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sexta-feira, 7 de março de 2014

A Perseverança do Verdadeiro Crente

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Por Anthony Hoekema


Provavelmente, a passagem mais difícil sob esse subtema, seja a de Hebreus 6.4-6:

"É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tomaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia."

À primeira vista parece que as pessoas descritas aqui eram verdadeiros crentes que caíram. Grant R. Osborne, comentando essa passagem, diz o seguinte: "Não há descrição mais detalhada do crente verdadeiro em todo o Novo Testamento".

Outros, porém, a interpretam de maneira diferente. John Owen, em seu comentário sobre Hebreus, oferece quatro razões pelas quais as pessoas aqui descritas (tomando como se realmente existissem, e não casos meramente hipotéticos) não eram verdadeiros crentes: (1) Não há menção à sua fé. (2) A despeito do que se diga delas, não se diz que foram regeneradas, santificadas ou que foram feitas filhos de Deus. (3) Elas são comparadas, no verso 8, à terra que produz espinhos e abrolhos, prontas para serem queimadas. (4) Elas são distintas dos verdadeiros crentes nos seguintes pontos: (a) o autor diz aos seus leitores: "Quando a vós outros, todavia, ó amados, estamos persuadidos das coisas que são melhores e pertencentes à salvação" (v. 9); (b) ele atribui aos seus leitores o amor que evidenciaram para com o nome do Senhor e no serviço aos santos (v. 10), enquanto não atribui obra alguma aos apóstatas; (c) ele assegura aos seus leitores da sua preservação da fé na base da justiça de Deus (v. 10) e da natureza imutável do propósito de Deus (v. 17-18), ainda que essa preservação não ocorra à parte de sua própria diligência (v. 11-12). Na verdade, a própria da esperança como a âncora da alma, no verso 19, ressalta poderosamente a segurança do verdadeiro crente. Pois, que valor tem uma âncora que não segura?

Eu acrescento ao comentário de Owen a referência a Hebreus 7.25, passagem que já consideramos neste capítulo: "Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles". Temos aqui, logo no capítulo seguinte da epístola, uma descrição do crente verdadeiro. Um verdadeiro crente, diz o autor de Hebreus, é alguém por quem Cristo, o sumo sacerdote eterno, intercede sempre, que o salva totalmente e para sempre. É possível que quem escreveu essas palavras não poderia sequer imaginar que as pessoas descritas em 6.4-6 fossem cristãos autênticos - pessoas que tenham realmente "vindo a Deus por meio de Cristo" e pelas quais Cristo continua intercedendo?

As reais dificuldades da passagem, porém, dizem respeito, primeiro, ao significado das diversas frases usadas nos versos 4 e 5 para descrever essas pessoas. Aqueles que ensinam que os crentes verdadeiros podem cair, as interpretam como descrevendo os frutos da verdadeira fé. À luz do contexto, porém, essa não pode ser a interpretação certa.

F. F. Bruce sugere que "foram iluminados" (v. 4), talvez se refira ao batismo dessas pessoas, já que no século 2º o batismo era frequentemente chamado de "iluminação". Mesmo que não aceitemos essa interpretação, não encontramos particular dificuldade aqui, já que as pessoas descritas no texto foram obviamente iluminadas pelo evangelho.

"Provaram o dom celestial." Bruce vê aqui uma referência à Ceia do Senhor. Essa é uma interpretação possível. Essas palavras podem também se referir às bênçãos espirituais do cristianismo. Essas pessoas tiveram uma mostra das bênçãos durante os anos de associação com o povo de Deus.

"Participaram do Espírito." A chave para essas palavras, creio, é encontrada em 10.9, onde lemos sobre o homem que "ultrajou o Espírito da graça", profanando e desprezando as bênçãos recebidas. Se for assim, ele ter tido algum contato com o Espírito Santo. Ter "participado do Espírito", portanto, pode ser interpretado como significando que essas pessoas experimentaram certas operações do Espírito que, não obstante, rejeitaram. Podemos pensar nisso em relação ao pecado contra o Espírito Santo descrito em Mateus 12.31-32.

"Provaram a boa palavra de Deus" (v. 5). Essas pessoas ouviram a palavra de Deus e provaram sua bondade, mas nunca a aceitaram plenamente.

"E os poderes do mundo vindouro." Aqui pensamos em sinais maravilhosos que indicaram que "a era porvir" estava presente. Em 2.3-4, lemos que a mensagem do evangelho foi confirmada por aqueles que ouviram o Senhor, "dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres e por distribuições do Espírito Santo, segundo a sua vontade". A palavra aqui traduzida como "milagres" (dynameis) é a mesma palavra traduzida como "poderes" em 6.5. Esses milagres ou poderes foram provados pelas pessoas descritas no capítulo 6. Elas viram milagres surpreendentes acontecer - e ainda assim caíram. Lembramos as palavras de Jesus sobre pessoas que não somente testemunharam milagres, mas mesmo realizaram-nos, às quais ele diria no fim dos tempos: "Apartai-nos de mim, os que praticais a iniquidade" (Mt 7.23).

A outra dificuldade maior diz respeito ao significado da frase "É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram (...) e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento". O grego traz palin anakainizein eis metanoian, "renovar outra vez para arrependimento". Essas palavras, à primeira vista, dão a impressão de que as pessoas referidas no trecho, alguma vez já haviam se arrependido, mas, agora, tendo perdido esse arrependimento, não podem ser renovados nele. Se essa fosse a interpretação correta, teria sido realmente provada a falsidade da doutrina da perseverança dos verdadeiros crentes.

O verdadeiro arrependimento, porém, é descrito na Bíblia "para a vida" (At 11.18), para o perdão dos pecados (Mc 1.4), e para a salvação (2Co 7.10). De conformidade com o prevalecente testemunho do Novo Testamento, as palavras "outra vez" implicam que o arrependimento das referidas pessoas não pode ter sido genuíno. Teria sido apenas uma profissão exterior de arrependimento, comparável à fé temporária descrita em Lucas 8.13.

Considere outra vez o que o autor de Hebreus disse que faria. Não lançaria de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas que conduzem à morte, e da fé em Deus (6.1 ). Já fizemos isso antes, o autor prossegue, e não precisamos fazê-lo de novo. No seu caso (dos leitores da epístola, presumidamente crentes), é desnecessário lançar de novo o fundamento. No caso daqueles que foram iluminados e caíram, é inútil lançar outra vez o fundamento. Por isso era impossível renová-los outra vez para arrependimento. Nós, seus líderes espirituais, uma vez os levamos ao que pensamos ser uma profissão de fé e arrependimento; mas agora é óbvio que essa profissão não foi sincera. Agora eles foram além do ponto em que uma profissão externa de arrependimento é possível.

Encontramos uma passagem semelhante em Hebreus: 10.26-29, onde se lê nos primeiros dois versos: "Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários". Esses aqui retratados têm sido obviamente instruídos na fé cristã, mas retrocederam de um compromisso externo com a verdade cristã. Para eles não há possibilidade de perdão, mas somente uma "expectação horrível de juízo". Muitos intérpretes entendem essas palavras como descrição do "pecado sem perdão". Mas pode um verdadeiro crente cometer esse pecado? Pode um crente cair do Deus vivo (Hb 3.12)? Outra vez, à luz de Hebreus 7.25, a resposta é Não!

Finalmente, consideramos uma passagem da segunda epístola de Pedro:

"Portanto, se, depois de terem escapado das contaminações do mundo mediante o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, se deixam enredar de novo e são vencidos, tomou-se o último estado pior que o primeiro. Pois melhor lhes fora nunca tivessem conhecido o caminho da justiça do que, após conhecê-lo, volverem para trás, apartando-se do santo mandamento que lhes fora dado" (2Pe 2.20-21).

Estamos aqui de novo considerando pessoas que tiveram algum conhecimento de Cristo e do caminho da justiça, mas se enredaram de novo na corrupção do mundo e voltaram suas costas à lei de Deus - tanto que, diz Pedro, tornaram-se piores do que antes. Foram essas pessoas verdadeiramente crentes? Era seu conhecimento de Cristo um conhecimento verdadeiro e salvador? Não há indicação no texto de que fossem verdadeiros crentes. Além disso, antes, nessa epístola, Pedro descreveu os crentes como aqueles que associam à fé, a virtude, o conhecimento, o domínio próprio, a perseverança, a piedade, a fraternidade e o amor, assegurariam sua vocação e eleição; e acrescenta a promessa: "não tropeçareis em tempo algum" (2Pe 1.5-11). Na sua primeira epístola, como já vimos, o mesmo autor disse que os verdadeiros crentes não só têm uma herança que nunca perece, como são guardados ou preservados pelo poder de Deus mediante a fé, até a chegada da salvação pronta para ser revelada no último tempo (1Pe 1.3-5). Não é óbvio que aqueles descritos em 2Pedro 2.20-21 não cabem nessa descrição?

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Fonte: Trecho extraído do livro do autor Salvos pela Graça. Cultura Cristã, págs 243-246.

Via Bereianos

CARTA DE CAMPINA GRANDE


Na noite de encerramento do 16º Encontro para a Consciência Cristã, nesta terça-feira (04), todos os 32 preletores do evento lançaram um documento, a “Carta de Campina Grande”. Nele, os palestrantes reafirmam e reasseguram o seu compromisso com o genuíno Evangelho de Cristo, sua defesa e sua pregação por todo o Brasil e todo o mundo.

Confira a carta, na íntegra:

CARTA DE CAMPINA GRANDE

Nós, membros da igreja de Jesus Cristo, participantes do 16º Encontro para a Consciência Cristã, celebramos a comunhão que desfrutamos como povo de Deus, unidos ao redor do evangelho de Cristo.

No início deste século e milênio a igreja evangélica brasileira tem enfrentado imensos desafios e inesperadas oportunidades. O crescimento numérico das denominações evangélicas tem sido notório, levando-nos à plena convicção de que o Deus Todo-Poderoso tem salvado um número incontável de pessoas para a glória do seu Nome. Entretanto, é possível constatar que uma parcela significativa do evangelicalismo brasileiro tem abandonado o compromisso com o evangelho ensinado por Cristo.

Lamentavelmente, um tipo crasso de religiosidade popular tem prevalecido na mídia e na proliferação de templos e denominações, causando escândalo para a fé cristã e distanciando as pessoas que mais necessitam do poder transformador do evangelho. Ao mesmo tempo, muitas igrejas têm se omitido no cumprimento da Grande Comissão, deixando-se influenciar por um avançado processo de secularização. Crescem por oferecer entretenimento e não por fazer discípulos radicalmente comprometidos com Cristo. Pensadores evangélicos antes consagrados à proclamação do evangelho da Salvação Eterna hoje pronunciam-se publicamente rompendo com as convicções que um dia defenderam. Os líderes já não são mais vistos como referências de espiritualidade e integridade, mas como embusteiros, que exploram a credulidade do povo, enriquecendo ilicitamente. Nesse cenário, muitas igrejas conservadoras, ainda que mantendo fidelidade às doutrinas evangélicas fundamentais, mantêm-se apáticas em relação ao desafio missionário e à tarefa de influenciar a sociedade como sal da terra e luz do mundo.

Por outro lado, vemos um país sucumbindo diante da corrupção sistêmica, da violência generalizada, da desagregação familiar, do abandono dos valores cristãos, da desigualdade social e de práticas ocultistas.

Diante dessa realidade, oramos por um avivamento espiritual em terras brasileiras. Não um avivamento de emocionalismo e misticismo, que não produz transformações duradouras, mas um que, como ocorreu em outros lugares e outros tempos, proporcionou a conversão verdadeira de milhares e até milhões de pessoas, chegando a mudar o rumo de nações. Para demonstrar nosso compromisso com o avivamento da igreja brasileira, nós declaramos juntos:

NÓS CREMOS NO EVANGELHO

O evangelho de Jesus Cristo é a boa notícia da salvação graciosa de Deus somente pela fé em Jesus Cristo. Nós não compactuamos com as grandes distorções da mensagem cristã, ensinadas por grupos que, em sua essência, exploram a credulidade do povo e buscam o enriquecimento ilícito em nome do evangelho. De acordo com as Escrituras, esses são lobos vorazes, mercadores da fé, charlatães. Sua existência não nos surpreende, pois, desde o início, Jesus e os apóstolos nos alertaram contra suas práticas.

O evangelho de Cristo exalta Deus que, em sua santidade, justiça e amor, oferece ao ser humano caído salvação através do sacrifício redentor de Cristo, o Messias prometido, o Filho de Deus. Afirmamos que ninguém pode ser justificado por suas obras, pois todos pecaram e distanciaram-se da glória de Deus. Somente pela fé em Cristo como Senhor e Salvador, o ser humano é salvo dos seus pecados e transformado em nova criatura.

NÓS PROCLAMAMOS O EVANGELHO

A missão principal da igreja é glorificar a Deus, proclamando o evangelho e fazendo discípulos de todas as nações.

Reconhecemos que a igreja foi chamada para proclamar o evangelho em sua inteireza, mas nos recusamos a vinculá-lo a ideologias políticas ou agendas de ambições pessoais. Cremos que o evangelho deve ser proclamado nos termos e ênfases do evangelho, não nas circunstâncias mutáveis da sociedade. Nós proclamamos o evangelho em sua totalidade, sem omitir seus aspectos essenciais como a justiça e a santidade de Deus, a culpa do ser humano, a salvação somente pela fé, a ressurreição dos mortos, o julgamento final, o céu e o inferno. Nós proclamamos o evangelho a todas as pessoas, independentemente de raça, nacionalidade, sexo, religião ou condição social. Cremos que todas as pessoas precisam ouvir o evangelho em sua própria língua e cultura, de forma contextualizada, que tenham a oportunidade de ser discipuladas e fazer discípulos, formando igrejas locais autóctones comprometidas com o pleno ensino do Reino de Deus, fazendo da proclamação do evangelho um estilo de vida.

Nós repudiamos mensagens que substituam o evangelho de Cristo por conteúdos humanistas de autoajuda, que promovam um misticismo desvinculado das Escrituras e transformem Deus em um negociador de bênçãos.

NÓS DEFENDEMOS O EVANGELHO

Desde os seus primórdios, o ensino de Cristo esteve sob o ataque de crenças e filosofias hostis à mensagem da salvação pela graça mediante a fé. Somos chamados a lutar diligentemente por essa fé que nos foi entregue de uma vez por todas, estando preparados para dar razão da esperança que existe em nós e vigiando contra lobos vorazes que não poupam o rebanho. A defesa da fé faz parte essencial da missão da igreja enquanto ela proclama o evangelho de Cristo. Nós rejeitamos o evangelho do relativismo pós-moderno, do ateísmo militante, do secularismo pragmático, do liberalismo teológico, das seitas e cultos, do nominalismo religioso, de todas as ideias e ideologias que se levantam contra ou pretendem substituir o evangelho de Cristo. Nós afirmamos nossa plena convicção na existência de Deus, em sua revelação objetiva e inerrante através das Escrituras, na singularidade de Cristo e na realidade da eternidade. Nós defendemos o evangelho com amor, sabedoria, compaixão e firmeza, sem qualquer contemporização, visando a conversão dos perdidos e a proteção daqueles que crêem, na firme convicção de que o próprio Jesus edificará sua igreja e a portas do inferno não prevalecerão contra ela.

NÓS NOS COMPROMETEMOS A VIVER À LUZ DO EVANGELHO

Mártires, reformadores, avivalistas através da história têm assumido o absoluto compromisso com o evangelho. O maior apelo para a veracidade do evangelho é o testemunho de vidas radicalmente comprometidas com ele. Nós nos comprometemos a viver de forma digna do evangelho de Cristo como indivíduos, discípulos, profissionais e cidadãos, recusando-nos a ceder ao materialismo, ao relativismo e à corrupção, aceitando carregar a cruz de Cristo como prioridade absoluta do testemunho do evangelho de Cristo. Como cidadãos do reino de Deus, assumimos o compromisso de, na dependência da graça de Cristo, viver o poder transformador do evangelho em todas as suas dimensões. Diante da corrupção generalizada e do relativismo moral na sociedade brasileira, nós estamos prontos para assumir as plenas implicações éticas e morais do evangelho, não somente na esfera da igreja, mas também da sociedade: educação, trabalho, política, economia, cultura.

NÓS ORAMOS PELO PROGRESSO DO EVANGELHO

Reconhecemos que, sem a intervenção soberana e sobrenatural de Deus, não veremos o verdadeiro progresso do evangelho. Esforços humanos produzem resultados humanos. Através da história, o evangelho tem impactado nações pelo poder do Espírito Santo. Embora o Brasil nunca tenha experimentado um avivamento espiritual de grandes proporções, nós nos comprometemos diante de Deus a orar por esse avivamento, na expectativa de uma transformação radical no curso de nossa nação através da igreja do Senhor, cheia do Espírito Santo, vivendo a plenitude do evangelho.

NÓS NOS UNIMOS PELO EVANGELHO

Dizemos não a uma união que compromete a essência do evangelho de Cristo. Não cremos que todos os caminhos levam a Deus, pois Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Não cremos que todas as instituições ditas cristãs de fato seguem a Cristo, pois muitas afirmam o nome de Cristo sem conhecê-lo. Mas afirmamos sim nosso compromisso de unidade com todos aqueles que abraçam o evangelho de Cristo, como nos foi transmitido por Jesus e seus apóstolos. Ao mesmo tempo, reconhecemos que as verdades essenciais, comuns a todos os evangélicos herdeiros da Reforma, podem nos unir não institucionalmente, mas como corpo vivo de Cristo, que, na sua diversidade, cumpre a sua missão. Desejamos ser a resposta a oração de Cristo quando ele orou para que fôssemos um. Nós nos unimos pela proclamação do evangelho a todas as nações.

Assim, confiantes na graça de Deus, assumimos este compromisso diante de Deus e de seu povo para vermos em nossa nação brasileira um poderoso progresso do evangelho de Cristo.

Subscrevemos,

Pr. Euder Faber Guedes Ferreira (Coordenador do 16º Encontro para a Consciência Cristã) 
Pr. Jorge Noda (ILEST/PB) 
Pr. Renato Vargens (ICA/RJ) 
Dra. Norma Braga (IPB/RN) 
Pr. Paul Washer (Heart Cry/EUA) 
Pr. Hernandes Dias Lopes (IPB/ES) 
Dr. Russell Shedd (IB/SP) 
Pr. Augustus Nicodemus (IPB/SP) 
Pr. Ronaldo Lidório (IPB/AM) 
Dr. Heber Campos Jr. (IPB/SP) 
Pr. Jonas Madureira (IB/SP) 
Pb. Solano Portela Neto (IPB/SP) 
Prof. Adauto Lourenço (IPB/SP) 
Pr. Joide Miranda (MEI/MT) 
Pr. José Bernardo (AMME/SP) 
Pr. Geremias Couto (AD/RJ) 
Prof. Ricardo Marques (IBC/CE) 
Pr. Joaquim de Andrade (CREIA/SP) 
Miss. Gleydice Bernardes (ACEV/PB) 
Miss. Socorro Teles (IPB/PB) 
Pr. Robson Tavares (ICNV/PB) 
Pb. José Mário (IPB/PB) 
Pr. Luiz Vieira (ICNV/PB) 
Pr. Valter Vandilson (ICD/PB) 
Pr. José Américo (IB/PB) 
Pr. José Pontes (IN/PB) 
Miss. Joyce Clayton (Inglaterra) 
Profª. Janeide Andrade (OBPC/PB) 
Miss. Edna Miranda (MEI/MT) 
Miss. Rosali Melo (IC/PB) 
Dra. Paumarisa Vieira (IPB/PB) 
Pr. Weber Alves (ICES/PB) 
Jorn. Josué Sylvestre (AD/PR) 

Fonte:Púlpito Cristão

quinta-feira, 6 de março de 2014

Como é a vida dos cristãos nos países mais opressores ao Evangelho


Imagine caminhar para o estudo da Bíblia, sempre olhando por cima do seu ombro para garantir que não está sendo seguido. Imagine-se nos preparativos para ir à igreja, sabendo que cerca de 300 igrejas foram atacadas no seu país recentemente

North Korea Christian.jpg
Imagine saber que não só você, mas seus pais, seus filhos e seus netos foram condenados a viver em um campo de prisioneiros, porque a sua fé em Jesus foi descoberta.

Estes pensamentos nunca passam por nossas mentes quando pensamos em nossa vida como cristãos no Brasil; não temos medo de termos a nossa fé revelada e corrermos o risco de sofrermos graves consequências por causa disso. Mas esta é a realidade de muitos cristãos ao redor do mundo.

Você sabe qual é a sensação de se viver nos piores lugares do mundo, como cristão? Para descobrir, dê uma olhada nos dez primeiros países da Classificação da Perseguição Religiosa 2014:

1. Coreia do NortePelo 12º ano consecutivo, de todos os países do mundo, a Coreia do Norte é o lugar onde a perseguição cristã é mais extrema. A adoração obrigatória ao presidente Kim Jong-Un e seus antecessores não deixa espaço para qualquer outra religião. Forçados a cultuar ao verdadeiro Deus somente em segredo, os cristãos não se atrevem a compartilhar sua fé, nem mesmo com suas famílias. Qualquer um que for descoberto em atividade religiosa secreta está sujeito à prisão, tortura e até mesmo execução pública.

2. Somália
Líderes islâmicos e funcionários do governo afirmam publicamente que não há lugar para os cristãos na Somália. O grupo extremista islâmico Al-Shabaab tem como alvo os cristãos; relatos oficiais dos últimos anos indicam que pelo menos 10 fiéis foram mortos pelo grupo. Os cristãos muitas vezes escondem sua fé uns dos outros por medo de traição.

3. SíriaÀ medida que o conflito civil na Síria se agrava, a violência dirigida contra os cristãos também tem aumentado significativamente. Muitos cristãos têm sido sequestrados, fisicamente agredidos ou mortos, e muitas igrejas têm sido danificadas e destruídas. Em outubro do ano passado, extremistas islâmicos invadiram o antigo povoado cristão de Sadad, matando pelo menos 45 pessoas e ferindo outras mais.

4. Iraque
Grupos terroristas islâmicos têm aumentado em número com o objetivo de livrar o país dos cristãos. De acordo com uma fonte local, a cada dois ou três dias um cristão é morto, sequestrado ou abusado.

5. Afeganistão
O país continua instável, e os grupos extremistas islâmicos continuam a ganhar poder. O cristianismo é considerado uma religião "ocidental" e aqueles que deixam o Islã enfrentam pressões da família, da sociedade e das autoridades locais. Um político afegão recentemente anunciou sua pretensão de executar todos os convertidos ao cristianismo. Não há igrejas públicas.

6. Arábia SauditaA prática aberta de qualquer outra religião que não seja o Islã é proibida e a conversão para outra religião é punível com morte. Em 2013, diversas reuniões de oração de migrantes cristãos foram invadidas pela polícia, e muitos fiéis foram detidos e deportados. Apesar disso, um número crescente de muçulmanos tem vindo a Cristo.

7. MaldivasSer um cidadão maldivo significa ser muçulmano. Assim, oficialmente não existem cristãos nas Maldivas, somente cristãos expatriados. A lei proíbe a conversão para outras religiões, e aqueles que o fazem perdem sua cidadania. Não há igrejas e os poucos cristãos que existem têm de esconder a sua fé.

8. Paquistão
As famosas leis de blasfêmia do Paquistão continuam a ter consequências devastadoras para os cristãos. Mulheres e meninas são particularmente vulneráveis, e agressões sexuais contra menores de idade cristãs continuam a ser relatadas.

9. IrãDesde o alerta de Ali Khamenei, em 2010, da influência crescente e do número das igrejas domésticas no Irã, o tratamento aos cristãos piorou de maneira rápida e significativa. Por meio de serviços de monitoramento, o regime tenta destruir aqueles que evangelizam, prendendo convertidos, banindo cultos na língua local, farsi, e fechando algumas igrejas. Mesmo assim, o Evangelho continua a se espalhar.

10. IêmenNo Iêmen há certa liberdade religiosa para os estrangeiros, mas o evangelismo é proibido e os iemenitas que deixam o Islã podem enfrentar a pena de morte. Os cristãos de origem muçulmana estão sob vigilância constante de extremistas e são forçados a se encontrarem em segredo.

Saiba maisClassificação da Perseguição Religiosa 
Perfis de países 
Perguntas frequentes
FontePortas Abertas EUA
TraduçãoAna Luíza Vastag

A doutrina inibe o agir do Espírito?

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Por Paulo Ribeiro


Hoje, ouvi de uma pessoa - muito simpática, atenciosa e certamente seguidora de Cristo - o seguinte comentário a respeito de um culto por que participamos durante a manhã: "Aqui há uma boa valorização da Palavra e da doutrina, mas a liturgia é muito 'fechada' e o Espírito Santo não tem liberdade para agir" (parafraseando). Estávamos em uma paróquia protestante.

Essa declaração me fez recordar as inúmeras semelhantes que já ouvi, geralmente, de irmãos carismáticos. "Este culto é muito mecânico", "tanta doutrina atrapalha o agir do Espírito Santo", "aqui não há espaço para o Espírito trabalhar", etc. Mas será que essas declarações estão corretas à luz da Escritura? Será que tais afirmações são portadoras de uma compreensão acurada sobre o Espírito de Deus, sobre a instrumentalidade da Palavra e sobre a teologia do culto? A resposta é: não. E eis algumas razões que justificam meu parecer.

Primeiramente, Deus é um ser todo-poderoso. Ele é onipotente. Nada e ninguém pode limitá-lo, cerceá-lo, restringi-lo, manietá-lo, conduzi-lo, impedi-lo, atrasá-lo ou influenciar sua operação de qualquer maneira, em qualquer nível. Isaías 46.10 diz: "... Meu propósito permanecerá em pé, e farei tudo o que me agrada.", e no v. 11 completa: "Do oriente convoco uma ave de rapina; de uma terra bem distante, um homem para cumprir o meu propósito. O que eu disse, isso eu farei acontecer; o que planejei, isso farei.". E Deus diz, em Isaías 43.13: "Agindo eu, quem o pode desfazer?”. Diante desses poderosos testemunhos bíblicos e, lembrando que o Espírito Santo é Deus, resta ainda algum espaço para defendermos uma posição na qual o Espírito - o próprio Deus - está limitado por alguma situação em particular? É claro que não! Como poderia o Deus criador de todas as coisas, inclusive da nova vida aos pecadores espiritualmente mortos, ver-se "limitado" por qualquer coisa? Uma obra muito mais difícil de ser concebida pela mente humana, a de dar nova vida a pessoas mortas em seus pecados e delitos (Ef 2.1), nós conseguimos aceitar pela fé, por que não haveríamos de aceitar o fato de que nada pode impedir e nem mesmo dificultar a operação do Santo Espírito de Deus? Segue-se que o Espírito opera quando quer, como quer, independentemente de nossa permissão [1]. Liturgias mais elaboradas e menos "intuitivas" não restringem o agir do Espírito Santo de maneira alguma. Nem circunstancialmente nem ontologicamente o Espírito do Senhor é ou pode ser limitado.

Em segundo, a Palavra de Deus, bem como a doutrina por ela revelada são os principais e maiores instrumentos de santificação do qual o Espírito se vale para operar nos corações e mentes dos regenerados. Jesus, em João 15.3 diz:"Vocês já estão limpos, pela palavra que lhes tenho falado". O texto de Efésios 6.17 nos diz que a Palavra é a espada do Espírito, o instrumento empregado por Ele. A segunda carta de Pedro diz: "Dessa maneira, ele nos deu as suas grandiosas e preciosas promessas, para que por elas vocês se tornassem participantes da natureza divina e fugissem da corrupção que há no mundo, causada pela cobiça"(1.4); e sabemos que as mencionadas promessas, neste contexto, são figuras para toda a Palavra de Deus. Pedro também diz: "Agora que vocês purificaram a sua vida pela obediência à verdade..." (1Pe 1.22); lembrando também que a verdade objetiva só pode ser encontrada na Escritura Sagrada, como revelação especial de Deus para nós. Portanto, uma conclusão é inevitável aqui: a Palavra de Deus não somente NÃO atrapalha o agir do Espírito Santo como, justamente ao contrário, o consolida e torna eficaz. Um crente só é santificado pela instrumentalidade da Palavra sob a operação do Espírito. Um crente só é aperfeiçoado na consciência do evangelho mediante a Palavra de Deus, que imprime significado e promove contraste objetivo na interpretação dos fatos e conceitos. Logo, a carga doutrinária de um culto está diretamente ligada às possibilidades de transformação VERDADEIRA de caráter nas pessoas. Um culto repleto de atividade musical, manifestações emotivas e participações livres e espontâneas podem agradar a uns que carecem de uma maior "interatividade", por assim dizer, mas não são eficientes para a operação de santificação dos salvos e, portanto, não podem ser considerados como verdadeiros cultos a Cristo. Uma verdadeira e transformadora reunião precisa ser, do início ao fim, pautada e imbuída na Palavra do Senhor, com forte conteúdo doutrinário e sólido ensino na sã doutrina.

Portanto, voltando à afirmação de que um culto bem organizado liturgicamente e fundamentado no ensino inibe o agir do Espírito Santo, concluímos que tal assertiva é deveras equivocada. Com efeito, essas características não apenas não podem limitar a operação do Espírito Santo como são os verdadeiros conduintes da ação santificadora da Terceira Pessoa. Correndo o risco de me repetir, reafirmo algo em que venho insistido: não existe vida espiritual à parte da Escritura como ferramenta de aperfeiçoamento empregada pelo Espírito.

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Notas

1. O fato de o Espírito Santo ser soberano em seu agir não significa que não exista ummodus operandi passível de identificação em suas operações, segundo a Escritura. Deus é absolutamente soberano, porém, revelou a nós as formas usuais pelas quais opera.

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Consciência Cristã encerra com público recorde e presenças internacionais


Na última noite Paul Washer expôs mensagem sobre obra redentora de Cristo; Parque do Povo recebe 15 mil pessoas na noite de encerramento.
por Jussara Teixeira

Consciência Cristã encerra com público recorde e presenças internacionaisConsciência Cristã encerra com público recorde e presenças internacionais
O último dia do 16º Encontro Para a Consciência Cristã fechou com a mensagem eloquente do pastor e missionário norte-americano Paul Washer, que falou sobre a certeza da salvação do cristão pela obra redentora de Cristo Jesus. No decorrer do evento, o missionário confidenciou sua vontade de retornar ao encontro em anos posteriores, e mostrou sua surpresa para com a excelência na estrutura e organização e na recepção de tantas pessoas. Para ele, que viaja o mundo ministrando em diferentes continentes, nunca encontro algo semelhante, com o mesmo nível de complexidade, nas dezenas de países que visita anualmente.
Segundo levantamentos preliminares, 15 mil pessoas estiveram no Parque do Povo nos diferentes recintos. “A expectativa inicial de 70 mil pessoas foi largamente superada. Sem dúvida, tivemos uma das edições mais memoráveis de nosso encontro, muitas pessoas foram edificadas e nome de Jesus foi divulgado”, comentou o pastor Euder Faber, coordenado geral do evento, que ocorreu de de fevereiro e 4 de março.
O Consciência Cristã, todos os anos, acontece com a união e apoio de diversas denominações, desde batistas e presbiterianos até assembleianos e congregacionais. “É um encontro único nesse sentido. Conseguimos suprimir nossas diferenças e nos engajar na causa do Evangelho genuíno”, completa Faber.

Multidão

O ápice do evento foram as ministrações de Paul Washer, quando o local conhecido como Representação do Tabernáculo Bíblico, no Parque do Povo, em Campina Grande (PB) ficou completamente lotado, com adolescentes chegando a ocupar o tablado onde fica o púlpito.
Todos os recintos foram amplamente visitados, desde os stands da 2ª Feira do Livro da Consciência Cristã (FELICC), passando pelo restaurante, praça de alimentação e recintos dos 17 eventos paralelos que ocorreram em prédios próximos ao Parque do Povo.
Consciência Cristã

Tema Central

O tema central do evento este ano foi “Aviva a tua Obra, Ó Senhor”, assunto esmiuçado pelos diversos preletores. De acordo com o reverendo Augustus Nicodemus, da Igreja Presbiteriana de Santo Amaro, “o avivamento depende da soberania de Deus, e uma vez que ele ocorre, o mundo é impactado por seus efeitos”

Sobre o Consciência Cristã

Campina Grande (PB) abriga há 15 anos o Encontro para a Consciência Cristã, um evento essencialmente voltado ao desenvolvimento da igreja e à propagação dos valores cristãos entre toda a sociedade. Ao longo de suas edições, ganhou força e notoriedade não só no cenário nordestino, mas nacional e internacionalmente, sempre apresentando líderes e temas da mais alta relevância para o meio cristão.
A participação intensa do público contribuiu significativamente para o crescimento do encontro, e todos os anos, a VINACC realiza levantamentos e pesquisas com o foco em aprimorar e oferecer a melhor organização, visando ainda a seleção de líderes e preletores que fazem a diferença para o meio evangélico.
Fonte:gospelprime

Em que sentido a vontade é livre?

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Por R. K. Mcgregor Wright


Os arminianos querem que a vontade seja livre de interferência externa. Frequentemente eles dizem que, em particular, Deus nunca atropela o nosso livre-arbítrio. Essa liberdade das causas externas é suposta para salvaguardar a nossa integridade e assegurar a nossa responsabilidade. Mas o que se entende por isso — que a vontade é livre de causação? Muitas vezes, esse problema, é contornado dizendo-se que a vontade é “auto-causada”. Isso não significa que a vontade cria a si própria, mas que seus movimentos de escolher o curso de uma ação sobre outro são automotivados e espontâneos. A vontade é auto-movida em resposta ao que a mente conhece e pode causar tanto a ação em resposta às influências ou igualmente a resistência a elas. A vontade é livre para seguir ou resistir a qualquer que seja a opção que a mente lhe apresente.

O problema mais sério aqui é que esse tipo de espontaneidade é indistinguível do acaso. Precisamos apenas perguntar: “O que faz com que a vontade escolha um caminho e não outro?”. Se ela não é causada, ela é puramente acaso. Se ela é causada para agir, então ela não é livre de causação. Não faz diferença para este argumento se a causa é interna para a personalidade ou se afeta de fora; contudo, visto que os arminianos estão oferecendo o livre-arbítrio como uma categoria de explicação sobre como os seres humanos funcionam, eles são obrigados a decidir sobre o que eles querem dizer por “livre”. Se eles admitem que as ações da vontade são causadas, eles escorregam para algum tipo de determinismo, mas se eles não admitem que a vontade seja causada, eles ficam num dilema pior, que esboçaremos agora em três partes.

Em primeiro lugar, os acontecimentos do acaso não podem ser a essência do caráter. Quando dizemos que as pessoas possuem um “bom caráter”, queremos dizer que elas são pessoas moralmente predizíveis — que elas podem ser confiáveis para fazer o que é certo, mesmo que estejam sob forte influência para fazer o que é errado. Uma pessoa que age ao acaso, cujas decisões morais não podem ser distintas dos acontecimentos meramente fortuitos, não somente possui um “mau caráter”, não sendo confiável, mas de fato pode não possuir um caráter discernível. Uma personalidade totalmente ao acaso seria indistinguível de uma personalidade desintegrada ou insana. Em outras palavras, se a vontade é meramente espontânea em suas ações, caráter algum poderia ser formado.

Em segundo lugar, a menos que as ações da vontade estejam diretamente presas ao caráter, como podemos ser considerados responsáveis pelas nossas ações? Como pode uma pessoa ser considerada responsável por acontecimentos do acaso? Se os atos da vontade não são causados de modo que eles sejam realmente manifestações do caráter, como eles podem ser minhas ações mais do que o resultado do tirar a sorte com uma moeda? O fato é que não podemos ser considerados responsáveis por um acontecimento do acaso, simplesmente porque não exercemos nenhuma influência causal. Eu posso ser considerado responsável por tirar a sorte com uma moeda, visto que eu provoquei a queda da moeda, mas eu não posso ser responsável por fazê-la cair de um lado ou de outro. Em outras palavras, a verdadeira ideia de responsabilidade depende da causação. Portanto, a teoria do livre-arbítrio destrói a responsabilidade em vez de apoiá-la. O caso imaginário que vem a seguir é pertinente.

Lord Bertrand Russell, viveu como ateu a sua vida inteira desde os 14 anos de idade, até a sua morte, em 1970, aos 98. Com frequência, ele debateu e escreveu contra o cristianismo. Suponha que ele chegue ao juízo final com o seguinte argumento: “Agora, eu percebo que estava errado a respeito de não haver nenhum Deus, mas eu não vejo como tu podes mandar-me para o inferno. Afinal de contas, tu me criaste com um livre-arbítrio e nunca fizeste qualquer esforço para que eu evitasse agir de acordo com os seus ditames. Este livre-arbítrio tem sido sempre autônomo de qualquer causação anterior e de teu controle particular. Embora eu tenha pensado frequentemente que talvez fosse melhor se o meu livre-arbítrio tivesse agido de acordo com o meu intelecto, algumas vezes ele o fez, mas outras não. De fato, ele não parece agir segundo qualquer padrão. Pelo fato de que ele é uma causa não-causada de minhas ações, ele parece fazer todas as coisas ao acaso, sendo, portanto, imprevisível. Eu não tive nenhum real controle sobre ele, visto que tu o criaste autônomo. Simplesmente eu não sou responsável pelos acontecimentos fortuitos que eu não posso controlar ou prever. Como podes tu enviar-me para o inferno por causa de ações surgidas de um livre-arbítrio que, pelo fato de ele ser livre, não está também sob o meu controle?”. Deixaremos aos arminianos a tarefa de encontrar a solução para esse problema.

Terceiro, a pergunta a ser enfatizada é: como pode uma vontade puramente espontânea (automovida) dar início a uma ação? Se a vontade é “neutra” e não predeterminada para agir de um modo ou de outro, o que faz com que ela aja? Se ela parte do neutro, como ela pode sair desse centro morto? Se é dito que a vontade é “induzida” ou “levada” ou “influenciada” para agir, devemos insistir que essas são meramente palavras para diferentes tipos de causação.  Somos novamente forçados a enfrentar o problema do que realmente se quer dizer pela vontade ser livre de causação. Ou ele age puramente por acaso, ou parece que não o faz de maneira alguma. Isso, naturalmente, destrói totalmente a possibilidade de crescimento em santidade, que foi uma preocupação especial dos arminianos posteriores.

Há outros problemas associados com o que “influência” realmente significa. A persuasão moral e o argumento baseado na razão são causas da ação ou da direção da vontade? Alguns evangelistas arminianos seguem Finney na crença de que a vontade pode e deve ser movida à fé em Cristo pelo uso do raciocínio e dos exemplos morais. Portanto, eles fazem o uso total das evidências e usam outros argumentos apologéticos para convencer o pecador a crer, arranjando histórias morais e frequentemente emocionais para induzir a vontade à fé. O livre-arbítrio é, aparentemente, ainda capaz de fazer uma escolha livre entre a crença e a incredulidade.

Mas se a vontade age porque é convencida pela razão e induzida pela emoção ou pelo exame moral, como isso realmente difere de ser causada por um ato ou manipulação exterior? Se é objetado que ela ainda age livremente quando as evidências lhe são apresentadas (i.e., as persuasões não foram causais), por que as evidências e as razões são ainda necessárias? Seria melhor deixar a vontade autônoma decidir por si mesma, sem ser influenciada por qualquer momento. De fato, parece que, mesmo o fato de apenas ouvirmos um argumento seria uma ameaça explícita à nossa autonomia, à nossa neutralidade moral. Se eu sou dominado ou empurrado por um argumento, decidindo ir com a correnteza, o empurrão se torna uma causa da minha direção — o argumento causou a minha escolha. O fato de que eu cooperei não faz nenhuma diferença para o fato da causação.

A Bíblia deixa claro em muitas passagens que a vontade não é moralmente neutra. Em Romanos 14.23, Paulo conclui a sua explicação da razão pela qual nós sempre devemos agir de acordo com a nossa consciência declarando que “tudo o que não provém da fé é pecado”. Para Paulo, todos os movimentos morais brotam do princípio da fé ou, à revelia, da carne — meros atos da natureza pecaminosa. Portanto, não pode haver tais ações moralmente neutras, incluindo os atos da vontade. Em Hebreus 11.6, é-nos dito, de modo semelhante, que “sem fé é impossível agradar a Deus”, mas isso parece novamente levar à conclusão de que todos os atos humanos são ou não motivados pela fé. Jesus diz no evangelho de João que qualquer que não crê “já está julgado”, e que se uma pessoa continua a rejeitar Cristo, “permanece a ira de Deus [continuamente] sobre ele” (3.18, ênfase minha). Isso não é o mesmo que dizer que a situação do pecador é neutra até que ele decida por Cristo, mas que ela já está estabelecida — cada pessoa é justificada ou está presentemente debaixo de condenação. Como pode haver qualquer território de neutralidade moral num universo criado por um Deus justo?

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Fonte: A soberania banida, R. K. Mcgregor Wright. p.49-52
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terça-feira, 4 de março de 2014

As sutilezas do mundo

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Por Rev. Felipe Camargo


Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo (Cl 2.8).

Em “Cartas do inferno”, C. S. Lewis conta uma história fictícia de um Diabo mais velho ensinando seu sobrinho a fazer um cristão se desviar do caminho do Senhor. Na primeira carta o experiente “Tio” avisa que o melhor meio de afastar alguém da igreja e de Deus é usar jargões ou frases bonitas que parecem com verdades, mas que no fundo não passa de mentiras. É exatamente sobre isso que Paulo está preocupado no versículo acima, ou seja, filosofias e vãs sutilezas que afastam os servos de Deus da verdade revelada na Palavra de Deus.

Infelizmente, estamos cercados de filosofias e pensamentos que parecem até fazer certo sentido! Há inúmeras “frases de efeito”, ditados populares e filosofias de vida que acabamos aceitando como verdade. Nem sequer nos preocupamos em examinar se essas ideias estão de acordo com a Palavra de Deus, mas, simplesmente concordamos! Basta olhar quantas frases temos em nossa página do Facebook de pessoas que não temem ao Senhor. O triste é que temos muita facilidade em concordar com esses que possuem a “sabedoria do mundo”, mas quando somos deparados com a verdade de Deus dizemos: “não acho que é bem assim”.

Concordamos com ímpios, idólatras, viciados, espíritas, adúlteros, entre outros, mas temos dificuldade em aceitarmos a verdade de Deus. Aceitamos como verdade as filosofias que artistas passam na televisão, ou que os professores ensinam nas escolas, ou que nossos colegas e amigos nos afirmam, ou tradições impostas pela família. Mas, e o que a Bíblia nos ensina? Será que não conseguimos entender que a sabedoria do mundo é louca? Ou que Deus destruiu a sabedoria do mundo e aniquilou a inteligência dos instruídos? (1ª Co 1.19-20).

Será que estamos tão cegos que não conseguimos ver as armadilhas que estamos caindo todos os dias? Será que estamos tão surdos que não ouvimos a voz de Deus nos alertando sobre as redes do engano? O pior é que apesar dos avisos, só percebemos a armadilha quando estamos dentro dela. Portanto, as palavras de Paulo devem servir como um grande alerta para nós. Não sejamos como crianças agitadas sendo levada por qualquer “sabedoria” do mundo. Quem você vai ouvir?


Por todos os lados encontramos filosofias e tradições que o mundo tenta impor sobre nós. Nem precisamos ir muito longe para isso, basta ligarmos a televisão ou conversarmos com colegas e amigos. Isso foi o que tratamos na última pastoral. Pensando ainda mais sobre o assunto, precisamos entender que há outras formas de sermos enganados por essas filosofias e tradições. Nem sempre esses enganos vem através de ímpios, mas se aproxima também com aparência de “santo”.

Para entender melhor isso precisamos lembrar-nos das exortações de Jesus quanto aos falsos mestres! Precisamos também lembrar que Satanás ao tentar Adão e Jesus ele usou frases da própria Palavra de Deus (de maneira distorcida). O alerta de Paulo em Colossenses não era só daquilo que ouvimos fora da igreja, mas também daquilo que ouvimos de alguns que  fingem ser cristãos.

Nem todo aquele que se denomina pregador da Palavra vem em nome do Senhor. Não são poucos os programas televisivos que se dizem evangélicos, mas, na verdade, divulgam uma mensagem enganadora e que não é bíblica. Portanto, o primeiro grande alerta que faço aqui é de tomamos cuidado com aquilo que ouvimos. Nem sempre aquele que usa a Bíblia para pregar está de fato pregando o que a Bíblia diz. São momentos como este que o lobo se veste de cordeiro para enganar os filhos de Deus.

Há, também outras formas de cairmos nesta cilada. Um exemplo disso é quando usamos frases e pensamentos que se tornaram comum no meio da igreja e que não é a verdade de Deus. Por causa disso acreditamos em promessas que Deus nunca fez e fazemos o que Deus não ordenou. As vezes essas ideias chega através de músicas “evangélicas”. O motivo disso é porque essas “filosofias evangélicas” falam de coisas que nos agradam. 

Mais uma vez devemos nos perguntar quem queremos ouvir, se a Palavra de Deus ou os rudimentos deste mundo disfarçados de sagrado. Não podemos ser como crianças agitadas por todo vento de doutrina. Não podemos cair nas armadilhas destes que disfarçam a mentira com uma roupagem evangélica. 

“As pessoas não são tão ruins assim!” “O errado não é tão ruim!” “Isso é verdade para você e não para mim”. Essas são algumas frases que ouvimos constantemente e que muitas vezes aceitamos sem perceber. Os filmes tem sido campeões em divulgar a ideia de que o mal às vezes é bom. Recentemente tem surgido uma “nova modalidade de monstros”. Antigamente, aquilo que tinha aparência de mal era o mal e ponto! Hoje existe uma série de filmes onde os bruxos também são bons e heróis! Vampiros que até então eram seres das trevas, não podia se aproximar da luz, cruz ou algo que fosse “sagrado”, mas hoje eles são os mocinhos, se apaixonam e nem tem mais aquela cara de malvado. Ogros que sempre foram vilões agora são heróis das crianças como o Shrek e os vilões são a fada madrinha e o príncipe encantado! 

Não estou dizendo que assistir esses filmes seja o pecado. O grande problema é aceitarmos essas coisas como normal e assimilarmos as mensagens por trás da história. Afinal, é uma mensagem que não está só nestes filmes. Uma mensagem que na verdade não é tão nova assim, mas sempre aparece em nosso meio com novas faces. A mensagem é que todo mal tem um pouco de bondade e tudo que é bom tem um pouco de maldade. Se isso fosse verdade, o que não é, teríamos que admitir que até Cristo tinha um pouco de maldade dentro dele.

No Antigo Testamento Deus havia estabelecido leis sobre aquilo que era puro e aquilo que era impuro. O objetivo central era preparar o povo de Deus para saber discernir aquilo que é mal e aquilo que é bom! Esse ensino não deve ser esquecido, afinal, pecado é pecado e não deve ser praticado. Devemos lançar fora tudo aquilo que desagrada a Deus por mais que tenha uma cara agradável. 

O grande problema não são os filmes, mas a filosofia do mundo que entra em nossa igreja. Repare como temos facilidade para achar defeitos em tudo aquilo que se refere à Deus e como conseguimos destacar coisas “boas” daquilo que é contrário à Palavra de Deus. Salomão diz que “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte”. Não sejamos enganados, afinal, estreita é a porta que leva a vida eterna e larga e espaçosa a porta que leva à perdição. “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele.” Não importa o que seja dito, o errado nunca será bom!

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- Sobre o autor: Felipe Camargo é Pastor da Igreja Presbiteriana do Estoril no Riacho Grande, São Bernardo do Campo em SP. Formado em Teologia no Seminário JMC, mestrado em Divindade (M.Div), com habilitação em Pregação e cursando Mestrado em Antigo Testamento no Centro de Pós Graduação Andrew Jumper.

Adolescentes morrem afogados em retiro evangélico


Um deles entrou no lago para pegar uma garrafa e se afogou, o segundo tentou socorrer o amigo e também foi levado pela correnteza
por Leiliane Roberta Lopes

Adolescentes morrem afogados em retiro evangélicoAdolescentes morrem afogados em retiro evangélico
Dois adolescentes morreram afogados em um sítio na cidade de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, nesta segunda-feira (3) pela manhã.
As vítimas são Maikon Lislitm, 15 anos, e Franco Michelisa, 16 anos, que participavam de um retiro evangélico na Instância Dom Raul.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros os adolescentes participavam de uma gincana promovida pela coordenação do acampamento quando o acidente aconteceu.
A atividade pedia que os participantes resgatassem duas garrafas que estavam próximas ao lago da chácara. Uma dessas garrafas se desprendeu e foi levada pela correnteza. Um dos jovens resolveu entrar no lago para recuperar o objeto e se afogou. O segundo jovem, vendo seu colega se afogando, também entrou no lago e acabou morrendo. Com informações Catve.TV.
A tragédia aconteceu por volta das 6h30 e os responsáveis precisaram chamar o socorro. Os corpos foram retirados do lago e encaminhados ao Instituto Médico Legal de Curitiba. O nome da igreja responsável pelo retiro não foi divulgado.
Fonte:gospelprime

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