segunda-feira, 12 de maio de 2014

Iniquidade e Perversidade: Marcas do Mundo na Igreja

  

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Por Pr.  João de Souza
Existem Dois TIPOS de iniquidade:. Uma pessoa coletiva ea  A Pior iniquidade E AQUELA Que Sai do Âmbito Fazer individuo e se impregna POR Toda a Sociedade.
Veja hum Tipo de iniquidade social.  Um individuo Que ajudou a Construir UMA Nação se aposenta DEPOIS de trabalhar 35 Anos com hum Salário referencial de 5,4 salarios minimos, e dez Anos DEPOIS Percebe que era SUA Aposentadoria achatada Parágrafo Menos de Dois Salários.  ISSO . E UM Tipo de iniquidade  Políticos com Cargas Governamentais Opaco Localidade:. Localidade: Não se contentam com Seu Salário e votam Parágrafo si mesmos Aumentos exorbitantes  IstoÉ iniquidade.  Pastores Que Vivem nababescamente à Custa de SUAS Igrejas.  IstoÉ iniquidade.
A Diferença Entre a iniquidade da Igreja e do Governo Opaco E OS SEUS governantes exercem Cargas n'uma Estrutura iníqua los Opaco o grande chefe E satanas.  Profetas OS, ó Senhor Jesus E os apóstolos de Semper denunciaram Que O Mundo FAZ Parte de hum Sistema satânico e, governantes de Sistema Operacional, ATE MESMO Bons cristãos, levados Pela Estrutura iníqua Opaco impera No Mundo, intenções Por Melhor Que da Sejam SUAS, acabam POR Entrar na Corrente DOS iníquos.
Iniquidade na biblia Localidade:. Localidade: Não Diz Respeito apenas AOS Pecados de Pessoa uma, Mas AOS Pecados Da coletividade, Da Sociedade e de governos SEUS  E o Governo Opaco ora apeia do Poder parece ter Sido o Mais iníquo de Todos, o o Porque POR Trás dos Benefícios Sociais Opaco Alega ter trazido AO Povo, FOI O MAIS Que da oprimiu A Classe DOS Aposentados EO Que da MAIS SEUS enriqueceu políticos e simpatizantes.
Agora, Nao apagar das Luzes, Os deputados aprovaram hum aumento sustanciais salarios de SEUs;  debochando do povo OS elegeu Opaco!  Voce. TEM IDEIA Fazer Que da E ganhar 26 mil Mês POR - Livres!  - E ter Todas Como regalias e mordomias do Governo?  Aluguel de apto em Brasília, Telefones, Combustível, ternos Novos, Carros à Disposição etc enquanto a maioria do povo brasileiro Ganha o Salário Mínimo?
Voce. Localidade: Não Acha Que E iniquidade hum Funcionário do Governo se aposentar com ganhos reais, los Opaco Seu Salário Mantem se de Semper atualizado, enquanto o Trabalhador Fazer regime CLT Localidade: Localidade: Não tenha reajustes Pelo Menos de um parágrafo repor Inflação  IstoÉ se Chama iniquidade!  Ó o Porque Este Sistema e Tao fazer iníquo QUANTO O da Índia Opaco Dividir O Povo los castas.
Sim, o o Porque a iniquidade de hum governante pesa Mais Diante de Deus Fazer Opaco UMA iniquidade de hum pecador Opaco apenas peca contra Seu Proprio Corporativa.  Um governante iníquo peca contra de Todos os Filhos de Deus e contra o proprio Deus!  Um governante iníquo afronta o senso de Justiça de Deus e zomba de Deus.  Sera, o Condenado o Porque pisa o pobre!  E os deputados e Senadores acabaram de pisar debochadamente Fazer pobre e sobre OS Opaco OS elegeram!  Mais Que Isto É, o Estação zombando da Bondade e da Misericórdia de Deus!
Sempre era Achamos Que o Pecado de Sodoma apenas de Prostituição sexual, sodomia UO Práticas sexuais, mas nao.  ó profeta Ezequiel denuncia Sodoma da seguinte forma: "Eis Que ESTA FOI UMA iniquidade de Sodoma, tua Irmã: Soberba, fartura de pão e Próspera Teve tranquilidade ELA e Filhas-SUAS;  mas Nunca amparou o pobre EO necessitado "(Ez 16,49).
Veja Bem Como o profeta Mensura a iniquidade de hum Povo.
E Passo, daqui los Diante de hum FALAR da Igreja Como Sendo ESTA UMA POR condenada Sodoma Deus.  Sim, o o Porque a Prática da iniquidade E Própria dos governos, JA Opaco UMA Estrutura do Poder ESTA NAS Mãos Fazer Inimigo de Deus.  Localidade: Não E Possível, Nao entanto, Que UMA Igreja Que Deveria Ser hum Líder na Prática da Justiça, tenha Incorporado los SUA Estrutura UMA MESMA iniquidade dos governos.
1 Soberba ..   Uma Igreja brasileira Temperatura se Destacado Pela Soberba, Pelo Orgulho, e Tomou Para Si UMA frase Fazer Lula, "nunca Antes na História Desse País", Como hum DiZer: Nunca Antes na História da Igreja ... Como se um Igreja N º s Dias de Hoje estivesse cumprindo Seu verdadeiro Papel na Sociedade.  Deus condenou Sodoma, Nao apenas pelas Práticas sexuais, mas pelas Práticas Sociais.  Uma Soberba lev à Luxúria e estabele lev à perversão sexual.  Uma ESTA institucionalizada Igreja Tão OU MAIS iníqua regimes Que Da OS Governamentais.  Serviços Estes PODEM iníquos o o Porque a iniquidade FAZ Parte DNA de Seu, mas UMA Igreja Deveria ter o DNA de Deus!
2. Fartura de pão e tranquilidade.   Como benesses Governamentais EAO Que da o Estação nenhum Poder inimagináveis ​​São Paulo.  SEUS Líderes possuem NAS Mãos o Poder de Compra, um capacidade de Adquirir o Que querem com o Dinheiro dos contribuintes.  Miquéias, o profeta Disse que tal Políticos, enquanto o Estação deitados, maquinam a iniquidade e Pensam los Como Fazer o mal!  "À Luz do dia praticam o mal, o o Porque O Poder ESTA Mãos los SUAS.  Se cobiçam campos, OS arrebatam - Condenação Fazer profeta AOS grileiros Opaco roubam Como terras Parágrafo Seu Proprio Poder - se casas, Como tomam ... "(Mq 2.1-2).
Mas, e Quanto Quanto lideranças da Igreja?  Alguns Dirigentes de Denominações possuem Casas em recorre Localidade: Não passar Parágrafo exterior Como Férias;  Vivem, nababescamente, CARTOES Usam Sem Limite - afinal UMA Igreja despesas Paga SUAS - e espiritualmente debocham daqueles sobre quem de de Enguias impõem Seu disciplinar regime.  Raras São Como Exceções.
A maioria dos Líderes denominacionais vive com fartura de pão e com tranquilidade, enquanto exigem de SEUS Membros Ofertas e primícias ameaçando-os de Maldição Caso nao contribuam.  IstoÉ iniquidade.  Deus condenou Sodoma o o Porque o Povo daquela Cidade Localidade: Não amparava o pobre necessitado OE!
.. 3 Ó pobre E Desamparado   Deus condenou Sodoma Pelo Orgulho e Pela fartura EO o Porque Localidade:. Localidade: Não socorria OS Pobres NAS SUAS Necessidades  Uma Igreja Que Localidade: Não Olha Parágrafo Como Necessidades Fazer pobre, Que se esquiva de defensor OS Necessitados vive o Papel . de Sodoma  A Igreja de Semper Desen injustiçados Sair los DEFESA DOS, dos Opaco sofrem, dos Opaco São desprezados pelas autoridades;  . desen Semper Sair los Defesa dos Menos Afortunados Socialmente  Sempre entro los Opaco áreas de Risco los vielas e becos das vilas Pobres da Minha Cidade, fico hum Imaginar Opaco AQUELA gente Localidade: Não Teve sorte UMA MESMA Fazer Restante da População, e POR ISSO Localidade: Não lhes restou alternativa Senão hum hum barraco de Montar Localidade: Não Pedaço de Estreito de terra, Parágrafo CRIAR SEUS Filhos e sobreviver.  Por Pouco Localidade: Não fomos criados NUMA dessas vilas paupérrimas, Nao Fosse UMA Habilidade de papai de se esforçar e trabalhar duramente.
Na Cidade Onde resido E Comum ver NAS áreas Pobres, Pequenos Jardins floridos, arvores frutíferas na Frente da Casa, minúsculas Hortas cultivadas los FAIXAS estreitas de terra, Indicativo de Opaco OS Habitantes Localidade: nao o Estação marginais ali POR Serém - Perigosos - mas o o Porque . FORAM marginalizados Pelos governos  Uma Única Entidade Que lhes presta alguma Assistência e UMA Igreja!  Mas Localidade: Não UMA Igreja Como Estrutura UO Sistema: QUEM Ampara ESSA gente São Irmãos los Cristo Opaco socorrem e ajudam cessos Pobres com SEUS próprios Recursos, porqué UMA Denominação idade Como UMA sanguessuga.  Pegam los Vez de dar!
E Localidade: Não E admissível Opaco UMA Igreja deixe penetrar los SUA Estrutura UMA MESMA iniquidade Opaco ESTA impregnada nn governos.  E UMA afronta a Deus hum CONSTRUCAO DE mega-Templos Para O Deleite Das Sociais PESSOAS;  Construções Opaco indicam o Quanto a Igreja vive na . Luxúria E Localidade: Não Orgulho  Deus Localidade: Não Precisa de Grandes Templos;  . Precisa de Opaco PESSOAS LHE São Templo  . ENTRE E COMO PESSOAS Que Deus habita, e NAO DENTRO DOS mega-Templos  A Construção de Grandes Templos E indício de iniquidade.
Por Outro Lado louvo a atitude de Queridos Irmãos Que, à Semelhança dos Primeiros Discípulos se entregam e se despojam de Todos os Recursos de parágrafo socorrer OS Desvalidos, Pobres OS, bêbados, drogados e ósmio recolhem los SEUS Abrigos Parágrafo Deles Cuidar.  ESSES Irmãos Localidade : Não Contaminação com UMA Ajuda das Denominações, o ajudar o Porque Entidades Sociais Opaco Localidade: Não Sejam de SUA Igreja Localidade: Não Traz nomo NEM AO fama pastor e SUA Denominação.
Aqui MESMO los Porto Alegre a Sociedade Emanuel, Uma Entidade recolhe pentecostal hum Escória da Sociedade Parágrafo SUAS casas e abrigos à Custa de grande Sacrifício.  E, pasmem!  ajudada E POR PESSOAS muitas Opaco Localidade: Não São Membros de Igrejas, ALÉM de Ser perseguida . Pelo Poder Público  Sim, o iníquo o Porque o Governo nada Faz, mas Exige dos Opaco FAZEM Que tenham casas e abrigos de Primeiro Mundo Parágrafo socorrer OS Opaco NEM TEM Mundo!  A iniquidade ea perversidade Localidade: nao permitem Opaco se FAÇA O BEM, engravatados SO POR ISSO do Poder Público CRIAM Colares que impedem que a Igreja exerça Seu verdadeiro Trabalho.  ISSO E também iniquidade.
ASSIM, MEUS Leitores, um MESMA iniquidade Opaco grassa o Governo, o Poder Público também grassa uma Igreja!
Felizmente, Deus haverá de Se erguer hum favor DOS injustiçados e galardoará OS Que ajudam Necessitados da OS.  Eu Deveria me calar, Como Afirma o profeta, mas Como calar Diante da iniquidade reinante No Mundo?
"Localidade: Não admira Opaco num ritmo mau Como Este Como PESSOAS Que Tem Juízo fiquem de boca Fechada!  Procurem Fazer o Que E Certo e Localidade:. Localidade: Não o Que E Errado, Parágrafo Que Voces vivam  ASSIM Sera, Será, será Verdade o Que Voces dizem , E ISTO, Que o SENHOR, o Deus Todo-Poderoso, ESTA COM VOCES.  Odeiem Aquilo Que è mau, AMEM O Opaco e bom e façam COM respeitados Opaco OS DIREITOS de Todos Sejam nn Tribunais.  TALVEZ o SENHOR, o Deus Todo- Poderoso, tenha Compaixão das PESSOAS Fazer Seu Povo Que escaparem da Destruição "(Am 5,13-15).
Fonte: [ Pastor João ] Via: [ Ministério Batista Beréia     
  
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Mãe, uma mestra do bem

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Por Rev. Hernandes Dias Lopes


Hoje é o dia das mães e, queremos homenagear essas mestras do bem. Queremos falar do seu papel e do seu valor como educadoras, como rainha do lar, como a guarda das fontes. É claro que existem mães omissas, mães insensatas, mães sem amor natural, que induzem seus filhos ao erro. Nosso foco, entretanto, é ressaltar o papel da mãe cristã, que é exemplo para os filhos, que ora por eles e os educa com firmeza e doçura, transmitindo-lhes as sagradas letras. Há muitas mães dignas de destaque na Bíblia e na história. Há muitas mães merecedoras dos nossos maiores encômios também em nosso meio, porém, destacarei três mães da Bíblia. Vamos aprender com elas.

1. Joquebedeuma mãe que ousou lutar pela sobrevivência do seu filho.Moisés, filho de Joquebede, deveria ser passado ao fio da espada ou jogado aos crocodilos do rio Nilo, logo ao nascer. A perseguição aos israelitas recém-nascidos no Egito era sangrenta e a chance de escapar da tragédia era humanamente impossível. Joquebede, entrementes, não desistiu do seu filho. Ela montou um plano para salvar seu filho da morte. Ela transcendeu o comum. Deus honrou seu gesto e salvou seu filho das águas do Nilo. A providência divina fez o menino Moisés parar no palácio de Faraó e retornar aos braços de Joquebede para ser amamentado. Foi nesse tempo, da primeira infância de Moisés, que sua mãe deu tudo de si para transmitir ao seu infante as verdades que mais tarde governariam a sua vida. Foi o ensino aprendido com sua mãe que levou Moisés a rejeitar as glórias do Egito por causa do opróbrio de Cristo. Precisamos de mães que invistam tempo na vida espiritual de seus filhos. Mães que busquem a salvação de seus filhos mais do que seu sucesso. Mães que dêem o melhor do seu tempo para inculcar nos filhos as verdades eternas, verdades essas que os ajudarão a tomar as mais importantes decisões ao longo da vida.

2. Anauma mãe que ousou consagrar o seu filho para Deus. Ana era estéril, porque o próprio Deus havia cerrado a sua madre. No seu tempo, esse era um problema doloroso, que trazia muitos estigmas. Ana teve ainda que enfrentar a zombaria da sua rival, a incredulidade do seu marido e a censura do seu sacerdote. Ela, contudo, não desistiu. Continuava orando e chorando diante de Deus, pedindo-lhe um filho. Houve um dia, porém, que ela resolveu fazer um voto a Deus. Prometeu-lhe que se Deus lhe desse um filho, o devolveria para o Senhor por todos os dias da sua vida. Deus ouviu o seu clamor e ela concebeu e deu à luz a Samuel, o maior juiz, o maior profeta e o maior sacerdote da sua geração. Precisamos de mães que ousem consagrar o melhor daquilo que Deus lhes tem dado ao Senhor. Mães que coloquem seus filhos no altar. Mães que consagrem seus filhos para Deus, para cumprirem os soberanos propósitos de Deus.

3. Eunice, uma mãe que educa o filho pelo exemplo e pelo ensino. Eunice era mãe de Timóteo e filha de Loide. Cresceu bebendo o leite da piedade e transmitiu a seu filho as mesmas verdades aprendidas em seu lar. Nela habitava uma fé sem fingimento. Essa mesma fé, ela transmitiu para seu filho. Eunice era uma mulher comprometida com a Palavra de Deus. Ela ensinou a Timóteo as sagradas letras desde a sua infância. A palavra grega usada é brefos, que quer dizer “desde o ventre”. Essas sagradas letras tornaram Timóteo sábio para a salvação. Mais tarde, Timóteo tornou-se discípulo do apóstolo Paulo e constitui-se num dos maiores pastores da igreja cristã, aquele que haveria de dar continuidade ao ministério do grande apóstolo dos gentios. Você mãe, é desafiada a andar com Deus, a ensinar os seus filhos a Palavra de Deus e a prepará-los para serem vasos de honra nas mãos de Deus.

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Fonte: Hernandes Dias Lopes
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quinta-feira, 8 de maio de 2014

Como a Eternidade Influencia as Tarefas de uma Mãe? – John Piper


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“A mulher que teme ao Senhor, essa sim será louvada.” (Provérbios 30.31)
Em um podcast chamado “Pergunte ao pastor John”, John Piper fala sobre como a eternidade influencia as tarefas de uma mãe. Confira:
Conheça um excelente site para mulheres cristãsMulheres Piedosas
Por: John Piper. © 2008 Desiring God Foundation. Website: www.pt.desiringgod.org. Original: How Can Eternity Influence a Mother’s Daily Tasks?

A Diferença entre Adoração Congregacional e um Show

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John Piper, escrevendo em 2008:
Treze anos atrás, nós perguntávamos: qual deveria ser o som que define a adoração pública na Bethlehem, além da voz da pregação bíblica?
Nós queríamos dizer: deve ser órgão, piano, guitarra, bateria, coral, equipe de louvor, orquestra, etc.? A resposta que demos foi: “os membros da Bethlehem cantando”.
Alguns pensaram: isso não ajuda muito a decidir quais instrumentos devem ser usados. Talvez não. Mas ajuda absurdamente a esclarecer o significado de tais momentos.
Se a Bethlehem não está “entoando e louvando de coração ao Senhor” (Efésios 5.19), então está tudo acabado. Nós declaramos falência e fechamos. Este não é um compromisso pequeno.
James K. A. Smith, escrevendo ano passado, fez uma declaração semelhante. Enquanto pode haver algumas exceções ao que ele diz aqui, penso que é totalmente correto em relação ao principal impulso da adoração congregacional cristã.

1. Se nós, a congregação, não podemos nos ouvir, não é adoração.

Adoração cristã não é um show. Em um show (uma “forma de apresentação” particular), nós frequentemente esperamos ser completamente imersos no som, especialmente em certos estilos de música. Em um show, nós esperamos aquela estranha espécie de privação sensorial que acontece com a sobrecarga sensorial, quando o golpe do baixo em nosso peito e a onda de música sobre a multidão nos deixa com uma sensação de vertigem auricular. E não há nada errado com shows! Só que a adoração cristã não é um show. A adoração cristã é uma prática coletiva e pública — e o som unificado e a harmonia da congregação cantando junta são essenciais à prática da adoração. É uma maneira de “apresentar” a realidade de que, em Cristo, somos um corpo. Mas isso requer que, de fato, sejamos capazes de ouvir nós mesmos e nossos irmãos e irmãs cantando conosco. Quando o som amplificado do grupo de louvor supera as vozes da congregação, não podemos ouvir nós mesmos cantando — então perdemos o aspecto público da congregação e somos encorajados a efetivamente nos tornarmos adoradores “particulares” e

2. Se nós, a congregação, não podemos acompanhar, não é adoração.

Em outras formas de apresentação musical, os músicos e as bandas irão querer improvisar e “ser criativos”, oferecendo novas adaptações e exibindo sua virtuosidade com todo o tipo de firulas, pausas e improvisações sobre o tom recebido. Novamente, esse pode ser um aspecto prazeroso de um show, mas na adoração cristã isso só significa que nós, a congregação, não podemos acompanhar. Então sua virtuosidade dá lugar à nossa passividade; sua criatividade simplesmente encoraja nosso silêncio. E enquanto você pode estar adorando com sua criatividade, a mesma criatividade, na verdade, cala a canção congregacional.

3. Se vocês, o grupo de louvor, estão no centro da atenção, não é adoração.

Eu sei que normalmente não é sua culpa que o tenhamos colocado na frente da igreja. E eu sei que você quer ser modelo de adoração para que nós o imitemos. Mas por termos encorajado você a basicamente importar formas de apresentação do meio artístico para o santuário, podemos não perceber que também involuntariamente encorajamos um senso de que você está no centro da atenção. E quando sua performance se torna uma demonstração da sua habilidade — mesmo com a melhor das intenções — é difícil contrariar a tentação de fazer do grupo de louvor o foco da nossa atenção. Quando o grupo de louvor toca longos períodos instrumentais, os quais podem ser considerados pelo próprio grupo como “ofertas para Deus”, nós, a congregação, nos tornamos completamente passivos, e por termos adotado hábitos de tomarmos como exemplo a música dos Grammys e do meio artístico, nós involuntariamente fazemos de vocês o centro da atenção. Pergunto-me se pode haver alguma reflexão intencional a respeito da localização (ao lado? Liderar o louvor de trás?) e da performance que possa nos ajudar a contra-atacar tais hábitos que trazemos conosco para a adoração.
OriginalThe Difference between Congregational Worship and a Concert. Site: thegospelcoalition.org Copyright © 2014 The Gospel Coalition.
Tradução: Alan Cristie; Original: A Diferença entre Adoração Congregacional e um Show
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

A predestinação inibe a santificação?


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Nesse vídeos feito pelo pessoal da página Fé Reformada, Augustus Nicodemus responde à pergunta:
A doutrina da predestinação é acusada de criar uma permissão para a vida desregrada, uma vez que o homem perdoado é incapaz de alterar a vontade do Soberano Deus. Quais os principais argumentos contrários apresentados pela teologia reformada?
Assista ao vídeo:
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terça-feira, 6 de maio de 2014

Espectro político, mentes cativas e idolatria



Por Franklin Ferreira


Aquele nosso inimigo era leão quando se enfurecia abertamente; agora é dragão quando ocultamente arma ciladas. (...) Como a nossos pais era necessária a paciência no combate contra o leão, assim precisamos da vigilância contra o dragão. No entanto, a perseguição, seja do leão, seja do dragão nunca cessa para a Igreja; e é mais temível quando engana do que quando se enfurece. 

Naquele tempo queria forçar os cristãos a negarem a Cristo; agora ensina os cristãos a negarem a Cristo; então coagia, agora ensina. Então introduzia violências; agora, insídias. Aparecia então furioso, agora mostra-se insinuante e dificilmente aparenta erro.[1]
I. Esquerda e direita

Diante do debate político ora em curso, é necessário se definir o que vem a ser “direita” e “esquerda”. A esquerda pode ser definida como aquele modelo do espectro político em que há pouca ou nenhuma liberdade pessoal e econômica, em que o Estado ou partido ganha uma dimensão transcendente, agindo para estender seu domínio sobre todas as esferas da sociedade. Por outro lado, a direita privilegia a liberdade pessoal e econômica, e a garantia dos direitos individuais, sendo os limites o respeito à vida, à propriedade e à liberdade dos demais.[2] Tais termos ganharam este significado após o começo da Guerra Fria.

No Brasil, convencionou-se tratar como “direita” o regime militar, que tomou o poder no Brasil entre 1964-1985, e como “esquerda” os grupos que se opuseram às forças armadas e almejavam um regime socialista. Curiosamente, tanto os militares como a esquerda compartilhavam o autoritarismo e o desenvolvimentismo intervencionista. Mas, se a direita assume como absoluta a valorização do indivíduo, como este sistema pode se degenerar em autoritarismo ou totalitarismo? Há exemplos históricos de regimes autoritários ou totalitários que afirmaram a liberdade individual? Na verdade, não. Antes, foram regimes esquerdistas que almejaram controlar (Gleichschaltung) firmemente todas as esferas da sociedade (família, artes, esportes, igreja, economia e imprensa), a partir da noção da transcendência do Estado/Partido.[3] 

Paul e Raphael Freston, no artigo “De esquerda ou de direita, sejamos inteligentes e cristãos”,[4]  citando Norberto Bobbio, definem a direita como o espectro político que “enfatiza o ideal da liberdade individual”. Todavia, antes, eles escreveram que se ignora “os exemplos – muito mais numerosos – de autoritarismo de direita”. Porém, a sugestão ou afirmação de que o nazismo, o fascismo e as ditaduras militares da América Latina das décadas de 1960-1980 representam a “direita” é baseada numa contradição entre definição conceitual e realidade histórica.[5] O fato é que os ditadores mais cruéis da história do século XX foram esquerdistas: Lênin e Stalin (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), Adolf Hitler (Alemanha) e Walter Ulbricht (Alemanha Oriental), Nicolae Ceauşescu (Romênia), Pol-Pot (Cambodja), Hồ Chí Minh (Vietnã). Cuba, Coreia do Norte e Venezuela são hoje estados-modelos de esquerdismo.[6] 

Nestes debates, a esquerda nunca é comparada à direita. A armadilha do discurso da esquerda é comparar uma ideia “perfeita” com a realidade, como se isso fosse prova da superioridade esquerdista. Porém, a honestidade intelectual exige que se compare o socialismo real com o capitalismo real. Nesse caso, fica escancarada a inferioridade da esquerda. Pois, como escreve Denis Rosenfield, a comparação “deveria ser entre a Alemanha [Ocidental] capitalista e a [Alemanha Oriental] socialista, ou ainda, entre a Coreia [do Sul] capitalista e a [Coreia do Norte] socialista”, mas a comparação é filtrada por uma “mentalidade religiosa”, “teológico-política”, onde se compara a direita real “com a ideia do socialismo, forjada por aqueles que lhe atribuem todas as perfeições”.

Isto é equivalente a comparar uma sociedade perfeita a uma imperfeita, ou ainda, a comparar o homem a Deus. É claro que o homem, com suas imperfeições, sairá sempre perdendo quando comparado a Deus. O mesmo destino teria a comparação entre uma sociedade perfeita (ideal) e uma imperfeita (real). (...) Ou seja, atribui-se ao socialismo todas as perfeições e, de posse destes atributos, passa-se a verificar se eles ‘existem’ no capitalismo.[7] 

Wolfhart Pannenberg lembra que devemos ter em mente que o “anticristo se manifesta (...) particularmente em doutrinas intramundanas [utópicas] de redenção e salvação, às quais as pessoas das sociedades modernas estão expostas”. Na escatologia das utopias intramundanas “explicitaram-se, pois, as consequências do aproveitamento funcionalista dos indivíduos (...), particularmente no caso do marxismo pelo fato de a felicidade dos agora vivos ser sacrificada sem escrúpulos em nome do pretenso alvo da humanidade”, em que “apenas os indivíduos da geração então vivente poderiam participar” deste “milênio secularizado”. E o contraste entre esta utopia e a esperança ensinada pela fé cristã é claramente estabelecido:

Em toda escatologia intramundana [como o marxismo] a consumação (supostamente) geral tem de ser buscada e afirmada à custa dos indivíduos [em que ‘os indivíduos de gerações passadas’ não ‘participarão da concretização futura de sua destinação’]. Essa é a estrutura anticristã da escatologia intramundana. Em contrapartida, a escatologia cristã preserva o vínculo indissolúvel de destinação individual e geral da humanidade. Através da glorificação dos indivíduos de mãos dadas com a glorificação do Pai e do Filho por eles, se concretizará o reino de Deus e será não apenas consumada, mas também aceita em geral a justificação de Deus perante os sofrimentos do mundo.[8] 

Então, diferente do que se apregoa, partidos de esquerda e extrema-esquerda não são de orientação democrática. Suas propostas são inspiradas na ideia do Estado coercitivo, julgador e punidor. Não reconhecem a dinâmica de equilíbrio dos segmentos da sociedade e das instituições republicanas. Por pensarem desse modo, facilmente são corrompidos pela ideia de que são os “donos da verdade” e únicos porta-vozes da justiça.[9]

Aliás, a degeneração institucional, a perseguição a jornalistas e o uso de violência e prisões arbitrárias para tentar sufocar os protestos por democracia na Venezuela torna o silêncio de setores da imprensa e do governo esquerdista brasileiro indigno e cúmplice.[10] O incrível é que só na América Latina esta devoção ao esquerdismo sobrevive. As nações latino-americanas tornaram-se, de fato, a vanguarda do atraso.

II. Liberalismo e democracia

Ainda que a divisão entre direita e esquerda tenha se tornado lugar comum no debate político no Pós-Guerra e Guerra Fria, só sobrevivem hoje na cultura norte-americana com mais ou menos consistência ideológica. E deve-se lembrar de que o sistema bipartidário dos Estados Unidos foi uma criação dos Pais Fundadores, para que o sistema bloqueasse qualquer radicalismo político. Hoje o sistema entrou “em curto” nos Estados Unidos, especialmente porque Deus, que era importante no pensamento político dos Pais Fundadores, foi melancolicamente afastado para a esfera privada por dirigentes dos partidos Republicano e Democrata.[11]

Parece que na cultura europeia e brasileira talvez faça mais sentido falar em termos de “liberal” e “antiliberal”.[12] A partir de tal paradigma, pode-se perceber que há incrustada no país uma mentalidade antiliberal, entre as elites (coronéis, famílias, conglomerados) e governo (qualquer que seja), que se caracteriza por protecionismo, economia dirigida e centralizada, ódio feroz às privatizações e ao mercado, alta taxa de impostos, pacto a favor do estado e contra as liberdades fundamentais do povo/indivíduos – conceitos associados, tradicionalmente, à esquerda. É importante notar que todos os governos a partir da proclamação da república no Brasil foram antiliberais e populistas – uma marca da política de toda a América Latina. Isso se aplica especialmente a Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto, Getúlio Vargas, o regime militar, Fernando Collor, Lula e Dilma Rousseff.[13] 

Essa mentalidade antiliberal também se revela na estrutura estatal. O estado brasileiro interfere e intervém em todas as esferas da sociedade (família, artes, esportes, igreja, economia e imprensa). Porém, tudo o que o estado faz é tradicionalmente marcado por ineficiência, incompetência e corrupção. E, num caso de deslocamento da realidade, “ongueiros” profissionais, políticos e “ativistas” ligados a partidos de esquerda e extrema-esquerda como PT, PSOL e PSTU dizem que o país precisa de mais Estado! 

Por outro lado, o liberalismo preconiza que se precisa de menos Estado, e que este seja enxuto e eficaz; a redução da interferência do Estado na economia ao mínimo necessário; a defesa da propriedade privada; a privatização das empresas estatais e de serviços públicos que possam ser oferecidos pela iniciativa privada; o livre mercado; e a redução das despesas do governo com a consequente redução da carga tributária. Assim como afirma o respeito ao Império da Lei e às liberdades individuais; à iniciativa privada; às diversas esferas que compõem a sociedade; e o fomento às estruturas mediadoras (intermediate bodies). Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Austrália, Nova Zelândia, Japão e Coreia do Sul, entre outros, são guiados por ideais liberais em maior ou menor grau – e o resultado está à vista de todos.[14]

III. “Geração Coca-Cola”

Diante dessas considerações, é interessante identificar quais os motivos da tendência esquerdista entre os jovens. Estes parecem pertencer à classe alta ou média alta, estudam em universidades estaduais ou federais e recebem bolsas governamentais para (não raro) estudar no exterior. Para eles, os proletários, por viverem para o trabalho, não têm consciência de seu estado de escravidão. E são os membros desta nova classe de “homens novos” que poderão não somente iluminar, mas guiar as massas na luta contra a opressão. 

O mundo passa a ser interpretado a partir de uma “nova moral”, que opõe estes que almejam um mundo melhor contra a mentalidade rígida da sociedade. Portanto, o mundo é dividido em opressores e oprimidos, onde todos os bons são oprimidos, todos os que discordam são opressores, e estes devem ser cooptados, silenciados ou eliminados.[15] A complexidade social é reduzida a uma luta entre o bem e o mal, uma luta entre o povo e as elites. Não raro, os trabalhadores são tratados como “massa alienada” por não os apoiar, rotulados como gente que “não quer mudar” e que não enxerga “a luta por mudança”. Curiosamente, durante a Guerra Fria, na Polônia e na Alemanha Oriental, estes idealistas eram chamados pelo proletariado, com cinismo, de “burgueses vermelhos”. A mesma repulsa já se evidencia aqui no Brasil, especialmente por parte das camadas mais baixas da sociedade.[16] 

Urge estudar as conexões de Black Blocs (mascarados vestidos de preto e armados com bombas, coquetéis molotov, pedras e paus) com partidos da esquerda e extrema-esquerda, como o PSOL.[17] Quem financia e orienta os Black Blocs? Quem lhes presta assessoria jurídica? O modus operandi desta milícia é velho, antiquado, nada diferente das forças de choque fascistas (Itália, 1920), nazistas (Alemanha, 1930) e esquerdistas (Alemanha, 1970-1998) presentes na história da Europa no século XX.[18] Também há similaridades com o procedimento de vários grupos de guerrilha no Brasil durante a ditadura, tais como a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares).[19] OsBlack Blocs fazem ressurgir a violência em manifestações nas ruas justamente em um momento de ascensão de um discurso de intolerância e ódio em relação às principais instituições que dão sentido a uma democracia, vista por estes como um sistema burguês tirânico.[20] 

Não apareceu nas páginas destes grupos ou partidos uma “nota de condolências” ou uma referência à morte do cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes.[21] Os que escreveram nas páginas do grupo sugeriam que a tragédia foi um erro “das empresas de comunicação” ou culpa do Estado. Ou rebateram com a lembrança de “tudo que a Polícia Militar já fez”, como um exemplo de “contraviolência”. Nisso também lembram os antigos guerrilheiros, que justificavam suas ações violentas com o termo “represália”.[22] Assim sendo, os partidos que apoiam os Black Blocs não têm lastro moral para criticar os “justiceiros” do bairro do Flamengo-RJ.[23] Ora, em um país sob uma carta constitucional, a lei não vale para todos, igualmente? [24]

Deste modo, parece que a violência dos Black Blocs só serve ao governo federal do PT, pois, além de jamais ostentar cartazes ou gritar palavras de ordem contra a falência da saúde e da educação, esvazia as manifestações legítimas com sua violência. Do “milhão”, as passeatas recuaram para os milhares e, finalmente, as centenas, como nas últimas ocasiões. 

Espantam-me cada vez mais os rumos da esquerda brasileira. Em vez de aproveitar a oportunidade de sua passagem pelo poder e pôr em prática os ideais de educação, conscientização e espírito de coletividade e trabalho (marcas registradas das promessas socialistas), eles preferem disseminar entre os jovens um espírito de revolta, ignorância e demagogia. Como nota Demétrio Magnoli, “há algo de profundamente errado com um país incapaz de enxergar a face do mal, quando ela se esconde atrás da máscara de uma ideologia”.[25] 

Alguns destes jovens associados à esquerda se identificam como cristãos, mas possuem mais conexão com grupos paraeclesiásticos do que com igrejas locais. Estes cristãos que militam em partidos e grupos de esquerda e extrema-esquerda se autodenominam no Brasil de “cristãos progressistas”. Curiosa – e reveladoramente – os católicos poloneses que apoiavam os nazistas, antes da II Guerra, e os comunistas, no Pós-Guerra, também se chamavam de “cristãos progressistas”. 

O que parece é que a ausência do “totalmente outro” (totaliter aliter) leva pessoas a adotar uma ideologia que almeja transcendência, e que supostamente as auxilia a superar as contradições de uma sociedade existencialmente opressiva, satisfazendo a “preocupação suprema” de suas vidas, o sonho de um “outro mundo possível”.[26] Portanto, uma pergunta se impõe aos pregadores e às comunidades cristãs: como responder a este anseio por algo além e acima da criação, que todas as pessoas almejam? Como satisfazer tal desejo, levando pessoas da idolatria à “transcendência desviada”, isto é, ao ente estatal e a ideologia (de direita ou de esquerda), para o culto ao Deus todo-poderoso, o “totalmente outro”, que se revela apenas nas Escrituras Sagradas? Será que na atualidade o evangelho, as boas novas de Deus em Cristo – morto por nossos pecados e ressuscitado para nossa redenção –, tem sido oferecido com paixão e dependência do Espírito Santo? O Deus-Trindade é oferecido como o único que pode satisfazer a “preocupação suprema” que todas as pessoas experimentam?

IV. “Não terás outros deuses diante de mim” 

A mentalidade esquerdista antiliberal é binária: “nós” e “eles”, os “bons” e os “maus”, os revolucionários e os reacionários, a esquerda e a direita. Esquerdistas não conseguem pensar em termos de gradações.[27] Então, se alguém os critica, este deve ser, forçosamente, de “direita”. E acaba-se o debate, pois o esquerdista, para equalizar o confronto, começará a falar dos problemas da suposta direita no Brasil – como se houvesse de fato uma direita organizada e partidos políticos liberais no país. E, de forma típica, em vez de colocar argumento contra argumento, o esquerdista usará o discurso da vitimização ou do constrangimento moral/espiritual para se evadir das profundas contradições de seu sistema. Ou apelará para a difamação pura e simples.

Só que “o marxismo”, como escreveu Richard Sturz, “não passa de uma heresia ao cristianismo. Em vez de abolir a religião, o marxismo tornou-se uma religião secular. Seus ensinos são apresentados como substitutos para as doutrinas cristãs”.[28] Esta elevação transcendental da ideologia e a incapacidade de autocrítica revela na esquerda uma lealdade idolátrica.

Os cristãos, que buscam confessar sua fé em submissão às Escrituras, creem que há um só Senhor e Rei, o único Deus todo-poderoso. Os cristãos são súditos do “bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores” (1Tm 6.15). E esperam a “pátria [que] está nos céus”, de onde aguardam “o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20), o único que traz o juízo e a salvação para toda a sociedade. 

Os cristãos não dividem sua lealdade com um Estado/partido/governo que requer fidelidade religiosa, pois os cristãos sabem que tal lealdade é idolatria, uma quebra do primeiro mandamento.[29] Portanto, os cristãos têm a liberdade – que mesmo os melhores entre os incrédulos não têm – de criticar qualquer sistema político, qualquer ideologia, pois eles o fazem a partir da crença de que somente o Senhor Deus tem o direito de comandar todas as esferas da sociedade. Nenhum governo ou partido recebeu este direito. E os cristãos também creem que governos e partidos que anseiam ser totais deixam de ser a “autoridade ordenada por Deus” (Rm 13.1-7),[30] para se tornar “uma besta” que recebeu “seu trono e grande autoridade” do dragão (Ap 13.1-18). E diante desta, a resposta cristã é: “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29).

Portanto, o autoritarismo e o totalitarismo precisam ser resistidos pelos cristãos, por todos os meios legítimos. E, para tanto, precisamos perguntar: “Se o cristão crê que Deus é o único rei e senhor absoluto, ele pode entregar sua lealdade ao partido ou ao Estado autoritário ou totalitário?”. A resposta é: “Não”! É incompatível alguém declarar que adora a Deus como o Senhor que fala apenas por meio de sua Palavra e tornar-se servil a um Estado iníquo. Isso implica que um cristão que se submete a tal Estado coloca-se numa posição contrária à Escritura, tornando-se meramente “o lacaio sagrado do governo”.[31] 

Geralmente – mas não exclusivamente – são teólogos liberais que apoiam o esquerdismo. E estes são os que descartam as Escrituras Sagradas como a única Palavra de Deus que se deve ouvir, e também diminuem a glória e majestade de Deus, como ocorre no teísmo aberto e nas teologias da libertação. Para estes, “a alternativa é crer em um deus que tem o nome, mas não as qualidades do Deus revelado nas Escrituras, e não passa de uma simples capitulação ao marxismo”.[32] Mesmo o ser humano é estranho à esquerda – não há interesse no destino da pessoa real e concreta, mas apenas na emancipação da classe proletária, oprimida e alienada.[33] 

Há um esforço consciente de cooptar o que for necessário para dar respeitabilidade a esta tentativa de fundir o esquerdismo com uma revisão da fé cristã. O legado de Dietrich Bonhoeffer é um exemplo desta associação a serviço do marxismo. Cita-se como apoio a uma interpretação esquerdista de Bonhoeffer seu exemplo de resistência ao nazismo e algumas frases de sua correspondência, Resistência e submissão. Mas não há preocupação de colocar o mártir alemão em contexto.[34] Como um teólogo alistado no serviço de inteligência militar (Abwehr), amigo de militares nacionalistas que ansiavam por uma paz em separado com a Inglaterra e os Estados Unidos para, aliados a estes, atacarem a União Soviética, pode ser usado como inspiração para uma aproximação entre cristãos e esquerdistas, ou como precursor da teologia da libertação?

Em um apêndice de sua tese de doutorado, escrita em 1927, Bonhoeffer tratou da questão da igreja e do proletariado.[35] Ele afirmou a necessidade da igreja evangélica alemã pregar o evangelho ao proletariado, que vivia em miséria e isolamento. E isso se daria quando a igreja parasse de se dirigir apenas à burguesia, que usufruía segurança, relações familiares ordenadas e relativa cultura; se a igreja não anunciasse o evangelho ao proletariado, este seria seduzido pelos socialistas. Para o teólogo alemão, o que estava em jogo era a exclusividade do evangelho, Deus em juízo e graça. Como ele conclui, o evangelho não pode ser confundido com o socialismo, e não será por meio desta ideologia que o Reino de Deus virá à terra. Este será consumado somente por meio do evangelho.

Portanto, o objetivo dos esquerdistas é adequar uma revisão da fé cristã a uma ideologia que lhe é completamente oposta. Por isso o ódio teológico (odium theologicum) que os teólogos liberais têm pela fé reformada. Pois, na verdade, as doutrinas da autoridade da Escritura, da predestinação e da aliança são as verdadeiras motivações de revoluções políticas de longo alcance, como as revoluções inglesa e americana, nos séculos XVII e XVIII.

Diante dos fatos, há os que apelam para o argumento emocional de que uma postura antiesquerdista é “insensível”, “descaridosa” e “alienada”. Não custa lembrar: cristãos fazem “o bem a todos”, e “principalmente aos domésticos da fé” (Gl 6.7-10), constrangidos por amor e lealdade a Jesus Cristo; não terceirizam seu amor, entregando-o ao arbítrio do Estado. Em Atos 2.41-47, passagem tão ao gosto desta mentalidade, os primeiros cristãos repartem o que possuem não constrangidos pelo Estado ou pelo imperador – mas o fazem livremente por amor ao Senhor Deus e ao próximo.

V. “Não abandoneis, portanto, a vossa confiança”

Helmuth James Graf von Moltke foi preso em janeiro de 1944 por fazer parte da resistência alemã contra o Partido Nacional Socialista. Levado ao tribunal, ele travou o seguinte diálogo com o juiz-algoz, pouco antes de sua morte, em 23 de janeiro de 1945:

No decorrer de seus discursos, [o juiz Roland] Freisler me disse: ‘O Nacional Socialismo assemelha-se ao cristianismo em apenas um aspecto: nós exigimos a totalidade do homem’. Não sei se os outros que estavam sentados ali puderam compreender o que foi dito, pois esse foi o tipo de diálogo travado entre Freisler e eu – um diálogo subentendido, visto que não tive a chance de dizer muita coisa – um diálogo por meio do qual passamos a conhecer um ao outro totalmente. Freisler era o único do grupo que me entendia completamente, e o único que percebia por que deveria me matar... No meu caso, tudo era determinado da forma mais severa. ‘De quem você recebe ordens, do outro mundo ou de Adolf Hitler? Onde você deposita sua lealdade e sua fé’?
Tal pergunta também não está ligada à luta entre a lealdade à esquerda (assim como a qualquer outra posição do espectro político) e a exclusiva adoração ao Deus-Trindade, o único e verdadeiro soberano e rei?
A frase decisiva no processo foi: ‘Herr Conde, o cristianismo e nós, nacional socialistas, temos apenas uma coisa em comum; uma única coisa: nós reivindicamos a totalidade do homem’. Eu gostaria de saber se ele realmente compreendia o que havia dito ali. (...)
Mantive minha posição (...) não como um protestante, não como um proprietário de terras, não como um nobre, não como um prussiano, nem mesmo como um alemão... Nada disso, mantive minha posição como um cristão e nada mais... [36]

Que Deus nos ajude a alcançar tal firmeza, ao custo da própria vida, se necessário. Pois Deus não tolera culto a outros seres ou entes. Somente Deus, o senhor todo-poderoso, cujos sinais de seu reino já se fazem presentes por meio do ressurreto Jesus Cristo, é digno de todo culto, devoção e glória.

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Notas: Para lê-las, acesse o artigo original aqui.

Sobre o autor: Franklin Ferreira é Bacharel em Teologia pela Escola Superior de Teologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie e Mestre em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil. É diretor e professor de teologia sistemática e história da igreja no Seminário Martin Bucer, em São José dos Campos, São Paulo, e consultor acadêmico de Edições Vida Nova. Autor dos livros Teologia Cristã e Teologia Sistemática (este em coautoria com Alan Myatt), publicados por Edições Vida Nova, e Gigantes da Fé e Agostinho de A a Z.

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domingo, 4 de maio de 2014

Podemos adotar livremente qualquer meio para proclamar o evangelho?

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Por Augustus Nicodemus Lopes

Um amigo no Twitter me perguntou se Filipenses 1:18 não justificaria o evangelho gospel e o show gospel. Acho que ele tinha em mente o festival gospel na Globo e a hipotética novela da Globo com uma heroína evangélica.

Para quem não lembra, Paulo diz o seguinte em Filipenses 1:15-18:

“Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia; outros, porém, o fazem de boa vontade; estes, por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho; aqueles, contudo, pregam a Cristo, por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias. Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei” (Fp 1:15-18).

A interpretação popular desta passagem, especialmente desta frase de Paulo no verso 18, “Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei” – é que para o apóstolo o importante era que o Evangelho fosse pregado, não importando o motivo e nem o método. A conclusão, portanto, é que podemos e devemos usar de todos os recursos, métodos, meios, estratégias, pessoas – não importando a motivação delas – para pregarmos a Jesus Cristo. E que, em decorrência, não podemos criticar, condenar ou julgar ninguém que esteja falando de Cristo e muito menos suas intenções e metodologia. Vale tudo.

Então, tá. Mas, peraí... em que circunstâncias Paulo disse estas palavras? Se não me engano, Paulo estava preso em Roma quando escreveu esta carta aos filipenses. Ele estava sendo acusado pelos judeus de ser um rebelde, um pervertedor da ordem pública, que proclamava outro imperador além de César.

Quando os judeus que acusavam Paulo eram convocados diante das autoridades romanas para explicar estas acusações que traziam contra ele, eles diziam alguma coisa parecida com isto: “Senhor juiz, este homem Paulo vem espalhando por todo lugar que este Jesus de Nazaré é o Filho de Deus, que nasceu de uma virgem, que morreu pelos nossos pecados e ressuscitou ao terceiro dia, e que está assentado a direita de Deus, tendo se tornado Senhor de tudo e de todos. Diz também que este Senhor perdoa e salva todos aqueles que creem nele, sem as obras da lei. Senhor juiz, isto é um ataque direto ao imperador, pois somente César é Senhor. Este homem é digno de morte!”

Ao fazer estas acusações, os judeus, nas próprias palavras de Paulo, “proclamavam a Cristo por inveja e porfia... por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias” (verso 17).

Ou seja, Paulo está se regozijando porque os seus acusadores, ao final, no propósito de matá-lo, terminavam anunciando o Evangelho de Cristo aos magistrados e autoridades romanos.

Disto aqui vai uma looooonga distância em tentar usar esta passagem para justificar que cristãos, num país onde são livres para pregar, usem de meios mundanos, escusos, de alianças com ímpios e de estratégias no mínimo polêmicas para anunciar a Cristo. Tenho certeza que Paulo jamais se regozijaria com “cristãos” anunciando o Evangelho por motivos escusos, em busca de poder, popularidade e dinheiro, pois ele mesmo disse:

“Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus” (2Co 2:17).

“Pelo que, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade” (2Co 4:1-2).

“Ora, o intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia. Desviando-se algumas pessoas destas coisas, perderam-se em loquacidade frívola, pretendendo passar por mestres da lei, não compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações” (1Ti 1:5-7).

“Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro”(1Ti 6:3-5).

“Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus” (1Co 2:1-5).

Portanto, usar Filipenses 1:18 para justificar esta banalização pública do Evangelho é usar texto fora do contexto como pretexto.

Fonte: Augustus Nicodemus, via Facebook.

Cristãos voltam a ser crucificados na Síria

Papa Francisco falou sobre o assunto na missa desta sexta
por Jarbas Aragão

Cristãos voltam a ser crucificados na SíriaCristãos voltam a ser crucificados na Síria
Enquanto a guerra civil continua arrasando a Síria, multiplicam-se os relatos de ataques de muçulmanos jihadistas a cidades predominantemente cristãs. O país está vendo desde 2011 a tentativa de extermínio do cristianismo ser o alvo principal dos guerrilheiros rebeldes.
Cristãos da cidade de Maaloula contaram como tiveram de fugir de sua cidade no final de 2013 após a chegada de extremistas islâmicos no início do mês passado. “Os jihadistas gritavam: converta-se ao Islã ou vocês serão crucificados como Jesus”, afirmam os sobreviventes.
Além de crucificações, de tempos em tempos surgem relatos de cristãos decapitados. No não passado circularam muitas imagens de cristãos tendo suas cabeças cortadas publicamente na cidade de Keferghan. Os fotógrafos da revista Time trouxeram à tona várias dessas fotos.
Esta semana novamente surgiram imagens fortes do martírio de cristãos na Síria. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma entidade civil com sede em Londres, divulgou imagens de execuções públicas na cidade de Raqqa, ao norte da Síria.
Existem vários relatos contraditórios na imprensa internacional, sem haver consenso se os homens foram mortos antes ou durante a crucificação. Outros afirmam que se tratam de execuções com motivação política e não religiosa.
O fato é que, segundo o Observatório Sírio, os executores pertencem a um grupo radical chamado Estado Islâmico do Iraque e da Síria (abreviados como ISIS em inglês). O mesmo que publicou vídeos terríveis da morte de cristãos no passado. Uma das faixas colocadas sobre os corpos diz apenas “Este homem lutou contra os muçulmanos”. Sabe-se que desde o início deste ano, os cristãos moradores de Raqqa começaram a ser cobrados por uma espécie de “imposto de proteção”. Os cultos não muçulmanos foram proibidos, assim como o uso de símbolos religiosos cristãos.
cristãos-cruficiados
Hoje, o papa Francisco afirmou durante a homilia da missa que realiza toda manhã em sua residência no Vaticano. “Eu chorei quando vi nos meios de comunicação a notícia de que cristãos tinham sido crucificados em certo país não cristão”. Ele citou passagens da Bíblia e lembrou a perseguição dos primeiros cristãos. O pontífice lembrou ainda que “existem países em que você pode ser preso apenas por levar o Evangelho”. A Rádio Vaticano vem dando espaço às declarações da freira Raghida, que vem denunciando a meses que cristãos são crucificados seguidamente nos povoados tomados por grupos de muçulmanos extremistas. Com informações Catholic Herald  e CNN.
Fonte:gospelprime

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