar. Como cada pai pode assumir o papel sacerdotal na família?

1-VIVENDO EM SANTIDADE (Êx 28.1-4, 36; Lv 16; 19.1,2; 21.6,8) – Quando Deus estabeleceu por Deus, ao separar Arão e seus filhos, ordenou que eles vivessem em santidade. A santidade era indispensável a vida dos sacerdotes para exercerem o seu ministério diante do Senhor, porque senão seriam destruídos como aconteceu com Nadabe e Abiú filhos de Arão que morreram diante do Senhor (Lv. 10.1-7).

Deus ao chamar o seu povo do Egito ordenou dizendo: “Disse mais o Senhor a Moisés: “Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Sereis santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo”(Lv 19.1,2), e também o apóstolo Pedro ao escrever aos irmãos dispersos disse: “porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo”(1 Pe 1.16).

Sem santidade não podemos desfrutar da presença de Deus e desenvolver o sacerdócio do lar. Os pais precisam levar o relacionamento com Deus a sério, para serem bênção e exemplo para os familiares, pois eles sabem muito bem que somos dentro de casa. Se os nossos familiares nos conhecem, pense, quanto mais o nosso Deus. Ele conhece cada pai (Sl 139). Portanto, precisamos de pais santos para serem bênçãos e seus lares.

2-SENDO UM PAI DE ORAÇÃO (Lv 9.1,2,22-24; 16.2-34; Ed 9.15) – A vida de oração é era uma das características dos verdadeiros sacerdotes, pois eles serviam a Deus na casa de oração. O capítulo de 16 do livro de Levítico é o clímax do livro que apresenta o caminho de acesso a Deus, onde os sacerdotes no dia da expiação se achegavam diante de Deus, principalmente quando o sumo-sacerdote se apresentava diante de Deus para fazer expiação por sua casa, pelos sacerdotes e pelo povo.

O dia da expiação era um dia de jejum e lamentação pelos pecados Dt 9.18, de confissão ! Sm 7.9, Ne 9.1,2. Era um momento de intercessão pelas famílias e nação (Lv 16.11-34). Jó foi um homem rico, integro e temente a Deus que se desviava do mal, mas era também um pai que intercedia ao Senhor por seus filhos (Jó 1.5).

Orar uma vez pela família é fácil, mais ter uma vida de oração não é, pois para sermos maridos, pais de oração precisamos ter fé, dedicação, tempo, consagração, etc. Em nossas igrejas, quando os pais apresentam seus filhos para serem batizados, um dos compromissos assumidos diante de Deus, é de ter uma vida de oração com e pelos filhos. Nos dias atuais, precisamos de pais que apresentem diante Deus as suas famílias em oração, como alguém já disse: “pais de oração famílias de pé”.

3- ENSINANDO A PALAVRA DE DEUS (Ed 7.10;10.10,16, Dt 6.6-9; 2 Tm 3.14-16) – Os sacerdotes tinham a responsabilidade de ensinar a Lei do Senhor, como podemos ver o exemplo de Esdras. Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar e cumprir a lei do Senhor, e para ensinar em Israel os seus estatutos e as suas ordenanças”(7.10). Os sacerdotes ensinavam aos membros de sua casa e ao povo. Quando o sacerdote Eli deixou de ensinar aos seus filhos ele foi repreendido, pois o verdadeiro ensino é muito mais do que meras palavras, envolve atitude. Eli precisava ter confrontado os seus filhos, sua falha em não ter tomado uma atitude “foi interpretada como ter honrado mais os seus filhos do que o Senhor” (1 Sm 2.29).

Como homens de Deus, os pais  israelitas precisavam ensinar a Palavra de Deus aos seus filhos conforme as sagradas escrituras: “E estas palavras que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te. Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por frontais entre os teus olhos; e as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas”(Dt 6.7-9).

Meus irmãos, nesta atualidade tão desafiadora em que estamos vivendo, onde vemos o problema das drogas, prostituição, corrupção, idolatria, etc. Os pesquisadores já descobriram que o problema começa nos lares. Os pais cristãos, como sacerdotes do lar, precisam viver em santidade, não só na igreja, mas em toda a sociedade, serem homens de oração que intercedem por seus lares e ensinam a Palavra que transmite  vida. Grande é o nosso desafio, mas não podemos desanimar e sim despertar para cumprirmos o nosso papel de pais para a glória de Deus.

Pr. Eli Vieira, formado pelo SPN, Recife_PE, pastor efetivo da IP Semear, Itabuna-BA.

Estudante cristã é queimada até a morte por colegas na Nigéria

 


A estudante Deborah Samuel foi queimada no campus da faculdade na Nigéria. (Foto: Reprodução/Twitter)

Deborah Emmanuel foi acusada por colegas muçulmanos de blasfemar o profeta Maomé em um grupo de WhatsApp.

Deborah Emmanuel, uma estudante cristã de 25 anos, foi espancada e queimada até a morte na quinta-feira (12) por colegas de classe em Sokoto, no noroeste da Nigéria

O motivo do crime teria sido uma mensagem considerada “blasfema” no grupo de WhatsApp. Deborah foi morta por seus colegas de classe dentro da Faculdade de Educação Shehu Shagari. 

Ela frequentava a igreja evangélica Winning All, uma das maiores denominações da Nigéria, e morava com os pais em Sokoto, de acordo com a organização International Christian Concern (ICC).

Deborah, que era estudante de Economia, teria entrado em uma discussão com colegas de classe depois de enviar uma mensagem de WhatsApp, que foi interpretada por eles como blasfêmia. 

Ela foi acusada de fazer uma postagem “que blasfemava o profeta Maomé”, reportou a polícia em comunicado.

CAN ANYONE IDENTIFY THIS YOUNG MAN? HE CONFESSED TO BEING ONE OF THOSE WHO BURNT DEBORAH, TO DEATH!#TABLESHAKER PIC.TWITTER.COM/CMYEHBULZP— RENO OMOKRI (@RENOOMOKRI) MAY 12, 2022

O pastor David Ayuba Azzaman, no entanto, explicou que as acusações são falsas: “A Deborah estava reclamando em grupo da classe no WhatsApp como eles discriminam os cristãos nas tarefas e provas da faculdade em favor dos muçulmanos”, disse ele ao Morning Star News. 

“Isso é o que eles usaram como parâmetro para dizer que ela insultou Maomé. Ela não insultou o profeta Maomé”, acrescentou o pastor. “Depois descobriram que ela recusou o pedido de namoro de um muçulmano. Isso o levou a acusá-la de insultar o profeta Maomé”.

Um vídeo de Deborah sendo espancada viralizou nas redes sociais na Nigéria. As imagens mostram a estudante cristã deitada no chão, tentando cobrir a cabeça com o braço ensanguentado, enquanto era espancada por rapazes e moças que gritavam “Allahu Akbar” (“Alá é Grande”).

Um estudante da faculdade disse à ICC: “Os alunos e os professores muçulmanos não gostam de cristãos na faculdade”. 

O estudante, que não se identificou, relatou que funcionários da faculdade tentaram conter a multidão que matava Deborah, mas não conseguiram.

De acordo com a BBC local, dois estudantes foram presos por sua conexão com o crime. O caso está sendo investigado pela polícia nigeriana.


O estado de Sokoto fechou a Faculdade de Educação Shehu Shagari após a morte da estudante. (Foto: UGC)

As autoridades também fecharam a faculdade, em uma tentativa de acalmar a comunidade local. O assassinato de Deborah causou indignação e choque entre muitos nigerianos nas redes sociais.

Nigéria foi o lugar onde mais cristãos morreram por sua fé em 2021, registrando 4.650 mortes, segundo o relatório da Portas Abertas. O número de cristãos sequestrados também foi maior na Nigéria, com mais de 2.500.

A Nigéria ficou atrás apenas da China no número de igrejas atacadas, com 470 casos, segundo a Portas Abertas.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA AP, BBC, ICC E MORNING STAR NEWS

Cristãos no Irã são condenados a 10 anos de prisão por liderarem igreja doméstica


Anooshavan Avedian está entre os três cristãos presos. (Foto: Article 18).

Os três crentes ainda receberam uma “privação de direitos sociais” com duração de 10 anos, após sua libertação.

Três cristãos no Irã foram condenados a 10 anos de prisão por liderarem uma igreja doméstica, no dia 11 de abril, após serem considerados culpados dos crimes de “atividade de propaganda contra o sistema” e “agir contra a segurança do país através da organização e liderança de uma igreja evangélica doméstica”.

Anooshavan Avedian, Abbas Soori e Maryam Mohammadi ainda receberam uma “privação de direitos sociais” com duração de 10 anos após sua libertação, restringindo os tipos de emprego que podem ter, por exemplo. 

De acordo com o International Christian Concern, organização que monitora a perseguição no mundo, Abbas e Maryam também foram proibidos de fazer viagens internacionais durante dois anos, de participar de eventos políticos ou sociais e de manter residência em sua cidade natal, Teerã.

Cada um dos dois crentes foram condenados a pagar uma multa de 2 mil dólares.

Eles foram presos pela primeira vez em agosto de 2020, depois que 30 agentes de segurança invadiram um culto doméstico, com cerca de 17 crentes reunidos, na casa de Anooshavan. 

As autoridades confiscaram Bíblias e dispositivos de comunicação e todos os presentes foram obrigados a enviar formulários com suas informações pessoais. 

Os crentes da igreja doméstica ainda tiveram que assinar um termo de compromisso, se comprometendo a não se reunir novamente com cristãos e igrejas. 

No dia 8 de maio, outros cinco cristãos também foram presos em Rasht. Behnam Akhlaghi e Babak Hosseinzadeh, Ahmad (Youhana) Sarparast, Ayoub (Farzin) Pour-Rezazadeh e Morteza Mashhoodkari foram detidos em uma operação simultânea.

Os agentes ainda confiscaram materiais cristãos e dispositivos de comunicação. Behnam e Babak foram libertados no dia seguinte, sob o aviso de que seriam convocados novamente.

Os dois seguidores de Cristo já haviam sido presos e cumprido dois anos de prisão, antes de serem absolvidos das acusações de “agir contra a segurança nacional” e “promover o cristianismo sionista”, em novembro de 2021. 

O Irã ocupa a 9° posição na Lista Mundial da Perseguição 2022 de países mais perigosos para ser um cristão da Missão Portas Abertas. Apesar da perseguição islâmica severa, é um dos países do mundo onde o cristianismo mais cresce, a uma taxa de quase 20% ao ano, conforme a Operation World.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE INTERNACIONAL CHRISTIAN CONCERN E ARTICLE 18

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *