sexta-feira, 9 de junho de 2017

Deus é amor ou o Amor é deus?

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Diante de algum conflito moral alguém sempre lança mão da afirmativa ‘
Deus é amor’ no intuito de apaziguar algum desconforto ou mesmo dar uma resposta ao conflito que pareça indissolúvel por outros termos. ‘Deus é amor’ virou um mantra para nossa geração e tudo que parece ser feito em amor toma logo uma roupagem de divinamente inspirado ou divinamente tolerado.

Mas claro que Deus é amor! Apesar de muitas vezes Ele ter sido tomado na cultura como alguém distante e indiferente ao permitir a banalização do mal ao longo da história, a Bíblia é repleta de demonstrações não só dos traços amorosos de Deus, mas também da riqueza da operação desse amor entre nós. O amor é a essência fundamental da natureza de Deus e carácter de seu próprio Ser. Deus é perfeito em amor. O amor de Deus é manifesto por Seu desejo absolutamente puro de doar, compartilhar e cuidar. Tais prerrogativas podem ser observadas em episódios distintos da narrativa bíblica, em nossas experiências cotidianas e ao longo do caminho histórico (criação-queda-redenção), no qual Deus nos convida a participar e dar respostas a quem nos pedir a razão dessa fé e experiência transformadora. Tenhamos em mente que, apesar do ódio, apesar de todos os motivos para a violência e degradação humanas, o bem e a ordem, a justiça e a misericórdia, o cuidado e a proximidade se manifestam no mundo. O Deus distante é signo da ausência da humanidade, o Deus amoroso é revelado no exercício do amor – não há outro veículo para o amor de Deus que o próprio homem. Esse é o mistério da encarnação.

Mas, então, qual o problema da resposta ‘Deus é amor’ para a justificação de nossas condutas diárias?

O que acontece é que tal justificativa parece ter se tornado bastante simplista. Ela tem sido comunicada sistematicamente de forma acrítica no embalo do que parece ser a mais pura irresponsabilidade ou falta de sabedoria cristã, seja, por ignorância sincera ou omissão voluntária. Ela está presente em cenas corriqueiras que parecem não favorecer qualquer desejo de solução do problema, isentando aqueles que dialogam, na maioria das vezes, da compreensão, do juízo e da mudança independente dos prejuízos produzidos por uma nova tomada de posição.

A invocação de Deus como amor associada à uma possível renúncia da responsabilidade humana é sintoma da diluição ou enfraquecimento da mensagem bíblica e também do próprio humano. Deus é amor em sua ira. Deus é amor na punição. Deus é amor em qualquer coisa que faça. O humano é portador do amor de Deus quando se encontra no lugar da obediência, quando compreende e cumpre o seu papel, quando não foge à sua vocação de agente e presença de um impasse que denuncie uma crise e uma fragilidade nesse estado de coisas que temos presenciado em nossa cultura.

Pensemos nisso em uma época de crescente oposição ao outro através da patologização – ou seja, transformar uma característica humana em doença, desordem ou inadequação ao meio, e consequente desabono da opinião de alguém através da rotulação de tudo como questão de ‘ódio’ que temos visto rotineiramente na discussão pública. A possível ignorância deixou de ser ausência de sabedoria e conhecimento – dirimida através do ensino-aprendizagem na relação mútua, para se tornar um sentimento irracional e aniquilador do outro. Esse outro que deveria ser antropologicamente tão íntimo que o chamado a serem filhos de Deus por amor Dele (Rm. 11:36) faria qualquer diferença ocasional virar sombra pálida a ser prontamente administrada. Mas quem quer entrar na lista do politicamente incorreto de nossos dias? Quem quer cair nesse lugar que incorporou cores mais fortes que o inferno de Dante? Ninguém. O ‘ódio’ é o oposto extremo do lugar santo da geração #MaisAmor, #PorFavor. E fim de conversa. Melhor, por exemplo, deixar Paulo sendo tachado de misógino (que denota ‘ódio’ por, ao contrário do termo machista) e seguirmos firmes e contextualizados em nossa fé. Pois é… Mas não deveria ser. Sejamos luz e cuidemos dos outros na verdade.

E por que tal justificativa se mostra simplista, irresponsável e sem qualquer sabedoria?

Primeiro, porque quando falamos amor, falamos o amor de muitas maneiras (storgephiliaeros e agapé) e em muitos sentidos, incorrendo sempre no risco de fazer o seu mau uso através de uma compreensão errada ou do exercício errado em condições, por exemplo, disfuncionais ou adoecidas.

Sim, os amores são bíblicos e cada um tem seu traço distintivo. Mas, como nos lembrou C. S. Lewis, “os amores humanos podem ser imagens gloriosas do amor divino. Nada menos que isso, mas também nada mais – proximidades de semelhança que de um lado podem ajudar, mas de outro servir de impedimento…”, quando, por exemplo, embalado pela obstinação de uma causa ou pessoa, esse amor se torna fonte de cruéis violações contra pessoas, causas e coisas, tirando-as, na maioria das vezes, de seu lugar de correspondência e benefício. Quer um exemplo atual dessa dificuldade e risco? Família é amor! Família é onde tem amor! Mas estamos falando de qual natureza amorosa? Há critérios ou exigências distintivas para este amor? Toda forma de amor vale a pena? Se cremos haver alguma ordem criacional para a família, temos então alguns parâmetros para essas respostas.

Segundo, porque o amor sem a correspondência adequada se torna puro sentimento passível de muitas grosserias. Moralidade fundada em sentimento como experiência de aprovação e desaprovação acaba por se tornar meios de sutis tiranias. Cria um tipo de raciocínio onde o certo e o errado são dados por motivos subjetivos e não por padrões universais – e objetivos, como aqueles presentes na Bíblia. Imagine essa baliza como prática de uma cultura inteira? Alguns podem dizer, se tem o sentimento certo, o motivo correto, logo a ação é a correta e desejável. Se é por amor, como poderia estar errado? Deus é amor! Mas que amor é este? Calcado na riqueza do caráter e operação de Deus ou em nossas ambíguas subjetividades? Precisamos responder. Afinal, a cultura do sentimento e da valorização das experiências emotivas do sujeito é uma questão séria em nossos dias e a espiritualidade cristã já se encontra sob pressão de um tipo de sentimentalismo bastante acentuado. Não por acaso, este já tenha contaminado as questões e posturas éticas de muitos cristãos.

No artigo The Meanings of Love in the Bible (Os Significados do Amor na Bíblia), disponível na Web, John Piper percorre de Gênesis a Apocalipse apontando versículo a versículo onde aparecem o (1) amor de Deus, (2) amor do humano por Deus, (3) amor do humano pelo humano, (4) amor do humano pelas coisas, (5) amor de Deus pelo seu Filho, (6) amor de Deus pelo humano e (7) amor do humano por Deus e por Cristo. Ele é profícuo em demonstrar as dimensões e as diferentes naturezas do amor e do seu exercício, nos fazendo lembrar que generalizações podem nos roubar a natureza e a responsabilidade de fazê-lo coincidir com o amor do próprio Deus, fonte primária de todos os amores. Portanto, estejamos atentos. Deus é amor (1 Jo. 4:8), mas também é justo (Sl. 7:11), santo (Ap. 4:8), soberano (Ap. 1:5) e imutável (Hb. 7:24) e quando lida conosco o faz sem precisar compensar ou negociar qualquer desses atributos.

Não poderia deixar de mencionar que na esteira do uso torpe da verdade bíblica fundamental, Deus é amor, se encontra também aquela máxima popular: Deus odeia o pecado, mas ama o pecador. Fico aqui pensado se o que João viu no Apocalipse eram objetos inanimados reconhecidos como pecado ou seres humanos irreconciliáveis. Mas melhor deixar esse papo para outra hora.

***
Autora: Isabella Passos
Fonte: Reforma 21

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Mais da metade dos cristãos partiu da Síria e do Iraque

08 jun 2017IRAQUE E SÍRIA

Embora muitos ainda estejam lutando pelo estabelecimento da igreja nesses dois países, mais da metade dos cristãos já foi embora
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Um novo relatório estima que de 50 a 80% da população cristã, que vivia no Iraque e Síria, emigrou desde o início da guerra civil, em 2011. A chegada do Estado Islâmico (EI) fez com que muitos experimentassem a perda em todos os setores da vida e sentissem insegurança em relação ao seu futuro no país. Muitos já se estabeleceram em outras nações e há pouco incentivo para que retornem à sua terra natal. Em recentes entrevistas, muitos afirmam que o Oriente Médio não é mais lugar para cristãos.
Três anos se passaram depois que o EI assumiu o controle de Mossul. Nesta semana, dezenas de civis morreram tentando fugir da cidade, entre eles mulheres e crianças. As forças iraquianas seguem apertando o cerco contra o grupo extremista, que resiste dentro do centro histórico da cidade (Mossul). O cenário é de devastação, violência e conflitos. "Outras cidades historicamente cristãs foram destruídas quase que completamente, nas planícies de Nínive, no norte do Iraque; as taxas de inflação estão altas e não há muitos empregos, nem escolas", diz o relatório.
O Líbano teria assumido a maioria dos cristãos, enquanto outros milhares se reassentaram na Jordânia e Turquia, e um número menor em países europeus, como Suécia e Alemanha. No entanto, "as recentes mudanças nas políticas, bem como as condições de vida, tornaram a chegada ou permanência em muitos desses países, como a Suécia, muito difícil", conclui o relatório.
 assinatura-peticaoFaça mais por elesAlém de orar pelos cristãos perseguidos no Iraque e Síria, você pode estender a mão aos nossos irmãos em Cristo. Conheça a petição "Um milhão de vozes de esperança" e a campanha Esperança para Iraque e Síria e saiba como você pode ajudá-los.
Fonte: Portas Abertas

Jihadistas queimam uma igreja

07 jun 2017FILIPINAS

Durante um fórum de segurança internacional, o ministro de Defesa da Indonésia, disse que existem cerca de 1.200 membros do Estado Islâmico nas Filipinas
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Há alguns dias, o Estado Islâmico (EI) publicou um vídeo com jihadistas queimando uma igreja, em Marawi City, que fica na ilha de Mindanao, nas Filipinas. A divulgação foi feita através da Amaq News Agency, que é um veículo de comunicação ligado ao grupo extremista. As imagens mostram os jihadistas derrubando tudo o que havia no interior da igreja e pisando em todos os símbolos cristãos encontrados.
De acordo com informações locais, durante um fórum de segurança internacional em Cingapura, o ministro da Defesa da Indonésia, Ryamizard Ryacudu, disse que existem 1.200 membros do EI presentes nas Filipinas, sendo que 40 deles foram para a Indonésia. O número anunciado não era conhecido nem mesmo pelo subsecretário de Defesa das Filipinas, Ricardo David, que disse que essa informação é nova. Ele declarou saber da existência de apenas 250 a 400 combatentes do EI presentes no país.
Até agora, o relatório diz que pelo menos 50 jihadistas armados estão presentes em Marawi e que pelo menos 2 mil civis ainda estão presos na cidade. Mas enquanto os cristãos continuam a ser alvo dos soldados, mais atos de bondade em relação aos cristãos, são feitos pelos muçulmanos locais. Em uma demonstração de coragem, um senhor muçulmano chegou a esconder 70 cristãos em sua casa. Enquanto ele os transportava, ensinou-os a dizer "Allahu Akbar" (Deus é grande) sempre que passavam pelos pontos de checagem do EI. Continue em oração pelos nossos irmãos nas Filipinas.
Fonte: Portas Abertas

RONALDO LIDÓRIO - NOTÍCIAS DO CAMPO (ABRIL 2017)


Queridos irmãos, é com alegria que partilhamos sobre a bondade do Senhor em algumas frentes missionárias com as quais estamos envolvidos. Nosso desejo é que se juntem a nós para darmos glória a Deus. O Projeto Amanajé tem tido grandes alegrias, com vários indígenas de diversas etnias vindo ao Senhor Jesus. Cácio e Elisângela tem desafiado a equipe à espiritualidade, evangelização e expansão. E temos visto a graça do Alto sobre todas as frentes indígenas. Entre os Mura e Sateré-Mawé a boa mão do Senhor também é perceptível e as igrejas que tem nascido nas aldeias de Correnteza (Mura), Monte Salém e Prainha (Sateré Mawé) tem crescido na Palavra e no temor de Cristo. Nessa última semana tivemos um encontro com alguns irmãos e irmãs dessas três igrejas para estudarmos a Palavra. Rossana, Simone e Marli estiveram dando um treinamento sobre “Evangelização infantil” e Alcedir, Iraque, Kamron e Alceris partilharam sobre “Família segundo a Palavra de Deus”. Foram dias de muita edificação, encorajamento e ânimo para todos. Em 2004 o Novo Testamento na língua Konkomba-Limonkpeln foi entregue à Igreja Konkomba em Gana, África. Desde então eles tem, por iniciativa própria, investido na vida de 4 irmãos para aprenderem o Inglês, cursar Teologia e serem treinados em Tradução bíblica com o objetivo de traduzir o Antigo Testamento. Em Dezembro de 2015 fomos surpreendidos por um convite para irmos a Gana, pois os 4 irmãos Konkombas estavam prontos para começar o trabalho. Desde então temos acompanhado a equipe que trabalha diária e incansavelmente na tradução da Palavra. Em 2016 traduziram os 5 primeiros livros do Antigo Testamento e seguem firmes nesse ano. Em 2016 desenvolvemos o método Urbanus (pesquisa urbana para plantio de igrejas) que foi traduzido para o Inglês. Estamos fazendo a revisão final, com a ajuda de Janeth, e em breve deve ser disponibilizado em Português e Inglês. Trata-se de uma ferramenta para pesquisa urbana em que os resultados são usados para o desenvolvimento de estratégias de evangelização e plantio de igrejas. Temos participado da pesquisa lançada pela AMTB sobre a força missionária brasileira. O alvo é quantificar e qualificar a força missionária transcultural brasileira, produzindo um relatório a ser apresentado no Congresso Brasileiro de Missões em outubro desse ano. Cremos que esse relatório irá cooperar com os rumos do treinamento e envio missionário em nosso país. Orem conosco pelo projeto Amanajé, as igrejas Mura e Sateré-Mawé, a tradução do Antigo Testamento para a língua Limonkpeln, os treinamentos sobre plantio de igrejas a serem dados no Brasil e exterior, pela apresentação do método Urbanus e a pesquisa sobre a força missionária brasileira. E por nós, por direção do Alto em cada passo e forças renovadas em Cristo.
Um forte abraço!
Ronaldo e Rossana Lidório
Fonte: Site da IPB

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Norte-coreana conta que comia ratos fervidos antes de ser resgatada por pastor

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Uma mulher norte-coreana que escapou do seu país com a ajuda de um pastor contou a jornalistas os horrores que ela sofreu quando era jovem, incluindo ter que comer ratos para se manter viva e observar seus irmãozinhos morrerem de fome.
Grace Jo, hoje com 25 anos, compartilhou com a AFP como sua família estava tentando sobreviver comendo frutas silvestres, grilos e casca de árvore na província de Hamgyong, nordeste da Coréia do Norte.
Ela contou que seu pai tinha sido preso e espancado pelas autoridades por cruzar a fronteira para comprar um saco de arroz. Grace conta que ele teria morrido em um trem enquanto era levando para a prisão. Sua avó e dois irmãos mais novos morreram de fome, e sua irmã mais velha tinha saído para procurar comida e nunca mais voltou.
“Em pouco tempo, quase todos os membros da minha família morreram ou desapareceram”, lembrou.
Uma vez, ela disse que ela e seu irmão não teriam nada para comer durante 10 dias: “Um dia, minha avó encontrou seis camundongos recém-nascidos sob algumas pedras”, disse ela. “Fervemos estes seis ratos pequenos em uma panela de pedra.”
“É muito duro”, disse Jo. “Nós não tínhamos qualquer alimento, não tínhamos dinheiro e não havia nenhuma maneira que nós poderíamos fazer algum dinheiro.”
Quando Jo tinha sete anos de idade, ela, juntamente com sua mãe e irmã, Jinhye, tentou fugir da Coreia do Norte.
“Andamos três noites e quatro dias”, disse ela. “Nós andamos em estradas não pavimentadas, e nós cruzamos muitas montanhas até chegar ao rio Tumen” que separa a Coréia do Norte da China.
No entanto, quando eles finalmente chegaram à China, eles foram obrigados a viver na clandestinidade por medo de ser enviado de volta para a Coreia do Norte. Mesmo assim, eles foram capturados e presos, e enviado de volta para casa.
Em 2006, Jo finalmente fez sua última tentativa de fuga. Graças a um pastor americano que pagou membros da Bowibu, polícia secreta onipotente da Coréia do Norte, US $ 10.000 para garantir a liberdade das três mulheres, ela foi bem sucedida.
Depois de receber o estatuto de refugiado da ONU, eles se mudaram para os Estados Unidos em 2008. Em 2013, Jo tornou-se um cidadã americano e hoje ajuda a administrar a organização de defesa dos direitos humanos norte-coreano NKinUSA ao lado de sua irmã.
“Como uma cidadã americana e norte-coreana, devo dizer:.. Este é um país maravilhoso, é um país totalmente diferente do meu país. Espero que o meu país possa tornar-se como os Estados Unidos um dia também”, disse ela .
A jovem também deixou uma mensagem ao presidente Donald Trump: “Queremos pedir ao Presidente Trump para aceitar mais refugiados norte-coreanos nos EUA”, disse ela.
“Além disso, o presidente Trump, deveria pedir China, Vietnã e Laos para parar repatriar os refugiados e enviá-los de volta para a Coréia do Norte para serem torturados, presos ou mesmo mortos”, acrescentou.
Por mais de uma década, a Coréia do Norte está sendo classificada como o país que mais perseguem os crentes em todo o mundo, segundo a organização “Portas Abertas”.
“Adoração da família Kim é obrigatória para todos os cidadãos, e aqueles que não cumprem (incluindo cristãos) são presos, torturados ou mortos”, diz o relatório. “Famílias cristãs inteiras estão presas em campos de trabalhos forçados, onde vários deles morrem a cada ano vítima de tortura, espancamentos, esforço excessivo e fome. Aqueles que tentam fugir para a Coreia do Sul através da China são executados ou são condenados a prisão perpetua.

Com informações Rede Pentecostal
Imagem: reprodução
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Temos orgulho de morrer por Jesus, afirmam cristãos egípcios


Mesmo depois de sofrerem uma série de ataques terroristas, os cristãos egípcios afirmam que estão firmados na sua fé em Jesus Cristo.
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Mesmo depois de sofrerem uma série de ataques terroristas promovidos pelo grupo estado Islâmico, os cristãos egípcios afirmam ter orgulho de morrer por sua fé.
“Temos orgulho de morrer enquanto mantemos firme a nossa fé”, disse no último final de semana o bispo Makarios, principal clérigo da Igreja Copta em Minia.
De acordo com um capelão, o massacre de 29 cristãos coptas na última sexta-feira (26), que estavam a caminho de um mosteiro no Egito ocorreu depois que os radicais islâmicos saíram do ônibus e pediram que cada um deles negassem sua fé em Jesus Cristo.
Todas as pessoas que estavam no ônibus — até mesmo as crianças — se recusaram a acatar as ordens dos terroristas e foram mortas a sangue-frio com um tiro na cabeça ou na garganta, segundo relatos.
“Com nosso sangue e nossa alma, iremos defender a cruz”, afirmou um dos cristãos coptas na Igreja da Sagrada Família. “Vamos vingá-los ou morrer como eles. Não há nenhum deus além do Senhor! O Messias é Deus!”, disseram outros.
O Estado Islâmico já assassinou mais de 100 cristãos egípcios desde dezembro do ano passado em uma série de ataques, incluindo um atentado em massa a duas igrejas no Domingo de Ramos.
Em resposta ao atendado de sexta-feira, o governo egípcio realizou uma série de ataques aéreos contra bases terroristas suspeitas e iniciou uma investigação para descobrir a identidade dos jihadistas.
Por outro lado, os coptas afirmam que o governo não está fazendo o suficiente para protegê-los de radicais. “Isso é resultado da negligência do governo, por não punir essas pessoas”, disse um homem identificado como Salama, tio de uma das vítimas.
Líderes mundiais condenaram o massacre de coptas promovido pelo Estado Islâmico, como o presidente dos Estados Unidos Donald Trump. “O derramamento de sangue dos cristãos deve acabar e todos os que ajudam esses assassinos devem ser punidos”, disse ele na cúpula do G7 em Taormina, na Itália.
Com informações do Christianity Today
Tradução: Guiame
Imagem: Reprodução

Estado Islâmico convoca muçulmanos espalhados pelo mundo a executar cristãos

Atentado de sabado na ponte Londond Bridge, Inglaterra, pode ser resposta a convocatória do grupo terrorista.


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Após o ataque de Manchester, o presidente Trump apontou o Estado Islâmico como “perdedores do mal”, enquanto o evangelista Franklin Graham advertiu os terroristas que “o inferno os aguarda”, mas o grupo terrorista parece não se intimidar.
Os serviços de segurança europeus estão se preparando com um possível aumento dos ataques durante o mês sagrado muçulmano do Ramadã [ritual que envolve um jejum islâmico], que começou no dia 26 de maio.
Um bombardeio maciço, assumido pelo Estado Islâmico no centro de Bagdá e outra explosão em uma outra área do centro da cidade mataram pelo menos 31 pessoas há duas semanas. Posteriormente, outros ataques terroristas mataram mais sete pessoas, na mesma cidade.
O Estado islâmico está convidando os muçulmanos a lançarem uma “guerra total” contra os “infiéis” (cristãos, judeus e outros que não compartilhem de seus ideais extremistas) no ocidente e prometendo um ‘ritual sangrento.
“Irmãos muçulmanos na Europa que não podem alcançar as terras do Estado islâmico, ataquem [os infiéis] em suas casas, seus mercados, suas estradas e seus fóruns… façam isso e então alcançarão uma grande recompensa até mesmo pelo martírio no Ramadã”, disse o grupo terrorista em um comunicado.
O Estado Islâmico assumiu a autoria pelo atentado de Manchester, que matou 22 pessoas, sendo a maior parte de adolescentes e crianças. Acredita-se que o grupo também esteja por trás do atentado que aconteceu sábado em Londres, e que este tenha sido uma resposta à convocação feita pelo EI para que matem “infiéis” durante o Ramadã.
Ainda em seu comunicado, o grupo terrorista ordenou aos muçulmanos: “Não desprezem sua missão [terrorismo]”.
O Ramadã é um período de 30 dias de “jejum e reflexão” para os muçulmanos, porém nos últimos anos, este ritual tem sido marcado pelo aumento acentuado dos ataques terroristas.
Ao receber a notícia deste novo comunicado do Estado Islâmico, o pastor Franklin Graham afirmou que tem orado pela conversão, não somente dos terroristas, mas de todos os que declaram a fé islâmica.
“A minha oração é que os muçulmanos em todo o mundo conheçam a verdade e colocem sua fé em Jesus Cristo, somente nEle”, disse o evangelista.
Com informações do New York Post e Guiame
Imagem: Reprodução

sexta-feira, 2 de junho de 2017

O DIA DE PENTECOSTES: “EM QUE PENTECOSTAIS E REFORMADOS CONCORDAM E DISCORDAM”

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Domingo 04 de junho é o dia de Pentecostes em 2017, de acordo com o calendário litúrgico cristão. Faço parte daqueles que não prestam muita atenção a esse calendário. Acho que em parte é uma reação, por vezes inconsciente, contra os abusos deste calendário praticados pela Igreja Católica.
Mas o fato é que esta data, dia de Pentecostes, está razoavelmente firmada na história. Pentecostes era a festa dos judeus celebrada 50 dias após a Páscoa. E foi durante uma celebração destas que o Espirito Santo de Deus veio sobre os apóstolos e os 120 discípulos em Jerusalém, cerca de 50 dias após a morte do Senhor, de acordo com Atos 2:1-4. Os cristãos se interessam pela data, portanto, por este motivo e não pela festa de Pentecostes em si.
A descida do Espírito naquele dia marcou o início da Igreja Cristã. Todavia, este que foi um evento da mesma magnitude que a morte e a ressurreição do Senhor Jesus, acabou se tornando motivo de polêmicas e controvérsias em meio à Cristandade, apesar de existir um bom número de pontos em comum entre os evangélicos sobre Pentecostes.
Todavia, em que pese este consenso não pequeno, permanecem diferenças de entendimento sobre diversos aspectos da obra do Espírito e o significado histórico-teológico de Pentecostes. Vamos encontrar homens de Deus, sérios, dedicados e usados por Deus em lados diferentes. Ainda que brevemente, vou enumerar algumas destas diferenças e expressar a minha opinião.Podemos, por exemplo, concordar que a vinda do Espírito representou o início da Igreja Cristã. Concordamos que ele veio para capacitar os discípulos com poder para poderem pregar o Evangelho ao mundo, que Ele habita na Igreja de Cristo, isto é, em todos que são realmente regenerados. Confessamos que Ele concede dons espirituais ao povo de Deus, que Ele nos ilumina, santifica, guia e consola em nossas tribulações. Concordamos que devemos buscar a plenitude do Espirito mediante a oração. Cremos que nossos pecados entristecem o Espírito. Sabemos que o Espírito nos sela para a salvação, que é o penhor, a garantia que Deus nos dá de que haveremos de herdar o Seu Reino.
1 – Quanto ao significado histórico de Pentecostes. Para muitos, o que aconteceu em Pentecostes é um paradigma, um modelo e um padrão para hoje. Estes entendem que a descida do Espírito, o revestimento de poder e as línguas faladas pelos apóstolos estão hoje à disposição da Igreja exatamente como aconteceu naquele dia no cenáculo em Jerusalém. Os que assim acreditam se caracterizam pela busca constante desta experiência. Para eles, a Igreja ficou sem o Pentecostes por quase dois mil anos, e foi somente em 1906, no chamado avivamento da Rua Azusa 312, em Los Angeles, Estados Unidos, que Pentecostes retornou à Igreja, e tem se repetido constantemente entre os cristãos de todo o mundo.
Do outro lado há os que pensam diferente, como eu, por exemplo, mas que crêem que podemos experimentar a plenitude e o poder do Espirito Santo hoje. Desejo isto e busco isto constantemente. Todavia, não creio que cada enchimento que eu ou outro irmão venhamos a ter é uma repetição de Pentecostes, mas sim uma apropriação pessoal daquele evento, que aconteceu de uma vez por todas e que não tem como se repetir. Pentecostes foi o cumprimento das promessas dos profetas do Antigo Testamento de que o Messias derramaria Seu Espírito sobre Seu povo. Foi assim que Pedro entendeu, ao dizer que a descida do Espírito era o cumprimento das palavras de Joel (Atos 2). Pentecostes é um evento da história da salvação e à semelhança da morte e da ressurreição de Cristo, ele não se repete. E da mesma forma que hoje continuamos a nos beneficiar da morte e da ressurreição do Senhor, continuamos a beber e a nos encher daquele Espírito que já veio de um vez por todas ficar na Igreja. E eu creio que neste ponto podemos todos concordar.
2 – Não há consenso, igualmente, em como designar o enchimento do Espírito. Alguns irmãos chamam a experiência de plenitude e revestimento de poder de “batismo com o Espírito”. Outros, entre os quais me incluo, não estão certos de que esta designação é a mais correta. Ninguém discute que devemos buscar esta plenitude. Eu quero ser sempre cheio do Espírito. Mas não acho que devamos chamar o enchimento de “batismo”. Meus motivos para isto estão num artigo que escrevi comparando a posição de John Stott e Martyn Lloyd-Jones. Fico com Lloyd-Jones que enfatiza a necessidade de buscarmos este enchimento como uma experiência distinta da conversão, mas fico com Stott em não chamá-la de batismo. Apesar da diferença de nomenclatura, acredito que estamos juntos neste ponto, que todos precisamos nos encher constantemente do Espírito de Deus.
3 – Há diferença também quanto aos sinais miraculosos que acompanharam a descida do Espírito no dia de Pentecostes, conforme Atos 2. Alguns acreditam que falar em línguas é o sinal externo da descida do Espírito sobre uma pessoa. Assim, buscam esta experiência constantemente e encorajam os novos convertidos a fazer o mesmo. Eu, contudo, não encontro na Bíblia evidência suficiente que me convença que a plenitude do Espírito sempre será seguida pelo falar em línguas e que devemos buscar falar em línguas como um dos melhores dons. Em Pentecostes houve outros sinais além das línguas, como o som de um vento impetuoso e a aparição de línguas de fogo, sinais estes que aparentemente não são repetidos nas experiências de hoje (salvo desinformação de minha parte). A minha dificuldade e de muitos outros é que não conseguimos ver nas cartas do Novo Testamento qualquer orientação, ordem ou direção para que aqueles que já são crentes busquem o batismo com o Espírito seguido pelas línguas. O que eu encontro são ordens para nos enchermos do Espírito, andarmos no Espírito, vivermos no Espírito e cultivarmos uma vida no Espírito. Bem, este ponto é mais controverso e acirra mais os ânimos do que os anteriores. Ainda assim existe o consenso entre nós de que sem os dons do Espírito a Igreja não tem como realizar sua missão aqui neste mundo.
Lamento tão somente que, apesar de termos tanta coisa em comum quanto ao Espírito, acabemos divididos por uma atitude de arrogância espiritual por parte daqueles que acham que somente eles conhecem o Espírito, e pela atitude de soberba daqueles que se consideram teologicamente superiores aos ignorantes que vivem à base de experiências.
Minha oração é que todos os que verdadeiramente crêem no Senhor Jesus e o amam de todo o coração, apesar das diferenças, glorifiquem ao Pai e ao Filho por terem enviado o Espírito Santo para santificar, capacitar e usar a Sua Igreja neste mundo.

Por Augustus Nicodemus (via facebook)
Imagem: reprodução web

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Marxismo Cristão: uma contradição alarmante

Por que é impossível que estas duas cosmovisões caminhem juntas?


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1. Para Início de Conversa
Este é o tipo de texto que me deixa feliz ao escrever, pois tratarei de campos do saber que muito me agradam discutir e que fazem parte da minha formação acadêmica. Com graduação em História e especializado em Ciência Política, conheço e estudei o marxismo sob a ótica de diversos teóricos favoráveis e contrários às ideias difundidas por Karl Marx – esta figura controversa. Sou da opinião de que algo da sua leitura acerca das relações entre empresários e trabalhadores (no contexto da Revolução Industrial) não pode ser totalmente desprezada, no entanto, creio que sua desgraça foi reduzir todo o fluxo da História apenas à questão econômica. Também acredito que ele não conseguiu escapar de algo que tanto atacou: a ideologia. O mais irônico é ter as suas ideias utilizadas como uma religião. A tragédia marxiana foi denunciar o ópio da religiosidade e acabar vendo seus seguidores produzindo uma droga sintética chamadamarxismo-leninismo[1].
Como veneno não cura veneno, onde quer que o marxismo-leninismo tenha se instaurado como regime, deixou um rastro de miséria que faz com que os países do leste europeu – que integraram a antiga União Soviética – recebam de muito bom grado as ideias vindas da boca do diabo, mas rechacem todo e qualquer pressuposto que tenha sua raiz no pensamento de Marx. Isto porque em nome do ideal comunista, que envolvem a ditadura do proletariado e a luta de classes, as atrocidades cometidas pelos líderes “revolucionários” se equiparam a de nomes execráveis como Hitler e Bin Laden. O governo de Stalin, por exemplo, foi um dos mais mortais, superando e muito o número elevado de mortes produzido pelo nazismo. Esta mórbida associação entre stalinismo e nazismo é esmiuçada pela filósofa e teórica política Hannah Arendt:
O ÚNICO HOMEM PELO QUAL HITLER SENTIA “RESPEITO INCONDICIONAL” ERA “STALIN, O GÊNIO”, E, EMBORA NO CASO DE STALIN E DO REGIME SOVIÉTICO NÃO POSSAMOS DISPOR (E PROVAVELMENTE NUNCA VENHAMOS A TER) A RIQUEZA DE DOCUMENTOS QUE ENCONTRAMOS NA ALEMANHA NAZISTA, SABEMOS, DESDE O DISCURSO DE KHRUSHCHEV PERANTE O VIGÉSIMO CONGRESSO DO PARTIDO COMUNISTA, QUE TAMBÉM STALIN SÓ CONFIAVA NUM HOMEM, E QUE ESSE HOMEM ERA HITLER[2].
Aos que pensam que o totalitarismo foi coisa de Stalin apenas, pesquisem sobre as denúncias de Alexander Solzhenitsyn sobre o governo autocrático de Lenin e vejam a absurda e atual falta de liberdade interna na China e na Coréia do Norte. Como disse Schaeffer, a repressão “é uma parte integrada ao sistema comunista”[3]. Logo, o remédio que o marxismo se dispôs aplicar para curar a enfermidade da sociedade é tão desastroso, que é preferível permanecer doente. Esta é a lógica do paciente quando sabe que as contraindicações medicamentosas são bem piores do que os sintomas da doença.
2. Porque Marxismo e não Socialismo?
Considero que seja bom explicar a adoção do termo marxismo ao invés de falar socialismo (ou comunismo). Faço isso pelo fato do conceito de socialismo ser usado de uma forma tão variada que supera os postulados marxianos. Alguns socialistas, como Crosland, não enxergam o socialismo como sendo um poder antagônico ao capitalismo, mas sim uma forma de aprimorar as condições de trabalho e melhorar a vida dos trabalhadores, mesmo dentro do sistema capitalista. Acaso não é assim que são geridas as sociais-democracias europeias? O sociólogo P. Jaccard afirma em sua obra Histoire sociale du travail que em matéria social, tudo que foi realizado no mundo de língua inglesa, na Suíça, nos Países Baixos, na Escandinávia e na Alemanha, deve-se ao pensamento cristão com pressupostos bíblicos. Corrobora com isso a fala do primeiro-ministro britânico Clement Attle, sucessor de Churchill, que certa feita afirmou ser a Bíblia, e não os escritos de Marx, a base do socialismo britânico. Este socialismo do qual Attle se refere é aquele que após a II Guerra, com o continente europeu arrasado economicamente, introduziu o Estado do bem-estar social com uma economia mista, algo pensado por conservadores e liberais para evitar a influência do marxismo-leninismo.
Para que se tenha a noção da abrangência do termo socialismo, este foi incorporado ao partido nazista alemão. O nome não abreviado do partido liderado por Hitler era Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. E, embora seja verdade que pressupostos marxistas estejam presentes no programa de governo do partido alemão, a classificação mais correta da ideologia por detrás do regime hitlerista seria o nacionalismo e não o marxismo. Por isso então decidi utilizar marxismo ao invés de socialismo, contudo faço uma ressalva: todos os partidos intitulados de esquerda no Brasil são marxistas. Na maioria de suas sedes é possível ver os retratos de Marx e Lenin pendurados na parede (faça uma visita e confirme)[4].
Mediante o que foi dito acima, toda crítica feita ao marxismo pode ser entendida como uma crítica à ideologia dos partidos que compõem a esquerda brasileira e que possuem os termos socialista ou comunista em seus nomes. Os apontamentos feitos serão teóricos, mas como toda teoria redunda na prática, caberá ao leitor fazer a devida análise do que aqui será denunciado como anticristão e comparar com as bandeiras levantadas pelos esquerdistas.
3. O Marxismo como uma Religião Herética
Como dito no começo do texto, o marxismo tem características de religião. Uma religião secularizada – é bem verdade – pois tem sua base no materialismo. Marx era estudioso e admirador do materialismo de Epicuro[5]. Este filósofo grego acreditava que o mundo era composto de átomos que do vazio (espaço) se movem verticalmente para baixo. É o desvio do movimento dos átomos que dá origem as coisas. O homem, fruto desse desvio, é um combinado de átomos pesados e leves, que formam respectivamente o corpo e a alma. Os epicuristas entendiam que a alma é mortal e não eterna, uma vez que todo composto atômico é dissolúvel.
Epicuro rejeitava a ideia da eternidade dos corpos celestes, e pretendia livrar os homens das amarras da superstição religiosa. Embora não seja um determinismo, pois o desvio dos átomos aponta para uma gama de possibilidades não determinadas, o atomismo epicureu mantém as suas bases mecanicistas, sendo o homem e toda realidade material fruto da casualidade do movimento atômico. O jovem Marx manteve essa base ontológica para fundamentar o seu materialismo histórico. André Bieler esclarece assim o conceito materialista marxiano: “[…] conforme as suas concepções, é o material que precede e determina o espiritual, e não o contrário, como o ensina a ética cristã”.[6]
Se nós somos cristãos e temos os nossos pressupostos baseados na Escritura, logo, não podemos abraçar uma doutrina concorrente ao cristianismo. Ainda mais quando esta corrente enxerga a religião, ou melhor, a metafísica como sendo um produto da opressão, uma vez que os oprimidos a inventaram como um entorpecente que alivia a dor (ópio). A doutrina cristã não foi fabricada. Ela é a revelação de Deus por meio do seu Filho, trazendo boas novas de salvação. Não que ela negue que existam opressores e oprimidos, essa realidade existe e se lermos os profetas, os evangelhos e as cartas apostólicas, veremos que Deus está sempre do lado dos pobres quando os ricos não agem corretamente e tolhem a justiça, devido a sua ganância[7]. Mas isto é muito diferente do que almeja o marxismo.
Marx, junto com Engels, criou uma soteriologia ao anunciar o fim da opressão quando o proletariado se rebelar contra a burguesia e tomar o poder político e econômico, controlando os modos de produção e a máquina estatal. É um enredo religioso-escatológico, pois a sociedade sem classes e sem miséria certamente chegaria (Marx tinha esperanças de ver isso ainda no séc. 19). A certeza deste mundo idílico é fruto de sua tese na luta de classes. Segundo Marx e Engels, toda a história se resume no conflito entre opressores e oprimidos, sendo que este segundo grupo, cansado da exploração acaba fazendo a revolução e subvertendo a ordem vigente. Logo, o governo do proletariado iria dar um basta no capitalismo burguês. O que os marxistas não esperavam é que o capitalismo aliado à democracia cativava mais os trabalhadores do que o ideal revolucionário.
Daí entendemos o porquê do Cristianismo sempre ser perseguido nos regimes marxistas. Primeiro: Para o cristão, as desigualdades e injustiças econômicas são fruto do pecado e o único capaz de curar esse mal é Jesus Cristo. Mas a promessa de um mundo sem dor e sem lágrimas está no porvir (Ap 21.4). Ora, isso frustra os marxistas que pregam o Reino dos Céus na terra, algo que não funcionará enquanto o pecado dominar o coração humano. Tanto as sugestões marxianas como as de qualquer outra ideologia que busque o fim da pobreza não serão bem-sucedidas neste mundo corrompido. Podemos ter uma agenda política que pregue uma melhor distribuição da riqueza nacional, ou o Estado do bem-estar social. Podemos criar programas de microcrédito e de transferência de renda. Podemos ver o incentivo estatal e privado na educação profissionalizante. Seja qual for, como observa Aaron Armstrong, “[…] essas soluções estão tratando os sintomas, não a causa; estão podando os galhos, não desenterrando a raiz. A questão principal por trás da pobreza é o pecado”[8]. Algumas dessas ideias podem até minorar muitos males, mas não acabarão definitivamente com a injustiça e opressão existentes na sociedade.
Segundo: Muitos marxistas colocaram a culpa do fracasso do prognóstico de Marx e Engels[9] nos fundamentos do Cristianismo. Para eles, não é conveniente concorrer com o messianismo cristão. Por isso que homens como Gramsci chegaram a afirmar que o melhor para se chegar ao comunismo (o reino escatológico marxista), necessário seria descristianizar a sociedade. A nova faceta do marxismo foi se infiltrar na cultura e na Academia, desconstruindo os valores e instituições tradicionais da burguesia, das quais se encontram não só o capitalismo, mas a família e a fé cristã[10]. Por isso que o relativismo moral está tão presente na fala e nas atitudes dos defensores do marxismo-leninismo. Se o Cristianismo é firmado em absolutos morais (os mandamentos), uma forma de lutar contra ele é relativizando os conceitos de certo e errado.
Chegamos à clara oposição do método de pensamento cristão e o marxista. O primeiro é antitético e o segundo, dialético[11]. A antítese funciona da seguinte maneira: Se A é verdadeiro, logo A não pode ser falso. Tendo duas alternativas, poderíamos ilustrar assim: A e B, se A é verdadeiro, logo B é falso. Já a síntese vai dizer que a verdade é parcial tanto em A quanto em B, desembocando numa terceira via: C. Não foram poucos os cristãos que caíram nessa rede e até buscaram sintetizar o Evangelho com os pressupostos marxianos, gerando assim uma heresia que tem dominado muitos círculos teológicos[12].
O “canto da seria” que encanta muitos cristãos que se afogaram em mares marxistas é o discurso da dignidade humana. Ora, este discurso coaduna com o que diz a Bíblia. No entanto, Marx tomou emprestado este conceito do cristianismo para engendrar um programa político que atingisse o seu objetivo escatológico. Mas como falar em dignidade humana se não há absolutos morais? Uma ideologia que desconsidera Deus, que assume uma ética relativista e fundamenta-se no materialismo não irá promover uma sociedade mais justa. Pelo contrário! A História serve como testemunha, ou será que precisam surgir outros Stalin’s ou Mao’s para que de uma vez por todas as pessoas enxerguem a face do mal e o abomine?
 4. Para Encerrar o Assunto
Creio que mais nítido do que isto não poderia escrever. O marxismo é, como diria Schaeffer, uma heresia cristã; e como tal não pode ser abraçada por quem ama o Evangelho e se pauta no princípio do Sola Scriptura. Na verdade, toda a ideologia acaba sendo idólatra, pois tem o humanismo por fundamento e deifica algum elemento da criação, depositando nele a salvação. Koyzis salienta:
ASSIM, CADA UMA DAS IDEOLOGIAS TEM BASE NUMA SOTERIOLOGIA ESPECÍFICA, ISTO É, NUMA TEORIA ELABORADA QUE PROMETE AOS SERES HUMANOS O LIVRAMENTO DE ALGUM MAL FUNDAMENTAL VISTO COMO A FONTE DE UMA AMPLA GAMA DE PROBLEMAS HUMANOS, ENTRE OS QUAIS A TIRANIA, A OPRESSÃO, A ANARQUIA, A POBREZA E ASSIM POR DIANTE.[13]
Logo, nenhum cristão deve se identificar com ideologia X ou Y e a ela jurar lealdade. Recentemente vi alguém dizer numa rede social que o capitalismo é de Deus. Claro que não! O liberalismo do início da Revolução Industrial produziu muitas injustiças e feriu a dignidade humana em muitos aspectos. Mas Deus sempre levanta seus profetas para denunciar aquilo que está em desacordo com seus princípios e levanta homens dispostos para trabalhar no socorro dos necessitados. Os irmãos Wesley, apenas para citar um exemplo, fizeram um belo trabalho com os proletários em Londres. Há diversas demandas do capitalismo (liberalismo) que ferem a ordem da criação[14], dando ao homem uma autonomia que ele nunca possuiu.
Sei que muitos de meus irmãos em Cristo que flertam com as ideias marxianas, fazem isso por ingenuidade ou idealismo – o caso dos mais jovens. Tal inocência é resultado da omissão da Igreja em falar sobre política e se posicionar. Uma visão pietista fez o cristianismo recuar na esfera pública e o marxismo-cultural foi ganhando o espaço que encontrou vazio. Quando nossos jovens vão para as universidades, os professores marxistas fazem de tudo para convertê-los a sua cosmovisão. Não são neutros. Logo, a Igreja deveria abandonar a postura da neutralidade e denunciar a inconsistência desta religião idólatra concorrente da Fé Cristã. Oremos para que Deus erga homens corajosos e capacitados para ensinar e fazer política, firmados no crivo bíblico, dando glórias ao SENHOR.
Por Thiago Oliveira, do Blog Electus
Imagem: Reprodução Web
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Notas:
[1] Lenin foi o responsável por fazer uma releitura de Marx e Engels, aplicada ao contexto da Revolução Russa de 1917.
[2]  As Origens do Totalitarismo. Companhia de Bolso. Tradução: Roberto Raposo.
[3] Como Viveremos? Cultura Cristã. Tradução: Gabriele Greggersen.
[4] Embora existam os partidos que se definam como trotskistas (PSOL, PSTU e PCO), estes se dizem os verdadeiros representantes do marxismo-leninismo. Trotsky nunca se opôs a Lenin.
[5] Sua tese de doutorado foi A diferença entre as filosofias da natureza em Demócrito e Epicuro, ficando clara a sua afinidade com o pensamento epicurista.
[6] A força Oculta dos Protestantes. Cultura Cristã. Tradução: Paulo Manoel Protasio.
[7] Dt. 15.7 ss, 24.17, Is 10. 1-4, Ez 16. 49, Am 5.25, Mc 6.12, Zc 7.10,  Mt 11.5, Lc 16.19-31, e Tg 5.1-4.
[8] O Fim da Pobreza. Vida Nova. Tradução: Flávia Lopes.
[9] O grande equívoco marxiano foi reduzir o complexo dos fenômenos humanos no fundamento econômico da luta de classes, como se tudo fosse determinado apenas pela produção.
[10] Leia o meu artigo Love Wins? O Casamento Gay não é uma questão de amor. Disponível aqui.
[11] Embora Marx tenha rompido com o idealismo hegeliano, manteve o seu método dialético e o aplicou ao materialismo. Por isso que o materialismo histórico também é conhecido como materialismo dialético.
[12] No passado tivemos o evangelho social de Walter Rauschenbusch, com viés materialista. Hoje, existe o marxismo-católico que é a Teologia da Libertação e uma fatia da Missão Integral tem abraçado as ideias de Marx e produzido uma teologia sintetizada.
[13] Visões e Ilusões Políticas. Vida Nova. Tradução: Lucas G. Freire.
[14] Princípio que afirma que todas as instituições humanas obedecem à ordem da criação e o mandato cultural que Deus deu a Adão, p. ex. família e Estado. As ideologias humanistas distorcem esta ordem e afirmam que o homem em sua liberdade criou estas instituições no decorrer da história. Damos a isso o nome de historicismo.

terça-feira, 30 de maio de 2017

A História da Portas Abertas

História

Saiba como tudo começou
A Portas Abertas teve início quando um jovem holandês, chamado  Anne van der Bijl , ou Irmão André, como mais tarde seria conhecido no mundo todo, distribuiu uma maleta cheia de literatura cristã para alguns jovens em Varsóvia.
Quando jovem, Anne van der Bijl foi um soldado holandês implacável e ousado. Ao cair em uma emboscada, durante a Guerra de Independência da Indonésia, levou um tiro no tornozelo. Durante o tempo em que se recuperava na enfermaria, começou a ler a Bíblia, entregou sua vida a Cristo e se comprometeu, fazendo a seguinte oração: “Senhor, se mostrares o caminho, eu o seguirei. Amém”.
Daquele dia em diante, o jovem soldado decidiu estudar em uma agência missionária. Ouviu de muitos professores que aquele lugar não era para ele, mas mesmo assim não desistiu. Ao término do curso, em 1955, foi convidado para participar de um Festival da Juventude Comunista, na Polônia.
Durante o festival, Anne viu algo que não esperava. Encontrou cristãos que sofriam muito sob o regime comunista. Ali, ele descobriu que muitos professavam sua fé viviam em segredo e precisavam desesperadamente de Bíblias. Foi aí que Anne ficou conhecido como Irmão André, a partir de um chamado de Deus em seu coração, seguido das palavras de Apocalipse 3.2: “Esteja atento! Fortaleça o que resta e que estava para morrer”.
A distribuição daquele material àqueles cristãos marcou o humilde começo da Portas Abertas com o Irmão André. Hoje, a organização atua em mais de 60 países e tem a visão de fortalecer a Igreja Perseguida e apoiar os cristãos locais que vivem em territórios hostis, para que eles possam continuar a propagar o evangelho ao maior número possível de pessoas ao seu redor.

Fundador

O Contrabandista de Deus
Esse é o título pelo qual o fundador da Portas Abertas, Irmão André, é conhecido, devido as suas muitas experiências levando Bíblias para países onde a distribuição e a posse desse livro eram e ainda são proibidas.
É também o título de sua autobiografia, que narra com detalhes as travessias perigosas que André fez, as perseguições que sofreu da polícia secreta russa, a KGB, e a jornada corajosa de um cristão valente, que levou uma vida radical por Jesus Cristo.
Depois da publicação desse primeiro livro, Irmão André escreveu outros nove livros, inclusive a continuação de sua autobiografia, Desafiando os Limites da Fé, na qual revela os segredos de seu ministério ao ilustrar suas experiências em países como a China, Sudão e Cuba, nos 30 anos que sucederam a fundação do ministério da Portas Abertas.
Leia mais sobre sua história: O Contrabandista de Deus
Como está o fundadorEm 2011, o fundador da Portas Abertas, Irmão André, completou 83 anos de idade e 58 de serviço à Igreja Perseguida. E depois de ter visitado quase o mundo todo, servindo a cristãos livres e perseguidos, sua saúde começa a dar sinais de que é necessário descansar.
Em 2008, ele fez um anúncio oficial de que não mais visitaria países livres e que tinha o desejo de dedicar seus últimos anos visitando a Igreja Perseguida. Desde então, o Irmão André participou de poucos eventos na Europa e investiu suas energias no contato com líderes do Talibã e Al Qaeda, no Paquistão e Afeganistão.
No dia 28 de fevereiro de 2011, André recebeu o prêmio de Herói da fé da Universidade de Liderança, na Flórida, Estados Unidos.
O médico do Irmão André pediu-lhe que não viaje mais e, por isso, ele tem repousado e dedicado seu tempo à oração pela Igreja Perseguida e também a receber visitas de membros da Portas Abertas, amigos e familiares.
Fonte: Portas Abertas

Perseguição aos cristãos continua

SUDÃO

Caso das igrejas estão sendo demolidas com a justificativa de uma lei sobre utilização de terras prossegue
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Recentemente, o governo sudanês demoliu duas igrejas que faziam parte de uma lista onde constam 27 no total, que estão em desacordo com a lei. Segundo os governantes, desde 2014, foi introduzida na legislação uma distinção para o uso de terras no país, onde quatro categorias básicas são mencionadas: culto ou adoração, residencial, comercial e governo. Oficiais alegam que as igrejas foram construídas em locais proibidos. Alguns líderes cristãos afirmam ter construído as igrejas antes de 2014 e por isso estão se defendendo judicialmente.
"Acontece que escolas ou mesquitas nas mesmas condições não estão sendo tratadas com o mesmo rigor", observou um dos colaboradores da Portas Abertas. Um ministro sudanês anunciou em abril de 2013 que "nenhuma licença seria concedida para a construção de novas igrejas". O governo insiste que "não há necessidade de mais igrejas no país, uma vez que a população cristã diminuiu muito desde 2011".
Por outro lado, Ján Figel, responsável por promover a liberdade de religião ou crença fora da União Europeia, alertou às autoridades sobre a importância de defender a "Liberdade de Religião" na Constituição e recomendou a construção de um Estado baseado na igualdade da cidadania para todos, fazendo questão de lembrar dos casos de Hassam e Abdulmonem, que tiveram o perdão presidencial através de um acordo com autoridades tchecas. O presidente do Sudão, Omar al-Bashir, é acusado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes contra a humanidade.
Fonte: Portas Abertas

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Caio Fabio solto por Habeas Corpus

Liberado por um Habeas Corpus, o líder do Caminho da Graça afirmou que prisão foi uma “semana de envio apostólico missionário”.
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Na última quinta-feira, diversas mídias evangélicas entre elas o Gospel Prime e a Rede Boas Novas, noticiaram a prisão de Caio Fabio, fundador do Caminho da Graça. Ele teria sido preso na quarta-feira (24) pela Polícia Federal, o que foi comprovado logo depois pelo áudio enviado pelo religioso, bem como informações de sua esposa, que entre outras coisas pedia orações.
“Estou sendo conduzido para a superintendência da [Polícia] Federal e depois para a Papauda, num regime semiaberto. Não teve ainda nenhuma ação do meu advogado e eu mesmo estava absolutamente certo que esse era um processo vencido há muito tempo e acabado. Então, com toda tranquilidade, gostaria só que vocês informassem o pessoal da igreja…. o que aconteceu”, dizia o material.
A prisão de Caio Fábio ocorreu em função do caso do Dossiê Cayman, um conjunto de documento comprovadamente falsos criado com o objetivo de atribuir crimes inexistentes a políticos e candidatos do PSDB nas eleições brasileiras de 1998.
Agora, liberado por um Habeas Corpus, o líder do Caminho da Graça postou um breve vídeo nas redes sociais onde mostra estar em casa, e sem entrar em detalhes sobre os dias na prisão, afirmou que foi uma “semana de envio apostólico missionário”.
Segundo o líder, isso aconteceu para que cumprisse o que havia pregado no sermão da semana anterior, sobre os cristãos serem “cartas vivas”. Disse ainda que foram “dias de milagres, de graça e de maravilhas” e que no final das contas “tudo aquilo foi apenas missão”.

Assista:
Com informações do Caio Fábio (facebook), Gospel Prime e JM Notícias.
Imagem: CaioFabio.Net

Ataque contra cristãos deixa pelo menos 23 mortos

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Homens armados atacaram um ônibus e uma caminhonete que transportavam cristãos coptas
Nessa sexta-feira, um ônibus e uma caminhonete que transportavam cristãos foram atacados deixando pelo menos 23 mortos e aproximadamente 25 feridos, em Minia, ao sul do Egito, região onde vive um número considerável da comunidade cristã egípcia. Homens armados abriram fogo contra os passageiros que estavam a caminho de um mosteiro. O número de mortos ainda é indefinido, algumas agências de notícias falam em 35, mas essa informação ainda não foi confirmada.
O ônibus foi parado no meio da estrada e o motorista foi surpreendido por criminosos armados com metralhadoras. Existiam crianças entre as vítimas, de acordo com as fontes. No Egito, muitos frequentam cultos de sexta-feira, pois é quando começa o fim de semana deles. O presidente Al-Sisi já havia decretado estado de emergência depois que duas igrejas foram atacadas durante as comemorações de Páscoa, ocasião em que 49 pessoas morreram. Agora ele convocou uma reunião com os serviços de segurança do país.
Há tempos que os cristãos egípcios se queixam que o governo não leva a sério as preocupações em relação à vulnerabilidade deles. Enquanto isso, em Alarixe, região do Sinai, centenas de cristãos foram transferidos para Porto Said, na costa do mar Mediterrâneo, depois que sete cristãos foram atacados violentamente e mortos por extremistas islâmicos que estavam publicando vídeos e folhetos dizendo que os seguidores de Cristo evacuassem a área ou então morreriam. Continue orando pelos cristãos perseguidos no Egito.

Fonte: Portas Abertas
Imagem: reprodução

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