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sábado, 3 de março de 2012

O SANGUE DERRAMADO DO BISPO ROBINSON CAVALCANTE


A primeira morte ocorrida na história aconteceu há vários milênios (não se pode precisar o ano). O morto era um homem religioso. Ele não morreu afogado no rio Eufrates nem caiu de uma das árvores plantadas no jardim do Éden. Sabe-se que ele era pecuarista, mas desconhece-se com que idade morreu e se era casado. O primeiro sangue derramado sobre a terra foi deste homem. Morreu e foi sepultado no campo. Não houve cortejo fúnebre nem ofício religioso. Seus pais não o viram morto. Provavelmente foi espancado até a morte ou assassinado com o auxílio de uma enxada ou coisa que o valha. Deduzimos isto, pois o assassino era agricultor e naquela época ainda não havia arma de fogo. O motivo do crime todos conhecem: Caim matou Abel “porque o que Caim fazia era mau, e o que o seu irmão fazia era bom” (1 João 3.12). É por isso que se diz que a inveja matou Caim, pois “assim como o ferro se consome com a ferrugem, assim o invejoso se está consumindo com a inveja” (Luiz de Souza).
 
A história do sangue derramado de Abel está nas primeiras páginas do Antigo Testamento. Nas primeiras páginas do Novo Testamento encontra-se a história do sangue derramado de João Batista, parente e precursor de Jesus. Para satisfazer os caprichos da amante, Herodes mandou que cortassem a cabeça do pregador na cadeia onde este se encontrava. Um guarda trouxe a cabeça do homem em uma bandeja e a entregou a uma adolescente, filha de Herodias, que, por sua vez, a levou para sua mãe. O que esta senhora fez com a cabeça de João não se sabe. Sabe-se, porém, que os discípulos de João “levaram o corpo dele e o sepultaram” e “depois foram contar isso a Jesus” (Mateus 14.10-12). João não foi o único a ser enterrado sem a cabeça. Para recompor-se do trauma, Jesus precisou passar uma noite inteira em oração, no alto de um monte (Mateus 14.23).
 
Em nenhum momento deixou-se de se derramar sangue sobre a terra. No dia 17 deste mês, por exemplo, o sangue de quatro crianças entre 4 e 12 anos foi derramado em uma pequena casa da zona rural nas proximidades de Viçosa. Quem tirou a vida delas foi o próprio pai, um agricultor de 34 anos. O assassino, que se enforcou logo em seguida, usou um machado para cometer o crime.
 
A última notícia de sangue derramado (até o momento) é igualmente chocante. Um rapaz de 29 anos, no último domingo, por volta das dez horas da noite, matou a facadas os próprios pais adotivos, na casa deles, na cidade de Olinda, PE. O morto é o bispo anglicano da Diocese do Recife e cientista político Robinson Cavalcanti, ex-professor da UFPE e da UFRPE, além de ex-coordenador do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Pernambuco e ex-professor conferencista-visitante na Universidade do Alabama, em Birmingham. Um dos mais antigos defensores da missão integral da igreja, Robinson batalhava por uma sociedade solidária e uma economia pós-capitalista inspirada nos valores judaico-cristãos. Participou de numerosos movimentos em defesa da justiça social. Coordenou, entre as igrejas evangélicas, as campanhas presidenciais de Lula, de 1989 e 1994. Participou da campanha do “Parlamentarismo” e da campanha “Fora Collor”. Foi um dos redatores de importantes documentos, como “A Responsabilidade Social da Igreja” (Grand Rapids, EUA), “O Evangelho e a Cultura” (Willowbank, Bermudas) e “Estilo de Vida Simples como Opção Cristã” (Hoddesdon, Inglaterra), entre outros. No Núcleo Interdisciplinar de Estudo sobre a Sexualidade (NIES) da UFPE, defendeu, como convidado, a posição ortodoxa da Igreja no 5° Congresso Brasileiro de Homossexuais.
 
Autor de mais de mil artigos sobre teologia e política e de treze livros (três dos quais foram publicados pela Editora Ultimato), Robinson Cavalcanti era o mais antigo colaborador da revista Ultimato. O último artigo de sua lavra sairá na edição de março/abril. Nele o bispo anglicano queixa-se de que “os cristãos não querem sair da zona de conforto, se engajar, se libertar da imprensa manipuladora, lançar mão das ferramentas das ciências sociais, se chocar com os donos do poder...”.
 
Conheça e participe do Memorial Robinson Cavalcanti.
Diretor-fundador da Editora Ultimato e redator da revista Ultimato, Elben César é autor de, entre outros, Mochila nas Costas e Diário na MãoPara Melhor Enfrentar o SofrimentoConversas com LuteroRefeições Diárias com os Profetas MenoresA Pessoa Mais Importante do MundoHistória da Evangelização do Brasil Práticas Devocionais. Ex-presidente da Associação de Missões do Terceiro Mundo e fundador do Centro Evangélico de Missões, do qual é presidente de honra, é também jornalista e pastor emérito da Igreja Presbiteriana de Viçosa.

A MORTE DO BISPO ROBINSON CAVALCANTE E A INSENSIBILIDADE HUMANA

Por Renato Vargens

Morreu neste domingo assassinado pelo filho adotivo, o bispo da Igreja Anglicana em Recife Robinson Cavalcanti. A sua esposa também morreu neste crime bárbaro.

A noticia foi divulgada nesta madrugada no site oficial da Igreja Anglicana Diocese do Recife. Naquele momento, ainda não se dispunham de detalhes, apenas se informava que o crime ocorreu neste domingo 26/02/2012 por volta das 22h na residência do casal na cidade de Olinda – Pernambuco.

As 08:10h desta segunda-feira, o Diário de Pernambuco (com informações do repórter Eduardo Araújo da TV Clube) informou que, de acordo com a policia, o autor do crime é o próprio filho adotivo do casal Eduardo Olímpio Cotias Cavalcante, de 29 anos. O rapaz morava nos Estados Unidos desde os 16 anos de idade e teria voltado ao Brasil há cerca de 15 dias depois de ter sido preso no estrangeiro várias vezes por envolvimento com drogas e outros delitos.


Tragédias como a que ocorreu com o bispo anglicano Robinson Cavalcanti me fazem lembrar da advertência de Paulo sobre o comportamento humano nos últimos dias.

“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; Que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.”2 Timóteo 3:1-7

Ora, claro que eu sei que o homem é mal e que em virtude do seu estado de depravação total ele vive imerso no pecado, no entanto, é claro, nítido e perceptível que vivemos dias em que o amor se esfriou.

No sermão profético proferido por Jesus que trata especificadamente sobre os sinais que apontariam para o fim de todas as coisas, existe um que me chama a atenção de forma especial: trata-se daquele que fala do esfriamento do amor. Jesus disse: “E por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos” (Mateus 24.12).

Ora, a relação que Jesus apresenta entre a multiplicação do pecado e o esfriamento do amor é absolutamente verdadeira. Na medida em que cresce o pecado em suas mais variadas formas, da corrupção ao crescimento da miséria social, da pornografia a todas as formas de banalização sexual, da violência nos lares a violência urbana, no individualismo exacerbado ao comportamento hedonista, esfria-se o amor genuíno e sincero no ser humano. Isso se percebe claramente nos mais jovens que trocaram o amor pelo sexo descompromissado; entre os mais “maduros” que em nome de um nova “paixão” jogaram na lata do lixo, cônjuges e filhos. Nas relações interpessoais onde o lema de vida é “farinha pouco meu pirão primeiro” Senão bastasse isso os escândalos de corrupção que mais uma vez abalam o país têm, na sua raiz, o mesmo mal. Todos buscam o que é seu e nunca o que é dos outros. A epidemia que hoje toma conta da nação não é a corrupção – ela é apenas mais uma expressão de uma nação, onde a iniqüidade cresceu tanto que fez o amor emurchecer.

Infelizmente, a conseqüência do esfriamento do amor torna-se extremamente perceptível na forma com que nossa sociedade lida com a barbárie.

O frio assassinato de Robinson Cavalcanti e sua esposa pelo filho adotivo aponta nitidamente para o esfriamento do amor. Senão bastasse a tragédia de um filho matar os pais, encontramos inúmeras pessoas lidando com a situação com extrema frieza, tratando da morte do bispo anglicano com desdém e desprezo. Confesso que fico chocado com a forma que muitos lidam com o sofrimento humano!

Lembro que alguns anos atrás, ao sair de casa para o trabalho observei que nas areias da Praia de Icaraí, na provinciana cidade de Niterói, havia um corpo de um homem morto. Sem poder parar em virtude da agenda cheia, continuei o meu trajeto. No entanto, ao regressar para casa algumas horas depois, percebi que o mesmo corpo ainda estava jogado à areia da praia, com uma atenuante: alguns meninos jogavam futebol em volta do morto. Em outra ocasião li em um jornal de grande circulação do Rio de Janeiro, que crianças jogavam “bola” com a cabeça de uma pessoa. Há poucos meses recebi a noticia de um menino de 13 anos que chegou a freqüentar a nossa igreja, que em virtude do seu envolvimento com as drogas foi brutalmente assassinado. Ao contar a noticia para alguns amigos, percebi que a tragédia ocorrida a este adolescente não proporcionou nenhum tipo de comoção ou dor, até porque, os que ouviram a má notícia lidaram com uma frieza de impressionar. Naquele momento refleti sobre a banalização da vida e de como a morte e a tragédia têm se tornado tão natural aos nossos olhos. Na verdade, cenas como essa estão entrando em nosso cotidiano, fazendo que acreditemos que toda “des-graça” que nos cerca é normal e natural.

Caro leitor, o pecado é a enxada que cava nossas sepulturas. Como muito bem afirmou Hernandes Dias Lopes, o pecado é uma fraude. Promete prazer e paga com o desgosto. Faz propaganda de liberdade, mas escraviza. Levanta a bandeira da vida, mas seu salário é a morte. Tem um aroma sedutor, mas ao fim cheira a enxofre. Só os loucos zombam do pecado. O pecado é perverso. Ele é pior do que a pobreza, do que a solidão, do que a doença. O pecado é pior do que a própria morte.

Pois é, a multiplicação da iniqüidade tem esfriado o amor de muitos…

Maranata!

CASO DE PASTOR IRANIANO UNE AS PESSOAS PELA LIBERDADE RELIGIOSA

A luta para salvar a vida do pastor iraniano Yousef Nadarkhani, que foi condenado a morte no Irã em razão de sua crença em Jesus, está unindo as pessoas de todo o mundo e sensibilizando governos de todos os países.
Em muitas declarações, pessoas apelam para que o governo dos EUA intervenham junto ao governo do Irã para que libertem o pastor Yousef da prisão. Políticos americanos estão se manifestando com relação ao caso e dizem que a prisão de Yousef é “um ultraje contra a humanidade”.
Representantes de diversas religiões também estão se manifestando contra a prisão do pastor evangélico e pressionando o governo americano a ir contra a sentença dada contra Nadarkhani.
O governo brasileiro também se manifestou contrário a pena de morte que Yousef recebeu e já entrou em contato com o governo iraniano. Segundo informações, o pastor iraniano continua vivo e ainda não foi executado, como alguns tinham pensado. Membros da bancada evangélica se reuniram e pediram que o Ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, intervenha pela vida do pastor junto ao governo iraniano.
Nesse final de semana, realizaremos o Shockwave, que serão três dias de oração pelos nossos irmãos que sofrem com a perseguição ao redor do mundo. Por isso, convocamos você a orar pelo pastor Yousef Nadarkhani, para que ele possa ser libertado  o quanto antes.
Para mais informações sobre o Shcokwave, acesse:www.underground.org.br/shockwave
Fonte: Portas Abertas

APÓS GILBERTO CARVALHO, JOSÉ DIRCEU DISPARA CONTRA OS EVANGÉLICOS

Mal assentou a poeira levantada por Gilberto Carvalho, Secretário Geral da Presidência da República, que teria sugerido no Fórum Social em Porto Alegre, em janeiro deste ano, que o PT confronte as mensagens conservadoras pregadas pelos pastores evangélicos, outro petista surge com mais polêmica.
Em mensagem postada nesta sexta-feira em seu blog, o deputado cassado e ex-Ministro Chefe da Casa Civil, José Dirceu (PT) criticou aqueles que politizaram o tema aborto em 2010, por ocasião da eleição presidencial e também, em 2011, o kit gay, proposto pelo MEC sob a gestão de Fernando Haddad, atual candidato do PT à Prefeitura de São Paulo.
Para Dirceu, o ex-Ministro da Educação está certo quando taxou de “torpe” a maneira como as discussões em torno do tema ‘kit gay’ foram encaminhadas e aproveitadas politicamente. “Haddad ressaltou que o kit anti-homofobia surgiu de uma demanda de emenda parlamentar. Ainda assim, devido às críticas da bancada evangélica contra a distribuição do material nas escolas, a iniciativa foi suspensa. Segundo o ex-ministro, no entanto, o kit foi usado em cursos de formação de professores”, escreveu o ex-Chefe da Casa Civil.
José Dirceu destacou que não se deve recuar ante ao que chamou de “violência” e “chantagem” de certos setores evangélicos que querem patrulhar todas as políticas públicas com relação às questões do aborto e da homossexualidade. Para ele, esses grupos evangélicos querem impor ao Brasil uma visão preconceituosa e repressiva e aqueles que lhes dão guarida, prestam um desserviço à democracia e à convivência social.
Mesmo sem ocupar um cargo no legislativo ou executivo, José Dirceu é um dos homens fortes dentro do PT e goza de muita influência. Aproveitando sua força dentro do partido, ele tem sido cortejado por algumas pessoas. Foi o que ocorreu recentemente, quando recebeu um por e-mail assinada por Toni Reis, presidente da ABGLT, tecendo-lhe elogios por sua luta em prol dos ideais dos LGBT e conclamando-o a continuar a lutar pela agenda LGBT.
Um dos trechos da carta escrita por Reis:
“Estamos realmente preocupados com o rumo que está tomando a discussão sobre os direitos das pessoas LGBT no Brasil, particularmente no último ano no executivo e legislativo: 
- o projeto de criminalização da homofobia está parado no Congresso Nacional. 
-houve um veto explícito do material educativo do projeto Escola sem Homofobia, do Ministério da Educação, pela própria presidenta Dilma. 
- houve, agora, um veto/censura à campanha de prevenção de Aids no Carnaval, segundo consta, novamente determinado pela presidenta Dilma. 
Estes são apenas três exemplos de retrocesso na caminhada pela garantia da igualdade entre todas as pessoas, no combate à violência, ao preconceito, à discriminação.
Como diria nosso querido Lula: “nunca antes neste país” o governo federal foi tão pautado por posições das bancadas religiosas fundamentalistas, que não têm compromisso com os direitos humanos”.
Fonte: Holofote

domingo, 26 de fevereiro de 2012

MARLENE MATTOS ACEITA JESUS NA ASSEMBLÉIA DE DEUS DOS ÚLTIMOS DIAS


No vídeo Marlene Mattos aparece repetindo uma oração aceitando a Jesus como único Salvador
Foi divulgado no Youtube um culto da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADSUD), liderada pelo pastor Marcos Pereira, do Rio de Janeiro, onde a ex-empresária da Xuxa, Marlene Mattos, participa e faz a oração de conversão.
O cantor Waguinho, missionário da ADUD, foi quem apresentou Marlene aos presentes no culto do dia 19 de dezembro de 2011. A ex-empresária ficou em pé e o cantor a agradeceu por ter lhe dado oportunidades na época em que era cantor secular. “Eu devo agradecer muito a Deus pelas portas que você abriu para minha carreira”, disse o Waguinho.
Na hora da palavra o pastor Marcos Pereira disse que anos atrás ele foi até a Rede Globo e fez uma oração pela empresária, e naquele momento ele profetizou que um dia ela seria cheia do Espírito Santo. “Pra mim foi uma surpresa quando minha assessoria me ligou dizendo que a senhora viria para cá”, afirmou o pastor.
Na oração de apelo a ex-empresária da apresentadora Xuxa repetiu a oração em seu lugar conforme mostra o vídeo editado e postado na internet.
A ADUD é um ministério bastante conhecido no Rio de Janeiro. O pastor Marcos Pereira já foi entrevistado em muitos programas de televisão mostrando o seu trabalho de libertação de jovens drogados das comunidades carentes da capital.
Fonte: Gospel Prime
Assista ao vídeo:

sábado, 25 de fevereiro de 2012

POLÍTICA: UM MINISTÉRIO ESQUECIDO

Ministério e política parecem duas palavras que não aceitam harmonia. Talvez pelo conceito eclesiástico restrito que se tem acerca do que é um ministro da igreja, conceito que se restringe para aqueles que têm a vocação pastoral, ou que estão a maior parte do tempo direcionados a atividades eclesiásticas. Trafego pelos trilhos da doutrina do sacerdócio universal de todos os que fazem parte do povo de Deus; logo quem pertence ao povo de Deus é ministro dele. Servir ministerialmente a Deus não pode abraçar o dualismo inaceitável entre o profano e o sagrado, posição que cria uma separação que chega a ser pecaminosa. A Bíblia não nos deixa uma área de sombras, ela explicita claramente princípios que identificam atividades pecaminosas e outras que são lícitas e agradáveis a Deus. Isto se aplica diretamente ao que desejo tecer sobre ministério cristão e a ação política, fazendo algumas breves considerações.
A maioria das pessoas, em particular os evangélicos históricos, vê a ação política como atividade indigna de um cristão consagrado e comprometido com os valores das Escrituras. Quando um membro de igreja se apresenta como candidato a um cargo público eletivo, é com frequência tido como um “oportunizador”, mais um que visa apenas seus interesses pessoais.
Diametralmente oposta a essa “alergia” política da igreja contemporânea, está a nossa história eclesiástica. A partir da Reforma Protestante, encontramos uma igreja com membros politicamente participativos. Um bom exemplo da política como área ministerial foi o reformador João Calvino. Ele desenvolvia em sua igreja um programa de treinamento de membros para serem bons políticos para a cidade de Genebra, e ao mesmo tempo procurava influenciar a elaboração das leis da cidade com princípios bíblicos. Sua influência produziu leis sobre juros justos, obrigação de banheiros públicos, educação e saúde pública para todos, comércio honesto, etc.
Outro nome registrado na história é o de William Wilberforce. Ele era um cidadão inglês que iniciou na política em 1780, porém só veio a converter-se a fé cristã em 1785 aos 26 anos. Seus esforços e habilidades políticos, marcados pelos princípios cristãos de liberdade e igualdade, deram um grave golpe no mercado de escravos e na escravidão na Inglaterra. Sua ação como político cristão foi inspiração para a produção cinematográfica Jornada pela Liberdade (Amazing Grace).
Entretanto se é preciso apresentar na história um modelo cristão de envolvimento ministerial político eficiente e comprometido com as Escrituras Sagradas, sobressai-se o nome Abraham Kuyper, o qual foi pastor da Igreja Reformada Holandesa, ordenado em 1863. Ele voltou-se para a política após ser incomodado pelas questões sociais e pela forma como a política era tratada em seu país, a Holanda. Para se candidatar ele deixou o pastorado da igreja, mas sem abrir de sua proposta ministerial, e em 1874 chegou ao parlamento holandês. Sua convicção ministerial não mudou quando perdeu suas duas primeiras participações em eleições. A sua visão política ministerial o levou a dizer após a sua segunda derrota eleitoral consecutiva: “Conosco, o que importa não é a influência que temos agora, mas a que teremos daqui a cinquenta anos… Quantos da próxima geração serão seguidores dos nossos princípios?” Após 27 anos de ação ministerial política, Kuyper foi eleito primeiro ministro da Holanda (1901). Como marca maior de conduta podemos destacar:
- A sua busca de evidenciar a soberania de Deus em todas as esferas das ações humanas, inclusive em situações de injustiças e até mesmo em um estado totalitário. Kuyper cria que nada escapava ao controle soberano de Deus.
- A sua percepção da ação divina não excluiu a responsabilidade do estado, da família nem do indivíduo. Por várias vezes ele publicou que em primeiro lugar a responsabilidade se dá perante Deus, depois no contexto de sua área de ação responsável.
- O seu propósito politicamente norteado era ser um instrumento nas mãos de Deus para fazer com que a justiça divina marcasse a sociedade humana. No final da sua vida em 1920, Kuyper afirmou: “O medo da política não é cristão e não é ético”.
Acredito que se a política é área da ação humana que está corrompida e tenta corromper quem dela se aproxima, o instrumento divino para a sua restauração é a igreja. Não a igreja como instituição, mas como povo de Deus que é sal e luz no mundo (Mt 5.13-14). Alguns poderiam alegar que essas minhas afirmações podem parecer ou generalistas demais ou simplistas ao extremo, pois não abordam nem expõem o conteúdo mais profundo da questão. Todavia, afirmo que estamos diante de conceitos falsos acerca do ser cristão, daí a forte tendência evangélica de exclusão da política como uma atividade ministerial agradável aos olhos de Deus. Se nos atermos ao que Jesus queria afirmar no Sermão da Montanha (Mt 5-7), não é difícil perceber que dois fatores estavam envolvidos em ser luz e sal: O fator presença e o fator influência. Não importa quanta escuridão exista, luz sempre será luz, fraca ou forte, nunca se misturará com as trevas, pois sua presença sempre será notada. O mesmo se dá com o sal. Onde ele for colocado, a sua presença fará com que o processo de degeneração seja interrompido, dependendo da quantidade. Quanto à influência, o sabor do sal sempre será notado, seja pela sua presença, seja pela sua ausência.
Considerando a necessidade de também entender a área política como esfera da ação humana que precisa ser marcada pelos valores de justiça e verdade reveladas nas Escrituras, julgo oportuno que servos de Deus, tanto homens quanto mulheres, capacitados para tal ação, se apresentem como instrumentos para implementação dos valores do reino de Deus no mundo político (Rm 6.10-13). Por outro lado, não acredito que o desempenho ministerial cristão na política possa prosperar no solo em que hoje a política atual floresce. Tal solo está poluído, às vezes envenenado, às vezes até minado. Daí acreditar que sem restauração da atual maneira de se fazer política, é muitíssimo improvável haver uma ação política cristã sadia. Sou plenamente convicto e consciente de que o bom desempenho da atuação política cristã precisar ser ética e submissa aos padrões da Bíblia, e isto requer uma verdadeira reforma política, cuja proposta, talvez, até soe como revolução.
Um cristão autêntico que almeje a militância política deve se preparar para possuir os requisitos humanos capacitantes necessários, como qualquer outra profissão requer. É aqui que se insere a ciência política. Entretanto, quando se trata de ministério cristão, o desempenho das ações precisa acoplar outros trilhos e estabelecer outros padrões. É neste locus de ação cristã que faço algumas propostas ao político cristão para servir de plataforma de discussão na busca de resgatar a ação política como ministério de serviço a Deus no mundo.
(1) Fidelidade a Deus e obediência aos princípios da Sua Palavra acima de tudo e de qualquer proposta ou posição partidária.
(2) Construção da base eleitoral na comunidade não cristã através do caráter, honestidade, competência e bom testemunho de quem exerce a ação política.
(3) Composição de cargos nos moldes do caráter cristão, da competência e da confiança.
(4) Prestação de contas e consulta das ações políticas a um comitê missionário.
(5) Estabelecimento pessoal de teto sócio-econômico.
(6) Atuação ampla, dentro e fora do contexto cristão, com visão da abrangência de suas decisões, rejeitando o clientelismo, benefícios e favoritismos eclesiásticos.
(7) Exclusão plena de favorecimentos pessoais e conchavos interesseiros.
(8) Exposição pessoal clara e firme dos princípios cristãos que regem a sua atuação política, permeando os discursos, pareceres e votos.
Reafirmo minha franca oposição aos que defendem a exclusão do povo de Deus da ação política como ministério, e rejeitando equipará-la às demais vocações. Fazê-lo seria agir com conivência pacífica e muda às práticas políticas corruptas, injustas e perversas, tal como procedeu o povo de Israel que deu ouvidos as propostas favoritistas de Abimeleque (Jz 9.1-2). Este não teve escrúpulos nem de poupar a vida de seus irmãos para poder governar (Jz 9.5). Ressalto que ele gozou do apoio político e financeiro dos moradores das cidades de Siquém e Bete-Milo (Jz 9.6). Contra aquela postura política inaceitável do povo de Israel, soa, ainda hoje, a advertência feita por Jotão, filho de Gideão (Juízes 9.8-15):
Uma vez as árvores resolveram procurar um rei para elas. Então disseram à oliveira: “Seja o nosso rei.” E a oliveira respondeu: “Para governar vocês, eu teria de parar de dar o meu azeite, usado para honrar os deuses e os seres humanos.”
—Aí as árvores pediram à figueira: “Venha ser o nosso rei.”
Mas a figueira respondeu: “Para governar vocês, eu teria de parar de dar os meus figos tão doces.”
—Então as árvores disseram à parreira: “Venha ser o nosso rei.”
Mas a parreira respondeu: “Para governar vocês, eu teria de parar de dar o meu vinho, que alegra os deuses e os seres humanos.”
—Aí todas as árvores pediram ao espinheiro: “Venha ser o nosso rei.”
E o espinheiro respondeu: “Se vocês querem mesmo me fazer o seu rei, venham e fiquem debaixo da minha sombra. Se vocês não fizerem isso, sairá fogo do espinheiro e queimará os cedros do Líbano.”.
Quando as “boas árvores” não querem se dispor ao processo de governo, então “a floresta” pede ao espinheiro que reine. Oro ao bom Deus para que desperte a sua igreja no século 21 e levante na ação política homens e mulheres, servos dedicados e consagrados, impedindo que os espinheiros reinem!
A Deus seja a glória.
__________
Sérgio Paulo Ribeiro Lyra é pastor e coordenador do Consórcio Presbiteriano para Ações Missionárias no Interior. Autor do livro Cidades para a Glória de Deus, publicado pela Visão Mundial. É missiólogo e professor do Seminário Presbiteriano em Recife (PE).

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

CASO DE PASTOR CONDENADO À MORTE GANHA REPERCUSSÃO NACIONAL

Na edição de ontem (23) do Jornal Nacional uma matéria de Luís Fernando Silva Pinto apresenta a eminente execução do pastor Yousef Nadarkhani noticiado pela Portas Abertas desde setembro de 2011.
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Foi uma surpresa ver uma matéria sobre o caso do pastor iraniano em um canal de grande porte da TV aberta.
Que o Senhor use esta matéria para motivar muitos irmãos no Brasil a interceder pelo pastor Yousef e sua família.
Assista a matéria na íntegra:
http://g1.globo.com/jornal-nacional/videos/t/edicoes/v/homem-que-se-converteu-ao-cristianismo-e-condenado-a-morte-no-ira/1826948/
Entenda o caso:
O tribunal da província de Gilan determinou que o pastor Nadarkhani devia negar sua fé em Jesus Cristo, pois ele vem de uma família de ascendência islâmica. O Supremo Tribunal do Irã disse anteriormente que não deveriam determinar se o pastor Yousef tinha sido muçulmano ou não em sua conversão.
No entanto, os juízes exigiram que ele se retratasse de sua fé em Cristo antes mesmo de terem provas contra ele. Os juízes afirmaram que,  embora o julgamento vá contra as atuais leis iranianas e internacionais, eles precisam manter a decisão do Tribunal Supremo em Qom.
Quando pediram a ele para que se “arrependesse” diante dos juízes, Yousef disse: “Arrependimento significar voltar. Eu devo voltar para o quê? Para a blasfêmia que vivia antes de conhecer a Cristo?” Os juízes responderam: “você deve voltar para a religião dos seus antepassados, deve voltar ao Islã”. Yousef ouviu e respondeu: “Eu não posso fazer isso.”
Segundo o Centro Americano de Lei e Justiça - uma organização que defende a liberdade religiosa nos Estados Unidos e acompanha o caso de Yousef - a sentença foi confirmada pelo governo iraniano e a ordem de execução foi dada.
Jordan Sekulow, diretor do centro, vem divulgando em um programa de rádio a perseguição contra Nadarkhani.
"Não sabemos se ele ainda está vivo nesse momento" diz Sekulow. "A ordem de execução não é divulgada publicamente. A única coisa que pode salvar Nadarkhani", ele diz "é a pressão internacional, principalmente de países como o Brasil, que tem boas relações diplomáticas com o Irã".
Você pode agir em favor do pastor Yousef! Ore, divulgue e use sua liberdade!
Participe também do abaixo-assinado pela libertação do pastor Yousef Nadarkhani clicando aqui
Fonte:portasabertas

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