segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Congresso mexicano nega projeto de lei para casamento gay

A comissão da Câmara de Deputados do México rechaçou nesta na última quarta-feira a proposta do Presidente Enrique Peña Nieto para legalizar o casamento gay no país, uma que iniciativa que desencadeou manifestações a favor e contra.
CIDADE DO MEXICO – Na Comissão de Pontos Constitucionais da câmara, a iniciativa que buscava consagrar à constituição o direito de pessoas do mesmo sexo se casarem foi negado por votação de 19 a 8 e uma abstenção.
Edgar Castillo Martinez, secretário da comissão, disse que o resultado significa que o assunto está “totalmente e definitivamente concluído”, de acordo com o resumo apresentado pela Câmara de deputados.
A Corte Suprema determinou no ano passado que era inconstitucional o estado proibir o casamento de pessoas do mesmo sexo, mas essa decisão não teve o efeito de revocar ou modificar nenhuma lei, o que significa que os “casais” ainda devem apresentar uma denuncia em cada caso pelo direito de se casarem.
Os casamentos gays somente foram legalizados formalmente em algumas jurisdições, como na Cidade do México, no estado de Coahuila, ao norte e Quintana Roo no Caribe.
A proposta de Peña Nieto, que em maio apelou para a Constituição os princípio da falha na Corte Suprema. O Partido Revolucionário Institucional, o qual o presidente pertence, sofreu forte queda nas eleições legislativas efetuadas em junho, e posteriormente não conseguiram impulsionar o assunto.
A legisladora Guadalupe Acosta Naranjo, do partido da Revolução Democrática, disse que a medida havia sido negada devido à “maquiagem política” no assunto.
“Uma reforma da qual deveríamos sentir orgulho”, afirmou Acosta, de acordo com a transcrição. “Porque os direitos da minoria não se põe à votação, apenas reconhece, e o Congresso é quem deveria protege-los”.
Cándido Ochoa Rojas, do partido Verde – aliado com o PRI – disse que estava votando contra a medida devido aos conflitos constitucionais e porque o casamento está governado pelos códigos civis dos estados.
“Como vamos desenvolver a família se à exposição desses motivos  que diz que a procriação não é um elemento decisivo no casamento”?
Com informações Noticias Cristianas
Tradução: Jonara Gonçalves
Imagem: Reprodução
Fonte:http://conscienciacristanews.com.br/

Heresias contemporâneas


Por Vinicius Couto
heresias

Introdução
A Bíblia trata do caráter apologético das doutrinas centrais da fé cristã em praticamente todos os seus livros do Novo Testamento. Desde a ressurreição de Cristo, muitas heresias se introduziram no meio da Igreja. Embora os Apóstolos, os pais apostólicos, os pais apologistas e os pais polemistas tenham lutado pela fé que uma vez nos foi dada, alguns resquícios dessas falsas doutrinas permaneceram e/ou evoluíram para os séculos posteriores.
Na presente era da Igreja, encontramos esses resíduos primitivos em conceitos teológicos profundamente equivocados. Os atributos de Deus são confundidos em muitas seitas pseudo-cristãs. A natureza de Cristo ainda sofre má interpretação em relação a Sua divindade e humanidade. O Espírito Santo é questionado em alguns grupos religiosos. A doutrina da graça ainda é pervertida. O cânon das Escrituras continua a ser atacado por alguns supostos cristãos. Certos homens insistem em recosturar o véu. A simonia permanece desgraçando a autenticidade do cristianismo.
No presente artigo poderemos ver que, na ânsia de alguns em querer reinventar a roda, trouxeram à tona heresias que não possuem nada de novo. São apenas continuações ou evoluções de ideias antigas, as quais permearam os primeiros cinco séculos da era cristã.
Misticismo e revelações
A maioria das heresias ocorre em virtude da ênfase exageradamente mística que alguns dão à religiosidade.[1] É certo que Deus é um ser pessoal e que se relaciona com seu povo. Todavia, devemos buscar explicações para nossas experiências à luz da Palavra de Deus e não vice-versa. Berkhof diz que, esta “posição deve ser sustentada em oposição a todas as classes de místicos”, pois eles alegam revelações especiais, bem como um conhecimento metafísico não mediado pela Palavra de Deus, o que pode nos levar “a um oceano de ilimitado subjetivismo”.[2]
Essa influência parte de um dos primeiros grupos heréticos que os cristãos tiveram que enfrentar: os gnósticos. Este termo deriva do grego, gnosis, que significa conhecimento. Tais pessoas acreditavam que existia uma revelação secreta e que somente pessoas especiais tinham o privilégio de ter acesso a elas. Para isso, usavam da astrologia, ocultismo, numerologia e outras práticas de adivinhação. Eles também negavam a natureza humana de Jesus. Era contra esse grupo que o Apóstolo João escrevia alertando os cristãos primitivos (1 Jo 4.1-3).
Os “cristãos” gnósticos provavelmente foram influenciados pelas religiões de mistério que os romanos haviam importado.[3] Dentre elas, podemos citar o mitraísmo, uma religião da antiga Pérsia e da Índia e que tinha muita popularidade entre os soldados romanos. Segundo essa religião, Mitra era o deus da luz e da sabedoria, o qual matou o touro sagrado. Logo após mata-lo, saíram todas as espécies boas da fauna e da flora do cadáver do touro. Eles acreditavam, ainda, que a imortalidade era era recebida através de rituais e de um rigoroso sistema ético.[4]
Na história da Igreja, alguns movimentos deram maior ênfase ao relacionamento pessoal com Deus, a fim de vivermos uma vida mais piedosa. O pietismo foi um desses. Ao passo que os luteranos haviam se dedicado ao conhecimento intelectual das doutrinas e haviam entrado num estado de relapso prático, numa espécie de secularização da igreja, o grupo citado buscava algo mais equilibrado, isto é, mais piedade e intimidade com Deus, sem no entanto, cair num cristianismo superficial.[5] Após estes, podemos citar os moravianos e o movimento wesleyano, os quais deram forte influência para o movimento pentecostal clássico.
Apesar de movimentos legítimos como os que foram citados, outros acabaram se desviando dos fundamentos escrituríticos. O descuido empírico levou muitas pessoas a afirmarem aberrações teológicas e até mesmo a negarem Cristo, como é o caso do islamismo. Experiências angelicais, como aconteceu no mormonismo, levou Joseph Smith a se afastar da ortodoxia e a contaminar a mentalidade de vários desconhecedores da Palavra de Deus (cf Gl 1.8).
Lutero, afirmando o princípio sola scriptura, tomou uma medida drástica contra as experiências extra-bíblicas: “Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para a que há de vir”.[6]
Graça barata
É assim que poderíamos conceituar os ensinos do pregador cingapuriano Joseph Prince contidos em seu Best-seller “Destined to Reign” (Destinados a Reinar). A expressão “graça barata” foi cunhada pela primeira vez pelo teólogo alemão, Dietrich Bonhoeffer. Para ele, “A graça barata é a pregação do perdão sem arrependimento, o batismo sem a disciplina comunitária, é a Ceia do Senhor sem confissão dos pecados, é a absolvição sem confissão pessoal. A graça barata é a graça sem discipulado, a graça sem a cruz, a graça sem Jesus Cristo vivo, encarnado”.[7] A graça barata tem sido mais chamada de “hipergraça” atualmente, tendo em vista a ênfase que seus proponentes dão nas conquistas do sacrifício de Cristo a despeito da santificação.
Prince ensina que nossos pecados do passado, presente e futuro já foram perdoados e que desta forma não é mais necessário que um cristão peça perdão a Deus caso venha a pecar. Além disso, ele crê que Deus não pune o homem por suas falhas e encontra apoio para esse argumento nas epístolas paulinas. Segundo ele, os demais livros são legalistas e não expressam genuinamente a graça de Deus, o qual até era punitivo e agia com justiça na Antiga Aliança, mas que na Nova a graça é o atributo em evidência. Ele baseia toda sua doutrina em torno de uma “graça” mal compreendida.[8]
Os ensinos de Prince, além de conduzirem ao antinomianismo, resgatam alguns aspectos da velha heresia marcionista. Marcião ensinava que os livros do Antigo Testamento estavam ultrapassados e rejeitava-os, usando seu próprio compêndio de livros sacros, os quais compreendiam o Evangelho de Lucas e as cartas de Paulo, exceto as pastorais. Ele propagava uma contradição de dois deuses: um Demiurgo inferior que criou o universo, o Deus do judaísmo (severo e manifesto na Lei) e um Deus supremo, cheio de graça e amor redentor, revelado em Cristo. Ele tinha convicção de que estava restaurando o “puro Evangelho”.[9]
Outra heresia relacionada a graça divina foi a de um grupo chamado em Apocalipse de Nicolaítas (Ap 2.6,15). A interpretação dessa passagem é analisada em pelo menos três perspectivas: 1) eram seguidores de Nicolau, um dos sete que foram designados diáconos em At 6 e que acabou deixando a ortodoxia; 2) gnósticos que queriam se infiltrar na igreja e 3) pessoas que seguiam o ensinamento de falsos Apóstolos e de Balaão.[10]
Embora não haja consenso sobre a origem dos nicolaítas, sabemos que eles pregavam uma versão inovadoramente imoral do Cristianismo. Era um evangelho sem exigências, liberal e sem proibições, no qual queriam gozar o melhor da igreja e o melhor do mundo. Eles incentivavam os crentes a comer comidas sacrificadas aos ídolos e diziam que o sexo antes e fora do casamento não era pecado, estimulando a imoralidade.[11]
Clemente de Alexandria disse que Nicolau (ele cria que fosse um dos sete diáconos) foi repreendido por se enciumar de sua mulher que era muito bonita. Respondendo a essa reprovação, ele disse que quem quisesse poderia tomá-la como esposa, ou seja, ter relações sexuais com ela. Clemente acrescenta, ainda, que Nicolau passou a ensinar que os apóstolos tinham permitido relações promíscuas e comunitárias com as mulheres.[12]
Eusébio de Cesaréia confirma a citação de Clemente em sua história eclesiástica. Entretanto, alega ter pesquisado sobre a vida de Nicolau e descobriu que, embora este tenha ensinado que “cada um deve ofender a própria carne”, ele mesmo não viveu com outra mulher a não ser sua esposa, manteve suas filhas em virgindade até idade avançada, bem como seu filho incorrupto. Eusébio entende que Nicolau tenha permitido sua mulher se relacionar com outros homens para suprimir sua paixão carnal e os prazeres que buscava com tamanho empenho.[13]
Infelizmente, alguns seguiram a prática nicolaíta e se entregaram às paixões sob a alegação de que a carne para nada se aproveita. Easton disse que “eles se pareciam com uma classe de cristãos professos, que procuravam introduzir na igreja uma falsa liberdade ou licenciosidade, desta forma abusando da doutrina da Graça ensinada por Paulo”.[14]
Kistemaker, entretanto, faz uma excelente colocação sobre o tema. Segundo ele, os crentes de Éfeso odiavam as obras dos nicolaítas e além de serem elogiados por conta disso, Jesus acrescenta que Ele odeia igualmente essas obras. “Note que o ódio é direcionado para as obras, não para pessoas. Jesus odeia o pecado, porém estende seu amor para o pecador. Enquanto o pecado é uma afronta a sua santidade, a missão de Jesus é conduzir os pecadores ao arrependimento”.[15]
Judaizantes
Se por um lado “se introduziram furtivamente certos homens (…) ímpios, que convertem em dissolução a graça de nosso Deus, e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo” (Jd 4), por outro vieram alguns que tentaram recosturar o véu que foi rasgado de alto abaixo no dia da expiação de Cristo.
Alguns grupos judaizantes da atualidade criaram doutrinas singulares, tais como negar o uso do nome Jesus no idioma português, sob o pretexto de que esse nome deriva da forma grega iesus, cujo significado seria deus-cavalo (para eles deve-se usar todos os nomes bíblicos no idioma hebraico), sistematizar o Espírito Santo num entendimento unicista, negar a fórmula batismal de Mt 28.19,20, negar a inspiração dos livros neotestamentários, além de dogmatizar a guarda do sábado.[16]
Israel é uma nação de importância histórica, política, econômica, militar e religiosa. Foi lá o berço do monoteísmo e também lá que nasceram homens que marcaram suas gerações. O judaísmo tinha aspectos de uma Aliança feita de Deus para com os homens, todavia, esses aspectos eram sombras que apontavam para o futuro, para uma Nova Aliança ratificada e firmada pelo Sangue do Cordeiro Jesus Cristo (Cl 2.17). Embora o cristianismo traga consigo a história dos hebreus, é peculiar e diferente do judaísmo.
Nos primeiros anos da jovem Igreja fundada por Cristo e dirigida pelo Espírito Santo, alguns homens que se converteram religiosamente ao cristianismo, não quiseram abrir mão de alguns aspectos do judaísmo farisaico e fizeram de tudo para misturar o Evangelho puro e simples com a Lei de Moisés. Essa controvérsia trouxe sérios aborrecimentos ao Apóstolo Paulo, o qual exortou irmãos que estavam deixando a doutrina de Cristo para ir após outro evangelho em sua carta aos gálatas.
As principais religiões judaicas do primeiro século da era cristã eram os fariseus, saduceus, zelotes e essênios. Cada um desses grupos tinham costumes que lhes eram próprios e com a proliferação do cristianismo para os gentios, houve um grande choque cultural entre estes e os judeus, os quais quiseram impor a continuação da circuncisão.
Esta discrepância doutrinária trouxe uma discussão acalorada entre Paulo, Silas e os fariseus recém-convertidos. Tal controvérsia só pôde ser apaziguada em uma reunião conciliatória em Jerusalém por volta do ano 51. d.C.. Embora este concílio tenha definido as contramedidas solucionadoras, algumas práticas judaizantes insistem em bater a nossa porta nos dias de hoje.
Falsos Cristos e falsos profetas
Vez ou outra aparece alguém com ideias absurdamente loucas, se autoproclamando um emissário de Deus, um profeta especial ou até mesmo Cristo. Na Sibéria, por exemplo, um homem chamado Sergei Torop passou por uma experiência mística em Maio de 1990. Nessa ocasião, ele alega ter recebido uma revelação de que é a reencarnação de Jesus e tem arrebatado milhares de seguidores pelo mundo.
Além dele, outros homens fizeram a mesma exposição. Podemos destacar o inglês David Shapler, o americano Ernest L. Norman, o cômico brasileiro INRI Cristo, o suicida Jim Jones, o japonês já morto Shoko Asahara, o americano Michel Travesser e o porto-riquenho José Luís de Jesus Miranda (o mais perigoso entre eles).[17]
Champlin ainda enumera pelo menos seis falsos Cristos da antiguidade, a saber: Teudas (44 d.C.), Barcocabe (132 d.C.), Moisés cretense (400 d.C.), Davi Alroy (1160 d.C.), Asher Lammlein (1502 d.C.) e Sabbethai Zebi (1625-1676 d.C.).[18] Desde o século XIX podemos também destacar outros nomes: John Nichols Thom (1799-1838), Arnold Potter (1804-1872), Bahá’u’lláh (1817-1892), William W. Davies (1833-1906), Mirza Ghulam Ahmad, (1835-1908) e Lou de Palingboer (1898-1968).[19]
Outra pessoa que teve certa expressividade no Brasil foi o fundador da Igreja da Unificação, o Reverendo Sun Myung Moon. Ele alegava ter sido comissionado pelo próprio Jesus enquanto ainda era um espírito vagante para completar a missão messiânica, pois Cristo não teria conseguido termina-la por completo. [20] O unificacionismo ensina que a missão de Cristo era estabelecer uma nova humanidade, casando-se e tendo filhos purificados da natureza satânica implantada no homem através da queda de Adão.[21] A culpa da missão inacabada de Cristo era de João Batista que deveria ter seguido Jesus logo após batiza-lo. Dessa forma, Moon se auto declarava o paracleto de Deus.
Entre os anos 120 e 180 da era cristã, viveu Montano, um profeta da Frígia que tinha profecias e revelações sobre a segunda vinda, além de outras ideias inovadoras. Ele denominou-se o “paracleto”, isto é, aquele em quem se iniciaria e se findaria o ministério do Espírito Santo. Ele acreditava ser o consolador prometido.[22] Tertuliano, um dos mestres da igreja acabou se aliando ao montanismo no final de sua vida.
Batalha Espiritual
Existe um movimento no evangelicalismo pós-moderno que trouxe consigo uma gama de heresias problemáticas. Estamos nos referindo ao movimento de batalha espiritual. Este movimento consiste em enfatizar a guerra que os crentes enfrentam a todo o momento com satanás e suas hostes malignas. Possui uma visão dualística do reino de Deus.
A existência de anjos, demônios e de tentativas do inimigo de nossas almas em frustrar a propagação do Evangelho é inegável. Paulo estava preso quando escreveu sua epístola aos efésios e nessa ocasião tranquilizou-os sobre sua situação. O fato de ter sido preso não deveria desmotivar os demais irmãos na continuação da missão da Igreja. Destarte, ele avisa àqueles irmãos que, embora ele tenha sido perseguido pelos soldados romanos, seus reais adversários não eram eles e sim as hostes espirituais da maldade (Ef 6.12).
Não era necessário tomar espadas e combater líderes religiosos, políticos, soldados ou pessoas que não criam na mensagem de Boas Novas. Aliás, as armas da milícia de Cristo não são carnais, mas espirituais e poderosas o suficiente para derrubar raciocínios errados, bem como todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Cristo (2 Co 10.4,5).
Após observar os soldados que lhe guardavam no cárcere, Paulo ainda compara suas armas com nosso equipamento bélico espiritual. Ao invés de uma couraça de metal, devemos utilizar a couraça da justiça. Verdade ao invés de cinto. A pregação do Evangelho a toda criatura ao invés de sandálias de couro. A Palavra de Deus ao invés de um gládio romano. A fé ao invés de um escudo. Uma mente renovada em Cristo ao invés de um capacete.
O movimento da batalha espiritual é cheio de ramificações. O Dr. Augustus Nicodemus cita em seu livro “O Que Você Precisa Saber Sobre Batalha Espiritual” um estudo do Professor do Christian Counseling & Educational Foundation (CCEF), David Powlison, no qual são citadas quatro linhas do movimento em questão: 1) Os carismáticos, representado dentre várias personalidades por Benny Hinn; 2) Os dispensacionalistas, de orientação não-carismática, com uma filosofia menos fantástica e mais concentrada em aconselhamento pastoral e oração em favor pelos oprimidos, cujos proponentes mais conhecidos são Mike Bubeck e Merril Unger; 3) Uma linha mais moderada com representantes como Neil Anderson, Timothy Warner e Ed Murphy e 4) a que tem mais popularidade no Brasil, identificada com o diretor de Escola de Missões Mundiais do Seminário Fuller, C. Peter Wagner [23].
As principais controvérsias do movimento de batalha espiritual, são portanto, ensinos como mapeamento espiritual, espíritos territoriais, quebra de maldições, maldições hereditárias, transferências de espíritos, terceirização da culpa pelo pecado (tudo passa a ser culpa do diabo, inclusive as obras da carne), revelações demoníacas, criaturas místicas e folclóricas (lobisomens, vampiros e zumbis), supervalorização dos demônios em detrimento de Cristo, bem como atribuições de super poderes às hostes do mal.
O movimento da batalha espiritual acaba por resgatar um tipo de heresia que já foi combatida há séculos pela Igreja: o Maniqueísmo. Esse foi o movimento fundado por Mani, que foi considerado com o último dos gnósticos. Ele nasceu por volta de 216 d.C. na Babilônia e ensinava que Deus usou diversos servos, como Buda, Zoroastro, Jesus e, finalmente, ele mesmo, o profeta final (paracleto, como ele afirmava).
Dizia, ainda, que o universo é dualista, isto é, existem duas linhas morais em existência, distintas, eternas e invictas: a luz e as trevas. Segundo os maniqueístas, essas duas forças cósmicas eram iguais, porém, opostas entre si.[24] As ideias de Mani foram refutadas por Orígenes e Agostinho, sendo ainda rejeitadas pela Igreja por contrariar a Soberania de Deus em controlar todas as coisas, além de ser satanás uma mera criatura, diferentemente da forma como o consideravam.
Apesar dos exageros do movimento de guerra espiritual, “precisamos nos guardar contra dois perigos extremos. Não podemos tratá-lo com muita leviandade, para não subestimar seus perigos. Por outro lado, também não podemos nos interessar demais por ele”. [25]
Finalizando esta seção, é válido comentar que, a Bíblia afirma ainda que o adversário das nossas almas é astuto, isto é, possui uma habilidade para enganar as pessoas de forma inteligente e usa de ciladas, armadilhas bem elaboradas, como fez com Eva no jardim do Éden (Gn 3.1; Ef 6.11).
Todavia, o diabo não é invencível. Jesus riscou o escrito de dívida que era contra nós, cravando-o na cruz, onde despojou os principados e as potestades, exibiu-os publicamente e deles triunfou (Cl 2.14,15). Além disso, aguardamos o cumprimento da promessa de que “o Deus de paz em breve esmagará a Satanás debaixo dos nossos pés” (Rm 16.20 – paráfrase de nossos em vossos).
A divindade de Cristo
As principais heresias cristológicas dos tempos hodiernos são as das Testemunhas de Jeová. Esequias Soares escreveu uma excelente obra esgotando cada uma das controvérsias jeovistas. As TJ’s não creem que Jesus é Deus e traduziram Jo 1.1 como sendo Jesus “um deus”, admitindo uma espécie de henoteísmo, isto é, um politeísmo em que existe um deus superior a outros deuses súditos menores do que ele.[26]
Na concepção jeovista, portanto, Jesus é um deus inferior a Jeová, bem como criatura sua. Essa alegação fica ainda pior quando admitem satanás sendo um terceiro deus, baseados em 2 Co 4.4. Jesus e Cristo são duas coisas distintas na concepção das TJ’s. Ele teria se tornado Cristo somente após o batismo no Jordão. Depois de sua morte, o Jesus de Nazaré terrestre não fora ressuscitado, isto é, não houve ressurreição corporal, apenas espiritual. Afirmam, ainda, que a verdadeira identidade de Jesus é outra. Ele seria na verdade o Arcanjo Miguel.[27]
Uma vez negada a divindade de Cristo, a doutrina cristã da Trindade fica ausentada de uma pessoa, Cristo. Mas não é apenas Ele que fica fora de Seu posto. O Espírito Santo também. Para a doutrina jeovista, o Espírito Santo é nada mais, nada menos que uma força ativa impessoal.
Além disso, eles negam alguns atributos incomunicáveis de Deus (entenda-se aqui Jeová), alegando que Ele não é onipresente porque tem morada e não é onisciente porque não sabe o futuro e não sabia o resultado da prova de Abraão.[28]
Não é objetivo deste artigo analisar as heresias da Sociedade Torre de Vigia, pois além de falta de espaço sairia de nosso propósito inicial. Entretanto, como se vê, as TJ’s afetam não apenas doutrinas cristológicas, mas paracletológicas, teontológicas, soteriológicas, hamartiológicas e escatológicas também. Isso sem falar de outras heresias não citadas.
Destarte, mostraremos que as heresias expostas aqui possuem considerável tempo de existência e embora tenham sido descartadas pelos primeiros cristãos, sofreram mutações e fundições no arraial jeovista.
A primeira delas foi a controvérsia conhecida como arianismo. Ário foi presbítero de Alexandria. Ele ensinava que Jesus Cristo era um ser criado e que encarnou num corpo humano que faltava uma alma racional. Sua profissão de fé declarava que ele reconhecia apenas um único Deus que é o único não gerado (auto-existente), único eterno, único sem começo, único verdadeiro, único detentor de imortalidade, único sábio, único bom, único juiz, etc. O Filho então, na visão ariana, seria uma criatura formada a partir do nada e sem nenhum dos atributos incomunicáveis da divindade (sempiterno, onipotente, onisciente, onipresente).[29]
Nestório ensinava que existiam as duas naturezas (humana e divina), porém, negava que ambas as naturezas compunham uma verdadeira unidade. Assim sendo, ele acabou ensinando que as duas naturezas eram duas pessoas. Para ele, Jesus era um hospedeiro de Cristo.[30]
Os monarquianistas dinâmicos (ou adocianistas) diziam que Cristo tinha assumido a forma divina somente após o batismo. Para eles, Jesus era um homem comum e que depois foi escolhido ou adotado como filho de Deus.[31]
Além das controvérsias já citadas, muitas outras confusões foram feitas sobre a natureza de Cristo. Os ebionitas entendiam que Jesus fosse apenas humano; Os docetas criam que Ele fosse apenas divino e que Seu sofrimento tinha sido apenas simbólico; Os eutiquianistas (monofisistas) ensinavam, à semelhança dos atuais localistas, uma natureza amalgamada. Os apolinarianistas negavam a natureza humana completa de Jesus, alegando que oLogos substituiu a alma humana de Cristo; cria-se, ainda, que Seu corpo era glorificado antes da ressurreição. Os sabelianos (monarquianistas modalistas ou somente modalistas) diziam ser Cristo o segundo modo das três sucessivas manifestações de Deus. Os patripassianistas, uma variante desta última, ensinavam que o próprio Pai havia morrido na cruz (patripassianismo).
Conclusão
Olhar para o passado nos ajuda a refletir sobre o presente e a pensar como queremos ser no futuro. Estudar as heresias primitivas nos capacita a entender o reflexo de suas controvérsias na atualidade e prevenir futuros resgates do que já foi antes rejeitado.
Embora dezenas de heresias tenham sido citadas aqui, muitas outras ainda ficaram faltando. Algumas por falta de espaço, outras por falta de pertinência temática. Contudo, que a Igreja continue utilizando o divino par de lentes que “coletando-nos na mente conhecimento de Deus de outra sorte confuso, dissipada a escuridão, mostra-nos em diáfana clareza o Deus verdadeiro”,[32] afinal, “A Bíblia, toda a Bíblia e nada mais do que a Bíblia, é a religião da igreja de Cristo.”[33] Ela é efetivamente “absoluta ou obsoleta”.[34]
Notas
[1] BREESE, Dave. Conheça as marcas das seitas. Fiel, 2001, pp.18-22
[2] BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. Cultura Cristã, 2012, p.614.
[3] GONZALEZ, Justo. Uma História Ilustrada do Cristianismo: a era dos mártires. Volume I. Vida Nova, 1989 , pp. 25-28.
[4] CAIRNS, Earle E.. O cristianismo através dos séculos. Vida Nova, 2008, pp. 31-33.
[5] RIVERA, Paulo B., Tradição, transmissão e emoção religiosa. Olho d’água, 2001, 234.
[6] LUTERO apud BLANCHARD, John. Pérolas para a vida. Edições Vida Nova, 1993.
[7] BONHOEFFER, Dietrich. Discipulado. São Leopoldo: Sinodal, 2004, p. 10
[8] COUTO, Vinicius. As heresias de Joseph Prince. Disponível em: http://www.cacp.org.br/as-heresias-de-joseph-prince/. Acesso em: 27 de Setembro de 2013.
[9] KELLY, J.N.D. Patrística. Vida Nova, 2009, p. 42.
[10] KISTEMAKER, Simon. Comentário do Novo Testamento: Apocalipse. Cultura Cristã, 2004, pp. 158-159.
[11] LOPES, Hernandes Dias. Comentário bíblico expositivo de Apocalipse. Hagnos, 2005, p. 21.
[12] CLEMENTE, Tito Flávio. Stromata 3.4.
[13] CESAREIA, Eusébio de. História Eclesiástica. CPAD, 1999, pp. 107-108.
[14] EASTON, George. Easton’s Bible Dictionary: Nicolaitanes. Thomas Nelson, 1897.
[15] KISTEMAKER, Simon. Op. cit., pp. 158-159.
[16] SOARES, Ezequias. Heresias e modismos. CPAD, 2010, pp. 286-302.
[17] CASTRO, Carol. Ele está entre nós. Superinteressante, n 298 de dezembro de 2011.
[18] CHAMPLIN, Norman; BENTES, João. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 2. Hagnos, 1991, p. 677
[19] List of people claimed to be Jesus. Disponível em: http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_people_claimed_to_be_Jesus. Acesso em 28 de Setembro de 2013.
[20] Série Apologética – Volume IV. Instituto Cristão de Pesquisas, pp. 51-63.
[21] OLSON, Roger. História das controvérsias da teologia cristã.  Vida, pp. 229, 231-232, 241, 245.
[22] CESAREIA, Eusébio de. Op. Cit., pp. 180-184.
[23] NICODEMUS, Augustus. O Que Você Precisa Saber Sobre Batalha Espiritual. Cultura Cristã. São Paulo. 2006, p. 30,31.
[24] Heresias Primitivas. Artigo da Edição Especial Defesa da Fé – ICP, CD-Rom, 26/07/10.
[25] ERICKSON, Millard J. Introdução a Teologia Sistemática.  Vida Nova. São Paulo. 1992, p. 200
[26] SOARES, Ezequias. Testemunhas de Jeová. Hagnos, 2008, 113.
[27] Ibid, p. 114.
[28] Ibid, p. 112.
[29] KELLY, J.N.D. Op. cit., pp. 172-176; 212-218.
[30] Ibid, pp234-240.
[31] Ibid, pp. 86, 103, 239-240.
[32] CALVINO, João. Institutas. I, VI, 1.
[33] SPURGEON apud BLANCHARD, John. Op. Cit.
[34] HAVNER apud  BLANCHARD, John. Op. Cit.
Fonte:NAPEC

07 virtudes que uma mulher deve procurar num futuro marido




Quantas não são as mulheres que depois de casarem descobrem que seus maridos parecem mais com sapos do que príncipes? Muitas, não é mesmo? Aliás, não são poucas aquelas que sentem que "compraram" gato por lebre e que em virtude disso, tem experimentado um casamento horroroso. Diante do exposto gostaria de elencar sete virtudes que uma mulher deve procurar num futuro marido, senão vejamos:

1- Que ame a Cristo acima de todas as coisas, inclusive ela.

2- Que goste de trabalhar e entenda que cai sobre ele a responsabilidade de ser o provedor do lar.

3- Que compreenda que deve tratar a esposa como a parte frágil no relacionamento.
4- Que viva a vida comum do lar participando  do cotidiano de sua mulher.

5- Que esteja disposto a protegê-la da maldade, do homem mal , e dos ataques do adversário de nossas almas.

6- Que esteja disposto em liderar sua família no temor do Senhor

7- Que seja gentil, atencioso e preocupado com a saúde, o bem estar físico, bem como a vida espiritual de sua esposa.

Pense nisso!

Renato Vargens

O QUE É IGREJA?


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PARE, LEIA E PENSE!




Por Ruy Marinho

Me preocupa muito o conceito atual de “Igreja” que muitas denominações possuem. Hoje vemos muitas igrejas investindo verdadeiras fortunas em construções enormes e luxuosas, mármores, madeiras caríssimas, exageros e mais exageros, milhares e milhares de lugares, tudo para construir um “templo” para Deus. Fico acompanhando a construção destas mega-igrejas e as chamadas “campanhas” que são feitas para arrecadar as “ofertas” para tal construção. Muitos membros dessas igrejas são seriamente pressionados a estar “lançando sua oferta” para a construção do templo, se não ofertar a pessoa corre o risco de ficar de fora da “benção e da unção especial”.


Não tenho nada contra a arrecadação para construção de um local onde a igreja possa se reunir, pois a necessidade em nosso contexto nos implica a termos um local onde possa acomodar todo o corpo de Cristo. Porém o que vemos por aí é totalmente diferente. Existe muito exagero, enquanto muita gente, até mesmo da própria igreja passam dificuldades financeiras gravíssimas, gastam-se com fortunas para a construção destes luxuosos prédios “5 estrelas”, com direito a camarotes para pregadores e cantores gospel convidados, locais de "honra" para membros da direção da congregação. Uma verdadeira "acepção de pessoas".
O pior de tudo isso é que o conceito de “igreja” está totalmente vinculado a estes templos, como se vivêssemos ainda na época do Antigo Testamento, como se precisássemos ainda de tabernáculos, santo dos santos, arca da aliança, altares e mais altares, como se ainda seria necessário construir templos mais luxuosos e monumentais dos que Salomão construiu em sua época. Estão literalmente recosturando o véu que a Cruz já rasgou, estão reconstruindo o que Jesus derrubou, estão abafando a graça e trazendo a lei novamente para nossos dias! Isto é muito sério. Vejam estas imagens abaixo:



Dá para chegar de helicóptero: O templo Mega Fráter, na Guatemala,

possui heliporto e uma torre de estacionamento com sete andares.
Seu nome significa Grande Irmão. É o maior templo da congregação
Fraternidade Cristã, com capacidade para 12 000 pessoas

Parece um Maracanã Nos Estados Unidos, o pastor Joel Osteen,
da Igreja Lakewood, prega para uma multidão de 16 000 fiéis
num ginásio esportivo convertido em templo
ao custo de 95 milhões de dólares.


O impacto da luz: Por fora, a Catedral de Cristal, na Califórnia,
lembra um prédio de escritórios. Por dentro, as 10 000 placas de vidro
proporcionam uma iluminação natural destinada a "elevar os espíritos"



A fé dos coreanos: A Igreja Yoido Full Gospel, na Coréia do Sul,
e sua imensa mesa de som e iluminação. Os sermões são
transmitidos em coreano, árabe, inglês, japonês e mais cinco idiomas


É chocante! Acreditem: Igrejas carismáticas estão trazendo de volta a lei! Com direito a chofás proféticos, bandeiras de Israel para todos os lados, nomes pronunciados em hebraico, etc... Há quem confunda o Templo judaico com os templos cristãos, atribuindo a estes a designação de “casas de oração” que, como se pode ler nos evangelhos (Mt 21:12-17, Mc 11:15-18, Lc 19:46, Jo 2:13-16) se referem ao Templo judaico, onde, aliás, Jesus fez tal pronunciamento quando expulsou dele os vendilhões que o profanavam.

Também é costume apelar a um certo tipo de “reverência” nos templos cristãos, usando um texto, em Eclesiástes 5:1: “Guarda o teu pé quando fores à casa de Deus...” Ora, essa casa, no contexto vetero-testamentário é certamente o templo judaico. Quem aplica hoje esse texto às casas de culto cristão, talvez defenda um culto em que não haja lugar para o convívio entre os participantes, e se pretenda dar mais ênfase a uma espécie de silêncio supersticioso nesse lugar “sagrado”, como se ele fosse mais sagrado do que qualquer outro. Seja como for, parece-nos que aquele texto não pode fundamentar essa pretensão.

Há muitas práticas e atitudes “judaizantes” no cristianismo atual. Estas e outras, de que talvez uma das mais graves é a ênfase que certas igrejas dão ao Antigo Testamento, baseando nele lições e prédicas, sistematicamente, de tal modo que, por vezes, num culto dito “de pregação do Evangelho” não está presente Evangelho nenhum, nem é anunciado Jesus, o Cristo, a Palavra de Deus viva e vivificadora. Apenas antiguidades éticas, poéticas ou históricas, algumas arrepiantes, mas não as Boas Novas de alegria, de paz, de esperança e de amor. Essas igrejas, por vezes, mais parecem sinagogas do que comunidades cristãs. São as chamadas igrejas apostólicas proféticas, muitas delas adeptas ao G12 e similares.

Afinal, desde quando houve "templos" cristãos? Não foi o próprio templo, globalmente, a principal recuperação material proveniente do paganismo? 

Os cristãos primitivos tinham templos? O Templo de Jerusalém era um templo cristão? Obviamente que não. Os cristãos, até ao quarto século, reuniam-se em casas particulares, como podemos verificar em múltiplas passagens, por exemplo em Romanos 16:5 e 1 Co 16:19. Mais tarde, chegaram a reunir-se em catacumbas, refugiando-se das ferozes perseguições de que foram alvo. Também se juntavam nas sinagogas e no Templo de Jerusalém, mas esses não eram os seus espaços. Esses espaços pertenciam aos judeus. Os mesmos freqüentavam para dar testemunho de Cristo aos israelitas, procurando evangelizá-los.

Dizem os construtores dos “mega-templos” que estão construindo um “palácio para Deus”. Fico imaginando como essas pessoas interpretam Atos 7:48 onde diz que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens. Será que não sabem que Deus jamais habitará em palácios feitos por homens?

Agora, o pior é colocar ainda a salvação do crente vinculada à igreja (templo), ou seja, se não estiver na igreja (templo), está no mundo e não é salvo. Que falta de sabedoria Bíblica!


Por causa desta grande confusão, quero aqui colocar minha análise sobre o assunto. Espero que este artigo sirva de alerta ao Povo de Deus.

Primeiramente precisamos analisar o que não é Igreja e o que é Igreja.

Vou transcrever um texto que saiu na revista Ultimato que expressa exatamente este pensamento:


Igreja não é templo, não é sinagoga, não é mesquita. Não é o santuário onde os fiéis se reúnem para cultuar a Deus. Igreja é gente, e não lugar. É a assembléia de pecadores perdoados; de incrédulos que se tornam crentes; de pessoas espiritualmente mortas que são espiritualmente ressuscitadas; de apáticos que passam a ter sede do Deus vivo; de soberbos que se fazem humildes; de desgarrados que voltam ao aprisco. 
Igreja é mistura de raças diferentes, distâncias diferentes, línguas diferentes, cores diferentes, nacionalidades diferentes, culturas diferentes, níveis diferentes, temperamentos diferentes. A única coisa não diferente na Igreja é a fé em Jesus Cristo.
A Igreja não é igreja ocidental nem igreja oriental. Não é Igreja Católica Romana nem igreja protestante. Não é igreja tradicional nem igreja pentecostal. Não é igreja liberal nem igreja conservadora. Não é igreja fundamentalista nem igreja evangelical. A Igreja não é Igreja Adventista, Igreja Anglicana, Igreja Assembléia de Deus, Igreja Batista, Igreja Congregacional, Igreja Deus é Amor, Igreja Episcopal, Igreja Holiness, Igreja Luterana, Igreja Maranata, Igreja Menonita, Igreja Metodista, Igreja Morávia, Igreja Nazarena, Igreja Presbiteriana, Igreja Quadrangular, Igreja Reformada, Igreja Renascer em Cristo nem igrejas sem nome. 
A Igreja é católica (universal), mas não é romana. É universal (católica) mas não é a Universal do Reino de Deus. É de Jesus Cristo, mas não dos Santos dos Últimos Dias. Porque é universal, não é igreja armênia, igreja búlgara, igreja copta, igreja etíope, igreja grega, igreja russa nem igreja sérvia. Porque é de Jesus Cristo, não é de Simão Pedro, não é de Martinho Lutero, não é de Sun Myung Moon, não é de Bento XVI.
Em todo o mundo e em toda a história, a única pessoa que pode chamar de minha a Igreja é o Senhor Jesus Cristo. Ele declarou a Cefas: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Mt 16.18). 
Não há nada mais inescrutável e fantástico do que a Igreja de Jesus Cristo. Ela é o mais antigo, o mais universal, o mais antidiscriminatório e o mais misterioso de todos os agrupamentos. Dela fazem parte os que ainda vivem (igreja militante) e os que já se foram (igreja triunfante). Seus membros estão entrelaçados, mesmo que, por enquanto, não se conheçam plenamente. Todos igualmente são “concidadãos dos santos” (Ef 2.19), “co-herdeiros com Cristo” (Ef 3.6; Rm 8.17) e “co-participantes das promessas” (Ef 3.6). Eles são nada menos e nada mais do que a Família de Deus (Ef 2.19; 3.15). Ali, ninguém é corpo estranho, ninguém é estrangeiro, ninguém é de fora. É por isso que, na consumação do século, “eles serão povos de Deus e Deus mesmo estará com eles” (Ap 21.3).
A Igreja de Jesus, também chamada Igreja de Deus (1 Co 1.2; 10.22; 11.22; 15.9; 1 Tm 3.5 e 15), Rebanho de Deus (1 Pe 5.2), Corpo de Cristo (1 Co 12.27) e Noiva de Cristo (Ap 21.2), tem como Esposo (Ap 21.9), Cabeça (Cl 1.18) e Pastor (Hb 13.20) o próprio Jesus. 


A tradicional diferença entre igreja visível e igreja invisível não significa a existência de duas igrejas. A Igreja é uma só (Ef 4.4). A igreja invisível é aquela que reúne o número total de redimidos, incluindo os mortos, os vivos e os que ainda hão de nascer e se converter. Eventualmente pode incluir pecadores arrependidos que nunca freqüentaram um templo cristão nem foram batizados. Somente Deus sabe quantos e quais são: “O Senhor conhece os que lhe pertencem” (2 Tm 2.19). A igreja visível é aquela que reúne não só os redimidos, mas também os não redimidos, muito embora passem pelo batismo cristão, se declarem cristãos e possam galgar posições de liderança. É a igreja composta de trigo e joio, de verdadeiros crentes e de pseudocrentes. Dentro da igreja visível está a igreja invisível, mas dentro da igreja invisível nunca está toda a igreja visível. A Igreja de Jesus é uma só, porém é conhecida imperfeitamente na terra e perfeitamente no céu.
(Fonte: http://www.ultimato.com.br/)
Agora que sabemos o que não é igreja e o que é igreja, vamos para uma análise teológica.

Em 1º lugar, Jesus afirmou categoricamente que o local de adoração não é nem em Jerusalém (Templo judaico) nem em Samaria, nem num monte nem no outro, pois Deus é espírito e o importante é que o adoremos em espírito e em verdade (Jo 4:20 e 24), seja onde for. Quando Jesus expirou na cruz, o véu do Templo rasgou-se de alto a baixo (Mc 15:38) e, cerca de 70 anos depois, toda a cidade de Jerusalém foi destruída (Lc 19:43-44, Mt 24:1-2), incluindo o próprio Templo, do qual resta apenas o muro das lamentações, como se sabe.

Templo de Deus é Jesus, o mesmo disse: “Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei.” – referindo-se ao seu corpo. (Jo 2:19-21).

Templo de Deus somos nós: “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo que habita em vós...?” ( 1 Co 3:16-17 e 6:19)

A IGREJA SÃO AS PESSOAS

Na verdade a essência do conceito cristão de Igreja não são quatro paredes, não são ogivas e vitrais, não são cúpulas e abóbadas, não é uma torre sineira ou um claustro. Também não é um edifício ao qual se justapõe uma cruz como símbolo ou outro qualquer elemento. Não são mega-templos construídos com ouro, mármore, madeiras caras, nem tampouco galpões enormes com altares vermelhos e púlpito de madeira serejeira.

Através da Bíblia vemos claramente que a Igreja são as pessoas.

A palavra para Igreja no original Grego é “Ekklesia”, que significa “Assembléia de pessoas - congregação - reunião". Ou seja, "são pessoas que se reunem" e não o local onde as mesmas se reunem.

A Igreja não é o templo para a habitação de Deus. Deus não habita num templo feito de pedra ou de mármore mesmo que revestido de ouro. O templo não serve para transmitir a idéia de Deus nem para acolher a Deus.

A Bíblia é bem clara quando refere que Deus não habita em templos feitos pelas mãos dos homens.(At 7:48)


NÓS SOMOS AS CASAS DE DEUS

As casas em que Deus habita somos nós!

“Entretanto, não habita o Altíssimo em casas feitas por mãos humanas; como diz o profeta: O céu é o meu trono, e a terra o estrado dos meus pés; que casa me edificareis, diz o Senhor, ou qual é o lugar do meu repouso? Não foi, porventura, a minha mão que fez todas estas coisas?” (Atos 7.48-50).

Deus nos criou para Ele e é precisamente na reconciliação que reside a essência do plano de salvação que Jesus veio para concretizar e consumou através da Sua morte e ressurreição. Através de Jesus temos acesso ao Pai e podemos viver permanentemente em Sua presença.

Jesus referiu a respeito de si próprio de uma forma muito clara e explícita:

“Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14.6).

O apóstolo Paulo quando pelo Espírito Santo escreve em primeira mão aos Coríntios e depois a todos em toda a parte e em todo o tempo afirma que somos templos em que o Espírito de Deus habita em nós: “Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1 Coríntios 6.19).

O mesmo apóstolo Paulo ainda escreve aos Corintos: “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito Santo habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado.” (1 Coríntios 3:16-17)

O autor de Hebreus nos mostra exatamente a superioridade da Graça através de JESUS sobre a Antiga Aliança, a Lei de Moisés, e o mesmo mostra o que é a Casa de Deus na Nova Aliança:

“Pois toda casa é estabelecida por alguém, mas aquele que estabeleceu todas das coisas é Deus. E Moisés era fiel, em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que haviam de ser anunciadas; Cristo, porém, como Filho, em sua casa; a qual casa somos nós, se guardarmos firme, até ao fim, a ousadia e a exultação da esperança.” Hebreus 3:4-6

Fomos edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, este fundamento é JESUS como pedra angular e, uma vez edificados no mesmo como pedras vivas deste novo edifício, somos a habitação de Deus no Espírito, sendo assim, parte deste edifício feito de pessoas na Nova Aliança:

“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito.” Ef 2:20-22

“também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.” 1 Pe 2:5


A CASA DE ORAÇÃO

Este é o termo que por excelência traduzia o espaço em que nos reunimos para cultuar a Deus em conjunto e que infelizmente começa a cair em decadência.

Falar com Deus e ouvir Deus é o que significa a oração. Como Igreja nos congregamos para falar com Deus, ouvir Deus e falar de Deus.

Neste sentido a Casa de Oração é um espaço caracterizado não pela grandiosidade ou pela imponência, mas pela simplicidade e singeleza que não são sinônimas de mau gosto e desleixo, antes bem pelo contrário.

Uma Casa de Oração não é compatível com a idéia de uma “obra faraônica”, em que se projeta a ostentação e o poder financeiro.

Como cristão evangélico não defendo de modo algum a construção de catedrais ou basílicas, de mega-igrejas luxuosas que não soam bem com a prática de culto vivo, espontâneo, participativo, festivo, informal. Anseio pela possibilidade de espaços amplos e modestamente confortáveis para acolher todas as pessoas que desejam orar e cantar, louvar e adorar, celebrar e partilhar a fé no Deus que habita em pessoas de carne e osso que o recebem como único e suficiente Salvador e Senhor.

Nestes espaços não há lugar para os ídolos, para imagens, para santos de pedra e madeira, para símbolos pagãos ou para fetiches e amuletos místicos.

A Igreja do primeiro século, no período chamado paleocristão na História da Arte, reunia-se em espaços adaptados. Não temos que nos sentir demasiado desconfortáveis com o fato de nos dias de hoje devido a fatores de ordem politico-social e econômica muitos de nós nos reunirmos em espaços adaptados.


A CENTRALIDADE DA PALAVRA

Na Casa de Oração onde se juntam aqueles que “são Casa de Deus” o elemento que estrutura e organiza o espaço tem que ver com a Palavra através da qual Deus nos fala e nós ouvimos Deus falar. A Bíblia lida e explicada é o elemento central do espaço de culto cristão evangélico porque o alimento do cristão é a Palavra que sai da boca de Deus como Jesus referiu claramente citando as Escrituras: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.” (Mateus 4.4).

Era assim que acontecia na Igreja primitiva, foi assim que voltou a acontecer com o movimento da Reforma protestante e é assim que hoje em dia nos devemos manter, porque é este o padrão bíblico. Era assim também que sucedia na sinagoga judaica no tempo de Jesus Cristo conforme nos relatam os evangelhos: “Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, segundo o seu costume, e levantou-se para ler. Então lhe deram o livro do profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor. Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele. Então passou Jesus a dizer-lhes: Hoje se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir.” (Lucas 4.16-21).



A COMUNHÃO DOS SANTOS

Dois outros elementos marcantes do espaço de culto são o batismo e a mesa da Ceia do Senhor aos quais está intimamente ligado à comunhão dos fiéis. Pelo batismo se expressa publicamente a morte para a velha vida e a ressurreição para a nova vida, e através da Ceia do Senhor celebramos a ressurreição de Jesus até que ele volte. Deixar de ter estes dois elementos na Igreja é caminhar para um buraco herético bem profundo e distante do verdadeiro Cristianismo.

Portanto, finalizo esta postagem desejando que, você que está lendo a mesma possa refletir sobre o verdadeiro significado da Igreja, o significado Bíblico, bem diferente do que vemos hoje em dia em muitas igrejas.

A igreja somos nós em sua essência, os pecadores que são salvos em Cristo Jesus pela graça, em comunhão e unidade, a Igreja invisível universal, porém visível em localidade. Igreja jamais será um templo de quatro paredes construídos por homens. O nosso culto a Deus nunca será resumido em um templo nas reuniões dominicais, em um local cheio de tradicionalismo, de hierarquias, ou de um tabernáculo neotestamentário onde precisaríamos de sacerdotes e de ofertas e olocaustos pelos nossos pecados. O nosso culto a Deus sempre será racional, com base na Palavra, em nossas próprias vidas, 24 horas por dia, pelo resto de nossa história, e também através de nossa unidade em Cristo como Igreja, vivendo crescendo como Corpo de Cristo verdadeiramente, tudo isto graças a Nova Aliança, através de Jesus temos acesso ao Pai, e temos a promessa de vida por toda a eternidade, Aleluia.

Realmente precisamos repensar nosso conceito de Igreja!

***
Bereianos

Pastores oram a Alá e reconhecem Maomé como profeta em culto da Presbyterian Church USA

“Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras e têm a sua própria consciência cauterizada” . 1 Timóteo 4:1-2
“Alá nos abençoe e abençoe nossas famílias e nos conduza pelo caminho reto – o caminho de todos os profetas:… Abraham, Ismael, Isaac, Moisés, Jesus e Maomé”.
Estas foram as palavras que soaram na congregação em Assembleia Geral da Igreja Presbyterian Church dos EUA (PCUSA), no mês de junho, em Portland, Óregon. Wajidi Said, co-fundador de “Muslim Education Trust”, guiou os fiéis em oração à deidade islâmica, um evento organizado pelo ministério ecumênico e inter-religioso na congregação.
A PCUSA não tem nenhum vínculo com a IPB, Igreja Presbiteriana do Brasil. A denominação Brasileira é reformada e ortodoxa, enquanto a americana é liberal e tem apoiado abertamente a agenda gay.
A oração era parte da “primeira atividade do dia” durante a sessão de abertura da reunião, um tempo dedicado a orar pelos afetados no tiroteio de Orlando.
“Em nome de Alá, o compassivo, o misericordioso, louvemos ao Senhor… A paz seja com eles e a paz seja com Alá”, disse orando. Também oraram pela paz entre os “fanáticos” e “islamofóbicos”.
Mais tarde, ao terminar a sessão, o Reverendo Gradye Parsons pediu desculpas a qualquer pessoa que pudesse sentir-se ofendida com a oração. Afirmou a congregação que poderia haver erros durante a oração, mas não era intencional.
“Nunca foi intenção ofender ninguém, e pedimos desculpas aos que se ofenderam”, disse Rev. Parsons.
Porém, a igreja ainda afirma que defenderá as “relações positivas com as pessoas de outras tradições religiosas” e se comprometeu a lutar contra “o aumento de islamofobia”.
Com informações Jihad Watch e Luimegar Noticias
Tradução: Jonara Gonçalves 
Imagem: Reprodução web

Fonte:http://conscienciacristanews.com.br/

Partido comunista pede para não votarem em Partido Cristão nas próximas eleições

sta Rica – A deputada do “Frente Amplio (FA)”, Ligia Fallas, pediu aos costarriquenhos para não votarem nos partidos cristãos nas próximas eleições em 2018, informou Notícias Monumental.
Fallas reclamou dos deputados conservadores, que embargaram o projeto de lei de uniões homossexuais e sobre os recentes ataques à possibilidade da legalização do aborto no país.
A legisladora disse que esses Partidos atentam contra os direitos humanos, e fez uma chamada à nação para não permitirem que o Partido chegue às próximas eleições da Assembleia legislativa.
Além disso, insistiu na necessidade de um Estado Laico.
O projeto de Sociedades de Convivência, que reconhece as uniões civis homossexuais, está embargado pelo “Partido Renovación Nacional (RPN)”, que propôs recentemente aumentar a pena pelo crime de aborto, situação que Fallas condenou e exigiu respeito ao corpo das mulheres.
Abelino Esquivel, legislador evangélico, contra atacou a “frenteamplista” e pediu respeito por pensar diferente.
O deputado do “Partido Accesibilidad Sin exclusión (PASE)”, Oscar López, que também é contra o aborto, se declarou contra à declaração de Fallas.
A maioria dos deputados cristãos na atualidade se preparam para aspirar à presidência em 2018.
Com informações CBN – Mundo Cristão 
Tradução: Jonara Gonçalves
Imagem: Reprodução

A IGREJA SE REPRODUZ ATRAVÉS DO SACRIFÍCIO


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Por Dave Harvey

Se você já passou por um exame físico, saberá que existem certas marcas de referências para determinar o estado da saúde. Pressão sanguínea, frequência cardíaca, peso, número de glóbulos brancos no sangue – tudo isso vai ser revisto. Você é picado, marcado no pulso, cutucado e interrogado a fim de que sua saúde possa ser avaliada.

Um bom médico deve ser treinado para discernir as marcas da saúde. Se ele falhar em as ver, ele falha em ajudar seus pacientes.

Se você é chamado para pastorear uma igreja, você também deve estar treinado para olhar para as marcas da saúde. Um pastor que não sabe como uma igreja saudável se parece encontra ar fresco em qualquer vento de doutrina. Ele se torna um caçador de novidades que está frequentemente trabalhando, mas raramente está construindo algo com substância. Paulo descreve esse tipo de cristãos como “meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro” (Efésios 4.14).


É irônico, mas para realmente desfrutar de saúde, a igreja deve existir para algo além dela mesma. Em outras palavras, uma igreja saudável é uma igreja comprometida com algo melhor e mais importante que ela mesma e está disposta a se sacrificar para obter esse algo. Um bom pastor é um homem que pode levar uma igreja a fazer os sacrifícios necessários para se chegar lá. Então, a chave para o ministério pastoral frutífero é ajudar a igreja a cultivar um coração para o sacrifício.
Perdendo Muito Para Ganhar Muito

É natural pensar que a melhor maneira de proteger uma igreja é abrigar seus recursos e proteger o povo de Deus dos riscos. Manter Paulo em Antioquia ou manter os onze discípulos juntos em Jerusalém. Girar os vagões, fortalecer as defesas e manter tudo limpo e arrumado. Nós amamos o limpo e arrumado. Isso alimenta nosso desejo de ordenar e proteger o que nos foi dado.

Mas precisamos lembrar que o evangelho não vem de igrejas bem estabelecidas, bem dotadas e bem protegidas do Novo Testamento. O pano de fundo era perseguição, e havia um custo sério às missões. O sacrifício se tornou um meio pelo qual as missões prosseguiram adiante.

Plantar igrejas é como ter filhos. Sempre há boas razões para esperar. Afinal, plantar igrejas é algo que nos custa. Podemos ser tentados a pensar: Isso machuca a igreja-mãe. Nós já temos igrejas o suficiente. Não estamos prontos para começar outra. Plantar uma igreja irá impedir nossa comunhão.

Enquanto essas afirmações possam ter alguma verdade, aqui está a realidade: para que uma igreja local tenha vida, deve existir para algo além dela mesma. Se você se sente chamado ao ministério, leia isso de novo. É uma coisa muito importante para lembrar.

Em suas Cartas e Documentos da Prisão, Dietrich Bonhoeffer escreveu: “a Igreja é a Igreja apenas quando existe para outros”. A Grande Comissão é um chamado a nos sacrificarmos a fim de trazer vida a outros.

Numa igreja que liderei, estávamos experimentando uma temporada de dificuldade. As pessoas estavam preocupadas, alguns decidiram sair, e havia uma nítida falta de impulso. Na verdade, parecia tão ruim que pensamos que apenas uma boa dose de missões poderia resolver o problema. Então, plantamos uma igreja! Os presbíteros decidiram que precisávamos tirar nossos olhos de nós mesmos e colocá-los nos campos. Nossa igreja se recuperou, e a plantação de igrejas começou.

A igreja existe para se reproduzir, e isso acontece apenas com a igreja se derramando. A colheita da qual Jesus falou (Mateus 9.37) requer nossa própria encarnação, esvaziar-nos de nós mesmos e nos sacrificar. O testemunho do livro de Atos é que o evangelho se espalha pelo poder de Deus através dos sacrifícios do seu povo. As pessoas vendiam suas propriedades e davam o dinheiro para a missão da igreja (Atos 4.34). Estêvão foi apedrejado até a morte por proclamar audaciosamente o evangelho (Atos 7.58). Filipe foi ao povo de Samaria (Atos 8.5), povo que era tido como impuro pelos judeus. Pedro batizou a família do gentio Cornélio (Atos 10.47). Paulo suportou ser preso, surrado, apedrejado e constantemente perseguido por pregar o evangelho.

O ponto é: a igreja se reproduz através do sacrifício.

O Sacrifício de Criar Líderes

Um dos meus livros favoritos da Bíblia é, curiosamente, Filemom. Eu o amo porque ele oferece uma fotografia isolada da liderança de Paulo em uma situação particular. Onésimo era um escravo que pertencia a Filemom. Onésimo abandonou Filemom e, através do trabalhar maravilhoso da Providência, acabou na companhia de Paulo. Paulo diz de Onésimo: “Ele, antes, te foi inútil; atualmente, porém, é útil, a ti e a mim” (v. 11).

Mas Paulo o estava enviando de volta a Filemom.

Agora, apenas considere as circunstâncias em torno de Paulo. Ele era um homem mais velho, confinado à prisão. Onésimo foi convertido sob seu ministério. Paulo o teve como filho até que ele se tornou um ministro efetivo sob Paulo. “Ele, antes, te foi inútil” como um não-crente (v. 11), ele se tornou essencial para Paulo – ele o chamou de “o meu próprio coração” (v. 12). Onésimo era a mão direita de Paulo, um membro chave da equipe.

Mesmo assim, todos esses pontos inacreditáveis não impediram que Paulo avaliasse se pudesse haver algum clamor prioritário sobre Onésimo, ou se ele pudesse ser útil para outra pessoa. Paulo estava tão compromissado com o evangelho que estava disposto a sacrificar mesmo o seu recurso humano mais valioso para a missão do evangelho.

Uma das principais realidades dolorosas/alegres da liderança é que treinar líderes é inteiramente sacrificial. Isso significa que Deus nos chamou para nos derramarmos sobre alguns homens, para que pessoas em outra igreja, cidade, rede ou em qualquer outra parte do mundo sejam ajudadas. Para gastar nosso tempo e energia em prol de algo além de nós mesmos. John Piper disse uma vez: “nenhuma igreja local pode se dar ao luxo de ir sem a coragem e a nutrição que virá do enviar suas melhores pessoas”.

Onésimo representa sacrifício! Ao enviar Onésimo de volta a Filemom, Paulo estava renunciando seus direitos sobre Onésimo. Ele estava liberando um de seus recursos mais valiosos para o evangelho. Pela causa da reconciliação e da difusão do evangelho, Paulo estava desistindo de um de seus parceiros do evangelho mais preciosos.

A Grande Comissão nos convida a não perguntar “o que é melhor para mim?”, mas “o que é melhor para a igreja e a difusão do evangelho?”. Paulo estava disposto até a sacrificar sua própria estabilidade financeira para a causa de ver Onésimo usado da maneira mais estratégica possível: “E, se algum dano te fez ou se te deve alguma coisa, lança tudo em minha conta” (v. 18).

Enviar o nosso melhor frequentemente nos custa. Isso é lançado em nossa conta. Mas Deus tem formas de converter nossos sacrifícios em saúde.

Como um pastor, você está disposto a fazer sacrifícios a fim de avançar com a Grande Comissão? Você está disposto a desistir dos seus crentes mais valiosos e maduros, para que possa ver o evangelho ir a lugares difíceis? Como nos relacionarmos com esses sacrifícios revela muito sobre quão longe somos capazes de olhar ao redor, e quão grande Deus realmente é para nós.

Uma reviravolta fascinante nessa história é que Onésimo pode ter se tornado o bispo de Éfeso, afinal. Pense sobre isso. E se Paulo nunca tivesse liberado Onésimo para voltar a Filemom? E se ele só tivesse ligado para seu próprio ministério, suas necessidades e suas coisas? Mas ele não fez isso. Paulo viu que Deus era glorificado naquilo que ele estava disposto a sacrificar.

Para que uma igreja seja saudável, deve existir para algo além dela mesma. Sua visão de ministério inclui o tipo de sacrifício necessário para ajudar a igreja a chegar lá?


***
Traduzido por João Pedro Cavani. Revisão - Ministério Fiel - Voltemos ao Evangelhoha

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