quinta-feira, 24 de março de 2016

Em respeito ao sacrifício supremo de Cristo, não concordo e não participo de autos de Páscoa

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Nestes dias em que a Cristandade relembra o Sacrifício Supremo de Cristo na cruz, uma prática que tem se tornado cada vez mais comum (no sentido de ser vista em todo lugar) e cada vez mais sofisticada (no sentido de buscar o máximo de realismo possível) é a encenação do sacrifício, morte e ressurreição de Cristo. Igrejas evangélicas e católicas, companhias de teatro comprometidas ou não com a glória de Deus se superam em apresentar cada qual o seu “auto de páscoa”.

A princípio quero deixar bem claro que não estou aqui julgando as intenções de quem quer que seja, até mesmo porque conheço as minhas intenções, mas, não as de outrem. Quero tão somente chamar sua atenção para refletir sobre essa prática, a qual, mesmo cercada de boas intenções tornar-se um escárnio, um desrespeito ao sacrifício mais, santo, mais puro e supremo de todos os tempos, o único sacrifício que pode salvar o pecador e livrá-lo do seu pecado e da condenação eterna que o mesmo merece. Refiro-me ao sacrifício de Cristo.

Como podemos encenar o que Cristo passou ali na cruz? Como podemos descrever Sua dor, tanto física quanto espiritual? Como podemos descrever o significado das palavras: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” ou “Está consumado”?

Certa vez ouvi alguém comentando sobre um desses autos de páscoa feito por uma determinada igreja o seguinte: “Este ano eles se superaram. O cara que fez Jesus na peça fez direitinho; foi muito real. Até parecia Jesus mesmo. Ficou igual àquele auto de páscoa que é feito pelos artistas da TV lá naquela cidade do Nordeste”. Um senso de justiça (e de raiva, para a minha tristeza) tomou meu coração neste instante. “Que ridículo!” exclamei, “como você pode dizer um absurdo desses? Como pode um ser humano pecador, um ator encenando ficar parecido com Jesus? Como você pode dizer um absurdo desses comparando o sacrifício de Cristo à encenação de atores promíscuos e pervertidos?” (referia-me àquele espetáculo boçal lá no Nordeste).

Perceba, caro leitor, a que ponto chegamos. Os evangélicos criticam os católicos com suas procissões, mas, quanta hipocrisia. Os católicos com suas procissões pelo menos fazem isso não como espetáculo, mas, como devoção (exceto quando também se rendem a essa prática nefasta dos “autos de páscoa” teatrais).

Alguém vai me dizer: “Mas, você é muito obtuso e retrógrado. Não vê quantas pessoas são alcançadas pelo Evangelho com esses autos de páscoa?”. E eu devolvo a pergunta: “Quantas dessas conversões permanecem? Quantas produzem frutos dignos de arrependimento e demonstram crescimento posterior?”. Certa feita, num desses autos de páscoa feitos aqui em São José dos Campos, o cara que fez o papel de Jesus na peça, no dia seguinte foi visto num boteco da cidade enchendo a cara de cerveja (detalhe: ele estava até com o mesmo visual hippie-cristianizado). Eu fico com o método de sempre: a pregação por meio da exposição bíblica tal como fizeram os apóstolos de Cristo.

Como podemos fazer teatro com o sacrifício mais sublime e mais terrível em se tratando de sofrimento? Como podemos dar um “realismo” àquilo que não compreendemos em sua profundidade? Ainda que uma companhia teatral conseguisse retratar o sofrimento físico de Cristo, não passaria de um mero teatro, e, se quisesse fazer algo real, com sangue sendo derramado de verdade, com açoites, socos, chutes, cusparadas, coroa de espinho de verdade, o insulto ainda seria maior, pois, pretensiosamente se quereria fazer “igual” a Cristo – que sacrifício pode ser comparado ao Dele? Mas, o que dizer dos tormentos que Cristo sentiu em Seu espírito? Poderíamos nós descrevê-lo? As Suas palavras: “Deus meu, Deus meu por que me desamparaste?” apontam para algo terrível que jamais compreenderemos. Naquele momento, diferentemente do que se pensa, Deus não estava dando as costas para Jesus porque não estava suportando ver aquela cena terrível em que Seu Filho santo estava morrendo na cruz. Não! Naquele momento Deus não voltou Suas costas para Jesus, mas, sim Seu olhar de fúria contra o nosso pecado que Cristo carregava sobre Si. A cruz era o lugar onde os pecados deveriam ser destruídos. Para destruí-los, Deus traspassou Jesus Cristo, tal como disse o profeta Isaías uns 700 anos antes de Cristo: “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53.5). Naquele momento na cruz, Cristo suportou a ira de Deus, da qual ninguém poderia livrá-Lo, nem mesmo o próprio Deus porque tinha de ser assim. Ali na cruz, Cristo sofreu as dores do inferno de cada um dos Seus eleitos, ou seja, as dores que sentiríamos eternamente no inferno, Cristo as sentiu e sofreu por nós ali na cruz. Você tem ideia da intensidade dessa dor? Nenhum ser humano tem e por isso mesmo, ninguém pode descrevê-la.

Em respeito ao sacrifício supremo de Cristo, por amor ao Seu amor por mim, não participo, não concordo, não apoio esses autos de páscoa.

Um dia desses numa aula de EBD entramos neste assunto. Uma senhora, membro da nossa igreja (não citarei seu nome pois não tenho sua permissão) fez um comentário que simplesmente fechou o assunto. Ela disse em tom de pergunta: “Pastor, será que as pessoas teriam coragem de fazer teatro com a morte de um ente querido?” e ela mesma respondeu: “Creio que não”. Neste momento lembrei-me do falecimento do meu papai. Deus concedeu aos meus dois irmãos, minhas cunhadas e a mim a oportunidade de estar ao lado do papai no exato momento de sua morte. Sua passagem para a Jerusalém Celestial foi algo lindo e inspirador. Se Deus tivesse me dado a oportunidade de escolher um jeito de morrer, eu certamente queria morrer como o meu papai. Mas, jamais teria coragem de fazer um teatro narrando a sua morte, muito menos ainda teria coragem de fazer um teatro com a morte de Jesus (infelizmente, nos tempos da minha ignorância e infantilidade espiritual até já o fiz, mas, me arrependo amargamente de te-lo feito).

Não espero que você mude de opinião se você não concordo com nada do que eu disse. Tão-somente quero que você pense um pouco: você levaria numa boa alguém fazendo um teatro ou algo parecido com aquele momento de maior sofrimento pelo qual você um dia passou?

Não permita que em nome da sinceridade, da boa intenção em evangelizar, o sacrifício supremo de Cristo se torne um espetáculo carnal. Hoje, a Igreja de Cristo tem a Ceia do Senhor para fazer com que os filhos de Deus celebrem e relembrem o sacrifício de Cristo. Eles não precisam de uma data específica no calendário para isso; basta-lhes serem zelosos em participar da Ceia do Senhor.

Na verdade em amor,

Rev. Olivar Alves Pereira

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Sobre o autor: Olivar Alves Pereira é pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, Teólogo, Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, professor de Teologia Sistemática, Teologia Contemporânea, Ética e História Bíblica, História e Teologia da Igreja, Educação Cristã e Teologia Sistemática, Sociologia e Ensino Religioso em seminários e escolas na região do Vale do Paraíba, também escreveu lições para a revista de EBD para os adultos da Editora Cristã Evangélica. É associado à Associação Brasileira de Conselheiros Bíblicos - ABCB. Na Política sou de Direita Conservadora.
Fonte: Noutesia

segunda-feira, 21 de março de 2016

O Esquerdismo e o Evangelho

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Recentemente [Algum tempo atrás], um conhecido líder evangélico definiu-se ideologicamente da seguinte maneira: “Sou um pensador independente, de esquerda. Não acredito no neoliberalismo capitalista. Ele produz os excluídos. O Evangelho defende os pobres e os marginalizados”. [veja aqui]

Causa-me espanto que um homem que se diz “de Deus” seja tão rápido em enfileirar-se nas trincheiras da teologia da libertação, como se ela se constituísse leitura fiel do Evangelho, sem, no entanto, aperceber-se das claras divergências entre ambos. Pelo menos foi o que ficou evidente.

Com base nesta percepção, gostaria de fazer as seguintes considerações:

1. O Evangelho não está restrito a uma classe social

Uma das pessoas mais mal compreendidas do mundo é o Senhor Jesus. Em seu nome muitos abusos foram e ainda são praticados. Um deles é restringi-lo à pobreza e à miséria. Na verdade, o Evangelho não defende a pobreza, ele defende unicamente a glória de Deus e a vitória de seu Filho para a salvação dos eleitos, sejam eles riquíssimos, medianos, pobres ou miseráveis financeiramente. Nesse contexto há cinco considerações importantes. Em primeiro lugar, Jesus recebeu e conviveu com ricos, além de freqüentar a casa dos publicanos, indivíduos censuráveis, não por terem recursos financeiros, mas pela maneira como enriqueceram. Em segundo lugar, o próprio conceito de pobreza não está restrito às posses materiais. Mt 5: 3 menciona acerca dos pobres de espírito, enquanto o próprio rei Davi, em meio à sua fortuna, afirmou no Sl 40:17: “Eu sou pobre e necessitado, porém o Senhor cuida de mim; tu és o meu amparo e o meu libertador; não te detenhas, ó Deus meu!” Em terceiro lugar, a defesa bíblica dos pobres ocorre no contexto da Aliança de Deus com o seu povo, ou seja, é o pobre crente que recebe as promessas dos cuidados divinos para a sua penúria. Em quarto lugar, o problema levantado pelas Escrituras não estava na riqueza, mas no apego a ela que promovia o orgulho, o egoísmo e o desprezo pelos necessitados. Em quinto lugar, condicionar as Boas Novas aos pobres, portanto, é permitir que a falta de recursos seja, em si mesma, santificadora do homem. O Evangelho não defende os pobres nem os marginalizados, pois o pobre sem Cristo será condenado, assim como o rico com Cristo será salvo.

2. A esquerda é, em essência, contra a moralidade divina

A esquerda defende uma liberdade pecaminosa ao homem. Não importa se se trata doDemocratic Party americano, do Bloco de Esquerda português, do Sozialdemokratische Partei Deutschlands alemão ou do PSOL brasileiro, o alvo principal é o mesmo. A luta em favor do aborto, do feminismo, do homossexualismo, do divórcio, da compartimentação radical da sociedade, do uso de células-tronco embrionárias etc. são claramente contra a Lei de Deus. Se, historicamente, alguns segmentos da direita cometeram abusos, os da esquerda, de igual modo, cometeram também. O que determina tal posição é o humanismo em detrimento do teísmo (o mesmo ocorre com a teologia relacional, o neopentecostalismo e, obviamente, a teologia da libertação).

3. Toda cúpula governamental é abastada

Este é outro ponto que os esquerdistas não entendem. Os líderes da esquerda clássica vivenciaram a opulência e o conforto financeiro diante da miséria social. O próprio Fidel Castro é um exemplo clássico disso, sem falar de Hugo Chávez ou Evo Morales. Todos estão encastelados devorando faisões enquanto seus patrícios morrem por migalhas. Mas não são apenas estes que vivenciam o usufruto de bens materiais, até mesmo os homens de Deus sérios que ocuparam cargos públicos gozaram da riqueza e do conforto como foi o caso de Davi, de Salomão, de José e de Daniel.

4. Cuidar dos pobres é uma parte do cumprimento da Lei

Há vários textos que alertam o crente quanto ao cuidado aos necessitados. Mas isto não ocorre para que haja uma transformação social radical. Isto é utopia. Aliás, “nunca deixará de haver pobres na terra” (Dt 15: 11). A responsabilidade do crente está em partilhar daquilo que Deus concede generosamente, pois nada é nosso, tudo é d'Ele. A riqueza não deve embrutecer ou criar a sensação de auto-suficiência, pois em tudo dependemos da graça. Por isso, somos obrigados a servir ao próximo, inclusive com o bolso. É nesse contexto que o Evangelho promove mudanças na sociedade, embora isso não seja o alvo principal.

Além de tudo o que acima foi exposto, é preciso ressaltar que o esquerdismo manifesto na Teologia da Libertação lê as Escrituras com um programa de mudança social, isto é, a interpretação que ela faz do Evangelho pretende ser apenas uma justificativa para as práticas políticas voltadas à sociedade. Afinal, para a Teologia da Libertação, a leitura é uma “produção de sentido” onde leitor constrói o significado do texto.

Concluo dizendo que “ser de esquerda” e “ser cristão” estabelece uma grande contradição, cuja síntese – se é que isso exista – sempre prejudicará o Evangelho e contribuirá maciçamente para com a esquerda. Ser cristão é não pertencer ao mundo, é ser peregrino, é ser louco para com os inteligentes deste mundo.

 SOLA SCRIPTURA

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Autor: Rev. Alfredo de Souza é pastor presbiteriano e historiador social. Casado com Sandra e pai de dois filhos: João e Ana.

sábado, 19 de março de 2016

DIA DE ORAÇÃO E JEJUM PELO BRASIL NESTE DOMINGO 20/03 #INTERCEDA



Por Mariana Gouveia

A Visão Nacional para a Consciência Cristã (VINACC), juntamente com a AMME Evangelizar, está lançando, neste domingo (20), um dia de oração e jejum pelo Brasil. O motivo da mobilização é a crise política, moral, ética e econômica, que se agravou nos últimos dias no país.

O dia de oração é motivado pelo agravamento da situação política do Brasil, sobretudo com as últimas descobertas da Operação Lava Jato. As investigações apontaram o envolvimento de membros do alto escalão do Governo, tanto na esfera executiva quanto na legislativa. Tudo isso gerou um clima de instabilidade no país, com milhões de pessoas protestando nas ruas, pedindo a punição devida a todos os envolvidos nos esquemas de corrupção.

Para o domingo, a recomendação é de que os crentes façam jejum, cada um dentro de sua própria possibilidade. Além disso, recomenda-se que os irmãos reservem momentos durante o dia para orações públicas (juntamente com a igreja, nos momentos de culto) e particulares (individualmente e com os membros da família).

O pastor Jorge Noda justificou a necessidade de que a Igreja Brasileira se levante em oração pelo país. Para o pastor, isso faz parte do papel da Igreja. “Não podemos viver nossas pequenas existências particulares, como se não tivéssemos responsabilidades para com nossa pátria”, disse Noda, que completou:
“Por isso, não existe nada mais importante do que orarmos pelo nosso país, pelas autoridades constituídas, pelos cidadãos brasileiros. O coração incrédulo pode dizer que não adianta orar. Mas a história revela que a oração, mais do que qualquer outra ação, transforma o rumo de nações. […] Oremos pela libertação de nossa nação, para que possamos viver vidas tranquilas e mansas, e para que o verdadeiro evangelho avance, transformando vidas para a glória de Deus.”

Diante desse cenário, a VINACC e a AMME conclama a Igreja Brasileira a orar pelo Brasil, rogando a Deus para que possa conduzir todo esse processo, guardando nosso povo em paz e segurança e executando justiça sobre os maus que, de alguma forma, conseguiram subir ao poder.

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Política sob Perspectiva Reformacional: O Motivo Básico Cristão

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O que conhecemos como motivo básico cristão é a linha histórico/redentiva de: Criação/Queda/Redenção. A importância dessa questão se expande por toda teologia reformada como uma importante questão para uma hermenêutica redentiva. O relevante livro: A Missão de Deus, de Christopher J. H. Wright, nos mostra que há uma linha hermenêutica missional nas Escrituras, sua abordagem é uma excelente defesa do método histórico/redentivo para uma perspectiva missional. Podemos dizer que o lastro é bem maior que não se aplica somente ao pensamento missiológico ou a teologia da missão, mas, o motivo básico cristão se aplica as mais variadas áreas da teologia e da cosmovisão cristã e a todas as atividades exercidas pela igreja. 

Muito se tem debatido no Brasil sobre questões políticas devido aos freqüentes escândalos envolvendo importantes nomes do governo nacional. O crescimento da inflação causa interesse no povo pela informação econômica, o fato é que quando temos alterações em nossos bolsos é quando nos interessamos mais em entender de economia, na verdade, na maioria das vezes perdemos o tempo, a banda passou enquanto o país estava numa doce ilusão semelhante a Alice nos País das Maravilhas. Enquanto era dito que os cofres públicos estavam muito bem, obrigado, e muito da riqueza do país estava indo para vários lugares menos para o crescimento do país, enquanto não afetava diretamente os bolsos do povo, as multidões nesse Brasil varonil não se preocupavam com política, nem com o que se estava fazendo com verbas e mais verbas em apoio a conchavos políticos na América Latina, com interesses escusos que são uma realidade quase sendo esfregada no rosto de cada brasileiro. Enfim, perdoe-me a divagação, mas, o crescente interesse político por um dos lados é porque estamos sendo extremamente prejudicados diretamente. Mas, por outro lado, existe um crescente interesse de cristãos, principalmente jovens, por política. O que preocupa é que tais interesses não são regados por um olhar teológico e, consequentemente, acarretará erros na formação de um pensamento político. 

Podemos exemplificar isso de forma muito simples, a teologia reformada tem trabalhado questões relacionadas à cosmovisão cristã de forma muito importante, isso é resultado da ênfase dada pelos reformadores na vocacionalidade dos crentes ou ao que conhecemos como sacerdócio universal de todos os crentes. Essa vocação se estende a todas as áreas de atuação da vida e conhecimento humano. Francis Schaeffer dizia que o Marxismo é uma heresia cristã porque tem um fim soteriológico que é empregado no proletariado que atua como um messias que trará a igualdade através da revolução. Temos aqui uma substituição do Cristo como libertador, resgatador, redentor dos eleitos. Temos uma distorção da redenção. 

Ao termos o motivo básico cristãocriação - queda - redenção, podemos avaliar toda e qualquer ideologia ofensiva ao homem pelo homem. Quando o ideal criacional é subjugado por ideologias que acabam tendo também um motivo básico que confrontam com o motivo cristão, o sistema entra em colapso com a realidade última do teloshumano. Ao termos uma substituição do conceito de queda, se corrompe o conceito de justiça na sociedade e quebra o sentido de juízo do crime e da maldade, seja pelo poder despótico, seja no âmbito civil/jurídico. E ao substituirmos o conceito redentivo, teremos um messianismo ideológico que tomará assento soberano com ideologias totalitárias, detonando os conceitos de liberdade seja na religião, educação, economia, arte, etc. Quando o conceito da redenção é substituído por uma ideologia, automaticamente temos um ato idolátrico.

Toda cosmovisão está fundamentada em um motivo básico, por isso toda ideologia tem reais intenções redentivas, alterando o sentido de pecado e, provavelmente, o transferindo para um outro ponto que representará a culpa que não seja o próprio homem, mas, a fatores externos e que não estão sob seu controle. A solução para esse ideário será uma alternativa redentiva, como no caso do marxismo que totalitariza o Estado, ou no caso do Liberalismo que põe o homem entronizado. Temos, como segue, um exemplo disso.

Veja que a visão Totalitária tem o Estado como cabeça, na análise das demais visões vemos que o motivo básico é evidentemente corrompido também. Ao corromper a perspectiva criacional também, se corrompe o conceito de queda e redenção e se sobrepõe esses conceitos, com alternativas que tomam o lugar deles, mas, exercendo a mesma função na cosmovisão. Como nos diz o professor David T. Koysis:
A maior parte dos movimentos políticos tenta recrutar entusiastas com lemas concisos e populares que ficam bem na faixa e soam bem nos lábios de que marcha pelas ruas. “Liberté, égalité, fraternité!” “Vida, liberdade e busca da felicidade!” “Trabalhadores do mundo inteiro, uni-vos” “Todo poder para o povo!” Estas bandeiras têm a vantagem de ser facilmente compreendidas, de simplificar o que é complexo em vista de uma finalidade política. Contudo, elas também enganam seus potenciais seguidores, levando-os a crer que a salvação é um assunto simples – mera questão de, por exemplo, proclamar a emancipação, garantir os direitos do povo, decretar a prosperidade universal ou legislar para acabar com a pobreza, a opressão, os sem-teto e assim por diante. Junto com tudo isso, vem também a tendência a pressupor que fazer justiça significa apenas remover os obstáculos que se interpõe no caminho dela; depois disso, a “sociedade justa” surgirá sem nenhum esforço, como que por encanto. Talvez o exemplo mais famoso dessa filosofia seja o postulado marxiano de que um breve episódio revolucionário pelo qual o proletariado exproprie os bens da burguesia poderá produzir imediatamente a sociedade sem classes. [1]

Não poderemos ter uma correta percepção se, como cristãos, não identificarmos o motivo básico que rege a vida humana e todas as esferas que a cercam. Fica claro que, quando temos uma falsa concepção do homem e do que ele é e em seu estado alocado num contexto social e psicológico apontado pela realidade descrita nas verdades da revelação de Deus, que é a única forma que o mostrará quem realmente ele é ontologicamente, pelo fato de que, ao se retirar da conjuntura social o conceito bíblico de Queda temos uma erupção de desordem e um alargamento da maldade descontrolada, temos uma barbárie.
Diferenças na visão da natureza humana refletem-se em diferenças na visão dos processos sociais. Isso não significa apenas que os processos sociais são vistos como atenuadores das fraquezas da natureza humana em uma visão e como agravadores em outra. A própria forma de funcionar e de não funcionar dos processos sociais é vista de modo diferente [...] Os processos sociais englobam uma enorme gama de elementos, do idioma à guerra, do amor aos sistemas econômicos.[2] 

Ainda podemos nos aperceber disso, de forma mais clarificada, no que nos diz o filósofo holandês Herman Dooyeweerd:
O Motivo básico da religião cristão – criação, queda e redenção por meio de Cristo Jesus – opera por meio do Espírito de Deus como força motriz na raiz religiosa da vida temporal. Assim que toma conta de nós por completo, promove uma conversão radical da nossa posição diante da vida e de toda a concepção da vida temporal. A profundidade dessa conversão só pode ser negada por aqueles que não conseguem fazer justiça à integralidade e do caráter radical domotivo básico cristão. Aqueles que atenuam a antítese absoluta, buscando inutilmente ligar esse motivo básico cristão aos das religiões apóstatas, acabam de fato tomando parte nessa negação.
Mas aqueles que, pela graça, chegam ao verdadeiro conhecimento de Deus e deles próprios, inevitavelmente vivenciam a libertação espiritual do jugo e do fardo do pecado sobre a concepção que têm da realidade, mesmo sabendo que o pecado não deixará de existir em suas vidas. Eles percebem que nada na realidade criada fornece alicerces nem uma base sólida para a existência. Compreendem como a realidade temporal e seus aspectos e suas estruturas multifacetadas e cheias de nuances estão concentrados como um todo na comunidade  básica religiosa  da dimensão espiritual da humanidade. Veem que a realidade temporal procura incansavelmente sua origem divina no coração humano, e compreendem que a criação não pode descansar até que ela descanse em Deus.[3] 

A compreensão e a defesa de que a teologia reformada faz do motivo básico, bem como de uma cosmovisão que tem suas raízes na teologia do pacto, são a melhor alternativa teológica para uma leitura de mundo genuinamente cristã. O calvinismo tem refletido numa base teológica solidificada pelas Escrituras e que Deus é soberano sobre a criação e sobre todas as esferas que existem nela, que Ele mesmo criou e designou o homem para cumprimento dos mandatos da criação. Portanto, observando toda e qualquer ideologia político/social, notamos uma deformação dos mandatos criacionais – Espiritual, Social e Cultural. Kuyper nos elucida sobre as teses calvinistas de governo:
1 - Somente Deus – e nunca qualquer outra criatura – possui direitos soberanos sobre o destino das nações, porque somente Deus as criou, as sustenta por seu grande poder, e as governa por suas ordenanças.
2 - O pecado tem, no campo da política, demolido o governo direto de Deus, e por isso o exercício da autoridade com o propósito de governo tem sido subsequentemente conferido aos homens como um remédio mecânico.
3 - E, em qualquer forma que esta autoridade possa revelar-se, o homem nunca possui poder sobre seu semelhante em qualquer outro modo senão por uma autoridade que desce sobre ele da majestade de Deus.[4]
    A Soberania das Esferas é a forma ideal de compreendermos o motivo básico cristão deCriação – Queda – Redenção. Mas, vejamos então o que é Soberania das Esferas, nos diz Solano Portela que
    Em resumo, ele ensina que cada instituição criada por Deus (a família, a escola, o estado), possui uma área específica de autoridade e regência, ou seja, são esferas bem delimitadas e específicas.
    Isso não significa que tais esferas sejam autônomas. Ainda que independentes, cada uma deve responder a Deus, o doador desta autoridade. A soberania de cada uma quer dizer que elas não devem usurpar ou interferir na autoridade da outra esfera. Cada uma dessas esferas, autoridades em si, é responsável por sua missão e pelas suas ações, na providência divina, perante Deus.
    Por exemplo, no caso de uma escola cristã, ela deve entender que não usurpa a autoridade da família, nem da igreja. Muito menos substitui essas outras esferas, mas deve trabalhar conjuntamente, em colaboração e respeito. A esfera da escola, e nisso ela tem autoridade, é ministrar conhecimento, sendo responsável, perante Deus, de transmitir esse conhecimento reconhecendo o Criador em todas as áreas do saber.[5]

    Com esse esclarecimento podemos ilustrar a importância do motivo básico cristão da seguinte forma:


    Nos diz o falecido teólogo bíblico do Antigo Testamento Gerard Van Gronigen que
    Era para o homem e a mulher exercitarem suas prerrogativas reais governando sobre o cosmos, desenvolvendo-o e simultaneamente mantendo-o. Todas as formas de vida na terra foram, de forma específica, colocadas sob a supervisão dos vice-gerentes humanos. Com esta responsabilidade, veio o privilégio de usar plantas, seus frutos e sua semente para manter a vida e a energia para realizar as tarefas reais. A humanidade poderia responder obedientemente ao mandato cultural para a glória de Deus por causa da sua criação à imagem e semelhança de Deus. Deus, por meio da sua exposição deste mandato, colocou a humanidade em um relacionamento de governador sobre o domínio cósmico. Mas este governo envolvia trabalho. O trabalho é, consequentemente, tanto um privilégio real como também uma responsabilidade.[6]  

    Essa é a importância de compreendermos a política a luz das Escrituras, há um mandato cultural que envolve nossa atividade nas esferas criadas por Deus, essa responsabilidade cultural não se esvaiu com o pecado, certo é que após a queda o pecado afeta totalmente a percepção de mundo, sobre a vontade de Deus que Adão e Eva tinham, o que sua semente teve e o que temos hoje, toda maldade, depravação moral, aversão a religião e a verdade é decorrente do pecado. Ao identificarmos que Deus é criador e soberano e que em todas as esferas deve ser Ele glorificado, precisamos entender um pouco mais sobre a Soberania das Esferas e sua relação com o Estado.
    Num sentido calvinista nós entendemos que a família, os negócios, a ciência, a arte e assim por diante, todas as esferas sociais que não devem sua existência ao Estado, e que não derivam a lei de sua vida da superioridade do Estado, mas obedecem uma alta autoridade dentro de seu próprio seio; uma autoridade que governa pela graça de Deus, do mesmo modo como faz a soberania do Estado.
    Isso envolve a antítese entre o Estado e a Sociedade, mas com a condição de não concebermos esta sociedade como um conglomerado, porém como analisada em suas partes orgânicas, para honrar, em cada uma destas partes, o caráter independente que pertence a elas. 
    Neste caráter independente está necessariamente envolvida uma autoridade superior especial, a que intencionalmente chamamos de soberania nas esferas sociais individuais, a fim de que possa estar claro e decididamente  expresso que estes diferentes desenvolvimentos da vida  social nada tem acima deles exceto Deus, e que o Estado não pode intrometer-se aqui e nada tem a ordenar em seu campo. Como vocês imediatamente percebem, esta é a questão profundamente interessante de nossas liberdades civis.[7]  

    As Esferas de Soberania nos mostram e garantem a liberdade das instituições civis e também o dever para com Deus que é o soberano sobre todas as esferas sociais. Gostaria de destacar aqui alguns pontos importantes no pensamento de Kuyper sobre uma teoria política reformada calvinista. 

    - A Liberdade: O calvinismo levou a lei pública a novos caminhos, primeiro na Europa Ocidental, depois nos dois Continentes, e hoje mais e mais entre todas as nações civilizadas, é admitido por todos os estudantes científicos, se não ainda, plenamente pela opinião pública. 

    - A Visão Abrangente da Soberania de Deus: Este princípio dominante não era, soteriologicamente, a justificação pela fé, mas, no sentido cosmologicamente mais amplo, a Soberania do Deus Trino sobre todo cosmos, em todas as suas esferas e reinos, visíveis e invisíveis. Essa é uma soberania primordial que se irradia na humanidade numa tríplice supremacia, a saber:
    • A Soberania do Estado
    • A Soberania da Sociedade
    • A Soberania da Igreja

    Portanto teremos alguns princípios do mandato cultural, relacionados à política.
    1 - Deus é o grande Soberano e todo governo pertence a Ele;
    Todo governo humano deve estar submisso a Deus, pois seu poder foi delegado por Ele próprio; 
    2 - Todo governo deve atentar para os mandamentos de Deus, tais mandamentos são a expressão da vontade de Deus, seja por expressa aplicação ou aplicação por princípio;  
    3 - A humanidade foi criada à imagem e semelhança de Deus, por isso deve ser governada com dignidade, liberdade e integralidade.

      Conclusão

      O crescente interesse pela política no Brasil, também por parte de cristãos, tem se dado ao estado caótico da moral parlamentar e do desmoronamento econômico no país com grandes escândalos recorrentes como mensalão, petrolão e tudo que tem decorrido das mazelas da ideologia socialista que tem herdado o Brasil. O calvinismo tem uma teoria política que pode atender a uma demanda para esse país, precisamos de crentes versados nas ciências sociais e teologicamente orientados para lerem suas áreas de conhecimento com lentes bíblicas e centralizadas em Cristo e na redenção. O motivo básico cristão é a melhor forma de contribuirmos para um crescimento no país. A Igreja deve estar envolvida nisso e sair do gueto teológico e aplicar sua teologia a realidade do mundo, devemos debater, estudar, mas, devemos empregar isso e não nos perdermos em discussões que não saem da internet, da academia e dos seminários. A Igreja pode fazer algo, atentemos para a Escritura. 

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      Notas:
      [1] Visões e Ilusões Políticas, ed. Vida Nova, 2014, p.319. 
      [2] Thomas Sowell, Conflitos de Visões – Origens Ideológicas das Lutas Políticas, p. 83 – Ed. É Realizações 
      [3] Herman Dooyeweerd, Raízes da Cultura Ocidental, Ed. Cultura Cristã, 2015, p.55. 
      [4] Abraham Kuyper, Calvinismo, Ed. Cultura Cristã, 1ª edição 2002, p.92 
      [5] Solano Portela, Artigo publicado no blog – O Tempora, O Mores. 
      [6] Gerard Van Groningen, Criação e Consumação, vol.1. Ed. Cultura Cristã, p.90. 
      [7] Calvinismo, p.98. 

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      Autor: Thomas Magnum
      Divulgação: Bereianos

      quinta-feira, 17 de março de 2016

      BRASIL E CRISE, CRISTÃOS EM FÚRIAM


      PARE, LEIA E PENSE!



      Por Maurício Zágari 

      O Brasil tem vivido dias de imensa fúria. Em nosso país, a situação deplorável do governo, a corrupção onipresente, a polarização entre adeptos da esquerda e da direita e a crise econômica lotam os noticiários, pautam as discussões e fazem as redes sociais fervilharem. Os debates que envolvem as notícias do dia, na maioria das vezes, são recheados de afirmações revoltadas, reclamações injuriadas, agressões para todos os lados e intermináveis discussões e trocas de acusações. Vivemos dias duros. A toda hora a notícia da hora nos faz ferver o sangue. Queremos comer o fígado de políticos, mandar os corruptos para o quinto dos infernos e explodir todos aqueles que não concordam conosco. Dias difíceis, os nossos. Dias saborosos para os zelotes e amantes da espada, mas estarrecedores para os mansos e humildes de coração. 

      Tem sido raro encontrar aqueles que estejam plácidos, equilibrados e controlados diante do cenário da nossa nação. Os estoicos e blasés desapareceram do mapa, dando lugar aos explosivos e revoltados. A indignação é válida e devemos, sim, nos indignar com toda a lama que escorre dos palácios do governo e dos escritórios de grandes corporações corruptoras. Não há como amar a justiça e a verdade e se manter impassível diante do atoleiro de mentiras, trapaças, sujeiras e pecados que se tornou o Brasil. 

      Minha pergunta é: como devemos manifestar toda essa justa e necessária insatisfação? Será que nós, cristãos, devemos reagir como o mundo reage, fazendo chacotas indecentes, usando palavras torpes, adjetivando de modo desrespeitoso fulano ou sicrano, destilando veneno em nossas palavras e em nossos memes, desejando que os maus morram e se arrebentem, entre posts imprecatórios nas redes sociais e falas avalânchicas por onde passamos? 

      Qual é a postura adequada a quem vive para ser imitação de Cristo? O amor ou o ódio? A pacificação ou o acréscimo de lenha à fogueira? A destemperança ou a paciência? A amabilidade ou a ofensa? A bondade ou a raiva, destilada entre perdigotos e olhares injetados? A mansidão ou a fúria? O destempero ou o domínio próprio? Afinal, como devemos reagir a tudo o que nos cerca?
      Ser cristão é ser diferente. É nadar contra a correnteza, quando a correnteza não segue de acordo com o relevo do evangelho. É controlar nossos impulsos humanos de vingança e raiva para dar lugar à pacificação que nos fará bem-aventurados. Não somos cristãos se agimos e reagimos como o mundo, com a diferença que vamos à igreja aos domingos. Se somos iguais ao mundo, somos mundo – mesmo frequentando o culto e cantando músicas cristãs. Cabe, então, a pergunta: você tem reagido aos lamentáveis noticiários como um santo ou como um pagão? Como alguém que entende que sua pátria não é deste mundo ou como um cabeça-quente que vive entre imprecações e gritos de revolta? 

      Sim, não devemos nos conformar com a injustiça. Não podemos, como servos de Deus, nos manter impassíveis diante da corrupção humana. Deus não fica impassível; nós também não devemos ficar. Meu questionamento não é “sim ou não”, mas “como”.  De que modo você reage? Que palavras escolhe ao se posicionar? O que há no seu coração? Sua alma busca a justiça e a verdade com paz ou com guerra? 

      Os dias são maus, meu irmão, minha irmã. Mas não podemos permitir que a maldade do mundo caótico nos contamine. Temos de permanecer como diferentes, como luz. Brilhemos nessa treva tão densa. Afinal, se formos trevas em meio a trevas, que diferença fazemos? Se há uma hora em que precisamos mostrar ao mundo quem habita em nós, a hora é esta, pois é em meio à crise que os santos sobressaem. 

      Jesus não nada no mar do caos, ele caminha por sobre as águas. Assim devemos nós fazer.

      Deixo a reflexão: como você tem se posicionado ante tantas notícias revoltantes que inundam os jornais do dia? Como um revoltado ou como um ponderado? Como um desvairado ou como um equilibrado? As notícias te dominam ou o Espírito Santo é quem conduz suas ações e palavras? Ser fiel ao amor quando tudo vai bem é moleza. Mas é justamente na hora em que alguém grita “fogo!” que descobrimos quem são os que dão passagem às mulheres e crianças primeiro e quem são os que saem pisoteando quem estiver pela frente. Quem é, afinal, que controla as suas palavras e as suas ações diante da miséria humana, da corrupção do mundo e do caos provocado pelo pecado? O amor? Ou o ódio? Descubra quem é o seu senhor na hora da crise e você constatará se tem agido conforme a vontade do Senhor Jesus Cristo. 

      Paz a todos vocês que estão em Cristo,

      ***
      do blog do autor, Apenas

      quarta-feira, 16 de março de 2016

      BATISMO ACONTECE NO MESMO LOCAL ONDE CRISTÃOS FORAM DECAPITADOS




      O missionário Shahid (nome trocado por questões de segurança), é um exemplo de como Deus está transformando as vidas nas regiões mais afetadas pelo fundamentalismo islâmico. A maior parte do Oriente Médio e do Norte da África é habitada por comunidades muçulmanas.

      Em entrevista ao programa cristão Leading The Way, apresentado pelo Dr. Joseph Youssef, um ex-muçulmano que se tornou pastor, Shahid contou que nasceu e cresceu na Líbia. Sempre foi um muçulmano devoto e desde muito cedo frequentava a escola corânica.

      Dedicou-se a estudar incessantemente por 14 anos o Alcorão, tornou-se um especialista em jurisprudência islâmica. Contudo, confessa que quanto mais se aprofundava nas leis muçulmanas, mais ficava desiludido com elas.

      Aos poucos ele foi sendo tomado por sérias dúvidas e procurou se aconselhar com amigos e familiares. A maioria simplesmente lhe dizia para não questionar a fé. “Disseram que existe um verso no Alcorão exigindo que os muçulmanos não procurem respostas sobre algumas questões. Eles sabem que essas coisas poderiam prejudicá-los”, lembra.

      Após relutar com perguntas sem respostas, acabou abandonando o Islã e se tornou ateu. Porém, ficou curioso sobre o cristianismo ao conhecer o Kingdom SAT. Este canal do ministério Leading The Way transmite 24 horas por dia programas cristãos que podem ser vistos em todo o mundo muçulmano.
      Decidiu procurar secretamente cristãos no Líbano e na Jordânia. Acabou se convertendo. “Eu aprendi sobre quem é Jesus e a vida cristã. Estudamos como viver com Cristo, ter comunhão com Ele, e como fazer parte da igreja”.

      Após meses de intenso estudo bíblico, Shahid foi batizado. Entendendo o profundo amor de Deus, passou anunciar as boas novas do Evangelho. “Eu não poderia manter minha boca fechada. Precisava compartilhar Jesus com os outros”, conta.

      Por causa do seu testemunho e pregação, Shahid levou muitos muçulmanos a Jesus. Cerca de dois anos após ter se convertido, já havia plantado 11 igrejas em diferentes lugares do Norte da África e na Europa.

      Recentemente, foi divulgada uma foto que possui um profundo significado. Shahid batizou muçulmanos convertidos na mesma praia da Líbia onde 21 cristãos coptas foram decapitadospor jihadistas do Estado Islâmico em fevereiro de 2015.

      O Dr. Michael Youssef, fundador e presidente do Way, explica que testemunhos como o de Shahid e muitos outros ex-muçulmanos convertidos devem trazer esperança e inspiração para o corpo de Cristo em todo o mundo. 

      ***
      Com informações de Charisma News, via Gospel Prime

      sábado, 12 de março de 2016

      Sobre a participação dos cristãos nas manifestações

      image from google


      Romanos 13.1-7, os cristãos e os protestos contra o governo. 

      Romanos 13.1-7 é um texto bíblico usado e abusado para justificar o silêncio e a omissão por parte dos cristãos, mesmo diante de governos autoritários ou totalitários.

      Mas deve-se levar em conta os seguintes pontos:

      1. Na Carta aos Romanos o poder pertence exclusivamente a Deus. As “autoridades do governo” nunca são chamadas de “poder” ou “poderes”, como se convencionou chamar na linguagem política contemporânea. Na carta, o único que tem poder é Deus, que vem a nós através do evangelho, que é Jesus Cristo morto e ressurreto, o único Senhor, e Senhor de todos. Já que o Deus todo-poderoso estabelece toda autoridade, essa tem um poder derivado e, por isso, limitado.

      2. Romanos 13.1-7 trata da autoridade legítima ideal e a define: (a) esta é serva de Deus (“diakonos” [13.4], que pode ser traduzida como ministro, administrador ou empregado; e “leitourgos” [13.6], que designa o servo do Estado, aquele que faz um serviço para o povo) para o bem dos cidadãos; (b) recompensa o bem que é feito pelos que estão sob o seu governo; (c) e detém o poder da espada, sendo agente de punição contra quem pratica o mal – e por cumprir tais prerrogativas ordenadas por Deus, os cristãos se sujeitam “por causa da consciência” a tal autoridade e pagam tributos e impostos.

      3. Quando as autoridades deixam de servir aos cidadãos, enaltecer o bem e punir o mal, DEIXAM DE SER AUTORIDADE LEGÍTIMA.

      4. Logo, não são mais ordenadas por Deus. Se tornam a besta que surge do mar (Ap 13.1-10), tentando ser o idolátrico “Estado total”, que exige culto e submissão. E devem ser resistidas de toda forma legítima pelos cristãos, inclusive por meio da desobediência (como os apóstolos e cristãos mártires fizeram a partir do último quarto do século I d.C.; cf. At 5.29) e protestos (e.g. 1Rs 12.3,4; At 16.37; 21.37-39; 22.25-28; 23.17-22; 24.10,11,24-26; 25.8-12; 25.11; 26.1-32).

      5. Duas citações de R. C. Sproul, que resumem o ensino global das Escrituras sobre a relação do cristão com o Estado, reforçam o que aqui é exposto:
      “...Aqueles que se escondem atrás da ideia de que a igreja nunca deve falar sobre questões políticas esqueceram um princípio das Escrituras que podemos chamar de crítica profética. Pode ter sido politicamente incorreto o fato de Natã confrontar Davi sobre o seu adultério com Bate-Seba e o assassinato de Urias (2Sm 12.1-15a). Pode ter sido politicamente incorreto o fato de Elias enfrentar Acabe por seu confisco pecaminoso da vinha de Nabote (1Rs 21). Pode ter sido politicamente incorreto o fato de João Batista desafiar o casamento ilícito de Herodes, o tetrarca (Mt 14). Nesses e em outros exemplos das Sagradas Escrituras, vemos que os representantes da igreja não tentavam tornar-se o Estado, mas ofereciam uma crítica profética ao Estado — apesar das possíveis consequências. A igreja não é o Estado, mas é a consciência do Estado, e essa é uma consciência que não pode se dar ao luxo de tornar-se cauterizada e silenciosa.”
      “A Igreja é chamada a ser um crítico do Estado, quando este falha em obedecer ao seu mandato debaixo da autoridade de Deus.”

      6. Portanto, Romanos 13.1-7 não pode nem deve ser usado para justificar passividade ou omissão diante daqueles que traíram seu chamado e perderam a legitimidade de fazer parte da autoridade e ordem que vem de Deus.

      Em países em que estes pontos foram compreendidos nunca houve ditaduras.

      Para os cristãos que participarão dos protestos contra o governo no domingo:

      1. Para aqueles que guardam o domingo como dia santo e para aqueles que entendem todo dia como “santo ao Senhor”, a direção é: “Uma pessoa considera um dia mais importante do que outro, mas outra julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente convicto em sua mente.” (Rm 14.4-5; cf. Gl 4.10-11; Cl 2.16-17). Que um e outro se abstenham de julgar o outro, pois tal postura nega o senhorio de Cristo. E que todos orem pela nação, em mútuo respeito, “não para debater opiniões”, pois cada um terá de prestar a Deus contas de si mesmo. De toda forma, este assunto não é central para a mensagem evangélica; “portanto, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos acolheu, para glória de Deus” (Rm 14.1,12; 15.7).

      2. A maioria das manifestações está marcada para o horário da tarde. Deste modo, que os cristãos aproveitem o tempo de culto pela manhã para suplicar para que Deus perdoe nossos muitos pecados e tenha misericórdia de nosso país, e se agrade de usar os acontecimentos desta época para mudar os rumos da nação. Um importante motivo de oração é que governantes e governados tenham real respeito e apreço pelos valores cristãos, pelo decoro e pelos princípios justos presentes nas leis e Constituição do Brasil. Tal mudança não se dará “por força nem por poder”, mas pelo “Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos” (Zc 4.6).

      3. Durante o protesto, permaneçam em oração. Se em grupo, aproveitem para orar juntos pelo país, portando-se como “o sal da terra” e “a luz do mundo” (Mt 5.13-14).

      4. E manifestem-se pacificamente, sem responder a eventuais provocações e repudiando toda violência, para que sejam reconhecidos como “filhos de Deus” (Mt 5.9).

      Pois foi assim que as reuniões de oração realizadas na Nikolaikirche, em Leipzig, contribuíram para derrubar o comunismo na República Democrática da Alemanha, no ano de 1989.

      ***
      Autor: Franklin Ferreira
      Fonte: Página do autor no Facebook
      Via Bereianos
      .

      “Porque Garotas Cristãs Postam Selfies Sedutoras” por Kristen Clark

      Quando eu estava no ensino médio, Bethany e eu decidimos que queríamos fazer uma sessão de fotos bem legal de nós mesmas.
      Colocamos as roupas mais modernas que poderíamos encontrar, nos cobrimos com jóias, colocamos duas camadas de rímel e nos dirigimos a um lugar privilegiado – o nosso telhado. Recrutamos (imploramos) uma de nossas irmãs mais novas para ser a nossa fotógrafa. Todas nós subimos ao telhado de nossa casa e ela começou a tirar as fotos.
      Sim, um telhado é um lugar inusitado para fazer uma sessão de fotos, mas nós fizemos lá para que a perfeita brisa de top model soprasse direitinho o nosso cabelo. Para cada foto, nós posavámos exatamente do jeito que tínhamos visto as modelos profissionais fazerem – com os lábios franzidos, uma sobrancelha erguida, a mão no quadril e olhos sérios.
      Sem que ninguém nos ensinasse como posar sedutoramente, nós fomos “profissionais” e sabíamos exatamente o que fazer. Nós postamos nossa sessão de fotos no Facebook com todo orgulho e esperamos os elogios aparecerem.
      Sedução é a nova norma.
      Infelizmente, vivemos em uma cultura que treina as nossas mentes para ver sedução como norma a partir de uma idade muito jovem. Basta dar uma rápida caminhada pelo shopping e você verá cartazes atrás de cartazes com modelos em pose sensual. Desde a invenção do Pinterest, Instagram e outros aplicativos, imagem sensuais estão em nossa frente mais do que nunca.
      Como garotas cristãs, estamos sendo bombardeadas por mensagens de nossa cultura que sedução e poses sensuais são legais, descoladas e normais. Tirar selfies sedutoras não é mais atrevido… é aceitável e louvável. Por vivermos em um mundo caído, faz sentido que a cultura incentive as garotas a agirem assim.
      Faz sentido que as supermodelos e meninas não-cristãs não tenham problema em postar selfies assim.
      A pergunta que eu tenho pra você é esta: Por que razão as meninas cristãs estão postando selfies sedutoras?
      Fico chocada, às vezes, quando eu entro no meu Instagram e vejo algumas das poses sensuais que minhas amigas cristãs estão postando. O que mais me surpreende é que eu leio os comentários de outros amigos cristãos que estão elogiando as imagens e chamando-as de “lindas”. Como assim? Parece uma epidemia ao longo dos últimos anos.
      Por que meninas cristãs gostam tanto de postar selfies sedutoras?
      Eu sei a resposta para estas perguntas, porque eu costumava ser uma daquelas meninas. Eu costumava ser a garota por trás do iPhone tirando aquelas selfies sedutoras. Eu era a garota do telhado fazendo uma sessão de fotos para que eu pudesse exibir os resultados para os meus amigos.
      Quanto a mim, eu postava as fotos porque queria que os rapazes me notassem. Eu queria que as pessoas elogiassem “o quão bonita eu era”. Eu adorava ouvir o louvor e afirmação dos meus amigos. Nunca foi por um “acidente” que eu postei uma foto minha. Era sempre intencional e planejado. Eu já tinha visto imagens suficientes de modelos da moda para saber como uma foto sensual devia ser.
      Muitas de vocês que estão lendo este blog, sabem exatamente do que estou falando, porque você já fez a mesma coisa.
      A verdade é que, postar selfies sedutoras é apenas um sintoma exterior de uma questão muito mais profunda.
      É um sinal de uma menina que anseia por algo mais. É um sinal de uma menina que está tentando encher o seu ego através dos louvores e elogios de seus amigos. Uma menina que deseja atenção de rapazes e tem a esperança de que eles vão notar uma de suas fotos. Uma menina que quer parecer confiante, mas é fraca e solitária no interior. Uma menina que gosta de seduzir os rapazes fazendo com que eles “queiram o que não podem ter.”
      Selfies sedutoras são nada mais do que imagens que gritam, “Olhe para mim!”. Elas são uma oportunidade para apontar os holofotes sobre si mesma por um breve momento e esperar que alguém note.
      Como garotas cristãs, Deus nos chama para um padrão muito elevado para ficarmos jogando o jogo “selfie sedutora”.
      Todo o propósito de nossas vidas é apontar outros a Cristo, não para nós mesmas. Esse tipo de foto nunca é centrada em Cristo, mas é sempre centrada em sí mesma. Deus nos chama a viver uma vida moralmente pura em todos os sentidos. Postando fotos sedutoras de si mesma, você não está promovendo a pureza ou santidade dentro do corpo de Cristo.
      Desde aquele dia no telhado, Deus me deu convicção de pecado acerca da motivação e condição do meu coração. Diga-me se você acha que selfies sedutoras não são erradas de acordo com Efésios 5:1,3: “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados. Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos”.
      O que você acha?
      Primeiro somos chamadas a sermos imitadoras (reflexos) de Deus para o mundo que nos rodeia. Você e eu somos filhas de Deus! Precisamos refletir bem o caráter e a pureza de nosso Pai. Em segundo lugar, somos ordenadas a ficar longe de qualquer forma de imoralidade sexual e toda a impureza. Você entendeu isso? “Qualquer forma … toda a impureza”.
      Selfies sedutoras não tem chance contra estes versículos.
      Nossa cultura nos diz que santidade e pureza é careta e que ser rigorosa demais consigo mesma a levará a uma vida de tédio. Se for esse o caso, então por que há tantas meninas solitárias, tristes, deprimidas, inseguras e carentes?
      Deus nos dá padrões de pureza e santidade, porque Ele sabe que é o que é melhor para nós. A verdadeira alegria e contentamento não virá através dos aplausos de seus amigos, ela só virá através de obedecer e honrar a Deus. “Bem-aventurados os irrepreensíveis no seu caminho, que andam na lei do SENHOR. Bem-aventurados os que guardam as suas prescrições e o buscam de todo o coração” Salmo 119:1-2.
      Eu sei que você quer ser abençoada por Deus. Tenho certeza! Em vez de ficar se esforçando para alcançar o aplauso vazio deste mundo, se esforce para receber os aplausos gratificantes de seu Rei.
      Nada lhe fará mais feliz do que viver para a glória de Deus.
      Como garotas cristãs, temos o dever de honrar nosso Rei, em todas as áreas de nossas vidas. Temos a responsabilidade de refletir a imagem de Cristo para o mundo perdido ao redor de nós.
      Você vai se juntar a mim em rejeitar a tendência de selfies sedutoras? Você vai dizer não às postagens de fotos que te auto-glorificam e colocam toda a atenção em você?
      Nosso mundo precisa desesperadamente de meninas cristãs que estejam dispostas a defender a verdade de Deus, exibindo algo muito maior do que elas mesmas.
      Vamos tornar isto pessoal:
      • Você é culpada por postar selfies sedutoras? Se assim for, qual é a sua motivação por trás das publicações?
      • Você está disposta a pedir perdão a Deus por não refletir bem a Sua imagem? Se assim for, confesse seus pecados e peça a Deus para criar um coração limpo e puro dentro de você.
      • De que forma você é tentada a colocar a atenção sobre si mesma, em vez de Deus?
      Eu adoraria ouvir o que você tem a dizer sobre isso nos comentários abaixo!
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      ___________
      Screen Shot 2014-07-13 at 9.46.25 PMEste post é uma tradução de um artigo de Kristen Clark publicado originalmente no Blog “Girl Defined”, traduzido e publicado em Português  no blog Juventude Presbiteriana e reproduzido com permissão da autora e tradutora.
      * Kristen Clark tem 27 anos de idade e há 3 é casada com o amor da sua vida, Zack Clark, e não poderia estar mais feliz. Ela ama uma boa xícara de café e não se cansa de amêndoas cobertas com chocolate meio amargo. Ela é co-fundadora do Ministério GirlDefined com a sua irmã Bettany Baird e ama estudar o desígnio e propósito de Deus para as garotas.
      Traduzido por: Bruna Bugana
      Revisão: Flávia Silveira

      sexta-feira, 11 de março de 2016

      A PRESENÇA PERDIDA DE DEUS





      Por Martyn Lloyd Jones

      Homens e mulheres, quando são verdadeiramente despertados começam a compreender que não há nada que é tão sério quanto estar sem a presença de DEUS. Você captou isso em sua força total?

      Deus estava enviando o povo que acabará de ser retirado do Egito, rumo a terra prometida. Deus estava dizendo:

      "Subam! Eu prometi a vocês a terra de Canaã, e eu a darei a vocês! Vocês devem ir para a terra que mana leite e mel. Eu enviarei meu anjo diante de vocês para destruir seus inimigos: Os Amonitas, Hititas, Perizeus, Canaanitas, Heveus e Jebuseus. Vão em frente. Subam a terra prometida. Eu os libertei do cativeiro do Egito, Eu os estou enviando adiante. Vão em frente! Lidere-os Moisés! Eu enviarei um anjo com você". Mas o povo disse "Não! Se o Senhor não vier conosco, nós não queremos ir".

      Preste atenção, essa é a essência do discernimento espiritual, e isso é, meus queridos amigos, o que você e eu temos que entender. Você pode perceber que quando as pessoas são verdadeiramente despertadas, elas chegam à essa tremenda e profunda compreensão: que se lhe for concedida qualquer outra benção, não tem valor algum, se DEUS não tiver com elas. Qual o valor de Canaã? Qual o valor de leite e mel? Qual o valor de ter possessões, se o Senhor não esta conosco? Eles viram que a realização da presença de DEUS [de tê-la], tendo Sua comunhão e companhia era infinitamente mais importante que qualquer outra coisa.

      Será que preciso aplicar isso a igreja de hoje?

      Você pode ter sucesso sobre seus inimigos, sabe, sem essa grande compreensão da presença de DEUS no centro de tudo. Há anjos que podem fazer coisas por nós, destruir certos inimigos, levar-nos a terra. Nós estaríamos em Canaã, nós possuiríamos o "leite e mel", e tudo pareceria estar tranquilo. Há um verso apavorante em Salmos 106.15, onde nós somos notificados sobre os filhos de Israel, de que DEUS: "Concedeu os seus pedidos, mas enviou magreza em suas almas". Você pode ter muito da "prosperidade e grande raio de atuação" . A igreja pode parecer estar indo admiravelmente bem, finanças positivas, boas 'figuras' [pessoas influentes], sucessos, "conversões", inimigos derrotados. Tudo indo bem. Tudo parecendo estar maravilhosamente bem! Mas a questão apavorante que faço é esta: "Deus esta no centro?" "Ele realmente esta entre nós?" "Estamos nós apercebidos, como deveríamos estar, da Sua gloriosa presença?" Era isso que estava em jogo com esse povo [povo de Israel].
      E o que eles disseram efetivamente? "Canaã não tem nenhum uso par nós. Leite e mel não tem nenhum valor. Nós não estamos interessados nesses inimigos; nós queremos Você!" 

      Óh, diz o salmista (Sl 42.1), é por Ti que clamo, "como a corça brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por Ti, ó DEUS". Ele não estava atrás de bençãos, ele estava atrás de DEUS! O DEUS VIVO! Assim diz Paulo: "Eu fui um evangelista de sucesso! Eu fiz tanto, mas eu não estou satisfeito, para que eu O conheça, e o poder de Sua ressurreição e a comunhão de Seus sofrimentos" (Fp 3.10).

      "Não, não, eles disseram! Não podemos avançar sem Você!" A presença de DEUS é essencial. E eles chegaram àquela compreensão. E isso eu digo: A compreensão que eles chegaram foi, que nenhuma prosperidade ou nenhum tipo de sucesso, pode compensar pela ausência de DEUS! "De que adiantaria ao homem ganhar o mundo inteiro, e perder sua própria alma?" (Mc 8.39).

      Povo cristão, eu não estou perguntando se você esta vivendo uma boa vida, não estou lhes perguntando se estão felizes, não estou lhes perguntando se estão lendo suas Bíblias, ou se estão orando, não estou perguntando se sua atividade na igreja funciona, ou qualquer outra forma de atividade cristã; o que estou lhes perguntando é: "Você conhece DEUS?" "Ele esta com você?" "Ele esta em sua vida?" "Ele esta no comando?" Ou você esta viajando como se DEUS fosse alguém mantido "à distancia", dando-lhe força ou poder por seu anjo e por sua liderança e tudo mais? Mas a questão é: "E com relação a você? Como é seu relacionamento e procedimento pessoal com Ele?"

      ***

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