terça-feira, 23 de agosto de 2016

Como o cristão deve tratar as questões políticas

Referência: Provérbios 29.2

INTRODUÇÃO
É grande, profunda e crônica a decepção com os políticos. Uma onda de descrédito com os políticos varre a nação. Somos herdeiros de uma cultura estrativista. Nossos colonizadores vieram para o Brasil com a intenção de tirar proveito. Rui Barbosa alertou para o perigo das ratazanas que mordiam sem piedade o erário público, perdendo a capacidade de se envergonhar com isso. A maioria dos políticos se capitulam a um esquema de corrupção, de vantagens fáceis, de fisiologismo, nepotismo, enriquecimento ilícito, drenando as riquezas da nação, assaltando os cofres públicos e deixando um rombo criminoso nas verbas destinadas a atender às necessidades sociais. As campanhas milionárias já acenam e pavimentam o caminho da corrupção.
O resultado da corrupção, da má administração, do ganância insaciável pelo poder é que somos a oitava economia do mundo, mas temos um povo pobre, com mais de 50 milhões vivendo na pobreza extrema.
Diante desse quatro, muitos evangélicos ficam também desencantados com a política e cometem vários erros, como por exemplo: “Política é pecado”. “Política é coisa do diabo”. “O cristão não deve participar de política”. “O cristão deve ser apolítico”. “Toda pessoa que se envolve com política é corrupta”. “Todo crente que se envolve com política acaba se corrompendo”. “A política é mundana e não serve para os crentes”. “Não adianta fazer coisa alguma; devemos pregar o evangelho e aguardar o retorno do Senhor”.
Outros erros são cometidos: “Irmão sempre vota em irmão”. “Todo crente é um bom político”. “Político evangélico deve lutar apenas pelas causas evangélicas”. “O púlpito transforma-se em palanque político”. “A igreja troca voto por favores”.
I. A LEGITIMIDADE DA POLÍTICA À LUZ DA PALAVRA DE DEUS
1. “Não se deve pôr em dúvida que o poder civil é uma vocação, não somente santa e legítima diante de Deus, mas também mui sacrossanta e honrosa entre todas as vocações” – Calvino.
2. Rm 13:1-7 – O poder civil é ministro de Deus para promover o bem e coibir o mal. Toda autoridade constituída procede de Deus e deve agir em nome de Deus. Quando ela se desvia pode e deve ser desobedecida e Deus mesmo a julga por sua exorbitância.
3. Homens de Deus exerceram o papel político em momentos críticos da história e foram divisores de água: José, Moisés, Josué, Gideão, Davi, Salomão, Josafá, Ezequias, Josias, Daniel, Neemias. Esses homens exercem o poder público com lisura, honradez e sabedoria.
4. Aristoteles afirma que o homem é um ser político. O homem pode ser apartidário, mas nunca apolítico. Tentar ser apolítico é cair no escapismo.
5. Politicamente podemos classificar as pessoas em: 1) alienadas; 2) conscientizadas; 3) engajadas.
II. A POLÍTICA NA HISTÓRICA BÍBLICA
1. No Velho Testamento – Do Patriarcado à Monarquia. Do Reino Unido ao Reino Dividido.
2. No Novo Testamento – Os partidos nos dias de Jesus: 1) Fariseus; 2) Saduceus; 3) Herodianos; 4) Zelotes; 5) Essênios. O ensino social de Jesus (parábola do Samaritano). Jesus confronta Herodes. A doutrina social de Paulo e Tiago.
3. A igreja e a política na Idade Antiga – Os imperadores
4. A igreja e a política no tempo dos Reformadores – A ética social de Calvino
5. A questão da Modernidade e da Pós Modernidade como favor de corrupção dos valores.
6. A supremacia dos valores da Reforma em relação aos padrões romanistas – “Do futuro dos povos católicos.”
III. PRINCÍPIOS DE DEUS QUE DEVEM REGER A POLÍTICA
1. O povo de Deus precisa ter critérios claros na escolha de seus representantes– Dt 17:14-20
Pessoas apontadas por Deus e não pessoas estranhas.
Pessoas que não se dobrem diante da sedução do PODER, SEXO, DINHEIRO.
2. O povo de Deus não deve ser omisso, mas lider na questão da política – Dt 28:13.
A atitude de omissão não corresponde aos princípios de Deus nem à expectativa de Deus.
O cristão preparado está em vantagem para governar – Pv 28:5; 26:1
O cristão não pode associar-se com pessoas inescrupulosas – Sl 94:20; Pv 25:26.
3. O povo de Deus precisa votar em represetantes que amem a justiça – Pv 31:8,9.
O povo não está trabalhando em favor do político, mas o político em favor do povo.
O político precisa olhar com especial atenção para os pobres e necessitados, ou seja, precisa ter um política social humana e justa.
IV. O PERFIL DE UM POLÍTICO SEGUNDO OS PRINCÍPIOS DE DEUS
1. Vocação – John Mackay diz a distribuição de vocações é mais importante do que a distribuição de riquezas. Calvino entendia que o poder civil é uma sacrossanta vocação. Há pessoas dotadas e vocacionadas para o poder público. Uma pessoa não está credenciada para ser um bom candidato apenas por ser evangélica. Exemplo: José do Egito – Sempre foi líder em casa, na casa de Potifar, na prisão, no trono.
2. Preparo intelectual – O lider político precisa ser uma pessoa preparada. Ele precisa ter independência para pensar, decidir e lutar pelas causas justas. Ele não pode comer na mão dos outros. Ele não pode ser um refém nas mãos dos espertos. Exemplo: Moisés – Moisés se preparou 80 anos para servir 40. Ele aprendeu a ser alguém nas Univerdades do Egito. Ele aprendeu a ser ninguém nos Desertos da Vida. Ele aprendeu que Deus é Todo-Poderoso na liderança do povo.
3. Caráter incorruptível – A maioria dos políticos sucumbem diante do suborno, da corrupção e vendem suas consciências. Há muitos políticos que são ratazanas, sanguessuga. Há muitos políticos que são lobos que devoram o pobre. Há muitos políticos que decretam leis injustas. O político precisa ser honesto e irrepreeensível. Exemplo: Daniel – Ele era sábio. Ele era lider. Ele era incorrupto. Ele era piedoso. Ele não era vingativo. Um exemplo oposto é ABSALÃO. Ele era demagogo e capcioso. Ele furtava o coração das pessoas com falsas promessas.
4. Coragem para se envolver com os problemas mais graves que atingem o povo – O político não pode ser uma pessoa covarde e medrosa. Ele precisa ser ousado. Neemias é o grande exemplo: 1) Ele ousou fazer perguntas; 2) Ele se viu como resposta de Deus resolver os problemas do seu povo; 3) Ele agiu com prudência e discernimento; 4) Ele mobilizou o povo para engajar-se no trabalho com grande tato; 5) Ele enfrentou os inimigos com prudência. Exemplo: Winston Churchil.
5. Visão – O político precisa ser um homem/mulher de visão. Ele precisa enxergar por sobre os ombros dos gigantes. Ele vê o que ninguém está vendo. Ele tem a visão do passado, do presente e do futuro. Ele antecipa soluções. Exemplo: José do Egito, Calvino. Veja Pv 11:14. Ester esteve disposta a morrer pela causa do seu povo.
6. Tino Administrativo – Há políticos que são talhados para o executivo e outros para o legislativo. Colocar uma pessoa que não tem capacidade gerencial para governar é um desastre. Exemplo: Neemias – ele revelou capacidade de mobilizar pessoas, resolver problemas, encorajar, e colocar as pessoas certas nos lugares certos para alcançar os melhores resultados.
7. Capacidade de contornar problemas aparentemente insolúveis – O líder é alguém que vislumbra saídas para problemas aparentemente insolúveis. Exemplo: Davi – 1) Ele viu a vitória sobre Golias quando todos só olhavam para derrota; 2) Ele ajuntou 600 homens amargurados de espírito e endividados e fez deles uma tropa de elite; 3) Ele reanima-se no meio do caos e busca força para reverter situações perdidas – 1 Samuel 30:6.
8. Não temer denunciar os erros dos poderosos – Samuel denunciou os pecados de Saul (1 Sm 15:10-19). Natã não se intimidou de denunciar o pecado de Davi. João Batista denunciou Herodes.
CONCLUSÃO
1) Como votar? Devemos escolher um candidato pela sua vocação, preparo, caráter, compromisso com o povo e propostas: Há coisas básicas: saúde, educação, emprego, segurança, moradia, progresso. Se temos pessoas evangélicas com esse perfil, demos a elas prioridade em nosso voto. Mas seria irresponsabilidade votar numa pessoa apenas por ser evangélica se ela não tem essas credenciais.
2) Como fiscalizar? A igreja é a consciência do Estado. Ela exerce voz profética. Ela precisa votar e acompanhar e cobrar dos seus representantes posturas dignas, sobretudo nos assuntos de ordem moral e social: casamentos gays, aborto, etc.
3) Como encorajar? A Bíblia nos ensina a interceder, honrar e obedecer as autoridades constituídas.

Rev. Hernandes Dias Lopes

Uma reflexão sobre o cristão e a política

Romanos 13.1-7 é um dos textos mais importantes da história sobre a questão política. A palavra de Deus estabelece princípios claros acerca do papel do Estado e da responsabilidade dos cidadãos, a fim de que haja ordem e progresso na sociedade. Destacaremos, à luz do texto, três verdades importantes:

Em primeiro lugar, a origem das autoridades constituídas (Rm 13.1,2). Paulo diz que não há autoridade que não proceda de Deus e as autoridades que existem foram por ele instituídas. Logo, se opor deliberada e formalmente à autoridade é resistir à própria ordenação de Deus. Aqueles que entram por esse caminho de desordem e anarquia trarão sobre si mesmos condenação. É óbvio que o apóstolo Paulo não está dizendo que Deus é o responsável moral pelos magistrados ditadores e corruptos que ascendem ao poder. Deus instituiu o princípio do governo e da ordem e não o despotismo. As autoridades não podem domesticar a consciência dos cidadãos nem desrespeitar a sua fé. Nossa sujeição às autoridades não é submissão servil nem subserviência, mas submissão crítica e positiva. A relação entre a Igreja e o Estado deve ser de respeito e não de subserviência. Deus não é Deus de confusão nem aprova a anarquia. Deus instituiu a família, a igreja e o Estado para que haja ordem na terra e justiça entre os homens.
Em segundo lugar, a natureza das autoridades constituídas (Rm 13.3-5). As autoridades constituídas não devem ser absolutistas. Elas governam sob o governo de Deus. A fonte de sua autoridade não emana delas mesmas nem mesmo do povo. Emana de Deus através do povo. Portanto, a autoridade é ministro (diákonos) de Deus, ou seja, é servo de Deus para servir ao povo. Aqueles que recebem um mandato pelo voto popular não ascendem ao poder para se servirem do povo, mas para servirem ao povo. Não chegam ao poder para se locupletarem, mas para se doarem. Não buscam seus interesses, mas os interesses do povo. Esse princípio divino mostra que o político que sobe ao poder pobre e desce dele endinheirado não merece nosso voto. O político que usa seu mandato para roubar os cofres públicos e desviar os recursos que deveriam atender as necessidades do povo para se enriquecer ilicitamente deve ter nosso repúdio e não nosso apoio. O político que rouba ou deixa roubar, que se corrompe ou deixa a corrupção correr solta, que acusa os adversários, mas protege seus aliados, não deve ocupar essa posição de ministro de Deus, pois Deus abomina a injustiça e condena o roubo.
Em terceiro lugar, a finalidade das autoridades constituídas (Rm 13.4-7). Deus instituiu as autoridades com dois propósitos claros: a promoção do bem e a proibição do mal. O governo é ministro de Deus não só para fazer o bem, mas, também, para exercer o juízo de Deus sobre os transgressores. Portanto, devemos sujeitar-nos às autoridades não por medo de punição, mas por dever de consciência. Cabe a nós, como cidadãos, orar pelas autoridades constituídas, honrá-las, respeitá-las e pagar-lhes tributo, uma vez que seu chamado é para atender constantemente à essa honrosa diaconia, de servir ao povo em nome de Deus. Quando, porém, as autoridades invertem essa ordem e passam a promover o mal e a proibir o bem, chamando luz de trevas e trevas de luz, cabe a nós, alertar as autoridades a voltarem à sua vocação. Se essas autoridades, porém, quiserem nos impor leis injustas, forçando-nos a negar a nossa fé, cabe-nos agir como os apóstolos: “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29).

Rev. Hernandes Dias Lopes

PRODUTORES DE ‘BEN-HUR’ DIZEM QUE A FILME SÓ TEVE INÍCIO APÓS ORAÇÃO





Quando Roma Downey e Mark Burnett receberam a proposta de dirigir uma releitura do drama épico ‘Ben-Hur’, o casal de cineastas de Hollywood fez o que sempre faz antes de tomar qualquer decisão: ambos oraram, pedindo por sabedoria e pelas bênçãos de Deus.

“Eu não consigo pensar em qualquer projeto, grande ou pequeno, que eu já me envolvi e que não tenha sido acompanhado de muita oração”, disse Downey, que junto ao seu marido é uma produtora executiva da Paramount Pictures, em um depoimento ao site cristão norte-americano ‘Gospel Herald’.

“Decidimos que mesmo sendo algo ousado, nós estávamos prontos para o desafio. Lembre-se que corajosamente assumimos a série ‘A Bíblia’, e estamos interessados em histórias que iluminam a escuridão. ‘Ben-Hur’ faz isso. A história está cheia de luz. Nós somos crentes, por isso, entendemos o quão poderosa uma oração pode ser. Quando dois ou mais estão reunidos em Seu nome, coisas extraordinárias podem acontecer”.

Escrita por Keith Clarke e John Ridley, que ganharam um Oscar pelo filme “12 Anos de Escravidão”, esta releitura de “Ben-Hur” conta a história fascinante de Judah Ben-Hur (Jack Huston), um príncipe judeu que foi falsamente acusado de traição por seu irmão adotivo Messala (Toby Kebbell), em Jerusalém durante o tempo de Jesus Cristo (Rodrigo Santoro). Assim como a versão de 1959, Ben-Hur é repleto de ação e aventura, mas nesta nova produção, temas como perdão, graça e reconciliação puxam a trama — o que torna a história ainda mais relevante nos dias atuais.

“Nós amamos a maneira como [Ridley] contou uma história que, na sua essência era uma história de vingança, mas ele apresentou-a de uma forma que se concentrou em temas, como perdão e reconciliação. Isso foi algo que importante para nós”, disse Downey.


Downey confessou que uma cena em particular a deixou extremamente comovida. O sangue de Jesus Cristo, vertido na cruz, sendo capaz de regenerar Ben-Hur e sua família, foi classificada pela diretora como inesquecível.

“Eu me encontrei naquela encosta fria em Matera (Itália), onde filmamos as cenas da crucificação naquela manhã”, ela lembrou. “Surgiu um clima sombrio sobre a equipe, enquanto nós levantamos aquelas três cruzes no monte e nos preparávamos para colocar Rodrigo Santoro e os outros dois atores lá em cima. Mesmo que fosse apenas uma encenação, não tem como não ser afetado emocionalmente, recriando aquela cena em particular da história e do sacrifício que Jesus fez por nós”.

O casal, que já produziu cinco filmes cristãos, revelou que a palavras de 1ª Timóteo 6:12 os guiaram durante todo o processo de filmagem: “Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na presença de muitas testemunhas”, diz o verso.

“Como você pode levar a mensagem de Jesus e do cristianismo a mais pessoas? O entretenimento é uma oportunidade enorme”, explicou Burnett. “Olhe para a série ‘Toque de Um Anjo’ — dez anos, quase 300 episódios, vinte milhões de pessoas por semana dando audiência. E agora Ben-Hur. Aqui está um filme de ação, aventura, épico. Sim, ele é muito divertido, é um filme, é enorme. E deve ser. Mas nele é tecda a história de Jesus e a mensagem de que a vingança não compensa”.

Ben-Hur também é estrelado por Morgan Freeman, Nazanin Boniadi, e Johan Philip Asbæk. A produção já está em cartaz nos cinemas brasileiros.

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"O OURO É NOSSO, MAS A GLÓRIA É DE DEUS", DIZ GOLEIRO DA SELEÇÃO BRASILEIRA





Em entrevista à rede Globo, logo após o término da partida, o goleiro Weverton expressou sua emoção e fé.

Questionado pelo repórter se ele se considerava "abençoado pelo destino", não hesitou em corrigir o jornalista: "Deus abençoou. Eu falei agora pouco e vou repetir, Patria amada! O ouro é nosso, mas a glória é de Deus. Deus me trouxe aqui para falar o que Ele fez".


"Eu falei para o Neymar. Foi Deus que te trouxe aqui. Ele falou no vestiário: 'Deus me deu a segunda chance'. Ele foi prata na Olimpíada passada e agora teve a chance de ser ouro", celebrou o goleiro ainda em seu depoimento.

"Eu falei para ele que Deus o ama, assim como todo esse grupo aí, que está muito feliz! Glória a Deus", destacou.

Pra outra emissora, Weverton disse: "Muita gente tentou, mas Deus botou essa geração pra fazer história e a gente fez".

Assista:


“EU NÃO CONSEGUIRIA SEM DEUS”, DIZ SHAUNAE MILLER SOBRE GANHAR O OURO NOS 400 METROS





Shaunae Miller louvou a Deus depois de mergulhar sobre a linha para ganhar o ouro nos 400m de mulheres.


A atleta das Bahamas destronou a campeã mundial americana Allyson Felix em um final emocionante. Depois de liderar boa parte da prova, as pernas de Miller pareciam falhar nos metros finais e Felix parecia que conseguiria fazer a ultrapassagem.

Mas Miller se jogou na linha final para ganhar a medalha de ouro com um tempo de prova de 49.44s.

Depois da corrida Miller contou ao BBC Sport: “Eu posso apenas louvar e agradecer a Deus. Ele me trouxe aqui até agora. É um momento de muita emoção pra mim, mas eu elevo a Deus todo meu agradecimento e louvor”.

Sobre o seu mergulho, Shaunae disse: “A única coisa que estava pensando era na medalha de ouro e a próxima coisa que eu me lembro é que eu estava no chão. Foi apenas uma reação”.

Miller disse que durante a volta da vitória apenas lembrava de todo o treinamento pesado que realizou. “Como eu disse, eu apenas dou a Deus meu louvor e meu agradecimento”.

“Não teria conseguido sem ele. Eu estou tão feliz e agradecida”.

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Traduzido por Samuel Oliveira no Consciência Cristã

Denúncia grave! Goiás promove Ideologia de Gênero

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O conservador estado de Goiás é um dos que mais investem na promoção da ideologia de gênero

O governador Marconi Perillo (PSDB), no dia 04 deste mês, tomou a decisão de assinar oDecreto nº 8.716/2016 que autoriza a utilização do nome social por pessoas travestis e transexuais em quaisquer serviços públicos ofertados pela Administração direta e indireta do Poder Executivo, que inclui os serviços conveniados, em vez de encaminhar a matéria para ser discutida e votada pela Assembleia Legislativa. 

E esta seria a maneira democrática de tratar de um tema que embora tenha aparência de simples, é complexo e não consensual porque insere uma cunha na estrutura da cultura tradicional da sociedade. Além do mais, essa medida menor tem a função estratégica de abrir fendas por onde outras demandas que fazem parte do elenco de propostas da revolução cultural empreendida pelos estudos de gênero líquido venham a ser, finalmente, implementadas na sociedade goiana através de políticas públicas. 

O decreto do governo goiano é similar ao Decreto Presidencial nº 8.727/2016, assinado no dia 28 de abril pela presidente Dilma Rousseff, num de seus últimos atos na Presidência da República. A própria presidente, que nos dois mandatos teve como uma de suas principais bandeiras justamente a implementação das políticas do gênero múltiplo, guardou enquanto pôde esse decreto na gaveta para não minar ainda mais sua frágil sustentação política. 

Depois de publicado, o decreto de Dilma causou muita contrariedade nas lideranças católicas e evangélicas do país e motivou o pedido de revogação do mesmo através da Câmara dos Deputados. Para atender a esse interesse, o deputado João Campos (PRB-GO) encabeçou a assinatura do decreto legislativo (PDC 395/2016), subscrito por 28 deputados católicos e evangélicos de 10 partidos políticos. Resta saber se há deputados estaduais goianos, com a mesma motivação, dispostos a tomarem a mesma iniciativa de revogação do decreto do governador. 

Propostas similares de decreto, patrocinadas pelo fortíssimo lobby dos movimentos de militância em gênero, têm sido oferecidas aos estados e às prefeituras, principalmente capitais e cidades de grande e médio porte. Mas a adesão é baixíssima porque governadores e prefeitos se recusam a interferir, por decreto, nos majoritários interesses do substrato cultural cristão. Marconi Perillo (PSDB) é apenas o terceiro governador do país que decidiu adotar essa mesma política de gênero, depois de Tarso Genro (PT), em 2012, no Rio Grande do Sul e Simão Jatene (PSDB), em 2013, no Pará.

A estratégia da militância de gênero de fazer com que o executivo decrete suas pautas políticas, visa fugir do trâmite regimental das casas legislativas onde suas demandas nunca prosperam. Isto porque os parlamentares tendem a reproduzir o conservadorismo predominante na sociedade. Essas políticas somente avançam com o favor das estruturas de governo que as beneficiam por meio de decretos, portarias, resoluções e pareceres. Contam também com o favorecimento de decisões judiciais. 

O fato de ter conseguido emplacar esse decreto num estado conservador como é o caso de Goiás, representa além de vitória simbólica, uma extraordinária arma de propaganda para a militância de gênero. Justamente porque Goiás é reconhecido como um dos estados do país com maior percentual de evangélicos e também de católicos praticantes, conforme atesta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No estado, estão sediadas algumas das principais igrejas e missões brasileiras que estendem suas congregações pelo país e pelo mundo. Em Trindade, inclusive, acontece anualmente a segunda maior festa religiosa católica do país e uma das maiores do mundo. 

De posse desse importante trunfo propagandístico, o lobby de gênero certamente potencializará seus argumentos para convencer prefeitos do interior de Goiás a replicarem nos municípios a decisão do governo estadual, além de usar o exemplo daqui para quebrar a resistência dos outros governadores. Cada vez mais será defendida a tese segundo a qual o que não se consegue em votação num legislativo conservador, impõe-se pela canetada do executivo. 

Mas Goiás tem já uma tradição de pioneirismo no apoio às demandas de gênero. Em 2008 o governador Alcides Rodrigues assinou o decreto 6.855/2008, que fez de Goiás o primeiro estado a criar um Conselho Estadual LGBTTT. Tanto o decreto de 2008 quanto o de 2016 tiveram o protagonismo da Secretaria Estadual da Mulher, do Desenvolvimento Social, da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos e do Trabalho (Secretaria Cidadã).

Esta é a mais importante secretaria estadual para o desenvolvimento das políticas sociais do governo. Por outro lado, a Secretaria Cidadã cumpre a função política de apaziguar, beneficiar e aproximar o governo estadual de sindicatos, grupos LGBTTT, Feminista, Afro, e organizações afins. Para tanto, esses grupos influenciam diretamente em boa parte das políticas sociais da pasta. Também, durante os governos Lula e Dilma, a secretaria serviu para Goiás estabelecer parcerias com o Governo Federal que aproveitou para financiar e aprofundar as políticas culturais e sociais do seu interesse. 

Um dos efeitos dessa parceria é a quase regular realização de cursos gratuitos de capacitação nas teorias de gênero para servidores públicos do estado e dos municípios. Esses cursos, além de quebrar a resistência social sobre o assunto, têm a finalidade de fazer multiplicadores e treinar os servidores para o atendimento à população de acordo com a perspectiva da ideologia de gênero e dos movimentos sociais. 

Um dos cursos teve a duração de 180 horas e foi realizado em 15 encontros aos sábados, de 8:00h às 17:00h, entre os dias 22 de agosto e 28 de novembro de 2015. Foram treinadas em gênero somente nesta etapa 2.500 pessoas (enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, advogados, professores, administradores, políticos, policiais, além de conselheiros tutelares) em 10 cidades polo: Campos Belos, Catalão, Goiânia, Goiás, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Posse, Porangatu e Uruaçú.

(perspectiva de gênero adotada em curso da Secretaria Cidadã de Goiás)

O avanço da aplicação na sociedade das ideologias relativas ao gênero não binário encontra oposição na resistência cristã não somente no Brasil mas em outras partes do mundo. Nesse embate, a manipulação da linguagem e do discurso constitui-se em importante estratégia de (re)formação do imaginário coletivo. É nesse contexto que os cristãos têm sido acusados de parciais e preconceituosos ao supostamente servirem de entrave para a emancipação das minorias sexuais e familiares. No entanto, somente compreende os motivos para esse discurso de resistência quem acompanha a emergência e o protagonismo dessa política cultural no mundo.  

A ressignificação do termo gênero (descolando-o do conceito de sexo masculino e feminino e mudando discriminação sexual para discriminação de gênero) foi acatada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como política de direitos humanos para as nações a partir das conferências para as mulheres, em Pequim (1995) e Yogyakarta (2006). Desde então, a política de gênero tem sido imposta aos países por meio das agências da ONU para a saúde, cultura, educação e direitos humanos, além de clausulas impositivas em contratos dos bancos de fomento e desenvolvimento para as nações.

A intenção da ONU não é humanitária, no sentido de atender as particularidades das minorias familiares e sexuais. E é lamentável que pessoas sofram e sejam enganadas com políticas que supostamente as beneficiem. Como pode ser constatado nos documentos da própria ONU e também nos depoimentos, entrevistas, livros e teses dos principais defensores dessa causa no mundo, a atual política de gênero constitui-se em importante ferramenta para a premeditada corrosão, por dentro, da sociedade ocidental. A existência de um modelo de sociedade fundamentado na moral judaica e cristã não interessa ao propósito de construção da Nova Ordem Mundial que está em curso.

O Brasil foi um dos primeiros países a adotar essa política de gênero da ONU. O decreto presidencial 7.037 assinado por Lula em 21 de dezembro de 2009, criou o Plano Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH-3). Na seção de Ações Programáticas, no Objetivo Estratégico 5, o documento apresenta a seguinte prioridade: “Reconhecer e incluir nos sistemas de informação do serviço público todas as configurações familiares constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, com base na desconstrução da heteronormatividade.” 

O reconhecimento social das famílias alternativas certamente não seria questionado pelo conjunto dos cristãos, caso a recomendação da ONU e também do PNDH3 não exigisse adesconstrução da normalidade do sexo masculino e feminino e também do casamento heterossexual. Esse é o ponto de discórdia.

Estamos diante da imposição de uma ação ideológica de gênero que se dá em cadeia hierárquica: a ONU e algumas outras instituições e organismos interdependentes promovem a difusão e o financiamento dessa política às nações; as nações, pela vez delas, veem-se obrigadas a fazer o mesmo com suas unidades administrativas. Portanto, não há como dissociar o decreto do governador e as políticas da Secretaria Cidadã, bem como da Secretaria Estadual de Educação, desse contexto. 

Em se tratando da promoção da ideologia de gênero em Goiás, não se pode ignorar a participação ainda mais dedicada e efetiva da Prefeitura de Goiânia, particularidade que esse artigo não se propôs a tratar.

À guisa de conclusão, o presente artigo oferece ao leitor dois apêndices para reflexão: o primeiro, para dizer que os eleitores são reféns da desorganização partidária brasileira. Diferente do modelo predominante nas democracias mais amadurecidas, a maioria dos partidos políticos daqui não têm linha ideológica e/ou doutrinária definida. Em vista disso, os eleitores ficam à mercê do estelionato eleitoral porque nunca têm a garantia de que os políticos não os trairão mudando seus discursos depois de eleitos.

O segundo, é para opinar que o ministro cristão não deveria oferecer apoio irrestrito aos governantes, nem se associar a eles em negócios políticos, ainda mais quando o faz em nome da Igreja. A própria Igreja tem consistentes motivos históricos para desaconselhar essa prática. Além da oração e do aconselhamento sincero e imparcial, sua postura política deveria ser de fiel da balança em favor da justiça social, da austeridade e correção das práticas de governo. Sobretudo, na defesa intransigente e inegociável dos valores éticos e morais da fé cristã. Estes são cuidados necessários para que a Igreja não seja forçada pela conveniência política a relativizar seus valores, abandonar ou negligenciar as prioridades do Reino de Deus, selecionar a mensagem da pregação e silenciar a voz profética que denuncia o erro.

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Autor: Orley José da Silva, é professor em Goiânia, mestre em letras e linguística (UFG) e mestrando em estudos teológicos (SPRBC)
Divulgação: Bereianos

Somos uma igreja reformada

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O que é ser um cristão reformado? Talvez, essa definição não seja tão fácil devido à forma tão elástica como alguns desejam dar à identidade reformada.[1] A fim de apresentarmos quem somos não é suficiente apenas descrevermos que historicamente descendemos da Reforma do século XVI. A genealogia da família reformada teve vários desdobramentos, alguns deles se apostataram da teologia reformada, mas Deus preservou uma linhagem fiel. Para provarmos a nossa identidade reformada precisamos justificar o nosso vínculo com o pensamento calvinista original.[2] Creio que podemos aceitar a definição de Joel R. Beeke em dizer que “ser reformado significa enfatizar o abrangente, soberano e amoroso senhorio de Deus sobre todas as coisas: cada área da criação, todos os esforços das criaturas e cada aspecto da vida do crente”.[3] Como cristãos reformados cremos que o nosso Deus criou tudo o que existe, governa todos os eventos pela sua providência, realiza eficazmente a salvação, e conduz tudo para o cumprimento do seu eterno propósito, de modo, que nada foge ao seu absoluto controle. Por isso, todas as demais doutrinas estão centradas em Deus.

O cristão reformado é alguém que vive sob a influência de que a Escritura é a sua única fonte e norma de fé e prática. H. Henry Meeter observa que

o calvinista sustenta que a autoridade da Bíblia é absoluta. Não considera a Bíblia simplesmente como um livro de bons conselhos que o homem pode adotar livremente, se assim o considera conveniente, ou rejeitar se assim lhe parece mais oportuno. A Bíblia é para o calvinista uma norma absoluta à que deve submeter-se totalmente. A Bíblia lhe dita o que deve crer e o que deve fazer; fala com força imperativa. Calvino era muito enfático neste ponto. Se a Bíblia fala, somente há uma alternativa: obedecer.[4]

O cristão reformado não é alguém que cegamente se submete a liderança de homens, instituições ou a movimentos. A sua submissão é ao Senhor Deus que revelou a sua vontade na Escritura Sagrada. Ele somente é sujeito a qualquer autoridade, desde que ela esteja de acordo com a Palavra de Deus. Alguns princípios norteiam o cristão calvinista em relação a Deus, ao próximo e a sua percepção da realidade ao derredor:[5]
  1. Ele mantém uma mentalidade teocêntrica.
  2. Possui um estado de espírito de contrição e de dependência.
  3. É movido por um coração grato dominado pelo contentamento.
  4. Suporta todas as coisas com uma vontade submissa.
  5. Persevera na santidade pela obediência da lei moral.
  6. Visa o propósito de glorificarmos a Deus em todas as esferas da sua vida.

É sempre relevante instruir que somos cristãos reformados e não meros evangélicos. Em meio à atual confusão, bem como as tendências pluralistas e inclusivas do evangelicalismo, precisamos nos distinguir. Vivemos um momento crítico de impureza doutrinária, e vemos ensinos nocivos se infiltrando até nas igrejas de origem reformada. Embora descrevendo o contexto das igrejas evangélicas nos EUA, James M. Boice e Philip G. Ryken diagnosticaram o que também parece ser a tendência do evangelicalismo brasileiro. Mas, infelizmente esta parece ser uma situação que começa a ser a realidade de algumas igrejas presbiterianas no Brasil. Eles denunciaram que

o que uma vez foi falado das igrejas liberais precisa ser dito das igrejas evangélicas: elas buscam a sabedoria do mundo, creem na teologia do mundo, seguem a agenda do mundo, e adotam os métodos do mundo. De acordo com os padrões da sabedoria mundana, a Bíblia torna-se incapaz de alimentar as exigências da vida nestes tempos pós-modernos. Por si mesma, a Palavra de Deus seria insuficiente de alcançar pessoas para Cristo, promover crescimento espiritual, prover um guia prático, ou transformar a sociedade. Deste modo, igrejas acrescentam ao simples ensino da Escritura algum tipo de entretenimento, grupo de terapia, ativismo político, sinais e maravilhosas – ou, qualquer promessa apelando aos consumidores religiosos. De acordo com a teologia do mundo, pecado é meramente uma disfunção e salvação significa desfrutar de uma melhor autoestima. Quando esta teologia adentra a igreja, ela coloca dificuldades em doutrinas essenciais como a propiciação da ira de Deus, substituindo-a por técnicas e práticas de auto-aceitação. A agenda do mundo é a felicidade pessoal, assim, o evangelho é apresentado como um plano para a realização pessoal, em vez de ser a caminhada de um comprometido discipulado. Para terminar, vemos que os métodos do mundo nesta agenda egocêntrica são necessariamente pragmáticos, sendo que as igrejas evangélicas estão se esforçando a todo o custo em refletir o modo como elas operam. Este mundanismo tem produzido o “novo pragmatismo” evangélico.[6]

Somos evangélicos no sentido de crermos no evangelho, todavia, preferimos não ser identificados no uso comum do termo. E, isto pelo simples motivo: para que não sejamos confundidos com esta tendência de desvio do antigo evangelho de Jesus. Os cultos de muitas igrejas evangélicas estão cheios de elementos estranhos, práticas místicas que se assemelham às seitas espíritas, doutrinas de homens e uma ausência da fiel exposição da Escritura, da correta ministração da ceia do Senhor, bem como da zelosa aplicação da disciplina bíblica. Essas comunidades por causa de sua infidelidade ao ensino da Escritura estão se tornando cada vez menos puras.


Mas, por que conhecer a própria identidade? Transcrevo aqui o sábio conselho de Beeke em que ele adverte que
se não conhecermos nossa herança reformada, a ignorância levará à indiferença, e a indiferença ao abandono. Aconselho-o a que estude o pensamento reformado. Mergulhe nos escritos de calvinistas firmes e renomados. [...] Se não apreciarmos a nossa herança reformada, a nossa fé perderá a autenticidade. Ninguém sentirá interesse pelo calvinismo, porque nos faltará paz, alegria e humildade verdadeiras. E, se não vivermos nossa herança reformada, não seremos sal na terra. Quando o sal perde a sua salinidade, não presta para nada, exceto para ser lançado fora e ser pisado pelos homens (Mt 5:13).[7]

Quando vivemos a tradição reformada honramos os milhares de servos que Deus usou para forjá-la. Não adoramos a tradição em si, mas cremos que ela é útil para identificar as nossas origens. Ela tem o papel de preservar a herança que recebemos dos reformadores. Quando subscrevemos estes documentos estendemos a nossa destra para irmãos de diferentes períodos e países que viveram pela fé reformada, e ao lado deles glorificamos ao soberano Deus.


________________
Notas:
[1] Por exemplo, refiro-me ao que fez John Leith agregando à tradição reformada homens e mulheres, bem como denominações e movimentos doutrinários bem pluralistas que negam a nossa tradição confessional reformada. Veja John Leith, A tradição reformada – uma maneira de ser a comunidade cristã (São Paulo, Associação Evangélica Literária Pendão Real, 1996).
[2] Holmes Rolston III afirmou um afastamento de Calvino e os teólogos de Westminster dizendo que “inovações teológicas eram a obra de seus sucessores” in: John Calvin versus the Westminster Confession (1972), p. 23 citado por Paul Helm, “Calvin and the Covenant: Unity and Continuity” in: The Evangelical Quarterly, p. 66. Entretanto, o que Joel R. Beeke declarou acerca da doutrina da segurança da salvação, também podemos concluir das demais áreas teológicas, que a diferença entre Calvino e o calvinistas posteriores, especialmente os teólogos de Westminster, em relação ao desdobramento teológico da teologia reformada é quantitativamente além, mas não qualitativamente contraditória às de Calvino. Veja Joel R. Beeke, A Busca da Plena Segurança – O Legado de Calvino e Seus Sucessores(São Paulo, Editora Os Puritanos, 1999), pp. 19-20.
[3] Joel R. Beeke, Vivendo para a glória de Deus – uma introdução à fé reformada (São José dos Campos, Editora Fiel, 2010), p. 57.
[4] H. Henry Meeter, The basic ideas of Calvinism (Grand Rapids, Baker Books, 6a.ed. rev., 1990), p. 28.
[5] Adaptado de James M. Boice & Philip G. Ryken, The doctrines of grace – rediscovering the evangelical gospel(Wheaton, Crossway Books, 2002), pp. 179-199.
[6] James M. Boice & Philip G. Ryken, The doctrines of grace – rediscovering the evangelical gospel, pp. 20-21.
[7] Joel R. Beeke, “Prefácio” in: Vivendo para a glória de Deus – uma introdução à fé reformada, p. 16.

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Autor: Rev. Ewerton B. Tokashiki
Fonte: Estudantes de Teologia

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

10 DICAS DAS ESCRITURAS ÀQUELES QUE DESEJAM SER MELHORES PAIS E MÃES





Por Renato Vargens

Volta e meio alguém me pergunta o que fazer para construir uma relação saudável com os filhos. Pois é, pensando em ajudar a alguns pais que tem tido dificuldade em relacionar-se com a garotada, resolvi elencar dez dicas para aqueles que desejam ser melhores pais e mães, vejamos:


1-) Sejam pais presentes. Estejam com seus filhos em todo tempo ensinando-os no caminho que deve andar. (Provérbios 22:06)

2-) Dedique tempo para ensinar as Escrituras aos seus filhos quando juntos estiverem em casa.(Deuteronômio 6: 6-7)

3-) Ouça mais, fale menos e brigue menos.
( Tiago 1:19)

4-)Não irritem os vossos filhos com ações, palavras e discussões necessárias.
(Efésios 6:04)

5-) Seja integro, correto e honesto e os seus filhos serão felizes.
(Provérbios 20:07)

6-) Assim como o Senhor é compassivo e misericordioso com seus filhos, seja você também compassivo com os seus.
(Salmos 103:13)

7-) Não se negue a por limites, ou mesmo disciplinar seus filhos.
(Provérbios 13:24 22; 22:06,15; 29:15)

8-) Celebre a vida com os seus filhos. Lembre-se que as Escrituras nos ensinam que existe tempo para todas as coisas, inclusive para rir e celebrar.
(Eclesiastes 3:1-4)

9-) Reclame menos, múrmure menos.
(Filipenses 2:14)

10-) Trate seus filhos com ternura. Lembre-se que Jesus agiu assim com os pequeninos
(Mateus 18:10; 19:14).  

Pense nisso!

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Renato Vargens

“IGREJA DA CAVERNA” NO EGITO REÚNE MILHARES DE CRISTÃOS EM ADORAÇÃO A DEUS; #ASSISTA





O nome de Jesus Cristo é exaltado por cerca de 70 mil cristãos em uma “igreja caverna” a cada semana em cultos. A hoje conhecida “Igreja da Caverna” se tornou uma das maiores igrejas do Egito.



Mais de noventa por cento dos membros frequentadores da comunidade são cristãos coptas e os demais cristãos árabes. A igreja está localizada na montanha Mokattam no sudoeste do Cairo, em uma área conhecida como “a cidade do lixo”, devido a grande população que se dedica a reciclagem de lixo.

Estar em um país de maioria muçulmana e rodeado por países dominados por maioria Islâmica, é muito difícil manter costumes da fé cristã. No entanto a fé firme dos cristãos faz com eles se reúnam para louvar o nome que esta acima de todos os nomes, Jesus, informou a Cristians Voice.

Seguramente é a maior igreja cristã no Oriente Médio e tem capacidade para abrigar pelo menos 20 mil pessoas confortavelmente sentadas para os cultos. Nas cavernas próximas foram construídos outros locais para uso da igreja. Como estes locais estão ligados entre si, forma portante um enorme complexo subterrâneo.

Na “igreja caverna” se reúnem semanalmente em torno de 70 mil cristãos, que vão para adorar e louvar o nome de Jesus.

Para estes cristão é um forte testemunho que dão ao poder se reunir com liberdade em uma região cercada por países islâmicos que não permitem a liberdade religiosa.

O líder cristão local, Markos Ayoub define a situação assim: “Não é fácil ser um cristão copta no Oriente Médio hoje em dia, devido a instabilidade politica e problemas econômicos que enfrenta o Egito nos últimos anos, muitos cristãos temem pelo futuro do cristianismo no país.”

Devido a estes problemas muitos jovens deixam o país para tentar uma nova vida fora do Oriente Médio. Apesar das dificuldades, muitos dos que ficaram continuam a dar o testemunho de fé e esperança.

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Com informações do Inforgospel, Christian Voice e Acontecer Cristiano, via Consciência Cristã

“PRECISAMOS UNIR A TEOLOGIA REFORMADA COM O FERVOR PENTECOSTAL”, DIZ HERNANDES DIAS LOPES #ASSISTA


Hernandes Dias Lopes é pastor titular da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória (ES). (Foto: Reprodução)


A visão do pastor presbiteriano Hernandes Dias Lopes sobre o equilíbrio entre a teologia protestante e a pentecostal vem chamando a atenção de milhares de internautas nas redes sociais.

O vídeo de uma entrevista concedida pelo pastor no programa “Trocando Ideias”, exibido pela LPC TV no dia 28 de outubro de 2013, voltou a ser comentada no Facebook e foi visualizada por mais de 44 mil pessoas desde a última quinta-feira (11).

Na ocasião, o Rev. Cláudio Martins levou à Hernandes a seguinte pergunta de um dos telespectadores: “Fui influenciado pela teologia reformada, mas sou assembleiano. Na minha igreja, tal teologia não é admirada. Por que os pastores pentecostais não partilham dessa teologia?

“Eu acredito que por não conhecerem”, responde Hernandes, que é pastor titular da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória (ES). “Há uma confusão das pessoas de acharem que a teologia reformada não tem nenhuma ligação com a piedade, com o fervor, com o avivamento, com a busca do Espírito Santo, com a vida de oração, com a santificação, com a vida plena de Deus.”

Hernandes acrescenta que as igrejas protestantes no Brasil precisam voltar às suas origens, pois perderam o fervor ao preservar a ortodoxia. “Não tem coisa melhor do que ter uma teologia reformada regada com óleo, com a unção, com fervor, com entusiasmo, com vibração, com paixão, com a vida plena do Espírito Santo de Deus”, aponta.

“O que nós precisamos é do que Martyn Lloyd-Jones colocou, é não separar o que Deus uniu: ortodoxia e piedade, teologia e vida, credo e conduta. É manter essa verdade regada com o óleo do Espírito. Essa junção da teologia reformada com a unção, com o fervor pentecostal, isso é uma coisa fenomenal”, acrescenta o pastor.

“Nós temos uma teologia magnífica, mas tem muita gente engessando essa teologia. Ela precisa ser cheia de entusiasmo e fervor espiritual”, finaliza.

Assista a entrevista completa:


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RELIGIÃO, CULTURA E REDENÇÃO



Por Herman Bavinck

Entre todos os povos do mundo, encontramos uma noção de pecado e miséria, e todos sentem a necessidade e a esperança de redenção. O otimismo é impotente para rejeitar o primeiro fato e reconciliar completamente os seres humanos consigo mesmos e com o mundo. O pessimismo, porém, nunca foi bem sucedido em desfazer o segundo fato e em erradicar  a esperança para o futuro do coração do humano. Além disso, vimos anteriormente que a expectativa de uma redenção vindoura está ligada, em muitas religiões, a uma pessoa vindoura e especificamente baseada no aparecimento de um rei. 

Aqui podemos acrescentar que a ideia de redenção está quase sempre associada à de reconciliação. Redenção, devemos dizer, é primariamente um conceito religioso e, portanto, ocorre em todas as religiões. Admito que os seres humanos têm à sua disposição muitos meios para se manterem na luta pela existência e para se protegerem contra a violência. Eles não estão sozinhos, mas vivem em comunidades. Eles têm mentes com as quais pensar, mãos com as quais trabalhar e podem, pelo trabalho e pelo esforço, conquistar, estabelecer e expandir um lugar para si mesmos no mundo. É digno de nota, porém, que todas essas ajudas e suportes não são suficientes para eles. Por mais que as pessoas se desenvolvam culturalmente, elas nunca ficam satisfeitas com isso e não alcançam a redenção pela qual pela qual estão ansiosas, pois ao mesmo tempo em que a cultura satisfaz suas necessidades, incentiva a ter orgulho no grande progresso que fizeram, por outro, elas lhes dá uma noção progressivamente mais clara do longo caminho que ainda precisam percorrer. Na medida em que as pessoas colocam o mundo sob seus pés, elas se sentem mais e mais dependentes daquelas forças celestiais contra as quais, com medida em que resolvem problemas, vêem os mistérios do mundo e da vida se multiplicarem e aumentarem em complexidade. 

Enquanto sonham com o progresso da civilização,
 ao mesmo tempo vêem abrir diante de si a instabilidade e a futilidade do mundo existente. A cultura tem grandes, até mesmo incalculáveis vantagens, mas também traz consigo seus próprios inconvenientes e perigos peculiares. Quanto mais abundantemente os benefícios da civilização escorrem por nosso caminho, mais vazia a vida se torna. É por isso que em adição à cultura, em toda parte, teve origem e alcançou maturidade sob a influência da religião. Se os males da humanidade foram causados pela cultura, certamente eles poderiam ser curados de nenhuma outra forma a não ser pela cultura. Mas os males que temos em mente são oriundos do coração humano, que sempre  permanece o mesmo, e a cultura somente os realça. Com toda a sua riqueza e poder, ele apenas mostra que o coração humano, no qual Deus colocou a eternidade (Ec 3.11), é tão grande que nem todo mundo pode satisfazê-lo. Os seres humanos estão em busca de uma redenção melhor do que aquela que a cultura pode lhes dar. Eles estão procurando felicidade duradoura, um bem eterno. Eles estão ansiosos por uma redenção que os salve física e também espiritualmente, para  o tempo e também para a eternidade, e isso somente a religião, e nada mais, pode lhes dar. Somente Deus pode lhes dar isso, não a ciência ou a arte, a civilização ou a cultura. Por essa razão, a redenção é um conceito religioso, é encontrada em todas as religiões  e é quase sempre associada à ideia de reconciliação, pois a redenção que os seres humanos procuram e precisam é uma redenção na qual são erguidos acima de todo o mundo e inseridos  em comunhão com Deus. 

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Fonte: Dogmática Reformada. Ed. Cultura Cristã, Volume 3, p.331-32.
Electus

NADADORA DIZ QUE DEUS É MAIS IMPORTANTE QUE OURO OLÍMPICO





Madeline “Maya” Dirado, 23 anos sai das Olimpíadas Rio 2016 com 4 medalhas na bagagem. Foram 2 medalhas de ouro (200m costas e 4 por 200m); uma prata nos 200 medley e o bronze nos 400 medley. Contudo, ela surpreendeu a todos quando afirmou que isso não era o mais importante em sua vida. Geralmente os atletas de alto rendimento como ela literalmente vivem para o esporte.

Como não era favorita, as atuações de Dirado chamaram muita atenção e ela deu várias entrevistas depois de voltar aos Estados Unidos. Numa delas disse: “Eu não acho que Deus realmente se preocupa muito como eu nado. Estar numa equipe olímpica não é o meu objetivo final de vida. Eu acho que Deus se preocupa mais com a minha alma e se eu estou anunciando seu amor e misericórdia para o mundo”.

Formada pela Universidade de Stanford, ela anunciou sua aposentaria das piscinas após os Jogos Olímpicos. Depois de 17 anos praticando natação, ela disse que seu foco agora é a família e sua profissão na área de consultoria.

Evangélica, ela e o esposo Rob Andrews são membros da The River Church Community, na região de San Francisco. Conta que seus pais sempre lhe deram uma sólida formação cristã.
“Jesus tem sido uma constante em minha vida”, comemora.

Para a atleta, sua confiança está em saber que não importa o que aconteça Deus a ama. Para Maya, “o amor de Jesus por mim e por toda a humanidade é algo que sempre me ajuda a amar as pessoas ao meu redor quando as coisas ficam difíceis”, afirmou ela ao Christianity Today.

Esse é um grande contraste com sua carreira de nadadora, que ela considera uma “atividade muito egoísta”, pois passava a maior parte do tempo sozinha na piscina.

O posicionamento da jovem ganhou elogios do pastor Franklin Graham, líder da Associação Evangelística Billy Graham. “Saber que Deus te ama e se preocupa com sua alma eterna é uma notícia muito melhor que os Jogos Olímpicos”, afirmou ele em postagem no Facebook.

***

EVANGÉLICO, O MEDALHISTA DE OURO THIAGO BRAZ FALA DA SUA FÉ EM DEUS





O Brasil todo se emocionou com a vitória de Thiago Braz no salto com vara, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. O atleta de 22 anos superou o favorito, o recordista mundial Renaud Lavilleni, da França, e de quebra fixou um novo recorde olímpico para a modalidade: 6,03 metros de altura.

“Durante a minha carreira, eu aprendi a ter fé e confiar em Deus. E isso tem me ajudado em muitas coisas, até mesmo na concentração, e eu tenho colocado em prática. Para mim isso é especial”, afirmou Thiago à reportagem da TV Globo após a prova. E, de fato, o atleta demonstra continuamente como a sua determinação tem origem em sua fé.

MOTIVAÇÃO DO PASTOR

Homem de fé, o medalhista é evangélico e disse ao Estado de S. Paulo que confiou em Deus para vencer: “Antes da minha prova eu tinha conversado com meu pastor, e ele falou: ‘Seu Deus vai deixar você ser campeão’. Eu estava com a prata e pensei: ‘Será que eu vou mesmo ser campeão?’ Aí tentei e deu certo”, relatou.

“Os 6,03 metros é uma marca que eu já esperava há muito tempo. Há três competições eu estava tentando bater os 6 metros, e hoje, numa Olimpíada, é muito mais forte, mais surpreendente do que eu esperava. Quando ele (o adversário francês) passou de 5,98 m, eu escutei de Deus que tinha que passar de 6,03 m. Fui conversar com meu treinador e ele também falou ‘passa para 6,03’”, contou Thiago.
“Aceitar o que Deus tiver pra mim”

Na ficha que o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) preparou sobre os atletas fica evidente a fé de Thiago, quando ele afirma que entre seus principais hábitos estão “ver filmes e ler a Bíblia”. Ao ser questionado sobre seus objetivos profissionais, respondeu: “Aceitar o que Deus tiver para mim”.

“O Renaud tava ali, ele merece muito também, mas hoje o dia estava preparado por Deus para o Thiago”, disse à Globo a esposa do medalhista, Ana Paula Oliveira, que também é atleta, da modalidade de salto em altura. “É honra dele, é honra de Deus, e a gente está muito feliz”.

INFÂNCIA DIFÍCIL


Hoje, Thiago mora na Itália com a esposa, onde treina com o ucraniano Vitaly Petrov, que também foi o treinador do astro do esporte Sergey Bubka. Mas o jovem teve de superar dificuldades para chegar aonde chegou. Abandonado pela mãe e criado pelos avós, a família conta que por dias o menino esperou pela mãe com uma mochila nas costas – até se dar conta de que ela não vinha mais. No seu caminho, ele teve apoio da família. Foi seu tio, o atleta Fabiano Braz, que o atraiu para a modalidade.

Fé e mídias digitais

Em sua página no Facebook, Thiago faz questão de falar de sua fé em Deus. “Para se tornar um filho nos é necessário honrar o Pai na conquista ou na derrota. Às vezes, na conquista dizemos ter um Pai, e nas derrotas dizemos que não o temos porque não nos deu a conquista”, diz ele em uma postagem. “O Pai que está contigo na derrota é o mesmo que vai estar com você na vitória.

Ele não muda, Ele vai estar com você para qualquer situação. E Ele nunca vai desistir de você”, diz outra publicação.

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Com informações da Folha de São Paulo, Gazeta do Povo e BBC, via Consciência Cristã

A Disciplina Eclesiástica

image from google


J.MacArthur Jr. afirma: “Durante este século (XX), na maior parte do tempo, o Cristianismo evangélico vem se concentrando na batalha pela pureza doutrinária, e deve fazê-lo, mas estamos perdendo a batalha pela pureza moral. Temos pessoas com a teologia certa, vivendo de modo impuro.  

Mas, como impedir que a impureza mundana penetre na Igreja? Como impedir que os valores do mundo não sejam assimilados e praticados pelos crentes hoje? Há uma dupla resposta: primeiro, somente Deus, através da sua providência sobrenatural, pode impedir que a sua Igreja se deteriore moralmente (Ef 5.26); segundo, Jesus Cristo autorizou a liderança ordenada da Igreja que use a disciplina eclesiástica como um instrumento de combate ao pecado (Mt 18.15-17).

Estudemos a doutrina bíblica da disciplina eclesiástica. Ela é um instrumento de combate ao pecado dentro da Igreja.

1. JESUS ORDENOU A DISCIPLINA

A disciplina eclesiástica é uma ordem divina. Jesus a instituiu na Igreja ao autorizar os apóstolos a corrigir os membros da Igreja que viviam na prática de determinados pecados. É conforme o texto de Mateus 18, o poder de “ligar” ou “desligar” pecados, isto é, autoridade à liderança ordenada da Igreja para combater o pecado dentro da comunidade. “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus” (Mt 18.18 cf. Jo 20.23). 

Entende-se que cada pessoa possui o foro íntimo da consciência, a qual escapa à jurisdição da igreja. Contudo, há o foro externo que deve ser observado. Quando um membro da Igreja comete uma falta ou pecado que prejudique a paz e a pureza da mesma, deve ser disciplinado. “Falta é tudo que, na doutrina e prática dos membros e concílios da Igreja, não esteja de conformidade com os ensinos das Sagrada Escritura, ou transgrida e prejudique a paz, a unidade, a pureza, a ordem e a boa administração da comunidade cristã” (CD da IPB).

2. RESISTÊNCIAS À DISCIPLINA

Há uma grande resistência hoje, na Igreja, à prática da disciplina. Alguns argumentos são usados:
  1. Argumento do Amor
    A disciplina eclesiástica é contrária ao amor.
    Resposta: (Rm 13.8-10; He 12.4-12).
    .
  2. Argumento de Liberdade
    A disciplina eclesiástica opõe-se a liberdade cristã.
    Resposta: (Jo 8.31-36; Tg 1.25).
    .
  3. Argumento da Felicidade
    A disciplina eclesiástica opõe-se a felicidade do cristão.
    Resposta: (Sl 1; Is 48.22).
    .
  4. Argumento do Afastamento
    A disciplina eclesiástica afastará as pessoas da Igreja.
    Resposta: (Sl 37.23-24; 1 Jo 2.18-19).
    .
  5. Argumento da Hipocrisia
    A disciplina eclesiástica é um ato de hipocrisia, pois todos na Igreja são pecadores.
    Resposta: (1 Co 6.1-11; At 5.1-11).
    .
  6. Argumento da Injustiça
    A disciplina eclesiástica pode ser aplicada injustamente ou ser utilizada como instrumento de perseguição.
    Resposta: (Is 5.20,22; Mt 23.1-36).

3. APLICANDO A DISCIPLINA

Havia na igreja de Corinto, uma pessoa que mantinha um relacionamento incestuoso com a mulher de seu próprio pai. Provavelmente, a sua madrasta. O apóstolo Paulo estranha: “Geralmente, se ouve que há entre vós imoralidade e imoralidade tal, como nem mesmo entre os gentios, isto é, haver quem se atreva a possuir a mulher de seu próprio pai. E, contudo, andais vós ensoberbecidos e não chegastes a lamentar, para que fosse tirado do vosso meio quem tamanho ultraje praticou?” (1 Co 5.1-2). Paulo definiu aquele pecado como uma grande imoralidade e um ultraje.

A partir do texto de 1 Coríntios 5.1-13, podemos estabelecer alguns princípios acerca da disciplina eclesiástica.

3.1. A Sua Necessidade

A necessidade fundamental da disciplina é combater o pecado dentro da Igreja. Não permitir que o sal perca o seu sabor (Mt 5.13). Através dela se define o limite que separa a igreja do mundo.

3.2. Os Seus Objetivos 

Confissão de Westminster explica: “As censuras eclesiásticas são necessárias para chamar e ganhar os irmãos transgressores, a fim de impedir que outros pratiquem ofensas semelhantes, para lançar fora o velho fermento que poderia corromper a massa inteira, para vindicar a honra de Cristo e a santa profissão do evangelho e para evitar a ira de Deus, a qual, com justiça, poderia cair sobre a Igreja, se ela permitisse que a aliança divina e seus selos fossem profanados por ofensores notórios e obstinados” (Cap. XXX:3). 

Em síntese, podemos afirmar quatro objetivos da disciplina:
  1. Impedir a propagação do mal na Igreja - “Lançar fora o velho fermento” (1 Co 5.6-7).
  2. Vindicar a honra de Jesus Cristo e a boa reputação do Evangelho (2 Co 6.3).
  3. Evitar que o juízo de Deus caia sobre a Igreja (Ap 2.18-29).
  4. Levar ao arrependimento e recuperar a ovelha. (2 Co 2.5-11).

3.3. 
A Sua Forma

A forma bíblica da disciplina é baseada na gravidade e notoriedade do pecado. Veja os estágios para tratar o irmão em pecado (Mt 18.15-17) lendo a instrução de Jesus.

Jamais alguém deverá ser penalizado sem a oportunidade de defesa ou explicação. Paulo recomenda a Timóteo a não aceitar denúncia contra presbíteros, senão com o apoio de no mínimo duas testemunhas (1 Tm 5.19). 

Concluindo: “Disciplina eclesiástica é o exercício da jurisdição espiritual da Igreja sobre seus membros, aplicada de acordo com a Palavra de Deus” (Código de Disciplina da IPB). Na jurisdição espiritual, a Igreja exerce o direito de punir os pecados dos seus membros, mesmo que esses pecados sejam práticas permitidas na sociedade em que a Igreja está inserida. 

A Igreja não deve falhar no combate do pecado interno. A sua saúde espiritual depende da sua pureza. “Você pode ter disciplina sem santidade, mas não pode ter santidade sem disciplina”.

***
Autor: Rev. Arival Dias Casimiro
Fonte: Resistindo a Secularização, SOCEP 2002. Págs. 55-59.
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