sábado, 5 de novembro de 2016

A Sangrenta e Herética Ideologia Marxista

image from google


Karl Marx acreditava que toda a história foi marcada pela luta de classes que pode ser resumida em uma luta entre opressores e oprimidos. Essa luta é o motor da História, e sempre termina, ou em uma grande revolução que transforma toda a sociedade, ou em uma destruição das duas classes. 

Na Modernidade o mundo se divide em duas classes antagônicas diametralmente opostas: a burguesia e o proletariado. A burguesia desempenhou um papel revolucionário para o progresso histórico abatendo o feudalismo. Não obstante, a burguesia transformou tudo em mercadoria reduzindo as relações sociais a relações monetárias. 

No entanto, na própria tese burguesa já está presente a semente de sua antítese e as armas de sua própria destruição. O desenvolvimento do Capital produziu também o proletariado, que a cada dia vem se tornando uma maioria mais poderosa. O proletariado deverá derrubar o domínio burguês por meio de uma revolução violenta, implantar uma ditadura do proletariado e abolir a propriedade privada. Isso inclui a abolição da "família tradicional burguesa", responsável pela manutenção do capital por meio da perpetuação da herança privada. 

A ditadura do proletariado possibilitará o fim da sociedade de classes, das explorações e o rompimento radical com as ideias tradicionais, como aquelas sustentadas pela religião cristã. Para isso, o proletariado deverá tomar gradualmente o capital da mão dos burgueses, centralizar os meios de produção no domínio do Estado. Serão necessárias tomar medidas como aumento de impostos, centralização dos meios de transporte na mão do Estado, obrigatoriedade do trabalho e educação pública e gratuita de todas as crianças. A destruição violenta das relações de produção acabará com as classes em geral, fazendo surgir o comunismo no qual o desenvolvimento livre de cada pessoa será o livre desenvolvimento de todos.[1]

Assim, o fim do projeto marxista é uma sociedade perfeita em que todos são iguais. Mas como diz o ditado "não se faz uma gemada sem quebrar ovos", para um comunista é necessário despotismo, violência, fuzilamentos e derramamentos de sangue para que esse mundo seja alcançado. Não obstante, como a implantação do igualitarismo por meio de uma ação imanente ou pelo desdobrar-se de um progresso histórico tem se mostrado um sonho impossível, apenas ovos foram quebrados. O comunismo já deixou um saldo de mais de 100 milhões de mortes[2] e "fuzilamentos", "canibalismo" e "miséria"[3] são os frutos da busca pelo fantástico e inalcançável mundo da "igualdade social". Isso sem falar do nazismo e do facismo, os filhos bastardos do marxismo[4].
      
MARXISMO CULTURAL

Na metade do século XX, neo-marxistas e frankfurtianos passaram a criticar o movimento operário por querer mais enriquecer do que realmente promover uma revolução. Desse modo, passou-se a compreender que o protagonismo histórico deveria ser executado pelo lumpesinato (urbanos improdutivos), que seriam aquelas pessoas que por terem "raiva contra o sistema", estavam aptos para serem os verdadeiros promotores da tão sonhada revolução.[5]

Antonio Gramsci foi o responsável pela ideia de que se deve ocupar todos os espações de conhecimento a fim de que toda a informação sirva aos interesses do movimento revolucionário. Desse modo, a escola, os jornais, as universidades, a imprensa, os movimentos e agremiações estudantis, os sindicatos, as revistas, livros didáticos e os movimentos sociais passam a ser colocados a serviço da ideologia revolucionária, transformando os indivíduos em massas de manobra[6]. Essa ocupação de todos os espaços criaria uma hegemonia do pensamento revolucionário, fazendo com que todos se tornassem marxistas sem nem mesmo perceber, como um peixe nadando na água de um aquário sem saber. É interessante observar que o gramscianismo foi um projeto adotado pelo PT[7].

E não há necessidade de um discurso lógico-racional, nem importa muito que causa está sendo defendida (feminismo, LGBTTT, combate ao racismo, islamofobia etc.), e sim fazer com que alguma "causa" seja submetida aos interesses da ideologia. O que importa é fomentar um espírito revolucionário para a derrubada da ordem social vigente. Por isso, um gramscista não vê problema em mudar de opinião a todo momento ou adotar um discurso contraditório - o que vale é usar qualquer ideia que possa atender a seus interesses.

O gramscismo promove uma derrubada da ordem social se infiltrando de maneira sutil na própria cultura dominante e adotando seu discurso para destruir ela mesma por dentro. Assim, um revolucionário pode travestir seus interesses com termos da própria cultura que planeja desconstruir. Não atoa, vemos discursos de "amor", "tolerância", "igualdade", "respeito" (valores cristãos) que visam justamente a derrubada da tradição cristã.

Hebert Marcuse, influenciado pela teoria freudiana, imaginava o ser humano como panelas de pressões, cheios de desejos sexuais reprimidos que levavam os indivíduos a serem agressivos e a se tornarem capitalistas opressores como manifesto no imperialismo americano. Marcuse propunha uma Revolução Sexual, em que as pessoas fossem mais livres sexualmente. Isso pode ser visto no lema "Faça amor (sexo), não faça guerra (imperialismo)". As ideias de Marcuse vieram a ser pautas de muitas das novelas da rede Globo. 

Theodore Adorno, por sua vez, propôs a ideia de que existiriam traços de personalidade facistas que levavam as pessoas a terem um comportamento autoritário. Segundo ele, para que o nazismo não se repetisse era necessário uma educação crítica emancipadora.[8] Isso é interessante porque a ideia de controlar os meios educacionais esteve justamente presente no nazismo e no facismo como um instrumento de doutrinação. Lilina Zinoviev disse:

Devemos fazer da geração jovem uma geração de comunistas. As crianças, como cera, são muito maleáveis e devem ser moldadas como bons comunistas. Devemos resgatar os infantes da influência nociva da vida familiar. Devemos racionalizá-los. Desde os primeiros dias de sua existência, os pequenos devem ser postos sob a ascendência de escolas comunistas para aprenderem o ABC do comunismo… Obrigar as mães a entregar seus filhos ao Estado soviético – eis nossa tarefa.[9]
       
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Marxismo, herdeiro da materialização do Espírito Absoluto de Hegel, a mitologização do Evangelho de David Strauss e da antropologização da teologia de Feuerbach, não passa de uma imanentização da escatologia[10]. Em outras palavras, o Marxismo é uma religião materialista ou ainda uma heresia. É a tentativa de estabelecer o paraíso por meios e ações humanas, ao invés de confiar na ação redentiva transcendente de Deus[11].

O marxismo cultural e sua Teoria Crítica alimenta o espírito revolucionário por formentar "lutas de classes" colocando negros contra brancos, mulheres contra homens, jovens contra adultos, homossexuais contra heterossexuais e empregados contra patrões. Mas já foi dito quais são as consequências que a busca imanente por um paraíso perfeito inalcançável produz. Não é possível desconstruir os pilares da Cultura Ocidental (moral judaico-cristã, filosofia grega e direito romano) sem banho de sangue e caos social[12].

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Notas:
[1] Marx & Engels. Manifesto Comunista. [On-line] Disponível em: http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/manifestocomunista.pdf. Acesso em 06/09/2016.
[9] FIGES, Orlando. A Tragédia de um Povo: A Revolução Russa (1891-1924). Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 1999. p. 912. apudhttp://sensoincomum.org/2016/07/01/pais-e-filhos-perspectiva-bazarov/.
[11] http://www.teologiabrasileira.com.br/teologiadet.asp?codigo=506
[12] FIGES, Orlando. A Tragédia de um Povo: A Revolução Russa (1891-1924). Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 1999. p. 912. apudhttp://sensoincomum.org/2016/07/01/pais-e-filhos-perspectiva-bazarov/.

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Autor: Bruno dos Santos Queiroz
Divulgação: Bereianos

PASTOR SE RECUSA A DEIXAR CIDADE EM GUERRA NA SÍRIA: "NO FINAL SEMPRE HÁ RESSURREIÇÃO"


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De uma membresia de 500 famílias reduzida a 140 membros - a história de uma congregação evangélica em Aleppo (Síria) tem servido para ilustrar a situação angustiante da cidade devastada pela guerra.

Um pastor sírio deu uma visão sobre como é a vida para ele e seu povo na linha de frente da brutal guerra civil que está arruinando diversas cidades do país.

Rev. Ibrahim Nseir é o pastor da Igreja Evangélica Presbiteriana Árabe de Aleppo, situada nas proximidades da zona de conflito. Ele diz que sua igreja tem diminuído em números e membros, mas ele se recusa a sair.

Ele falou com a BBC sobre como é a vida em uma zona de batalha e afirmou que está vendo grande parte da cidade ser destruída.
"Eles estão nos atacando porque não querem cristãos neste país", disse ele sobre os rebeldes, que ele descreveu como "terroristas". "Eles estão tentando estabelecer o Estado islâmico, que está longe de se assemelhar a qualquer tipo de civilização".

Ibrahim relatou que a a maioria dos cristãos fugiram da cidade, por causa da guerra e que a Síria viveu por décadas em clima de paz.

"75% dos cristãos partiram, legal ou ilegalmente", disse ele. "Eles queriam que estivéssemos longe deste país, mas vivemos aqui por longas décadas, pacificamente".

O pastor não criticou o regime do presidente Assad, que é visto por muitos cristãos sírios como seu "protetor", apesar da violência perpetrada por suas forças sobre outros grupos.

Também em seu depoimento à BBC, o pastor lembrou o motivo pelo qual se recusa a sair da cidade que está em guerra.

"Os cristãos são chamados a serem o sal do mundo. De acordo com Jesus Cristo, nosso Senhor, somos chamados a carregar a nossa cruz e estamos carregando a cruz deste país", disse.

Quando lhe perguntaram sobre as perspectivas para o futuro, ele disse: "Eu sou chamado a servir a Jesus Cristo, não sou chamado a condenar ninguém... Creio que sempre há ressurreição - embora às vezes vivenciemos a morte - mas no final teremos ressurreição. A ressurreição está chegando a Alepo!".

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Guiame

MAIS DE 1130 CRISTÃOS FORAM MORTOS PELO ESTADO ISLÂMICO NO ORIENTE MÉDIO, DIZ RELATÓRIO


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O relatório também destacou que pelo menos 125 igrejas foram atacadas ou destruídas pelo grupo terrorista.

É um fato incontestável que o Estado Islâmico (EI) tem prosseguido com sua campanha de genocídio contra os cristãos, como parte do grande esquema para conquistar o mundo. Não existe uma contabilidade exata do número de cristãos que perderam suas vidas nas mãos impiedosas dos jihadistas islâmicos até o início deste ano. Mas, um relatório apresentado ao Departamento de Estado dos EUA aponta um dado estimativo.


De acordo com o relatório baseado em casos documentados, entre 2003 e o dia 9 de junho de 2014, pelo menos 1.131 cristãos – identificados pelo nome e lugar de morte – foram assassinados pelo Estado Islâmico, de acordo com CNS News.

Durante esse mesmo período, o relatório disse que pelo menos 125 igrejas cristãs também foram atacadas ou destruídas pelo grupo terrorista. Entre os ataques estão uma igreja em Mosul, que foi explodida no dia 9 de março, 2015; outra atacada por um carro-bomba no dia 9 de junho de 2008 e uma Igreja arménia, queimada no dia 25 de janeiro de 2015.

Mais cristãos foram assassinados por militantes do EI em 2015 e 2016, mas os nomes e locais de morte das vítimas ainda não foram registrados num único documento, de acordo com a CNS News.

Declaração oficial

Este relatório se tornou a base para a declaração oficial do Secretário de Estado dos EUA, John Kerry que apontou as ações dos extremistas contra os cristãos e outras minorias religiosas. A Grã-Bretanha, o Parlamento Europeu, o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos e os governos do Iraque também declararam as ações de genocídio do EI.

“O assassinato de cristãos é comum no Iraque, Síria e Líbia. Muitos deles foram mortos na frente de suas próprias famílias”, afirmou relatório. Durante a aquisição do EI sobre Mosul, a segunda maior cidade do Iraque próxima a Bagdá, cerca de 500 pessoas foram mortas pelos jihadistas.

“Na Síria, uma organização que lida com as igrejas perseguidas informou sobre as valas onde os cristãos mortos são jogados. O patriarca Younan estima que o número de cristãos alvejados e mortos pelos islâmicos seja mais de mil”, acrescenta o relatório.

O relatório apresentado pelos “Cavaleiros de Colombo” e pelo grupo em defesa dos cristãos lista os nomes e locais (com datas) de 1.131 cristãos que foram assassinados pelo Estado Islâmico. Por exemplo, ele diz que Alicia Nour foi morta em Mosul no dia 01 de fevereiro de 2005. Ashoor Younan Botros foi assassinado em Bagdá no dia 24 de junho de 2013. Em 1 de julho de 2015, Qais Abd Shaaya foi morto pelo Estado Islâmico em Bagdá.

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Guiame, via Consciência Cristã

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CRIE SEU FILHO PARA GLÓRIA DE DEUS


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Por Daniel Rodrigues Kinchescki
“Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para glória de Deus” – 1Co 10.31

Vivemos em tempos assombrosos. A “família” é constantemente atacada, constantemente afrontada. Vemos pais matando, humilhando, massacrando seus filhos, e infelizmente a recíproca é verdadeira. Neste mundo corrompido pelo pecado, infelizmente nos deparamos com famílias cristãs despreparadas, sem fundamento sólido, sem base.

Já não se reúne mais os filhos ao redor da mesa para a realização de um culto doméstico, por exemplo. De modo trágico, até os momentos de refeição já são realizados de forma quase que solitária. Corroborando com isto, o avanço tecnológico, somado ao seu péssimo uso, serviu para aproximar os distantes, porém distanciando os que eram próximos.

Vemos pais que não se aproximam de seus filhos, não acompanham seu dia a dia escolar, não investigam os círculos de amizade, as conversas, os jogos. Os pais, em sua grande maioria, abriram mão da educação de seus filhos, lançando-os ao vento.

Pai, mãe, você sabe o que seu filho tem aprendido na escola? Sabe se ele sofre ou pratica o bullying? Conhece os professores dele?
Vemos uma geração de pais que deseja um futuro espetacular e abençoado para seus filhos – mas que não participa deste processo de aprendizagem! Os genitores, guardiões, detentores do cuidado e zelo pela vida, educação e alma de suas crianças tornaram-se como que apáticos, “dando de ombros” para aquilo que estas aprendem nas escolas. Em um momento tão terrível para a educação brasileira, que enfrenta constantemente assaltos advindos das mais diversas ideologias e pensamentos, os “guardiões da moral” calam-se perante o massacre que acontece nas salas de aula.

Cada criança e adolescente de hoje é o pastor, o educador, o “cristão exemplo” de amanhã. Agora, formamos o caráter de vários de nossos pequenos irmãos, também chamados por Cristo à obra. Este é um alerta à Igreja, naturalmente, mas de modo especial aos pais: vocês são os responsáveis diretos pelo futuro de seus filhos. Se no Ensino Médio seu filho desviar-se dos caminhos do Senhor por culpa de uma ideologia qualquer, acreditando que ninguém nasce “homem” ou “mulher”, mas que estes conceitos são definidos e escolhidos pelo indivíduo, é porque provavelmente você não lutou contra a ideologia de gênero quando sua criança estava no Ensino Fundamental. Estes ataques são sutis, e devem ser observados com cautela.

Como por exemplo, há de se citar um filme antigo, chamado no Brasil de “Babe: o porquinho atrapalhado”. Em termos gerais, o longa metragem conta a história de um porco que sonhava em ser um cão, com o objetivo de ajudar no pastoreio das ovelhas. Ao final do filme, Babe alcança seu objetivo, desenvolvendo as atividades deste canino, mesmo sendo um suíno. Em outras palavras, alguém que “venceu as barreiras da biologia e conseguiu transformar-se no que queria”. É esse tipo de informação que seu filho provavelmente recebe de modo diário e contínuo

Em contrapartida, pela Graça de Deus, temos também alguns pais mais responsáveis, que participam de forma ativa na criação de seus filhos. Entretanto, confesso que muito me preocupo com estes também, pois alguns realizam este tão importante processo de uma maneira extremamente equivocada. Dizem, de forma constante, que pretendem criar seus filhos “para o mundo”, “para que sejam bons profissionais” ou “boas pessoas”. Para que tenham um “com caráter”.

É aqui que desejo dar início à explicação do porquê o versículo trinta e um, do capítulo primeiro e da primeira carta de Paulo aos de Corinto ser o texto base para este sermão. Paulo escreve este verso em questão num contexto muito diferente do que vivemos atualmente. Tensionando abordar a questão da “liberdade cristã”, o apóstolo utiliza de exemplos voltados à alimentação e bebida, concluindo sua linha geral de pensamento afirmando que tudo deve ser feito para glória de Deus. Quanta riqueza nesta tão simples expressão!

Quando, analisando o texto em sua linguagem original, o grego, vemos que o significado destas palavras é mais profundo que em nossa língua materna. Paulo está afirmando que o “foco”, o “alvo”, o “topo” de todo Cristão deve ser “honrar”, “exaltar”, “adorar” a Deus em todos os momentos.

Com isto, deixo a seguinte pergunta: o que é, então, criar um filho para a glória de Deus? Pois bem, vamos às respostas.

Saiba que a criança é mais filha de Deus que de você: Observando a vida de Abraão, o patriarca, notamos o quão firme era esta verdade em seu ser. Foi pai de Isaque quando já em idade avançada, tendo sonhado com esta promessa de Deus por todo o tempo em que peregrinou na terra. Quando cumprida, o Senhor então requer de Abraão a criança. O próprio Deus, ao requerer tal sacrifício do patriarca, afirma o quão apegado Abraão era a seu herdeiro.
“E aconteceu depois destas coisas, que provou Deus a Abraão, e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi”. Gn 22.1-2

Os filhos são herança do Senhor (Sl 127.3), como que presentes do Soberano a quem tornar-se-á pai ou mãe, mas devem ser criados de modo a glorificar a Deus em primeiro lugar. Gostamos de citar que o primeiro mandamento com promessa é o de honrar os pais (Ex 20.12), porém é necessário ter em mente que há outro mandamento acima deste, que por Cristo foi dito como o maior de todos (Mt 22.36-38), e que os genitores precisam constantemente trazer à mente: amar ao Senhor de todo o coração, de toda alma e de todo pensamento.

Os filhos devem ser criados para servir a Deus, glorificando ao Santo nome do Senhor, honrando, então, o nome de seus pais ao fazê-lo. 

Seja o exemplo de seu filho: Há algum tempo encontrei um artigo sobre o porquê de o autor não ler mais a bíblia em casa através de aparelhos eletrônicos, e sim utilizando-se do “livro”. Naturalmente, não apontou que é pecado fazê-lo, mas um dos argumentos utilizados – e entenda, foi algo pessoal do autor em questão e que partilho como linha de pensamento – é que seus filho o veriam lendo as Sagradas Escrituras. Este ponto, acima de todos os outros elencados, foi o que me saltou aos olhos: um pai, pastor, escritor e pregador, abrindo mão de um “conforto tecnológico” para dar exemplo aos filhos.

Há um velho ditado que afirma que uma atitude vale mais que mil sermões. Ao observarmos a Bíblia, vemos que isso é verdade. Cristo, enquanto aqui caminhou, ensinou a seus discípulos através de inúmeros sermões, porém deixou também sua Doutrina gravada através de seus passos. Quando no momento de ensinar a seus seguidores como orar, Jesus lhes dá um exemplo de oração (Mt 6.9).

Quanto a isto, cito até mesmo meu exemplo. Quando pequeno, após dar início à caminhada na fé cristã, a ideia de ler a Bíblia ou de orar sequer passavam por minha cabeça. Minha mãe, de forma zelosa e muito preocupada, tentava a todo custo me estimular para fazê-lo. Quanto mais ela insistia, menos eu me aproximava da Palavra. Dado momento, notei que ela parou de insistir, e apenas sentava-se no sofá da sala e por horas debruçava-se nas Escrituras. Este exemplo dela, esta devoção, foi despertando em mim o desejo de me parecer com o que ela havia se tornado após este hábito diário: uma pessoa mais calma, prudente, separada, desenvolvendo o fruto do Espírito.
Crie seu filho nos caminhos do Senhor: Sim, soa muito óbvio isso, mas existe um número absurdo de pais que não entendem o “chamado discipulador” que recebem quando no nascimento de uma criança. Criar a criança nos caminhos do Senhor vai muito além de apenas levá-la aos cultos e entregá-la às “tias dos cultinhos infantis”. É investir no “crescimento espiritual” de seu filho. É saber incentivá-lo na busca, procura, anseio pelo Criador e seus estatutos. É pregar, em seu coração, as Leis de Deus. No passado, disse Moisés ao povo:

“E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te”. Dt 6.6-7

Crie seu filho para que ele não seja apenas um “pregador” ou “cantor”, mas sim um verdadeiro cristão em todos os momentos: Pode parecer contraditório ao que exposto no início deste sermão, mas capacite seu filho através de estudos, aulas e demais meios de ensino – isso, os dito “seculares” – para que ele tenha uma sólida formação profissional, e que através de sua futura atividade laboral ele venha a glorificar ao Senhor. Prestamos a Deus um culto rico quando ele é constante e saudável, sob os termos bíblicos, e não apenas nos dias de reunião na igreja. Que seu filho não minta quando fizer algo errado e for repreendido pelo supervisor. Que ele não esconda a nota baixa de você, por medo de uma severa correção. Ser “cristão” é ser como Cristo.


Por fim, e nesta conclusão é que apresento o quinto ponto, e creio que seja um dos mais importantes, ame seu filho. Você tem o dever de cuidar dele, ensiná-lo nos caminhos em que deve andar, então cumpra este dever para com o Senhor de forma amorosa, como convém a pais verdadeiramente cristãos.


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Fonte:Reformai

PASTOR É PERSEGUIDO PELO GOVERNO POR PREGAR CONTRA CASAMENTO GAY



Mais de 40.000 pessoas já assinaram uma petição apoiando um pastor que está sendo obrigado a entregar seus sermões para o estado da Geórgia. Além de liderar uma igreja adventista, Eric Walsh é médico e foi demitido pelo Departamento de Saúde Pública em 2014. O motivo foi seu posicionamento no púlpito contra o casamento gay.

Alguns colegas de trabalho de Walsh, militantes LGBT, assistiram seus sermões no YouTube e não gostaram do conteúdo. Não aceitando a demissão, o pastor afirmou que não “podia acreditar” que sua demissão foi por motivos alheios ao serviço.

“Sou filho de uma mãe solteira que sempre me ensinou qual era a nossa fé. Aprendi na igreja a importância de estudar e esses valores [cristãos] me levaram a querer servir aos necessitados. Foi por isso que me tornei médico e continuarei divulgando minha crença. A minha fé é importante para mim, frequentemente falo sobre ela em igrejas e conferências”, disse.
E acrescentou: “Eu não posso acreditar que eles me demitiram por causa de coisas que eu falei em meus sermões. Não consegui mais emprego na saúde pública desde então. Ao rever meus sermões, me demitiram por causa das minhas crenças religiosas. O estado da Geórgia destruiu a minha carreira no serviço público”.

Ele decidiu processar o governo do Estado por “discriminação religiosa” e agora lhe foi exigido que entregasse cópias de todos os seus sermões, além de sua Bíblia pessoal. Walsh se recusou a fazê-lo, dando origem a uma grande discussão sobre a liberdade religiosa e a intromissão do estado em questões de fé.

A petição do Conselho de Pesquisa da Família, ONG que apoia o Dr, Walsh diz: “A exigência de que ele entregue vídeos de seus sermões, esboços e todos os documentos pastorais, incluindo sua Bíblia, representa uma intromissão do governo na santidade da igreja, do estudo do pastor e do púlpito. Esse tipo de tática têm o efeito de intimidar e silenciar as pessoas que tem fé”.

Os advogados do Instituto First Liberty Institute, que assumiu o caso, declararam que “É ilegal para um empregador levar em conta a religião de um funcionário nas suas decisões de contratação e demissão… O púlpito é um espaço sagrado. Eles se intrometerem nesse espaço sagrado é uma violação grosseira da Constituição e da liberdade religiosa como um todo”.

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Fonte:Gospel Prime

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

DISPENSACIONALISMO

PARE, LEIA E PENSE!

ORIGEM E DIVULGAÇÃO

O movimento chamado de dispensacionalismo surgiu em meados do século passado na Inglaterra, através do grupo que levou o nome de Irmãos ou Irmãos de Plymouth, por ter nesta cidade seu quartel general. Seu principal expoente foi John Nelson Darby (1800-1882), um irlandês que, insatisfeito com a Igreja Anglicana, da qual era ministro (cura), juntou-se ao grupo dos Irmãos em 1827. Por volta de 1830 Darby já era o principal líder dos Irmãos, dada a sua capacidade de organização e a sua proficiência em escrever. 

I.  Características Principais Desse Grupo:

a) Ênfase dada às reuniões semanais de estudo bíblicos e celebração da Ceia do Senhor, associada a um desprezo por qualquer tipo de organização denominacional ou forma de culto. Os Irmãos rejeitavam qualquer sistema clerical ou de classe ministerial, insistindo que estavam regressando à forma simples de culto e governo eclesiástico dos apóstolos. 

b) Embora não fosse o tema principal no começo, não tardou para que a doutrina da volta de Cristo ocupasse o centro dos estudos e, com ela, surgisse com grande ímpeto o desenvolvimento de um novo modelo de interpretação bíblica. Darby e seus seguidores passaram a alardear que haviam “redescoberto verdades” que foram desconhecidas ao longo de toda a história, desde os dias apostólicos, as quais teriam ficado à margem do ensino tradicional do Cristianismo histórico. Fazia parte desse novo modelo àquilo que passou a ser chamado até hoje, nos círculos dispensacionalistas, de “interpretação literal das profecias” e de que devemos também nos ocupar neste trabalho. 

II. A Propagação em Relação ao Dispensacionalismo:

Esse novo modo de interpretação bíblica, especialmente de profecias, ganhou popularidade rapidamente nos círculos evangélicos, graças ao grande trabalho de divulgação que dele foi feito pelo próprio Darby e por seus seguidores, e graças, principalmente, ao grande volume de livros, panfletos e artigos sobre o assunto que foram, desde então, escritos e ainda continuam sendo. Grandes movimentos, como o das Conferências Evangelísticas de Dwight L. Moody, eram virtualmente controlados por dispensacionalistas. A escola fundada por Moody, que passou a chamar-se Instituto Bíblico Moody, assim como diversas outras escolas teológicas, como o atual Seminário Teológico de Dallas, passaram a ser verdadeiros centros de doutrinação dispensacionalistas, nos Estados Unidos. 

O mesmo se dá hoje no Brasil, especialmente com os institutos bíblicos chamados de interdenominacionais, de modo geral. Outro fator que muito contribuiu para a difusão do pensamento dispensacionalistas foi à publicação da chamada Bíblia de Referência de Scofield, em 1909, a qual já vendeu mais de dois milhões de cópias desde então. A Bíblia de Scofield ou, mais corretamente, a Bíblia de Referência de Scofield é, na verdade, uma edição da Versão King James, com anotações feitas por Scofield, na linha de interpretação dispensacionalistas.

William E. Cox afirma que “o pai do dispensacionalismo, Darby, assim como seus ensinos, provavelmente não seriam conhecidos hoje, não fosse por seu devoto seguidor, Scofield”.

Cyrus Ingerson Scofield (1843 - 1921) nasceu nos Estados Unidos (morreu aos 78 anos) e foi, até sua conversão em 1879 (36 anos), advogado e político. Três anos após sua conversão foi ordenado ministro congregacional, sem qualquer formação teológica, e foi assim, sem formação teológica, que escreveu sua Bíblia de Referência. 

Os estudiosos e historiadores do Cristianismo são unânimes em afirmar que a Bíblia de Scofieldtrouxe benefícios de uma certa ordem, pois estimulou o interesse pelo estudo bíblico e o respeito pela autoridade da Palavra de Deus, numa época em que a Alta Crítica e a teologia liberal atacavam o Livro Sagrado. Scofield era, de qualquer forma, um conservador, no sentido em que acreditava na inspiração e na inerrância da Bíblia. Mas não resta dúvidas de que trouxe também seríssimos prejuízos à Igreja de Cristo, na medida em que, desviando-se da linha histórica de interpretação bíblica, popularizou e erigiu à posição de quase dogma, em muitos círculos cristãos, uma hermenêutica falha e um conceito falso a respeito do modo de Deus tratar com os homens, a respeito da salvação e, especialmente, a respeito da Igreja de Cristo.

III. O Dispensacionalismo Não Está Ligado a UM Grupo em Particular:

O Dispensacionalismo não se constitui propriamente numa denominação e, embora tenha surgido com os Irmãos, que são hoje um pequeno grupo, não se restringe a eles nem a qualquer denominação, em particular. Há dispensacionalistas hoje em, praticamente, todos os ramos do Protestantismo e até naqueles onde a sua presença representa uma negação de certos princípios doutrinários distintivos, como no caso do Presbiterianismo, por contraditório que possa parecer. 

Acreditamos que não há presbiterianos dispensacionalistas, mas certamente há dispensacionalistas presbiterianos. No primeiro caso estamos usando a palavra “presbiteriano” com conotação teológica e, no segundo, com conotação denominacional. 

IMPORTANTE: O Dispensacionalismo tem sido geralmente, confundido com o Pré-milenismo, mas não são a mesma coisa. Todo dispensacionalista é, necessariamente, pré-milenista, mas nem todo pré-milenista é necessariamente dispensacionalista.
É preciso dizer, também, que há pelo menos Três Tipos de Dispensacionalismo, com marcantes diferenças entre si:

1. Ultra-Dispensacionalismodesenvolvido por E. W. Bullinger (1837-1913), que faz distinção entre a “Igreja Apostólica Pentecostal” do livro de Atos e a “Igreja-Mistério Paulina”, das Epístolas da Prisão, que ele chama de “igreja corpo” e “igreja noiva”, respectivamente. Bullinger ainda faz distinção entre essas duas igrejas e a de Mateus 16, que Jesus chamou de “minha igreja” e que, segundo ele, será uma igreja judaica remanescente no futuro. O ultra-dispensacionalismo é, segundo Allis, o método levado ao extremo ou às suas últimas conseqüências. OBS: Para Bullinger há três tipos de igrejas.

2. Dispensacionalismo Clássicoé representado por C. I. Scofield e por Lewis S. Chafer, fundador do Seminário de Dallas, e segundo o qual o plano de Deus para com Israel é puramente terreno e para com a Igreja, celestial; há dois modos de salvação (obras no VT e fé no NT) e, segundo Chafer, dois Novos Pactos. Este foi o tipo de dispensacionalismo que prevaleceu desde o século passado até meados deste (1800 a 1950).

3. Neo-Dispensacionalismo: é agora defendido por homens como Charles C. Ryrie, John F. Walvoord e J. Dwight Pentecost, segundo o qual Israel e a Igreja se ajuntarão após o milênio; há um só modo de salvação em ambos os Testamentos (fé) e um só PactoÉ a linha atual do Seminário de Dallas. 

IV. As Sete (oito) Dispensações:

Aliás, vem daí, desse ensino, o termo dispensacionalismo pelo qual o sistema é conhecido. Embora a palavra “dispensação” signifique literalmente “administração” ou “mordomia” derivada de –oikonomia Ef. 3:2), ela é empregada pelos dispensacionalistas para designar:

Um período de tempo durante o qual o homem é testado quanto à sua obediência a alguma revelação específica da vontade de Deus”, segundo a própria definição de Scofield (que é a mesma do “Dicionário Aurélio”). É dito que cada uma dessas dispensações termina com o fracasso humano e o inevitável juízo de Deus. Diz Scofield: 

Esses períodos se distinguem nas Escrituras por uma mudança no método divino de tratar a humanidade, ou parte dela, no que se refere a estas duas grandes verdades: pecado e responsabilidade humana. Cada Dispensação pode ser considerada como uma prova para o homem natural e termina sempre em juízo, demonstrando assim o seu completo fracasso. Cinco dessas dispensações, ou períodos de tempo, já se consumaram. Estamos vivendo na sexta, cujo término, segundo tudo faz crer, está para breve. A sétima, ou a última, ficará para o futuro - É o Milênio.

V. As Chamadas Dispensações São as Seguintes:

1ª) Da Inocência, que começou com a criação de Adão, e terminou com a sua expulsão do Éden;
2ª) Da Consciênciaque começou com a expulsão do Jardim (consciência do bem e do mal) e terminou com o dilúvio;
3ª) Do Governo Humanoque começou com o dilúvio e terminou com a confusão das línguas;
4ª) Da Promessa, que começou com Abraão e terminou com a escravidão no Egito;
5ª) Da Lei, que começou no Sinai e terminou com a expulsão de Israel e Judá da terra de Canaã;
6ª) Da Graça, a atual, que começou com a morte de Cristo e terminará com o arrebatamento da Igreja;
7ª) Do Reinoque começará com a Segunda Vinda de Cristo e terminará com o juízo do Grande Trono Branco - é também chamada de Dispensação do Milênio.

VI. A Hermenêutica Dispensacionalista:

a) Em Relação à Salvação Durante os Períodos: Vetero e Neo-Testamentário:

Este é um dos pontos mais delicados do sistema dispensacionalista e aquele em que tem havido mais hesitação e duplicidade. Embora neguem que o sistema ensine a salvação à parte da fé, não se pode deixar de entender isso nas declarações de seus expositores, pelo menos os do dispensacionalismo clássico. Há até quem alegue que as sete dispensações acabam criando sete diferentes planos de salvação. A rígida distinção entre Israel e Igreja e lei e graça leva o dispensacionalista a conclusões indesejáveis, mas inevitáveis, no que diz respeito ao modo de salvação. 

Embora dispensacionalistas atuais reclamem que os críticos desse sistema são injustos ao atribuir-lhe dois diferentes modos de salvação, como na seguinte citação de Ryrie feita por Gunn, segundo a qual “nem os mais antigos nem os mais novos dispensacionalistas ensinam dois modos de salvação, e não é justo tentar fazê-los ensinar assim repetimos:- não se pode entender de outra forma as palavras de L. S. Chafer, (Ryrie foi aluno de Chafer no Seminário de Dallas) que passamos a citar”: 

Deve-se observar aqui uma distinção entre os homens justos do Velho Testamento e os justificados de acordo com o Novo Testamento. De acordo com o Velho Testamento, os homens eram justos porque eram verdadeiros e fiéis na guarda da Lei Mosaica. Os homens eram, portanto, justos por causa de suas próprias obras para com Deus, ao passo que a justificação do Novo Testamento é a obra de Deus para com o homem, em resposta à fé (Rom. 5: 1).

Os ensinos do reino, como a Lei de Moisés, são baseados em um pacto de obras. Os ensinos da graça, por outro lado, são baseados num pacto de fé. Em um dos casos, a justiça é requerida; no outro, ela é provida, quer imputada e comunicada ou, então, operada interiormente (infundida). Uma é uma bênção a ser conferida por causa de uma vida perfeita, a outra é uma vida a ser vivida por causa de uma bênção perfeita já recebida.
Bem antes de Chafer, Scofield já havia escrito em sua “Bíblia Anotada” as seguintes palavras: “Como uma dispensação, a graça começa com a morte e ressurreição de Cristo. O ponto de teste não é mais a obediência legal como à condição de salvação, mas a aceitação ou rejeição de Cristo, com as boas obras como fruto da salvação”. 

A dedução lógica extraída desta afirmação é de que, antes da “Graça” as pessoas eram salvas pela obediência à lei, mas agora, pela aceitação de Cristo. A expressão “não é mais” indica que antes o era, no entender de Scofield. 

Perguntas Para os Dispensacionalistas:

1. Se a salvação era alcançada através da obediência a Lei, e muitos foram salvos por obedecer a Lei, qual a necessidade de haver uma nova dispensação? E outra, qual a necessidade da vinda de Cristo?
2. Se o homem no seu estado original, ou seja, no seu estado perfeito pecou, qual sentido faz esse homem caído continuar a ser testado? (Pois não é este o propósito das dispensações?)

3. É certo que alguns dispensacionalistas já admitem que os crentes do V.T., foram salvos pela Graça. Mas, isto não seria contraditório, já que a Graça segundo eles mesmos só aparecem a partir do N.T.?
4. Na concepção Reformada todos os salvos, em todas as Épocas, quer passada, presente ou futura, são somente em Cristo (Lc.24: 13-35). No V.T., os sacrifícios já representavam Cristo. Em nenhum lugar das Escrituras fala de alguém que foi salvo porque cumpriu com a Lei. Isto significa que a para alguém ser salvo, necessariamente houve a Graça por parte de Deus, assim também, hoje ainda há a Lei de Deus.

b) O Conceito de Israel e Igreja:

1. O texto de I Cor. 10: 32 diz: “Não vos torneis causa de tropeço nem para judeu, nem para gentios, nem tão pouco para a igreja de Deus”.

A simples menção de três grupos aí é suficiente para um dispensacionalista concluir que a própria Bíblia divide a humanidade em três partes distintas e se dirige a essas partes (grupos) separadamente, de maneira sistemática, e que esse texto fornece a “chave para todo estudo e interpretação da Bíblia”. 

“Manejar bem a palavra da verdade” (II Tim. 2:5), conforme a interpretação dispensacionalista, é estudar a Bíblia desta maneira, dispensacionalmente. M. R. DeHaan, um pregador de rádio que muito contribuiu para a divulgação desse sistema nos Estados Unidos, relacionou MANEJAR com Cortar de Maneira Correta, e relacionou o termo aos sacrifícios do Antigo Testamento.
:
Quando o ofertante trazia um cordeiro ou outro sacrifício qualquer, o mesmo era dividido em três partes (exceto no caso da oferta queimada, que era posta inteira sobre o altar). Uma parte era oferecida a Deus, outra parte era oferecida àquele que trouxera a oferta, enquanto que a terceira partilha cabia ao sacerdote. É dessa prática que foi emprestada a expressão “que maneja bem”. Significa simplesmente, dar a cada qual o que lhe pertence de direito. Ora, no estudo da Bíblia você deve ser muito cauteloso em dar à Igreja aquilo que pertence ao Corpo de Cristo, a Israel aquilo que pertence a Israel, e aos gentios aquilo que pertence aos gentios. Assim como o sacrifício era dividido ou cortado em três partes, também a Bíblia informa-nos que existem três espécies de povos neste mundo na presente dispensação.

Analisando esse sistema de interpretação, William E. Cox diz que alguém que tomasse cada versículo da Bíblia e o atribuísse a uma dessas três categorias - judeu gentio e cristão, e publicasse a Bíblia em três seções separadas, estaria prestando um serviço valioso, se esse fosse o método correto de se manejar (dividir) bem a Palavra de Deus.

INFELIZMENTE, noto que todos os livros de Historia da Igreja, relatam o inicio da Igreja a partir do livro de Atos, ou seja, após o Pentecostes. Todavia, na concepção Reformada a Igreja é fruto desde a criação. Isso não significa que todos os autores são dispensacionalistas, mas, penso que os mesmos deveriam trazer pelo menos uma nota de roda pé, mostrando a concepção reformada em relação à concepção que a mesma tem do inicio da Igreja.

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Rev. José Roberto de Souza é Pastor da Igreja Presbiteriana do Ibura, Recife/PE; Professor e Coord. do Departamento de História da Igreja no Seminário Presbiteriano do Norte (SPN);Especialista em História da Religião e da Arte (UFRPE)Mestrando em Teologia e História.

Extraído do site: 
http://www.eleitosdedeus.org/dispensacionalismo/dispensacionalismo-jose-roberto.html#IDComment138885566#ixzz1IK1IqMdn 

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Fonte:http://introduoteologica.blogspot.com.br/2011/04/dispensacionalismo.html


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