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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Isaque e Rebeca: Base para Viver Juntos sem Casar?

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Por Rev. Augustus Nicodemus Lopes

Alguns queridos amigos têm apelado para o episódio do encontro de Isaque com Rebeca como base para sua posição de que, na Bíblia, o casamento é a decisão de duas pessoas de se unirem diante de Deus e terem relações sexuais. Não precisa de cerimônia pública, compromisso formal, testemunhas, pais, parentes, autoridades, etc. A passagem é esta aqui:

Isaque conduziu-a até à tenda de Sara, mãe dele, e tomou a Rebeca, e esta lhe foi por mulher. Ele a amou; assim, foi Isaque consolado depois da morte de sua mãe” (Gen 24:67).

O argumento é que o casamento de Isaque e Rebeca foi simplesmente terem tido relações na tenda, sem nenhuma formalidade.

Acho que mexeram com o versículo errado... como sempre, texto fora do contexto é pretexto. É só ler o capítulo 24 de Gênesis todo para se perceber que na verdade, quando Isaque e Rebeca se encontraram e foram para a tenda, eles já eram casados.

Explico.

Abraão manda seu servo ir até a casa de seus parentes na Mesopotâmia para de lá “tomar uma esposa” para seu filho Isaque (Gn 24.4). Para isto, ajuramentou o servo, que foi como seu representante, ou procurador (Gn 24.2-4 e 8-9). Naquela época os casamentos eram geralmente arranjados pelos pais e por vezes se usava a figura de um representante legal. Aliás, até hoje, é possível casar por procuração.

O servo-procurador foi, orando para que Deus mostrasse quem seria a esposa para Isaque (Gn 24.12-14). Quando ficou claro que era Rebeca, o servo-procurador lhe entregou presentes, que já apontavam para um pedido oficial de casamento (como alianças de noivado, por exemplo), e pediu para conhecer a família dela (Gn 24.22-26).

A família era composta da mãe e do irmão Labão, que era o patriarca da família (o pai havia morrido), o que naquela época significava aquele que fazia o papel do líder religioso e civil. É só verificar o episódio mais adiante, em que ela casa as suas duas filhas, Lia e Raquel, com Jacó (Gn 29).

Voltando ao relato... Diante da mãe e do irmão de Rebeca, o servo-procurador fez a proposta de casamento, repetindo a missão que lhe fora dada: achar uma esposa para Isaque (Gn 24.28-49). Houve a permissão da mãe e do irmão (Gn 24.50-51) e em seguida perguntaram a Rebeca: “queres ir com este homem?”, ao que ela respondeu “irei” (Gn 24.57-58) – algo bastante parecido com “você aceita este homem como seu legítimo esposo?” – “sim, aceito”. E não faltou nem bênção: Labão, como patriarca da família, abençoou Rebeca na saída (Gn 24.60 – a frase “és nossa irmã” sugere que foi Labão quem deu esta bênção).

Mais casados do que isto, impossível.

Portanto, quando depois da longa viagem Rebeca encontra Isaque, e o servo-procurador relata tudo o que aconteceu (Gn 24.61-66), quem Isaque leva para a tenda para ter relações sexuais é sua legítima esposa, e não uma jovem que ele havia encontrado vagando pelo campo.

Portanto, o episódio Isaque-Rebeca é, na verdade, mais uma evidência de que o casamento em Israel não era simplesmente ir para uma tenda ter relações.

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domingo, 27 de outubro de 2013

Mackenzie investe R$ 20 milhões em centro de estudos de material ultrarresistente


MARCELO LEITE
DE SÃO PAULO

A Universidade Presbiteriana Mackenzie está desembolsando R$ 20 milhões, em uma prova de que instituições de ensino superior privadas podem e devem fazer pesquisa. Pesquisa com "p" maiúsculo: o maior investimento com recursos próprios do país, na fronteira dos novos materiais.
Os R$ 20 milhões vão para construir o prédio e contratar cientistas para o MackGraphe (Centro de Pesquisas Avançadas em Grafeno, Nanomateriais e Nanotecnologia), pioneiro desse campo no Brasil.
A obra do edifício de seis andares e 4.230 m² de área útil já começou no campus da rua Consolação. Como não havia espaço para mais nada no quarteirão superlotado, um prédio inteiro foi demolido para dar lugar ao novo.
No centro de tudo está o material produzido pela primeira vez em 2004, que deu em 2010 o Prêmio Nobel de Física a Andre Geim e Konstantin Novoselov, da Universidade de Manchester.
É uma folha cristalina de átomos de carbono organizados em forma hexagonal, com apenas um átomo de espessura. Empilhadas em inúmeras camadas, compõem o grafite que recheia os lápis.
Esfoliada do grafite --o que pode ser feito até com fita adesiva--, a película transparente e flexível é também o material mais resistente que se conhece.
O grafeno tem propriedades ópticas e elétricas bem exóticas. Elas incendeiam a imaginação de físicos e engenheiros, a ponto de eles falarem numa revolução tecnológica. Cabos de fibra óptica para transmitir dados com velocidade até cem vezes maior que a atual estão entre as aplicações com que eles sonham para o grafeno.
Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress
CINGAPURA-SÃO PAULO
A Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) também aposta no MackGraphe. Mais precisamente, R$ 9,8 milhões, para custear equipamentos, materiais e bolsas de estudo --e criar condições para repatriar, por três meses ao ano, o brasileiro Antonio Helio de Castro Neto.
Castro é o diretor do Centro de Pesquisa de Grafeno na Universidade Nacional de Cingapura. Em matéria de estudos sobre o tema, seu instituto --com 232 dos mais de 10 mil artigos publicados até maio de 2011-- só perde para a Academia de Ciências da China (440 trabalhos).
O brasileiro foi decisivo para o MackGraphe brotar do chão com rapidez.
Foi após uma visita a Cingapura organizada pelo físico Eunézio Antônio de Souza, o Thoroh, que o reitor do Mackenzie, Benedito Guimarães Aguiar Neto, decidiu turbinar a pesquisa com o novo material e criar o centro para integrar trabalhos de químicos, engenheiros de materiais e especialistas em dispositivos optoeletrônicos de telecomunicações.
"Ficamos impressionados com a visibilidade que [o grafeno] daria para o Mackenzie", diz o reitor.
A viagem a Cingapura ocorreu em janeiro de 2012. Em dezembro, o prédio que deu lugar para o MackGraphe estava demolido. O centro será aberto até julho de 2014.
"Além da excelência científica, [Castro Neto] já mobilizou várias de suas conexões internacionais para apoiarem as atividades no MackGraphe", afirma Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp.
Antonio Helio de Castro Neto elogia, desde Cingapura, a "atitude visionária" do reitor Aguiar Neto. "Esperamos que seja um primeiro passo para o Brasil ficar competitivo numa área de pesquisa de ponta."
Fonte:uol.com.br

“Orientações às Jovens quanto à Carreira – Parte 2″ por Ana Carolina Oliveira


mae e filhos
Ainda não leu a Parte 1? Leia aqui.
Exclusivamente Dona de Casa?
Vemos que a mulher virtuosa de Provérbios 31 fazia trabalhos manuais de fiar e tecer, habilidades que eram muito admiradas na época. Além de atender os de casa com seu labor, tinha diligência suficiente para também comercializar os bens que produzia e obter um bom lucro financeiro com isso (vs. 13-18). A mulher cristã pode continuar a exercer seus talentos, mesmo casada e com filhos, porém dois avisos aqui são importantes:
Primeiro, devemos atender os de dentro de casa como prioridade. Nossa família deve estar plenamente atendida e satisfeita com nossas atividades no lar. Se sobrar um tempo, podemos então exercer outras atividades que atenderão os de fora de casa;
Segundo, a renda da mulher pode ser ótima, mas não deve ser necessária ou essencial para sustentar o lar. A responsabilidade da provisão é do homem (Gn 3.17-19, Ef 5.25-29, Tm 5.8).
Ainda quanto à questão da mulher virtuosa que tinha lucro com seu trabalho, fazendo um paralelo com Tito 2.5 no aspecto de ser boa dona de casa, vemos uma abordagem bem equilibrada de Andreas Köstenberger: “Isso significa que as mulheres devem ficar ‘confinadas’ em casa? De jeito nenhum. A ordem para as mulheres se concentrarem no chamado doméstico não significa limitá-lo a casa. Como deixa claro passagens semelhantes a Provérbios 31, as mulheres participarão de uma grande variedade de atividades a partir do lar, como base, e assim serão grande bênção para seu marido e seus filhos”.
A mulher cristã recém-casada deve decidir juntamente com o seu esposo se irá ou não desempenhar trabalhos fora de casa ou que demandem de seu tempo, mesmo dentro de casa. Com a vinda dos filhos, o ideal é a mulher realizar suas atividades no interior de seu lar, onde ela mesma poderá acompanhar integralmente o crescimento físico e espiritual de seus filhos.
Alguns cursos podem ser mais Úteis ou Adequados
Ok, compreendemos que é bom e necessário que as moças estudem. Mas há cursos mais apropriados que outros? Quais seriam os cursos mais indicados para as jovens cristãs que ainda não se decidiram?
Além de ser algo que lhe dê prazer em estudar, exercer a profissão (se for o caso) e que expresse e desenvolva um talento nato, a escolha deve levar em conta a utilidade e o trabalho no lar e no ministério. O ideal é o aprimoramento em áreas que ajudem a desenvolver o seu lar quanto ao auxílio e dedicação ao marido, à educação e acompanhamento dos estudos dos seus filhos. Poderá também ser algo que aprimore seus dons para desempenhar um ministério em sua igreja local ou no Reino como um todo. Interessante buscar também uma profissão que lhe permita flexibilidade nos horários e autonomia.
Vale ainda outro aviso: Na escolha de uma profissão, qualquer cristão, seja homem ou mulher, deve estar muito bem informado e atento às imposições sociais e ideias filosóficas anti-bíblicas arraigadas em disciplinas e formações profissionais específicas. Tenham cuidado para não escolher profissões que estão radical e essencialmente contra os ensinamentos bíblicos, baseadas somente em concepções humanistas. Boa apologética é essencial a todo cristão e será a “vacina” contra estas cosmovisões nocivas ao bom combate da fé.
Apenas como sugestão, ousarei citar alguns cursos que se encaixam nestas categorias. Logicamente que esta lista não é exaustiva, uma vez que não me sinto capaz de listar todas as possíveis profissões que se enquadrem nas características que vimos aqui. Em todo caso, aqui vão minhas sugestões:
  • Bacharel em Letras / Matemática / História / Geografia
A formação como professora possibilita exercer o trabalho em horários flexíveis e não exige atividade em período integral. Você poderá dar aulas particulares e de reforço dentro de sua casa. Será muito útil para auxiliar os filhos ou irmãos na fé em seus estudos;
  • Fisioterapeuta / Esteticista / Cabelereira / Manicure
Possibilita horários flexíveis, previamente agendados conforme a sua disponibilidade de tempo. É possível atender em casa ou numa sala alugada bem próxima à sua residência. Nisto você obterá habilidades úteis e agradáveis para seus familiares e irmãs na fé;
  • Nutricionista / Gastrônoma
Também permite horários flexíveis e prestação de serviços pontuais, além de ser muito útil e agradável para seus familiares e irmãos na fé;
  • Publicitária / Designer / Jornalista / Comunicóloga / Fotógrafa / Musica / Arquiteta / Decoradora
Você poderá ser uma profissional autônoma (freelancer) pegando serviços e projetos pontuais com diferentes empresas ou clientes, tendo o seu escritório em casa. A criatividade é estimulada e direcionada nestas formações que, certamente, possibilitará auxiliar nas atividades de seus filhos. Algumas das habilidades podem ser usadas no desempenho de atividades e ministérios na igreja;
  • Administradora / Contadora
Também possibilita uma atividade autônoma e pontual com empresas e clientes. Será muito útil na gestão de seu lar e finanças domésticas;
  • Educadora cristã / Escritora
Tornará você mais bem preparada para desempenhar atividades de instrução em sua igreja (apenas a crianças e/ou a outras mulheres). Possibilitará escrever livros e artigos para edificação de outras pessoas. Você poderá ser uma auxiliadora muito eficiente no ministério de seu esposo como líder espiritual de seu lar e na igreja. Ajudará diretamente numa instrução bíblica firme de seus filhos;
  • Artesã / Costureira
Poderá desempenhar as atividades no interior de seu lar, conforme sua disponibilidade de horário. Trará benefícios diretos à sua família e irmãos. Você poderá auxiliar em atividades artísticas de seus filhos e na igreja.
Conclusão
Mulheres (incluindo os responsáveis por elas): Sejam criativas, sem desobedecer a Lei de Deus! A feminilidade bíblica focaliza nos honrosos chamados que Deus atribui às mulheres – esposa, mãe e dona de casa. Mas, desde que preservemos os devidos cuidados e a atenção que estes lindos papéis requerem, você e suas filhas (incluindo as filhas na fé) poderão exercer muitas outras atividades, expressando a multiforme graça do nosso Deus.
Finalizo com uma citação da irmã Elizabeth Gomes de seu livro Graça & Agrado: “Agradar a Deus é, portanto, questão de fé. Jesus disse que a lei e os profetas resumiam-se em amar a Deus de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento, e amar o próximo como a si mesmo (Mt. 22.37-40). Quando todo o sentimento, todo o afeto, tudo que somos, toda nossa personalidade e tudo o que pensamos e entendemos, estiverem centrados em Deus, nosso desejo será o de agradá-Lo, obedecê-Lo, não por imposição legalista da parte dEle ou de outros, mas com gratidão de coração em louvor da glória de sua graça”.
____________________
Carol
Ana Carolina Oliveira é casada há seis anos com o presbítero Eduardo R. Oliveira, membro do Conselho da Igreja Presbiteriana de Poá-SP. É mãe de Sara, hoje com 2 anos de idade. Na igreja, participa do Ministério de Discipulado e Aconselhamento, atua na Sociedade Auxiliadora Feminina, além de realizar palestras para mulheres. Também possui formação em Comunicação Social. 

sábado, 26 de outubro de 2013

Orare et Labutare: A Hermenêutica Reformada das Escrituras - 1/3



Por Rev. Paulo R. B. Anglada 


Orare e labutare foram palavras empregadas por Calvino para resumir a sua concepção hermenêutica. Com estes termos ele expressou a necessidade de súplica pela ação iluminadora do Espírito Santo e do estudo diligente do texto e do contexto histórico, como requisitos indispensáveis à interpretação das Escrituras. Com o mesmo propósito, Lutero empregou uma figura: um barco com dois remos, o remo da oração e o remo do estudo. Com um só destes remos, navega-se em círculo, perde-se o rumo, e corre-se o risco de não chegar a lugar algum

Palavras e figuras como estas revelam a consciência que os reformadores tinham do caráter divino-humano das Escrituras e o equilíbrio fundamental que caracteriza a hermenêutica reformada da Palavra de Deus. 

O mesmo não ocorre hoje. O evangelicalismo brasileiro parece estar vivendo dias difíceis. Quando se considera a diversidade doutrinária e prática que, em geral, caracteriza as igrejas evangélicas no nosso país, talvez não seja descabido questionar até mesmo se o termo "evangélico" ainda tem algum sentido, se ainda se presta para distinguir um grupo definido de pessoas dentro da igreja cristã. 

Pode haver muitas razões para tal estado de coisas. Mas, sem dúvida, a rejeição da sã doutrina é uma delas. Na prática, as igrejas evangélicas em geral não têm professado teologia precisa, sistemática, confessional e histórica. Mesmo as denominações mais tradicionais parecem estar se distanciando progressivamente das doutrinas e práticas reformadas que caracterizavam as igrejas protestantes do passado, e pelas quais muitos chegaram a dar suas vidas. 

É convicção deste autor que boa parte desta descaracterização teológica e eclesiástica das igrejas evangélicas no nosso país se explica pelas hermenêuticas deficientes que têm regido a interpretação e pregação da Palavra de Deus. Também é convicção deste autor que a hermenêutica reformada das Escrituras é um modelo de interpretação bíblica capaz de promover, com a graça de Deus, a reforma teológica, litúrgica e eclesiástica que o evangelicalismo brasileiro necessita. Este é o assunto deste artigo. 

I. Delimitação do Assunto 

O termo hermenêutica tem sido empregado em dois sentidos. Historicamente, nos compêndios clássicos de interpretação bíblica, designa a disciplina que, partindo de pressupostos básicos, estuda e sistematiza a teoria da interpretação das Escrituras, enquanto a exegese designa a prática. Neste sentido, o objetivo da hermenêutica é descobrir e sistematizar os princípios e métodos apropriados para a compreensão do sentido que o autor intentou transmitir aos seus leitores originais. 

Mais recentemente, entretanto, estes termos têm sido usados com sentidos diferentes: exegese, para designar o estudo das Escrituras com vistas a descobrir o sentido original pretendido pelo autor, e hermenêutica, no sentido restrito da sua contemporaneidade. Ou seja, a exegese seria uma primeira tarefa histórica pela qual se busca compreender o que os leitores originais entenderam; enquanto que a hermenêutica seria uma tarefa teológica prática e posterior, na qual se busca compreender a relevância da sua mensagem para nós, hoje, no nosso contexto específico.[1]

Neste artigo estes termos são usados no sentido histórico mais comum:hermenêutica, designando a disciplina que estuda e sistematiza os princípios e técnicas, com as quais, partindo de determinados pressupostos, se busca compreender o sentido original do texto bíblico; exegese, designando a prática destes princípios e técnicas; e aplicação, designando a busca da relevância do texto ao nosso contexto específico. Isto é: tendo compreendido qual a mensagem do texto para os seus leitores originais, em que sentido esta mensagem é aplicável aos nossos dias e ao nosso contexto? 

Convém esclarecer também que o termo reformada, não é empregado neste artigo para designar especificamente a hermenêutica dos reformadores. Não se pretende aqui fazer uma descrição específica e detalhada da hermenêutica desenvolvida e praticada por Lutero, Melanchton, Calvino e outros. O termo também não se refere à denominação reformada (ramo da reforma como ficou conhecido especialmente na Europa). O termo hermenêutica reformada, neste trabalho, refere-se a uma corrente ou escola de interpretação bíblica histórica, distinta de outras correntes, fundamentada em pressupostos bíblicos quanto à natureza das Escrituras, e que emprega princípios e métodos específicos. Trata-se de uma escola ou corrente de interpretação que adota o método histórico-gramatical, em contraposição aos métodos intuitivos (da corrente espiritualista) e histórico-crítico (humanista) de interpretação bíblica. 

Com a expressão hermenêutica reformada, quer-se designar neste artigo o modelo de interpretação bíblica defendida e aplicada pelos reformadores, pelos principais símbolos de fé protestantes (inclusive batista)[2], pelos puritanos ingleses, pelos huguenotes franceses, e pelas igrejas evangélicas ortodoxas em geral até os nossos dias. Esta corrente de interpretação poderia ser chamada de hermenêutica protestante ou hermenêutica evangélica. Mas, ao que parece, estes termos já não caracterizam muita coisa — pelo menos no campo da hermenêutica —, pois englobam, sem qualquer distinção, defensores e praticantes de todas as correntes de interpretação bíblicas: desde a corrente espiritualista (intuitiva) até a corrente humanista (histórico-crítica). 

II. Importância do Assunto 

A importância do assunto dificilmente pode ser exagerada, pois a hermenêutica é a base teórica da exegese, que, por sua vez, é o alicerce tanto da teologia (quer bíblica, quer sistemática) como da pregação. O diagrama a seguir ilustra estas relações: 

Parece que, atualmente, pelo menos no Brasil, estas disciplinas têm sido parcialmente relegadas por alguns segmentos evangélicos a um segundo plano. Exegese, doutrina e pregação têm sido substituídas por coisas ‘‘mais práticas’’ (tais como a ação social, o engajamento político, a administração eclesiástica, o evangelismo, a liturgia, as exortações morais, etc.). Quando não se nega a importância da exegese, da doutrina e da pregação, na teoria, nega-se na prática. 

Convém observar, entretanto, que o apóstolo Paulo exorta Timóteo a cuidar ‘‘de si mesmo e da doutrina’’, de modo que possa ser ele mesmo salvo bem como os seus ouvintes (1 Tm 4.16). Ele o admoesta a apresentar-se a Deus ‘‘aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade’’ (2 Tm 2.15). E afirma que devem ‘‘ser considerados merecedores de dobrados honorários (ou honra) os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na Palavra e no ensino’’ (1 Tm 5.17). 

Não se pode esquecer de que ‘‘aprouve a Deus salvar aos que crêem, pela loucura da pregação’’ (1 Co 1.21); e de que ‘‘a fé vem pela pregação e a pregação pela palavra de Cristo’’ (Rm 10.17). 

A importância da doutrina é vista especialmente nas cartas do apóstolo Paulo e no tratamento que faz da questão da justificação pela fé na carta aos Gálatas. Nem a Igreja de Corinto, com todos os seus problemas morais, foi tão duramente tratada pelo apóstolo quanto as igrejas da Galácia, em função do seu desvio doutrinário. 

A verdade de Deus expressa em sua Palavra é o instrumento empregado pelo Espírito Santo para salvar e santificar. São ‘‘as sagradas letras que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus’’, e fazer com que ‘‘o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra’’ (2 Tm 3.15,17). 

Richard Baxter, um dos puritanos mais conhecidos do século XVII, foi o instrumento nas mãos de Deus em um reavivamento na sua cidade. Autor de dezenas de obras, a maioria de cunho prático, usou uma figura para expressar a relação entre a verdade da Palavra e a santidade. Eis suas palavras: 

...as verdades de Deus são os próprios instrumentos da santificação de vocês; essa santificação é o resultado produzido por essas verdades sobre o entendimento e a vontade de vocês. As verdades são o selo e a alma de vocês é a cera; a santidade, é a impressão feita. Se vocês receberem apenas algumas verdades, terão apenas uma impressão parcial... Se vocês as receberem de modo desordenado, a imagem que produzirão nas almas de vocês será igualmente desordenada; como se os membros dos corpos de vocês fossem unidos de modo monstruoso.[3] 

Aí está a importância da hermenêutica: ela é a base teórica da exegese, que por sua vez é o fundamento da teologia e da pregação, das quais depende a saúde espiritual da igreja, e da nossa própria vida. Uma hermenêutica deformada fatalmente resultará em exegese deformada, produzirá teologia e pregação deformadas, e se manifestará tragicamente em igrejas e vidas deformadas. 

III. Necessidade da Hermenêutica 

Todo leitor é um intérprete. Mas ler não implica necessariamente em entender. Quando não há barreiras na compreensão de um texto, a interpretação é automática e inconsciente. Mas isso nem sempre ocorre. De conformidade com a doutrina reformada da clareza ou perspicuidade das Escrituras, a Bíblia é substancialmente, mas não completamente clara. As verdades básicas necessárias à salvação, serviço e vida cristã são evidentes em um ou outro texto, mas nem todos os textos das Escrituras são igualmente claros. 

Por ser um livro divino-humano, inspirado por Deus, mas escrito por homens, admite-se que há dificuldades de ordem espiritual e de ordem humana para a compreensão das Escrituras. O apóstolo Pedro reconheceu essa dificuldade com relação aos escritos do apóstolo Paulo, dizendo que neles ‘‘há certas coisas difíceis de entender...’’ (2 Pe 3.16). 

Isto significa que a compreensão das Escrituras não é necessariamente automática e espontânea. É, sim, o resultado da ação iluminadora do Espírito Santo, por um lado, e por outro, do estudo diligente da língua e do contexto histórico em que foi escrita. 

A. Dificuldades de Ordem Espiritual 

O aspecto espiritual envolvido na interpretação das Escrituras é demonstrado claramente em passagens bíblicas tais como 1 Coríntios 2.14 e 2 Coríntios 4.3-6: 

Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, por que lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. 
...se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus... Porque Deus que disse: De trevas resplandecerá luz, ele mesmo resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo. 

Nestes textos o apóstolo Paulo ensina claramente a absoluta incapacidade do homem natural (não regenerado) de compreender a revelação de Deus. A razão desta incapacidade é a cegueira espiritual em que se encontra como resultado da queda do homem do seu estado original, e da ação diabólica. E a cura desta cegueira não é intelectual, mas espiritual. Só o Espírito Santo pode fazer resplandecer a luz do Evangelho da glória de Cristo num coração em trevas. 

Outro texto que demonstra o caráter espiritual envolvido na interpretação das Escrituras é 2 Coríntios 3.14-15. Neste texto o apóstolo Paulo explica que os judeus tinham como que um véu embotando os seus olhos espirituais, de modo que não podiam compreender o significado do que liam, por causa da incredulidade: 

Mas os sentidos deles se embotaram. Pois até ao dia de hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que em Cristo é removido. Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. 

Como este véu pode ser retirado? Pela conversão, responde o apóstolo no verso seguinte: ‘‘Quando, porém, algum deles se converte ao Senhor, o véu é retirado.’’Na carta aos Efésios, o apóstolo Paulo ensina a mesma coisa com relação aos gentios: 

...não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza dos seus corações (Ef 4.17-18). 

A ação iluminadora do Espírito Santo é, portanto, indispensável na interpretação e apreensão do ensino das Escrituras. A erudição piedosa é preciosa e indispensável para a preservação da sã doutrina. Um erudito, por mais bem equipado que esteja hermeneuticamente, desprovido, porém, da ação regeneradora e iluminadora do Espírito, possivelmente não alcançará o sentido da Escritura tanto quanto um crente simples e fiel, mesmo que indouto em métodos e técnicas de interpretação. 

Mesmo o crente precisa da ação iluminadora contínua do Espírito Santo para progredir na compreensão das Escrituras. Seu coração não está embotado como o dos judeus descrentes; nem seu entendimento está obscurecido, como o dos gentios incrédulos. Mas ainda há muito a compreender; e a ação iluminadora do Espírito Santo permanece indispensável. Com esse propósito o apóstolo Paulo orava insistentemente pelos crentes, a fim de que Deus lhes iluminasse mais e mais, para compreenderem mais profundamente a natureza do evangelho e a suprema riqueza da sua graça. Eis um exemplo apenas na carta aos Efésios: 

...não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações, para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos, e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos... (Ef 1.16-19). 

Textos como este revelam o papel do Espírito Santo e da fé na compreensão das verdades espirituais. A interpretação e compreensão das Escrituras torna-se essencialmente uma tarefa espiritual — embora não rejeitando habilidades naturais ou técnicas. 

B. Dificuldades Naturais 

Deve-se observar, entretanto, que as Escrituras também revelam, por ensino direto e por inúmeros exemplos, que o coração do homem é mais enganoso do que todas as coisas e desesperadamente corrupto (Jr 17.9), não sendo, portanto, totalmente confiável. Além disso, não existe somente o Espírito da verdade; há também o espírito do erro (1 Jo 4.6). O pai da mentira está sempre pronto a enganar, se possível for, até os eleitos. Logo, o caráter espiritual envolvido na interpretação das Escrituras não elimina, de modo algum, o lado humano, também necessário para a sua correta interpretação e compreensão. Afinal, é pela própria Palavra, e através da Palavra, que o Espírito Santo realiza essa obra iluminadora. 

Por haver sido escrita em línguas humanas, em contextos históricos, sociais, políticos e religiosos específicos, um conhecimento adequado da língua e do contexto histórico também é necessário para uma melhor interpretação e compreensão das Escrituras. Deve-se lembrar também que o ministro da Palavra é aquele que se afadiga no estudo dela (1 Tm 5.17). Logo, para uma interpretação e compreensão adequada das Escrituras, fazem-se necessários requisitos de natureza espiritual, bem como requisitos de natureza intelectual. Ambos são necessários e imprescindíveis. 

Continua...

***
Via Bereianos

“Orientações às Jovens quanto à Carreira – Parte 1″ por Ana Carolina Oliveira


V_Lewis_Tea Party with my GirlsQuando vemos nas Escrituras tantas instruções à mulher temente a Deus sobre as prioridades, a atenção e os cuidados especiais que deve dar à sua família e ao seu lar, algumas dúvidas podem surgir, sobretudo para as jovens e seus pais. Como orientar nossas filhas e aconselhar as mais jovens quanto aos estudos? Devemos ensiná-las a se esforçar para adquirir uma profissão diante do fato de que um dia possivelmente se tornarão uma dona de casa?
Convido você a caminhar junto comigo na busca de respostas bíblicas coerentes e relevantes.
A principal finalidade de nossa vida
Quando pensamos em investir tempo e dinheiro nos estudos, nossos ou de nossos filhos, quais são os fatores que mais pesam na escolha do curso?
Geralmente, almejamos profissões que sejam “nobres” aos olhos humanos, que proporcionem um bom status ou notoriedade. Deve ser algo cuja execução promova satisfação. Que dê um bom retorno financeiro – boas colocações no mercado com altos salários. Enfim, sua lista pode ser extensa. Mas faço aqui um desafio para que procuremos um motivo que não esteja centrado apenas em suas próprias necessidades. Algo que nos leve a perguntar: “Em minhas atividades, a prioridade é a glória e o louvor a Deus”?
Esta deve ser a cosmovisão de todo verdadeiro cristão em qualquer área da vida. Mas, infelizmente, nem sempre pensamos assim. Sempre nos esquecemos de que, em santidade, devemos buscar diligentemente a primazia de Deus em tudo o que fizermos, conforme Paulo escreve: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” 1Co. 10.31.
Glorificar a Deus e se alegrar nEle não são coisas distintas. John Piper, ao tratar deste tema, afirma: ”Deus é mais glorificado em nós quando estamos mais satisfeitos nEle” (Sl 16.11, Sl 63.3, Sl 90.14).
Todo saber, qualquer curso profissionalizante, carreira a seguir ou decisões a serem tomadas, dia após dia, devem ser para a glória de Deus, não para a nossa própria.
Se fizermos qualquer esforço esperando apenas ganhar algo com isso, todos os resultados serão em vão. Se os estudos almejam apenas o retorno financeiro, então estamos vivendo meramente por necessidade. Sendo que, por outro lado, poderíamos encarar a vida de uma maneira muito mais profunda, verdadeira e produtiva. Devemos estudar e trabalhar para refletir a imagem e semelhança de Deus restaurada por Cristo, reconhecendo que a inteligência, criatividade e habilidades foram dadas por Deus, por isso devemos ser bons mordomos. Neste caso, o dinheiro torna-se a consequência, não a finalidade.
“Ensina a criança no caminho em que deve andar; e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Pv. 22.6). Os principais esforços de pais cristãos devem ser na formação de verdadeiros adoradores de Deus. Preparar seus filhos e filhas para viverem neste mundo mal sem se desviarem do bom caminho. Porém, infelizmente, mesmo no meio cristão, a preocupação primária das últimas gerações é de formar profissionais bem sucedidos. Isto é lícito e interessante, mas nunca será o principal a um povo chamado para viver e refletir a santidade.

Afinal, casamento é de Deus ou apenas uma invenção humana?

Por 
Com a desvalorização do casamento em nossa cultura, junto com a relativização dos valores morais e a tendência contra tudo aquilo que é estabelecido, muitos cristãos nutrem esta ideia curiosa de que a Bíblia não ensina o casamento, o qual se resume num acordo mútuo de duas pessoas viverem juntas. Pronto, estão casadas diante de Deus.

Com isto, não é pequeno o número de evangélicos que têm uma vida sexual ativa com o namorado/namorada.

Alguns anos passados fiquei impressionado com uma estatística publicada por uma revista evangélica após entrevistas feitas com jovens evangélicos de 22 denominações. Estes jovens, a grande maioria composta de solteiros, haviam nascido em lar evangélico e eram freqüentadores regulares de igrejas. De acordo com a pesquisa, 52% deles já haviam tido sexo. Destes, cerca da metade mantinha uma vida sexual ativa com um ou mais parceiros. A idade média em que perderam a virgindade era de 14 anos para os rapazes e de 16 anos para as moças.


Essa reportagem foi publicada em setembro de 2002. Desconfio que os números são ainda mais estarrecedores se forem atualizados para 2012.

Não vou aqui gastar muito tempo defendendo o que, acredito, a maioria dos nossos leitores já sabe que é nossa posição: sexo é uma bênção a ser desfrutada somente no casamento. Namorados que praticam relações sexuais estão pecando contra a Palavra de Deus. Mesmo que não tenhamos um versículo que diga "é proibido o sexo pré-marital" (desnecessário à época em que a Bíblia foi escrita, visto que na cultura do antigo Oriente não existia namoro, noivado, ficar, etc.), é evidente que a visão bíblica do casamento é de uma instituição divina da qual o sexo é uma parte integrante e essencial.

Alguns textos que mostram que contrair matrimônio e casar era uma instituição oficial entre o povo de Deus, e o ambiente próprio para desfrutar o sexo:

"...nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações" (Dt 7.3).

"...Majorai de muito o dote de casamento e as dádivas, e darei o que me pedirdes; dai-me, porém, a jovem por esposa" (Gn 34.12).
"... e lhe dará uma jovem em casamento..." (Dn 11.17).

"... Respondeu-lhes Jesus: Podem, acaso, estar tristes os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles?" (Mt 9.15).

"... nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento" (Mt 24.38).

"... Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galiléia, achando-se ali a mãe de Jesus. Jesus também foi convidado, com os seus discípulos, para o casamento" (Jo 2.1-2).

"... Estás livre de mulher? Não procures casamento" (1Cor 7.27).

"... Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento..." (1Tim 4.1-3).

"... Se um homem casar com uma mulher, e, depois de coabitar com ela, a aborrecer, e lhe atribuir atos vergonhosos, e contra ela divulgar má fama, dizendo: Casei com esta mulher e me cheguei a ela, porém não a achei virgem..." (Dt 22.13-14)

"... qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério" (Mt 5.32).

"... Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar" (Mt 19.10).

"... Caso, porém, não se dominem, que se casem; porque é melhor casar do que viver abrasado" (1Cor 7.9).

"... Mas, se te casares, com isto não pecas; e também, se a virgem se casar, por isso não peca" (1Cor 7.28).

"... A mulher está ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor" (1Cor 7.39).

"... ao que lhe respondeu a mulher: Não tenho marido. Replicou-lhe Jesus: Bem disseste, não tenho marido; porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade" (Jo 4.17-18).

"... alguém (o presbítero e/ou pastor) que seja irrepreensível, marido de uma só mulher..." (Tito 1.6).

"... quanto ao que me escrevestes, é bom que o homem não toque em mulher; mas, por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido." (1Cor 7:1-2)

"... Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros" (Heb 13.4).

"... que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus; e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador, porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação" (1Tes 4.4-7).

As passagens acima (e haveriam muitas outras) mostram que casar, ter esposa, contrair matrimônio é o caminho prescrito por Deus para quem não quer ficar solteiro ou permanecer viúvo. O casamento era, sim, uma instituição oficial em meio ao povo de Deus. As relações sexuais fora do casamento nunca foram aceitas, quer em Israel, quer na Igreja Primitiva, a julgar pela quantidade de leis contra a fornicação e a impureza sexual e pelas leis e exemplos que fortalecem o casamento como instituição para o povo de Deus em todas as épocas.

O ônus de provar que namorados podem ter relações sexuais como uma coisa normal é dos libertinos. Posso me justificar biblicamente diante de Deus por viver com minha namorada como se ela fosse minha esposa, não sendo casados? Como eu lido com essa evidência massiva de que o casamento é a alternativa bíblica para quem não quer ficar solteiro ou viúvo?

O que existe na verdade é aquilo que Judas menciona em sua carta, sobre pessoas ímpias que transformam a graça de Deus em libertinagem (Judas 4). Os argumentos do tipo, "quem casou Adão e Eva" demonstram o grau de má vontade e a disposição do coração de continuar na prática da fornicação, mesmo diante da resposta: "O caso de Adão e Eva não é nosso paradigma, a não ser que você tenha sido feito diretamente do barro por Deus e sua namorada tenha sido tirada de sua costela. Se não foi, então você deve se sujeitar ao paradigma que Deus estabeleceu para toda a raça humana, para os descendentes de Adão e Eva, que é contrair matrimônio, casar-se, um compromisso público diante das autoridades civis".

Os demais argumentos - "é melhor que os namorados cristãos tenham sexo responsável entre si do que procurar prostitutas, etc." nem merecem resposta. O que falta realmente é domínio próprio, castidade, submissão à vontade de Deus, amor à santificação.

Chegamos ao ponto em que os rapazes e as moças cristãos têm vergonha de dizer, até mesmo em reuniões de mocidade e de adolescentes, que são virgens.

Tenho compaixão dos jovens e adolescentes de nossas igrejas. Mas sinto uma santa ira contra os libertinos, que pervertem a graça de Deus, pessoas ímpias, que desviam nossa juventude para este caminho. "A vingança pertence ao Senhor" (Rom 12.19).

Deus fora da Unicamp

Pare, Leia e pense!


Grupo de ateus impede que evento religioso com especialista dos EUA se realize na universidade e dificulta o debate acadêmico

Andres Vera
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 EMBATE
O arqueólogo Rodrigo Silva (à esq.), um dos palestrantes do evento cancelado, 
e o físico Leandro Tessler, que mobilizou acadêmicos contra o Fórum 
 
Marcado para a quinta-feira 17, o “1° Fórum de Filosofia e Ciência das Origens”, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foi cancelado na véspera, sob uma enxurrada de e-mails indignados de professores da própria instituição de ensino, uma das mais respeitadas do País. O motivo? Os cinco convidados a falar sobre filosofia e ciência eram nomes ligados ao “criacionismo científico”, que nega a teoria da evolução de Charles Darwin, mas, ainda assim, busca evidências científicas para desvendar o universo – sem contradizer a existência de Deus ou os preceitos da Bíblia. “Que façam isso numa igreja”, disse o professor de física Leandro Tessler. “É embaraçoso dar credibilidade a esse tipo de doutrina não científica.” Seu blog chamou a atenção de outros professores. A pró-reitoria, que havia dado aval ao evento, recuou. O físico americano Russell Humphreys, convidado internacional, já tinha passagem comprada. Veio então a resposta dos palestrantes.“Fomos boicotados por um grupo de professores ateus”, afirma o professor de arqueologia Rodrigo Silva, da Universidade Adventista de São Paulo (Unasp). “Hoje, quem discorda de Darwin é queimado na fogueira.”
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Em nota oficial, a Unicamp justificou o cancelamento dizendo que “faltavam integrantes que pudessem debater o tema sob todos os pontos de vista”. Além de Silva e Humphreys, o fórum também teria a presença de um geólogo, um jornalista e um bioquímico, Marcos Eberlin, o único pertencente aos quadros da Universidade. Após a polêmica, Eberlin escreveu em um blog: “É interessante notar que, em uma universidade pública, pessoas que se autointitulam ‘guardiões do saber’ cancelem palestras”. Outro que reclamou à reitoria, o professor de matemática Samuel Oliveira, negou a “orquestração” de um “lobby ateu” nos bastidores. “Criacionistas não têm formação para falar de ciência”, diz. 

A “batalha da fé” em uma faculdade como a Unicamp, reconhecida pela qualidade da pesquisa científica, chama a atenção. Mas esse tipo de conflito não é novidade no meio acadêmico. Em 2008, depois de uma série de reclamações, a Universidade Federal de São Carlos (SP) cancelou uma palestra do físico Adauto Lourenço sobre “criacionismo e teoria da evolução”. Em 2007, o bioquímico americano Fazale Rana esteve na mesma Unicamp para falar de “design inteligente”, linha de pensamento que atribui a um criador a existência da vida na Terra. Professores conseguiram retirar o logo da universidade dos cartazes da palestra de Rana, mas não impediram a conferência. 
Fonte:IstoE

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Como é a vida de um cristão na China?

Cristãos chineses têm compartilhado sua fé na Weibo, a maior rede social do país; e a única regulamentada pelo Estado. Alguns estão começando a desafiar a censura ao falar contra a perseguição religiosa
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Quando a banda cristã Rainbow Come apareceu no programa televisivo equivalente ao "The X Factor" (reality show de competição musical da televisão americana), os cristãos se voltaram para as redes sociais para angariar votos para a banda; assim, a música poderia alcançar mais chineses.

Dentro de poucos dias, milhares de votos foram postados para a Rainbow Come.De acordo com o China’s Gospel Times, o suficiente para impulsioná-los a uma posição de liderança na sétima rodada de "Chinese Dream" no Zhejiang Television. O interessante é que justamente por conta do poder das redes sociais, a China proibiu oficialmente o acesso ao Facebook e ao Twitter no país.

No lugar desses, as autoridades chinesas permitiram o acesso ao microblog Weibos. Desde a sua criação, em 2009, a empresa de microblog Sina Weibo, líder na China, já teve a adesão de 400 milhões de usuários; e o número só tem aumentado. Empresas rivais também reivindicam centenas de milhões de assinantes.

De acordo com o Centro de Informações de Internet e Rede na China, 40 por cento da população chinesa é formada de usuários da internet; a maioria destes são microbloggers. Para colocar isso em perspectiva, há mais microbloggers na China do que as populações da Grã-Bretanha, Alemanha, França e Estados Unidos combinadas por alguma margem.
FontePortas Abertas EUA
TraduçãoAna Luíza Vastag

Pesquisa revela 4 motivos por que “ninguém quer mais ir à igreja”


Crescimento dos “sem religião” em todo o mundo preocupa líderes evangélicos
por Jarbas Aragão

Pesquisa revela 4 motivos por que “ninguém quer mais ir à igreja”Conheça os 4 motivos por que "ninguém quer mais ir à igreja”
Os autores Thom e Joani Schultz dedicam-se a fazer estudos constantes sobre como ajudar as igrejas a se fortalecerem. Afirmam serem consultores e já escreveram um livro polêmico anos atrás chamado “Why Nobody Learns Much of Anything in Church Anymore” [Por que ninguém mais aprende muita coisa na igreja]. Eles afirmam terem ficado muito preocupados após uma pesquisa conduzida por eles indicar que:
12% dos presentes afirmam lembrar o conteúdo do sermão no dia seguinte
90% afirmam que pensam em outras coisas durante o sermão
33% acham os sermões “longos demais”
11% dos homens e 5% das mulheres afirmam que o sermão dominical é a principal maneira como eles aprendem sobre Deus
Seu novo livro, “Why Nobody Wants to Go to Church Anymore” [Por que Ninguém mais quer ir à Igreja] promete ser igualmente polêmico. Assim como no primeiro, lideranças cristãs afirmam que a Igreja não é um esforço puramente humano e, por isso, as conclusões não podem ser aceitas sem questionamentos.
O fato é que em muitos países historicamente cristãos, principalmente na Europa e nos EUA, a frequência aos cultos diminui a cada ano. Cada vez mais, os bancos vazios aos domingos refletem-se no número recorde de igrejas fechadas ou vendidas para a abertura de templos para muçulmanos ou lojas.
No livro lançado este mês, os autores procuram fornecer algumas respostas, com destaque para as “quatro soluções possíveis” para o problema. Thom Schultz e sua esposa dizem que algumas das causas estão relacionadas com tendências sociais e culturais, mas para ele o problema pode ser identificado no mundo todo, especialmente entre os mais jovens.
Schultz disse que é uma questão complexa, pois a cultura atual questiona como nunca as crenças e o estilo de vida dos cristãos. Afirma ainda que as pessoas não querem simplesmente ser ministradas em um sistema de comunicação unidirecional, pois estão acostumadas a fazer parte de um debate constante nas redes sociais.
Os quatro aspectos principais de seu estudo, considerado por ele os “motivos” são:
1) As pessoas sentem-se julgadas na igreja. Como solução, ele propõe a “hospitalidade radical”. Isso significa aceitar a pessoa como ela é, mas sem concordar com o que ela faz. “Essa nada mais é que uma abordagem semelhante à que Cristo usava”, garante.
2) Falta de diálogo no que se refere ao ensino. Para Schultz é necessário existir uma “conversa sem medo”, que significa considerar os vários pontos de vista, ao invés de simplesmente oferecer palestras com o assunto já decidido. “As pessoas querem ser envolvidas na conversa sobre a fé”, por isso incentiva que as igrejas estejam mais abertas para ouvir opiniões.
3) Para a maioria dos não-crentes, “os cristãos são hipócritas” e essa percepção só aumenta com os casos de escândalo financeiros e sexuais em alguns meios. Por isso, o autor está pedindo “humildade genuína”. Defende que as igrejas não devem querer estar acima desses problemas sem oferecer soluções e mostrar na prática que isso é uma generalização.
4) É enorme o número de críticos argumentando que Deus está distante ou morto e por isso o mundo está nesse estado atual. Schultz acredita que as igrejas precisam voltar a sintonizar suas mensagens na pessoa de Deus. “Muitas igrejas já se esqueceram de falar sobre Deus, falam apenas sobre o que ele fazia nos tempos bíblicos”, afirma. A ênfase exagerada nos benefícios materiais que a fé pode trazer também contribui para que as pessoas percam a noção de elementos como graça e pecado, vendo sua relação com Deus como apenas uma troca de ofertas por bênçãos.
O Centro Pew de Pesquisa sobre Religião e Vida Pública, realizou um estudo demográfico abrangente em grande parte dos países do mundo. A pesquisa incluía estatísticas e análise de tendências para as próximas décadas. Uma de suas principais conclusões é o rápido crescimentos dos “sem religião”, especialmente em países tradicionalmente cristãos. Eles já são o terceiro maior grupo “religioso” do mundo, atrás de cristãos e muçulmanos. Cerca de uma em cada seis pessoas do mundo (16,3%) afirma ser “sem religião”. A maioria deles afirma que, embora tenha suas crenças particulares, não se identifica com nenhuma religião “oficial”.
Schultz acredita que essa tendência pode ser revertida caso as igrejas sejam mais relevantes em suas mensagens, especialmente se posicionando biblicamente sobre questões como desigualdade social, cuidado com o meio-ambiente, e tantas outras “perguntas que todos estão se fazendo”.
O autor mencionou a homossexualidade como um exemplo de assunto que rapidamente é abordado pelos pastores, que se esquecem que existem muitos outros tipos de imoralidades que eles parecem não ver.
“Eu acredito que a igreja pode prosperar de novo”, disse ele, observando que para isso é necessário mudar a metodologia, não a mensagem. Com informações The Blaze.
Fonte:GP

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