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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Entre Marta e Maria


Por Rev. Ricardo Agreste

O relato da visita de Jesus à casa das irmãs Marta e Maria, registrado em Lucas 10.38-42, sempre me levou a alguns questionamentos. A forma como costumeiramente esse trecho das Escrituras é interpretado faz com que nos sintamos pressionados a optar entre duas possibilidades, que parecem extremamente restritas e incompletas – a de sermos contemplativos, como Maria se mostrou ali, ou engajados, a exemplo da atitude de Marta. O problema maior é que, seguindo a costumeira linha de raciocínio, Maria normalmente é tida como a pessoa que fez a escolha certa. Argumenta-se que o próprio Jesus, ao elogiá-la, justificou sua atitude, tida como exemplo de devoção e espiritualidade. Ao mesmo tempo, Marta fica estigmatizada como aquela que errou, tendo preferido dar conta dos afazeres materiais ao invés de largar tudo e, a exemplo da irmã, permanecer ao lado do Mestre.
É preciso, no entanto, analisar o episódio por outras perspectivas. Em primeiro lugar, essa suposta indicação de Jesus soa inconsistente diante da biografia de outros personagens bíblicos. Quando olhamos, por exemplo,para homens como Moisés, Josué, Neemias ou Paulo, sem mencionar o próprio Jesus, encontramos pessoas com um estilo bem diferente de Maria. Suas histórias são grandemente caracterizadas pela ação. Logo, a suposta dicotomia entre a passividade e a contemplação de Maria e o engajamento e o ativismo de Marta começa a parecer equivocada. Ela dá margem para que muita gente, sob a justificativa de seguir o “bom exemplo” de Maria, negligencie o envolvimento com a missão dada por Cristo aos seus próprios discípulos. Assim, a essência da vida cristã se torna uma relação abstrata, quase esotérica, com a pessoa de Jesus.
Precisamos, além disso, observar o contexto em que Lucas registra o célebre encontro de Jesus com as duas irmãs. O trecho imediatamente anterior de seu evangelho contém a parábola do bom samaritano, na qual o Salvador aponta para a necessidade de nosso amor a Deus ter uma dimensão prática e concreta de serviço àqueles que estão à nossa volta. Neste sentido, portanto, Marta estaria fazendo justamente o papel da boa samaritana. O que passa desapercebido para maioria de nós é o sentido das palavras finais de Jesus a ela: “(...)Todavia, apenas uma [coisa] é necessária. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada”. De acordo com a interpretação costumeira desta passagem, o que Jesus está dizendo aqui é: “Marta, você precisa se tornar como Maria”. Tal hipótese, contudo, seria injusta para com o fato de que pessoas com o perfil de Marta foram muito importantes no Reino de Deus. Muitos homens e mulheres descritos na Bíblia foram pessoas orientadas por tarefas, e em momento algum são desafiadas a deixar de serem como são para se tornarem contempladores passivos.
Jesus, em sua fala, usa a expressão “boa parte”. Maria havia escolhido se dedicar, naquele momento, à “boa parte”. O que ela está fazendo não é a totalidade do discipulado. Ser discípulo de Jesus tem inúmeras implicações, inclusive o engajamento no serviço objetivo e concreto àqueles que nos cercam. Mas a “boa parte” do discipulado é estar aos pés do Mestre, ouvindo a sua voz e reorientando o mundo interior a partir de suas palavras. Logo, neste sentido, Jesus não está confrontando Marta a deixar de ser Marta e se tornar Maria; ele está, isso sim, desafiando Marta a perceber que, em meio às muitas tarefas, preocupações e inquietações, estava se privando e desprezando a “boa parte” do discipulado: a relação pessoal e íntima com o Mestre.
Este é o ponto principal da história: Marta, em meio à sua agenda atribulada, perdeu a percepção da presença de Jesus em sua própria sala de estar. Da mesma forma, em nossa rotina diária, envolvidos que somos por inúmeras demandas e pressionados por vários imprevistos, também perdemos a consciência da presença de Deus em nossas histórias. Não vemos mais o Senhor agindo em nós, por nós e através de nós.
As palavras de Jesus a Marta nos convidam não a uma substituição da atividade pela contemplação, e nem a trocar o dinamismo pela passividade. Suas palavras nos estimulam a integrar a contemplação à nossa rotina repleta de atividades e a incluir um tempo para a quietude e o silêncio em nossas agendas abarrotadas de compromissos urgentes. Só assim poderemos viver neste mundo sem perder a percepção da presença de Jesus, a todo tempo, em nossas vidas. 
Fonte:Site da IPB

UMA DAS PIORES SENSAÇÕES DO MUNDO


Por Renato Vargens 

Alguém já disse que uma pessoa ingrata assemelha-se àquela que apunhalou alguém pelas costas.

Uma dos piores experiências que alguém pode ter na vida é a ingratidão. Quantas não são as vezes que choramos pelo fato de que dedicamos dedicamos tempo, anos, atenção e recursos nos esqueceu ou abandonou. Outro dia soube da história de uma mãe que lamentava o fato de ter sido esquecida pelo filho. Por anos a fio, esta senhora trabalhou como empregada doméstica para que seu "menino" se formasse em medicina. Agora, disse ela, depois de médico formado, ele me abandonou tratando-me com ingratidão.

Lutero comumente dizia que existem três cachorros perigosos: a ingratidão, a soberba e a inveja, e que quando mordem deixam uma ferida profunda. Shakespeare costumava dizer que possuir um filho ingrato é mais doloroso do que a mordida de uma serpente; já, Miguel de Cervantes afirmava que a Ingratidão é filha da soberba.

Pois é, a ingratidão de vez em quando se faz presente em nossos relacionamentos, e ser alvo dela é absolutamente estarrecedor. Comumente recebo em meu gabinete inúmeras pessoas que se queixam das ações e reações de amigos e entes queridos que por motivos banais esqueceram no canto da existência expressões de afetividade e amor. Tais indivíduos influenciados pela soberba e arrogância, desenvolveram em seus corações um espírito indolente e debochado onde a auto-suficiência se faz presente.

Ora, sofrer ingratidão por parte daqueles com quem nos relacionamos é extremamente dolente. Infelizmente num mundo “ensimesmado” e egoísta como o nosso, tornou-se comum encontrarmos nas estradas da vida pessoas ingratas. O apostolo Paulo afirmou em sua segunda carta a Timóteo de que nos últimos tempos os homens seriam amantes de si mesmos. Na verdade, segundo Paulo, a geração dos últimos dias estaria muito mais preocupada com seu próprio umbigo, do que com a dor do próximo.

O imperador brasileiro Pedro II, em um esplêndido soneto sobre a ingratidão afirmou que a dor que maltrata, a dor cruel que o ânimo deplora que fere o coração e quase mata, é ver na mão cuspir, à extrema hora, a mesma boca aduladora e ingrata, que tantos beijos nela deu outrora.”

Pense nisso!

Renato Vargens

CRENTE OU CLIENTE?


otimoPor Samuel Torralbo
É bastante comum encontrarmos dentro da literatura voltada para a liderança eclesiástica temas como: Aumentando a membresia da sua igreja, Como gerar crescimento na igreja, ou os 7 passos de uma igreja que se multiplica, etc., os dados estatísticos compravam que os livros mais vendidos e comercializados seguem este caráter e paradigma de conteúdo e proposta reflexiva. É evidente que o crescimento em todos os sentidos é importante e significativo, porém, é válido ressaltar que a missão da Igreja é de pregar as boas novas de salvação em Cristo Jesus, e jamais a fixação ou a obsessão em crescimento de números de membros ou adeptos religiosos.
Atualmente, dentre os diversos desafios que a Igreja contemporânea enfrenta se encontra o perigo da deturpação da verdadeira consciência do legado e missão da Igreja no mundo, uma vez que, sorrateiramente as leis do mercado parecem estar ditando o formato e o conteúdo da missão de alguns cristãos desavisados no século XXI.
Em síntese a lei do mercado ou do comércio baseia-se na relação entre o fornecedor e o cliente (ou consumidor), onde uma das máximas deste contexto diz que o cliente sempre tem a razão. Sendo assim, o fornecedor esta para servir e cumprir as expectativas e demandas daquele que paga pelo produto, a saber, o cliente.
Certa vez, ouvi um líder de uma grande igreja declarar: “Nós somos os fornecedores, Jesus é o produto e os pecadores os clientes”. Precisei prontamente discordar desta declaração que inicialmente tem um caráter inocente e até inovador. Discordei por quê?
- Primeiro porque o Evangelho não é um produto, mas uma pessoa – Cristo Jesus.
- Segundo porque a Igreja não é fornecedora de algum produto religioso, mas antes, é a noiva de Cristo Jesus que comunica a Sua graça infinita.
- Terceiro porque o pecador não é um cliente, mas um necessitado de arrependimento para perdão dos seus pecados e reconciliação com Deus.
É aterrorizante a possibilidade de que, para algumas lideranças cristãs o significado da missão da Igreja é semelhante ao mesmo significado do mercado capitalista e consumista do século XXI.
Certamente, deve ser por este motivo que algumas comunidades cristãs não pregam mais sobre o pecado, o juízo final, ou o confronto com o erro e o engano. Porque uma vez que, o pecador é uma espécie de cliente, ele agora precisa ser agradado, bajulado, e persuadido a continuar comprando uma religiosidade de mimos e agrados.
Porém, observamos que, Cristo Jesus jamais esteve em conluio ou alinhado ao espírito do mercado religioso de sua época. Cristo Jesus não pregava aquilo que agradava ou massageava o ego das pessoas, mas antes anunciava a verdade eterna de Deus –
“Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?”(João 6.60)
Do mesmo modo, certamente a expectativa de Deus com relação a Sua Igreja é que anunciemos o evangelho puro e simples, jamais negando a verdade, ou se prostrando diante das recompensas imediatistas e passageiras do mercado religioso que sutilmente descaracteriza a verdadeira missão da Igreja de Cristo Jesus.
***

Samuel Torralbo é pastor, colaborador do Púlpito Cristão e escreve em seu blog pessoal.
Via Púlpito Cristão

Uma Cartilha de Disciplina Eclesiástica (Jonathan Leeman) (1/4)


9marks-disciplina

O que você pensaria de um treinador que instrui os seus jogadores, mas nunca os faz exercitarem-se? Ou de um professor de matemática que explica a lição, mas nunca corrige os erros de seus alunos? Ou de um médico que fala sobre saúde, mas ignora um câncer?
Você provavelmente diria que todos eles estão fazendo apenas metade do seu trabalho. Treinamento atlético requer instruir e exercitar. Ensino requer explicar e corrigir. Medicina requer encorajar uma vida saudável e tratar a doença. Correto?
Então, o que você pensaria de uma igreja que ensina e discipula, mas não pratica a disciplina eclesiástica? Isso faz sentido para você? Eu presumo que faça sentido para muitas igrejas, porque toda igreja ensina e discipula, mas pouquíssimas praticam a disciplina eclesiástica. O problema é que fazer discípulos sem disciplina faz tanto sentido quanto um médico que ignora tumores.
Eu compreendo a relutância em praticar a disciplina eclesiástica. É um assunto difícil por uma série de razões. Ainda assim, essa relutância em praticar a disciplina eclesiástica, uma relutância que muitos de nós provavelmente sentem, pode sugerir que nós nos achamos mais sábios e mais amorosos do que Deus. Deus, afinal, “corrige o que ama” e “açoita a qualquer que recebe por filho” (Hb 12.6, ARC). Sabemos mais do que Deus?
Deus disciplina seus filhos para o bem de sua vida, crescimento e saúde: “Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade” (Hb 12.10). Sim, é doloroso, mas vale a pena: “Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça” (Hb 12.11). Um fruto de justiça e paz! Essa é uma linda imagem.
A disciplina eclesiástica, em última instância, conduz ao crescimento da igreja, assim como podar uma roseira faz que ela dê mais frutos. Dizendo de outra maneira, a disciplina eclesiástica é um aspecto do discipulado cristão. Observe que as palavras “discípulo” e “disciplina” são primas etimológicas. Ambas as palavras são tomadas do campo da educação, o qual envolve ensino ecorreção. Não surpreendentemente, há uma prática antiga de referir-se a “disciplina formativa” e “disciplina corretiva”.
Meu alvo nesta cartilha é introduzir o leitor aos aspectos básicos da disciplina eclesiástica corretiva – o “quê”, o “quando”, o “como”, e algumas palavras a mais sobre o “porquê”.

O que é disciplina eclesiástica?

O que é disciplina eclesiástica corretiva? Disciplina eclesiástica é o processo de corrigir o pecado na vida da congregação e dos seus membros. Isso pode significar corrigir o pecado por meio de uma admoestação feita em particular. E pode significar corrigir o pecado ao remover formalmente um indivíduo da membresia. A disciplina eclesiástica pode ser feita de uma série de maneiras, mas o alvo é sempre corrigir as transgressões da lei de Deus entre o povo de Deus.

Não retributiva, mas terapêutica, profética e proléptica

Essa correção do pecado não é um ato retributivo; não é a execução da justiça de Deus, per se. Em vez disso, é terapêutica, profética e proléptica. Por terapêutica, quero dizer que a disciplina é designada para ajudar o cristão individual e a congregação a crescerem em piedade – em semelhança a Deus. Se um membro da igreja é dado a fofocas ou calúnias, outro membro deveria corrigir o pecado de modo que o fofoqueiro irá parar de fofocar e, ao invés disso, passar a falar palavras de amor. Deus não usa suas palavras para ofender sem razão, tampouco o seu povo deveria fazê-lo.
Ao dizer que a disciplina eclesiástica é profética, quero dizer que ela faz brilhar a luz da verdade de Deus sobre o erro e o pecado. Ela expõe o câncer na vida de um indivíduo ou do corpo, de modo que o câncer possa ser arrancado. O pecado é um mestre dos disfarces. A fofoca, por exemplo, gosta de usar a máscara da “preocupação piedosa”. O fofoqueiro pode pensar que suas palavras são moderadas, generosas até. Contudo, a disciplina eclesiástica expõe o pecado como ele é. Ele expõe o pecado tanto para o pecador como para os demais envolvidos, de modo que todos podem aprender e beneficiar-se.
Ao dizer que a disciplina eclesiástica é proléptica, quero dizer que ela é uma pequena figura do julgamento, no presente, que alerta sobre um julgamento muito maior por vir (p. ex. 1Co 5.5). Esse alerta não é outra coisa senão gracioso. Suponha que um professor dê notas acima da média para um aluno ao longo do semestre, embora suas provas merecessem notas abaixo da média, com medo de desencorajá-lo; então, no final do semestre, o professor reprova o aluno. Isso não seria gracioso! Do mesmo modo, a disciplina eclesiástica é uma maneira amorosa de dizer a um indivíduo pego em pecado: “Cuidado, uma penalidade muito maior sobrevirá se você continuar nesse caminho. Por favor, volte atrás agora.”. Não é surpreendente que as pessoas não gostem da disciplina. É difícil. Mas quão misericordioso é Deus em avisar o seu povo do grande julgamento por vir, de modos comparativamente menos severos!

Fundamentos bíblico-teológicos

Por trás da disciplina eclesiástica está um dos projetos primordiais da história redentiva – o projeto de restaurar o povo caído de Deus ao lugar onde eles irão, mais uma vez, refletir a imagem de Deus à medida que estendem o seu governo benevolente e vivificador por toda a criação (Gn 1.26-28; 3.1-6).
Adão e Eva deveriam refletir a imagem de Deus. Assim também o reino de Israel. Contudo, a falha de Adão e Eva em representar o governo de Deus, impelida pelo desejo de governar em seus próprios termos, resultou no seu exílio do lugar de Deus, o Jardim. A falha semelhante de Israel em guardar a lei de Deus e refletir o caráter de Deus às nações também resultou em um exílio.
Como criaturas feitas à imagem de Deus, nossas ações intrinsecamente falam sobre ele, como espelhos representando o objeto com o qual se deparam. O problema é que a humanidade caída distorce a imagem de Deus, como espelhos de superfície ondulada. Uma vez que a humanidade caída fala mentiras, por exemplo, o mundo conclui que as próprias palavras de Deus não são confiáveis. Ele, também, deve ser um mentiroso.Tal é a criatura, tal deve ser o seu criador.
Ainda bem que um filho de Adão, um filho de Israel de fato guardou a lei de Deus perfeitamente; o mesmo a quem Paulo descreveria como “a imagem do Deus invisível” (Cl 1.15). Agora, aqueles que estão unidos a esse Filho são chamados a carregarem essa mesma “imagem”, o que nós aprendemos a fazer por meio da vida da igreja, “de um degrau de glória a outro” (ver 2Co 3.18); Rm 8.29; 1Co 15;49; Cl 3;9-10).
Igrejas locais deveriam ser aqueles lugares na terra aonde as nações podem ir para encontrar humanos que crescentemente refletem a imagem de Deus de modo verdadeiro e honesto. À medida que o mundo contempla a santidade, o amor e a unidade em igrejas locais, ele irá conhecer melhor como Deus é e irá render-lhe louvor (p. ex. Mt 5.14-16; Jo 13.34-35; 1Pe 2.12). A disciplina eclesiástica, então, é a resposta da igreja quando um dos seus falha em representar a santidade, o amor e a unidade de Deus, desobedecendo a Deus. É um esforço para corrigir falsas imagens à medida que elas se levantam na vida do corpo de Cristo, quase como polir manchas de sujeira para removê-las de um espelho.

Passagens específicas

Jesus concede a congregações locais a autoridade para disciplinar os seus em Mateus 16.16-19 e 18.15-20. O poder das chaves para ligar e desligar na terra, primeiro mencionado em Mateus 16.18, é entregue à congregação local em Mateus 18.15-20, o que consideraremos mais cuidadosamente adiante. Paulo descreve o processo da disciplina eclesiástica em uma variedade de lugares, incluindo 1Coríntios 5, 2Coríntios 2.6, Gálatas 6.1, Efésios 5.11, 1Tessalonicenses 5.14, 1Timóteo 5.19-20, 2Timóteo 3.5 e Tito 3.9-11.
João se refere a um tipo de disciplina em 2João 10. Judas parece tê-la em mente em Judas 22 e 23. Mais exemplos poderiam ser mencionados. De fato, a disciplina eclesiástica é o que Jesus e os autores bíblicos têm em mente cada vez que eles dizem aos seus ouvintes que corrijam o pecado em suas vidas conjuntamente.
Extraído do site www.9marks.org. Copyright © 2013 9Marks. Usado com Permissão. Original: A Church Discipline Primer
Tradução: Vinícius Silva Pimentel – Ministério Fiel © Todos os direitos reservados. Website:www.MinisterioFiel.com.br / www.VoltemosAoEvangelho.com. Original:  Uma Cartilha de Disciplina Eclesiástica (Jonathan Leeman) (1/4)

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Os Desigrejados

Por 
(reprint do post de 2010 - ainda bastante atual)
Para mim resta pouca dúvida de que a igreja institucional e organizada está hoje no centro de acirradas discussões em praticamente todos os quartéis da cristandade, e mesmo fora dela. O surgimento de milhares de denominações evangélicas, o poderio apostólico de igrejas neopentecostais, a institucionalização e secularização das denominações históricas, a profissionalização do ministério pastoral, a busca de diplomas teológicos reconhecidos pelo estado, a variedade infindável de métodos de crescimento de igrejas, de sucesso pastoral, os escândalos ocorridos nas igrejas, a falta de crescimento das igrejas tradicionais, o fracasso das igrejas emergentes – tudo isto tem levado muitos a se desencantarem com a igreja institucional e organizada.Alguns simplesmente abandonaram a igreja e a fé. Mas, outros, querem abandonar apenas a igreja e manter a fé. Querem ser cristãos, mas sem a igreja. 

Muitos destes estão apenas decepcionados com a igreja institucional e tentam continuar a ser cristãos sem pertencer ou frequentar nenhuma. Todavia, existem aqueles que, além de não mais frequentarem a igreja, tomaram esta bandeira e passaram a defender abertamente o fracasso total da igreja organizada, a necessidade de um cristianismo sem igreja e a necessidade de sairmos da igreja para podermos encontrar Deus. Estas idéias vêm sendo veiculadas através de livros, palestras e da mídia. Viraram um movimento que cresce a cada dia. São os desigrejados.
Muitos livros recentes têm defendido a desigrejação do cristianismo (*). 

Em linhas gerais, os desigrejados defendem os seguintes pontos.

1) Cristo não deixou qualquer forma de igreja organizada e institucional.

2) Já nos primeiros séculos os cristãos se afastaram dos ensinos de Jesus, organizando-se como uma instituição, a Igreja, criando estruturas, inventando ofícios para substituir os carismas, elaborando hierarquias para proteger e defender a própria instituição, e de tal maneira se organizaram que acabaram deixando Deus de fora. Com a influência da filosofia grega na teologia e a oficialização do cristianismo por Constantino, a igreja corrompeu-se completamente.

3) Apesar da Reforma ter se levantado contra esta corrupção, os protestantes e evangélicos acabaram caindo nos mesmíssimos erros, ao criarem denominações organizadas, sistemas interligados de hierarquia e processos de manutenção do sistema, como a disciplina e a exclusão dos dissidentes, e ao elaborarem confissões de fé, catecismos e declarações de fé, que engessaram a mensagem de Jesus e impediram o livre pensamento teológico.

4) A igreja verdadeira não tem templos, cultos regulares aos domingos, tesouraria, hierarquia, ofícios, ofertas, dízimos, clero oficial, confissões de fé, rol de membros, propriedades, escolas, seminários.

5) De acordo com Jesus, onde estiverem dois ou três que crêem nele, ali está a igreja, pois Cristo está com eles, conforme prometeu em Mateus 18. Assim, se dois ou três amigos cristãos se encontrarem no Frans Café numa sexta a noite para falar sobre as lições espirituais do filme O Livro de Eli, por exemplo, ali é a igreja, não sendo necessário absolutamente mais nada do tipo ir à igreja no domingo ou pertencer a uma igreja organizada.

6) A igreja, como organização humana, tem falhado e caído em muitos erros, pecados e escândalos, e prestado um desserviço ao Evangelho. Precisamos sair dela para podermos encontrar a Deus.

Eu concordo com vários dos pontos defendidos pelos desigrejados. Infelizmente, eles estão certos quanto ao fato de que muitos evangélicos confundem a igreja organizada com a igreja de Cristo e têm lutado com unhas e dentes para defender sua denominação e sua igreja, mesmo quando estas não representam genuinamente os valores da Igreja de Cristo. Concordo também que a igreja de Cristo não precisa de templos construídos e nem de todo o aparato necessário para sua manutenção. Ela, na verdade, subsistiu de forma vigorosa nos quatro primeiros séculos se reunindo em casas, cavernas, vales, campos, e até cemitérios. Os templos cristãos só foram erigidos após a oficialização do Cristianismo por Constantino, no séc. IV.

Os desigrejados estão certos ao criticar os sistemas de defesa criados para perpetuar as estruturas e a hierarquia das igrejas organizadas, esquecendo-se das pessoas e dando prioridade à organização. Concordo com eles que não podemos identificar a igreja com cultos organizados, programações sem fim durante a semana, cargos e funções como superintendente de Escola Dominical, organizações internas como uniões de moços, adolescentes, senhoras e homens, e métodos como células, encontros de casais e de jovens, e por ai vai. E também estou de acordo com a constatação de que a igreja institucional tem cometido muitos erros no decorrer de sua longa história.

Dito isto, pergunto se ainda assim está correto abandonarmos a igreja institucional e seguirmos um cristianismo em vôo solo. Pergunto ainda se os desigrejados não estão jogando fora o bebê junto com a água suja da banheira. Ao final, parece que a revolta deles não é somente contra a institucionalização da igreja, mas contra qualquer coisa que imponha limites ou restrições à sua maneira de pensar e de agir. Fico com a impressão que eles querem se livrar da igreja para poderem ser cristãos do jeito que entendem, acreditarem no que quiserem – sendo livres pensadores sem conclusões ou convicções definidas – fazerem o que quiserem, para poderem experimentar de tudo na vida sem receio de penalizações e correções. Esse tipo de atitude anti-instituição, antidisciplina, anti-regras, anti-autoridade, antilimites de todo tipo se encaixa perfeitamente na mentalidade secular e revolucionária de nosso tempo, que entra nas igrejas travestida de cristianismo.
É verdade que Jesus não deixou uma igreja institucionalizada aqui neste mundo. Todavia, ele disse algumas coisas sobre a igreja que levaram seus discípulos a se organizarem em comunidades ainda no período apostólico e muito antes de Constantino.

1) Jesus disse aos discípulos que sua igreja seria edificada sobre a declaração de Pedro, que ele era o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.15-19). A igreja foi fundada sobre esta pedra, que é a verdade sobre a pessoa de Jesus (cf. 1Pd 2.4-8). O que se desviar desta verdade – a divindade e exclusividade da pessoa de Cristo – não é igreja cristã. Não admira que os apóstolos estivessem prontos a rejeitar os livre-pensadores de sua época, que queriam dar uma outra interpretação à pessoa e obra de Cristo diferente daquela que eles receberam do próprio Cristo. As igrejas foram instruídas pelos apóstolos a rejeitar os livre-pensadores como os gnósticos e judaizantes, e libertinos desobedientes, como os seguidores de Balaão e os nicolaítas (cf. 2Jo 10; Rm 16.17; 1Co 5.11; 2Ts 3.6; 3.14; Tt 3.10; Jd 4; Ap 2.14; 2.6,15). Fica praticamente impossível nos mantermos sobre a rocha, Cristo, e sobre a tradição dos apóstolos registrada nas Escrituras, sem sermos igreja, onde somos ensinados, corrigidos, admoestados, advertidos, confirmados, e onde os que se desviam da verdade apostólica são rejeitados.

2) A declaração de Jesus acima, que a sua igreja se ergue sobre a confissão acerca de sua Pessoa, nos mostra a ligação estreita, orgânica e indissolúvel entre ele e sua igreja. Em outro lugar, ele ilustrou esta relação com a figura da videira e seus galhos (João 15). Esta união foi muito bem compreendida pelos seus discípulos, que a compararam à relação entre a cabeça e o corpo (Ef 1.22-23), a relação marido e mulher (Ef 5.22-33) e entre o edifício e a pedra sobre o qual ele se assenta (1Pd 2.4-8). Os desigrejados querem Cristo, mas não querem sua igreja. Querem o noivo, mas rejeitam sua noiva. Mas, aquilo que Deus ajuntou, não o separe o homem. Não podemos ter um sem o outro.

3) Jesus instituiu também o que chamamos de processo disciplinar, quando ensinou aos seus discípulos de que maneira deveriam proceder no caso de um irmão que caiu em pecado (Mt 18.15-20). Após repetidas advertências em particular, o irmão faltoso, porém endurecido, deveria ser excluído da “igreja” – pois é, Jesus usou o termo – e não deveria mais ser tratado como parte dela (Mt 18.17). Os apóstolos entenderam isto muito bem, pois encontramos em suas cartas dezenas de advertências às igrejas que eles organizaram para que se afastassem e excluíssem os que não quisessem se arrepender dos seus pecados e que não andassem de acordo com a verdade apostólica. Um bom exemplo disto é a exclusão do “irmão” imoral da igreja de Corinto (1Co 5). Não entendo como isto pode ser feito numa fraternidade informal e livre que se reúne para bebericar café nas sextas à noite e discutir assuntos culturais, onde não existe a consciência de pertencemos a um corpo que se guia conforme as regras estabelecidas por Cristo.

4) Jesus determinou que seus seguidores fizessem discípulos em todo o mundo, e que os batizassem e ensinassem a eles tudo o que ele havia mandado (Mt 28.19-20). Os discípulos entenderam isto muito bem. Eles organizaram os convertidos em igrejas, os quais eram batizados e instruídos no ensino apostólico. Eles estabeleceram líderes espirituais sobre estas igrejas, que eram responsáveis por instruir os convertidos, advertir os faltosos e cuidar dos necessitados (At 6.1-6; At 14.23). Definiram claramente o perfil destes líderes e suas funções, que iam desde o governo espiritual das comunidades até a oração pelos enfermos (1Tm 31-13; Tt 1.5-9; Tg 5.14).

5) Não demorou também para que os cristãos apostólicos elaborassem as primeiras declarações ou confissões de fé que encontramos (cf. Rm 10.9; 1Jo 4.15; At 8.36-37; Fp 2.5-11; etc.), que serviam de base para a catequese e instrução dos novos convertidos, e para examinarem e rejeitarem os falsos mestres. Veja, por exemplo, João usando uma destas declarações para repelir livre-pensadores gnósticos das igrejas da Ásia (2Jo 7-10; 1Jo 4.1-3). Ainda no período apostólico já encontramos sinais de que as igrejas haviam se organizado e estruturado, tendo presbíteros, diáconos, mestres e guias, uma ordem de viúvas e ainda presbitérios (1Tm 3.1; 5.17,19; Tt 1.5; Fp 1.1; 1Tm 3.8,12; 1Tm 5.9; 1Tm 4.14). O exemplo mais antigo que temos desta organização é a reunião dos apóstolos e presbíteros em Jerusalém para tratar de um caso de doutrina – a inclusão dos gentios na igreja e as condições para que houvesse comunhão com os judeus convertidos (At 15.1-6). A decisão deste que ficou conhecido como o “concílio de Jerusalém” foi levada para ser obedecida nas demais igrejas (At 16.4), mostrando que havia desde cedo uma rede hierárquica entre as igrejas apostólicas, poucos anos depois de Pentecostes e muitos anos antes de Constantino.

6) Jesus também mandou que seus discípulos se reunissem regularmente para comer o pão e beber o vinho em memória dele (Lc 22.14-20). Os apóstolos seguiram a ordem, e reuniam-se regularmente para celebrar a Ceia (At 2.42; 20.7; 1Co 10.16). Todavia, dada à natureza da Ceia, cedo introduziram normas para a participação nela, como fica evidente no caso da igreja de Corinto (1Co 11.23-34). Não sei direito como os desigrejados celebram a Ceia, mas deve ser difícil fazer isto sem que estejamos na companhia de irmãos que partilham da mesma fé e que crêem a mesma coisa sobre o Senhor.

É curioso que a passagem predileta dos desigrejados – “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18.20) – foi proferida por Jesus no contexto da igreja organizada. Estes dois ou três que ele menciona são os dois ou três que vão tentar ganhar o irmão faltoso e reconduzi-lo à comunhão da igreja (Mt 18.16). Ou seja, são os dois ou três que estão agindo para preservar a pureza da igreja como corpo, e não dois ou três que se separam dos demais e resolvem fazer sua própria igrejinha informal ou seguir carreira solo como cristãos.

O meu ponto é este: que muito antes do período pós-apostólico, da intrusão da filosofia grega na teologia da Igreja e do decreto de Constantino – os três marcos que segundo os desigrejados são responsáveis pela corrupção da igreja institucional – a igreja de Cristo já estava organizada, com seus ofícios, hierarquia, sistema disciplinar, funcionamento regular, credos e confissões. A ponto de Paulo se referir a ela como “coluna e baluarte da verdade” (1Tm 3.15) e o autor de Hebreus repreender os que deixavam de se congregar com os demais cristãos (Hb 10.25). O livro de Atos faz diversas menções das “igrejas”, referindo-se a elas como corpos definidos e organizados nas cidades (cf. At 15.41; 16.5; veja também Rm 16.4,16; 1Co 7.17; 11.16; 14.33; 16.1; etc. – a relação é muito grande).

No final, fico com a impressão que os desigrejados, na verdade, não são contra a igreja organizada meramente porque desejam uma forma mais pura de Cristianismo, mais próxima da forma original – pois esta forma original já nasceu organizada e estruturada, nos Evangelhos e no restante do Novo Testamento. Acho que eles querem mesmo é liberdade para serem cristãos do jeito deles, acreditar no que quiserem e viver do jeito que acham correto, sem ter que prestar contas a ninguém. Pertencer a uma igreja organizada, especialmente àquelas que historicamente são confessionais e que têm autoridades constituídas, conselhos e concílios, significa submeter nossas idéias e nossa maneira de viver ao crivo do Evangelho, conforme entendido pelo Cristianismo histórico. Para muitos, isto é pedir demais.

Eu não tenho ilusões quanto ao estado atual da igreja. Ela é imperfeita e continuará assim enquanto eu for membro dela. A teologia Reformada não deixa dúvidas quanto ao estado de imperfeição, corrupção, falibilidade e miséria em que a igreja militante se encontra no presente, enquanto aguarda a vinda do Senhor Jesus, ocasião em que se tornará igreja triunfante. Ao mesmo tempo, ensina que não podemos ser cristãos sem ela. Que apesar de tudo, precisamos uns dos outros, precisamos da pregação da Palavra, da disciplina e dos sacramentos, da comunhão de irmãos e dos cultos regulares.

Cristianismo sem igreja é uma outra religião, a religião individualista dos livre-pensadores, eternamente em dúvida, incapazes de levar cativos seus pensamentos à obediência de Cristo.------------------------------------------------------------------------------------------
NOTA:(*) Podemos mencionar entre eles: George Barna, Revolution (Revolução), 2005; William P. Young, The Shack: a novel (A Cabana: uma novela), 2007; Brian Sanders, Life After Church(Vida após a igreja), 2007; Jim Palmer, Divine Nobodies: shedding religion to find God(Joões-ninguém divinos: deixando a religião para encontrar a Deus), 2006; Martin Zener,How to Quit Church without Quitting God (Como deixar a Igreja sem deixar a Deus), 2002; Julia Duin, Quitting Church: why the faithful are fleeing and what to do about it (Deixando a Igreja: por que os fiéis estão saindo e o que fazer a respeito disto), 2008; Frank Viola,Pagan Christianity? Exploring the roots of our church practices (Cristianismo pagão? Explorando as raízes das nossas práticas na Igreja), 2007; Paulo Brabo, Bacia das Almas: Confissões de um ex-dependente de igreja (2009).

Fonte:O Tempora, O Mores

Atentado terrorista a igreja no Paquistão resulta na morte de 81 fiéis e mais de 130 feridos graves

Atentado terrorista a igreja no Paquistão resulta na morte de 81 fiéis e mais de 130 feridos graves

Um ataque terrorista suicida neste domingo, 22/09, em frente a uma igreja cristã no Paquistão resultou na morte de 81 fiéis e ferimentos graves em outros 130 até o momento.
Dois terroristas acionaram as bombas amarradas ao corpo por volta do meio dia, horário local, horário em que a celebração matutina estava sendo encerrada.
Autoridades de Peshawar, localidade onde houve o atentado, afirmam que nenhum grupo ativista reivindicou a autoria do ataque. A região é conhecida como alvo de diversas ações extremistas de grupos muçulmanos talibãs.
A imprensa internacional tem relatado o caso como um dos ataques mais graves e mortíferos cometidos contra cristãos no Paquistão, que é majoritariamente muçulmano, enquanto cristãos somam apenas 2%.
“A maioria dos feridos está em situação crítica”, afirmou  Sahibzada Annes, porta-voz da prefeitura de Peshawar. “Estamos em um local que é alvo potencial para os terroristas; foram tomadas medidas especiais para proteger estas igrejas. Ainda estamos na fase de socorros, mas quando terminar investigaremos para saber o que falhou”, acrescentou.
O ataque é considero o pior da história contra os cristãos do Paquistão e tem gerado protestos da comunidade contra o governo acusando-o de nada fazer para evitar e responder a essas tragédias. Nesta segunda-feira centenas de cristãos fecharam ruas de diversas cidades paquistanesas pedindo justiça, proteção e menos violência.
A Judullah, braço paquistanês do Talibã, assumiu a autoria do atentado e avisou que “todos os não-muçulmanos no Paquistão são nossos alvos” e exigiu o fim da utilização de drones americanos no espaço aéreo paquistanês, segundo a Associated Press.
Em pronunciamento oficial após o atentado, o Papa Francisco afirmou que “hoje no Paquistão, por uma opção equivocada de ódio e guerra, foi cometido um atentado (…) mas esse não é o caminho, é preciso encontrar o caminho para construir a paz e um mundo melhor”, disse ele.
Por Tiago Chagas e Renato Cavallera
Fonte:Gospel+

Site quer expor “pastores que expõe o evangelho ao ridículo”


Pastor usa tirolesa na igreja e o que pede ofertas para mudar a cor do jatinho estão entre as denúncias
por Jarbas Aragão

Site quer expor “pastores que expõe o evangelho ao ridículo”Site quer expor "pastores que expõe o evangelho ao ridículo"
Não é só no Brasil que os evangélicos veem pastores abusar do que seria considerado “bom senso”. Um escândalo aqui, uma heresia ali e o grande público vai se acostumando a ver alguns pastores como altruístas, outros como pessoas excêntricas, e muitos tantos como apenas exploradores da fé alheia.
O site Pimp Preacher, que em tradução livre seria “pastor cafetão”, dedica-se a denunciar (e perturbar via redes sociais) todos aqueles que têm uma conduta pública que não colaborem para o bom nome da igreja de Cristo.
Pode não ser a primeira iniciativa do tipo, mas ele tem chamado atenção de muitos pregadores, comemorando toda vez que percebem que estão sendo ouvidos. Mesclando pitadas de humor com uma boa dose de teologia, ele acabou criando uma rede que chama de “Preacher Bureau of Investigation”, um trocadilho com o FBI. O objetivo é coletar denúncias de falsos ensinamentos e abusos financeiros para “expor os pastores que expõe o evangelho ao ridículo”.
Seu programa de rádio online usa o tradicional formato de talk-show para analisar duas vezes por semana o que chamam de “falsos profetas” e investigar biblicamente seus ensinamentos ou atitudes.
Algumas vezes são apenas coisas bizarras, como o pastor Rod Parsley chegando ao púlpito da igreja World Harvest numa tirolesa, ao som da trilha de Missão Impossível. A entrada triunfal visava chamar atenção das pessoas para o fato de que, para Deus, nada é impossível. Uma provocação é feita pelo site ao comparar a grande semelhança da estrutura da igreja de Parsley com a tenda de um circo.
Veja o vídeo abaixo:
Outras denúncias são sérias e bem pontuadas como o debate sobre a veracidade (ou não) do recente documentário “Mission Congo”. O filme liga o televangelista Pat Robertson a um esquema de exploração ilegal de diamantes na África. Os produtores do filme, Lara Zizic and David Turner, o estão apresentando em diversos festivais de cinema e poderão ser processados pelo ministério de Robertson.
Não há provas concretas, embora o governo americano tenha investigado as denuncias que começaram em 1998. Os advogados de Robertson alegam que se trata de uma campanha difamatória infundada, que foi “requentada” em formato de filme.
Outras situações simplesmente carecem de sentido, como o pedido do televangelista Mark T. Barclay, que usa o título de “pregador da justiça”. Ele é conhecido pela ênfase de seu ministério em “palavras proféticas” e “prosperidade dos justos”. Preside ainda o Instituto de Treinamento Sobrenatural para Ministros. Recentemente, diz o Pimp Preacher, Barclay enviou uma correspondência para todos os seus “parceiros de ministério” com um pedido inusitado.
Ele precisava de US$79,000 para reparar a pintura do jatinho Citation III 650, que fora comprado pelo seu ministério em 2012. Trata-se de um “instrumento vital para a pregação”, mas que “pertence ao Senhor” e por isso ele se senti a vontade para pedir ofertas específicas.
O Pimp Preacher elege semanalmente uma pessoa/ministério para “analisar”. Reúne as denúncias e pede que pessoas que conhecem ou estejam envolvidas com essas igrejas deem sua opinião. Também trata de questões políticas que envolvem pastores ou os cristãos em geral.
Sua mais recente “vitória” foi uma campanha na internet para que o bispo Charles E. Williams, da igreja Covenant of Zion Cathedral, pagasse a pensão alimentícia de sua filha, que estava atrasada por mais de dois meses. Os responsáveis pelo site ligaram para o bispo e falaram sobre isso. Em dois dias, Willians quitou a dívida.
Para os muitos evangélicos que escrevem para o site questionando por que eles fazem isso ou dizendo que não podem fazê-lo, eles esclarecem que não tem prazer, mas creem ser necessário. Em seu site aparece apenas uma justificativa: “Pois chegou a hora de começar o julgamento pela casa de Deus; e, se começa primeiro conosco, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?” (1 Pe 4:17). Com informações de Blog Talk Radio e Pimp Preacher.
Fonte:GP

Israel pode substituir todo dinheiro do país por transações com chip


O governo cria uma comissão para estudar como eliminar dinheiro e mudar a economia israelense.
por Jarbas Aragão
Pare, leia e pense!
Israel pode substituir todo dinheiro do país por transações com chipIsrael pode substituir todo dinheiro do país por transações com chip
Duas semanas atrás, o governo de Israel anunciou a criação de uma comissão que irá estudar formas de eliminar o dinheiro circulando no país. Segundo foi anunciado, seria a melhor maneira de impedir os cidadãos de sonegar impostos. O comitê será presidido por Harel Locker, diretor do Escritório do Primeiro-Ministro.
O dinheiro de papel seria substituído por transações eletrônicas, feitas com cartões de chip. Com as novas tecnologias, os bancos podem controlar quanto as pessoas tem em suas contas e quanto podem retirar. As empresas de cartão atuais registram quanto as pessoas gastam mas o governo não tem controle.
Os membros do grupo de estudo incluem a Polícia Federal de Israel, a Autoridade Tributária, a  Autoridade Governamental de Lavagem de Dinheiro e Terror, o Banco Federal de Israel e funcionários da Procuradoria do Estado, entre outros.
O consenso é que o dinheiro como é atualmente usado permite que as pessoas usem subterfúgios para fugir dos impostos. Não há como rastrear muitas das transações feitas em cash e utilizando “laranjas”. Em uma economia sem dinheiro, todos os registros são eletrônicos, e os impostos seriam cobrados em tempo real. Para a economia do país é uma questão muito mais confiável, já que taxas administrativas sobre as transações eletrônicas são comuns em Israel.
Funcionários no gabinete do primeiro-ministro justificam: “em todo o mundo, sabe-se que o dinheiro é um elemento-chave da economia ilegal e da lavagem de dinheiro. Ele permite a existência de uma grande diferença entre os rendimentos relatados e real… Ao eliminar o dinheiro vivo, será possível ampliar a base de tributação e prevenir a lavagem de dinheiro”.
O comitê não estabeleceu um prazo para a decisão final, mas o tamanho do país pode colaborar para que seja rapidamente implantado. Cédulas e moedas representam menos de 10% da economia dos países da zona do Euro e de 7% nos EUA, segundo o Banco de Compensações Internacionais, organização que reúne os bancos centrais do mundo.
Ano passado, a Suécia anunciou que estava criando um sistema de economia totalmente digital, baseado em chips especiais para smartphones. Eles seriam acessados pelas impressões digitais, como o que já está presente na nova geração de iPhones.
Oscar Swartz, fundador do maior provedor de Internet da Suécia, diz que um dos problemas é justamente deixar um “rastro” das transações.  “A pessoa deve ser capaz de gastar seu dinheiro sem ser rastreado o tempo todo”, diz ele, levantando a questão da privacidade.
Mas esse exatamente é um dos argumentos dos governos para abdicar do papel-moeda, a capacidade de identificar de onde o dinheiro está saindo e para onde vai.
A Inglaterra já tem um sistema em fase de testes, que funciona tanto em lojas quanto para pagamento de ônibus.  Na Ásia, o sistema “payWave” já é popular e acabou com o tempo de espera para pagamento em lanchonetes, postos de gasolina e cinemas, por exemplo. Basta passar com seu cartão com chip perto do caixa eletrônico e clicar um botão concordando com o desconto do valor em sua conta.
A dificuldade, por enquanto, é unificar pagamentos via internet, cartões de crédito e dinheiro vivo. Uma unificação do sistema parece ser o único caminho, mas a questão central é quem controlará a emissão desse dinheiro virtual, elemento básico da economia de um país.
Os especialistas em profecias há muito indicam que o cumprimento de Apocalipse 13:16 viria pela substituição do dinheiro por algum sistema eletrônico e biométrico, entendido assim: “A todos, os pequenos e os grandes e os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte (testa), para que ninguém possa comprar ou vender, se não aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome”. Com informações Israel National News, Inquirer e Independent.
Fonte:gospelprime

Pastores presos por causa da fé ganham dezenas de muçulmanos para Cristo


Pastor Jamal levou 28 a Cristo na cadeia; com Abedini foram 30.
por Jarbas Aragão

Pastores presos por causa da fé ganham dezenas de muçulmanos para CristoPresos por causa da fé ganham dezenas de muçulmanos para Cristo
Após um final de semana marcado pelo conflito entre muçulmanos e cristãos que deixou dezenas de mortos no Quênia e no Paquistão, surgem notícias distintas vindas do Irã.
A esposa do pastor Saeed Abedini, que está há 12 meses em uma penitenciária no Irã por causa de sua fé, divulgou que o marido permanece pregando sobre Jesus Cristo na prisão.
Naghmeh Abedini falou aos estudantes da Universidade Evangélica Liberty sobre o sofrimento de sua família. Contou que, apesar de ser torturado e ouvir que se não voltar ao islamismo será morto, seu marido já levou 30 pessoas a Cristo. Ele está em Evin, considerada uma das piores prisões do mundo.
Dia 26 de setembro ele completa um ano de prisão e uma nova campanha de oração em favor do pastor Saeed está sendo realizada por ministérios de todo o mundo. Hassan Houhani, o novo presidente do Irã, tomou posse no mês passado. Ele tem se mostrado mais moderado que seu antecessor. Esta semana ele fará sua primeira viagem aos Estados Unidos para falar na assembleia geral das Nações Unidas. O Centro Americano para Lei e Justiça divulgou um comunicado que essa é a melhor hora para o governo Obama “falar, exortar o Irã a libertar o pastor Saeed”.
Um dos motivos dessa confiança é o caso de Ali Abdi Hamzah, também conhecido como “Pastor Jamal”. Ele recebeu um perdão presidencial inédito. Quem divulgou a notícia foi Terry Law, missionário americano que trabalha com a igreja perseguida através do seu ministério, Compaixão Mundial.
“Isso nunca aconteceu antes. É a primeira vez que o perdão é concedido a um muçulmano que se converteu ao cristianismo e passou a pregar a fé cristã a outros muçulmanos”, comemora.
Ao total, foram 21 meses de prisão. Em julho de 2011 ele foi condenado a cinco anos de prisão no Iraque, acusado de ser um espião do Irã. Na verdade, o pastor estava distribuindo alimentos às pessoas necessitadas e pregando o evangelho nos campos de refugiados de guerra.
“Desde 2010 ele trabalhava conosco no Curdistão. Ficou detido por 14 meses sem acusação formal. Durante esse período, tentamos desesperadamente tirá-lo da cadeia”, conta Law.
Os curdos são um povo sem Estado, que vivem na região entre o norte do Iraque, o sul da Turquia e noroeste do Irã. Embora não tenham o reconhecimento dos outros países, possuem um governo paralelo. De maioria muçulmana, não permitem a mudança de religião.
O pastor Jamal estava doente. Foi detectado um tumor e ele precisava de tratamento. Agora solto, ele poderá receber acompanhamento médico. Ao sair da prisão, Jamal divulgou que levou 28 prisioneiros a Jesus Cristo. O governo dos EUA, juntamente com Terry Law negociaram sua libertação com Karim Sanjari, ministro do Interior da região curda. O atual presidente do Curdistão, Massoud Barzani é de origem iraniana. Ele assinou o perdão oficial, e por isso Jamal foi liberto da prisão após quase dois anos. Com informações de Protestante Digital e Charisma News.Fonte GP

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