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terça-feira, 20 de novembro de 2012

COMUNICADO DA AGÊNCIA PRESBITERIANA DE MISSÕES TRANSCULTURAIS (APMT)


Comunicado



Agradecemos o apoio e as orações em favor do missionário da APMT Reverendo José Dílson e da irmã Zeneide Novais, missionária da Missão Servos, detidos no Senegal no dia 6 de novembro passado. 
O projeto desenvolvido pelos irmãos da IPB consiste em receber crianças abandonadas, que vivem nas ruas de Dakar, capital do Senegal, dar-lhes educação, ressocialização, orientação profissional, atendimento à saúde, alimentação e moradia digna.
A APMT/IPB (como denominação) tem tomado todas as providências cabíveis para dar o suporte necessário neste momento muito delicado que nossos irmãos estão passando, incluindo assistência médica, jurídica e refeições diárias. 
A APMT protocolou documentos no Itamaraty; 1. Contratou 2 advogados para atuar no processo; 2. Está prestando apoio diário, in loco. 3. Contatou, informou e solicitou providências à Embaixada Brasileira no Senegal, ao Ministério das Relações Exteriores, à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal. O Presidente da República do Senegal, Sr. Macky Sall, está ciente de nossas preocupações, tendo recebido ligação, no início desta semana, do Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antônio Patriota.
As autoridades brasileiras têm sido atuantes e presentes, demonstrando todo o interesse ao caso e envidando esforços para solucionar o problema, não apenas através de palavras, mas com ações práticas.
Neste momento sensível, contamos com a constante oração de todos. Essa causa, que em primeiro lugar pertence a Deus, também é de toda a Igreja Presbiteriana do Brasil e de toda a comunidade cristã brasileira. 
Entendemos o desejo geral de acompanhar cada passo que está sendo dado, mas contamos com a compressão e a confiança em Deus e nas autoridades competentes que estão cuidando de todos os detalhes.
Pedimos que orem:
- Para que o Espírito Santo esteja consolando e fortalecendo os irmãos Pr. José Dilson e irmã Zeneide;
- Pela Graça de Deus para este momento difícil para os familiares de ambos;
- Pelos advogados de Defesa - que o Supremo Advogado os dirija a um favorável encaminhamento do processo.
Assim que tivermos novas definições oficiais, faremos novos pronunciamentos.
Em nome daquele que nos chamou para servir,

Rev. Marcos Agripino C. de Mesquita
Executivo da APMT

Deputado pede ajuda à ministra para missionários presos no Senegal



A ministra Maria do Rosário se comprometeu em acompanhar o caso de perto e encontrar soluções para soltar os brasileiros.
por Leiliane Roberta Lopes

Deputado pede ajuda à ministra para missionários presos no SenegalDeputado pede ajuda à ministra para missionários presos no Senegal

Preocupado com o que pode acontecer com os missionários brasileiros que foram presos no Senegal, o deputado federal Roberto de Lucena marcou uma reunião com a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, para falar sobre o caso e pedir apoio do governo para resolver este problema.
Os evangélicos José Dilson da Silva e Zeneide Moreira Novaes foram presos no final de outubro por estarem evangelizando crianças muçulmanas.
Na reunião que aconteceu nesta segunda-feira (19) o parlamentar explicou para a ministra que os missionários estão sendo acusados de acolher e evangelizar crianças de rua e que alguns cidadãos muçulmanos se posicionaram contra o projeto e resolveram denunciar os brasileiros que agora aguardam pelo julgamento.
Depois de ouvir a explicação do deputado, a ministra Maria do Rosário se colocou a disposição para cuidar do caso.
Na semana passada quem também se mostrou interessado em defender os missionários foi o senador Magno Malta que estará se dirigindo ao país africano nos próximos dias acompanhando de outros políticos.
Fonte:gospelprime

WORKSHOP O EVANGELHO EM SUA MÃO



Nos dias 16 e 17 de novembro de 2012 aconteceu o Workshop O Evangelho em Sua Mão no Colégio Presbiteriano XV de Novembro. Foi um momento em que o Presbitério de Garanhuns, A Federação de UPH e a APECOM proporcionara as igreja do presbitério da nossa região um treinamento para assim possamos levar as boas novas para aqueles que ainda não conhecem a Jesus. O evento contou com a participação de vários irmãos das igrejas do nosso presbitérios como também de alguns pastores do PGAR e teve como preletor o pastor Paulo de Tácio pastor da Igreja Presbiteriana de Palmas-Tocantins.





FILADÉLFIA VIVA

No dia 15 de novembro aconteceu o Encontro da Família Filadélfia na Chácara Recanto das Colinas Garanhuns -PE. Foi um momento de Adoração, comunhão, esporte e lazer para os irmãos da Igreja Presbiteriana Filadélfia de Garanhuns conforme você pode ver em algumas fotos.













Mais do Mesmo: Os Novos Samaritanos


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Por André R. Fonseca

O Jornal O Globo dedicou uma página inteira no último dia 3 de novembro para contar o drama dos novos samaritanos de Israel. A matéria é bem interessante e apresenta números assustadores. Havia apenas 147 samaritanos em 1967 e hoje são 750, graças à iniciativa de permitir o casamento misto.*

É claro que o abandono da endogamia, procriação consanguínea entre membros da comunidade, não foi a única medida adotada para salvar os samaritanos da extinção, a ciência está dando uma mãozinha. Ultrassonografia e outros exames no pré-natal são obrigatórios pois a tradição do casamento consanguíneo é a maior causa de anomalias como surdez, cegueira e deficiência mental. Por conta disso, o aborto é autorizado e até mesmo incentivado!

Segundo a matéria, as novas samaritanas são oriundas da Europa Oriental; e a ideia de “importar” as noivas foi fruto da frustração dos membros da comunidade que não conseguiam encontrar um par aceitável entre suas primas. Depois de pesquisarem na internet, encontraram sites de mulheres ucranianas que procuravam noivos estrangeiros que lhes oferecessem uma vida confortável. E o casamento acontece sem a necessidade de proselitismo.

O erro dos samaritanos parece estar mesmo no sangue. Não estou falando da consanguinidade que causa as anomalias genéticas como mencionado na matéria, estou falando do erro dos samaritanos na insistência do casamento que mistura o sangue do “povo eleito” com outros povos. É mais do mesmo 2500 anos depois!

Já ouvi explicações das mais alucinadas para o porquê da picuinha entre judeus e samaritanos presente no Novo Testamento. E quero aproveitar esse gancho da matéria para apresentar minha explicação para o caso que encontra suporte na matéria de O Globo. Melhor, vou extrair na íntegra o trecho da matéria que explica a origem dos samaritanos e depois apresento os textos bíblicos.

“Sua origem é debatida entre pesquisadores. Eles acreditam serem descendentes diretos de duas das 12 tribos de Israel (derivadas dos 12 filhos do patriarca bíblico Jacó): Menashe e Efraim. Teriam se tornado uma religião à parte depois da conquista da Terra Santa por Nabucodonosor, em 587 a.C.. Os samaritanos ficaram na judeia ocupada, enquanto os israelitas passaram meio século na Babilônia. Quando voltaram, a dissonância entre as religiões já era grande demais. Outra teoria é de que são fruto da mistura de judeus locais com populações estrangeiras levadas para lá.”*

A primeira teoria explica somente a origem do preconceito dos judeus contra os samaritanos, mas a segunda teoria explica melhor a origem do preconceito e da própria origem do povo, uma vez que os judeus não os reconheciam mais como judeus, mas como um novo povo. A mistura dos samaritanos com outros povos, se é que ficaram remanescentes originais da cidade após a conquista pela Assíria, foi tão profunda que eles na verdade foram assimilados pela outra cultura, deixando de ser judeu. É surpreendente que o próprio patriarca samaritano Yousuf Cohen, de 75 anos, declara na matéria de O Globo que os samaritanos do século 21 estão literalmente “trocando de sangue”. Por que não aceitar a queixa dos judeus 2000 anos atrás?

Vamos, sem mais demora, analisar os textos bíblicos que corroboram as teorias apresentadas na matéria de O Globo.

Preconceito Religioso – Quando o reino unificado do período de Davi e Salomão entra em colapso, Jeroboão, que assume o reino do norte após a morte de Salomão, pensa numa estratégia para evitar que o povo tenha contato com o reino do sul. A história está registrada em 1 Reis 12:25-31, vejamos:

O rei Jeroboão, de Israel, cercou de muralhas a cidade de Siquém, na região montanhosa de Efraim, e morou um pouco de tempo ali. Depois saiu e cercou de muralhas a cidade de Penuel. Então pensou: “Do jeito que as coisas estão, se o meu povo for a Jerusalém oferecer no Templo sacrifícios ao SENHOR Deus, os corações deles vão cair para o lado de Roboão, rei de Judá, e eles me matarão.” Por isso, ele fez dois touros de ouro e disse ao seu povo: — Já chega de ir a Jerusalém para adorar a Deus. Povo de Israel, aqui estão os seus deuses, que tiraram vocês do Egito! Ele colocou um dos touros de ouro em Betel e o outro em Dã. E assim o povo pecou, indo adorar em Betel e em Dã. Jeroboão também construiu lugares de adoração no alto dos morros e escolheu para sacerdotes homens que não eram da tribo de Levi.

Se continuarmos lendo até o capítulo 13 verso 10 encontraremos mais dois relatos significativos para a compreensão do preconceito religioso. Além de estabelecer a idolatria dos touros de ouro, Jeroboão também ordena a celebração de uma festa na mesma data da festa religiosa em Judá, reino do sul, para competir com eles. Lembre-se que a estratégia era fazer com que o povo do norte não tivesse contato com o povo do sul. E estas atitudes de Jeroboão foram condenadas por um profeta de Judá, e a coisa toda acontece de forma traumática. Quando Jeroboão aponta para o profeta e dá ordens para prendê-lo, seu braço fica paralisado!

Esse então é o relato central para explicar a origem do racha religioso entre o reino do norte e do sul, Israel e Judá respectivamente. Mas onde está a conexão de tudo isso com os samaritanos? Fácil, Samaria é a capital do reino do norte, assim como Jerusalém era a capital do reino do sul. É claro que os samaritanos não são responsáveis diretos pelo caos religioso, mas não é possível separar os samaritanos da religião idólatra que foi adotada em todo o território do norte, incluindo a capital Samaria.

O Preconceito Racial – Depois que o reino do norte caiu nas mãos da Assíria, a capital Samaria foi ocupada pelos assírios, uma ocupação permanente para marcar presença no território conquistado.

Então Salmaneser invadiu Israel e cercou a cidade de Samaria. No terceiro ano do cerco, que era o nono ano do reinado de Oséias, o rei da Assíria conquistou a cidade de Samaria e levou os israelitas para a Assíria como prisioneiros. Ele mandou que alguns fossem morar na cidade de Hala, outros, perto do rio Habor, que fica no distrito de Gozã, e ainda outros, nas cidades da Média. A cidade de Samaria foi conquistada porque os israelitas pecaram contra o SENHOR, seu Deus, que os havia livrado de Faraó, rei do Egito, e os havia tirado para fora daquele país. Eles adoraram outros deuses, seguiram os costumes dos povos que o SENHOR havia expulsado conforme eles avançavam e seguiram também os costumes adotados pelos reis de Israel. 2 Reis 17:5-8
O rei da Assíria trouxe gente das cidades de Babilônia, Cutá, Iva, Hamate e Sefarvaim e os fez morar nas cidades de Samaria, em lugar dos israelitas que haviam sido levados como prisioneiros. Esses assírios tomaram posse daquelas cidades e ficaram morando ali. 2 Reis 17:24

Continuando a leitura de 2 Reis 17:24 até o verso 41 aprendemos que o povo que ocupou a cidade estava sendo atacada por leões. Acreditava-se naquela época que os deuses eram territoriais, e o povo que passou a habitar aquela terra deveria adorar o Deus do território de Samaria. O rei assírio deu ordem para que um sacerdote samaritano fosse levado de volta para habitar Samaria juntamente com os novos “colonizadores” e ensinar como adorar o Deus daquela terra para aplacar sua ira e acabar com a “praga” dos leões.

Conclusão, os moradores de Samaria, os novos samaritanos do período neotestamentário não são de fato israelitas. Os novos samaritanos são oriundos de outros povos que habitaram a capital do reino do norte após a conquista do território pela Assíria e que apenas adotaram as práticas religiosas dos samaritanos originais.

Precisamos nos lembrar que no retorno do exílio o povo trabalha na reconstrução da cidade de Jerusalém, do Templo e da “purificação” do povo como relatado nos livros de Esdras e Neemias. A reforma de Neemias condenava o casamento de judeus com mulheres estrangeiras, leia o capítulo 13 do livro de Neemias. É claro que os judeus rejeitariam os samaritanos diante desta “fobia” por mistura estrangeira relatada em Neemias.

É interessante perceber que no relato de 2 Reis 17, que apresenta a origem dos novos samaritanos como povo estrangeiro que apenas adotou as tradições religiosas, mas sem nenhuma conexão de sangue (não eram israelitas de fato), encontramos as seguintes declarações: “Até hoje eles continuam com os seus costumes”, e “até hoje os seus descendentes continuam a fazer a mesma coisa”, versículos 34 e 41 respectivamente.

O próprio relato bíblico, portanto, demonstra que o redator ou autor do texto de 2 Reis é bem posterior aos eventos relatados. É possível que o autor/redator não tenha presenciado os eventos que está relatando e já estaria bem mais tarde na linha do tempo tentando explicar pelo seu relato o porquê do preconceito contra os samaritanos – o que já pode ser percebido no período de Neemias durante a reforma da cidade e da própria religião  judaica, preconceito que se arrasta até chegar no Novo Testamento.

“Ela disse isso porque os judeus não se dão com os samaritanos” – João 4:9

__________________
Autor: André R. Fonseca
www.andreRfonseca.com
Twitter: @andreRfonseca
Fonte da imagem: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Samaritan.jpg?uselang=pt-br
* Os novos samaritanos de Israel por Daniela Kresch. O Globo – Sábado 3/11/2012, página 30.
Citações bíblicas da Nova Tradução na Linguagem de Hoje

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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O Reino, a igreja, o casamento e Martinho Lutero!




Por Josemar Bessa

É possível estar focado no Reino de Deus enquanto tenho uma atitude de desprezo para com a igreja? É comum ouvirmos em nossos tristes dias: "Minha paixão não é para construir a minha igreja. Minha paixão é o Reino de Deus. "

Isso pode parecer nobre, eu nem isso acho, mas é anti-bíblico e errado. Na verdade se mostra destrutivo.

Você tem como estar focado no casamento, como uma coisa geral... enquanto diz que não se importa com a edificação do seu próprio casamento numa relação real, com alguém real, enfrentando problemas reais... que exigem crescimento, negação, aplicação de tudo o que Deus diz sobre o casamento implementado na vida diária?

Suponha que eu dissesse: "Minha paixão não é construir o meu casamento. Minha paixão é pelo casamento com algo geral. Eu quero que a instituição do casamento seja  reverenciado novamente. Eu vou trabalhar para isso. Vou orar por isso. Eu vou me sacrificar por isso. Mas não espere que eu na realidade venha a me submeter as dificuldades para construir um grande casamento como Deus o determinou com Claudia, minha esposa. Meu objetivo é maior, é o casamento em si.”

Você diria – Caramba! Josemar é tão comprometido com o casamento que ele nem se importa em edificar na vida real o dele mesmo... Ou você diria que claramente eu tinha perdido todo o ponto do que Deus ensina sobre o casamento e o propósito dele?

Se um homem se preocupa com o Reino, ele será encontrado envolvido em sua igreja local. Junto com ela, orando por ela, contribuindo para sua maturidade, envolvido (como um homem em seu casamento) em uma paixão sincera.

Pense em Martinho Lutero – poucos homens foram tão usados para a edificação do Reino de Deus, mas como ele fez isso? Você poderia imaginar Lutero dizendo: "Minha paixão não é para construir a minha igreja. Minha paixão é o Reino de Deus. "

Em primeiro lugar, Lutero foi um pregador em sua igreja local – mais pregador que a maioria dos pregadores. Lutero conhecia o fardo e a pressão da pregação semanal na igreja local. Havia duas igrejas em Wittenberg, a igreja da cidade e a igreja do castelo. Lutero era um pregador regular na igreja da cidade. Ele afirmou: "Se hoje pudesse me tornar rei ou imperador, ainda assim não renunciaria ao meu ofício de pregador". Era compelido por uma paixão pela exaltação de Deus na Palavra. Em uma das suas orações, ele diz: "Querido Senhor Deus, quero pregar para que o Senhor seja glorificado. Quero falar do Senhor, louvar ao Senhor, louvar o teu nome. Mesmo que eu não possa fazer tudo isso, será que o Senhor não poderia fazer com que tudo isso desse certo"?

Para sentir a força desse compromisso, você precisa perceber que na igreja em Wittenberg não havia nenhuma programação de igreja, somente louvor e pregação. Aos domingos, havia o louvor das cinco horas com um sermão na Epístola, o culto das dez horas com um sermão do Evangelho e uma mensagem da tarde sobre o Antigo Testamento ou catecismo. Os sermões de segunda e terça-feira eram sobre o catecismo; o de quarta-feira sobre Mateus; às quintas e sextas sobre as cartas apostólicas; e aos sábados sobre João.

Ele pregou, por exemplo, 117 sermões em Wittenberg em 1522 e 137 sermões no ano seguinte. Em 1528, pregou quase 200 vezes e no ano de 1529, pregou 121 sermões. Portanto, nesses quatro anos, a média foi de um sermão a cada dois dias e meio. Como Fred Meuser disse no livro sobre a pregação de Lutero: "Ele nunca tirou um fim de semana de folga. Nem mesmo um dia por semana de folga. Nunca tirou férias do trabalho de pregação, ensino, estudo individual, produção e escrita. Esse é o grande reformador tão grandemente foi usado por Deus para a edificação do seu Reino aqui.

Nós fazemos na igreja da mesma forma como construímos grandes casamentos - compromisso real que faz uma diferença positiva de maneira prática. E, assim, e só dessa forma, o Reino de Deus é edificado aqui na terra.

Fonte: Site do autor

“Igreja brasileira se tornou rica, mas sem visão”, afirma estudioso


Missiólogo David Botelho faz uma avaliação negativa da Igreja brasileira.
por Jarbas Aragão



“Igreja brasileira se tornou rica, mas sem visão”, afirma estudioso“Igreja brasileira se tornou rica, mas sem visão”, afirma estudioso
Com a experiência que acumulou ao longo de décadas divulgando o trabalho missionário transcultural no Brasil e no mundo, o missiólogo e estudioso de missões, David Botelho faz um novo apelo à igreja brasileira.
“Em 20 anos a igreja quase quadruplicou em tamanho, prosperou em finanças, junto com o Brasil que se tornou a sexta economia mundial, será a quinta até o final do ano que vem e a quarta em 2020”, lembra ele em uma carta aberta divulgada pela missão Horizontes América Latina, a qual ele lidera.
Porém, o crescimento da igreja no país não o anima. Afinal, o Brasil era apontado como um dos “celeiros missionários” da igreja mundial. Pelo contrário, na avaliação de David e da Missão Horizonte, as missões parecem estar regredindo no país.
Ele aponta um estudo feito com o foco na realidade da igreja no Brasil nos próximos anos e revela: “Em 2005 fizemos um planejamento estratégico de 10 anos para avaliar a igreja brasileira em 2015… Para isto usamos os fatos listados que afetaria na conclusão”.
Os fatores apontados por ele são:
• Vida Espiritual
• Discipulado
• Denominacionalismo
• Visão Missionária
• Economia Brasileira
• Renda per Capita e Distribuição de Renda
• Indústria
• Relações Internacionais do Brasil
• Inclusão Digital
O resultado foi uma situação bem familiar para quem conhece o livro de Apocalipse. Para o líder missionário, a situação do Brasil hoje poderia ser comparada à Igreja de Laodiceia.
“Estima-se que 1/4 da população brasileira é evangélica e é superficial na vida cristã, a igreja se tornou rica e abastada, mas sem visão. A mídia evangélica tem influenciado com a teologia da prosperidade, formando uma mentalidade materialista e mundanista, aumentando a estrutura de poder das denominações. O discipulado é fraco e não atende a todas as necessidades da igreja, que tornou-se intelectualizada voltada para os seus próprios interesses. A falta de espiritualidade resultou no desinteresse e falta compromisso com missões. Os missionários têm sido negligenciados em todas as áreas de apoio”, enfatiza o relatório da missão.
As críticas de Botelho são conhecidas. Diversas vezes ele já falou sobre isso em congressos eencontros que debateram missões. Ele ressalta que, em 2012, a igreja ainda ignora a sua responsabilidade de envio, sustento e cuidado missionário.
“Há uma diminuição considerável pela procura de treinamento missionário por duas razões: a zona de conforto e a falta de sustento. O treinamento tornou-se a curto prazo e com procura por cursos a distância. Esta situação tem limitado o número de candidatos e obreiros de base nas agências missionárias causando um aumento no custo de formação. Há menor busca por especialização, literaturas bíblicas e cursos de missões, afetando o ministério de mobilização e investimento missionário”.
Isso tudo colabora para que o país envie proporcionalmente menos missionários do que 20 anos atrás. Uma situação que inspira uma mudança drástica.
Por fim, a carta enviada pelo líder de missões traz uma reflexão em forma de ilustração:
“Imagine se contratássemos um auditor de planejamento para analisar e dar seu parecer sobre a igreja para onde ela deveria ir, a fim de cumprir o seu propósito máximo. Ele faria algumas perguntas com o objetivo de chegar a uma conclusão. Sua primeira pergunta talvez fosse: Qual é a tarefa principal da igreja?
Responderíamos que é tornar Cristo conhecido por toda criatura, em todo o mundo.
Em seguida perguntaria com quem a igreja conta atualmente?
Responderíamos que a igreja possui mais de 800 milhões de cristãos verdadeiros. Ele ficaria surpreso!
A terceira pergunta seria: Quais são os recursos com os quais contamos hoje?
Responderíamos que mais de 50% dos cristãos no mundo são classificados como ricos e que somente 13% são verdadeiramente pobres. Temos todas as estratégias e os melhores treinamentos para evangelizar todos os povos, tribos, e nações. Temos métodos de tradução da bíblia para as línguas que nada têm do livro sagrado e condições de terminar a tarefa em nossa geração. Sua admiração seria ainda maior.
Uma última pergunta: Vocês sabem onde se encontram as pessoas não seguidoras de Cristo, alvos da pregação?
Orgulhosos, responderíamos com riquezas de detalhes que a maioria delas, ou 95% dos menos alcançados da terra, está concentrada numa região do mundo que denominamos Janela 10-40. Lá estão aproximadamente 2.3 bilhões de pessoas que chamamos de os menos alcançados, pelo evangelho, da terra.
Nosso interlocutor a essa altura estaria em êxtase com grande admiração pelo conhecimento demonstrado, recursos financeiro e pessoal que possuímos. E sua conclusão seria: Vocês não são sérios naquilo que creem e fazem”.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Nem católicos, nem protestantes



Nos 495 anos da Reforma Protestante no século 16, comemorados em 31 de outubro, queremos fazer referência ao movimento “anabatista”. Pouco conhecida e vista com desconfiança, a chamada reforma radical ocupou lugar fundamental no advento do processo reformador da igreja. Isto porque levou adiante certos pressupostos aos limites políticos e espirituais. Luteranos e calvinistas, bem como os católicos, recusaram, condenaram e perseguiram os anabatistas.
 
Um dos resultados foi a dispersão por conta do massacre ocorrido no qual cerca de 100 mil camponeses foram mortos. Líderes como Thomas Müntzer e Karlstadt sublevaram multidões contra a ordem estabelecida, movidos pelo milenarismo das profecias e das revelações. Lutero, imbuído da teologia dos dois reinos, aprovou a necessidade da repressão do movimento rebelde, mas rejeitou a violência exercida. Por sua vez, para os radicais o sacerdócio universal dos santos reivindicava o fim de qualquer hierarquização na igreja, afirmando a igualdade de todos para com Deus, em comunidades autogestoras e de decisões compartilhadas. Um germe da democracia moderna.
 
Se a Reforma foi um movimento popular e reformador, o anabatismo foi revolucionário por ter questionado e pressionado as bases políticas e econômicas da sociedade em transição para o capitalismo. Se luteranos fizeram alianças com a nobreza aristocrática e os calvinistas justificaram a emergência da ordem moderna capitalista, o anabatismo foi abraçado pelos camponeses. Se Ulrich Zwinglio, apoiado pela burguesia urbana e instruída das cidades suíças, foi pela via do simbolismo limitando-se à dimensão eclesiástica, o anabatismo foi rural e rejeitou as estruturas eclesiásticas.
 
Estes trabalhadores do campo entenderam que a terra dada por Deus a todos deveria ser desfrutada por todos e, por isso, reagiram contra a acumulação de terras por parte da nobreza que ocupava cargos na hierarquia eclesiástica. Os anabatistas foram precursores da reforma agrária.
 
Para Engels, eles deram continuidade às tradições de protestos populares oriundos do medievo e anteciparam os movimentos operários socialistas do século 19. Foram chamados de hereges pela rejeição do batismo – inclusive o das igrejas protestantes –, pela releitura do valor da eucaristia e pela negação da relação ou aliança entre Igreja e Estado. Além disso, o misticismo religioso sincretizado com engajamentos políticos na instalação imediata do Reino de Deus em seu igualitarismo trouxe a repulsa ao movimento.
 
A piedade subversiva dos espiritualistas resultou na extrema repressão com violência, diante das ações iconoclastas, do rebatismo, da autonomia da escolha dos pastores e do anticlericalismo. As ovelhas se voltaram contra os pastores. As comunidades se desligaram das estruturas. A tradição foi identificada como pertencendo ao discurso do poder estabelecido. Thomas Muntzer dizia que “o povo será livre e somente Deus será seu Senhor”, num projeto que se aproximaria da proposta anarquista moderna.
 
Num certo momento, não se afirmavam nem como católicos e nem como protestantes. Se a inspiração não vinha da tradição, nem da doutrina oficial ou muito menos da fala clerical autorizada, a sua fonte era o interior, a alma, pelo testemunho interno do Espírito. Esta concepção disseminou-se nas práticas posteriores dos quacres e de movimentos separatistas, que precedeu o movimento pietista, na relevância dada à subjetividade, voltado para uma espiritualidade mais existencial. O anabatismo, enfim foi um laboratório de experiências no contexto nascente da Reforma, marcado por ambiguidades, mas gestador de paradigmas que podemos retomar hoje, diante da aguda crise evangélica que se diz legatária de Reforma.
 
Um deles seria o questionamento e o protesto contra injustiças sociais numa sociedade mascarada pelo consumismo. Outro seria a espiritualidade integral, vivenciada nos âmbitos privado e público, reencontrando o valor e o sentido de ser igreja. Ainda mais outro seria a releitura das escrituras tomando o contexto vivencial dos leitores. Quem sabe redescobrimos uma agenda do Reino nem “católica” e nem “protestante”.

Fonte:
LINDBERG, Carter. As reformas na Europa. Trad. Luís Henrique Dreher e Luís Marcos Sander. São Leopoldo: Sinodal, 2001.


Lyndon de Araújo Santos é historiador, professor universitário e pastor da Igreja Evangélica Congregacional em São Luiz, MA

Audiência sobre a “cura gay” reúne Marisa Lobo, Silas Malafaia e Toni Reis com o presidente Conselho Federal de Psicologia Humberto Verona



Audiência sobre a “cura gay” reúne Marisa Lobo, Silas Malafaia e Toni Reis com o presidente Conselho Federal de Psicologia Humberto Verona

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados vai promover no próximo dia 27 uma Audiência Pública para discutir o Projeto de Decreto Legislativo 234/2011 proposto pelo deputado João Campos (PSDB-GO).
Apelidado de “projeto da cura gay”, o projeto de Campos tenta sustar partes da Resolução do Conselho Federal de Psicologia que falam sobre a relação do profissional de psicologia quanto à orientação sexual de seus pacientes.
Entre os convidados para a audiência está Marisa Lobo, escritora e psicóloga com especialização em psicologia da sexualidade, presidente do corpo de psicologia pró família e integrante da ABEXGLBTT (Associação Brasileira de Ex Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais).
De acordo com Marisa, a última audiência sobre o tema foi tumultuada, e houve confronto, entre os manifestantes gays contra ela, com cartazes com os dizeres “Marisa cura meu heteroxessualismo”, frase tema de uma campanha que movimentou o Twitter, quando foi lançada pelos opositores da psicóloga.
Além da psicóloga, estarão presentes na audiência o pastor Silas Malafaia, líder da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo; Humberto Cota Verona, presidente do Conselho Federal de Psicologia e Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.
A audiência será realizada no dia 27 de novembro, terça-feira, às 14:30 horas, no Plenário 07 do Anexo II da Câmara dos Deputados.
De acordo com o convite oficial da Audiência Pública, o objetivo do evento será “discutir o Projeto de Decreto Legislativo 234/2011, que visa sustar a aplicação do Parágrafo Único do Artigo 3º e Artigo 4º da Resolução do Conselho Federal de Psicologia nº1, de 23 de março de 1999, que estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação a questão da orientação sexual”.
Por Dan Martins, para o Gospel+

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

WORKSHOP DA SECRETARIA EXECUTIVA E ANIVERSÁRIO DO SÍNODO DE GARANHUNS

Fortalecendo as Estruturas Conciliares






Adicionar legenda




Nos dias 09 e 10 de Novembro de 2012 aconteceu o Workshop da Secretaria Executiva e o 22º Aniversário do Sínodo de Garanhuns na Igreja Presbiteriana de Monteiro na Paraíba. Segundo o presidente do Sínodo de Garanhuns o Rev. Mariano Alves a programação contou com a participação do Presbitério de Petrolina, Presbitério Vale do Pajeú e Presbitério de Garanhuns. O evento teve como preletor o Rev. Ludgero Bonilha  Secretario Executivo da IPB e com a participação especial do Coral da Igreja Presbiteriana Central de Garanhuns.


AS SINAGOGAS DE SATANÁS E O EVANGELHO PÓS-MODERNO


Por Márcio Jones
Pão e circo! Como na Roma Antiga, são os vetores em torno dos quais gira a sociedade hodierna, diz o Bispo Walter McAlister, em seu livro O fim de uma era. “Não há nada a que se atribua mais relevância senão necessidades e prazer: primeiro o que vai encher a minha barriga e depois o que vai me divertir”. E onde entra a igreja nisto? “Está ela sendo fortemente sugada por um redemoinho de forças culturais e não tem mais uma âncora para segurá-la. O que vemos na igreja é uma desorientação profunda. Ela se segura em qualquer coisa para tentar encontrar sua missão”, prossegue o Bispo.
A igreja de nossos dias, de forma majoritária, propugna por uma verdadeira emancipação da reforma protestante, iniciada em 1517 por Martinho Lutero. O objetivo parece ser a aquisição de total independência por parte dos que assim fazem, a fim de que possam dar os rumos que bem quiserem às atividades eclesiásticas. Vemos a inovação interpretativa, a insuficiência das Escrituras, o abandono da sã teologia, o uso de recursos de marketing, a luta por poder e legitimidade, tudo isso em total detrimento dos princípios e postulados, essencialmente bíblicos, deixados como legado pelos reformadores.
A passos largos caminha a igreja pós-moderna rumo à promoção do espetáculo mais inovador que faça os templos se encherem cada vez mais, da estratégia que mais desperte a atenção do público — sobretudo da juventude — e das mais variadas soluções de marketing empresarial. Jesus é a logomarca! “Importa antes ver a igreja cheia! As pessoas estão ‘se convertendo’”, é o que ouvimos e lemos. Nos EUA, por exemplo, as igrejas chegam até mesmo a promover enquetes com não-crentes, com o intuito de saber o que gostariam eles de ver na igreja para que passassem a participar de suas atividades — quase chegamos a esse ponto! Falta pouco. Penso ser a culturalização do evangelho, a mundanização da igreja. É picadeiro e não púlpito.
“A igreja hoje tem ânsia por poder e legitimidade. Logo, quando um conjunto toca uma música, dizem ‘vocês são tão bons que parecem Os Paralamas do Sucesso’. Ou seja, nossos parâmetros de comparação estão no mundo. Nossos parâmetros de importância também são mundanos. Por exemplo: o pastor que realmente tem uma boa palavra tem de estar na televisão, porque, se não estiver, não deve ter muita importância. E, de fato, a igreja está se perdendo nessa sociedade de aparências e correndo atrás daquilo que não é essencial. A igreja hoje é vítima de si mesma, mas, fundamentalmente, é vítima de sua ignorância da Palavra, da ignorância de quem ela é e a quê veio, do porque da sua existência”, arremata McAlister. Afirmo que essas congregações são verdadeiras sinagogas de satanás. Estão a seu serviço.
“Mas ainda que nós ou um anjo do céu pregue um evangelho diferente daquele que lhes pregamos, que seja amaldiçoado”(NVI)!
É a sentença proferida pelo apóstolo Paulo em Gálatas 1:8.
No verso 6 do mesmo capítulo, o apóstolo, estupefato, diz: “Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho”.
As igrejas da Galácia estavam sendo seduzidas e enredadas pelos falsos mestres que traziam ensinos judaizantes. Asseveram que Paulo não era um apóstolo autorizado e que o homem não poderia ser justificado somente mediante a fé em Cristo Jesus, mas que ainda devia fiel observância aos ritos cerimoniais da lei de Moisés (At 15:1,5). Ora, assim quiseram eles tornar a obra de Cristo na cruz insuficiente e, por essa razão ultrajante, de negação do próprio Deus da graça, de forma severa e intrépida, Paulo brande a espada do Espírito contra esses hereges.
Paulo encontra-se perplexo com a atitude das igrejas cristãs da Galácia. Outrora haviam eles acatado com tanto entusiasmo o evangelho de Cristo para logo depois abandoná-lo, e passar a uma outra doutrina, a um outro evangelho, o qual, em verdade, não é outro. Tão rapidamente apostataram eles da fé, abandonaram o Deus da graça. O reformador João Calvino, citado pelo Rev. Hernandes Dias Lopes, denuncia esse mesmo desvio em seus dias, ao escrever: “Os papistas decidiram conservar um Cristo pelas metades e um Cristo mutilado, e nada mais, e estão, portanto, separados de Cristo. Estão saturados de superstições, as quais são frontalmente opostas à natureza de Cristo”.
A carta aos Gálatas é absurdamente pertinente à realidade que vivemos nos dias de hoje. Encaixa-se como uma luva no contexto situacional moderno. Traz um tom apologético com profunda necessidade de ser resgatado, a fim de quebrar o mórbido silêncio que impera nos templos de nossas congregações. Silêncio esse oriundo de ministros que zelam mais por sua própria reputação do que pelo anúncio do verdadeiro evangelho e pelo frontal e declarado combate à enxurrada de doutrinas heréticas e humanistas, que assolam a igreja contemporânea. Tais ministros jamais poderão afirmar, como Paulo, que se buscassem agradar a homens não seriam servos de Cristo (Gl 1:10). “São pastores que apascentam a si mesmos. Líderes que se servem das pessoas para erguer um monumento à própria vaidade”, diz o Rev. Hernandes Lopes.
Arvoremos a bandeira do evangelho de Cristo, dos apóstolos, dos reformadores, dos puritanos. Resgatemos nossas origens, nossas raízes, pelo Senhor estabelecidas, e nos lembremos do firme fundamento de nossa fé, o qual é Jesus Cristo (1 Co 3:11).
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Sobre o autor: Protestante reformado. Membro da Igreja Presbiteriana Iawe Nissi. Um vaso de barro a serviço do Reino de Deus e em defesa do Evangelho de Jesus Cristo. Inimigo declarado do movimento evangélico emergente e das doutrinas humanistas e diabólicas. Alguém em defesa da sã doutrina.
Imagem: Igreja neopentecostal em Lakewood Houston-EUA.
Fonte: Despertar de um avivamento, via Bereianos.

Carta de João Calvino a Lutero


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Por João Calvino - 21 de Janeiro de 1545

Ao mui excelente pastor da Igreja Cristã, Dr. M. Lutero, [1] meu tão respeitado pai. Quando disse que meus compatriotas franceses, [2] que muitos deles foram tirados da obscuridade do Papado para a autêntica fé, nada alteraram da sua pública profissão, [3] e que eles continuam a corromper-se com a sacrílega adoração dos Papistas, como se eles nunca tivessem experimentado o sabor da verdadeira doutrina, fui totalmente incapaz de conter-me de reprovar tão grande preguiça e negligência, no modo que pensei que ela merece. O que de fato está fazendo esta fé que mente sepultando no coração, senão romper com a confissão de fé? Que espécie de religião pode ser esta, que mente submergindo sob semelhante idolatria? Não me comprometo, todavia, de tratar o argumento aqui, pois já o tenho feito de modo mais extenso em dois pequenos tratados, em que, se não te for incomodo olha-los, perceberá o que penso com maior clareza que em ambos, e através da sua leitura encontrará as razões pelas quais tenho me forçado a formar tais opiniões; de fato, muitos de nosso povo, até aqui estavam em profundo sono numa falsa segurança, mas foram despertados, começando a considerar o que eles deveriam fazer. Mas, por isso que é difícil ignorar toda a consideração que eles têm por mim, para expor as suas vidas ao perigo, ou suscitar o desprazer da humanidade para encontrar a ira do mundo, ou abandonando as suas expectativas do lar em sua terra natal, ao entrar numa vida de exílio voluntário, eles são impedidos ou expulsos pelas dificuldades duma residência forçada. Eles têm outros motivos, entretanto, é algo razoável, pelo que se pode perceber que somente buscam encontrar algum tipo de justificativa. Nestas circunstâncias, eles se apegam na incerteza; por isso, eles estão desejosos em ouvir a sua opinião, a qual eles merecem defender com reverência, assim, ela servirá grandemente para confirmar-lhes. Eles têm me requisitado de enviar um mensageiro confiável até você, que pudesse registrar a sua resposta para nós sobre esta questão. Pois, penso que foi de grande conseqüência para eles ter o benefício de sua autoridade, para que não continuem vacilando; e eu mesmo estou convicto desta necessidade, estive relutante de recusar o que eles solicitaram. Agora, entretanto, mui respeitado pai, no Senhor, eu suplico a ti, por Cristo, que você não despreze receber a preocupação para sua causa e minha; primeiro, que você pudesse ler atentamente a epístola escrita em seu nome, e meus pequenos livros, calmamente e nas horas livres, ou que pudesse solicitar a alguém que se ocupasse em ler, e repassasse a substância deles a você. Por último, que você escrevesse e nos enviasse de volta a sua opinião em poucas palavras. De fato, estive indisposto em incomodar você em meio de tantos fardos e vários empreendimentos; mas tal é o seu senso de justiça, que você não poderia supor que eu faria isto a menos que compelido pela necessidade do caso; entretanto, confio que você me perdoará. Quão bom seria se eu pudesse voar até você, pudera eu em poucas horas desfrutar da alegria da sua companhia; pois, preferiria, e isto seria muito melhor, conversar pessoalmente com você não somente nesta questão, mas também sobre outras; mas, vejo que isto não é possível nesta terra, mas espero que em breve venha a ser no reino de Deus. Adeus, mui renomado senhor, mui distinto ministro de Cristo, e meu sempre honrado pai. O Senhor te governe até o fim, pelo seu próprio Espírito, que você possa perseverar continuamente até o fim, para o benefício e bem comum de sua própria Igreja.

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Notas:

[1] - Nota do tradutor: O especial interesse por esta carta, pelo que sabemos, é que ela é a única que Calvino escreveu a Lutero.
[2] - Nota do tradutor: Pelo que parece Calvino se refere aos huguenotes que embora haviam assumido o compromisso com uma confissão de fé reformada, mas na prática ainda preservavam os ídolos, toda a pompa e ritual da missa católica romana. Esta prática evidenciava uma incoerência entre o ato e a convicção de fé.
[3] - Nota do tradutor: Calvino se refere ao culto como uma confissão pública de fé.

Extraído de: Letters of John Calvin: Select from the Bonnet Edition with an introductory biographical sketch (Edinburgh, The Banner of Truth Trust, 1980), pp. 71-73.

Tradução livre: Rev. Ewerton B.Tokashiki, Pastor da Igreja Presbiteriana de Cerejeiras RO. Prof. de Teologia Sistemática no SPBC extensão Ji-Paraná.

Fonte: Monergismo
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domingo, 11 de novembro de 2012

Post Tenebras Lux - depois da escuridão, luz!


.Por John Piper


João Calvino fez seu ministério, tendo forjado sua teologia em uma cidade de sofrimento, severidade, brutalidade e imoralidade. E ele fez isso expondo diariamente a Palavra de Deus. E a luz saiu da escuridão e deu esperança para um povo sofrido. E esta tem sido a forma que tem acontecido desde então com doutrinas da Reforma circulando e triunfando sobre a escuridão em todo o mundo pela pregação expositiva da Palavra de Deus.



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