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sábado, 20 de abril de 2013

A Trindade: da teoria à prática - Parte 3/5


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Por Rev. Leandro Lima


Aspectos Bíblicos da doutrina da Trindade

Aqueles que negam a existência da Trindade, em geral acusam os trinitarianos de inventar uma doutrina que não está na Bíblia. Embora o termo “Trindade” realmente não seja encontrado na Escritura, existe toda uma convicção de que essa doutrina é amplamente comprovada pelos textos sagrados. Aliás, de onde tal doutrina poderia surgir senão da Revelação de Deus? Quem poderia formular essa doutrina do nada?

A igreja teve que reconhecer e defender a Trindade exatamente para poder conciliar os elementos bíblicos. Como crer que há somente um Deus como as Escrituras afirmam (Dt 6.4), se as próprias Escrituras dizem que Jesus também é Deus (Jo 20.28)? E do mesmo modo afirma que Jesus e o Pai são pessoas distintas (Mt 3.16-17)?

Evidências do Antigo Testamento

No Antigo Testamento podemos encontrar indícios da existência da Trindade. Ela não está explicitamente exposta no Antigo Testamento, mas à luz da revelação do Novo Testamento podemos ver indícios claros dessa doutrina ainda no Antigo Testamento.

Uma coisa que fica absolutamente clara é a ênfase do Antigo Testamento na unicidade de Deus (Dt 4.35,39; 32.39; 2Sm 22.32; Is 37.20; 43.10). A principal confissão de fé do povo hebreu em Deuteronômio 6.4 diz: “Ouve Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Da mesma forma Isaías 45.18 diz: “Porque assim diz o SENHOR, que criou os céus, o único Deus, que formou a terra, que a fez e a estabeleceu; que não a criou para ser um caos, mas para ser habitada: Eu sou o SENHOR, e não há outro”. Porém, encontramos em muitos outros textos claras indicações de que dentro da divindade há mais de uma pessoa.

O Nome de Deus

O título “Elohim”, traduzido como Deus em Gênesis 1.1, é o nome mais comum aplicado à divindade no Antigo Testamento. Esse nome está no plural. Isso por si só não quer dizer que haja três pessoas na divindade, mas de alguma maneira implica em pluralidade dentro da divindade. Entendemos o texto de Gênesis 1.1-3 à luz do texto de João 1.1-2 como sendo uma referência à obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na Criação.

A comunicação de Deus consigo mesmo

Textos como Gênesis 1.26, 3.22, 11.7 e Isaías 6.8 têm sido bastante difíceis de explicar. Nesses textos é como se Deus falasse consigo mesmo na primeira pessoa do plural: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” (Gn 1.26). Com quem Deus estava falando nesses momentos? Certamente não era com os anjos, pois o homem não foi feito à semelhança dos anjos, nem os anjos estão no mesmo nível de Deus. [5] E a Bíblia não diz que Deus tome conselho com anjos ou qualquer outra criatura (Is 40.13-14). A resposta mais plausível é que Deus falava consigo mesmo dentro da Trindade.
Esse entendimento só é possível à luz da revelação do Novo Testamento, a qual de uma maneira ainda mais clara demonstra o relacionamento dentro da Trindade, conforme pode ser visto nas palavras do próprio Jesus: “Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” (Jo 14.23). O mesmo “nós” dos textos do Antigo Testamento pode ser visto no relacionamento de Jesus com o Pai.

A repetição dos nomes de Deus na Bênção Araônica

Na Bênção Araônica lemos: “O SENHOR te abençoe e te guarde; o SENHOR faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti; o SENHOR sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz” (Nm 6.24-26). Três vezes aparece no texto o título SENHOR. À luz da revelação do Novo Testamento, especialmente da Bênção Apostólica, onde as três pessoas estão claramente distintas (2Co 13.13), conseguimos ver na Bênção Araônica indícios da Trindade. [6]

O Anjo do SENHOR

Uma boa referência do Antigo Testamento sobre a Trindade encontra-se na pessoa do Anjo do SENHOR. O caso é que algumas vezes esse Anjo, que deve ser distinguido dos demais anjos, se identifica com o próprio Senhor, enquanto que em outras ocasiões ele é distinguido do Senhor, o que nos leva a pensar em pluralidade de personalidade (Ver Gn 16.7-13; 22.15-16; Gn 31.11-13; Ex 3.2-6; Ex 23.23, 32.34 e Nm 20.16). Geralmente associa-se essa figura do Anjo do SENHOR com a Segunda Pessoa da Trindade.

Aparições de Deus

Talvez a prova mais evidente do Antigo Testamento com relação à Trindade encontre-se nas aparições de Deus. A Escritura do Novo Testamento diz que ninguém jamais viu a Deus (Jo 1.18; 5.37; 6.46; 1Jo 4.12). Como explicar, então, todas as supostas aparições de Deus no Antigo Testamento? (Gn 18.1; 28.13; Ex 33.18-23; Dt 34.10). João mesmo explica: “Ninguém jamais viu a Deus, o Deus unigênito que está no seio do Pai, é quem o revelou” (Jo 1.18). João chamou Jesus de Logos (Jo 1.1) que é traduzido como Palavra ou Verbo, e traz a ideia de fala ou comunicação.

Entendemos então, que Jesus foi o revelador da pessoa divina no Antigo Testamento. Jesus disse que Abraão havia visto o seu dia, pois existia antes de Abraão (Jo 8.56-58), referindo-se com certeza à ocasião da destruição de Sodoma e Gomorra, quando Abraão viu o Senhor, conforme relata Gênesis 18.1:“Apareceu o SENHOR a Abraão nos carvalhais de Manre, quando ele estava assentado à entrada da tenda, no maior calor do dia”. Quem Abraão viu naquele dia, foi o próprio Jesus antes de sua encarnação. Depois daquele encontro, os anjos desceram e destruíram as cidades.

Outro texto que ajuda a perceber que Jesus se manifestou no Antigo Testamento é João 12.37-41: “E, embora tivesse feito tantos sinais na sua presença, não creram nele, para se cumprir a palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor? Por isso, não podiam crer, porque Isaías disse ainda: Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, para que não vejam com os olhos, nem entendam com o coração, e se convertam, e sejam por mim curados. Isto disse Isaías porque viu a glória dele e falou a seu respeito”. Note que João disse que Isaías viu a glória de Jesus. Mas, quando, e em que ocasião? O verso 40 é uma citação direta do capítulo 6 de Isaías. E podemos ler o seguinte no início do capítulo 6:

“No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos!” (1-5).

Isaías disse ter visto o SENHOR dos Exércitos. E se João disse que Isaías tinha visto Jesus, então o SENHOR e Jesus são a mesma pessoa. A conclusão é que todas as vezes que Deus foi visto no Antigo Testamento, era a Segunda Pessoa da Trindade se manifestando. Portanto, o Antigo Testamento tem bons indícios da existência da Trindade.

Provas do Novo Testamento

O Novo Testamento é muito mais decisivo em sua ênfase trinitária. Há muitos relatos que nos dão a justa ideia de que Deus é um e é três ao mesmo tempo.

No Batismo de Jesus

O texto do batismo de Jesus narra: “Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.16-17). Note que há três personagens presentes no relato. Jesus está sendo batizado, o Espírito está descendo sobre ele, e o Pai está falando dos céus. Inconfundivelmente, aí estão, simultaneamente as três pessoas da Trindade.

Na Fórmula Batismal

Jesus disse: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19). Nesse texto, não somente as três pessoas são citadas conjuntamente, como a expressão “em nome” está no singular. A Escritura não diz “batizando-os no nome do Pai, no nome do Filho e no nome do Espírito Santo”. Há apenas um nome para o Deus que subsiste em três pessoas.

Na Bênção Apostólica

O texto diz: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós” (2Co 13.13). Por que Paulo colocaria esses três nomes em pé de igualdade, se não considerasse como pessoas da mesma divindade? Seria Paulo idólatra? Então, fica claro que a Bíblia afirma a existência da Trindade.

Em Apocalipse 1.4-5 a Bênção é pronunciada de forma ligeiramente diferenciada, mas as três pessoas estão presentes: “Graça e paz a vós outros, da parte daquele que é, que era e que há de vir, da parte dos sete Espíritos que se acham diante do seu trono e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra”.

Na obra da Salvação

A Escritura mostra em passagens como 1Pedro 1.1-2 e Judas 20-22, Pai, Filho e Espírito Santo agindo em pé de igualdade na vida dos crentes na eleição, na redenção e durante todo o processo da santificação. A Trindade conjuntamente age em favor dos escolhidos.

Na Capacitação da igreja

Nas passagens de 1Coríntios 12.4-6 e Efésios 4.4-6 que tratam da maneira como Deus capacita sua igreja, para em unidade, desenvolver sua tarefa no mundo, as três pessoas da Trindade são mencionadas como sendo a base pela qual a igreja sobrevive e age no mundo. João 14.16 também faz menção da Trindade, mas nesse caso é o Espírito Santo que vem através do pedido do Filho ao Pai para substituir o próprio Filho no meio da igreja.

No Ensino de Cristo

Ao mesmo tempo em que Cristo disse que Deus era seu Pai que estava no céu (Mt 5.16; 7.21; 11.25-27), disse que não eram a mesma pessoa (Mt 16.27; Jo 10.17), e disse também que era “Um” com ele (Jo 10.30, 38). A comparação entre as palavras de Jesus nos leva a crer que existe mais de uma pessoa na Divindade. E esse certamente é o maior argumento bíblico a favor da divindade: a consciência do próprio Jesus. Ele sabia e demonstrou que era alguém diferente do Pai e ao mesmo tempo “um” com o Pai.

Em 1João 5.7. O texto mais claro na Bíblia com relação à Trindade é 1João 5.7. Entretanto, esse texto é amplamente controvertido, e muito provavelmente não seja realmente original, pois não aparece na maioria dos códices gregos antigos, nem nos latinos e não é citado pelos pais Anti-Nicenos. Mas, há grande evidência da antiguidade desse texto, quem sabe antes mesmo de 160 d.C [7], demonstrando que a doutrina da Trindade já era tão antiga quanto essa data sugere.

Todos esses elementos bíblicos considerados conjuntamente deixam a certeza de que há um só Deus, que subsiste em três pessoas: O Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Notas:
[5] Ver Gerard Van Groningen. Criação e Consumação, Vol I, p. 32.
[6] Embora alguns vejam na repetição dos adjetivos “santo, santo, santo” em Isaías 6.3 um indício claro da Trindade, não desejamos ir tão longe, pois na língua hebraica a repetição visa enfatizar aquilo que está sendo dito. O mesmo talvez não possa ser dito de Daniel 9.19 e Isaías 33.22.
[7] Ver Excelente estudo sobre o texto em Herman Bavinck. The Doctrine of God, p. 265-266. Para uma opinião contrária ver John Sttot. I, II, III João – Introdução e Comentário, p.155.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

A Trindade: da teoria à prática - Parte 2/5


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Por Rev. Leandro Lima


Aspectos históricos da doutrina da Trindade

No início do cristianismo a Trindade foi motivo de controvérsias. Antes do Concílio de Nicéia (325 d.C.), as principais controvérsias trinitárias foram influenciadas pelo judaísmo em sua ênfase no monoteísmo e na unidade de Deus, também pelo gnosticismo que via todas as coisas como emanações de Deus e considerava a matéria má, e pelo platonismo que cria no Logos como a principal criatura de Deus.

Essas correntes filosóficas causaram muita influência nos cristãos primitivos, originando uma série de disputas, que deram origem a algumas teorias heréticas sobre a Trindade. [3] As principais foram:

Monarquismo

Essa heresia surgiu da dificuldade em explicar o elemento divino na pessoa de Cristo, e mesmo do Espírito Santo, sem cair no erro do triteísmo.

O Monarquismo Modalista não admitia a existência da Trindade Ontológica (em essência), mas apenas Econômica (funcional), ou seja, Pai, Filho e Espírito Santo são uma única pessoa que se manifestou sucessivamente na história. Deus se manifestou na pessoa do Pai na Criação, na Pessoa do Filho na Encarnação e na Pessoa do Espírito Santo na Regeneração.

Já o Monarquismo Dinâmico negou a divindade essencial de Jesus, afirmando que Deus é essencialmente um, e que Jesus havia recebido o dinamis (poder) de Deus por ocasião de seu batismo, sendo elevado a uma categoria divina. Esse poder o abandonou poucos instantes antes de sua morte.

Arianismo

O Arianismo recebeu esse nome de seu fundador Ário (250-336 a.D.), que foi um Presbítero da igreja de Alexandria. Ário era essencialmente unitarista, e negava qualquer possibilidade de haver uma Trindade.

Segundo Ário, somente Deus era eterno, Jesus era uma criatura intermediária gerada do nada por Deus antes da criação do mundo. Desse modo o Pai nem sempre foi Pai, pois antes de ter criado o Filho, Deus existia sozinho. O Filho não é eterno.

Segundo Ário, a importância do Filho estava no fato de que ele foi o instrumento através do qual Deus criou todas as coisas e nada mais. É impossível não associar o arianismo ao que proclamam hoje as Testemunhas de Jeová.

Os Concílios

A igreja reagiu à maioria das heresias antigas reunindo-se em concílios onde foram formuladas declarações de fé que demonstravam a verdadeira ortodoxia. Os Concílios que mais trataram a respeito da trindade foram Nicéia e Calcedônia.

O Concílio de Nicéia foi convocado pelo Imperador Constantino por causa do Arianismo em 325 d.C. O Arianismo foi rejeitado nesse concílio, e formulada a seguinte declaração de fé:

“Cremos em um só Deus, o Pai todo-poderoso, criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis; E em um só Senhor, Jesus Cristo, o filho de Deus, gerado do Pai, unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, luz de luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado, não feito, de uma só substância com o Pai, pelo qual todas as coisas vieram a ser, coisas nos céus e coisas na terra, o qual, por nós, homens, e por nossa salvação, desceu e Se encarnou, tornando-Se homem, sofreu e ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus, e virá para julgar os vivos e os mortos; E no Espírito Santo. Mas, quanto àqueles que dizem „tempo houve em que ele não existia‟, e „antes de nascer ele não era‟ e que ele veio a existir do nada, ou que afirmam que o Filho de Deus procede de uma hipóstase ou substância diferente, ou é criado, ou está sujeito a alteração ou mudança – a esses a igreja Católica (Universal) anatematiza”.

Essa declaração colocou o Filho em pé de igualdade com o Pai, ou seja, ele é da mesma substância do Pai. Não é um Deus diferente, e muito menos inferior.

No Concílio de Constantinopla, em 381, as diferenças com relação à divindade do Espírito Santo foram resolvidas. A Fé Nicena foi reafirmada nesse Concílio, mas a questão do Espírito Santo foi melhor esclarecida:

“Nós cremos no Espírito Santo, o Senhor, o Doador da Vida, que procede do Pai [4], que com o Pai e o Filho juntamente é adorado e glorificado...”

Essa declaração afirma claramente que o Espírito Santo não era subordinado ao Filho e nem ao Pai, mas era da mesma substância do Pai e do Filho.

Notas:
[3] Para uma excelente exposição sobre os conflitos trinitários deste período, ver: Louis Berkhof. Historia de Las Doctrinas Cristianas, p. 47-119. 
[4] No concílio de Toledo (589 a.D.) foi acrescentada a expressão “e do Filho”, sumarizando a doutrina da igreja Ocidental de que o Espírito procede do Pai e do Filho conjuntamente.

A Trindade: da teoria à prática - Parte 1/5


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Por Rev. Leandro Lima


Introdução

A doutrina da Trindade é uma das mais importantes doutrinas do cristianismo ortodoxo. Percebe-se, entretanto, que, pelo menos no contexto brasileiro, essa doutrina é tida em pouca consideração. A razão disso talvez seja o pragmatismo que a religião brasileira tem como base. As pessoas só se interessam por aquilo que entendem que pode ser útil para sua vida. Elas querem coisas práticas e estão enjoadas de teoria. Esse é justamente o motivo pelo qual não gostam de estudar teologia. Teologia sugere algo teórico, e as pessoas dizem que estão mais interessadas em “experiências” com Deus, e na prática demonstram que desejam “soluções” de Deus para seus problemas.

Não é o caso de que os cristãos não acreditem na veracidade da doutrina da Trindade, apenas, de forma geral, as pessoas não sabem para que ela serve. É aquela velha história de que para que algo seja importante, precisa “falar ao coração”. Talvez, para a maioria, pouco importa se Deus é um ou três.

Entretanto, esquecer-se ou descaracterizar a doutrina da Trindade é perder muito do que a Bíblia e especialmente Deus tem a nos dizer no real sentido da palavra. É perder de vista a coisa mais essencial de Deus que podemos saber. Na verdade, é ignorar a própria essência de Deus. Poucas pessoas pensam na Trindade hoje em dia, e quando pensam, não seria absurdo dizer que em muitos casos imaginam três deuses. Esse importante assunto precisa ser melhor estudado.

Num certo sentido, a doutrina da Trindade é de fato a mais misteriosa e também a mais difícil de todas as doutrinas bíblicas, porém, como afirma Lloyd-Jones:

“Ela é, em certo sentido, a mais excelsa e a mais gloriosa de todas as doutrinas, a coisa mais espantosa e estonteante que aprouve a Deus revelar-nos sobre Si mesmo” [1]

Ou como afirma Bavinck:

“O artigo sobre a santa Trindade é o coração e o núcleo de nossa confissão, a marca registrada de nossa religião, e o prazer e o conforto de todos aqueles que verdadeiramente crêem em Cristo. Essa confissão foi a âncora na guerra de tendências através dos séculos. A confissão da santa Trindade é a pérola preciosa que foi confiada à custódia da Igreja Cristã” [2]

Deus quis mostrar aos seus filhos esse detalhe tão impressionante de sua essência. Queremos demonstrar que a doutrina da Trindade não é apenas um conceito teórico ou desinteressante, mas um elemento essencial para a espiritualidade.

Notas: 
[1] D. M. Lloyd-Jones. Deus o Pai, Deus o Filho, p. 114. 
[2] Herman Bavinck. Our Reasonable Faith, p. 145.

Fonte: Igreja Presbiteriana de Santo Amaro 
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As raízes da adoração (Matt Chandler)


chandler-raizes


Deus, somente Deus, é supremo. O Deus sobre o qual você encosta a face se estende a fins invisíveis e insondáveis. John Piper colocou desta maneira: “Quanto mais para cima você for nos pensamentos revelados de Deus, mais claro você enxergará o alvo de Deus ao criar o mundo, como sendo demonstrar o valor de sua própria glória”. Piper acrescenta ainda: “Este alvo nada mais é que a infinda e sempre crescente alegria do seu povo nessa glória”.10 Vemos isso também na Confissão de fé de Westminster: “O fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre”.


Chamamos tal gozo de “adoração”. Quando tal adoração for a atribuição de máximo valor a alguma pessoa ou coisa que não seja o único Deus trino do Universo, é idolatria. A raiz da adoração cristã, portanto, é reconhecer, submeter-se e ter prazer na supremacia da glória de Deus. Em todas as coisas.
Isso quer dizer, por exemplo, que Deus nos dá o dom do sexo, e é uma boa dádiva, mas não o dá para que nossa alegria se complete no próprio ato do sexo. Ele o deu para que sejamos sobrepujados pela bondade de Deus em nos dar tão excelente dádiva. A sexualidade não é um fim em si mesmo, nem um meio para a nossa glória. Foi-nos dada para que pudéssemos adorar a Deus. Semelhantemente, Deus nos deu os alimentos e o vinho não para que pudéssemos nos embriagar e enfastiar, nem para que não tivéssemosprazer neles, mas para que pudéssemos saborear um bocado de boa comida ou sorver um excelente vinho e, por meio deles, ter prazer em Deus. 1Timóteo 4.4 nos diz: “Pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável”. A adoração, quando vista dessa forma, é maior e mais abrangente do que apenas cantar alguns hinos no culto da igreja umas duas vezes por semana. É o modo de vida daqueles que estão apaixonados e encantados pela glória de Deus. Adoramos a Deus quando, ao compartilhar das suas boas dádivas, algo acontece nos recônditos mais profundos da alma, proibindo que a glória termine no dom em si ou em nosso prazer dele, mas corra mais fundo, estendendo àquele que tudo nos deu.
Sem um entendimento de Deus e sem adorá-lo dessa forma, tudo se torna superficial. Tudo – desde o jantar até o sexo, do casamento até aos filhos, do trabalho até às artes e a literatura – tudo fica superficial e trivial. Mas quando se compreende a força motriz por trás de todas as coisas, de repente há uma quantia eterna de alegria à nossa disposição, porque tudo que fazemos é iluminado e animado pela infinda glória do Deus eterno.
Você não precisa ser um profissional religioso para ver evidência dessa verdade. Se eu não fosse pastor que recebe pagamento para dizer essas coisas, mas apenas um estudante da humanidade, não poderia argumentar contra o fato de que todos nós fomos instalados, feitos, para a adoração. Não creio que seria difícil discutir que nossa adoração acaba sendo vaga e superficial.
Está sendo travada uma guerra, e boa parte do mundo se encontra em uma incrível confusão de pobreza, fome, inquietação cívica e violência. No entanto, se ligar a TV no noticiário, é mais provável que você escute falar das atividades diárias de estrelas populares e atores, ou quanto dinheiro ganha um atleta e quem ele namora no momento, do que qualquer coisa significativa. Com certeza, qualquer pessoa vê que nosso “interruptor de adoração” está sempre ligado, sintonizado a difusoras ridiculamente finitas. Homens adultos pintam o corpo e surfam número incalculável de sites da rede para seguir um time esportivo – emoção significativa derramada sobre as habilidades físicas infantis de um jogo. Vá a qualquer concerto e verá pessoas erguer espontaneamente as mãos, batendo palmas, fechando os olhos, sendo tocados espiritualmente pela música. As pessoas pescam ou fazem caminhadas para estar sintonizadas à natureza. Colocamos pôsteres em nossas paredes, adesivos em nossos carros, tatuagens sobre nossa pele, e drogas em nosso sistema. Fazemos todas essas coisas e outras semelhantes, derramando-nos automaticamente e com grande naturalidade, naquilo que está decadente. Queremos adorar alguma coisa. A adoração é uma reação nata. Fomos feitos pelo próprio Deus para sermos adoradores.
Trecho do livro “O Evangelho Explícito”, de Matt Chandler e Jared Wilson (Editora Fiel)
Matt-Chandler---Evangelho-Explícito-(Editora-Fiel)
O livro “Evangelho Explícito” foi escrito com o propósito de exortar os cristãos sobre a evidente negligência que se vê em muitas igrejas hoje na apresentação explícita do evangelho, o qual deve ser central em toda pregação. Fala-se muito sobre viver uma vida íntegra e também sobre Jesus, mas existe uma grande carência da exposição fiel da Palavra de Deus e de um ensino bíblico mais profundo. Pensando na necessidade que muitos cristãos têm de conhecer a principal mensagem da fé cristã, Matt Chandler apresenta ao leitor uma ousada exposição do verdadeiro evangelho.



Leia mais: http://voltemosaoevangelho.com

Vídeo – Rachel Sheherazade desafia ativistas contra Marco Feliciano a imitarem evangélicos e protestarem contra mensaleiros; Assista na íntegra


Vídeo – Rachel Sheherazade desafia ativistas contra Marco Feliciano a imitarem evangélicos e protestarem contra mensaleiros; Assista na íntegra

A jornalista Rachel Sheherazade, âncora do telejornal SBT Brasil, voltou a criticar a corrupção e os ativistas sociais que protestaram contra o pastor Marco Feliciano (PSC-SP).
Em seu comentário do último dia 17 de abril, Rachel desafiou os “ativistas anti-Feliciano” a protestarem contra a “bancada mensaleira”, formada pelos deputados João Paulo Cunha e José Genoíno, ambos do PT de São Paulo e condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo conhecido como mensalão.
A fala da jornalista se deu ao comentar os protestos feitos por evangélicos durante uma sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da qual os dois deputados condenados fazem parte.
O protesto, realizado pacificamente, foi usado pelo pastor Silas Malafaia como motivo de crítica aos ativistas gays, que ironizou os manifestantes contra o pastor Feliciano ao dizer que a manifestação evangélica havia sido “civilizada”.
Rachel Sheherazade ressaltou que nenhum movimento social, até aquela data, havia protestado contra os parlamentares condenados num dos maiores casos de corrupção recente.
“Enquanto os holofotes miram Feliciano, os mensaleiros José Genoíno e João Paulo Cunha continuam em cena, atuando tranquilamente na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Tomaram posse faz tempo. Mas até ontem, nenhum protesto, nenhum bate boca, nenhuma passeata, nenhum beijaço de artistas. E finalmente, alguma objeção, hoje: a dos evangélicos. E onde estavam os ativistas dos direitos humanos? Deveriam ter engrossado o coro dos descontentes contra a ‘bancada mensaleira’. Eu conclamo agora, os apaixonados ativistas anti-Feliciano a promover também um beijaço, a fazer também um barraco, a pintar a cara e gritar bem alto: fora mensaleiros, vocês não representam o Brasil”, disse a jornalista.
Confira no vídeo abaixo:
Por Tiago Chagas
Fonte: Gospel+

O perigo de negar a presciência de Deus acerca das escolhas dos Homens


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Por John Piper

Deteriorando a Nova Aliança

Um dos ensinos falsos mais antigos que ressurge periodicamente, na história da igreja, é o ensino de que Deus não pode saber de antemão as escolhas responsáveis dos homens. A argumentação é esta: as escolhas são livres, e “livres” significa criadas pela própria pessoa, e “criadas pela própria pessoa” significa fora da capacidade de conhecimento, antes de as escolhas serem criadas. Nem mesmo Deus pode conhecer o “nada”. E “nada” é o que as escolhas são antes de serem criadas.

As pressuposições filosóficas nesta argumentação são: 1) liberdade significa capacidade de criar por si mesmo; 2) as escolhas humanas são livres neste sentido; 3) um Deus infinito não pode saber aquilo que ainda não foi criado, e assim por diante. Esse antigo ensino falso parece ser motivado pela filosofia. Não é prescrito pelas Escrituras. Um recente exponente desse antigo erro falou sobre as “mudanças doutrinárias que a lógica exigiu e, conforme creio, as Escrituras me permitiram fazer” (Clark Pinnock, The Grace of God, the Will of Man: A Case for Arminianism, Grand Rapids: Zondervan Publishing House, 1990, p. 18-19 – ênfase acrescentada). Você percebe a ordem: a lógica exige, e as Escrituras permitem. Algo está fora de ordem, quando a ordem é o rei exigente e as Escrituras fornecem o endosso.

Negar a presciência de Deus acerca das escolhas responsáveis dos homens jamais foi afirmado pela igreja como parte legítima da ortodoxia cristã histórica. Tanto calvinistas como arminianos têm afirmado, historicamente, a presciência exaustiva e específica de Deus. João Calvino escreveu: “[Deus] prevê os acontecimentos futuros somente devido ao fato de que Ele já decretou que eles aconteçam” (Institutes of the Christian Religion, III, 23, 6). Jocobus Arminius escreveu: “[Deus] sabia desde a eternidade que pessoa creria... e que pessoa perseveraria mediante a graça subseqüente” (Carl Bangs, Arminius, Nashville: Abingdon Press, 1971, p. 219, 352). Negar a presciência de Deus a respeito das escolhas humanas não tem sido uma parte da ortodoxia cristã.

Entre as muitas razões para evitar esse erro antigo está o fato de que ele tende a destruir os fundamentos da nova aliança. A nova aliança foi profetizada por Moisés, Jeremias e Ezequiel. Foi inaugurada e adquirida pela morte de Jesus (Lucas 22.20). E Paulo era um ministro da nova aliança (2 Coríntios 3.6).

A essência da nova aliança é que Deus trabalha para que o povo da aliança cumpra as suas condições de fé e obediência. Na antiga aliança da Lei, dada no monte Sinai, a graça foi oferecida (Êxodo 34.6-7) e a obediência que procede da fé foi exigida. Mas para a maioria das pessoas não foi dada a graça transformadora. “O senhor não vos deu coração para entender, nem olhos para ver, nem ouvidos para ouvir, até ao dia de hoje” (Deuteronômio 29.4).

Na nova aliança, a promessa é: “O senhor, teu Deus, circuncidará o teu coração... para amares o senhor, teu Deus, de todo o coração e de toda a tua alma, para que vivas” (Deuteronômio 30.6). “Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne; para que andem nos meus estatutos, e guardem os meus juízos, e os executem... Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis” (Ezequiel 11.19-20; 36.27). “Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei” (Jeremias 31.33). “Porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim” (Jeremias 32.40).

Em outras palavras, a nova aliança é a base de nossa esperança de que — frágeis e instáveis como somos — perseveraremos na fé e seremos salvos. É a base de nossa segurança de que Deus nos guardará “de tropeços” e nos apresentará “com exultação, imaculados diante da sua glória” (Judas 24).

Considere, porém, em que se torna esta precisa esperança da nova aliança, se Deus não conhece de antemão as escolhas responsáveis dos homens. Toda a estrutura da nova aliança se desfaz. O seu fundamento se desintegra. A nova aliança é a promessa de que Deus trabalhará para garantir a santidade de seu povo. Isso significa que Ele produzirá escolhas santas em seu povo. Ele está agindo em nós para querermos e realizarmos a sua boa vontade. Deus está trabalhando para produzir em nós “o que é agradável diante dele” (Hebreus 13.21; Filipenses 2.13). Mas aquele antigo erro destrói esta esperança, por dizer que Deus não pode fazer isso, pois, se o fizesse, conheceria antecipadamente nossas escolhas, o que, conforme é afirmado, Ele não pode conhecer.

Portanto, visto que nossa salvação final depende do cumprimento das promessas da nova aliança, e visto que o sangue de Jesus obteve o cumpri mento dessas promessas, a deterioração da nova aliança é uma injúria à cruz de Cristo e um enfraquecimento da obra do Espírito em nossa vida. Que Deus nos proteja do ressurgimento desse velho erro e nos ajude a valorizar as pro messas fortalecedoras e preciosas da nova aliança.


quinta-feira, 18 de abril de 2013

POR QUE SOU CONTRA AS BOATES GOSPEL?



Por Renato Vargens

Em quase todo o país tornou-se comum o aparecimento de boates gospel.

Usando do álibe da evangelização, inúmeros líderes evangélicos tem organizado o que chamam de "Night Song Gospel".

Nesta perspectiva é comum encontrarmos milhares de jovens dançando os mais famosos hits da música gospel. 

Em ambientes assim é comum encontrarmos globo espelhado, canhões de luz, estroboscópio e fumaça, os quais fazem parte de um contexto  especial onde  em nome de Deus, DJs e MC’s  embalam adolescentes e jovens em suas "danças" para Jesus. 

Há pouco vi uma faixa que convidava a juventude crista a participar de um evento deste nipe, onde o convite principal destinava-se a todos aqueles que desejassem sentir as "batidas de Deus em seus corações." 

Caro leitor, infelizmente em nome da contextualização e da necessidade de se modernizar a propagação da Palavra de Deus, tem sido comum por parte de alguns pastores e líderes evangélicos a utilização de estratégias diferenciadas na “evangelização”. Lamentavelmente a cada instante, movidos por poderosas revelações, novas e mirabolantes estratégias tem sido criadas na expectativa de arrebanhar para os apriscos da fé, um número cada vez mais significativo de jovens. E é pensando assim que eventos dos mais estranhos possíveis têm sido criados por parte da liderança evangélica neste país, como por exemplo, o aparecimento de boates e discotecas gospel.
Pois é, para alguns pastores, boates e discotecas tornaram-se “álibis” indispensáveis para se pregar “as boas novas” de Cristo Jesus. Na verdade, neste Brasil tupiniquim, cada vez mais em nome de uma liberdade cristã, os jovens abandonam a palavra e o discipulado bíblico em detrimento às festas e eventos que celebram efusivamente o hedonismo exacerbado de um tempo pós-moderno.

Caro leitor, confesso que fico estupefato com a capacidade evangélica de elucubrar sandices e fabricar heresias. Como já escrevi anteriormente, estou absolutamente perplexo e preocupado com os rumos da igreja evangélica brasileira. Isto porque, em detrimento do “novo” têm-se optado por um caminho onde se negocia o que não se pode negociar.

Talvez ao ler este texto você esteja dizendo consigo mesmo: " O pastor Renato caretou de vez! Será que ele não está entendendo que os jovens só virão a Cristo se oferecermos a eles entretenimento? Será que ele não compreende que a rapaziada precisa entender que não somos bitolados? Será que ele não consegue discernir que somos jovens e precisamos nos divertir?"

Charles Spurgeon, um dos maiores pregadores de todos os tempos, afirmou há quase 150 anos, que o adversário das nossas almas tem agido como o fermento, levedando toda a massa. Segundo o príncipe dos pregadores o diabo criou algo mais perspicaz do que sugerir à Igreja que parte de sua missão é prover entretenimento para as pessoas, com vistas a ganhá-las.

Spurgeon afirmou que a igreja de Cristo não tinha por obrigação promover entretenimento àqueles que a igreja visitava. Antes pelo contrário, o Evangelho com todas as suas implicações precisava ser pregado de forma simples e objetiva.

Hoje, quase 120 anos após a morte de Spurgeon, boa parte da igreja brasileira promove em suas liturgias estruturas lúdicas e leves onde de forma simplista e descontraída o “evangelho politicamente correto” é anunciado. Na verdade, ouso afirmar que mediante o pluralismo eclesiástico de nosso tempo, encontramos uma variedade enorme de igrejas que anunciam o evangelho de Cristo segundo o gosto do freguês.

Como já havia escrito inúmeras vezes não suporto mais a efervescência da graça barata, o mercantilismo gospel, a banalização da fé. Infelizmente, Sou obrigado a confessar que fico impressionado com alguns devaneios por parte do povo evangélico, até porque, no quesito criatividade alguns dos nossos irmãos têm conseguido se superar.

Com dor no coração sou obrigado a confessar essa gente não têm pregado o evangelho do reino. Antes pelo contrário, o evangelho o qual estes têm pregado é humanista, megalomaníaco e antropocêntrico.

Prezado leitor, ser protestante, não é somente se identificar com o protesto feito pelos reformadores contra a corrupção eclesiástica e o falso ensinamento católico do século XVI; é muito mais do que isso. Ser protestante, é viver debaixo de um avivamento integral, é resgatar os valores indispensáveis a fé bíblica através da Palavra, é proclamar incondicionalmente a mensagem da graça de Deus em Cristo Jesus.

O lema "Eclésia reformata, semper reformanda", deveria estar sempre ressoando em nossos ouvidos e corações, desafiando-nos à responsabilidade de continuamente caminharmos segundo a Palavra, sem nos deixarmos levar por ventos de doutrinas e movimentos que tentam transformar a Igreja de Cristo, num circo eclesiástico, nas mãos de líderes equivocados, que manipulam o povo ao seu bel prazer, tudo isso em nome de Deus!

Uma nova reforma já!

Soli Deo Gloria.

Fonte:Blog Renato Vargens

Salvação: como ter certeza absoluta


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Por Steven Lawson


Algum tempo atrás, em um vôo para Oregon, eu me sentei ao lado de uma mulher que perguntou onde eu estava indo. "Sisters, Oregon", eu respondi. "Você sabe onde é?"

Assegurando-me de que ela sabia, a mulher perguntou: "O que você tem para fazer lá?"

Depois que eu disse que eu estava escrevendo um livro sobre como podemos ter certeza de que vamos para o céu, maravilhada ela perguntou: "Você quer dizer que pode se ter certeza que está indo para o céu?"

Quando percebi que Deus tinha aberto uma porta para mim partilhar com ela sobre Cristo, enfatizei que com certeza podemos saber nosso destino eterno, dizendo: "Nós podemos correr o risco de estarmos errados sobre irmos para Sisters, Oregon, mas não sobre estarmos indo para o céu".

Como podemos ter certeza? A verdade é, que podemos ter certeza sobre onde passaremos a eternidade. Nós podemos saber com convicção que quando morrermos vamos para o céu.

Mas como podemos ter certeza? Muitas pessoas lutam com a certeza da sua salvação, especialmente os novos convertidos.

Como podemos saber qual é a nossa posição diante de Deus? A Bíblia ensina que a certeza da salvação repousa firmemente sobre quatro pilares inabaláveis:
1º Pilar: Deus Não Pode Mentir

Primeiro, a segurança é baseada na confiabilidade absoluta das Escrituras. Por todo o Novo Testamento, lemos as promessas de Deus de salvar todos os que crerem em Seu Filho. A Bíblia diz: "porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" - Rm 10v13. Esta é uma promessa! Todos os que confiaram suas vidas a Jesus Cristo podem ter a firme certeza da salvação baseada na infalibilidade da Palavra de Deus.

Jesus disse: "Todo o que o Pai me der virá a Mim, e quem vier a Mim Eu jamais rejeitarei" - Jo 6v37. Se você vir a Jesus com genuíno arrependimento e fé, Ele promete que Ele te salvará. Podemos saber que Jesus nos recebeu simplesmente porque Ele disse isso! Quando a Bíblia fala, Deus fala. E o que Deus disse, Ele certamente irá cumprir. Ele salvará todos os que invocam Jesus Cristo. Você tem a Palavra Dele.

2º Pilar: Jesus Pagou Por Tudo

Segundo, a segurança repousa sobre a obra consumada de Jesus Cristo. Quando Jesus morreu na cruz, Ele carregou as nossas iniquidades, suportando a ira de Deus, e clamou: "Está consumado!" - Jo 19v30. Com isso, Ele quis dizer que a expiação completa por todos os pecados do passado, presente e futuro está concluída.

Com a Sua obra de redenção já completa, toda a nossa dívida do pecado está integralmente paga.

Assim como a salvação vem por acreditar em Cristo somente, o mesmo acontece com a segurança. Assim como confiamos no sacrifício perfeito de Cristo pelos nossos pecados, a certeza da vida eterna inunda nossos corações. Não importa o quão grande é o seu pecado, a graça de Deus é ainda maior. A Bíblia diz:"Venham, vamos refletir juntos [...] Embora os seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; embora sejam rubros como púrpura, como a lã se tornarão" - Is 1v18.

3º Pilar: O Grande Convencedor

Terceiro, a segurança vem através do testemunho interior do Espírito Santo. A segurança, que é uma dádiva divinamente produzida, é concedida pelo Espírito de Deus a todos os verdadeiros crentes. É o ministério do Espírito Santo convencer nossos corações sobre nossa salvação. Na realidade, nenhum pregador, evangelista, pai ou amigo pode nos dar esta segurança. Nem podemos construí-la dentro de nós mesmos. Apenas o próprio Espírito Santo pode nos dar a certeza absoluta da nossa salvação eterna.

A Bíblia diz: "Sabemos por isso que Ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu" - 1Jo 3v24 - "Nisto conhecemos que permanecemos n'Ele, e Ele em nós, porque Ele nos deu de Seu Espírito" - 1Jo 4v13 - "O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus" - Rm 8v16. Isto significa que o Espírito Santo que nos convenceu do pecado, nos chamou e converteu, também nos convence de que pertencemos a Cristo. É o testemunho interior do Espírito que nos convence da autenticidade da nossa salvação.

4º Pilar:  Nova Vida Em Cristo

Quarto, a segurança vem através da evidência de uma vida transformada. Em última análise, a segurança é confirmada dentro de nós assim que vemos Deus conformando-nos à imagem de Jesus Cristo. Todos os que nasceram de novo verão claras evidências de uma nova vida em Cristo. Embora  nós nunca sejamos perfeitos nesta vida, nós vamos, no entanto, experimentar uma vida transformada. É essa transformação interior que nos fornece uma firme confirmação da nossa salvação.

A carta de primeira João detalha quais são os sinais vitais de nossa nova vida em Cristo. O apóstolo João escreveu: "Sabemos que O conhecemos, se obedecemos aos Seus mandamentos” - 1Jo 2v3. Em outras palavras, podemos estar certos de que conhecemos Cristo assim que vemos dentro de nós uma desejosa e pronta obediência para com a Palavra de Deus. Da mesma forma, João escreve que outros sinais vitais se seguirão: amor por outras pessoas - v. 1Jo  2v9-11 - amor a Deus - v. 1Jo  2v12-14 - rejeição ao mundo - v. 1Jo 2v15-17 - compreensão da verdade bíblica - v. 1Jo 2v20-27 - comportamento justo - v. 1Jo 3v4-6 - oposição do mundo - v. 1Jo 3v13 - e a oração respondida - v. 1Jo v3:22-24. Assim que vermos este fruto espiritual sendo produzido em nossas vidas, podemos estar confiantes de que Cristo vive em nós.

A completa segurança da salvação. Aqui estão quatro pilares firmes nos quais a segurança da nossa salvação repousa. Dando-nos a “completa certeza da esperança” - Hb 6v11 - com respeito ao nosso relacionamento pessoal com Jesus Cristo, esses pilares proporcionam uma inábalavel convicção da vida eterna.

Assim como partilhei com a mulher no avião, nós podemos estar errados com respeito as direções terrenas, mas não sobre nosso destino eterno. Nós devemos ter certeza da nossa salvação. A certeza da salvação é um abençoado dom de Deus para todo aquele que crê: “Escrevi-lhes estas coisas, a vocês que crêem no nome do Filho de Deus, para que vocês saibam que têm a vida eterna - 1Jo 5v13.

Tenha certeza absoluta!

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Por Steven Lawson, Abril de 2013. Traduzido por Lidiane Cecilio.
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O CRESCIMENTO DA IGREJA PRESBITERIANA NA CORÉIA DO SUL


O CRESCIMENTO DA IGREJA PRESBITERIANA NA CORÉIA DO SUL
A Coréia o Sul é 82 vezes menor que o Brasil em extensão territorial e apenas 3 vezes menor em população. O país tem cerca de 99.000 Km 2 e 46 milhões de habitantes, dos quais, 30% são evangélicos. A Igreja Presbiteriana representa 75% dos evangélicos e possui 10 milhões de membros. Embora a Igreja Presbiteriana da Coréia seja 28 anos mais nova que a Igreja Presbiteriana do Brasil, ela é 20 vezes maior. Enquanto os presbiterianos do Brasil representem apenas 0,3% da população, na Coréia representam 22%. Só em Seul, capital da Coréia do Sul, uma cidade com 12 milhões de habitantes, há 10 mil igrejas presbiterianas. As principais denominações evangélicas da Coréia são:
1) Presbiteriana – 10.000.000 de membros
2) Metodista – 1.500.000 membros
3) Assembléia de Deus – 1.000.000 de membros
4) Batista – 500.000 membros

As principais causas do crescimento da igreja evangélica coreana são:
1) Uma Igreja que é Cabeça e Não Cauda
A igreja sempre esteve à frente nas grandes lutas e tensões sociais, determinando o rumo das mudanças mais importantes do país. Os crentes ocupam os principais postos estratégicos de liderança da nação. A Igreja, na verdade, é a esperança da nação.
2) Uma Igreja de Mártires
Deus sempre honrou o sangue dos mártires. Como dizia Tertuliano, ilustre pai da igreja: “o sangue dos mártires é o fermento da igreja”. A plantação da igreja na Coréia do Sul foi regada por muitas lágrimas e banhada por muito sangue. Centenas de crentes foram decapitados, estrangulados e mortos com requinte da mais perversa crueldade. Milhares de cristãos foram torturados por causa de sua fé, selando com seu sangue o testemunho do evangelho.
3) Uma Igreja com Vida Intensa de Oração
Não existe na Coréia do Sul, igreja evangélica sem reunião de oração de madrugada. Eles não acreditam em crescimento da igreja sem prática efetiva e intensa de oração. Os crentes afluem para o templo de madrugada para buscar a face de Deus, mesmo sobre o frio implacável de 20 graus negativos no inverno. Os pastores oram em média de 2 a 4 horas por dia. Oração é para eles prioridade fundamental e a causa precípua do crescimento da igreja.
4) Evangelismo Através de Grupos Familiares
A base da evangelização e da comunhão dos crentes são os grupos familiares. Para eles esse é o investimento estratégico mais importante para ganhar novas pessoas para Cristo e discipulá-los.
5) Grande Ênfase no Discipulado e Treinamento de Leigos
Estando na Coréia com um grupo de 80 pastores em abril de 97, visitamos igrejas de 6.000, 12.000, 18.000, 30.000, 55.000, 82.000, e 700.000 membros. Em todas elas vimos a forte ênfase no treinamento da liderança e no discipulado dos novos convertidos. A igreja, na verdade, é um exército em ação, onde cada crente exerce o seu ministério, conforme os dons que recebeu.
6) Grande Zelo Missionário
A igreja coreana investe pesado em missões. 25% dos pastores formados na Coréia do Sul estão se consagrando às missões. Há igrejas que investem 62% do seu orçamento em evangelização e missões. Em 1995, no Estádio Olímpico de Seul, 100.000 jovens coreanos consagraram-se para a obra missionária.

Cremos que a qualidade de vida dos crentes coreanos deságua num fenomenal crescente numérico. Qualidade gera quantidade. Quando a igreja anda com Deus, Deus a faz crescer. Creio que Igreja pujante, guerreira, ousada e viva da Coréia do Sul é um modelo digno de ser imitado por nós, se queremos ver aqui nestas plagas os mesmos resultados.
Hernandes Dias Lopes (1ª IPB – Vitória ES)
Boletim Dominical da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória (ES).

Vídeo: vem aí ‘Marcha para Jesus 2013′ no Rio de Janeiro!



No dia 25 de maio (sábado), no Rio de Janeiro, está marcado para acontecer a edição 2013 da ‘Marcha para Jesus’. O ponto de encontro e partida será na Avenida Presidente Vargas em frente a Central do Brasil, às 15h, sendo a concentração final na Cinelândia. O evento é uma realização do Conselho de Ministros Evangélicos do Estado do Rio de Janeiro (COMERJ).
Declarando que o Brasil e o Estado do Rio de Janeiro são do Senhor Jesus, a marcha deste ano contará com palavras proféticas dos pastores Silas Malafaia, Marcus Gregório, Abner Ferreira, Marco Antônio e Jabes de Alencar. Participações confirmadas de Thalles, André Valadão, Aline Barros, Pregador Luo, Eyshila, Davi Sacer, Bruna Karla, Cassiane, e Nani Azevedo.
Clique aqui e veja como foi o evento do ano passado, que reuniu milhares de pessoas no centro da capital fluminense.
Assista abaixo ao vídeo promocional da ‘Marcha para Jesus 2013′. Divulgue e participe!
Fonte:Verdade Gospel

Morre aos 104 anos o cantor gospel George Beverly



Aos 104 anos o cantor morreu vítima de um ataque cardíaco.
por Leiliane Roberta Lopes

Morre aos 104 anos o cantor gospel George BeverlyMorre aos 104 anos cantor gospel George Beverly

O cantor George Beverly Shea faleceu na noite da última terça-feira (16), em Asheville, N.C. (EUA), vítima de um ataque cardíaco aos 104 anos de idade.
Conhecido mundialmente por acompanhar o pastor Billy Graham por mais de 60 anos, George Beverly teve a sua morte confirmada pela Associação Evangelística Billy Graham que destacou sua atuação no ministério.
Nascido em 1909 em Montreal, Canadá, Shea conseguiu mostrar sua voz para milhões de pessoas enquanto participava das cruzadas evangelísticas ao lado de Billy Graham, este fato o tornou o cantor gospel mais ouvido no mundo, já que acompanhou o reverendo não apenas pelos Estados Unidos como também ao redor do mundo.
Ao longo de seu ministério Bev Shea gravou 70 álbuns e recebeu em 1966 o Grammy de melhor álbum gospel. Em 2011 ele também recebeu uma homenagem da Recording Academy por sua participação na música.
Por conta da relevância de sua participação no cenário americano, chegando até mesmo a participar de cerimônia de posse de presidentes, a morte de George Beverly Shea foi noticiada por grandes jornais americanos como o The New York Times.
Fonte:gospelprime

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