Seja o nosso parceiro neste ministério. Adquira o Ebook COMUNHÃO COM DEUS.

Seja o nosso parceiro neste ministério. Adquira o Ebook COMUNHÃO COM DEUS.
Seja o nosso parceiro neste ministério. Clique e o conheça

Conheça e adquira o Ebook do Livro do Pr. Eli Vieira já está Disponível

Conheça e adquira o Ebook do Livro do Pr. Eli Vieira já está Disponível
Disponível na Amazon

quinta-feira, 27 de março de 2014

Visão Mundial se arrepende e reverte decisão sobre contratar cristãos gays

ONG evangélica pede perdão pelo anúncio controverso feito esta semana
por Jarbas Aragão

Visão Mundial se arrepende e reverte decisão sobre contratar gays

A grande repercussão negativa sobre a decisão do Conselho da Visão Mundial em divulgar que contrataria “cristãos gays”gerou intenso debate esta semana. Após a divulgação da matéria em português no portal Gospel Prime, a assessoria brasileira da Visão Mundial enviou um comunicado: “Reafirmamos que este é um posicionamento da Visão Mundial Estados Unidos e não tem relação com a organização no Brasil”.
Em uma carta aberta divulgada 48 horas depois, o presidente da ONG, Richard Stearns, e Jim Beré, presidente do Conselho da Visão Mundial Estados Unidos, admitiram seu erro e voltaram atrás. Ao explicar os fatores que envolveram a mudança de posição, Stearns esclareceu que entre seus funcionários estão pessoas que pertencem a mais de 50 denominações diferentes, incluindo algumas que já aceitam casamentos do mesmo sexo.
Como um pedido de perdão, Stears e Beré escreveram: “Estamos de coração partido com a dor e confusão que causamos a muitos de nossos amigos que viram nesta decisão uma reversão do nosso forte compromisso com a autoridade bíblica. Pedimos que entenda que nunca foi a intenção do Conselho. Pedimos por seu apoio contínuo”.
Também acrescentam que: “Comprometemo-nos que continuaremos a ouvir os sábios conselhos dos irmãos e irmãs cristãos, e contataremos nossos principais parceiros nas próximas semanas. Enquanto a Visão Mundial Estados Unidos mantém-se firme na visão bíblica do casamento, afirmamos enfaticamente que todas as pessoas, independentemente da sua orientação sexual, são criados por Deus e devem ser amados e tratados com dignidade e respeito”.
Por fim, deixaram claro que  “Oramos para que você continue a se juntar a nós em nossa missão de ser uma parceria internacional dos cristãos cuja missão é seguir nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, trabalhando com os pobres e oprimidos para promover a transformação humana, buscar a justiça, e testemunhar a boa nova do Reino de Deus. ”
Embora não mencionem de quanto foi o prejuízo estimado, denominações inteiras como as Assembleias de Deus dos EUA ameaçaram pedir que seus membros deixassem de contribuir para essa que é considerada a maior ONG cristã do mundo, com uma arrecadação anual que beira um bilhão de dólares.
Fundada na década de 1950, pelo evangélico Bob Pierce, atualmente atende mais de 100 milhões de pessoas em cerca de 100 países. Chegou ao Brasil em 1975, onde desenvolve programas sociais como apadrinhamento de crianças carentes e está engajada em campanhas como a de combate ao trabalho infantil.
Mais informações sobre seu trabalho podem ser obtidas pelo site www.visaomundial.org.br

Fonte:gospelprime

A máscara cristã do dualismo

.


Por  Thomas Magnum


As religiões de mistério são conhecidas por suas crenças dualistas. O dualismo é a teoria de interpretação que explica determinada situação ou âmbito em termos de dois fatores ou princípios opostos entre si. De modo geral, os dualismos são classificações duplas que não admitem graus intermediários. Basicamente existem três tipos de dualismo: o metafisico, o epistemológico e o religioso. Nesse artigo iremos nos ater ao último, veremos como muitas práticas religiosas de igrejas neopentecostais tem uma filosofia dualista que não condiz com a soberania do Deus revelado nas Escrituras. O dualismo religioso afirma que no mundo, há duas forças mutuamente hostis, sendo que uma delas é a origem de todo bem, e a outra, a origem de todo mal. O tipo de dualismo mais antigo é visto na antiga religião iraniana, geralmente associada ao nome de Zoroastro, em que Ahura Mazda e Arimânio representam a projeção para uma cosmologia do bem e do mal, respectivamente. O universo torna-se um campo de batalha [1].

Das religiões de mistério ao Cristianismo

Podemos realizar uma constatação histórica do dualismo presente tanto no antigo Egito, como nas crenças posteriores, na Grécia e em Roma. Essa involução posterior que chegou ao cristianismo medieval, levou o cristianismo a uma religião do medo que foi arraigada para manter a fidelização, tanto de monarcas como de plebeus. Com a reforma protestante, a ênfase teológica na soberania de Deus foi novamente esboçada na pregação e na pena dos reformadores. Ao seguirmos na história, chegando ao século XX, observamos o ressurgimento de filosofias neoplatônicas sobre o dualismo existencial, consequentemente isso desembocou na religião. Por isso vemos várias formas de dualismo impresso em muitas seitas [2].

Satanás tem poder sobre os crentes?

Tá amarrado, tá repreendido, quem nunca ouviu essas expressões ditas por alguém? Certa vez passava por uma rua e uma mulher que tinha em média trinta e oito anos, repreendia o diabo porque não estava conseguindo fazer uma ligação em seu celular. Em outra ocasião ouvi um testemunho de uma irmã que repreendeu o demônio que estava no cadeado do portão de sua casa. É comum ouvirmos tá amarrado, tá repreendido em nome de Jesus... , palavras mágicas como abracadabra se assemelham a esse processo de esconjurar o demônio. A origem ocultista da palavra abracadabra se dá por um encantamento medieval usado para curar doenças ou afastar problemas iminentes. Acreditava-se que a palavra era especialmente eficaz, quando inscrita num amuleto [3]. A prática de colocar o copo com água sobre a televisão ou rádio para que o “pastor” realize uma oração, amarre e determine,  são amuletos, ocultismo. Palavras usadas de formas mágicas, são amuletos. Não lemos na Bíblia Jesus ou os apóstolos amarrando demônio nenhum. Talvez alguém diga que Bíblia não proíbe, então, podemos fazer. A diferença entre o católico e o protestante é justamente essa, um católico dirá que a Bíblia não fala nada contra venerarmos os santos do passado, logo, podemos venerá-los. O protestante afirma, a Bíblia não ordena a veneração dos santos, logo, não podemos fazer [4].  

Deus é o regente do universo

A Bíblia nos dá abundante prova que Deus é soberano, e que Ele governa todas as coisas. "Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco", I Tessalonicenses 5.18. Observe nesse texto que, tudo que acontece só acontece se for da vontade de Deus. "E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito"Romanos 8.28. E ainda observamos nas palavras de João, "Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca", I João 5.18. Claro que não ignoramos que o Diabo vem para matar, roubar e destruir, mas, somos guardados por Deus; "Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome", João 17.12. "fostes selados com o Espírito Santo da promessa", Efésios 1.13. Mesmo as atuações de Satanás são controladas por Deus, ele não tem o mesmo poder que Deus tem. Satanás é criatura, Deus é criador. Veja a história de Jó, Satanás foi a Deus e quis provar Jó, mas, na realidade era o Diabo que estava sendo provado, Deus sabia quem era o Diabo e quem era Jó: "E disse o Senhor a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal", Jó 1.8. "Ele é o que remove os montes, sem que o saibam, e o que os transtorna no seu furor", Jó 9.5. "Abaixa, ó Senhor, os teus céus, e desce; toca os montes, e fumegarão". Salmos 144.5. "Deus domina grandiosamente em sua criação; Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim. Isaías 46.9. Confiai no SENHOR perpetuamente; porque o SENHOR DEUS é uma rocha eterna". Isaías 26.4. 

Os decretos e a Providencia de Deus 

Observamos na Confissão de Fé de Westminster: 

Pela sua muito sábia providência, segundo a sua infalível presciência e o livre e imutável conselho da sua própria vontade, Deus, o grande Criador de todas as coisas, para o louvor da glória da sua sabedoria, poder, justiça, bondade e misericórdia, sustenta, dirige, dispõe e governa todas as suas criaturas, todas as ações e todas as coisas, desde a maior até a menor.
Ne 9.6; Sl. 145.14-16; Dn 4.34-35; Sl 135.6; Mt 10.29-31; Pv 15:3; II Cr 16.9; At 15.18; Ef. 1.11; Sl 33.10-11; Ef. 3.10; Rom 9.17; Gn 45.5.
Posto que, em relação à presciência e ao decreto de Deus, que é a causa primária, todas as coisas acontecem imutável e infalivelmente, contudo, pela mesma providência, Deus ordena que elas sucedam conforme a natureza das causas secundárias, necessárias, livre ou contingentemente.
Jr 32.19; At 2.13; Gn 8.22; Jr 31.35; Is10:6-7. 
Na sua providência ordinária Deus emprega meios; todavia, ele é livre para operar sem eles, sobre eles ou contra eles, segundo o seu arbítrio.
At 27.24, 31; Is 55.10-11; Os 1.7; Rm 4.20-21; Dn 3.27; Jo 11.34-45; Rm 1.4. 
(CFW, Cap. V - I, II e III.)  

Conclusão 

Defender essa espécie de dualismo cristão, no que diz respeito a um Deus que mede forças com Satanás é heresia. Deus é soberano e tem o controle de tudo em suas mãos. A igreja é de Deus, Ele comprou com seu próprio sangue (Atos 20.28). O que necessitamos mais do que nunca é discernimento Bíblico, conhecimento da Sagrada Escritura, voltemos ao Evangelho. 

________________
Notas:
[1] Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja cristã, Vida Nova - Walter A. Elwell
[2] Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo, Vida- George Mather e Larry Nichols
[3] Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo, Vida- George Mather e Larry Nichols
[4] O Culto segundo Deus, Vida Nova- Augustus Nicodemus Lopes 

Fonte: Bereianos
.

China: como Deus fez acontecer

Em quase 40 anos de serviço à Igreja chinesa, a Portas Abertas comemora os frutos de seu trabalho, proporcionados por Deus por meio de seus parceiros
China - rev nov.jpg
Quem conhece a história do Projeto Pérola — a audaciosa entrega de um milhão de Bíblias em uma única noite na China — talvez não imagine que esse projeto veio coroar uma iniciativa que poderia ser chamada de “total fracasso”. Dezesseis anos antes, em 1965, o Irmão André fazia sua primeira viagem à China, representando ali o ministério da Portas Abertas. Nos dias em que passou lá, ele não encontrou um único cristão sincero em sua visita, nem alguém que se interessasse por ficar com uma das Bíblias que havia levado.

Realmente foi preciso esperar onze anos para que as primeiras Bíblias fossem entregues. Em 1976, pequenos grupos de voluntários da Portas Abertas entravam na China com algumas Bíblias escondidas na bagagem. Quanto mais Bíblias eram distribuídas, mais se percebia a necessidade de fazer novas entregas.

Hérnia e Pérola
Em 1979, os voluntários foram abordados com um pedido ousado: “Precisamos de 35 mil Novos Testamentos. Poderiam trazê-los?”. Mama Kwang, a autora do pedido, não desanimou diante da incerteza da equipe em atender seu desejo: “Orem, e nós oraremos também. Deus fará acontecer”, respondeu ela.

Deus fez com que o pedido fosse atendido. Trinta mil Novos Testamentos de bolso foram adquiridos e acomodados em 60 malas. Cada par de malas foi carregado por um corajoso voluntário — muito corajoso, aliás, porque cada mala pesava, individualmente, 42 quilos. “Havíamos batizado a operação de Projeto Arco-Íris, mas os nossos voluntários a apelidaram de Projeto Hérnia”, disse Paul Estabrooks, coordenador do projeto.

Dois anos depois acontecia o Projeto Pérola — a joia das operações de distribuição da Portas Abertas. Não é exagero dizer que o Projeto Pérola, que ganhou destaque internacional não apenas no meio evangélico, foi o meio usado por Deus para que o governo liberasse e chegasse a patrocinar a impressão de Bíblias. Em 2011, trinta anos após o Projeto Pérola, a Amity Press (a editora oficial chinesa para impressão e distribuição das Escrituras) imprimia 80 milhões de Bíblias. Hoje, ela tem capacidade para publicar um milhão de Bíblias por mês.

Em seu ministério de distribuição na China, a Portas Abertas entregou 40 milhões de obras, entre Bíblias e livros cristãos, para que fortalecessem mais de 10 milhões de cristãos chineses.

Ter versus compreender Ter a Bíblia nas mãos era uma bênção. Compreender o que a Bíblia dizia era um desafio. Apesar do desejo ardente de ter uma cópia pessoal das Escrituras, muitos chineses não estavam preparados para interpretá-las e ensiná-las. Xiao Yun, colaborador da Portas Abertas na China, comenta: “Era como brincar de telefone-sem-fio. Quando uma mensagem passava de uma pessoa a outra, ela certamente seria alterada”. Tal falta de preparo se mostrava um obstáculo ao crescimento saudável da Igreja. Cristãos bem-intencionados, mas com conhecimento limitado e deturpado, ensinavam a outros que estavam sedentos pela Palavra de Deus. O ambiente era propício para o surgimento e crescimento de seitas, o que de fato aconteceu.

Assim, além de Bíblias, foram distribuídos também livros de discipulado. Na década de 1990, a Portas Abertas começou a treinar a Igreja pessoalmente. Percebendo a necessidade de ensinar um modelo bíblico de vida conjugal, foram contratados casais de professores que pudessem ministrar em acampamentos para a liderança da Igreja chinesa e seus cônjuges. O treinamento era feito de modo a incentivar o casal treinado a repassar à sua igreja o que havia aprendido. Em três anos, mais de três mil casais foram treinados.

Ao longo dos últimos dezesseis anos, em que o treinamento bíblico foi uma prioridade no serviço à China, mais de 100 mil cristãos chineses participaram de cursos para líderes, professores de escola dominical, pastores, evangelistas, casais e outros.

Um colaborador celebra o sucesso deste ministério: “Temos visto nossos alunos, antes tímidos e despreparados, agora dirigindo, confiantes, seminários em suas igrejas. É um prazer acompanhar o desdobramento desses cursos e ouvir como a segunda e a terceira turma de novos estudantes da Bíblia se beneficiam com a primeira turma”.

“Deus fará acontcer” O Irmão André resume a trajetória do serviço à China ao longo dos anos: “A China mudou consideravelmente desde minha primeira visita em 1965. O país era fechado como uma ostra. Agora as portas estão escancaradas para o evangelho. Deus tem usado nosso trabalho para alimentar um dos maiores avivamentos da história. Procurar os que são perseguidos e ajudá-los não é fácil. Haverá resistência. Mas se você interceder pela China, e faremos isso em nossos países, Deus fará acontecer”.

Texto retirado da revista Portas Abertas, edição de novembro de 2013.
FonteRevista Portas Abertas

O impacto surpreendente de uma única Bíblia na China

O ano era 1981. Um jovem na China conhecido como "irmão Lee" havia orado por sua própria Bíblia todos os dias por três anos. Uma noite, em uma praia isolada no sul da China, seu pedido foi atendido
Projeto Pérola_270314.jpg

Naquela noite, a Portas Abertas entregou um milhão de Bíblias na China durante uma operação altamente secreta chamada Projeto Pérola. E o irmão Lee foi um dos destinatários. Ele agradeceu a Deus por responder a sua oração e dedicou sua vida a espalhar o evangelho por toda a China.

Quinze anos depois, colaboradores da Portas Abertas na região reuniram-se com o irmão Lee e foram surpreendidos com o que souberam. Desde aquela noite, quando ele entregou sua vida a pregar a Palavra de Deus, o Senhor o havia usado para desenvolver uma rede de mais de 400 mil cristãos que Lee ajudou a conhecer Cristo.

Tudo isso por causa de uma única Bíblia!

E esta é apenas uma história, de uma Bíblia. É incrível pensar sobre o impacto que um exemplar da Palavra de Deus pode ter!

Através da contribuição e apoio de parceiros ao redor do mundo, a Portas Abertas fornece Bíblias, literatura cristã e outros itens necessários para que o evangelho seja divulgado nos diferentes países em que os cristãos sofrem perseguição por sua fé em Jesus Cristo.A história do irmão Lee é apenas um dos muitos testemunhos que você pode ler no livro sobre o Projeto Pérola chamado Noite de um Milhão de Milagres.
FontePortas Abertas EUA
TraduçãoAna Luíza Vastag

Não Desperdice o seu Namoro





Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne. (Efésios 5:31)

Você já desperdiçou alguma coisa na vida? Aquele precioso tempo, dinheiro, trabalho, ou, seja lá o que tenham sido investidos com tanto empenho e expectativas. Ao final, perceber que nos acarretou somente prejuízo, é frustrante. E imagine só isso se tratando de namoro, em que geralmente são relacionamentos duradouros, cheios de sonhos e idealizações. Você não iria querer desaproveitá-lo, não é mesmo?!

O pior é que namoros tendem a ser verdadeiros desperdícios. Mas não pense que estou falando sobre aquele tipo de relacionamento longo, mas que no final não dão certo por não acabarem em casamento. É claro que, fatalmente isto deixará a impressão de que todo aquele tempo foi perdido. Mas, nem todo namoro que dá errado é desperdício, como nem todo namoro que dá certo quer dizer que ele tenha sido bem aproveitado.
O que estou querendo dizer, então?!

É que devemos entender como perda todo e qualquer namoro, independentemente de qual tenha sido seu desfecho, no qual não tenha sido observado o ponto mais importante dele: que se entenda através da Palavra de Deus, qual o papel do esposo e da esposa na estruturação familiar. Este é o ponto crucial do namoro, que dirá se o relacionamento valeu ou não, a pena. Um relacionamento verdadeiramente levado a sério, é aquele, cujo, os envolvidos se preocupam em aprender mutuamente o que a Palavra de Deus diz sobre casamento e buscam com disposição de coração preparar-se para a vida a dois, de modo que glorifiquem a Deus.

Ler Efésios 5:22-31 e Colossenses 3:18-19, poderá ser um bom começo. Neles estão contidos preceitos Bíblicos fundamentais para o futuro matrimônio. A Bíblia mostra claramente, que há uma distinção entre os papéis de marido e mulher, e que precisam ser prontamente levados a sério desde o “namoro-noivado” para que não haja confusões e distorções quanto ao papel que cada um terá de desempenhar.

Se estes princípios bíblicos forem negligenciados, não importa quanto tempo se teve de relacionamento, nem quantas centenas de presentinhos tenham sido guardados como recordação, tampouco, as eternas juras de amor descritas nas pilhas de cartas, essas coisas de nada valerão. Terão sido total desperdício! O importante é procurar saber o quanto antes, qual sua função no casamento. Pois, você pode ter sido um(a) ótimo(a) namorado(a), e não obstante ser uma tragédia como marido ou esposa, se não entender suas atribuições como tal.

Veja o alerta de Martinho Lutero: “Hoje em dia tem-se mais que ver com o casamento do que com todos os outros assuntos. [...] tenho observado muitos casais unirem-se em tão grande paixão que estavam prestes a se devorarem em amor, mas após uma metade de ano um fugiu do outro.”

Portanto, o caráter meramente recreativo de casais que apenas se preocupam apenas com entretenimento, passeios e troca de presentes, (por mais legal que tudo isso seja) em nada irá acrescentar no amadurecimento para encarar o grande desafio por vir. É tempo de fazer uma análise sincera de como você tem aproveitado seu namoro. De fato, tem sido priorizado o que realmente é importante? Olhe lá para frente e observe se aquilo que tem sido cultivado e aprendido no presente irá refletir positivamente no futuro. Se seu namoro aponta para um casamento centrado do ponto de vista bíblico. Não permita que ele se torne apenas um passatempo, cheio de diversões, mas desprovido de significado. Lembre-se que namorar é preparar-se diligentemente para a longa jornada que será trilhada junto de seu futuro cônjuge.


Chega de perder tempo!


Ericon Fábio
Fonte:UMP da Quarta

quarta-feira, 26 de março de 2014

Por que estudar ética?



por John Frame 

Devemos estudar ética pela seguintes razões, pelo menos:

Os servos de Jesus são aqueles que têm seus mandamentos e os guardam (Jo 14.21). Jesus repete isso várias vezes: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos" (Jo 14.15; cf. v. 21,23; 15.10; 1Jo 2.3-5; 3.21-24; 5.3). O "novo mandamento" de Jesus é "que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros" (Jo 13.34). O amor deve ser a marca da igreja, distinguindo-a do mundo: "Nisto conhecereis todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros" (v.35). Isso não quer dizer que somos salvos pelas obras, pela obediência ou por guardar os mandamentos. Significa simplesmente que, se desejamos ser discípulos de Jesus, devemos nos dedicar a fazer boas obras (Tt 3.8; cf. Mt 5.16; Ef 2.10; 1Tm 2.10; 5.10; 6.18; 2Tm 3.17; Tt 2.7,14; 3.14; Hb 10.24; 1Pe 2.12). Se temos de praticar boas obras, devemos saber quais obras são boa e quais são más. Portanto, precisamos estudar ética.

Um dos propósitos da Escritura é incentivar o comportamento ético. A conhecida passagem de 2Tm 3.16-17 afirma: "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra". Observe o foco ético aqui. Deus inspirou as palavras das Escrituras para que possamos ser treinados na justiça, a fim de que estejamos habilitados pra toda boa obra. Obviamente, a Escritura tem também outros propósitos. Muitos já enfatizaram que ela testemunha de Cristo, e ela faz isso (Lc 24.27; Jo 5.39). Mas a Escritura apresenta Cristo como aquele que nos qualifica para sermos luzes no mundo (Mt 5.14). Consequentemente, grande parte da Escritura é dedicada a definir e motivar nossas boas obras.

Em certo sentido, tudo na Bíblia é ético. Mesmo quando a Escritura expõe proposições doutrinárias, ela as apresenta como proposição que devem ser cridas. Esse dever é um dever ético. De fato, todo o conteúdo da Escritura deve ser crido e gerar ação. A Bíblia inteira trata de ética. E, é claro, a Bíblia não é apenas ética, mas também narrativa, e para compreender a história da redenção precisamos recorrer a tudo na Escritura. Então, toda a Bíblia é tanto narrativa quanto ética. Do mesmo modo, a Bíblia inteira é verdade doutrinária, sabedoria, evangelismo, apologética, e assim por diante. Porém, não teremos entendido a Bíblia até termos entendido sua ética.

Esse é outro modo de dizer, como fiz em DCD [1]que a teologia é "a aplicação da Palavra de Deus, pelas pessoas, a todas as áreas da vida". Qualquer estudo ou ensino da Bíblia é uma tentativa de responder às questões humanas e satisfazer necessidades humanas. Essas questões ou necessidades podem ser relativamente teóricas (p. ex., "Qual é o significado de ratzah no sexto mandamento?") ou relativamente práticas (p. ex., "Quando devo desligar os aparelhos que mantêm o meu pai moribundo com vida?"). Porém, são todas práticas no sentido de que lidam com questões e necessidades humanas. Nesse sentido, toda teologia é voltada para as pessoas para ajuda-las a pensar e a viver para a glória de Deus. Assim, toda teologia envolve ética. 

O estudo da ética é extremamente importante para nosso testemunho ao mundo.Vivemos numa era em que as pessoas estão muito preocupadas com a ética. Todos os dias a mídia traz à mente questões de guerra e paz, meio ambiente, poderes públicos, aborto e eutanásia, pesquisa genética, etc. Muitas pessoas parecem ter certeza das respostas a essas questões éticas. Porém, quando você investiga profundamente as posições delas, descobrirá que essa convicção é geralmente baseada em pouco mais que consenso partidário ou sentimentos individuais. Todavia, a Bíblia realmente nos dá uma base para julgamentos éticos: a revelação do Deus vivo. Portanto, as discussões sobre questões éticas abrem uma larga porta para o testemunho cristão. 

As pessoas estão muito mais dispostas a discutir ética do que provas teístas ou mesmo "argumentos transcendentais". Hoje em dia, a filosofia não é algo excitante; muitos não querem sequer ouvir testemunhos pessoais ou o simples evangelho. Mas eles se importam sobre o certo e o errado. Por isso, os cristãos que conseguem falar sobre ética de modo convincente têm uma grande vantagem apologética e evangelística.

É verdade que hoje muitos não querem ouvir esse testemunho. Eles consideram o cristianismo apenas uma posição "religiosa" e, consequentemente, algo que não deve ser discutido na esfera pública. No entanto, esse ponto de vista é completamente absurdo e essa irracionalidade precisa ser questionada. Por que posições religiosas devem ser excluídas do debate, especialmente considerando que posições seculares não têm conseguido apresentar uma base convincente para julgamentos éticos? Como demonstrarei neste livro, as principais correntes de pensamento dos séculos 20 e 21 faliram, confessadamente incapazes de fornecer qualquer base para distinção entre o certo e errado. Creio que muitas pessoas hoje estão famintas por respostas e desejosas de olhar até mesmo para posições religiosas para encontra-las.

Também argumentarei que toda ética é religiosa, mesmo quando tenta ser secular. No final, toda ética pressupõe valores definidos. Requer sujeição a alguém ou a algo que exige devoção e governa todos os pensamentos. Esse tipo de sujeição não se distingue da devoção religiosa, mesmo não envolvendo práticas litúrgicas. Portanto, a linha entre a ética religiosa e a secular é distinta; é arbitrário usar essa distinção para determinar quem está qualificado para participar de uma conversa sobre ética.

Porém, mais importante do que a habilidade de conversar sobre ética é a habilidade de viver seus princípios. Isso é verdade acerca do nosso testemunho ao mundo. As pessoas veem como vivemos. Mesmo cristãos que são desarticulados ou pouco eloquentes podem exercer um grande impacto por meio de suas ações. É isso que Jesus comenta acerca da importância das nossas obras para o nosso testemunho: "Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus" (Mt 5.16).

_______________
Nota:
[1] DCD: Doutrina do Conhecimento de Deus. São Paulo: Editora Cultura Cristã. 2012

***
Fonte: FRAME, John. A Doutrina da Vida Cristã. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2013. Pags. 30-32

terça-feira, 25 de março de 2014

Qual a Função dos Milagres do Novo Testamento? – R. C. Sproul

FuncaoDosMilagresDoNovoTestamento

Por que nós vemos tantos milagres acontecendo na época de Jesus? Nesse vídeo, R.C. Sproul desenvolve esse assunto nos explicando qual a diferença entre aqueles dias e os dias de hoje:
DVD_Do_Po_a_Gloria_detQuer você leia a Bíblia há anos ou esteja pouco familiarizado com o seu conteúdo, esta série panorâmica de R C Sproul irá ajudá-lo a ver o desenvolvimento geral do plano de salvação de Deus, do pó do Éden à glória da vida ressurreta no novo céu e na nova terra. Concentrando-se nos personagens, temas e eventos centrais da Escritura, Dr Sproul demonstra como o entendimento de tais tópicos pode vivificar a sua leitura bíblica.
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

Pastor Silas Malafaia comenta caso Petrobrás, critica “roubalheira” em empresas do governo e convoca cristãos: “Acorda povo de Deus”

O pastor Silas Malafaia usou seu perfil no Twitter para fazer críticas severas ao cenário político atual, por conta de mais um escândalo de mau uso do dinheiro público, desta vez na Petrobrás, com envolvimento direto da presidente Dilma Rousseff.
A polêmica, que ocupa o noticiário nacional, se dá porque à época em que Dilma era ministra das Minas e Energia do governo Lula e presidente do Conselho da Petrobrás, a estatal realizou a compra de uma petrolífera nos Estados Unidos por um valor muito acima do preço de mercado.
Malafaia fez um paralelo do cenário atual com casos envolvendo ações governamentais dos últimos 20 anos, e teceu críticas à linha de pensamento dos governos comandados pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
“Governo brasileiro se omite na questão da matança de inocentes pelo governo da Venezuela. Esqueci que ambos possuem mesmo viés ideológico. Nenhum país do primeiro mundo, o governo mantém controle acionário de empresas de petróleo, telecomunicação, aeroportos, mineração, etc. No Brasil controle de empresas pelo Estado só serve para roubalheira e moeda de favor político para se manter no poder. Não é só o PT, todos. Inclui PSDB, PMDB, etc… Os garotos novos não sabem como era a telefonia antes da privatização. Gente que vivia de aluguel de telefone, era caríssimo e restrito, fora a roubalheira nas estatais de telefonia. Se não tivesse a privatização, você ficaria horas no posto da telefônica aguardando sua vez”, escreveu o pastor, fazendo referência ao processo de modernização das telecomunicações no Brasil após as privatizações feitas pelo governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) durante o final da década de 1990.
O reino de Deus é pra ser estabelecido na terra e ñ no céu,ACORDA POVO DE DEUS!!!!! Vamos influenciar em todos os setores da sociedade.
— Silas Malafaia (@PastorMalafaia) 23 março 2014
O pastor Silas Malafaia usou sua já conhecida ironia para argumentar contra a política estatizante usada pelo governo petista para manter o controle de empresas que poderiam ser geridas pela iniciativa privada, o que a princípio, reduziria a corrupção no país: “O Brasil é mais esperto para manter estatais do que EUA, Canadá, Alemanha, França, Inglaterra, Itália, Suécia, Holanda, Japão, etc. Até a Rússia que era comunista, privatizou empresas. Cansados do modelo de estatais de governos comunistas que sempre foram os mais corruptos. O PT sempre combateu as privatizações, mas quando passaram a governar viram que estava certo, tanto é que estão privatizando aeroportos. Parabéns. Avisa a alguns que pensam que sabem: governos de países do primeiro mundo não mantém controle acionário, possuem ações de empresas estratégicas. Os petistas com vergonha mudaram o nome de privatização para concessão, que lindo! Me engana que eu gosto”, criticou.
Mediante as reações de quem lia suas publicações no Twitter, o pastor contra-atacou: “Não gostar de pastor é um direito, negar a verdade por causa disso é puro preconceito de ignorantes. Um outro ‘grande negocio feito por Dilma’, a compra de uma refinaria no Japão por 71milhões de dólares… Já investiram mais 200 milhões e [a empresa] vale 160. É incrível o preconceito e a mediocridade de alguns cristãos. Sou pastor e não deixei de ser cidadão. Leia Rm 13.7. Querem nos alijar… Dizem ser democratas, e o pior, alguns que dizem ser cristãos caem no jogo de ímpios que não suportam nossas convicções.Vou continuar a falar. Como pastor falo de qualquer assunto. A Bíblia é o único livro que você encontra os 4 pilares do conhecimento, teológico, filosófico, científico e o empírico. A Bíblia é uma pequena enciclopédia, encontramos todo tipo de assunto,inclusive o político. Deus, na Bíblia trata o homem como um ser biológico, sociológico, psicológico e espiritual. Alguns cristãos pensam que são exclusivamente espírito”, disparou Malafaia.
As críticas do pastor ao PT na esfera federal são constantes e bastante contundentes. Nas eleições de 2010, Malafaia apoiou o então governador José Serra (PSDB) na disputa contra Dilma Rousseff. Porém, no Rio de Janeiro, é aliado do senador Lindbergh Farias (PT), pré-candidato ao governo do estado.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+


O Deus de Maria

por 


Exposição do cântico de Maria - o Magnificat - no Evangelho de Lucas. Nesta mensagem tentei mostrar as razões pelas quais Maria engrandeceu a Deus e se alegou nele, ao entoar este cântico que revela um profundo conhecimento de Deus e de suas ações na história - e ela tinha, provavelmente, não mais do que 18 anos nesta ocasião. [Infelizmente, aos 26:22 o áudio deu problemas, mas ainda dá para acompanhar]. 



Apostolado no Brasil - Augustus Nicodemus



A palestra do Dr. Augustus Nicodemos versou sobre o movimento apostólico evangélico brasileiro e teve por base a pesquisa para um livro que o autor lança ainda este ano sobre o tema. Dr. Nicodemus versa sobre o uso do termo "apóstolo" desde a sua origem e os diferentes entendimentos dados ao conceito ao longo da história e os movimentos heréticos que algumas destas falácias iniciaram. A palestra culmina com a análise do presente fenômeno apostólico evangélico brasileiro.

Entre os pontos da palestra destacamos: "Verdadeiros Apóstolos", "A nova reforma apostólica", "Falsos apóstolos nos tempos da igreja primitiva", "Apóstolo não é um Dom", "Dominionismo", entre outros. Assista:


***
Fonte: Cultura Bíblica

Errata: pelo menos umas 3 vezes o Rev. Nicodemus fala "amilenismo" quando era para ser "pós-milenismo". Perceba que em 45:15, ele fala amilenista duas vezes. 

Via Bereianos
.

segunda-feira, 24 de março de 2014

MAR CALMO NUNCA FEZ BOM MARINHEIRO

Por Renato Vargens


Ninguém gosta de experimentar situações adversas não é verdade? Qual de nós sente prazer em encarar problemas? Ninguém obviamente, mesmo porque, se pudéssemos viveríamos a vida na mais absoluta tranquilidade. Contudo, Deus permite com que enfrentemos mares bravios a fim de que aprendamos a depender exclusivamente dele. 

Pois é, existem momentos na caminhada em que Deus permite com que tempestades venham sobre as nossas embarcações levando-nos a sensação de que devido a nossa fragilidade corremos o risco de naufragar. 

Caro leitor, talvez você esteja passando momentos extremamente difíceis em sua vida, é possível  que os ventos da insegurança estejam dando com impeto contra o seu "barco" trazendo-lhe a sensação de desespero total. Quem sabe você esteja experimentando situações onde a impressão que tem é de que nunca mais desfrutará de momentos alegres e felizes.

Prezado irmão, em meio ao mar bravio quero incentivá-lo a nutrir o coração de esperança, bem como da certeza de que o Deus o qual servimos está acima de tudo e de todos, e que como o sol ele continua brilhando acima de nuvens e tempestades.

Lembre-se: Deus é bom e é na tempestade que aprendemos a ser "bons" marinheiros.

Quem tem ouvidos para ouvir ouça!

 Pense nisso!

 Renato Vargens

Agostinho de Hipona: quem foi e como contribuiu para o correto entendimento das doutrinas cristãs?

.


Por Tiago Santos


Uma das grandes belezas e seguranças da teologia bíblica, histórica e ortodoxa é que falta-lhe originalidade. A boa teologia é derivada da Palavra de Deus nas Escrituras, a qual tem sua origem através da inspiração do Espírito Santo. A teologia que honra a Deus é aquela que submete-se à autoproclamada autoridade das Escrituras e que, portanto, mantém-se no limite daquilo que foi revelado por Deus e ensinado pelos profetas e apóstolos. Nesse sentido é que a teologia não é e nem deve ser original e é por isso que, desde o fechamento do cânon, a ortodoxia cristã atravessa os séculos, as culturas e os poderes deste mundo conta com uma impressionante unidade e coerência em suas doutrinas mais basilares e importantes. Seus grandes dogmas são derivados da Bíblia.

Isso não quer dizer, todavia, que a teologia não deva buscar profundidade e desenvolvimento. Em grande medida, o produto teológico que temos hoje  à nossa disposição, é fruto do labor criativo, zeloso e meticuloso empreendido por estudiosos da Palavra de Deus, ao longo da história. Então, se por um lado, no núcleo do que a fé cristã afirma hoje, do que a igreja cristã crê, estão aquelas doutrinas que foram cridas e ensinadas desde os apóstolos, por outro, os séculos de história cristã serviram para o desenvolvimento, aprofundamento, refinamento e apuração dessas doutrinas. Não há grandes novidades, mas houveram grandes progressões.

Agostinho, garimpeiro de Deus

Um desses homens de Deus, dotado de uma mente criativa e intenso desejo de cavar mais profundamente na Palavra de Deus e que ajudou a pavimentar o caminho das grandes progressões do pensamento teológico foi o africano Agostinho de Tagaste (354-430), bispo de Hipona.

Agostinho foi, provavelmente, o grande pensador cristão da Idade Média. Por quase dois mil anos sua produção teológica tem pautado os grandes debates do cristianismo e influenciado o pensamento e cultura do Ocidente. Do ponto de vista católico, Joseph Aloisius Ratzinger ratifica essa impressão, ao dizer: “Agostinho deixou uma marca profunda na vida cultural do Ocidente e de todo o mundo. Sua influência é vastíssima. (...) Raramente uma civilização encontrou um espírito tão grande, com ideias e formas que alimentariam gerações vindouras.”[1] A Reforma Protestante do século XVI, fundamental ao avivamento da fé e espiritualidade cristã, até então adoecida mortalmente pelo desvio teológico, corrupção e misticismo, deve a Agostinho o cerne de suas principais proposições, particularmente em questões como o pecado original, a graça de Deus, a salvação e a predestinação, além do exemplo de seu vigoroso ministério pastoral. O teólogo luterano Richard Balge, citando um colega, disse que: “Se Agostinho de Hipona tivesse vivido no tempo da Reforma, ele teria se juntado a Martinho Lutero”.[2] O teólogo presbiteriano B. B. Warfield, por sua vez, disse que “o sistema de doutrina ensinado por Calvino é somente o agostinianismo, conforme se vê em todos os demais reformadores. Pois, se a Reforma foi, do ponto de vista espiritual, um grande avivamento da religião, do ponto de vista teológico foi um grande reavivamento do agostinianismo”.[3] E o erudito batista Timothy George, ao falar da influência do pensamento agostiniano na Reforma, disse que “a linha principal da Reforma Protestante pode ser vista como umaaguda agostinianização do cristianismo.”[4]

Agostinho está do nosso lado

Os grandes representantes da Reforma do século XVI, Martinho Lutero, João Calvino, Martin Bucer, Philip Melanchton e tantos outros, encontraram na vigorosa teologia agostiniana fundamento tanto para o rompimento com ostatus quo da igreja romana como para afirmar a unidade do pensamento genuinamente cristão que remonta aos ensinos dos Pais da Igreja e dos Apóstolos. À guisa de ilustração, vejamos como o pensamento de Agostinho foi de grande importância para alguns dos reformadores mais destacados:

Martinho Lutero era um monge agostiniano e derivou dessa escola o tutano de sua própria teologia. A influência de Agostinho em Lutero, aliás, parece haver perpassado todas as fases de sua vida como teólogo. No prefácio da Theologia Germânica, obra do século XV redescoberta por Lutero e republicada por ele em 1516, ele reconhece o débito que tem com Agostinho, colocando seus escritos próximos dos escritos da própria Escritura. Em suas “conversas de mesa”, em 1532, Lutero disse: “No começo de minha carreira, como professor de teologia, eu não simplesmente lia Agostinho, mas devorava suas obras com voracidade”.[5] No prefácio de seus Escritos Latinos, de 1545 – um ano antes de sua morte – Lutero faz referência à obra O Espírito e a letra, de Agostinho, e diz que há muitas semelhanças em seu entendimento sobre a justiça de Deus. Seu companheiro e colega reformador, o teólogo Philip Melancthon, via Lutero, no contexto da Reforma, como uma “voz intercambiável com a de Agostinho; uma voz que renovava o ensino primitivo da igreja”.[6] 

Com João Calvino não foi diferente. A influência da teologia agostiniana também é bem evidente em toda sua carreira teológica.[7] Ele mesmo disse que “ficaria feliz em confessar toda sua fé pelas palavras de Agostinho”[8] e ainda fez uma famosa afirmação de aprovação, ao dizer: Augustinus totus noster est, isto é, que “Agostinho está do nosso lado”. O historiador Justo Gonzalez lembra que na principal obra de Calvino, as Institutas, “se manifesta um conhecimento profundo, não só das Escrituras, mas também de antigos escritores cristãos, particularmente Agostinho”.[9] Na última edição das Institutas, de 1559, encontram-se mais de 400 citações de textos de Agostinho. Calvino confiava mais na teologia de Agostinho do que em sua exegese, como se vê em vários de seus comentários bíblicos, particularmente seu comentário em Romanos, no qual ele critica a abordagem alegórica que muitas vezes Agostinho emprestava ao texto, mas, o fato é que esse eminente pai da igreja é uma grande fonte de inspiração e influência da produção teológica e pastoral de Calvino.

Martin Bucer, o reformador de Estrasburgo que teve papel vital na busca de unidade entre os demais reformadores, também apoiou-se em Agostinho para desenvolver muito de seu pensamento teológico. Num certo ponto, ele disse que tem “grande reverência por Agostinho”.[10] Em sua obra, Florilegium Patristicum, na qual reúne citações dos Pais da Igreja, encontram-se várias referencias às obras e pensamento de Agostinho. Também em sua obra sobre teologia pastoral, Sobre o Verdadeiro Cuidado das Almas, Bucer faz muitas referências ao trabalho pastoral e à teologia de Agostinho. Em seu comentário à epístola de Paulo em Romanos, de 1536, Bucer faz um grande esforço para aliar-se a Agostinho no tratamento que este faz dos textos do Antigo e Novo Testamento e até mesmo em suas noções sobre a justificação (declarada e transmitida). Ainda que Bucer estivesse pronto para discordar de Agostinho quando necessário, o fato é que ele viu em Agostinho uma voz de consonância com o corpo da reforma e alinhou-se à essa voz em algumas áreas vitais.

O período pós reforma também valeu-se do pensamento de Agostinho – seja diretamente, ou indiretamente pela influência dos próprios reformadores. Também as gerações sucessivas, todas elas têm sido, como notou Ratzinger, alimentadas pelas ideias e pensamentos deste gigante da fé. Ele é provavelmente o mais qualificado representante da igreja primitiva e permanece como uma das mentes mais importantes da história da fé cristã.

As Confissões

De tudo quanto Agostinho produziu, destaco aquela que muito provavelmente foi a sua principal obra: As Confissões. Trata-se de sua autobiografia, escrita em treze livros no curso de três anos,  entre os anos de 397 e 400. Há muito que se poderia falar sobre As Confissões e seus benefícios e virtudes. Eruditos e literatas, tanto da filosofia como da teologia, certamente já têm empreendido o papel de analisar as muitas riquezas dessa obra e extrair o sumo de seu rico conteúdo. Aqui queremos oferecer apenas um pequeno vislumbre dessa que permanece como uma das mais importantes obras literárias de todos os tempos.

Nela Agostinho empreende uma profunda investigação da própria alma, da sua fé e de sua sincera busca por Deus. Ele abre seu coração e, numa conversa dirigida a Deus, confessa seus pecados, dramas, angústias d’alma, frustrações e também sua luta pela verdade e sua luta com o próprio Deus.

Vemos, por exemplo, em As Confissões, uma verdadeira luta da mente e a sublime busca pela verdade, a qual Agostinho reconhece haver encontrado somente quando Jesus o encontrou:

Foi então que tuas perfeições invisíveis se manifestaram à minha inteligência por meio de tuas obras. Mas não pude fixar nelas meu olhar; minha fraqueza se recobrou, e voltei a meus hábitos, não levando comigo senão uma lembrança amorosa e, por assim dizer, o desejo do perfume do alimento saboroso que eu ainda não podia comer. [11]

Buscava um meio que me desse força necessária para gozar de ti, e não a encontrei enquanto não me abracei ao Mediador entre Deus e os homens, o homem Cristo Jesus, que está sobre todas as coisas, Deus bendito por todos os séculos, que chama e diz: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. [12]

Também vemos a luta da carne, a qual ele chama de luta com a luxúria: “Admirava-me de já vos ter amor e de não amar um fantasma em vez de Vós. Era arrebatado para vós pela vossa beleza, e logo arrancado de vós pelo meu peso. Este peso eram os hábitos da luxúria”.[13] Sua luta contra as tentações sexuais ainda é exemplificada pela famosa oração: “Senhor, dá-me a castidade e a continência, mas ainda não”.[14] Todavia, é preciso registrar, muitas vezes a culpa de Agostinho por conta de sua concupiscência tem levado muitos a acusarem-no de ter sido promíscuo. Mas talvez essa conclusão seja injusta, pois ele mesmo registra somente um caso amoroso, com uma concubina, mãe de seu filho Adeodato, mulher a quem muito amou, embora nunca tenha se casado com ela.

Ele ainda conta como Deus o alcançou e salvou e como ele passou a perceber a mão providente de Deus nas diversas fases de sua vida, além de ter uma noção mais plena e gozosa da beleza de Deus, depois de sua conversão. As Confissões também são uma expressão de adoração e uma declaração de amor e devoção a Deus e nela ele exalta a Deus louvando-o pela criação. Num certo ponto, ele confessa:

Tarde te amei, Beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Eis que estavas dentro de mim, e eu lá fora, a te procurar! Eu, disforme, me atirava à beleza das formas que criaste. Estavas comigo, e eu não estava em ti. Retinham-me longe de ti aquilo que nem existiria se não existisse em ti. Tu me chamaste, gritaste por mim, e venceste minha surdez. Brilhaste, e teu esplendor afugentou minha cegueira. Exalaste teu perfume, respirei-o, e suspiro por ti. Eu te saboreei, e agora tenho fome e sede de ti. Tocaste-me, e o desejo de tua paz me inflama.” [15]

De tudo o mais, um aspecto muito sublime de suas Confissões, que se alteia como um fator presente em toda narrativa, é a noção de que é Deus quem vem ao encontro do homem para alcançá-lo e salvá-lo. Talvez a expressão que melhor exemplifica essa realidade na experiência de Agostinho, seja a oração que ele repete algumas vezes no curso de suas confissões: “Dai-me o que ordenais, e ordenai-me o que quiserdes” (Da Quod Iubes et Iube Quod Vis). Esta oração causou arrepio no grande rival de Agostinho, Pelágio, que via nela uma afronta ao livre arbítrio do homem, o qual, Pelágio cria, nascia reto e tinha em si mesmo a capacidade de obedecer ou rejeitar a Deus. Mas Agostinho entendeu – e essa oração assim o demonstra – que somente a graça de Deus e o poder do Espírito, atuando no interior do homem, é que pode levá-lo ao próprio Deus. É Deus quem dá causa à fé, ao amor, à devoção e à obediência e é por isso que ele pede: concede-me o que ordenais, isto é, capacita-me, Senhor, para o que queres. Em outra obra sua, ele pergunta: “Que nos ordena Deus em primeiro lugar, e com mais insistência, senão que acreditemos nele? Ora, é precisamente esta graça que ele nos concede”.[16]

Por que ler Agostinho?

Em nossa breve tradição protestante no Brasil, a reação ao catolicismo romano tem, não raras vezes, rejeitado muito dos símbolos, tradição, produção teológica, proponentes da fé que são, normalmente, associados à Roma. Assim, não é incomum alguma desconfiança do leitor mais desavisado, porém sincero e zeloso, quando se fala no proveito que temos pela leitura e aprendizado com aqueles que estejam ligados à tradição romana. Mas essa reação muitas vezes é exagerada e mais emocional do que justa. Muito do que é rejeitado é herança da cristandade, da fé cristã na história e de imenso proveito para os cristãos hoje. Faríamos bem em, ao contrário dessa tendência, resgatar e valorizar esse rico legado.

Em Agostinho, particularmente, há muito que aprender – como fizeram também nossos pais reformadores e toda tradição cristã nesses últimos dezessete séculos.

E há muito o que ler de Agostinho. Dentre os Pais da Igreja, seus escritos são os mais abundantes. A história de sua vida e sua obra foram catalogados pelo cuidadoso trabalho de seu biografo e contemporâneo Possídio, que escreveu aVita Augustini e indexou nela o Indiculos, que elencava e reproduzia suas principais obras. São centenas de homilias e cartas ainda preservadas e várias obras filosóficas e teológicas que, conforme coloca Ratzinger, “são de importância fundamental, não só para o cristianismo, mas para a formação de toda cultura ocidental”. [17]

Em seus escritos, temos um tesouro de sabedoria que pode fazer muito bem ao povo de Deus, se lido com discernimento. É claro que Agostinho teve os seus limites e cometeu seus equívocos. Mas encontramos nele uma mente brilhante e um coração radiante, que ardia por amor a Deus, como pouco se vê em nossos tempos. Temos nele um esforço diligente para submeter todas as coisas à revelação. Suas Confissões, aliás, são a grande prova disso. Foi somente quando a Escritura falou que sua obstinada busca pela verdade cessou. A partir desse ponto, ele passa a ser um estudioso da verdade contida nas Escrituras. Conforme colocou Solano Portela, em uma conversa que tivemos sobre o bispo de Hipona, “Agostinho cavou nas Escrituras em busca da verdade; a Reforma fez o mesmo; Calvino continuou cavando e olhando com mais clareza as Escrituras; nós temos de fazer o mesmo. Igreja Reformada sempre se reformando é isso”.

Em Agostinho, temos uma impressionante profundidade teológica, assertividade e firmeza doutrinária, intensa devoção a Deus, inquestionável respeito ao texto bíblico e genuína preocupação pastoral. Essas qualidades são um grande estímulo para o estudante de teologia, particularmente, mas também para todo cristão sincero que busca agradar a Deus e viver neste mundo vil e cheio de perigos - especialmente diante dos muitos desafios enfrentados pela fé cristã de nossos tempos, em que os valores deste mundo são difusos, em que há uma crise de conteúdo e substância de fé e onde os homens - e, surpreendentemente, até mesmo uma ala do cristianismo - suspeitam dos dogmas e afirmações da Palavra de Deus e da ortodoxia cristã. Em Agostinho temos a junção de vida vigorosa e doutrina robusta. Isso faz dele um campeão da fé.

Mais uma vez, Ratzinger oferece um útil insight sobre a obra de Agostinho:

Em seus escritos [Agostinho] o encontramos vivo. Quando leio os escritos de Santo Agostinho, não tenho a impressão que se trata de um homem morto há mil e seiscentos anos, mas sinto-o como um homem de hoje: um amigo, um contemporâneo que me fala, que fala a nós com sua fé vigorosa e atual. Nele vemos a atualidade permanente de sua fé. Fé que vem de Cristo, Verbo Eterno encarnado, Filho de Deus e Filho do homem. E podemos ver que essa fé não é de ontem, mesmo tendo sido pregada ontem; é sempre de hoje, porque Cristo é realmente ontem, hoje e para sempre. Ele é o caminho, a verdade e a vida. Assim nos encoraja Agostinho a confiarmos neste Cristo sempre vivo e encontrar nele o caminho da vida. [18]

Que saibamos aproveitar a sinceridade da jornada de Agostinho de Hipona em busca da verdade, a criatividade de sua teologia, a beleza de sua devoção a Deus, o vigor de seu exemplo e testemunho, a firmeza de sua fé.

_______________ 
Notas:
[1] Bento XVI. Os Padres da Igreja (Campinas, SP: Eclesiae, 2012) p. 183-184
[2] Richard D. Balge, Martin Luther, Agostinian (artigo publicado em http://www.wlsessays.net/files/BalgeAugustinian.pdf), acessado em novembro de 2013.
[3] Benjamin Breckinridge Warfield, John Calvin: the man and his work (The Methodist Review, Outubro de 1909).
[4] Timothy George. Teologia dos Reformadores (São Paulo, SP: Edições Vida Nova, 2004), p.76.
[5] Martinho Lutero. Luther Works, LI, xviii.
[6] Peter Fraenkel, Testimonia Patrum: The Function of the Patristic Argument in the Theology of Philip Melanchthon (Genebra: Droz, 1961), p. 32.
[7] Recomendo a leitura do artigo de S. J. Han: An Investigation into Calvin’s use of Augustine (http://www.ajol.info/index.php/actat/article/viewFile/52214/40840), Acessado em novembro de 2013.
[8] Paul Helm. Apud em N. R. Needham, The Triumph of Grace (London: Grace Publication, 2000), p.8
[9] Justo Gonzalez, A Era dos Reformadores (São Paulo, SP: Edições Vida Nova, 2004), p.112.
[10] Basil Hall, Martin Bucer: Reforming Church and Community, ed. D. F. Wright (Cambridge, UK: Cambridge Press, 1996), p. 150.
[11] Agostinho, Confissões (São Paulo, SP: Editora Nova Cultural, 1999), p. 185.
[12] Ibidem, p. 192.
[13] Ibidem, p. 190.
[14] Ibidem, p. 214.
[15] Ibidem, p. 285.
[16] Agostinho. Confissões. Nota de J. Oliveira Santos, apud, De Bono Perseverantiae: Quid vero nobis primitus et maxime Deus iubet, nisi ut credamus in Eum? Et hoc ergo ipse dat (São Paulo, SP: Nova Cultural, 1999), p. 286.
[17] Ratzinger, Padres da Igreja, p. 201.
[18] ibidem, p. 193.

***
Sobre o autor: Tiago Santos é bacharel em direito e mestrando (M.Div) em Teologia Sistemática pelo CPAJ da universidade presbiteriana Mackenzie. É membro da Igreja Batista da Graça onde auxilia como pregador e professor de teologia. É o editor e o diretor acadêmico do Curso Fiel de Liderança, ambos na Editora Fiel, tendo exercido ministério pela Editora Fiel em Portugal, Moçambique, Angola e EUA. É o diretor pastoral e professor do Seminário Martin Bucer, em São José dos Campos, SP. É fellow do Jonathan Edwards Study Center de São Paulo, SP, articulista e escritor de textos teológicos.

Fonte: Revista Fé Para Hoje Edição Nº40
.

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *