terça-feira, 15 de agosto de 2017

"Estamos vendo profecias da Bíblia se cumprirem", diz arqueóloga de Israel

Anarina Heymann atua em um projeto de escavações em Jerusalém e disse que a Bíblia tem importante papel neste processo.
 Anarina Heymann atua como coordenadora de divulgação da "Cidade de Davi". (Imagem: CBN News)
Anarina Heymann atua como coordenadora de divulgação da "Cidade de Davi". (Imagem: CBN News)

Quando as pessoas visitam a Cidade Velha de Jerusalém, elas podem acreditar que é o mesmo lugar que o rei Davi estabeleceu como sua capital há mais de 3.000 anos. Mas esse não é exatamente o caso. Arqueólogos estão descobrindo o local que seria originalmente a "Cidade de Davi" e contando aos outros sua incrível história.
Anarina Heymann é arqueóloga atua como coordenadora de divulgação da "Cidade de Davi".
"Bem-vindos à Cidade de Davi", disse Heymann à equipe da CBN News. "É o lar da antiga Jerusalém bíblica e até 150 anos atrás, todos pensaram que a antiga Jerusalém bíblica estava dentro dos limites da Cidade Velha, logo atrás de vocês, dentro destes muros. Então a questão é: "O que aconteceu 150 Anos atrás e onde está a antiga Jerusalém bíblica?".
Ela então ajudou a responder a essa pergunta, explicando como a cidade de Davi ficou escondida por quase 2.000 anos até que um arqueólogo britânico começou a escavar e suas descobertas continuam até hoje.
"Estamos em um lugar mágico agora", continuou Heymann. "Este é o lugar ao qual Charles Warren chegou através dos resquícios que ele encontrou. Ele viu alguma coisa. E quando Charles Warren viu isso, ele percebeu que estava redescobrindo a antiga Jerusalém bíblica".
Questionada se o trabalho de Warren teria sido o início da inauguração da Cidade de Davi nos tempos modernos, ela respondeu: "Exatamente porque estamos falando de um período de 2.000 anos, no qual ninguém sabia onde era a cidade antiga. A maioria dos visitantes pensavam que o que eles viam na Cidade Velha, era a antiga Jerusalém bíblica. Mas só quando Warren fez suas descobertas, comprovou que a antiga Jerusalém está fora do que hoje chamamos de Cidade Velha".
A descoberta do sistema de túnel conhecido como "Eixo de Warren" conta visualmente como o rei David capturou a cidade e ilustra relatos bíblicos.
"Quando vimos isso, de repente percebemos exatamente como a imagem se montava", continuou Heymann. "E muitas vezes, quando fazemos escavações, também não sabemos o que estamos procurando e então temos de ir à Bíblia e é ela mesma quem começa a nos explicar. Então, a Bíblia vem primeiro e depois as escavações. Quando juntamos os dois fatores, isso nos dá a imagem completa sobre a antiga Jerusalém".

Anunciando Reis de Israel
Se aprofundando em suas pesquisas, os arqueólogos descobriram mais detalhes sobre como os homens se tornavam reis em Israel.
"A maioria dos reis de Israel foram ungidos exatamente onde estamos de pé agora. Estamos de pé no lugar da unção. E Isaías diz que você irá tirar água com alegria das origens da salvação", disse ela.
Na verdade, a Cidade de Davi ecoa com toda a mensagem e o povo da Bíblia.
"Abraão, quando conheceu Melquisedeque e depois chegamos a Davi, a Salomão, chegamos a Isaías quando ele estava dando suas profecias esses muros aqui", disse ela. "Jeremias, quando posteriormente teve que falar sobre a destruição que se aproximava de Jerusalém ... todas essas coisas aconteceram exatamente onde estamos de pé agora".
Há mais de 10 anos, os arqueólogos descobriram outro local de importância bíblica, o Tanque de Siloé, que foi alimentado pela Fonte de Giom. O tanque foi o lugar onde Jesus curou o cego e também onde o povo judeu se reuniu para as Festas do Senhor.
"Três vezes por ano, todos os homens tiveram que vir ao mikvah (banho ritual) neste tanque e de lá se preparavam para ir ao Monte do Templo. Esta é a caminhada, a ascensão final, que todos os peregrinos podem fazer novamente quando visitam Jerusalém", explicou.
Heymann vê essa ascensão final como uma fusão entre a arqueologia e a as próprias profecias bíblicas.
"Algo incrível está acontecendo, porque você vê que agora estamos escavando esta estrada e a profecia novamente está sendo cumprida. Em Isaías diz 'Passai, passai pelas portas; preparai o caminho ao povo; aplanai, aplanai a estrada, limpai-a das pedras; arvorai a bandeira aos povos", lembrou a arqueóloga.
Uma escavação em curso é o túnel que leva do Tanque de Siloé ao Monte do Templo. Heymann diz que isso revela o passado e abre uma porta para o futuro.
Um dos projetos mais ambiciosos da cidade de Davi é uma escavação chamada Givati, onde toda a história de Jerusalém está sendo revelada como se as rochas estivessem gritando.
"Você pode ver exatamente como ela (Jerusalém) desapareceu lentamente da civilização, justamente porque uma cidade foi construída sobre a outra, e você podia ver como provavelmente a cidade poderia ter perdido a esperança, pensando: 'quem vai me descobrir de novo?'. Mas isso é até que Deus diga: 'Mas em um momento de favor, nada pode detê-lo' e é isso que vemos em Giviti. Jerusalém está sendo revelada lentamente ", disse ela.
A pesquisadora não tem dúvida de que está vendo as profecias - sobretudo esta de Isaías - se cumprindo.
"Estamos começando a ver na última década, o modelo. Ela está começando a compartilhar novamente como era sua apaerência. Então, você pode ver como o cumprimento da profecia está acelerando enquanto nós avançamos aqui. É dito que [em hebraico] 'Levante-se, sacode sua poeira, tome o seu lugar legítimo, Jerusalém'. Se você vê as escavações aqui diariamente, você pode ver o pó desta terra literalmente voando. A cidade está sacudindo a poeira".
Heymann se considera uma privilegiada em poder trabalhar na "Cidade de Davi".
"Eu digo que sou a pessoa mais feliz do mundo, porque tenho a oportunidade de mostrar o que vemos aqui e contar às pessoas sobre a Cidade de Davi, sobre a antiga Jerusalém e sobre todas as pessoas apaixonadas por Jerusalém, além das diversas provas sobre a profecia bíblica que se cumpre", disse ela.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CBN NEWS




segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Pastor alerta cristãos sobre Game of Thrones: "Está repleto de sexo explícito"

O pastor se mostrou preocupado com o número de cristãos que são fãs da série, mesmo diante das cenas de violência e sexo.
  O pastor é autor de livros como "Brecha em Nossa Santidade". (Foto: Reprodução).
O pastor é autor de livros como "Brecha em Nossa Santidade". (Foto: Reprodução).

O pastor Kevin DeYoung está preocupado com a reação de muitos cristãos sobre um seriado que é febre no mundo todo, Game of Thrones. Em um artigo publicado no site The Gospel Coalition, ele ressalta a importância de filtrar o que se vê e já inicia afirmando que tal problema não deveria parecer complicado, deixando claro que sua visão sobre a produção da HBO é clara.
“Eu não entendo cristãos que assistem Game of Thrones. Sempre que há um novo episódio, meu feed do Twitter transborda de pessoas falando sobre a série. Primeiro, eu fico espantado ao ver que muitas pessoas têm HBO. Mas em segundo lugar, e muito mais importante, fico espantado com o número de pessoas que respeito, pessoas inteligentes, cristãos sérios, bons pensadores conservadores, que estão assistindo a série”, iniciou.
“É verdade, eu não cheguei a assistir. Nenhum episódio. Nemuma cena. Não sei nada sobre essa série. Mas, eu sei que muitas pessoas consideram absolutamente fascinante, cheio de personagens convincentes, uma história cativante e excelentes atuações, escrita e estética”, ressaltou.
“Mas não é também cheia de sexo? Com muito, muito sexo incrivelmente explícito? Eu fiz uma pesquisa no Google por "Game of Thrones Sexo" e encontrei notícias (evitei as imagens, apenas li as manchetes) sobre cenas de sexo que você não pode deixar de ver e as melhores cenas de sexo da série. E é por isso que Game of Thrones é tão comentada, por explicitar sexo (às vezes até violento) com nudez”, pontuou.
Sensualidade
Kevin faz um alerta sobre a questão do que se vê. “Se não me engano, a série não deu uma guinada nos últimos meses. Percebo que a sensualidade - de natureza muito novelística - é uma parte importante da série. E ainda, um bom número de cristãos conservadores tratam ela como se fosse algo que realmente precisasse assistir. Eu não entendo”, colocou o pastor.
“Não vou repetir o que John Piper já escreveu. Suas ‘12 perguntas’ já valem a pena”, disse ele se referindo ao artigo “12 perguntas a se fazer antes de assistir Game of Thrones”, publicado em 2014, afirmando que os questionamentos respondidos por Piper valem não apenas para a série da HBO, mas para todas as opções de entretenimento.
“Eu só quero perguntar uma outra pergunta: O que alguém realmente acha quando Jesus advertiu sobre olhar para uma mulher com intenção impura, ou quando Paulo nos disse para evitar toda menção de imoralidade sexual? O mundo faz as coisas em segredo (Ef. 4: 3-12). Se isso não significa para você de alguma forma, vá em frente e assista homens e mulheres nus fingindo ter sexo”.
O seriado da HBO está em sua sétima temporada. (Foto: Reprodução).

Arte?
“Sei que algumas pessoas vão dizer que isso não é preocupante para sua consciência ou que é arte. Eles podem ver sem participar. Mas isso não muda o que a Bíblia diz sobre a importância da pureza e o poder do que se vê. O fato é que a nossa consciência deve ser destruída. Cenas de sexo picantes não são o tipo de arte para a qual podemos dar graças. É difícil imaginar Paul sendo legal com os crentes em Éfeso assistindo sexo”, colocou.
“Eu não espero que aqueles que são estranhos para a luz passe a se incomodar estando na escuridão. Mas para os cristãos conservadores que se preocupam com a imoralidade, casamento, decência em tantas outras áreas, é desconcertante que Game of Thrones receba um passe livre. ‘Então olhe com cuidado como você anda’, é a Palavra de Deus para todos nós. ‘Não como néscios, mas como sábios, fazendo o melhor uso do tempo, porque os dias são maus’ (Ef. 5: 15-16)”, finalizou.


 FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO THE GOSPEL COALITION


O que é a Pregação Expositiva?

O antigo puritano William Perkins, no segundo capítulo da sua obra clássica sobre pregação The Art of Prophesying, ofereceu a seguinte instrução aos pregadores: “A Palavra de Deus, exclusivamente, deve ser pregada, em sua perfeição e consistência intrínseca. A Escritura é o objeto exclusivo da pregação, o único campo onde o pregador deve trabalhar”.[1] Isso está intrinsecamente relacionado com a natureza da pregação expositiva.

De forma simples e até tautológica, John A. Broadus afirma que a pregação expositiva “ocupa-se principalmente da exposição das Escrituras”.[2] Tudo flui do texto: as suas divisões e a exploração dessas divisões, todo o conteúdo de pensamento. De acordo com ele, a principal característica de um sermão expositivo é a unidade no discurso: “A unidade no discurso é necessária à instrução, à convicção e à persuasão. Sem ela, o gosto dos ouvintes cultos não será satisfeito; mesmo os incultos, embora talvez não saibam por que, se sentirão bem menos profundamente impressionados”.[3] Isso é interessante, visto que há muita pregação versículo por versículo em nossos dias, mas que nada mais é do uma série de observações desarticuladas e desconexas sobre versículos sucessivos. 

O grande problema com a obra de Broadus é aquilo que pode ser percebido no ideário da vasta maioria dos evangélicos e até mesmo de muitos protestantes, a saber, que pregação expositiva é apenas um estilo de pregação, apenas um tipo de sermão classificado de acordo com a sua estrutura homilética. Antigamente, mesmo nossos seminários e institutos bíblicos trabalhavam a prática da pregação da seguinte forma: Primeiro, você prega um sermão tópico. Segundo, um sermão textual. Terceiro, um sermão expositivo. Scholars e professores chegam a recomendar uma variação de estruturas homiléticas em seus sermões, com vistas a “alcançar variedade no método sermonário [...] Essa variedade será aceitável e agradável à congregação atenta”.[4]

Interessa-me, particularmente, a definição de pregação expositiva que Albert Mohler apresenta:

A pregação expositiva é aquele tipo de pregação cristã que tem como seu propósito central a apresentação e a aplicação do texto da Bíblia. Todos os outros assuntos e interesses são subordinados à tarefa central de apresentar o texto bíblico. Como Palavra de Deus, o texto das Escrituras tem o direito de estabelecer tanto o conteúdo como a estrutura do sermão. A exposição autêntica acontece quando o pregador apresenta o significado e a mensagem do texto bíblico e mostra com clareza como a Palavra de Deus estabelece a identidade e a cosmovisão da igreja como o povo de Deus.[5]

Nisso reside a principal diferença entre a pregação expositiva e os outros tipos de pregação. Enquanto a pregação temática parte de um tópico em direção a textos bíblicos, e a pregação textual faça uso de uma passagem particular sem, contudo, examinar o intento original daquela passagem, a pregação expositiva “está, portanto, inescapavelmente ligada à obra de exegese séria. Se o pregador tem de explicar o texto, ele deve estudá-lo e dedicar horas de estudo e pesquisa necessárias ao entendimento do texto”.[6] Michael Houdmann afirma que, “tanto no sermão temático como no textual, a passagem da Bíblia é usada como material de apoio para o tema. Em sermões expositivos, a passagem da Bíblia é o tema, e materiais de apoio são usados para explicá-la e esclarecê-la”.[7]


Alguns eruditos, como Sidney Greidanus e John Stott, discordam da diferença estabelecida entre pregação expositiva e pregação textual, afirmando que esta distinção nada mais é do que um ato de confusão. A distinção alvo das críticas é aquela que diz que o sermão expositivo brota de uma passagem da Bíblia mais extensa do que dois ou três versículos, que é uma explicação versículo por versículo de uma passagem escolhida, dentre outras afirmações. Greidanus afirma que pregar expositivamente é “manusear o texto ‘de tal forma que seu significado essencial e real seja manifestado e aplicado às necessidades atuais dos ouvintes, como ele existe na mente do escritor bíblico em particular e como ele existe à luz de todo o contexto da Escritura’”.[8]

John Stott afirma:

Se ele [o texto] é longo ou curto, nossa responsabilidade como expositores é esclarecê-lo de tal forma que ele fale sua mensagem de forma clara, aberta, correta, relevante, sem adição, subtração ou falsificação. Na pregação expositiva o texto bíblico não é nem uma introdução convencional para um sermão num tema totalmente diferente, nem um pretexto conveniente sobre o qual projeta-se uma mistura de pensamentos heterogêneos, mas um mestre que dita e controla o que é dito.[9]

Mesmo Karl Barth disse acertadamente que, “se o pregador se dá por tarefa expor uma ideia sob uma forma qualquer – mesmo se esta ideia resulta de uma exegese séria e adequada – então não é a Escritura que fala, mas fala-se sobre ela. Para ser positivo, a pregação deve ser uma explicação da Escritura”.[10]


O fundamento bíblico de tudo o que foi dito pode ser percebido em Neemias 8:

1 Em chegando o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da Porta das Águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o Livro da Lei de Moisés, que o SENHOR tinha prescrito a Israel. 2 Esdras, o sacerdote, trouxe a Lei perante a congregação, tanto de homens como de mulheres e de todos os que eram capazes de entender o que ouviam. Era o primeiro dia do sétimo mês. 3 E leu no livro, diante da praça, que está fronteira à Porta das Águas, desde a alva até ao meio-dia, perante homens e mulheres e os que podiam entender; e todo o povo tinha os ouvidos atentos ao Livro da Lei. 4 Esdras, o escriba, estava num púlpito de madeira, que fizeram para aquele fim; estavam em pé junto a ele, à sua direita, Matitias, Sema, Anaías, Urias, Hilquias e Maaséias; e à sua esquerda, Pedaías, Misael, Malquias, Hasum, Hasbadana, Zacarias e Mesulão. 5 Esdras abriu o livro à vista de todo o povo, porque estava acima dele; abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé. 6 Esdras bendisse ao SENHOR, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém! Amém! E, levantando as mãos; inclinaram-se e adoraram o SENHOR, com o rosto em terra. 7 E Jesua, Bani, Serebias, Jamim, Acube, Sabetai, Hodias, Maaséias, Quelita, Azarias, Jozabade, Hanã, Pelaías e os levitas ensinavam o povo na Lei; e o povo estava no seu lugar. 8 Leram no livro, na Lei de Deus, claramente, dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia.

O texto foi lido e o texto foi exposto, explicado e aplicado às vidas do povo de Israel. Isto posto, fica claro que os seguintes elementos mínimos identificam uma pregação expositiva[11]:
  1. A mensagem encontra a sua única fonte na Escritura.
  2. A mensagem é extraída da Escritura a partir de cuidadosa exegese.
  3. A preparação da mensagem interpreta corretamente a Escritura em seu sentido normal e em seu contexto.
  4. A mensagem claramente explica o significado original da mensagem de Deus na Escritura.
  5. A mensagem aplica o significado da Escritura para os dias de hoje.

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Notas:
[1] William Perkins. The Art of Prophesying. Acessado em 11/10/2012.  http://www.monergism.com/thethreshold/sdg/perkins_prophesying.html >.
[2] John A. Broadus. Sobre a Preparação e a Entrega de Sermões. São Paulo: Hagnos, 2009. p. 65.
[3] Ibid. p. 67.
[4] Ibid.
[5] R. Albert Mohler, Jr. Deus Não Está em Silêncio: pregando em um mundo pós-moderno. São José dos Campos: Fiel, 2011. p. 75.
[6] Ibid. p. 76.
[7] Michal Houdmann. What Is Expository Preaching? Acessado em 12/10/2012. <http://www.gotquestions.org/expository-preaching.html>.
[8] Sidney Greidanus. O Pregador Contemporâneo e o Texto Antigo. São Paulo: Cultura Cristã, 2006. p. 26.
[9] John R. W. Stott. Between Two Worlds: the art of preaching in the Twentieth Century. Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1982. p. 126.
[10] Karl Barth. A Proclamação do Evangelho. Brasília: Monergismo, 2007. pp. 7-8. Acessado em 12/10/2012. <http://monergismo.com/wp-content/uploads/proclamacao_evangelho_barth.pdf>.
[11] Richard L. Mayhue. “Rediscovering Expository Preaching”. In: John MacArthur (Org.). Recovering Expository Preaching. Nashville, TN: Thomas Nelson, 1992. pp. 12-13.

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Autor: Rev. Alan Rennê Alexandrino Lima
Fonte: Electus

O PAPEL SACERDOTAL DO PAI NA FAMÍLIA


Ex 28.1-4,36;Lv 16;Ed 9; Dt 6.

O casamento é uma aliança entre um homem e uma mulher na presença das testemunhas e de Deus, através do qual se forma uma nova família, onde cada um tem seu papel. E para que a o lar seja uma bênção cada membro precisa desenvolver a sua função. Neste texto eu vou me deter sobre o papel do pai na família da aliança.
Nos nossos dias marcado pelo materialismo, muitos pais pensam, que só precisam ter uma boa casa, carro e ser um sucesso no trabalho, etc. Mais o que adianta ter uma casa e uma famílias infeliz? Que adianta ser um sucesso no trabalho e ter um lar ser fracasso? Nenhum sucesso compensa o fracasso da família. A família é um projeto de Deus, para a glória dEle, e para que isso possa acontecer os pais precisam desenvolver o seu sacerdócio no lar. Para sermos sacerdotes em nossos lares, cada pai precisa:

1-VIVER EM SANTIDADE (Êx 28.1-4; Lv 16; 19.1,2; 21.6,8) – Quando os sacerdotes foram estabelecidos por Deus, ao separar Arão e seus filhos, ordenou que eles vivessem em santidade. A santidade era indispensável a vida dos sacerdotes para exercerem o seu ministério diante do Senhor, porque senão seriam destruídos como aconteceu com Nadabe e Abiú filhos de Arão que morreram diante do Senhor (Lv. 10.1-7). Deus ao chamar o seu povo do Egito ordenou dizendo: “Disse mais o Senhor a Moisés:“Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Sereis santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo”(Lv 19.1,2), e também o apóstolo Pedro ao escrever aos irmãos dispersos disse:“porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo”(1 Pe 1.16).

Sem santidade não podemos desfrutar da presença de Deus e desenvolver o sacerdócio do lar. Os pais precisam levar o relacionamento com Deus a sério, para serem bênção e exemplo para os familiares, pois eles sabem muito bem que somos dentro de casa. Se os nossos familiares nos conhecem, pense, quanto mais o nosso Deus. Ele conhece cada pai (Sl 139). Portanto, precisamos de pais santos para serem bênçãos e seus lares.

2-SER UM PAI DE ORAÇÃO (Lv 9.1,2,22-24; 16.2-34; Ed 9.15) – A vida de oração é era uma das características dos verdadeiros sacerdotes, na casa de oração. O capítulo de 16 do livro de Levítico é o clímax do livro que apresenta o caminho de acesso a Deus, onde os sacerdotes no dia da expiação se achegavam diante de Deus, principalmente quando o sumo-sacerdote se apresentava diante de Deus para fazer expiação por sua casa, pelos sacerdotes e pelo povo. O dia da expiação era um dia de jejum e lamentação pelos pecados Dt 9.18, de confissão ! Sm 7.9, Ne 9.1,2. Era um momento de intercessão pelas famílias e nação (Lv 16.11-34). Jó foi um homem rico, integro e temente a Deus que se desviava do mal, que também intercedia por seus filhos (Jó 1.5).

Orar uma vez pela família é fácil, mais ter uma vida de oração não é, pois para sermos maridos de oração precisamos ter fé, dedicação, tempo, etc. Em nossa igreja, quando os pais apresentam os seus filhos para serem batizados, um dos compromissos assumidos é de ter uma vida de oração com e pelos filhos. Hoje precisamos orar apresentando a Deus as nossas famílias. Portanto, precisamos de pais de oração, como alguém já disse: “pais de oração famílias de pé”.

3- ENSINAR A PALAVRA DE DEUS (Ed 7.10;10.10,16, Dt 6.6-9; 2 Tm 3.14-16) – Os sacerdotes também tinham a responsabilidade de ensinar a Lei do Senhor como podemos ver o exemplo de Esdras Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar e cumprir a lei do Senhor, e para ensinar em Israel os seus estatutos e as suas ordenanças”(7.10). Os sacerdotes ensinavam aos de sua casa como ao povo. Quando o sacerdote Ele deixou de ensinar aos seus filhos ele foi repreendido, pois o verdadeiro ensino é muito mais do que palavras, envolve atitude. Eli precisava ter confrontado os seus filhos, sua falha em não ter tomado uma atitude “foi interpretada como ter honrado mais os seus filhos do que o Senhor” (1 Sm 2.29).

Como homens de Deus, os pais  israelitas precisavam ensinar a Palavra de Deus aos seus filhos conforme as sagradas escrituras: “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te. Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por frontais entre os teus olhos; e as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas”(Dt 6.7-9).

Paulo ao escrever a Timóteo disse: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que desde a infância sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela que há em Cristo Jesus. Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra”(2 Tm 3.14-17).

Como homens de Deus precisamos ensinar a palavra de Deus em nossos lares, e não deixar esta responsabilidade só para a igreja, os professores, etc. Você não precisa ser pastor para ensinar aos seus filhos! Você precisa conhecer a Deus e sua palavra e fazer a sua parte sem se acomodar. Entretanto, pai, você precisa estudar a palavra, ir à igreja, tirar suas dúvidas com o pastor, missionário, presbítero ou algum líder da igreja. Nós também, precisamos orar rogando a iluminação do Senhor para crescermos na graça e no conhecimento do nosso Deus para assim ensinarmos a nossa família.

Meus irmãos, nesta atualidade tão desafiadora em que estamos vivendo, onde podemos ver o problema das drogas, prostituição, corrupção, idolatria, etc. O os pesquisadores já descobriram que o problema começa nos lares. Como homens de Deus somos privilegiados, mas grandes privilégios implicam em grandes responsabilidades. Os pais cristãos, como sacerdotes do lar tem grande responsabilidade de viverem em santidade não só na igreja, mais em toda a sociedade, de serem homens de oração, que intercedem por seus lares e ensinam a palavra da vida. Grande é o nosso desafio, mas não podemos desanimar e sim despertar para cumprirmos o nosso papel de pais para a glória de Deus.

Sobre o autor: Eli Vieira é formado pelo Seminário Presbiteriano do Norte-Recife, cursando Administração na Uninassau e pastor efetivo da Igreja Presbiteriana Filadélfia, Garanhuns-PE

sábado, 12 de agosto de 2017

05 maneiras de ajudar seu pastor a edificar uma igreja mais saudável


Muitos são aqueles que vivem reclamando de suas igrejas e por conseguinte de seus pastores. Para estes nada está bom. Na verdade, ouso dizer que para os murmuradores de plantão a igreja que congregam tem mais problemas que o time do Vasco quando rebaixado à segunda divisão do brasileirão. 

Ora, por acaso você já parou para pensar que alguns dos problemas que sua igreja experimenta poderiam ser solucionados? Por acaso você já refletiu que se em vez de reclamar das dificuldades de sua comunidade local, você fosse mais presente auxiliando a liderança de sua igreja, muitos problemas seriam resolvidos? 

Diante disso, resolvi escrever cinco maneiras em que um crente pode ajudar seu pastor a edificar sua igreja, senão vejamos:

1- Orando pelo pastor, pelos líderes e pelos departamentos da igreja.

2- Reclame menos e auxilie mais. Ora, se a igreja está suja, ajude na limpeza; se faltou água no bebedouro, providencie; se não tem ninguém para ajudar no estacionamento, voluntarie-se.

3- Seja um apagador de incêndios. Infelizmente tem gente que gosta de ver "o circo pegar fogo". Se alguém reclama, essa pessoa reclama junto, se outro murmura, ela murmura também. Que tal comportar-se de forma diferente, não incentivando, muito menos alimentando a murmuração alheia?

4- Incentive o seu pastor, encorajando-o mesmo diante das lutas, a continuar firme no ministério, na pregação, no aconselhamento, no pastoreio e na condução da igreja.

5- Seja um servo. Em vez de um assistente de culto, procure o pastor de sua igreja e se ofereça para servir em alguma área da comunidade local, atenuando com isso a sobrecarga de trabalho daqueles que por falta de trabalhadores são obrigados a fazer mais do que necessário.

Pense nisso!

Renato Vargens

Desenho da Disney exibe mães lésbicas com mensagem LGBT para crianças

ALERTA AOS PAIS


A cena foi exibida nos Estados Unidos, porém o desenho já é veiculado também no Brasil, com o nome 'Doutora Brinquedos'.
 Cena do desenho "Doc McStuffins", no qual aparecem duas mães lésbicas juntas. (Foto: Yahoo)
Cena do desenho "Doc McStuffins", no qual aparecem duas mães lésbicas juntas. (Foto: Yahoo)

Exibido primeiro para o programa 'Disney Junior' (EUA), um episódio recente do desenho animado para crianças chamado "Doc McStuffins" ("Doutora Brinquedos", em português) apresentou duas mães lésbicas como chefes de uma família.
O desenho - que agora está em sua quarta temporada - está voltado para crianças de 2 a 5 anos, de acordo com Common Sense Media. O desenho também é exibido no Brasil por meio da 'Disney Junior BR', com o nome "Doutora Brinquedos".
"Doc McStuffins" é um programa muito muito popular e recebeu o apoio de uma variedade de públicos com diferentes origens. A personagem principal é uma menina negra chamada "Doc", que ajuda os animais de pelúcia enfermos como uma "médica mirim".

O episódio intitulado "O Plano de Emergência" foi exibido no Disney Channel na semana passada. Mostrou mães que se portam como um casal. As personagens ganharam as vozes de duas lésbicas conhecidas nos EUA: Wanda Sykes e Portia de Rossi.

Na cena, as duas mães são pegas despreparadas quando um dragão de brinquedo provoca um terremoto, pulando para cima e para baixo. As duas lésbicas acabam se separando do bebê, mas a "Doutora Brinquedos" ajuda a reuni-las novamente e mostra-lhes como fazer kits de emergência.

O grupo ativista cristão "One Million Moms" ("Um Milhão de Mães") disse que a exibição de um casal homossexual na série animada, "infelizmente já não é mais uma surpresa", ressaltando que a criadora e produtora executiva do desenho, Chris Nee, é uma lésbica assumida.

Em uma entrevista on-line para o "After Ellen", um site especificamente voltado para lésbicas, Nee assumiu que tem o desejo de incutir mensagens sutis sobre orientação sexual no enredo de seu desenho, conforme o diálogo abaixo:

After Ellen: "Mesmo que este seja um programa para crianças e não vamos ver enredos gays, como você inclui mensagens sutis sobre aceitação e como as pessoas são diferentes? Isso está sempre na sua mente quando faz esses desenhos?"

Chris Nee: "Definitivamente sim! Meu filho tem duas mães e essa é uma grande parte da minha vida como um ser humano. Isso tem sido uma parte incrível do jeito como vejo o mundo e da maneira como vejo personagens e da maneira que eu quero criar personagens que são incrivelmente aceitos um pelo outro e tudo o que está acontecendo em suas vidas".
"Eu acho que eu trabalho muito na criação da família de amigos. Eu gosto de criar um mundo onde há amigos que são simplesmente extraordinários em se apoiarem em tudo o que eles estão fazendo - minha própria família biológica é uma família incrível, mas eu acho que a história clássica de falar sobre filhos de homossexuais é como você acaba criando essa família de amigos e isso sempre se reflete no meu trabalho", acrescentou.

Ativistas LGBT estão aplaudindo a Disney pela atitude.

"Crianças como as minhas merecem a chance de ver suas famílias refletidas na TV, e esse episódio faz exatamente isso de uma maneira bonita e positiva", disse Sarah Kate Ellis, presidente e CEO da GLAAD.

Enquanto isso, o grupo "One Million Moms" pediu um boicote ao programa dizendo: "As famílias conservadoras não terão escolha senão deixar de assistir ao Disney Channel Network em suas casas para evitar suas propagandas e programações. As famílias não poderão mais permitir que o Disney Channel entre em suas casas se a rede se afastar do entretenimento familiar desta forma".

O ativismo LGBT nas programações infantil não é algo novo para a Disney. A empresa de entretenimento enfrentou uma grande contração por incluir uma história homossexual "sutil" em sua versão de ação de "A Bela e a Fera" no início deste ano.

E logo antes disso, a Disney exibiu seu primeiro beijo gay na tela em um show de desenho infantil "Star vs. the Forces of Evil". Os produtores do desenho decidiram mostrar vários casais do mesmo sexo se beijando durante uma cena de um show, enquanto uma banda cantava a música "Best Friends" ("Melhores Amigos").

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CBN NEWS

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Refutação das objeções contra a guarda do domingo


Mesmo antes da Queda, Deus instituiu o descanso semanal (Gênesis 2.1-4). O sétimo dia foi observado pelo povo do Senhor mesmo antes do Sinai (Êxodo 16.23), foi incluído entre os preceitos do Decálogo como um lembrete da Criação (Êxodo 20.8-11) e da Redenção (Deuteronômio 5.12-15). O quarto mandamento foi exposto pelos profetas como um dia de descanso (Isaías 58.13-14) e o povo, após o exílio, comprometeu-se pactualmente em observá-lo (Neemias 13.15-22). 

Antes da ressurreição do nosso Senhor, Jesus observou o sábado no sétimo dia (Lucas 4.16), e assim também faziam os cristãos (Lucas 23.54-56). Então, Cristo ressuscitou no primeiro dia (Marcos 16.9), fez do domingo um dia de reunião com seus discípulos (Marcos 16.9-11; Mateus 28.8-10; Lucas 24.34; Marcos 16.12-13; João 20.19-23). No domingo, Cristo abençoou seus discípulos (João 20.19), soprou sobre eles o Espírito (João 20.22), ordenou-lhes a grande comissão (João 20.21), ascendeu aos céus (João 20.17) e em um domingo derramou o Seu Espírito sobre a Igreja no Pentecostes (Atos 2.1).

Com tantas demonstrações, a Igreja entendeu que Cristo havia mudado o dia de descanso do sábado para o domingo e, então, fez do Domingo o seu dia de culto (Atos 20.6-7; 1 Coríntios 16.2). No primeiro dia da semana, Cristo entregou sua última grande revelação à Igreja que já reconhecia o domingo como o Dia do Senhor (Apocalipse 1.10). A partir de então, o domingo passou a ser recebido pelos cristãos como o “sábado cristão”, ocupando um lugar especial na fé da Igreja desde a patrística até os símbolos reformados.

Assim, é estranho que um mandamento que tenha tido lugar desde a Criação, que tenha recebido o testemunho da Lei e dos Profetas, que foi restabelecido depois do exílio, observado por Cristo e os apóstolos e que continuou a ser observado pela Igreja ao longo da História, seja hoje tão atacado e negligenciado. Os argumentos contra o Domingo são de naturezas diversas, vem de dispensacionalistas que advogam a abolição da Lei, de sabatistas que negam a mudança do sábado para o domingo e de outros que pensam ter a Igreja adotado o primeiro dia da semana como dia de culto por mera convenção. Objetaremos contra alguns argumentos que têm sido levantados contra a obrigatoriedade da guarda do Domingo:

Objeção 1: A Lei foi abolida (Efésios 2.15). Cristo cumpriu a Lei em nosso lugar, desse modo, estamos desobrigados da observância do quarto mandamento.

Resposta: É verdade que o cristão não está debaixo da Lei como um Pacto de Obras, e nesse sentido, é correto dizer que a Lei foi abolida. Mas a observância da Lei ainda é obrigatória para o cristão como um meio do qual Deus faz uso para a santificação dos seus filhos. É nesse sentido que Cristo declara que a Lei não pode ser abolida (Mateus 5.17-18) e que o apóstolo Paulo afirma expressamente que a Lei não foi anulada (Romanos 3.31). É verdade que Cristo obedeceu a Lei Moral em nosso lugar como Pacto das Obras para nossa justificação e assim nós não temos que guardar a Lei para sermos justificados (Gálatas 2.16), mas isso não significa que não estejamos obrigados a obedecer a Lei divina para nossa santificação. Além disso, a Lei da qual fala Efésios 2.15 é a Lei na forma de ordenanças e mandamentos que separava judeus e gentios, isto é, a Lei cerimonial. A Lei cerimonial do Antigo Testamento foi revogada com a morte de Cristo, mas a Lei moral permanece irrevogável.

Objeção 2: O quarto mandamento é de natureza cerimonial (Levítico 23.3) e foi abolido como as demais cerimonias do judaísmo (Colossenses 2.16-17; Gálatas 4.10).

Resposta: Embora o Antigo Testamento fale de sábados cerimoniais, que até mesmo poderiam cair em um dia que não fosse o sétimo (Levítico 23.3,11,15,16,32,38) e, ainda que o Novo Testamento ensine que esses sábados cerimoniais tenham sido abolidos juntamente com os demais dias de festividades judaicas (Colossenses 2.16-17; Gálatas 4.10), esse sábado cerimonial deve ser distinguido do sábado moral. Enquanto os sábados cerimoniais são apresentados nas Escrituras ao lado das festividades judaicas (Oséias 2.11), o sábado moral é apresentado no contexto dos mandamentos morais. Ele é incluído como um mandamento criacional e um dos princípios morais do Decálogo.

Que todos os mandamentos do Decálogo são de natureza moral, isso fica claro: (i) pela própria natureza dos mandamentos que estão gravados na consciência de todos os homens e que se manifestam em todas as culturas; (ii) porque os profetas sempre que denunciam os pecados do povo fazem isso expondo algum mandamento do Decálogo; (iii) porque Cristo resumiu a Lei Moral tendo em mente as duas tábuas do Decálogo: amar a Deus (primeiro ao quarto mandamentos) e amar ao próximo (quinto ao décimo mandamento) – Mateus 22.35-40; (iv) porque os apóstolos receberam os dois grandes mandamentos de Cristo sobre o amor como um resumo dos mandamentos do Decálogo (Romanos 13.9); (v) porque Cristo apresentou o Decálogo ao jovem rico como o código perfeito de Deus que se integralmente obedecido garantiria a posse da vida eterna (Marcos 10.17-19); (vi) porque a Igreja, iluminada pelo Espírito, em suas mais variadas vertentes, sempre recebeu o Decálogo como a exposição fiel da Lei moral de Deus, dando a ele um lugar especial em seus símbolos de fé.

Visto que o Decálogo é um resumo da Lei Moral de Deus, o quarto mandamento que ordena a guarda do sábado não pode ser um preceito cerimonial distinto dos outros nove. Além disso, o sábado foi instituído antes da Queda (Gênesis 2.1-4), antes, portanto, que se pudesse estabelecer qualquer preceito cerimonial. Sendo anterior à Queda, o sábado não pode ser da mesma natureza daqueles princípios cerimoniais que fazem parte dos rituais de expiação do Antigo Pacto. Assim, visto que o quarto mandamento é moral, sua obediência permanece obrigatória a todos os homens tanto quanto os demais mandamentos do Decálogo.

Há quem admita que o quarto mandamento seja um preceito moral e que sua observância continue em nossos dias, mas afirmam que ele não mais se refere à observância de um dia. Ensinam que cumprimos o quarto mandamento, hoje, simplesmente por descansarmos nossa salvação em Cristo ou por separarmos todos os dias um momento de descanso e dedicação a Deus. Mas se isso é assim, não haveria necessidade do quarto mandamento. Se não houvesse o quarto mandamento, a Igreja continuaria descansando sua salvação em Cristo e ainda estaria obrigada pela Lei a cultuar a Deus e repousar diariamente. Além disso, mesmo com o quarto mandamento, Israel, no Antigo Testamento, já cumpria todas essas coisas. Os cristãos do Antigo Testamento descansavam sua fé no Messias vindouro e tinham a obrigação de dedicar-se a Jeová diariamente (Salmos 1.2). Assim, se a guarda do quarto mandamento significa meramente a dedicação e o descanso diário que os cristãos sempre observaram, mesmo sob o Antigo Pacto, o quarto mandamento se tornaria supérfluo e desnecessário. No entanto, tanto a Igreja do Antigo, quanto a do Novo Pacto, ainda que observassem um descanso e devoção diários, nunca desprezaram por isso a necessidade de guardar um dia em sete para o culto e repouso solene.

Objeção 3: Romanos 14.5-6 diz que o cristão maduro não faz distinção de dias, mas considera todos os dias iguais.

Resposta: A grande questão é se os dias dos quais o apóstolo trata aqui inclui o sábado moral, ou se ele se limita a tratar da observância cerimonial dos dias judaicos. Se for o último caso, este texto está em harmonia com outros no Novo Testamento que falam da abolição dos dias cerimoniais do judaísmo (Colossenses 2.16-17; Gálatas 4.10). Mas se adotarmos a primeira interpretação, temos que admitir que o apóstolo Paulo está chamando de “fracos” aqueles que seguiam a prática comum da Igreja de dar uma consideração especial para o domingo (Atos 20.6-7; 1 Coríntios 16.2) e de considerá-lo o Dia do Senhor (Apocalipse 1.10). Como essa última interpretação é absurda, temos que concluir que a questão do quarto mandamento não é o ponto de discussão do apóstolo nesta passagem.

Objeção 4: Visto que o Novo Testamento não tem nenhum preceito explícito sobre a guarda domingo, o que permanece do quarto mandamento é a observância de um dia em sete. A Igreja, por convenção, adotou o primeiro dia da semana porque Cristo nele ressuscitou, mas poderia ter adotado qualquer outro dia se assim o quisesse.

Resposta: Com a nova administração da Aliança da Graça, alguns mandamentos, não obstante permanecessem essencialmente os mesmos, sofreram mudanças. Assim, por exemplo, embora o segundo mandamento estabelecesse o princípio regulador do culto a Deus, no Antigo Pacto ordenava-se que esse princípio fosse observado prestando a Jeová um culto que envolvia sacrifícios e rituais cerimoniais. O princípio de que o culto a Deus deveria ser regulado por Ele mesmo permaneceu inalterável, mas, na nova administração, a observância desse mesmo princípio não se dá pela prestação de um culto que siga estritamente os rituais da Lei cerimonial. A Igreja continuou observando o segundo mandamento, mas esse perdeu suas características cerimoniais e recebeu novas nuances com a nova administração. Observar o segundo mandamento segundo a antiga dispensação tornou-se até mesmo pecado.

Embora o Novo Testamento não tenha uma ordenança explícita sobre o Domingo, seu estabelecimento segue o mesmo raciocínio da passagem da circuncisão para o batismo e da páscoa para a ceia. Esses dois preceitos quando passam para o Novo Testamento, conservam uma continuidade histórica tão cristalina com sua forma anterior, que não há necessidade de um preceito que explicite isso. Não temos, por exemplo, um preceito explicitamente ordenando o batismo infantil, mas a continuidade histórica entre a circuncisão e o batismo é tão clara, que não houve necessidade de uma ordenança explícita para que o mandamento fosse recebido pela Igreja.

Desse modo, a mudança de dia foi natural. Até a ressurreição a Igreja observava o sétimo dia como seu dia de adoração e de descanso sagrado, depois da ressurreição, a Igreja passou a guardar o primeiro dia como seu dia de culto e repouso solene. O mesmo apreço que a Igreja tinha pelo sábado no Antigo Pacto passou a nutrir agora pelo Domingo na nova dispensação. A continuidade histórica era tão clara quanto aquela que estabeleceu o batismo como a circuncisão cristã e a ceia como a páscoa cristã. Desse modo, a Igreja outra coisa não fez senão receber o Domingo como o sábado cristão.

A escolha do dia não foi efetuada por mera convenção. Foi Deus quem estabeleceu, desde cedo, não só o princípio do repouso semanal, mas também em qual dia esse descanso havia de ser realizado. Lemos desde o princípio que Deus santificou o sétimo dia (Gênesis 2.2-3). Na nova administração permanece o mesmo princípio, cabe a Deus estabelecer o dia em que Ele quer ser especialmente cultuado. Foi Cristo quem ressuscitou no Domingo, foi Ele quem derramou o Espírito Santo sobre a Igreja em um Domingo e foi o mesmo Cristo quem descortinou sua revelação final à Igreja em um Domingo (Apocalipse 1.10). Logo, foi Cristo quem efetuou a mudança do sábado para o Domingo.

A própria Escritura estabelece o Domingo como o dia de guarda quando o chama de “o Dia do Senhor”. Que Apocalipse 1.10 se refere ao Domingo, e não ao Dia do Senhor escatológico, fica claro: (i) porque contexto está dando informações sobre onde (“na ilha de Patmos” v.9), como (“em espírito” v.10) equando (“no dia do Senhor”) o apóstolo recebeu a revelação;  (ii) porque a expressão usada no grego “κυριακῇ ἡμέρᾳ” é distinta daquela usada no Novo Testamento para o dia escatológico, a saber, “ἡμέρα Κυρίου/Ημέρα του Κυρίου”; (iii) porque a expressão “dia senhorial” foi usada como contraposição aos dias de culto ao Imperador, de modo que assim como os pagãos tinham um dia de culto ao Kyrios-Imperador, os cristãos tinham um dia de culto ao seu Senhor, isto é, o Domingo (Atos 20.6-7); (iv) porque o Apocalipse de João foi escrito no final do primeiro século quando a guarda do Domingo já estava mais estabelecida na Igreja e (v) porque a partir da metade do segundo século, pouco depois da escrita do Apocalipse, já encontramos testemunhos históricos de que a Igreja observava o Domingo como o dia do Senhor.

Assim, sendo que a Escritura diz que é Deus quem especifica o dia de guarda, que foi Cristo quem efetuou a mudança do sábado para o Domingo e visto que o Novo Testamento declara expressamente que o Domingo é o Dia do Senhor, somos proibidos de dizer que o dia específico de culto ao Senhor pode ser estabelecido por convenção. O Deus que pelo princípio regulador do culto estabelece como deve ser adorado, também é Aquele que tem a prerrogativa de instituir o dia de culto.

Objeção 5: A mudança do Sábado para o Domingo foi efetuada por Constantino no quarto século.

Resposta: Além dos argumentos precedentes que provam que o Domingo é o dia do Senhor conforme as Escrituras, podemos citar evidências históricas da patrística que provam que o primeiro dia da semana é reconhecido pela Igreja como o sábado cristão mesmo antes de Constantino¹:

A Epístola de Barnabé (cerca de 100 dC) - Portanto, também nós mantemos o oitavo dia com alegria, o dia também em que Jesus ressuscitou dos mortos”.
A Epístola de Inácio (cerca de 107 dC) - “Não vos enganeis com estranhas doutrinas, nem com as fábulas antigas, que não são proveitosas. Porque, se nós ainda vivemos segundo a Lei Judaica, nós reconhecemos que não temos recebido Graça... Portanto, aqueles que foram educados na antiga ordem das coisas vieram à posse de uma nova esperança, não mais observando o sábado, mas vivendo na observância da Dia do Senhor, em que também a nossa vida surgiu novamente por Ele e por Sua morte”.
Justino Mártir (cerca de 140 dC) - “E no dia chamado domingo todos os que vivem nas cidades ou no campo se reúnem em um só lugar, e as memórias dos apóstolos ou os escritos dos profetas são lidos. ... Mas o Domingo é o dia em que todos têm uma assembleia em comum, porque é primeiro dia da semana em que Deus ... fez o mundo; e Jesus Cristo, nosso Salvador no mesmo dia ressuscitou dos mortos ".
Bardesanes, Edessa (180 dC) - “No primeiro da semana, nós nos reunimos juntos, em assembleia.
Clemente de Alexandria (194 dC) - “Ele, em cumprimento do preceito, segundo o evangelho, mantém o Dia do Senhor ... glorificando ao Senhor pela Sua ressurreição.
Tertuliano (200 dC) - Nós tornamos solene o dia depois do sábado, em contradição com aqueles que chamam este dia o seu sábado.
Irineu (cerca 155-202 dC) - “O mistério da ressurreição do Senhor não pode ser comemorado em qualquer dia senão no Dia do Senhor, e somente nele devemos observar o descanso da festa de Páscoa.
Cipriano (250 dC) - “O oitavo dia, isto é, o primeiro dia após o sábado, é o Dia do Senhor .
Anatólio (AD 270) - “Nossa preocupação com a ressurreição do Senhor, que teve lugar no Dia do Senhor nos levará a celebrá-lo.
Pedro, Bispo de Alexandria (306 dC) - Mas o Dia do Senhor, nós celebramos como um dia de alegria, porque nele, Ele [o Senhor] ressuscitou”.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Aqueles que desprezam a guarda do quarto mandamento, não observando o primeiro dia da semana, estão transgredindo os santos mandamentos de Deus. Devemos defender o Domingo como o dia no qual a Igreja observa o quarto mandamento, mas não só isso, devemos observá-lo como dia de culto e descanso solene. Benditos sejam aqueles que observam o sábado cristão e não profanam o santo dia do Senhor: “Bem-aventurado o homem que fizer isto, e o filho do homem que lançar mão disto: que se abstém de profanar o sábado, e guarda a sua mão de cometer o mal.” - Isaías 56.2.

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Notas:
[1] O Sábado foi primeiramente dado a Israel, e é o Sinal de Deus para Israel – David Cloud. Disponível em: http://solascriptura-tt.org/Seitas/SabadoPrimeiramenteDadoAIsrael.EhSinalDeusPIsrael-DCloud.htm


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Autor: Bruno dos Santos Queiroz
Divulgação: Bereianos

O DESERTO: A ESCOLA DO POVO DE DEUS




Números 1.1; 9.15-23

O pastor e escritor Hernandes Dias Lopes em uma de suas meditações disse: “ o deserto não é um acidente de percurso e sim a escola de Deus”.

Conforme nota introdutória da Bíblia de Genebra sobre o livro de Números, “Na bíblia Hebraica, o título do livro é derivado da quinta palavra hebraica do primeiro versículo, que pode ser traduzida como “no deserto” - uma descrição apropriada do conteúdo do livro. Quando o Antigo Testamento foi traduzido para o grego (a Septuaginta) seus livros receberam títulos gregos. Nesse caso, foi adotada uma palavra grega que descreve apenas as listas dos homens de guerra: arithmoi ou “números”¹(2009 p. 180). O título no deserto é muito apropriado, uma vez que este livro descreve a experiência do povo de Israel durante os quarenta anos de peregrinação no deserto.

Neste momento, convido você para aprendermos algumas lições preciosa que encontramos no livro de números para enfrentarmos os desertos da vida.

1-O deserto faz parte do plano de Deus (Nm (1.1; Dt 8.1-10) – O deserto fazia parte do plano pedagógico de Deus para o seu povo. O deserto foi uma grande escola para o aprendizado de Israel, onde ali fora provado por Deus durante um período de peregrinação.

No deserto, podemos ver quem realmente era Israel, uma vez que tinha sido escravo no Egito, e agora iria viver sem julgo, em liberdade. Deus sabia que aquele povo precisava aprender a viver uma nova história.

O Senhor é onisciente e sapientíssimo, ele bem sabia que Israel precisava ser treinado na escola do deserto, para aprender a viver no caminho da obediência (Dt. 8.2), pois Israel era pequeno, medroso, murmurador, se deixou levar pela idolatria dos povos vizinhos, desobediente a Deus (Ex 32.1-10), etc.Os acontecimentos do deserto nos mostra a fidelidade de Deus, não obstante os erros de um povo pecador.

São nos momentos difíceis, que realmente o homem revela quem ele é, ser crente quando tudo está bem é fácil, mas no meio das dificuldades não é. Quando você recebe o diagnóstico de uma enfermidade, quando os seus projetos não dão certo, quando os seus familiares o abandonam, quando tudo parece dar errado, muitos murmuram, choram, dizem que Deus o abandonou, que não adianta servir ao Senhor, etc.

Nós precisamos nos conscientizar, que as dificuldades que surgem em nossas vidas, não é por acaso, Deus está no controle. Lembre-se, que este momento não será o fim, mas faz parte do nosso desenvolvimento na jornada da vida. São nas dificuldades que Deus prepara os seus escolhidos para algo maior e melhor.

2-No deserto o povo precisava confiar na direção divina ( Nm 1.1; 2.1; 4.1; 9.15-23;10.34-36; Êx 13.21,22)
- Ao lermos o livro de números, podemos ver Deus constantemente falando com Moisés dando-lhe as orientações para a jornada do povo naquele lugar difícil. O que o povo precisava fazer, era tão somente obedece e confiar nas instruções que Moisés recebia de Deus, independente das circunstancias ou da visão humana.Israel não poderia pegar atalhos ou olhar para os povos vizinhos, precisava seguir a direção divina.

É isso que devemos fazer como povo de Deus neste mundo, não importa o deserto. Não devemos fixar os nossos olhos nas dificuldades, mas precisamos confiar que Deus está conosco em todos os momentos como Ele nos ensina em sua palavra, para que assim possamos vencer os desertos da vida.

Portanto, você precisa fitar os olhos em Jesus, como diz Hebreus: “fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à direita do trono de Deus” (Hb 12.2). Este olhar implica em fé e obediência.

3-No Deserto vemos o poder Soberano de Deus (Nm 10.35,36; 11.1-35; 16.1-40; 17.1-12)-
O livro de número manifesta o poder soberano de Deus na história, apesar dos obstáculos, dos grandes perigos e do fracasso do povo.

Em números Deus revela o seu poder, conduzindo povo em segurança durante aqueles quarenta anos, de dia e de noite, livrando de inimigos, serpentes abrasadoras, suprindo a necessidades do povo, tanto de água como de pão, como número nos mostra Deus suprindo as necessidades do povo mandando o maná 11.7-9; carne 11.23,31-35; água 2.2-13; curando 21.4-6; dando vitória sobre os seus inimigos 21.21-35; 31.12, livrando das maldições 23:23, etc.

Números revela o poder soberano de Deus até mesmo ao disciplinar os seus filhos, com o propósito de levar o seu povo à terra prometida, e ensinando-os que o segredo da vida de Israel estava na obediência ao Senhor.

Meu irmão, os propósitos de divinos não falharão, mesmo que o seu povo seja fraco, pobre, não tenha poder militar, ele cumprirá as suas promessas e os seus planos, concernente ao seu povo eleito.Nós precisamos crer nele, depender tão somente dele, para enfrentarmos os as nossas dificuldades, certos de que ele não mudou.

4- No deserto vemos a misericórdia de Deus (Nm 12.1-16; 14.13-38) -
No deserto podemos contemplar o fracasso do homem que é capaz de alcançar os padrões de Deus por sua própria força ou vontade. Neste livro os pecados de Israel são apresentados de maneira clara, em contraste com a fidelidade do Deus da aliança, que permanece sempre fiel. Mesmo, Moisés um homem tremendo, pecou e não lhe foi permitido entrar na terra prometida 20.9-11; 27.12-14, assim aprendemos que mesmo os melhores homens, são fracos, pecadores que necessitam da misericórdia de Deus.

Mesmo Deus presente, guiando, protegendo e alimentando a nação, Israel, não deixou de pecar, pois se deixou levar pela idolatria Êx 32; teve saudade das comidas do Egito 11.1-9; inveja 12.1-3; sedição 14.1-12; rebelião e rebeldia 16.1- 50; desobediência de Moisés 20. 2-13; faram mal contra Deus 21.5-9; prostituição com as mulheres moabitas 25.1-18 foram muitas as desobediências no deserto, mas o Senhor revelou a sua misericórdia não destruindo a nação.

Oh! Irmãos nós também somos pecadores como os israelitas, desobedientes, murmuradores, ingratos, etc. Se não fosse as misericórdias de Deus aonde estaríamos nós? Mas, as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, se renovam a cada manhã (Lm 3.22). Porque Deus é misericordioso ele perdoou o seu povo, e assim também está pronto para perdoar os que arrependidos se derramam aos seus pés.

Nas misericórdias do Senhor podemos contemplar a sua graça salvadora para com o miserável pecador indigno ainda hoje. Portanto, precisamos proclamar alto e a bom som, somente a graça, pois se não fosse a graça do Senhor a vida humana seria uma grande desgraça.

Meus queridos, como peregrinos nesta terra não estamos isentos de passarmos por desertos. Mas Deus tem propósito para você e para mim, precisamos tão somente seguir a sua orientação, obedecendo a sua vontade, certos de que o Senhor é soberano e nada foge ao seu controle. Nós somos fracos e miseráveis pecadores, mas Cristo realizou o sacrifício suficiente para salvar todo aquele que nele crer. Em Cristo podemos vencer os desertos deste mundo tenebroso, pois com Ele somos mais que vencedores. Somente a glória de Deus.


Referência Bibliográfica
1-Bíblia de Estudo de Genebra. 2. Ed. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil; São Paulo: Cultura Cristã, 2009

Sobre o autor: Pr. Eli Vieira é formado pelo Seminário Presbiteriano do Norte-Recife, cursando Administração na Uninassau e pastor efetivo da Igreja Presbiteriana Filadélfia, Garanhuns-PE

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