quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

“Não Deixemos de Congregar-nos”: Enfrentando o Problema da Evasão de Membros

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Introdução

Um neologismo tem se tornado comum nos últimos anos – “fidelização”. Trata-se de um termo da área de publicidade e marketing que traduz um desejo de empresas em diferentes ramos de atividade: o de que seus clientes ou consumidores se mantenham fiéis a elas e a seus produtos. Especialmente em setores nos quais existe forte concorrência, trata-se de um alvo buscado com crescente intensidade. Evidentemente, a fidelidade das pessoas a um determinado fornecedor ou prestador de serviços pode não ter quaisquer implicações éticas. Se alguém é cliente da pizzaria “a” ou “b” e utiliza os serviços dessa ou daquela companhia de telefonia celular, isso não tem maiores consequências fora da área mercadológica. Em outras esferas, todavia, a fidelidade adquire uma importância muito maior, como é o caso da política partidária. No Brasil, há muito tempo um bom número de políticos tem se envolvido com uma prática condenável: a troca frequente de partidos, geralmente por motivos pouco elogiáveis. Eles se filiam a uma legenda, elegem-se por ela e depois, movidos por interesses muitas vezes questionáveis, simplesmente se transferem para outra. Em anos recentes têm sido aprovadas leis visando coibir a chamada “infidelidade partidária”. Pois bem, esse é um tema que também interessa de perto às igrejas evangélicas.

É um fato conhecido que muitas delas, se não todas, experimentam um considerável êxodo de membros. Muitas vezes é feito um grande esforço no sentido de atrair novos adeptos, para depois perder parte deles pelos mais diferentes motivos. Muitos líderes parecem não estar preparados para lidar com essa realidade e são escassos os materiais publicados que tratam do assunto desde uma perspectiva pastoral. O objetivo deste artigo é analisar essa questão dos pontos de vista histórico e bíblico, bem como propor estratégias a serem tomadas para amenizar esse problema.

1. Dimensão Histórica

O problema da evasão de seguidores já pode ser visto no Novo Testamento, desde a época do ministério de Jesus. É bem conhecido o episódio em que, depois de um discurso contundente do Mestre, muitos de seus discípulos deixaram de segui-lo (Jo 6.66). Na igreja primitiva, o abandono da comunhão cristã geralmente estava associado à apostasia, à deserção da fé, sendo condenado vigorosamente. É essa a atitude do autor da 1ª Epístola de João, que se refere aos desertores como “anticristos” e acrescenta: “Eles saíram do nosso meio; entretanto não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos” (1Jo 2.19). Na 1ª Epístola a Timóteo, Paulo afirma que, nos últimos tempos, alguns apostatariam da fé (1Tm 4.1). 

É importante lembrar que os primeiros cristãos entendiam estar vivendo nos últimos dias. Assim, a realidade da apostasia era algo contemporâneo, e não somente futuro. A epístola aos Hebreus lida muito diretamente com a problemática do abandono da fé, exortando os crentes a perseverarem no evangelho (2.1-3; 3.12-13; 6.11-12). A certa altura, o autor deixa claro que a deserção da comunidade cristã era uma realidade naqueles dias, mas apela aos seus leitores para que resistam contra isso: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima” (10.25).

Essa problemática continuou existindo nos três primeiros séculos da era cristã, o período em que o cristianismo era considerado uma religião ilegal (religio illicita). As duas principais causas de afastamento da igreja eram o fascínio das heresias ou das religiões alternativas e o temor das perseguições. Muitos cristãos deixavam a “igreja católica”, a corrente principal do cristianismo, considerada ortodoxa, fiel ao legado de Cristo e dos apóstolos, para se unir a manifestações heterodoxas como o gnosticismo, o montanismo, o marcionismo e outros movimentos. A literatura cristã antiga está repleta de alusões a esses grupos e aos males que causavam à igreja e seus fiéis.

No contexto das perseguições, muitas delas restritas e localizadas, e outras amplas e gerais, um grande número de pessoas abandonava a comunidade cristã. Elas o faziam justamente para não serem submetidas aos sofrimentos resultantes da ação repressora do estado. Porém, cessada a perseguição, surgia um difícil problema pastoral a ser enfrentado pelos bispos, os líderes da igreja. Muitos desses indivíduos que haviam negado a Cristo e se entregue à idolatria e outras práticas, arrependiam-se e manifestavam o desejo de retornar à igreja. As atitudes dos bispos variavam em relação a tais pessoas: alguns deles, adotando uma postura tolerante, reintegravam-nas com relativa facilidade; outros, conhecidos como “rigoristas”, submetiam-nas a um longo e árduo processo de reinserção na comunidade cristã. Em alguns casos, esse processo podia durar a vida inteira e o indivíduo somente era readmitido à comunhão no seu leito de morte, caso tivesse se mantido fiel até então. Essa situação viria a resultar no desenvolvimento do sacramento da penitência, que visava lidar com a realidade do pecado na vida dos batizados.[1]

Com o advento da era constantiniana, no início do quarto século, marcada pela aliança da igreja com o estado e pelo surgimento do cristianismo como religião oficial do Império Romano, o problema da deserção tomou novos contornos. Agora, sendo a igreja majoritária e aliada ao poder civil, era altamente desejável permanecer nela, e muito arriscado deixá-la. Surgiu assim uma inversão de situações: enquanto nos três primeiros séculos muitos abandonavam a igreja para não serem perseguidos, agora essa deserção é que se tornou passível de castigo, principalmente no caso dos heterodoxos. Um bispo espanhol, Prisciliano, e alguns de seus seguidores, foram os primeiros indivíduos a serem executados por heresia na história do cristianismo, em 385.[2]

Tal situação perdurou ao longo de toda a Idade Média. No contexto da “cristandade”, ou seja, a sociedade europeia fortemente influenciada pela Igreja Romana, o problema do abandono da igreja ou da fé ficou relativamente minimizado. Todas as pessoas eram batizadas na infância e se tornavam nominalmente cristãs. Os súditos de um estado eram ao mesmo tempo membros da única igreja. Cidadania e fé se equivaliam. Nesse contexto, não havia nenhuma tentação ou oportunidade para abandonar a comunidade eclesial. Essa realidade se alterou profundamente com o surgimento da Reforma Protestante. Esse movimento rompeu a cristandade e introduziu o princípio da diversidade religiosa no contexto do cristianismo europeu. Tal fato incentivou o trânsito das pessoas de uma confissão religiosa para outra. Além disso, o advento de uma mentalidade secularizante, associada com o Renascimento e o Humanismo, levou muitas pessoas a simplesmente rejeitarem qualquer religiosidade institucional.

Curiosamente, por um bom tempo as novas igrejas protestantes mantiveram a mentalidade hegemônica do catolicismo medieval. Em todas as nações ou regiões protestantes havia uma igreja oficial, fosse ela luterana, reformada ou anglicana, e os adeptos de outros grupos eram submetidos a diversas restrições. A única exceção eram os anabatistas, que rejeitavam qualquer associação entre a igreja e o estado. Esse sistema se transferiu para as colônias inglesas da América do Norte, onde cada colônia tinha a sua própria igreja oficial e os dissidentes sofriam sérias limitações e até mesmo rigorosas punições, como foi o caso dos quacres em Massachusetts. Finalmente, com a independência americana e a consagração da norma constitucional de separação entre igreja e estado, surgiu o fenômeno conhecido como denominacionalismo, ou seja, uma situação em que as mais diversas confissões religiosas têm exatamente o mesmo status e plena igualdade diante da lei, ninguém podendo ser punido por pertencer a este ou aquele grupo confessional, ou a nenhum deles.[3]

Evidentemente essa situação estimulou ainda mais a “infidelidade eclesiástica”. Como as pessoas tinham muitas opções religiosas, e não sofriam nenhuma sanção se transitassem de uma para outra, esse fato passou a ocorrer com frequência. Outras pessoas, por diferentes razões, simplesmente deixavam suas comunidades de origem e não se filiavam a nenhuma outra, optando por uma vida irreligiosa.

2. No Brasil

Como é sobejamente conhecido, dois tipos de igrejas protestantes foram implantadas no Brasil no século 19: aquelas constituídas de imigrantes europeus, como a anglicana e a luterana, e aquelas surgidas como resultado da atividade missionária europeia e norte-americana (congregacionais, presbiterianos, metodistas, batistas, episcopais e outros). Embora imperasse no país a união entre igreja e estado, sendo a Igreja Romana a religião oficial do império, entre as igrejas protestantes, principalmente as de origem missionária, ocorria na prática o fenômeno do denominacionalismo, que se consagrou definitivamente com o advento da República. 

Por muito tempo houve considerável trânsito de membros entre as denominações tradicionais, o que era visto com certa naturalidade. Ninguém se espantava ou se afligia se um presbiteriano passava a frequentar uma igreja batista, ou um congregacional se tornava metodista. Por causas das afinidades entre essas igrejas, tais transferências não chegavam a chocar. Isso ocorria inclusiva com pastores: no início do século 20, dois ministros metodistas de igual sobrenome, Manoel de Arruda Camargo e Jovelino Moraes de Camargo, serviram a igreja presbiteriana por alguns anos, sem que isso causasse qualquer estremecimento entre as duas denominações.[4]

Muito diferente era a situação em que o afastamento de membros ocorria num contexto conflitivo, quer como resultado de cismas, adesão a grupos considerados heterodoxos ou quebra de padrões doutrinários e éticos. A seguir, são examinados alguns desses casos em conexão com a igreja presbiteriana brasileira.

2.1 Cisões ou Cismas

Historicamente, a ocorrência de divisões nas igrejas tem sido uma causa importante para o afastamento de membros. O primeiro cisma ocorrido no incipiente presbiterianismo nacional foi aquele associado ao Dr. Miguel Vieira Ferreira (1837-1885), engenheiro pertencente a uma família aristocrática do Maranhão. Em abril de 1874, ele foi recebido por profissão de fé e batismo pelo Rev. Alexander Blackford, na Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro. Poucos meses depois foi eleito presbítero e acompanhou o missionário em algumas viagens evangelísticas. O pastor seguinte daquela igreja, Rev. Dillwin M. Hazlett, estando envolvido com outras atividades, entregou-lhe o púlpito com frequência. Dotado de um temperamento místico, que anteriormente o havia levado a envolver-se com o espiritismo, o Dr. Miguel começou a fundamentar seu ensino em sonhos e visões, pretendendo ter revelações diretas de Deus. Em fevereiro de 1879, ele foi suspenso do presbiterato. Em setembro daquele ano retirou-se da igreja com 27 pessoas, muitas delas de sua família, criando a Igreja Evangélica Brasileira, uma pequena denominação que existe até os dias de hoje.[5] Esse episódio foi objeto de várias análises do professor Émile Léonard, que o considerou um caso de “iluminismo” protestante.[6] Do ponto de vista pastoral, vale destacar a temeridade dos missionários em ordenar ao presbiterato esse indivíduo recém-convertido e posteriormente confiar-lhe o púlpito.

Posteriormente, com o cisma de 1903, que resultou no surgimento da Igreja Presbiteriana Independente, um número muito maior de membros deixou a igreja presbiteriana “sinodal”, gerando incontáveis amarguras por anos a fio. A partir da década de 1960, o movimento de renovação espiritual e posteriormente as influências neopentecostais continuaram a produzir divisões e afastamento de membros. Por sua natureza e por seu caráter coletivo, esse tipo de evasão dificilmente pode ser sanado, embora ocorram casos em que as pessoas acabam se decepcionando com o grupo separatista e fazem o caminho de volta.

2.2 Adesão a Outros Grupos Religiosos

Outro motivo para a evasão de membros tem sido o retorno à confissão religiosa original ou a filiação a outros grupos, evangélicos ou não. São um tanto comuns nos anais da história presbiteriana os casos em que membros vindos do catolicismo retornavam à velha igreja ou ingressavam nas fileiras espíritas. Porém, com mais frequência os líderes lamentam a adesão de fiéis a “seitas” protestantes, como sabatistas, pentecostais e outros movimentos.[7] Um exemplo interessante pode ser visto no primeiro livro de atas do conselho da Igreja Presbiteriana de Guarapuava, no interior do Paraná, organizada em 1889. Em maio de 1921, o conselho dessa igreja excluiu do seu rol 12 pessoas por terem se filiado à Igreja Presbiteriana Independente, 14 à Igreja Luterana, 23 aos sabatistas e duas aos espíritas.[8] É importante lembrar que muitos desses indivíduos residiam fora da sede e recebiam escassa assistência pastoral, um problema comum na época. Além disso, tais deserções provavelmente ocorreram ao longo de vários anos. No caso das adesões à Igreja Luterana, todos os envolvidos eram de origem alemã.

Em sua história do presbiterianismo brasileiro, Júlio Andrade Ferreira se refere ao “duro golpe” sofrido pela Igreja Presbiteriana do Brás, em São Paulo, quando foi implantada no mesmo bairro a Congregação Cristã no Brasil.[9] Em outro lugar ele fala das visitas do Rev. Roberto Frederico Lenington a Ponta Grossa, no Paraná, “onde os adventistas andavam dizimando o rebanho”.[10] Obviamente, essas incursões proselitistas acabavam por afastar membros individuais e famílias inteiras de muitas igrejas presbiterianas.

2.3 Abandono da Fé

Um terceiro fator motivador de abandono das fileiras das igrejas era a renúncia à fé, por diferentes motivos. Particularmente lamentadas eram as deserções resultantes da quebra dos padrões éticos das igrejas evangélicas, em especial na forma de vícios e adultério. Um caso ilustrativo é o do Dr. Antônio Teixeira da Silva (1863-1917), advogado natural de Tietê e irmão de D. Alexandrina Braga, mãe do Rev. Erasmo Braga. Ele era formado pela Faculdade de Direito de São Paulo, foi diretor do Liceu de Artes e Ofícios e lecionou por vários anos no Curso Comercial Superior do Mackenzie College. Em 1900, foi recebido por profissão de fé por seu sobrinho na Igreja Presbiteriana de Niterói e se tornou um dos primeiros membros da Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo. Por alguns anos, revelou-se vigoroso propagandista da fé evangélica, pregando em praças públicas e escrevendo folhetos e livros. Sua principal obra foi O catolicismo romano e o cristianismo puro (1902), que teve grande circulação. Foi um dos organizadores da Aliança Evangélica da capital paulista e um dos líderes iniciais do Esforço Cristão.[11]

No início de 1906, o Dr. Teixeira da Silva comunicou ao conselho da sua igreja que “tinha descrido do evangelho e vivia na transgressão do sétimo mandamento”, pedindo o seu desligamento do rol de comungantes.[12] Por vários anos esteve afastado da fé. Porém, segundo os registros da época, durante a enfermidade que o levou à morte, mostrou-se contrito e arrependido.[13] Os livros de atas das primeiras igrejas presbiterianas estão repletos de registros de demissão de membros por motivos semelhantes. Por outro lado, alguns se afastavam simplesmente por terem deixado de crer, sem terem cometido alguma transgressão moral. Em sua obra clássica sobre o presbiterianismo nacional, o historiador Vicente Themudo Lessa se refere a vários indivíduos que ingressaram na igreja, mas “não perseveraram na fé”. Entre outros, ele menciona o médico e cientista Vital Brasil Mineiro da Campanha; o jornalista e poeta Teófilo Barbosa; o candidato ao ministério e mais tarde advogado Randolfo Campos; Ricardo Figueiredo, diretor de O Estado de São Paulo, e Agnelo Costa, advogado, político e jornalista no Maranhão.[14]

3. O Cenário Atual

Como se percebe, a evasão de membros é um fenômeno antigo no protestantismo brasileiro, porém nos últimos anos adquiriu proporções alarmantes. O censo de 2010 realizado pelo IBGE revelou um contingente de quatro milhões de evangélicos que declararam não estar filiados a nenhuma igreja. Não se trata de pessoas que deixaram de abraçar a fé cristã e evangélica. Elas continuam a se considerar cristãs ou evangélicas, mas não julgam necessária uma vinculação eclesiástica. Para designar esses indivíduos, foi criado no Brasil há alguns anos o neologismo “desigrejados”, correspondente ao inglês unchurched”. Um estudo recente sobre o assunto foi feito por Idauro Campos, pastor congregacional em Niterói e professor em diversos seminários da região. Sua dissertação de mestrado em Ciências da Religião no Seminário Teológico Congregacional do Estado do Rio de Janeiro foi publicada com o título Desigrejados: teoria, história e contradições do niilismo eclesiástico.[15] As referências bibliográficas arroladas por esse autor revelam o vasto número de estudos que têm se voltado para o tema nos últimos anos.[16]

Sua pesquisa revela duas causas principais para o fenômeno dos sem-igreja. Muitos membros deixam as igrejas evangélicas, principalmente neopentecostais, por se decepcionarem com líderes autoritários, controladores, ávidos por dinheiro, prestígio e poder.[17] Essas pessoas se ressentem da exploração espiritual, emocional e financeira a que foram submetidas por pastores inescrupulosos. Todavia, muitas delas acabam procurando outras igrejas nas quais a liderança é exercida dentro de moldes mais bíblicos. O segundo grupo é constituído daqueles que renunciam às suas congregações por não mais acreditarem na igreja institucional. Os porta-vozes desse movimento argumentam que o uso de templos, a existência de ministros ordenados e o ensino por meio de prédicas, entre outros fatores, são exemplos da paganização da igreja, do seu afastamento da simplicidade do cristianismo original.[18] Tais líderes propõem uma espiritualidade centrada em pequenos grupos, reuniões em contextos informais e um mínimo de aparato institucional. Entre eles estão Frank Vila e George Barna, nos Estados Unidos, e Caio Fábio e Paulo Brabo, no Brasil. 

Embora tenha simpatia pelo primeiro grupo, aqueles que deixaram suas igrejas por terem sido “feridos em nome de Deus”, Campos discorda firmemente dos proponentes de uma “terceira reforma”. Enquanto que a primeira, a dos reformadores do século 16, teria sido doutrinária, e a segunda, a dos pietistas, teria ocorrido no âmbito da espiritualidade, a terceira seria eclesiológica, implicando numa profunda reformulação da igreja institucional. Conquanto reconheça, como é correto, os erros da igreja enquanto instituição, inclusive no âmbito protestante, o referido autor apresenta vários argumentos em sua defesa: o questionamento da igreja visível não é novo na história do cristianismo, tendo ocorrido muitas vezes no passado[19]; embora a igreja neotestamentária tivesse uma organização bastante singela, já se percebem os sinais de uma institucionalização incipiente, como as instruções a respeito dos oficiais; nenhuma organização pode prescindir de alguma estruturação formal – isso é próprio de todo grupamento humano. Mesmo que um movimento denomine suas unidades de “estações do caminho” (Caio Fábio), mais cedo ou mais tarde elas irão ter características de igrejas.

Uma das críticas mais pertinentes feitas por Campos aos proponentes da desvinculação com a igreja tem a ver com a “crise de pertencimento” da sociedade pós-moderna.[20] A mentalidade contemporânea caracteriza-se por elementos como o relativismo, o pluralismo e o individualismo exacerbados. Nesse contexto, são desfeitos os vínculos de lealdade com as instituições. Esse autor conclui: “Mesmo que não percebam ou que não admitam, muito da energia dos desigrejados vem da pós-modernidade. Antes de ser uma revolução (como acreditam) é tão somente um reflexo do momento pelo qual a sociedade passa”.[21]

Uma ressalva que se pode fazer a esse valioso estudo é o fato de deixar de considerar outros fatores igualmente importantes no processo de desigrejação, como aqueles que foram considerados acima na história do presbiterianismo brasileiro. Além da decepção com líderes abusivos e com doutrinas e práticas heterodoxas, e além do questionamento ideológico da igreja como instituição, a realidade é que muitas pessoas continuam deixando as suas congregações por participarem de movimentos cismáticos, se sentirem atraídas por igrejas mais empolgantes, não se submeterem à disciplina quando envolvidas com práticas conflitantes com a fé cristã ou simplesmente por passarem a nutrir dúvidas acerca do evangelho.

4. Perspectivas Pastorais

Este artigo não tem em vista simplesmente apresentar uma perspectiva histórica do problema da evasão de membros e fazer um breve diagnóstico desse mal que acomete muitas igrejas, mas propor ações preventivas e corretivas que podem ser empreendidas pelos líderes cristãos. A evasão de membros é um fenômeno complexo e multifacetado, decorrente de uma grande multiplicidade de fatores. Existem participantes ou frequentadores que irão deixar a congregação não importa o que se faça em relação a eles, mas é certo que muitos deixarão de fazê-lo se forem tomadas atitudes adequadas em relação aos problemas que enfrentam ou aos questionamentos que nutrem com relação à igreja. A seguir, são apontados alguns elementos a serem considerados por aqueles que se preocupam com esse desafio.

4.1 Autocrítica

Em primeiro lugar, pastores e presbíteros precisam admitir que suas igrejas não são perfeitas e podem ter características que tenderão a afastar alguns de seus integrantes. O tradicionalismo, as formas rígidas de culto e organização, a incapacidade de se adaptar a novas realidades, a falta de abertura para o diálogo e outros fatores correlatos estão presentes em muitas igrejas e acabam por gerar insatisfação e finalmente evasão. Alguém disse que muitas vezes a igreja fica eternamente respondendo perguntas que as pessoas não estão fazendo e, por outro lado, deixa de responder as que elas estão levantando. Isso dá aos fiéis a percepção de que suas necessidades, dúvidas e carências não estão sendo supridas. Se é bem verdade, desde uma perspectiva reformada, que o alvo precípuo da igreja é a glória de Deus e não a satisfação de necessidades, por outro lado a igreja tem o dever de ministrar aos seus participantes em suas carências espirituais, emocionais, relacionais e outras.

Outro aspecto crucial diz respeito às oportunidades que as pessoas, todas as pessoas, devem ter na igreja de exercer os ministérios e dons confiados por Deus. Aqui, dois erros extremos podem ocorrer, um de falta e outro de excesso. Existem membros que se frustram porque raramente têm espaço para fazer alguma coisa, para dar a sua contribuição. Por exemplo, aquela pessoa que nunca tem a oportunidade de fazer uma oração no culto público ou de ter qualquer outra participação na liturgia. Ou então quem nunca recebe um convite para exercer algum cargo, emitir uma opinião ou colaborar em alguma área na qual tem conhecimento ou experiência. Todavia, também existe o perigo oposto, que é sobrecarregar as pessoas com atividades, deixando-as exaustas e sem tempo para outros interesses, sejam eles familiares ou comunitários. O Rev. Erasmo Braga era crítico dessa tendência das igrejas de sua época, tendo se referido a esse problema em vários de seus escritos.[22]

Os dirigentes precisam ser sensíveis e receptivos em relação às reivindicações e solicitações legítimas de seus fiéis, evitando assim uma evasão desnecessária. Para isso, é preciso ouvi-los com frequência, exercer o diálogo constante e, assim, realizar as correções nas normas e práticas que se façam necessárias, tendo em vista o bem-estar e a continuidade da participação dos membros. 

4.2 Discipulado

Em muitas igrejas locais se verifica uma grande ironia, um grande paradoxo. Essas igrejas fazem um enorme e apreciável investimento na área da evangelização, da atração de novas pessoas e famílias para o evangelho de Cristo. O pastor prega e ensina com frequência a respeito do assunto, são oferecidos cursos sobre como evangelizar, utilizam-se publicações ricas e estimulantes sobre o tema, incentiva-se o evangelismo pessoal e em grupos. Enfim, faz-se um vigoroso esforço para alcançar os não-crentes. Porém, tão logo essas pessoas se convertem e são recebidas na igreja, elas são, por assim dizer, esquecidas e caem na rotina da vida da comunidade. Como elas já estão do lado de dentro, entende-se que não mais precisam de tanta atenção. É assim que muitos novos membros depois de algum tempo acabam se decepcionando, perdendo o seu entusiasmo inicial e abandonando a igreja.

Isso mostra a absoluta necessidade de um elemento complementar ao evangelismo, que é o discipulado ou a integração dos novos convertidos. A igreja precisa criar mecanismos pelos quais aqueles que ingressaram na comunidade possam receber um acompanhamento adequado nos primeiros meses e anos de sua vida cristã. Em sua autobiografia recentemente publicada, o Rev. Eber Lenz César, que teve vasta experiência ministerial em vários estados do Brasil e na África do Sul, mostra como as atividades de integração foram importantes nesse sentido.[23]

4.3 Pastoreio

Tanto membros novos quanto antigos também precisam de uma assistência constante e cuidadosa por parte dos pastores e dos presbíteros regentes. Isso faz lembrar a valiosa exortação de Paulo aos líderes da igreja de Éfeso: “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constitui bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue” (At 20.28). Esse cuidado inclui uma vigilância constante que permita identificar os problemas ainda no seu início, a tempo de serem adequadamente diagnosticados e tratados pastoralmente. Um caso clássico é a repentina ausência dos cultos por uma pessoa ou família. Tal circunstância muitas vezes sinaliza alguma dificuldade que deve ser objeto de uma intervenção rápida por parte dos líderes cristãos. Porém, não somente estas, mas todas as pessoas devem ser objeto de uma constante preocupação e zelo pastoral. 

É bem conhecido o exemplo do notável pastor puritano Richard Baxter (1615-1691). No fiel desempenho do seu encargo, esse ministro procurava se encontrar uma vez por ano com cada uma das 800 famílias que compunham a sua congregação na cidade de Kidderminster, a fim de instruí-las e aconselhá-las. Em seu famoso clássico The Reformed Pastor, ele insistiu que os pastores precisam se dedicar à instrução pessoal e particular do rebanho. Disse ele: “É dever inquestionável dos ministros em geral que se disponham à tarefa de instruir e orientar individualmente a todos aqueles que são entregues ao seu cuidado”.[24]

Conclusão

Os líderes cristãos, aí incluídos pastores, presbíteros, diáconos, professores de escola dominical e outros, nunca devem se esquecer de uma importante distinção no que diz respeito à igreja. Por um lado, ela é uma instituição, uma estrutura (organização). Por outro lado, é o conjunto dos fiéis, o corpo de Cristo (organismo). O primeiro aspecto deve servir o segundo, não o contrário. A igreja institucional tem como um de seus propósitos ministrar às necessidades dos fiéis, contribuir para que vivam vidas plenas em Cristo, sem afastar-se da comunidade da fé, mas estando plenamente integrados nela.

Em alguns casos, a evasão de membros pode ser algo sem maiores consequências, como quando alguém deixa uma igreja para filiar-se a outra igualmente bíblica e sólida. Em outras situações, representa uma grande perda para a igreja e para as pessoas envolvidas. Esse tema negligenciado precisa receber maior atenção dos ministros de Deus à medida que desempenham os diferentes deveres do seu encargo. O afastamento de pessoas ou a ameaça de afastamento pode indicar problemas que elas estão enfrentando pessoalmente ou problemas da igreja como um todo. Ambos precisam ser tratados zelosamente, sob a direção do Espírito Santo e o ensino das Escrituras. 

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Notas:
[1] Ver: WALKER, Williston. História da igreja cristã. 2 vols. São Paulo: Aste, 1967, vol. 1, p. 136-39; KELLY, J. N. D. Doutrinas centrais da fé cristã. São Paulo: Vida Nova, 1994, p. 149-51, 163-66.
[2] DOUGLAS, J. D. (ed. geral). The New International Dictionary of the Christian Church. 2ª ed. Grand Rapids: Zondervan, 1978, p. 804.
[3] Ver: ELWELL, Walter A. (ed.). Enciclopédia histórico-teológica da Igreja cristã. Em 1 volume. São Paulo: Vida Nova, 2009, p. 409-412.
[4] LESSA, Vicente Themudo. Anais da 1ª Igreja Presbiteriana de São Paulo (1863-1903). 2ª ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 224, 322s, 559; FERREIRA,História da Igreja Presbiteriana do Brasil. 2 vols. 2ª ed. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1992, p. 76.
[5] Ver: LESSA, 2010, p. 144-47; MATOS, Alderi S. Os pioneiros presbiterianos do Brasil (1859-1900): missionários, pastores e leigos do século 19. São Paulo: Cultura Cristã, p. 461-63.
[6] Ver: LÉONARD, Émile-G. O protestantismo brasileiro. 3ª ed. São Paulo: Aste, 2002, p. 76-79; idem, O iluminismo num protestantismo de constituição recente. São Paulo: Ciências da Religião, 1988. Iluminismo aqui significa o apelo a revelações diretas de Deus.
[7] Diversos pastores escreveram livros ou opúsculos combatendo esses grupos. Por exemplo: Jerônimo Gueiros, “A heresia pentecostal”; Alcides Nogueira, “Heresias sabatistas”.
[8] Atas da Sessão da Igreja Presbiteriana de Guarapuava (1889-1927), 07.05.1921, fl. 168s.
[9] FERREIRA, Júlio A. História da Igreja Presbiteriana do Brasil. 2 vols. 2ª ed. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1992, vol. 2, p. 202.
[10] FERREIRA, 1992, vol. 2, p. 130. Na mesma página, ele afirma que o Rev. George Landes visitava todo o litoral de Santa Catarina, “já atacado por adventistas”.
[11] Matos, 2004, p. 483.
[12] 1º Livro de Atas da Sessão, Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo, 04.01.1906, fl. 175s.
[13] LESSA, 2010, p. 537; O Estandarte, 01.02.1917, p. 11.
[14] LESSA, 2010, p. 183, 359, 433, 533, 563.
[15] CAMPOS, Idauro. Desigrejados: teoria, história e contradições do niilismo eclesiástico. São Gonçalo, RJ: Editora Contextualizar, 2013. Prefácio de Augustus Nicodemus Lopes.
[16] Por exemplo: AGRESTE, Ricardo. Igreja? Tô fora. Santa Bárbara D’Oeste, SP: Socep, 2009; AZEVEDO, Israel Belo de. Gente cansada de igreja. São Paulo: Hagnos, 2010; BARNA, George. Revolução. São Paulo: Abba Press, 2007; BITUN, Ricardo. Mochileiros da fé. São Paulo: Editora Reflexão, 2011; BOMILCAR, Nelson. Os sem-igreja. São Paulo: Mundo Cristão, 2012; BRABO, Paulo. Bacia das almas: confissões de um ex-dependente de igreja. São Paulo: Mundo Cristão, 2009; CÉSAR, Marília de Camargo. Feridos em nome de Deus. São Paulo: Mundo Cristão, 2009; D’ARAÚJO FILHO, Caio Fábio. Aos desigrejados e aos que não sofrem de amnésia e outros textos. Disponível em: www.caiofabio.net; FERNANDES, Carlos. Desigrejados: fenômeno que cresce. Cristianismo Hoje, edição 37, ano 7, 2013, p. 18-25; FERNANDES, Danilo. Série: Desigrejados. Disponível em: www.genizahvirtual.com.br; GOIS, Antônio e SCHWARTSMAN, Hélio. Cresce o número de evangélicos sem ligação com igrejas. Folha de São Paulo, 15 ago. 2011. Disponível em: www1.folha.uol.com.br; JACOBSEN, Wayne e COLEMAN, Dave. Por que você não quer ir à igreja. Rio de Janeiro: Sextante, 2009; KIMBALL, Dan. Eles gostam de Jesus, mas não da igreja. São Paulo: Vida, 2011; KIVITZ, Ed René. Outra espiritualidade: fé, graça e resistência. São Paulo: Mundo Cristão, 2006; LOPES, Augustus Nicodemus. Os desigrejados. Disponível em: http://tempora-mores.blogspot.com.br; LOPES, Augustus Nicodemus. O que estão fazendo com a igreja: ascensão e queda do movimento evangélico brasileiro. São Paulo: Mundo Cristão, 2008; RODRIGUES, Denise dos Santos. Os sem religião nos censos brasileiros: sinal de uma crise de pertencimento institucional. Belo Horizonte: Horizonte, v. 10, n. 20, out.-dez. 2012, p. 1130-1153; ROMEIRO, Paulo. Decepcionados com a graça: esperanças e frustrações no Brasil neopentecostal. São Paulo: Mundo Cristão, 2005; VIOLA, Frank e BARNA, George. Cristianismo pagão. São Paulo: Abba Press, 2008; idem, Reimaginando a igreja. Brasília: Editora Palavra, 2009; WAGNER, Glenn. Igreja S/A: dando adeus à igreja-empresa e recuperando o sentido da igreja-rebanho. São Paulo: Vida, 2003; YANCEY, Philip. Alma sobrevivente. São Paulo: Mundo Cristão, 2004; idem, Igreja: por que me importar? São Paulo: Vida Nova, 2008; ZÁGARI, Maurício. Decepcionados com a igreja. Cristianismo Hoje, 2010. Disponível em: www.cristianismohoje.com.br.
[17] CAMPOS, 2013, p. 33-50.
[18] CAMPOS, 2013, p. 51-87.
[19] Campos aborda em capítulos separados os seguintes exemplos: o montanismo, os pais do deserto, o donatismo, Pedro de Bruys e Henrique de Lausanne, Hugo Speroni, Joaquim de Fiore, os anabatistas, os quakers, os darbistas e o cristianismo arreligioso de Dietrich Bonhoeffer.
[20] CAMPOS, 2013, p. 177-189.
[21] CAMPOS, 2013, p. 189.
[22] Ver, por exemplo: BRAGA, Erasmo. The Republic of Brazil: A Survey of the Religious Situation. Londres: World Dominion Press, 1932, p. 96.
[23] CÉSAR, Éber Lenz. Vida de pastor: lembranças de uma jornada. Rio de Janeiro: Imprimindo Conhecimento, 2014, p. 156. Ver: MOORE, Waylon B.Integração segundo o Novo Testamento. Rio de Janeiro: Juerp, 1990.
[24] BAXTER, Richard. Manual pastoral do discipulado. São Paulo: Cultura Cristã, 2008, p. 27. Ver também ELLIFF, Jim. A cura de almas. In: ARMSTRONG, John (Org.). O ministério pastoral segundo a Bíblia. São Paulo: Cultura Cristã, 2007, p. 151-171.

***
Autor: Rev. Alderi Souza de Matos - tem o grau de Doutor em Teologia (Th.D.) pela Escola de Teologia da Universidade de Boston. É professor de teologia histórica no CPAJ e historiador da Igreja Presbiteriana do Brasil.
Fonte: Fides Reformata, Volume XIX, número 1, 2014, págs. 21-33.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

“Apóstolo” espalha 50 quilos de sal “ungido” na igreja


Pare e Pense!

Que cristianismo e esse? As pessoas, digo os crentes não conhecem a Palavra de Deus nem o Deus da Palavra e se deixam levar por ensinos que não encontramos nas Sagradas Escrituras. Chega, nós precisamos da Palavra de Deus, para não nos deixarmos levar pelos falsos mestres da nossa atualidade. Jesus nos ensina no Evangelho de Mateus "ERRAIS, NÃO CONHECENDO AS ESCRITURAS NEM O PODER DE DEUS"(Mateus 22.29).
No Brasil podemos ver a Igreja voltando a Idade das Trevas, porque não conhece a Deus e sua Palavra. Está se deixando levar por falsos mestres, falsos profetas, falsos pastores, etc.
Quem disse que você precisa de sal ungido para vencer as lutas, os inimigos, os problemas, para termos uma vida abundante, etc. Nós precisamos de Jesus, lutar em nome do Senhor para a Glória somente de Deus. Não se deixe levar pelos falsos ensinos. Davi em I Samuel 17 nos ensina que para vencermos os nossos inimigos e gigantes não podemos nos deixar levar :1-Pelos críticos e incrédulos que não conhecem verdadeiramente a Deus( I Sm 17.28,33,42,43); 2- Devemos lutar em nome do Senhor dos Exércitos (I Sm 17.45) que criou todas as coisas e controla o mundo e 3- Para a Glória de Deus( 1 Sm 17.46,47). Se você quer ter uma vida vitoriosa siga o exemplo de Davi. Não confie neste falso ensino de  Agenor Duque. O sal ungido não pode fazer nada por você, somente o Senhor Deus pode ter dar vitórias como fez com Davi contra os seus inimigos. Davi foi vitorioso porque o Senhor dava vitórias a ele 2 Samuel 8.6,14. A nossa maior necessidade é de Deus o Senhor que nos dá a vitória.Você não precisa de Sal Ungido, este ensino é errado. Nós precisamos confiar em Deus e em sua Palavra que é fiel e verdadeira. Deus tenha misericórdia de Agenor Duque e que ele possa ser transformado para a Glória de Deus.
Pr Eli Vieira

A foto publicada nas redes sociais onde o “apóstolo” aparece orando sobre grande quantidade de sal causou polêmica.

A igreja Apostólica Plenitude do trono de Deus, realizou um ato profético com a intenção de que as pessoas atravessassem o “vale de sal”, imitando o rei Davi, quando enfrentou 18.000 no vale de sal, em 2 Samuel 8:13.
Na imagem, os fiéis aguardam ansiosos pela unção do “apóstolo”, que através da “oração” fez seu ritual de ato profético.
Mais de 50kg de sal foram espalhados no chão da igreja para que o ato profético acontecesse. Os fiéis bem como os pastores e obreiros atravessaram o caminho do sal “ungido” pelo “apóstolo” Agenor Duque.
Chamado de “rituais estranhos” e “costumes fora do evangelho de Cristo”, tal façanha atingiu e foi criticada pelas sites internacionais.
Alguns deles, alertaram que “isso é uma nova corrente” e não é o cristianismo Bíblico.
Redação Consciência Cristã

sábado, 14 de janeiro de 2017

Em meio à crise, pais entregam filhos para adoção na Venezuela

O salário mínimo na Venezuela é de 27.092 bolívares, o equivalente a R$ 130, em uma nação com uma inflação galopante que em 2015 fechou em 180,9%, com uma severa escassez de produtos básicos de todos os tipos, especialmente alimentos.
No lixão vasculhado por Brayan, as pessoas encontram presunto, queijo, ossos e pele de frango e, muitas vezes, a comida ainda conserva o calor do preparo, por isso muitos criticam que estes locais preferem jogar fora a comida do que dá-la a eles.
Enquanto isso, Jesús, de 15 anos e que vive em uma cidade nos arredores da capital venezuelana, vai a uma avenida no leste da cidade em busca de comida para levar para a mãe e o irmão, de poucos meses de idade. Este menino está na mesma situação que os primos de 8, 9 e 17 anos, que também seguem para a avenida em busca de comida.
Enquanto reviram os resíduos, eles separam papelões para uma posterior venda a um caminhão que passa todos os dias na mesma hora por essa via coletando o material e em troca de 22 bolívares o quilo (R$ 0,01).
No entanto, os jovens não tiveram esta renda nas últimas semanas devido à escassez de dinheiro físico que afeta o país desde meados de novembro.
As batalhas destes garotos não foram, até agora, por comida, mas com a polícia. O adolescente disse que já foram detidos por funcionários da polícia militar venezuelana que levaram todo o dinheiro conseguido com a venda do papelão.
O mesmo foi dito por Carlos González, um homem de 27 anos que se dedica à coleta e venda de papel, papelão e plástico do lixo como forma de vida.
González disse que a “nacional” (polícia federal) muitas vezes “confisca” o material ou o dinheiro. Ele vive nos arredores de Caracas e afirma que ao longo da semana prefere dormir debaixo de uma ponte para “cuidar” do “material de trabalho” que coleta com alguns companheiros todos os dias, o que o permite levar alimentos para a esposa e a filha de 6 anos.
Com informações Notícias UOL
Imagem: reprodução

11 DE JANEIRO: 71 ANOS DE JOHN PIPER


John Stephen Piper (Tennessee, 11 de janeiro de 1946) é um pregador e autor batista calvinista que serviu como pastor da Igreja Batista Bethlehem, em Minneapolis, Minnesota, por 33 anos. Casou-se com Noël Henry, em 1968, e juntos têm quatro filhos, uma filha, e doze netos.


Filho de evangelista itinerante e plantador de igreja. Quando ele e sua irmã ainda eram jovens, os Pipers mudaram-se para Greenville, Carolina do Sul, onde passou o restante de sua juventude e graduou-se na Wade Hampton High School.

Piper frequentou o Wheaton College (1964-68), graduando-se em literatura e especializando-se em filosofia. O estudo da literatura romântica com Clyde Kilby estimulou seu lado poético, e hoje ele compõe regularmente poesia para comemorar ocasiões especiais da família, bem como anualmente compõe história-poemas (baseadas na vida de personagens bíblicos) para sua congregação durante as quatro semanas do Advento.


Na faculdade ele se inscreveu originalmente no programa de pré-médico, somente decidindo seguir o ministério, durante um surto de doença. Também completou um grau de Bacharel em Divindade do Seminário Teológico Fuller, em Pasadena, Califórnia. Enquanto estava no Fuller, fez vários cursos com Daniel Fuller e através dele descobriu os escritos de Jonathan Edwards. Juntamente com CS Lewis, Edwards e Fuller são todos influências notáveis ​​na vida e ministério de Piper.

Piper fez o seu trabalho de doutorado em Estudos do Novo Testamento, na Universidade de Munique, Alemanha (1971-1974), sob Leonhard Goppelt. Sua dissertação, Amai vossos inimigos, foi publicada pela Cambridge University Press e pela Baker Book House. Após a conclusão de seu doutorado, ensinou Estudos Bíblicos na Universidade e Seminário Bethel, em Saint Paul, Minnesota, durante seis anos (1974-1980).

Livros publicados:

  • (2005) Penetrado Pela Palavra (Editora Fiel) 
  • (2006) Deus é o Evangelho (Editora Fiel) 
  • (2009) Plena Satisfação em Deus (Editora Fiel) 
  • (2010) Firmes (Editora Fiel) 
  • (2010) Pense (Editora Fiel) 
  • (2011) Evangelização e Missões (Editora Fiel) 
  • (2011) Finalmente Vivos (Editora Fiel) 
  • (2013) Cinco Pontos (Editora Fiel) 
  • (2014) Deus deseja que todos sejam salvos? (Editora Fiel) 
  • (2014) Lutando contra a Incredulidade (Editora Fiel) 
  • "Amai os vossos inimigos: O amor de Jesus Comando nos Evangelhos Sinópticos e cristã primitiva Paraenesis" (Cambridge University Press, 1980; Baker, 1991).
  • "A justificação de Deus: Uma exegéticos e teológicos Estudo de Romanos 9:1-23" (Baker, 1983, 2 ª edição, 1993).
  • "Desejosos de Deus: Meditações de um hedonista cristão" (Multnomah, 1986, 2 ª edição, 1996, 3a edição, 2003).
  • "A Supremacia de Deus na Pregação" (Baker, 1990, 2 ª edição, 2003).
  • "Os prazeres de Deus" (Multnomah, 1991; edição aumentada, 2000).
  • "Recuperando Masculinidade e Feminilidade Bíblica" (Co-editor) (Crossway, 1991). Copiar Online.
  • "Que as nações ser feliz! A supremacia de Deus em Missões" (Baker, 1993, 2 ª Edição, 2003).
  • "graça futura, ou, o poder de purificar Viver pela fé no futuro Grace" (Multnomah, 1995).
  • "A Fome por Deus: Desejando Deus através do jejum e oração" (Editora Cultura Cristã, 2013).
  • "A Life Godward: Saborear a supremacia de Deus em Tudo na Vida" (Multnomah, 1997).
  • "Paixão de Deus para a Sua Glória: Living the Vision of Jonathan Edwards" (Editora, 1998).
  • "O estalajadeiro" (Editora, 1998).
  • "A Life Godward, Livro Dois: Saborear a supremacia de Deus em Tudo na Vida" (Multnomah, 1999).
  • "Vendo e saboreando Jesus Cristo" (Editora, 2001, 2 ª edição, 2004).
  • "a perigosa missão de prazer" (Multnomah, 2001).
  • "A Miséria do Trabalho e da misericórdia de Deus" (Editora, 2002).
  • "irmãos, não somos profissionais: um apelo aos Pastores de Ministério radical" (Broadman & Holman Publishers, 2002).
  • "Considerados justos em Cristo: Será que devemos abandonar a imputação da justiça de Cristo?" (Editora, 2002). Vários capítulos * estão disponíveis online gratuitamente.
  • "Além dos limites" (co-editor) (Crossway, 2003).
  • "Não desperdice sua vida" (Editora, 2003).
  • "Trespassado pela Palavra" (Multnomah, 2003).
  • "A irmã do filho pródigo" (Editora, 2003).
  • "A Paixão de Jesus Cristo (Editora, 2004). Também lançado com o título "50 razões por que Jesus veio para morrer"
  • "Quando não desejo de Deus: How to Fight for Joy" (Editora, 2004).
  • "A vida como um vapor" (Multnomah, 2004).
  • "Taste and See" (Multnomah, 2005).
  • "Deus é o Evangelho: meditações sobre o amor de Deus como dom de si" (Editora, 2005).
  • "Sexo e a Supremacia de Cristo" (2005).
  • "O que Jesus exige do Mundo" (2006).
  • "Sofrimento e Soberania de Deus" (2006).
  • "Deus é o Evangelho" (2006)
  • "Quando a escuridão não levantará: fazendo o que podemos enquanto esperamos por Deus e Alegria" (2007)
  • "Batalha Incredulidade: Derrotar Sin com Superior Pleasure" (Multnomah, 2007)
  • "O Futuro da Justificação: A Response to NT Wright" (Crossway 2007)
  • "A Supremacia de Cristo em um mundo pós-moderno" (co-editor w / Justin Taylor, Crossway, 2007)
  • "Pecados espetacular: global e seus efeitos na glória de Cristo" (2008)
  • "Finalmente vivo" (Christian Focus, 2009)

    ***
    Com informações wikipédia

PASTOR REUEL BERNADINO (PRESIDENTE DO GIDEÕES) É DESMASCARADO NO PÚLPITO #ASSISTA



O pastor Reuel Bernadino, atual presidente do Congresso Gideões Missionários da Última Hora, e  filho do pastor Cesino Bernadino, passou por um vexame enquanto ministrava oferta em sua igreja.

Reuel criou um desafio de R$1.000 (Um Mil Reais) consagrados ao Senhor.
No vídeo, ele conta que algumas pessoas já sentiram de Deus a vontade de ofertar este valor e participar da campanha.


Ele contou que um católico ligou pra ele querendo ofertar, e depois outras pessoas começaram a ligar e a confirmar que doariam os mil reais.


De repente, um pastor se levanta e grita; Homem!
Até quando tu mentirás?
Homem! Até quando tu enganarás?
A tua capa vai cair. A tua capa vai cair. Chega de engano, chega de mentira.

O vídeo começou a circular pelas redes sociais e muita gente já especula que o episódio terá um grande reflexo sobre o Congresso Gideões da Última Hora.⁠⁠⁠⁠

Assista:



***
Púlpito Cristão

19 FATORES QUE MOTIVAM O USO DE PORNOGRAFIA (2)




Por Brad Hambrick

Primeira parte aqui

11 - Fracasso (O Pecado como Meu Sucesso)
Quando o fracasso é o que nos leva ao pecado sexual, o pecado se torna nosso sucesso. No mundo da fantasia do pecado sexual (pornografia, mídia romântica ou adultério), você sempre ganha. Você fica com a garota. Você é a donzela resgatada. Nenhuma parte da vida real pode competir com a taxa de sucesso rápido do pecado. O pecado vem primeiro e o custo depois. O custo do sucesso verdadeiro vem primeiro. Em casamentos saudáveis, sacrifício é uma parte primária da alegria. Ao entregar-se ao pecado sexual como uma forma de sucesso, ele o levará a desejar o tipo de sucesso que destrói uma família. Mesmo se o relacionamento de adultério se torne estável, ele se tornará “real” o bastante para não mais jogar pelas suas regras preferidas de sucesso.


Leia Mateus 21.28-32. Por que o segundo filho disse “eu vou” e não cumpriu a tarefa (v. 30)? Um motivo potencial é o medo do fracasso. Sem dúvida, ele teria visto o pai insatisfeito com ele e se sentiria mais próximo de alguém que somente quer que ele faça o que tem vontade (i.e., pornografia, mídia romântica ou parceiro de adultério). Usar o pecado sexual como sucesso barato resulta em ferir relacionamentos reais, mentira, ficar na defensiva por ser “julgado” e retroceder a relacionamentos doentios ou fictícios. Em vez de avaliar os outros por como eles nos fazem se sentir, arrependa-se de seu medo do fracasso.

12 - Sucesso (O Pecado como Minha Recompensa)
Quando o sucesso é o que nos leva ao pecado sexual, o pecado se torna a nossa recompensa. O seu pecado sexual se tornou o que você faz quando precisa descansar ou o que você “merece” depois de completar algo difícil? O seu pecado sexual tornou-se a cenoura que você balança na sua frente para manter a motivação? Quando o pecado se torna a nossa recompensa, nos sentimos enganados pelo arrependimento. Deus e todo mundo que fala em Seu nome tornam-se estraga-prazeres.

Leia Hebreus 11.23-28. Moisés estava diante de uma escolha entre que recompensa ele considerava mais satisfatória: o tesouro do Egito ou o privilégio de ser servo de Deus (v. 26). O pecado sexual nos dá uma escolha semelhante: um tesouro fácil ou um serviço humilde. A não ser que Cristo seja seu herói, e Deus o seu Pai admirável, então a escolha parece facilmente ser andar na direção da destruição.

13 - Direito (O Pecado como o que Mereço)
Quando o direito é nosso motivo para o pecado sexual, o pecado se torna o que merecemos. Quando você está diante do seu pecado sexual, você pensa ou diz “Como eu vou conseguir o que preciso… mereço… conquistei?”. Você consegue ver como o pecado sexual tornou-se sua medida para o que é um “bom dia” ou se alguém está contra ou a favor de você? Você está disposto a permitir que apenas Cristo, que morreu pelo pecado de onde você está tentando obter vida, seja a medida do que é “bom” em sua vida?

Leia Jeremias 6.15 e 8.12. O povo de Deus tinha perdido a habilidade de envergonhar-se do pecado. Por quê? Uma explicação possível (que pode explicar nossa incapacidade de envergonhar mesmo se não se aplica a eles) é que eles criam que mereciam seu pecado. Quando isso acontece, acreditamos que sabemos mais que Deus. Nós creditamos que as situações únicas da nossa vida são mais importantes que as verdades eternas da ordem criada de Deus. Nossa confiança para discutir nos furta a humildade necessária para se envergonhar.

14 - Desejo de Agradar (O Pecado como Minha Auto-Afirmação)
Quando o desejo de agradar é nosso motivo para o pecado sexual, então o pecado se torna nossa auto-afirmação. É fácil agradar um ator pornô ou um parceiro de adultério. Eles têm interesse em serem agradados. Toda o relacionamento é baseado em comércio (“o cliente tem sempre a razão”) ou conveniência (“se eu não estou agradando você, você tem outro lugar para ir”) em vez de comprometimento (“eu escolho você incondicional e fielmente nos tempos bons e ruins”). Muito frequentemente, o pecado torna-se um lugar de fuga quando você não está querendo fazer alguém feliz.

Leia Efésios 4.25-32. Note que o tipo de interação relacional descrita nesses versos é incompatível com um desejo exagerado de agradar os outros. Não podemos viver a vida para a qual Deus nos chamou (quer estejamos pecando sexualmente ou não) se nosso principal desejo é agradar os outros. Nossas conversas devem ser graciosas e boas para a edificação (v. 29), mas isso pressupõe que estamos dispostos a falar sobre áreas de fraquezas com aqueles que amamos.

15 - Horário (O Pecado como Tranquilizante)
Quando o horário é o que nos leva ao pecado sexual, o pecado se torna nosso tranquilizante. Você usa seu pecado sexual para ajudar a dormir, começar o dia, acabar com o tédio, passar o tempo ou como um estimulante? Quais são os horários do dia ou da semana em que normalmente você luta contra o pecado sexual? O seu pecado sexual tem se tornado uma rotina?

Leia 1 Timóteo 4.7-10. Quando você usa o pecado como um tranquilizante, você está se exercitando na impiedade (veja o v. 7). Muitas vezes, como essas ocorrências acontecem durante períodos de inatividade, achamos que não são tão ruins. Nós as vemos mais como uma criança que ainda chupa o dedo em vez de uma criança que está desafiando a instrução direta dos pais. Se disciplinar-nos para a piedade significa algo, isso é importante quando nos sentimos indisciplinados.

16 - Lugar (O Pecado como Meu Escape).
Quando o lugar é o que nos leva ao pecado sexual, o pecado se torna o nosso escape. A natureza fantasiosa de todo pecado sexual o torna uma fuga perfeita de um local desagradável. Nós podemos estar “presentes” e “ausentes” ao mesmo tempo. Nós podemos receber presença (ou pelo menos evitar levar falta) sem precisar estar presentes. Podemos estar mentalmente com nosso amante enquanto enfrentamos um encontro chato, crianças difíceis, um cônjuge desinteressado, um apartamento solitário ou outro contexto desgradável.

Leia o Salmo 32. Perceba que o salmo começa falando sobre um tempo ou lugar desagradável (v. 1-5). Mas, em vez de fugir, Davi correu para Deus (v. 7) e encontrou a alegria que você busca por meio da fuga pelo pecado sexual (v. 10-11). Quando nós fugimos em uma fantasia sexual, estamos usando nossa fantasia como um Deus substituto. Estamos, com efeito, orando para e meditando sobre nosso pecado durante um período de dificuldade em busca de libertação.

17 - Pensamentos Negativos (O Pecado como Meu Silenciador)
Quando pensamentos negativos são nosso motivo para pecar, o pecado torna-se nosso silenciador. Na fantasia sexual (pornografia, mídia romântica ou parceiro de adultério), sempre somos desejados e vemos a nós mesmos pelos olhos de quem nos deseja. Nós nos entregamos a eles não apenas fisicamente, mas na imaginação. Porque nós sabemos que o relacionamento tem curto prazo, estamos dispostos a isso. Se o relacionamento fosse permanente, o poder do efeito silenciador seria diluído com o passar do tempo e negado por nosso crescente número de falhas na presença do (a) parceiro (a).

Leia o Salmo 103. O pecado (ou mesmo um relacionamento humano saudável) nunca fará o que somente Deus pode fazer. O silêncio definitivo para os nossos pensamentos negativos é a morte de Cristo na cruz – afirmando que éramos tão maus quanto pensávamos, mas substituindo nossa deficiência com Sua justiça. O pecado sexual oferece uma justiça fantasiosa. Ele só pode oferecer o tipo de cobertura zombada no clássico livro infantil A Roupa Nova do Imperador.

18 - Público (O Pecado como Meu Parque de Diversões)
Quando o público é o que nos leva ao pecado sexual, o pecado se torna nosso parque de diversões. Nós caminhos pela vida como uma criança num parque; admirando cada pessoa que vemos como um brinquedo novo ou uma aventura romântica, fazendo insinuações sexuais grosseiras a cada comentário ou tratando todos os presentes como se eles existissem para nos divertir e nos estimular sexualmente. Nosso pensamentos particulares são alimentados por uma interpretação hipersexualizada do que está à nossa volta.

“O ato de olhar pornografia é em si mesmo parte do socorro que ela pretende oferecer. Eu posso procurar mulheres que estão disponíveis para mim. Eu posso escolher entre elas como um ser soberano. Isso oferece um senso de controle”. (Tim Chester, em Closing the Window, p. 50).

Leia Romanos 1.24-25. Você consegue ver na descrição do sexo como um parque o que significa “mudar a verdade de Deus em mentira, e honrar e servir mais a criatura do que o Criador” (v. 25)? Deus nos entregará a esse tipo de coração lascivo (v. 24). É por isso que uma amputação radical do pecado é uma resposta sábia e necessária para impedir que o pecado sexual se torne nosso parque de diversões (Mt 5.27-30).

19 - Fraqueza (O Pecado como Meu Poder)
Quando fraqueza é o que nos leva ao pecado sexual, o pecado se torna nosso poder. A estimulação (física e química associada com a excitação) do pecado sexual oferece uma fachada de força. Outra pessoa se deleitando em você produz uma aparência de importância. Como acontece com muitos desses motivos, o sexo torna-se um meio para um fim. Sexo não é mais uma expressão de amor, mas uma tentativa de obter algo. Isso é sempre uma receita para sexo disfuncional e insatisfatório.

“Meu pastor pregava que a principal questão do adultério é que você quer alguém para adorar e servir você, para estar à sua disposição. Isso ecoou em mim. Eu podia enxergar esse tema em minhas fantasias”. (Testemunho anônimo em Pornography: Slaying the Dragon, de David Powlison, p. 15).

Leia 2 Coríntio 11.30. Você está disposto (expor pública e verbalmente) sua fraqueza como uma maneira de fazer Cristo mais conhecido e viver em relacionamentos mais autênticos? Essa é a única liberdade que permitirá que você desfrute o que está procurando no pecado sexual. Se isso soa retrógrado, leia o que Paulo diz em sua primeira carta aos Coríntios (1.20-25) e pergunte a si mesmo se sua “sabedoria” é ficar mais perto ou mais longe de onde você quer estar.

Liste e faça um ranking dos top cinco motivos para seu pecado sexual.

  1. __________________________________________________
  2. __________________________________________________
  3. __________________________________________________
  4. __________________________________________________
  5. __________________________________________________

“Pornografia sempre é um sintoma de questões mais profundas. Envolve lascívia, mas também envolve raiva, intimidade, controle, medo, fuga e assim por diante. Muitos desses problemas aparecerão em outras áreas da vida”. (Tim Chester, em Closing the Window, p. 109).

Para algumas pessoas, o motivo de seu pecado sexual será muito evidente. Talvez você possa rapidamente entender os motivos que o levam a acreditar que o pecado “vale a pena” ou “funcionará” dessa vez. Para outros, exige reflexão no momento de tentação para discernir o que os atrai.

O valor de entender o motivo de nosso pecado é que nos permite ouvir as promessas vazias que o pecado faz para que possamos voltar para nosso amoroso Pai Celestial que quer e pode cumprir essas promessas. Eu espero que esse post tenha te ajudado a enxergar o vazio do pecado e te preparado a aceitar a plenitude de Deus no evangelho.



***
Traduzido por Josaías Jr |no Reforma21

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Valdemiro Santiago é esfaqueado durante culto, mas sobrevive

Líder da Igreja Mundial do Poder de Deus foi atacado pelas costas com um facão enferrujado enquanto orava
Na manhã deste domingo (8), o líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, Valdemiro Santiago, foi esfaqueado durante o culto, enquanto orava junto ao púlpito.
No vídeo gravado no hospital e divulgado por Juliana Santiago (filha), Valdemiro contou o ocorrido.
“Eu estava impondo as mãos, acabando de ouvir um milagre, um testemunho e entrou alguém que eu não sei quem era, veio por trás e me deu uma facada no pescoço. Mas fiquem tranquilos, que só vai quando Deus quer. Quando Deus não quer, não vai. Eu volto aí para vocês, para abençoar vocês, em nome de Jesus. Orem por mim”, declarou.
Ao lado da família, Valdemiro prometeu voltar a exercer suas atividades como líder na instituição. “Eu volto aí para vocês, para abençoar vocês, em nome de Jesus”, disse o pastor.
Juliana Santiago é filha do pastor da IMPD
Acerca do seu agressor, Valdemiro disse que não lhe deseja mal e afirmou que o autor do crime é alguém que precisa da misericórdia de Deus: “Eu perdoo a pessoa que fez isso. Ela carece de perdão, da misericórdia de Deus. Eu não sei quem é, mas já está perdoado em nome de Jesus”.
O autor do crime e a arma utilizada
Assista o vídeo:

Redação Consciência Cristã News
Imagem: Facebook

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

19 FATORES QUE MOTIVAM O USO DE PORNOGRAFIA (1)


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Por Brad Hambrick

Ao identificar fatores que motivam seu desejo sexual, também quero que você observe se está tratando seu pecado como um amigo, aliado, refúgio, etc. Esses insights são essenciais para o arrependimento fazer sentido como parte central da mudança. A não ser que vejamos como o nosso pecado procura substituir Deus em nossas vidas, nossa necessidade de nos corrigirmos diante de Deus surge como se Deus estivesse inibindo indevidamente a nossa sexualidade.


“Sua batalha com o vício sexual não começa com o seu comportamento. Ela começa com o que você quer, pelo que você vive” (David Powlison em Sexual Addiction, p. 6).

1 - Tédio (O Pecado como a Minha Alegria)
Quando o tédio é o que aciona o nosso desejo sexual, então o pecado se torna a nossa alegria. Quando há um momento que pode ser ocupado com algo de nossa escolha, nós buscamos o pecado para preencher o vazio, e não Deus ou algum de Seus desejos legítimos. Nós começamos a perder nosso apetite para o prazer piedoso como a criança que come doce para de querer comida saudável. Mesmo quando eles sentem o entorpecimento dos altos e baixos das guloseimas, eles não conseguem conectar isso a sua dieta, e procuram outro “barato do açúcar” como a solução “óbvia”.

“Sexo não é supremo… Ídolos começam como coisas boas a que damos importância demais, e poucas coisas transformam-se em idolatria com mais frequência ou poder que o sexo. Nós permitimos que um bom dom de Deus suplante o Deus que o deu. Sexo é bom, até ótimo, mas não é supremo”. (Tim Challies em Desintoxicação Sexual, p.61.)

Leia Neemias 8.9-12. Deus é um Deus de grande alegria e prazer. Muitas vezes, vemos Deus como algo tão sério que acreditamos que “diversão” deve ser algo contrário a Ele. Quando Deus chamou Israel ao arrependimento por meio de Neemias e Esdras, Ele pediu que eles expressassem seu arrependimento em celebração. Se o fator do tédio o leva a pecar, permita que essa passagem desafie sua visão de Deus.

2 - Solidão (O Pecado como Meu Amigo)
Quando a solidão é o que nos leva ao pecado sexual, o pecado se torna nosso “amigo”. O pecado sexual é sempre relacional quer o relacionamento seja fictício ou físico. Assim, ele se ajusta bem à solidão. É como se nosso pecado (uma pessoa, uma sala de bate-papo ou um vídeo) nos dissesse: “conte-me seus problemas”. Nós ficamos felizes em pegar uma cadeira e desabafar. Ao fazermos isso, falar com uma pessoa real ou com alguém que não é parte de nosso pecado torna-se muito arriscado. Agora, nós tememos ser julgados ou descobertos por qualquer pessoa além do nosso “amigo”.

“Eu posso criar um mundo perfeito. As coisas sempre acontecem exatamente do meu jeito. As pessoas fazem exatamente o que eu quero. Eu estou sempre no topo. A fantasia é ótima para alimentar o ego” (Testemunho anônimo no livro de David Powlison, Pornography: Slaying the Dragon, p. 19).

Leia Provérbios 27.6. Durante o pecado sexual, nós escrevemos esse provérbio ao contrário. Nós cremos que “Leais são os beijos do inimigo; mas as feridas do amigo são enganosas”. Quando o pecado reverte os papéis de amigo e inimigo, ele nos prende até que restituamos os rótulos certos às pessoas em nossas vidas. Se o fator da solidão o leva ao pecado sexual, então examine em oração quem ou o que você está chamando de “amigo”.

3 - Stress (O Pecado como Meu Consolador)
Quando o stress é o que nos leva ao pecado sexual, o pecado se torna nosso “consolador”. Nós corremos para ele ou ela. O pecado ou nosso parceiro de adultério torna as coisas melhores (pelo menos enquanto ela ou ele permanece escondido e conosco). Porém o consolo possui uma qualidade viciante. O stress de que somos aliviados é multiplicado pelo stress que ele ou ela cria. Isso nos mantém num ciclo de stress, retornando a uma fonte primária de stress para ter alívio.

“Nós desejamos intimidade em um nível relacional. Nós nos sentimos solitários. Mas, nós também temos medo da intimidade. Nós não temos certeza de que podemos alcançá-la ou se estamos vulneráveis o bastante para manejá-la”. (Tim Chester in Closing the Window, p. 47)

Leia João 14.25-31. Jesus descreve o Espírito Santo como o “Ajudador” ou o “Consolador” (v. 26) e como a fonte de paz que é distinta da paz do mundo que sempre nos leva ao medo (v. 27). Se uma fonte de consolo não permite que você seja mais real com mais pessoas, então não é verdadeiro consolo. É uma droga que te entorpece você antes de te deixar doente. Se o fator do stress o leva ao pecado sexual, então examine se seu “consolo” é real ou uma forma de automedicação relacional.

4 - Frustração (O Pecado como Minha Paz)
Quando a frustração é o que nos leva ao pecado sexual, então o pecado torna-se nossa fonte de paz. O pecado é tratado como um “oásis”. Quando isso acontece, nós rotulamos o pecado de nosso “abrigo” em comparação às partes da vida que nos chateiam. Isso torna o pecado nosso amigo e tudo o que se opõe ou interfere vira nosso inimigo.

Leia Romanos 16.17-20 e 1 Tessalonicenses 5.22-24. Perceba que cada passagem refere-se a conhecer o Deus de paz como alternativa a cair em tentações baseadas em desejos enganosos. Em quem você procura paz quando algo te frustra é aquilo que determina o seu caráter. Assim que você declara que algo ou alguém é a fonte de sua paz, você será leal a isso e o obedecerá.

5 - Fadiga (O Pecado como Minha Fonte de Vida)
Quando a fadiga é o que nos leva ao pecado sexual, então o pecado torna-se nossa fonte de vida. Nós buscamos no pecado nosso impulso para suportar o dia. Pensar em nosso pecado nos faz prosseguir quando pensamos em desistir. A adrenalina da satisfação sexual (física ou romântica) torna-se uma droga que usamos para artificialmente nos estimularmos, a qual começamos a questionar se conseguiríamos viver sem.

Leia 2 Coríntios 4.7-18. Essa passagem usa muitas palavras que podem ser sinônimas ou criam fadiga: aflitos (v. 8), perplexos (v. 8), perseguidos (v. 9), abatidos (v. 9) e desfalecer (v. 16). A fadiga pode fazer você se sentir só e o pecado sexual torna-se sua companhia vivificadora. Paulo diz que é somente Cristo que pode ser a vida em nós que enfrenta a fatigante morte ao nosso redor (v. 10-12). Duvidar dessa verdade revela que estamos acreditando em (ou pelo menos ouvindo atentamente) mentiras.

6 - Dor (O Pecado como Meu Refúgio)
Quando a dor é o que nos leva ao pecado sexual, o pecado se torna nosso refúgio. Em nossos momentos de fuga pecaminosa, nos sentimos protegidos da vida e uma crescente lealdade ao nosso pecado se desenvolve. Na verdade, nosso pecado nos fornece tanta proteção quanto uma criança puxando a coberta sobre a própria cabeça, mas, em nossos momentos de dor, apreciamos mesmo o pseudo-refúgio do pecado comparado à aparente ausência de qualquer outro abrigo.

Leia o Salmo 31. Esse salmo alterna entre um pedido de socorro e uma canção de confiança. Assim, o salmo revela o realismo com que a Escritura fala. O pecado sexual é um pseudo-refúgio à disposição. Mesmo quando não podemos ter o pecado, podemos fantasiar sobre a presença dele. Entretanto, o verdadeiro refúgio de Deus está disponível pelo mesmo tipo de exercício “meditativo”. Porém, ele pode nos livrar de verdade por meio do direcionamento da Escritura, da presença de Seu Espírito e do envolvimento de Seu povo.

7 - Traição (O Pecado como Minha Vingança)
Quando a traição é o que nos leva ao pecado sexual, o pecado se torna a nossa vingança. Nós sabemos como a traição (especialmente traição sexual) é poderosa, então decidimos usar seu poder para nossos propósitos de vingar-nos daqueles que nos magoaram. Cegos pela dor, tentamos usar a dor para conquistar a dor, mas apenas a multiplicamos. Nós continuamos esse efeito dominó potencialmente infinito que nos agride, alternando as experiências da dor da traição e da vergonha de trair, apesar de sabermos como isso perpetua a dor.

Leia Romanos 12.17-21. É bastante tentador ler essa passagem como se Deus o impedisse de ter um doce alívio e satisfação. Mas, na realidade, Deus está te impedindo de transformar a traição de outro em autodestruição. Deus não está removendo a vingança. Ele está simplesmente dizendo que Ele é o único que pode manejar seu poder sem ser vencido por ela. O pecado não pode derrotar o pecado; não mais que o óleo pode remover uma mancha de suas roupas. É tolice crer que seu pecado sexual pode fazer o que somente a morte de Cristo na cruz conseguiria – trazer justiça à injustiça.

8 - Amargura (O Pecado como Minha Justiça)
Quando a amargura é o que nos leva ao pecado sexual, o pecado se torna a nossa justiça. Se o pecado como vingança é rápido e ardente, o pecado como justiça é lento e frio. Não estamos mais procurando ferir os outros com nossos atos; agora, estamos meramente nutrindo nossa ferida. Se tentássemos explicar nosso pecado em palavras, teríamos de dizer que achamos que nosso pecado tem algum poder de cura. Mas, porque isso parece tolice, tendemos mais a apenas justificá-lo com o pecado cometido contra nós.

Leia Hebreus 12.15-17. Nesta passagem, uma “raiz de amargura” é diretamente ligada ao pecado sexual (v. 16). Quando a amargura distorce nossa perspectiva, trocamos coisas de grande valor (nossa integridade e/ou unidade da família) por coisas de pouco valor (um desejo liberado ou uma fantasia rapidamente trazida à vida) como Esaú vendeu sua primogenitura por uma tigela de sopa.

9 - Oportunidade (O Pecado como Meu Prazer)
Quando a oportunidade é o que nos leva ao pecado sexual, o pecado se torna nosso prazer. Muitas vezes, o pecado sexual não exige mais que um tempo sozinho com um computador, um momento livre para mandar mensagem ou um membro do sexo oposto para “conversar” (isto é, flerta ou permitir que leve meus fardos). Quando o caso é esse, o pecado sexual tornou-se nossa diversão normal, nosso passatempo preferido. Quanto mais o nosso pecado sexual se infiltra nas partes comuns da vida, mais abrangentes serão as mudanças de coração e estilo de vida necessárias para arrancá-lo.

“A realidade é que, muitas vezes, não gostamos da vergonha e das consequências do pecado, mas ainda gostamos do pecado em si… É por isso que a pornografia é agradável. Vamos ser honestos sobre isso. Se fingirmos que não, jamais a venceremos. As pessoas gostam de assistir pornografia – ou elas não assistiriam. A Bíblia fala sobre os prazeres do pecado. Eles são temporários. Eles são perigosos. Eles são prazeres vazios comparados com a glória de Deus. Mas, não obstante, eles são prazeres”. (Tim Chester em Closing the Window, p. 15)

Leia Filipenses 3.17-21. Paulo está abordando aqueles que têm um “deus em seu ventre” (v. 19). Essas são pessoas cujos apetites básicos, as partes cotidianas de suas vidas, estão em confronto com Deus. Paulo chorava ao pensar em pessoas nessa condição (v. 18). Se a mera oportunidade se torna um motivo central para seu pecado, que essa passagem lhe choque e acorde!

10 - Rejeição (O Pecado como Meu Conforto)
Quando a rejeição é o que nos leva ao pecado sexual, o pecado se torna nosso conforto. Nossa cultura fez as coisas feitas por causa do “medo de rejeição” parecerem neutras, como se a motivação negativa negasse a malignidade do pecado; como se nós nos tornássemos vítimas de nosso próprio pecado quando tememos a rejeição. O problema com temer a rejeição é que isso nos torna tolos. Somente o temor do Senhor pode nos fazer sábios (Pv 1.7). Quando reagimos por medo da rejeição, naturalmente buscamos o conforto das pessoas em vez do conforto de Deus.

“Assim que entendemos que o alvo primário do comportamento sexualmente viciante é evitar a dor relacional – em essência, controlar a vida – começamos a descobrir o problema principal… Sob diversas camadas da superfície há uma força penetrante e integral que exige o direito de evitar a dor e experimentar a autorrealização. Essa energia egocêntrica é a própria essência do que a Bíblia chama de ‘pecado’”. (Harry Schaumburg em False Intimacy, p. 20, 24)

Leia Provérbios 29.25. A Escritura chama do “medo de rejeição” de “temor do homem” .Não é algo inocente porque substitui Deus como Aquele por cuja aprovação nós vivemos. São os valores, caráter e preferências de quem tememos que influenciam nossas decisões, emoções, moralidade e reações instintivas. Se a rejeição é seu motivo primário para o pecado sexual, permita que essa passagem desafie a orientação da sua vida.



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Traduzido por Josaías Jr no Reforma21

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